1 AULA Histrico, RDC, RECURSOS E ATRIBUIÇOES

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Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva

Curso: Técnico de Enfermagem

Enfª Margareth Costa

O que é UTI?

• UTI

• CTI

• UCI

Todos CERTOS

Histórico

Origem das palavras

• Terapia (do Grego.) θεραπεία - "servir a Deus”

• Intensiva (do Lat.)  Intensivu – “que é intenso”

UTI x Hospital

• Atender o paciente crítico;

• Atender pacientes pós operatórios de alta complexidade;

• Atender urgências/emergências das unidades de internação;

• Unidade de retaguarda do pronto-socorro;

• Realização de procedimentos de grande complexidade;

• Pacientes com risco eminente de morte.

DEFINIÇÃO

• Unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar.

Doente de Alto Risco

Aquele cuja vida está ameaçada por complicações que podem surgir em resultado de uma afecção, levando à falência de um ou vários órgãos e que necessita de cuidados imediatos e diferenciados, além de observação contínua para detectar e prevenir precocemente as complicações.

Cuidados de Enfermagem Intensiva

São cuidados minuciosos e qualificados prestados de forma contínua ao longo das 24 horas, ao indivíduo com uma ou mais funções vitais em risco imediato, como resposta às necessidades afetadas e permitindo manter as funções básicas da vida, prevenindo complicações e limitando incapacidades.

• UTI Especializada- aquela destinada ao atendimento de pacientes em uma especialidade médica ou selecionados por grupos de patologias, podendo compreender: cardiológica, coronariana, neurológica, respiratória, trauma, queimados, dentre outras.

• Centro de Tratamento Intensivo (CTI)- o agrupamento, numa mesma área física, de duas ou mais UTI's, incluindo-se, quando existentes, as Unidades de Tratamento Semi-Intensivo.

REQUISITOS PARA A EXISTÊNCIA DE UMA UTI

• Proporcionar condições de internar pacientes críticos;• Executar e registrar assistência médica e de enfermagem

intensiva;• Prestar apoio diagnóstico-laboratorial, de imagem e

terapêutico durante 24h;• Manter condições de monitoramento e assistência respiratória

contínua;• Prestar assistência nutricional;• Manter pacientes com morte encefálica nas condições de

permitir a retirada de órgãos para transplantes.

O Ministério da Saúde editou a portaria GM/MS nº. 3432

de 12/08/1998, baseado em critérios de complexidade de

atendimento e estabeleceu a classificação das Unidades de

Terapia Intensiva em tipo I, II e III de acordo com a

incorporação de tecnologia, especialização dos recursos

humanos e área física disponível.

Caracterização das UTI’s:

• UTI TIPO I => São as “UTI’s” que estão em processo de adequação à legislação vigente, ou seja, a Portaria GM/MS nº 3.432/98, no entanto continuam em funcionamento, porém estuda-se a possibilidade dos respectivos leitos se tornarem leitos semi-intensivos.

• UTI TIPO II => São as Unidades de tratamento Intensivo, credenciadas em conformidade com a Portaria GM nº 3.432/98(anexa), onde constam os critérios minimamente aceitáveis para atendimento a pacientes graves.

• UTI TIPO III => Devem atender aos mesmos critérios das UTI’s tipo II, uma vez que são critérios mínimos, no entanto são qualificadas, incluindo alguns recursos tecnológicos e humanos, como por exemplo, a ampliação do número de exames no hospital e maior número de equipamentos por paciente ou grupo de paciente; enfermeiro exclusivo (um para cada cinco leitos), e fisioterapeuta exclusivo.

Os Serviços de Tratamento Intensivo dividem-se de acordo com a faixa etária dos pacientes atendidos,

nas seguintes modalidades:

• Neonatal - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 0 a 28 dias.

• Pediátrico - destinado ao atendimento de pacientes com idade de 29 dias a 14 ou18 anos incompletos de acordo com as rotinas hospitalares internas

• Adulto - destinado ao atendimento de pacientes com idade acima de 14 anos.

SITUAÇÃO DA UTI NO BRASIL

• O Brasil conta com 25.870 leitos de UTI. Destes, 13.548 são do SUS. (ANVISA, 2010)

Leitos UTI segundo RegiãoPeríodo: Jul/2012

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)

• TOTAL...................................................11.889 • Região Norte............................................. 367 • Região Nordeste.................................... 1.923 • Região Sudeste...................................... 6.248 • Região Sul.............................................. 2.396 • Região Centro-Oeste................................ 955

Uma diária de UTI pode custar de 3 a 4 vezes mais que uma

diária em uma enfermaria comum.

RDC N° 07\2010

A norma traz parâmetros tanto para a estrutura, organização e processos de trabalho quanto para a obtenção e monitoramento de indicadores de saúde que retratem o perfil assistencial da unidade Estabeleceu, a princípio, um prazo de 180 dias para que os estabelecimentos promovessem as adequações necessárias para o cumprimento da mesma. Dessa forma, a partir de agora, todas as exigências contidas na resolução deverão ser seguidas na íntegra pelas Unidades de Terapia Intensiva do país. A verificação do cumprimento dessas exigências é realizada pelos órgãos de vigilância sanitária local (estadual ou municipal).

• O número mínimo de leitos/berços ou incubadoras de qualquer UTI deve ser cinco.

• Toda UTI deve dispor, obrigatoriamente, dos seguintes serviços, 24 horas por dia:

• Laboratório de Análises Clínicas.

• Agência Transfusional ou Banco de Sangue.

• Diálise Peritoneal.

• Ecodopplecardiograma, em se tratando de Unidade Coronariana.

• Cirurgia Geral e Pediátrica, em se tratando de UTI Pediátrica e Neonatal.

Quais Recursos de uma UTI

• Recursos Físicos

• Recursos Tecnológicos

• Recursos Humanos

Recursos Físicos

Projetar uma UTI exige conhecimento das normas dos agentes reguladores e experiência dos profissionais de terapia intensiva

• Localização:

A UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos

Sua localização deve ter acesso direto e ser

próxima de elevador, serviço de emergência,

centro cirúrgico, sala recuperação pós-

anestésica, unidades intermediárias de terapia

e serviço de laboratório e radiologia

• Número de Leitos

Um hospital geral deveria destinar 10% da

capacidade de leitos para UTI

O ideal são oito a doze leitos por unidade

• Forma da Unidade

A disposição dos leitos de UTI podem ser em

área comum (tipo vigilância), quartos fechados

ou mista, é indicada a separação dos leitos pôr

divisórias laváveis que proporcionam uma

relativa privacidade dos pacientes

Salas de isolamento é recomendável. As

unidades com leitos dispostos em

quartos fechados, devem ser dotados de

painéis de vidro para facilitar a

observação dos pacientes.

Os pacientes devem ficar localizados de

modo que a visualização direta ou indireta,

seja possível durante todo o tempo,

permitindo a monitorização do estado dos

pacientes, sob as circunstâncias de rotina e

de emergência. O projeto preferencial é

aquele que permite uma linha direta de

visão, entre o paciente e o posto de

enfermagem.

• Posto de Enfermagem

O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos

• Área de Internação

A área de cada leito deve ser suficiente para conter todos os equipamentos e permitir livre movimentação da equipe par atender às necessidades de terapia do paciente

• Sala de Utensílios Limpos e Sujos

• Banheiro de Pacientes

• Copa de Pacientes

• Sala de Serviços Gerais

• Armazenamento de Equipamentos

• Sala de Reuniões

• Área de Descanso dos Funcionários

• Conforto Médico

• Recepção da UTI

• Sala de Espera de Visitantes

• Secretaria Administrativa

Serão 8 leitos para cada enfermeiro. Antes esse número era de 1 para

5 leitos. Já para os técnicos de enfermagem serão 2 leitos para cada

profissional, além de 1 técnico de enfermagem por UTI para serviços

de apoio assistencial em cada turno.

Recursos Tecnológicos

Cada leito contém monitores cardíacos,

respiradores, bombas de infusão, cama

elétrica ou manual, oximetria de pulso,

rede de gases, etc.

A tecnologia na UTI esta aliada ao bem estar e

recuperação do paciente, oferecendo suporte de

vida com equipamentos sofisticados e delicados.

Eletrocardiográficos

Monitor de pressão arterial invasiva

Capnógrafo

Swan-ganz

Ventilador Mecânico

Balão intra-aórtico

Balão esofágico

ESTRUTURA DA UTI POR LEITO

• LEITO– Cama – Monitor Cardíaco– Ventilador mecânico– Bomba de Infusão– Bancada– Lixeira, pia, suporte de soro– Sistema de vácuo, oxigênio e ar comprimido

RECURSOS ASSISTENCIAIS

• Agência Transfusional 24 horas/dia; • Laboratório de Análises Clínicas com

hemogasometria 24 horas/dia; • Laboratório de Microbiologia; • Ultra-sonografia (inclusive a beira do leito); • Ecodopplercardiografia; • Terapia Renal Substitutiva; • Serviço Social;

Os recursos humanos na UTI é peça

primordial ao cuidado do paciente

crítico, aliados ao recurso tecnológico

e a capacitação deste profissional

torna se capaz de identificar/intervir

em situações emergencial com

competência

Recursos Humanos

UTI é uma área hospitalar em que os pacientes em estado grave podem ser tratados por uma equipe qualificada,

sob as melhores condições possíveis.

Quem Faz Parte da Equipe?• Assistência IndiretaNutricionistaFarmacêuticoPsicologiaEscriturariaLaboratórioDiagnóstico por imagemHigienizaçãoSegurançaManutenção

• Assistência Direta

Médico

Enfermeiro

Técnico de Enfermagem

Fisioterapeuta

Fonoaudióloga

RECURSOS HUMANOS• Um responsável técnico com título de especialista em

terapia intensiva; • Um médico diarista para o turno da manhã e um à

tarde com título de especialista em terapia intensiva para cada 10 leitos;

• Um médico plantonista por turno exclusivo da unidade para cada 10 leitos;

• Um enfermeiro coordenador responsável pela área de enfermagem;

• Um enfermeiro assistencial por turno, exclusivo da unidade,para cada 10 leitos;

• Um fisioterapeuta para cada 10 leitos no turno da manhã, da tarde e noite;

• Um fonoaudiólogo e/ou terapeuta ocupacional disponível para a unidade;

• Um psicólogo disponível para a unidade;

• Um técnico de enfermagem para cada 2 leitos por turno;

• Um funcionário exclusivo responsável pelo serviço de limpeza.

Lei do Exercício Profissional

• Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986

Parágrafo único - A Enfermagem é exercida

privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico

de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem

e pela Parteira, respeitados os respectivos

graus de habilitação.

Atribuições do Técnico de Enfermagem na UTI

A colaboração do técnico de

enfermagem tem muita influência no

trabalho diário, pois são LINHA DE

FRENTE a assistência do paciente

crítico.

• Estar no setor no horário marcado para receber o plantão (10 minutos antes);

• Observar condições gerais do paciente quando estiver recebendo o plantão:

- Medicações e infusões prescritas

- Soros que estão instalados

- Sondas, drenos e cateteres

• Tomar conhecimento da evolução do paciente através da passagem de plantão;

• Preencher o cabeçalho da folha de controle, completamente;

• Administrar medicação e tratamento prescrito, observando seus efeitos;

• Anotar na prescrição do paciente os cuidados prestados, medicações e tratamentos aplicados, sinais e sintomas de maneira objetiva e clara, logo após a execução;

• Prestar aos pacientes cuidados de higiene, criando-lhe condições de conforto e tranquilidade;

• Trocar cadarços/fixações e curativos diariamente, ou quantas vezes fizer necessário;

• Mudança de decúbito de 2/2hs, mantendo o leito limpo e seco;

• Proteger calcâneos e proeminências ósseas com coxins;

• Controle dos sinais vitais (2/2hs), PVC, líquidos infundidos e drenados;

• Aspiração orotraqueal frequente, quantas vezes fizer necessário, com técnica correta;

• Restrição de pacientes agitados ou confusos, afim de protegê-los, evitando que retirem dispositivos invasivos;

• Manter grades elevadas, evitando restringir pacientes nas mesmas;

• Higiene oral com cepacol ou água bicarbonatada, mantendo lábios umedecido evitando ressecamento;

• Trocar curativos, bolsas de colostomias, soluções de drenagens torácicas, diariamente ou quantas vezes se fizer necessário;

• Manter monitores com alarmes ativados;

• Arrumação e limpeza concorrente da unidade do paciente diariamente;

• Desprezar frascos de aspiração, coletores de diurese a cada final de plantão ou quantas vezes se fizer necessário;

• Auxiliar os demais membros da equipe, sempre que solicitado;

• Comunicar ao Enfermeiro as alterações observadas no estado geral dos pacientes;

• Acompanhar os familiares nos horários de visitas;

• Permanecer junto ao paciente durante seu horário de trabalho, ausentando-se apenas quando necessário e após avisar o colega;

• Comunicar ao Enfermeiro quando tiver que se ausentar;

• Colaborar na manutenção da ordem e limpeza da unidade;

• Admitir pacientes;

• Acompanhar pacientes nas altas, transferências, exames, etc.;

• Fazer preparo do corpo pós óbito;

• Preparar material e auxiliar em procedimentos invasivos e de alta complexidade;

• Fazer desinfecção terminal da unidade, incluindo equipamentos utilizados;

• Manter-se em prontidão em caso de PCR, internaçoes e outras eventualidades;

• Participar de reuniões quando convocado;

• Controlar materiais esterilizadas, como datas, estocagem, quantidade;

• Participar de atividades de treinamento;

• Trocar sacos de hamper;

• Zelar pelo material do setor;

• Atender as solicitações do Enfermeiro;

• Conferir e completar carro de emergência;

• Cumprir regulamentos do hospital e rotinas do setor;

• Levar o material usado para ser esterilizado, conforme rotinas e horários estabelecidos;

• Limpar carro de emergência, ECG, carro de curativo/banho, maca, cadeira de rodas e de banho, suporte de soro, escadinhas e outros equipamentos;

Enfermeira • Assistir o paciente integralmente • Participar da passagem de plantão • Coordenar e supervisionar o pessoal de enfermagem da unidade • Estabelecer integração da UTI com os demais serviços do

Hospital. • Procurar informar-se quanto ao material da unidade e se está

havendo cobertura por parte dos diversos setores do hospital. • Procurar informar-se quanto a conduta disciplinar dos

funcionários lotados na unidade • Colaborar e participar de pesquisa de enfermagem.