14424516022012Economia Brasileira Aula 4

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7/14/2019 14424516022012Economia Brasileira Aula 4 http://slidepdf.com/reader/full/14424516022012economia-brasileira-aula-4 1/32 hE/ϰ K¹ã®òÊÝÝÖ°¥®ÊÝÖÙÄ®þ¦Ã ŽĮŶĂůŝnjĂƌĞƐƚĂhŶŝĚĂĚĞ ǀŽĐġĚĞǀĞƌĄƐĞƌĐĂƉĂnjĚĞ f ZĞŇĞƟƌ ƐŽďƌĞ Ă ƐŝƚƵĂĕĆŽ ĚĂ ĞĐŽŶŽŵŝĂ ďƌĂƐŝůĞŝƌĂ ĚŝĂŶƚĞ ĚĂ ŐůŽďĂůŝnjĂĕĆŽ f ŽŵƉƌĞĞŶĚĞƌŽĞŶĚŝǀŝĚĂŵĞŶƚŽĞĂƐƌĞůĂĕƁĞƐĐŽŵĞƌĐŝĂŝƐŝŶƐƟƚƵşĚĂƐ ĐŽŵŽƐĚĞŵĂŝƐƉĂşƐĞƐ ĞŵĞƐƉĞĐŝĂůĐŽŵŽƐŶŽƐƐŽƐǀŝnjŝŶŚŽƐĚĂ ŵĠƌŝĐĂĚŽ^Ƶů Ğ f ŝƐĐƵƟƌĂƐƉĞƌƐƉĞĐƟǀĂƐĚŽWĂşƐĚŝĂŶƚĞĚĂƐ ƚƌĂŶƐĨŽƌŵĂĕƁĞƐŶŽ ĐĞŶĄƌŝŽŵƵŶĚŝĂůĞĂŝŵƉŽƌƚąŶĐŝĂĚŽƉĂƉĞůĚŽƐƚĂĚŽŶĂĞǀŽůƵĕĆŽ do processo de inserção internacional da economia brasileira. /ÄÝÙÊøãÙÄ ÊÄÊîÙÝ®½®Ù

Transcript of 14424516022012Economia Brasileira Aula 4

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    hf Z f ^f W do processo de insero internacional da economia brasileira.

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  • O Brasil, desde o final da Segunda Guerra Mundial, vem fazendo um esforo enorme no sentido de transformar quantitativa e qualitativamente a sua forma de insero no mercado mundial. Inicialmente, na dcada de 1940, contamos com o modelo do

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    s W aprofundado. K tudo acontea no seu devido tempo e dentro de um processo Ws

  • processo por substituio de importaes, que acabou entrando em esgotamento, na dcada de 1960. Com o seu ressurgimento na dcada de 1970, novas aes se tornaram necessrias ao Pas, e a opo pelo endividamento externo trouxe consequncias ainda sentidas nos dias de hoje.

    De 1968 a 1973 tivemos a fase do milagre econmico, que tambm recruscedeu. Com os dois choques do petrleo, ocorridos na dcada de 1970, verificou-se a necessidade de trazer de volta o processo de substituio por importaes pauta da poltica econmica da poca como uma das alternativas ideais para superar as dificuldades.

    A dcada de 1980, devido s dificuldades herdadas do perodo autoritrio, ficou caracterizada como perdida e, logo em seguida, na dcada de 1990, a economia brasileira resolveu se abrir definitivamente ao comrcio exterior e reduzir as barreiras participao do capital estrangeiro em boa parte dos setores de sua economia. Na dcada de 2000, prosseguiu-se com o modelo de ajustamento da dcada de 1990, mas com reformulaes principalmente no que diz respeito ao retorno de uma maior participao do Estado na economia.

    Foi a partir do primeiro choque do petrleo, ocorrido em 1973, que o Brasil procedeu ao aumento do endividamento externo. Na realidade, essa opo foi tomada tendo por objetivo a manuteno do crescimento econmico, que foi em parte atingido com a promulgao do segundo Plano Nacional de Desenvolvimento Econmico (II PND), sob coordenao do ministro do Planejamento Joo Paulo dos Reis Velloso.

    No II PND, a proposta centrou-se na busca da transformao da estrutura econmica brasileira, destinando os cuidados para os setores energtico, nuclear, petroqumico e de bens de capital. Nessa etapa da economia brasileira, as empresas multinacionais reduziram os interesses e participaram do processo apenas como auxiliares, uma forma encontrada de no incorrerem em riscos maiores, segundo observam Rego e Marques (2003).

    Vamos, agora, a algumas indagaes, presentes em nosso cotidiano, que dizem respeito ao problema da insero externa da economia brasileira:

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  • f Quando efetivamente comeou o endividamento externo brasileiro?

    f Por que o Brasil resolveu buscar o endividamento externo?f Por que o choque do petrleo afetou a economia brasileira?f Qual o papel do Fundo Monetrio Internacional (FMI)?f Quantas vezes o Brasil recorreu ao FMI?f O receiturio do FMI era de cunho monetarista?f Qual a importncia da Conferncia de Bretton Woods para o mundo?

    f A dvida externa brasileira acabou se concentrando no setor pblico?

    f Qual o significado da palavra vulnerabilidade?f Em qual globalizao nos encontramos inseridos?f O Brasil tem jeito?f Quais as perspectivas para a economia brasileira?

    O endividamento externo data da nossa independncia de Portugal. E, em muitos dos momentos, foi um recurso que se disps com a finalidade de superar as dificuldades enfrentadas pelo Brasil ao longo da sua trajetria econmica.

    Cabe destacarmos ainda que na dcada de 1970, quando se d a opo pelo financiamento externo do novo plano de desenvolvimento, as vantagens oferecidas eram tentadoras, o sistema financeiro internacional gozava de excesso de liquidez e os bancos se mostraram interessados em emprestar, oferecendo inmeras vantagens, que se tornavam irrecusveis.

    A realidade que o excesso de liquidez internacional acabou levando o Brasil a se endividar e, alm disso, o acordo de Breton Woods, realizado aps o final da Segunda Guerra Mundial, deu a fora que faltava para o fortalecimento das economias de mercado.

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    Saiba mais

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    da dvida externa por meio de J. M. Rothschild and

    Sons de Londres em quase quatro milhes de libras

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    sempre

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  • Na anlise de Baer (1986, p. 95), o aumento da dvida externa brasileira, na dcada de 1970, deve-se a:

    [...] um contedo eminentemente financeiro, mas que est determinado pela dinmica da internacionalizao produtiva da economia brasileira e a concorrncia que esta gerou entre as distintas faces do capital.

    Inicialmente tudo pareceu muito atraente, mas com o passar do tempo essa situao foi se modificando, a tal ponto que em 1982 o servio da dvida chegou a 83,3% do valor das exportaes (BAER, 2002).

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  • D&D/

    Com o segundo choque do petrleo, ocorrido em 1979, a taxa de juros internacional aumentou consideravelmente. Como os nossos emprstimos haviam sido contrados com taxas de juros flexveis, os custos dos emprstimos, acompanhados dos servios da dvida, foram tambm elevados (BAER, 2002).

    A preocupao com a sobrevivncia da poltica desenvolvi-mentista era to visvel que, com a sada do ministro Mrio Henrique Simonsen, em 1979, foi convidado para assumir a pasta Antnio Delfim Netto, que havia conduzido a economia brasileira no perodo do milagre. Em um primeiro momento, em 1980, ainda como resultado dos investimentos realizados no mbito do II PND, o PIB cresceu 7,2%. Entretanto, por conta do crescimento da instabilida-de no setor externo da economia brasileira, decretou-se um pacote contendo medidas arrojadas, entre as quais podemos destacar: a maxi-desvalorizao do cruzeiro, o fim dos subsdios para as exportaes, a retirada de diversos outros incentivos fiscais, a elevao das taxas dos servios pblicos, a remoo das exigncias de depsitos para os capi-tais que tivessem interesse em investir no Pas e a retirada do controle rgido sobre as importaes (BAER, 2002).

    Nesse perodo, h de se lembrar da forte presena do FMI solicitando medidas de austeridade, sendo que a cada vistoria um enorme pesadelo tomava conta da populao, preocupada com o que poderia vir a ser recomendado. Realmente no foi fcil o percurso da economia nacional em busca de alternativas que lhe trouxesse estabilidade.

    Podemos ento afirmar que as metas traadas pelo FMI deviam

    ser seguidas risca?

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  • Sim, pois, como dissemos, eram frequentemente tambm rigorosamente supervisionadas, j que este o rgo responsvel por regular o funcionamento do mercado financeiro e desde 1967 conta com um instrumento de poltica denominado Direito Especial de Saque (DES) espcie de reserva, de acordo com as cotas pagas, que o Pas adquire para solicitar como restituio, em caso de alguma desestabilizao. Caso o Pas necessite de um volume maior de recursos, pede-se uma exposio de motivos, a ser avaliado pela diretoria e que ao ser aprovada traz junto um receiturio de cunho monetarista as seguintes medidas: rgido controle sobre os gastos pblicos, polticas de crditos, subsdios e salrios, com polticas de desvalorizao cambial quase que frequente. Fazem parte do FMI 184 pases e, embora todos votem, apenas cinco detm o maior poder de deciso sobre as alteraes das regras. Para fazer parte do FMI, os pases precisam contribuir com uma cota e indicar um delegado e um suplente. O Brasil integra o FMI com um poder de voto pouco significativo. Em 2005, o nosso pas quitou uma dvida que venceria com o FMI em 2007, que propiciou certo flego economia nacional (SANDRONI, 1989).

    Na dcada de 1980, por recomendao do FMI, os gastos no setor pblico foram enxugados, acarretando em uma considervel reduo nos investimentos e na demanda agregada.

    E, aqui, chamamos a ateno para a reorientao terica do papel desempenhado pelos economistas no governo naquele momento. Segundo Munhoz (1987, p. 149),

    Quando o Brasil assinou o programa de ajustamen-to econmico com o Fundo Monetrio Internacional, em janeiro de 1983, uma das preocupaes do Fundo se dirigia aos elevados nveis da inflao brasileira da ordem de 100% anuais, j por trs anos, e relao entre crescimento dos preos e os dficits do setor pblico.

    O tema dficit pblico no era novo nos debates ento presen-tes, voltados para a realidade econmica do pas. Pois pratica-mente desde 1981, quando o Brasil passou a adotar uma pol-tica econmica segundo o modelo recessivo do FMI embora

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  • ainda sem submeter-se formalmente ao receiturio da institui-o j aflorava internamente a questo dos dficits. E nessa etapa primeira, surgiram, desde logo no seio do Governo, os diagnsticos clssicos sobre as causas da instabilidade dos preos, conforme atestam documentos e declaraes oficiais.

    Ao longo dos anos 1970, a dvida externa brasileira sofreu uma importante mudana qualitativa, cuja composio passa a predominar os emprstimos tomados pelo Estado, superando o endividamento do setor privado. Nos primeiros anos da dcada de 1970, os emprstimos se dirigiram na sua maior parte aos setores de transportes e de telecomunicaes. No final da dcada, a situao modificou para o setor eltrico e siderrgico. Foi sempre mais tranquila a obteno dos emprstimos de bancos privados, mesmo sabendo das desvantagens: taxas de juros maiores, prazos de trmino bem mais rpidos e vulnerabilidade do credor maior, dado que as taxas de juros eram flutuantes, oscilando em funo da conjuntura (SANDRONI, 1989, p. 75-80).

    Segundo Carneiro e Modiano (1990), em 6 de janeiro de 1983, o governo brasileiro submeteu a primeira carta de intenes ao FMI. Nos 24 meses subsequentes, sete cartas de intenes foram examinadas pela direo do Fundo. Esta troca constante de metas e normas entre os funcionrios do governo brasileiro e o FMI ilustra as dificuldades envolvidas em adaptar o receiturio da instituio a uma economia em desenvolvimento, altamente indexada, na qual o setor pblico, no somente era responsvel por algo entre 30 e 50% do investimento global, como tambm intermediava grande parte do investimento privado atravs da administrao de importantes fundos compulsrios de poupana.

    Assim, precisamos atentar para no confundir dvida com o FMI, com a dvida externa que continua em aberto com a banca internacional.

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  • O Sistema Monetrio Internacional que vigorou aps a Segunda Guerra Mundial foi aprovado na Conferncia de Bretton Woods e teve vigncia de 1946 a 1971. O ouro foi tido como o ativo de reserva internacional, a taxa de cmbio que deveria ser estipulada nas relaes de trocas foi a de tipo fixa e o padro estipulado como paridade ficou sendo o dlar-ouro, porque os Estados Unidos da Amrica detm a maior quantidade da espcie em nvel mundial. Atualmente, existe uma proposta do presidente do Banco da China, Zhou Xiaochuan, da criao de uma outra moeda de reserva internacional.

    [...] Zhou Xiaochuan, Presidente do Banco da China, causou furor ao publicar um ensaio sobre a criao de uma nova moeda de reserva internacional. [...] Zhou no est sozinho. Temos visto um sem-nmero dessas exor-taes mudana desde que a crise comeou e, embora os substitutos do dlar variem o euro frequentemente endossado, assim como uma composio de moedas.[...]

    [...] Quando os revolucionrios americanos declararam sua independncia da Inglaterra, em 1776, tambm se desven-cilharam da libra esterlina, criando o dlar para substitu-la. [...] o dlar que adotaram era o dlar espanhol [...] [...] Muito mais comum do que a libra esterlina, o dlar espa-nhol era a moeda global da poca, onipresente no comrcio e utilizada pelos americanos para manter suas contas. [...] O sculo 20 considerado o sculo americano e o cres-cimento do poder dos Estados Unidos coincidiu com a ascenso do dlar como principal moeda mundial. [...]

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  • Quando representantes mundiais se reuniram na cidade de Bretton Woods, em 1944, para negociar a arquitetu-ra financeira ps-guerra, o economista britnico John Maynard Keynes tentou persuadir os americanos a criar uma nova moeda comum, chamada bancor. Os ameri-canos no aceitaram queriam que o dlar se tornas-se a moeda de reserva mundial e conseguiram. [...] [...] As moedas raramente morrem da noite para o dia. Vale olhar o declnio vagaroso do dlar espanhol e da libra esterlina. No entanto, elas sobem e descem depen-dendo da sorte dos pases e dos imprios que as emitem. (MIHM, 2009, p. 66)

    De 1971 aos dias atuais predomina nas relaes comerciais a taxa de cmbio flutuante, os ativos de reserva so em moedas fortes (dlar, euro) e o sistema de ajuste se processa de forma automtica, com desvalorizao cambial alternada, seguindo as instrues do FMI, que no deixou de exercer o atendimento aos membros participantes. Mas o FMI foi muito criticado nas dcadas de 1970 e 1980, por ativistas polticos e pela sociedade, contrrios ao estilo da poltica instituda, e depois com o estabelecimento do processo democrtico acabou quase sendo esquecido, embora a sua forte atuao no tivesse sido desmontada.

    Recentemente, Cardoso (2009, p. 78) teceu o seguinte comentrio:

    Sempre que h uma crise profunda, a questo sobre o futuro do capitalismo ressurge. Mas isso vem ocorren-do h sculos, o que mostra a resistncia do sistema. O fato que ele est sempre se transformando. Nossa ordem global foi pensada aps a Segunda Guerra Mundial, cujo fim permitiu retomar o impulso do cres-cimento. [...] Os ingleses defendiam a criao de uma moeda global e que o Fundo monetrio Internacio-nal fosse uma espcie de banco central dos bancos centrais. Mas a posio inglesa foi vencida pelos ameri-

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  • canos, que foraram o dlar como moeda global. Agora os mesmos temas voltam mesa. Qual ser o novo papel do FMI? Seu oramento foi reforado no encon-tro do G20, em Londres, o que sugere que o Fundo ter um peso maior. Mas, em meio crise, o Federal Reserve americano vem agindo como um banco central global. Enquanto isso, a China tambm comea a fazer sua pol-tica. Emprestou dinheiro Argentina, Petrobras, sia, comprou minas na Austrlia. Mas contribuiu com pouco dinheiro extra para o FMI, dando mostra de que no v com bons olhos um poder renovado da instituio. Os chineses tambm questionam o papel do dlar como moeda global, outro tema em debate. Vamos manter o dlar ou migrar para outro sistema? As respostas ajuda-ro a moldar o novo capitalismo.

    Perceba que a dvida brasileira se concentrou no setor pblico e a forma de o governo conseguir divisas ocorreu com o endividamento interno ou, em outras palavras, por meio da transformao da dvida externa em interna, da colocao de ttulos de longo prazo no mercado (GREMAUD et al., 1997, p. 223). Alm disso, como dificilmente obtinham-se supervits comerciais no balano de pagamentos, a cobertura dos dficits acabou sobrando para a sociedade brasileira e redundou em arrocho dos salrios com caractersticas recessivas para todos. Para um melhor entendimento desta situao, observe a Figura 6.

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  • Figura 6: Evoluo da dvida total lquida do setor pblico brasileiro, em percentual do PIB, desde 1991

    Fonte: IPEA-DATA (2009)

    A vulnerabilidade da economia brasileira aos choques externos foi um problema dos mais temidos, chegando ao ponto de colocar dificuldades ao processo de estabilizao e ao processo de estabilizao dos preos interno (inflao). Foi a partir dessa situao que surgiu a crise fiscal no Estado brasileiro e tambm a especulao financeira desenfreada, inclusive do prprio setor estatal, demonstradas nos Balanos de Pagamentos. Segundo Baer (2002, p. 133),

    [...] notvel aumento das despesas financeiras acima de 1000% estava ligado larga expanso da dvida das empresas estatais. Como, durante a dcada, a capa-cidade de autofinanciamento dessas empresas declinou, uma crescente parcela dos investimentos era custeada por emprstimos estrangeiros. Alm disso, prximo ao final da dcada de 1970, medida que as taxas de juros aumentavam, e com a maxidesvalorizao de 1979, a carga financeira das empresas estatais cresceu expressi-vamente. Para piorar os fatos, medida que a inflao

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  • aumentava, o governo reteve os preos de muitas empre-sas pblicas como instrumento antiinflacionrio, o que ocasionou uma queda regular dos preos e tarifas reais cobrados por elas.

    Os desequilbrios internos e externos que ocorreram na Alemanha na dcada de 1920 levaram ao surgimento do Balano de Pagamentos. Alis, essa foi a forma encontrada de como fornecer a radiografia de um pas diante das mais diferentes situaes de gerenciamento. Os economistas keynesianos tenderam a concordar com a teoria do balano de pagamentos e, de acordo com Rego e Marques (2003, p. 155), seguindo a prpria posio de Keynes. Veja a Figura 7.

    Figura 7: Oscilaes ocorridas no saldo da Balana Comercial brasileira, em dlares americanos, desde 1959

    Fonte: IPEA-DATA (2009)

    Mas no para por a, na atualidade, vivemos desde 2008 uma crise que se arrasta aos poucos e que parece no ter fim, por enquanto algo que parece desafiar a todos. Para Sen (2009, p. 18),

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  • [...] A desacelerao que est nos levando beira de uma depresso tem ntidas feies keynesianas a reduo da renda de um grupo de pessoas ocasionou a reduo de suas compras, causando, por sua vez, nova reduo na renda de outras. Entretanto, Keynes, s pode ser o nosso salvador numa escala muito parcial, e preciso olhar para alm dele para compreender a crise atual. Um economista cuja relevncia atual foi bem menos reconhecida o rival de Keynes, Arthur Cecil Pigou. [...] O contraste entre Pigou e Keynes relevante [...] Embora Keynes estivesse muito envolvido na questo de como aumentar a renda agregada, ele estava menos engaja-do em analisar problemas da distribuio desigual da riqueza e do bem-estar social. Pigou no s escreveu um estudo clssico de economia do bem-estar mas tambm foi pioneiro na medio da desigualdade. Como o sofri-mento das pessoas mais carentes pede uma ateno mais urgente agora, o papel da cooperao mtua entre empresas e governo no pode parar apenas na expan-so econmica. Existe a necessidade de dar ateno s vtimas da injustia social.

    Como voc pode observar, o Balano de Pagamentos resume de forma contbil as transaes econmicas realizadas pelo Brasil com o resto do mundo e fornece uma radiografia geral da situao da economia nacional. Pela ilustrao apresentada, pudemos, ento, ter uma noo do cenrio das oscilaes da Balana Comercial brasileira.

    NoBalano de Pagamentos temos a Balana de Transaes Correntes onde se encontram a Balana Comercial, os Servios e Rendas, as Rendas e as Transferncias Unilaterais Correntes,assim discriminadas:

    f Balana Comercial: formada das exportaes e das importaes. Em caso das exportaes superarem as importaes, tem-se uma situao de supervit, e no caso inverso, apresenta-se com dficit.

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  • f Balana de Servios e Rendas: desenvolvida com os resultados dos investimentos e os trabalhos realizados (e aqui se encontram especificados: transportes, viagens, seguros, royalties e licenas, servios do governo, aluguis etc.).

    f Transferncias Unilaterais Correntes: formada dos pagamentos realizados entre pases, destacando-se as remessas feitas por migrantes e as doaes recebidas ou realizadas.

    Temos tambm a Conta de Capital e Financeira, na qual encontra-se alocada a conta capital, a conta financeira, o investimento direto, o investimento em carteira, os derivativos e demais investimentos. E os Erros e Omisses finalizam o Balano de Pagamentos.

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  • A

    Diante de tudo que conversamos at aqui, podemos afirmar que a trajetria brasileira de insero externa foi marcada por uma srie de pontos e contrapontos. Dos pontos destacamos para voc a estabilizao econmica que se conseguiu depois de uma srie de tentativas que se frustraram e dos contrapontos a excessiva concentrao da renda e os baixos ndices de desenvolvimento humano alcanado, apesar dos esforos mais recentes em buscar por super-los.

    Na realidade, tudo acabou se transformando em um longo amanhecer como assim denominou Furtado (1999, p. 36-38), ao observar que a entrada do Brasil no processo de globalizao teve um preo alto e ao deduzir que:

    [...] A luta contra o subdesenvolvimento um proces-so de construo de estruturas, portanto, implica na existncia de uma vontade poltica orientada por um projeto. Essa a lio que podemos tirar dos decnios de crescimento que vivemos a partir do imediato ps--guerra. Se o Estado nacional o instrumento privilegia-do para enfrentar problemas estruturais, cabe indagar como compatibiliz-lo com o processo de globalizao. [...] A absoro de recursos externos deve ser discipli-nada por uma poltica que tenha em conta seus efeitos positivos e negativos. [...] No se pode perder de vista que o comrcio exterior o pulmo pelo qual se respira o avano tecnolgico. Se mal administrado, esse comr-cio pode levar a economia a uma paralisia progressiva.

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  • O formidvel sobreendividamento que sofremos entre 1995 e 1998 o dficit em conta corrente somou algo como 100 bilhes de dlares ocorreu num perodo em que o crescimento econmico foi praticamen-te zero. Ora, esses foram anos em que dobrou o grau de controle por grupos estrangeiros do capital fixo reprodutivo do pas.

    Ao continuar a argumentao, Furtado (1999) recomendou ao Brasil a priorizao para com a questo da fome, segurana pblica e combate s doenas infecto-contagiosas, devendo os investimentos concentrarem-se na capacitao, com vistas ampliao do quadro da populao com formao tcnica especializadas. Alm desse aspecto, enfatizou sobre a necessidade da conciliao do processo de globalizao com a possibilidade da gerao de novos empregos, tendo por finalidade o fortalecimento do mercado interno, pois depois de termos as dcadas perdidas de 1980 e 1990, valeria a pena verificar em que os governantes falharam, uma vez que imputar toda a responsabilidade ao exterior seria temeroso.

    Com relao importncia do fortalecimento de um mercado sul americano, Furtado (1999) teve o maior apreo ao lembrar-nos que a ideia de solidariedade entre as regies que comeou com os europeus acabou gerando a Unio Europeia. Acreditava tambm que com a ampliao dos interesses regionais outros mercados e foras acabavam sendo estimulados. Com isso, chegou, inclusive, a levantar a indagao se seria possvel criar uma nova moeda que fosse aceita em toda regio, ao lembrar-nos tambm que, para o estabelecimento do euro na Europa, foram anos de aprendizagem.

    Considerando essa discusso, podemos destacar ainda que, mesmo diante das inmeras crises pelas quais a economia brasileira passou, ainda h tempo para se fazer algo com a finalidade de reverter os problemas existentes. Nesse sentido, vale o lembrete: preciso estar sempre atento e disposto a construir uma sociedade mais justa. Nas relaes econmicas com o resto do mundo, o Brasil tem feito um enorme esforo no sentido de integrar-se com os outros pases, e na

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    Amrica do Sul o Pas tem se colocado disposto a dialogar e participar das iniciativas que busquem a ampliao da integrao necessria.

    preciso pensar novas formas de abordarmos as

    Antes de encerrarmos esta ltima parte, apresentamos a recomendao de Vinod Thomas, importante consultor do Grupo Banco Mundial, em entrevista ao Jornal Folha de So Paulo, o qual chama a ateno para o potencial do Brasil em termos de desenvolvimento sustentvel Angelo (2009, p. A24) destaca:

    [...] O Brasil tem a razo mais favorvel de terra, gua e floresta per capita do que qualquer outro pas, ento deveria ser uma rea na qual o pas estivesse investin-do, no destruindo! O que voc tem a ganhar com mais cuidado ambiental no Brasil muito mais do que na China ou na ndia. O planejamento ambiental faz mais diferena para o Brasil do que para esses pases.

    Complementando...Para voc que tem pela frente muita responsabilidade no gerenciamento da

    nossa economia, recomendamos as seguintes leituras:

    Um novo capitalismo? Revista Exame, abril/2009. Desconcentrao produtiva regional do Brasil (1970-2005) de Wilson Cano.

    Desenvolvimento capitalista no Brasil de Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo e Renato Coutinho.

  • Resumindo E h

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    E

    interessantes como a questo do dlar para moeda de reserva

    internacional.

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    valor e que pode extrair a sua prpria forma e concepo de estudo de caso apresentado a seguir.

    Atividades de aprendizagem

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    geral do Grupo Independente de Avaliao do Banco Mundial. Vinod

    Thomas publicou o livro O Brasil visto por dentro. Aps a leitura do

    Revista Exames

    Nos ltimos anos, virou moda decantar as qualidades de novos atores no cenrio global. Refiro-me s grandes naes emergentes, em especial Brasil, Rssia, ndia e China, o j famoso Bric. Por algum tempo, porm, houve quem considerasse o Brasil algo deslocado no grupo. Afinal, a China se tornou a principal estrela da econo-mia global na ltima dcada, a ndia passou a segui-la de perto mais recentemente e a Rssia surfou como poucos o boom nos preos do petrleo. luz das estatsticas, tal vigor no encontrava paralelo no Brasil. Quem se dispu-sesse a entender as transformaes mais profundas no cenrio brasileiro, porm, j teria percebido o erro que no considerar seriamente a hiptese de o Brasil se alar como novo peso pesado da economia mundial. Destaco trs reas em que o pas vem trilhando um

  • caminho de renovao. A primeira a macroecono-mia. Nem precisamos voltar aos anos 80 e confuso reinante em meio hiperinflao. Mesmo uma compa-rao recente mostrar que, em pouco tempo, o pas se transformou. A inflao foi domada. A dvida do setor pblico est hoje abaixo de 40% do PIB. O pas tem sido capaz de emitir ttulos da dvida externa em reais, o que demonstra a confiana de investidores internacionais. As reservas somam 200 bilhes de dlares. E o dficit em conta corrente pequeno. Alm disso, o setor financeiro encontra-se completamente slido.

    A segunda rea, como resultado desses e de outros avanos, que o pas atingiu patamares novos em termos de crescimento econmico. A crise global em curso fez com que o tema do crescimento parea um fora do lugar. Mas no devemos nos esquecer que, at a ecloso da tormenta financeira, e pela primeira vez em muito tempo, o Brasil passou a crescer num ritmo j bastante inte-ressante, especialmente quando se considera seu nvel mdio de renda, muito superior ao de China e ndia. Se e quando ir conseguir apresentar um desempenho seme-lhante, ainda so questes em aberto mas essa dvida se coloca hoje para todos os pases.

    O terceiro front que merece destaque o social. Poucos pases no mundo tm motivos para comemorar o avano em termos de incluso como o Brasil, graas a uma combinao de crescimento mais forte e, principalmen-te, uma vasta rede de proteo. Ela ser de fundamental importncia a partir de agora, com o inevitvel desaque-cimento econmico do pas. Quando se considera os trs ngulos de anlise a macroeconomia, o crescimento e a incluso social , fica claro que o Brasil no apenas merece estar entre os Bric como provavelmente seja o mais bem-sucedido dentre eles. No apresenta taxas de expanso to altas como China e ndia, mas compensa com avanos slidos em outras esferas.

    Economia Brasileira

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  • C

    Caro estudante,

    Neste livro tivemos a oportunidade de ver como a economia brasileira uma disciplina que aborda a histria dos fatos, das polticas e das ideias econmicas do Brasil, com nfase no Perodo Republicano. Para tanto, tratamos dos principais perodos da evoluo do capitalismo no Brasil, procurando delimitar as diferentes dinmicas econmicas, como o ciclo agrrio-exportador (at 1930), o ciclo industrial (at 1980) e o ciclo atual de predomnio financeiro.

    O objetivo principal desta disciplina foi o de analisar os fatores polticos, sociais e econmicos que permitiram o desencadeamento do processo de industrializao no Brasil, procurando revelar os seus alcances e limites. Paralelamente, discutimos a eficincia das polticas econmicas adotadas em termos de seu impacto tanto no crescimento da produo como na produtividade e no bem-estar do conjunto da populao.

    Procuramos, alm disso, abordar o processo de evoluo econmica do Pas articulando-o com o plano das ideias econmicas. Isso permitiu compreender o posicionamento dos economistas em relao aos diferentes modelos de desenvolvimento em debate em um determinado contexto no Pas e tornar claras as suas propostas de polticas pblicas.

    Diferente de outros livros didticos, que optam por uma leitura cronolgica dos fatos econmicos, neste manual fizemos opo por uma diviso temtica. Essa opo metodolgica permitir uma compreenso mais concisa das questes centrais associadas evoluo econmica do Pas. Evitamos, assim, o risco de comprometer o aprendizado com uma abordagem que apenas percorre as diferentes

    Consideraes Finais

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  • polticas econmicas ao longo do tempo e que no orienta a leitura por meio de um fio condutor analtico.

    Lembramos que estudar a economia brasileira constitui um dever de ofcio para ns que acreditamos na educao como o meio para a conquista do to almejado desenvolvimento com justia econmica e social.

    Antes de fecharmos as discusses a que nos propusemos na disciplina de Economia Brasileira, sinalizamos a voc diferentes caminhos que podem ser percorridos, bastando a partir de agora continuar e aprofundar todos os temas levantados. Caso tenha tomado gosto pelos temas, leve em frente os estudos nessa rea. E, profissionalmente, lembre-se de que o Brasil precisa muito de todos ns. Foi maravilhoso fazer parte do seu mundo.

    Muitas conquistas profissionais para voc!

    Professores Fernando Tadeu de Miranda Borges e Pedro C. Chadarevian

    Bacharelado em Administrao Pblica

    Economia Brasileira

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  • Bacharelado em Administrao Pblica

    Economia Brasileira

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    Faculdade de Economia e professor associado II da

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