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Termodinâmica das Transições de FaseAula 2
Mario Jose de Oliveira
Escola de Verao
Fısica da Materia Mole
13 a 24/02/2006
Instituto de Fısica
Universidade de Sao Paulo
– p. 1
Misturas binárias
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
x
50
60
70
80
90
100
110θ(
oC
)
linha de condensacao
linha de ebulicao
G
L
(a)
metanolagua
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
x
75
80
85
90
95
T/K
G
L
(b)
N2
O2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
x
60
65
70
75
80
85
θ (o
C)
G
L
(a)
etanolbenzeno
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
x
70
80
90
100
θ (0
C)
agua etanol
L
G
– p. 2
Misturas binárias
0 0.2 0.4 0.6 0.8
y
20
30
40
50
60
70θ
(oC
)
LA L
B
fenolagua
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
x
800
1000
1200
1400
1600
θ (o
C)
L
S
Si Ge
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
x
800
1000
1200
1400
1600
1800
θ (o
C)
SA
SB
L
Pt Au
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
x
200
400
600
800
1000
1200
θ (o
C)
L
SA
SB
Ag Cu
– p. 3
Expoentes críticos da transição líquido-líquido
sistema α β γ θc (◦C)
ácido isobutírico + água 0,12 0,33 1,24 26,14
nitroetano + isooctano 0,11 0,32 30,03
polistireno + ciclo-hexano 0,14 0,33 30,50
nitroetano + 3-metilpentano 0,14 0,34 26,47
metanol + ciclo-hexano 0,10 0,33 49,1
fenol + água 0,33 1,32 65,87
trietilamina + água 0,11 18,5
tetracloreto de carbono
+ perfluormetilciclo-hexano 0,33 28,64
anilina + ciclo-hexano 0,33 31
nitrobenzeno + heptano 0,33 18
dissulfeto de carbono + nitrometano 0,32 63,5
ciclo-hexano + anidrido acético 0,32 52,3
gálio + mercúrio 0,34 203,3
nitroetano + hexano 1,19
– p. 4
Teoria de Hildebrand-Heitler
g = wxy + g1y + g2x+RTy ln y +RTx lnx, y = 1 − x
µ =∂g
∂x= w(1 − 2x) + g2 − g1 +RT ln
x
1 − x
equilibrio → µA = µB, gA − µaxA = gB − µBxB
∆x−T
2Tcln
1 + ∆x
1 − ∆x= 0, ∆x = xB − xA
(1 −T
Tc)∆x−
1
3(∆x)3 = 0
∆x ∼ (Tc − T )1/2
– p. 5
Regras das fases de Gibbs
f = c + 2 − m
f , número de graus de liberdade (0, ponto; 1, linha; 2, superfície)m, número de fases termodinâmicasc, número de componentes do sistema (c+ 1 variáveis independentes).
Ponto crítico
1h
h2
(a)
ρ1
ρ2
(b)
– p. 6
Teoria de Griffiths-Landau
x
ψ (a)
x
y (b)
Polinômio de Landau
ψ(x) = a0 + a1x+ a2x2 + . . .+ an−2x
n−2 + anxn
ψ(x) = ψmin + ψ(x)
Representação fatorada
ψ(x) = (x− r1)(x− r2) · · · (x− rn)
– p. 10
Ligas: transição ordem-desordem
0.2 0.4 0.6 0.8
x
0
100
200
300
θ (o
C)
CdMg
Cd
3M
g
CdMg3
(Cd,Mg) (a)
0 100 200 300
θ (oC)
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1
η
(b)
0.43 0.45 0.47 0.49
x
400
420
440
460
480
500
θ (o
C)
β
β,
β,β
,
β
β + γ
+α
+α+ γ
(a)
150 200 250 300 350 400 450 500
θ (oC)
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
η
(b)
– p. 12
Teoria de Landau
g
η
g
η η
g
(b) (c)(a)
g = a0 + a2η2 + a4η
4
a2 = A(T − Tc) a4 > 0
∂g
∂η= 2a2η + 4a4η
3 = 0
η = ±
√
|a2|
2a4
η ∼ |T − Tc|1/2
– p. 14
Expoentes críticos da transição ordem-desordem
liga α β γ
CuZn, latão 0,11 0,31 1,25
Fe3Al 0,31
FeCo 0.30
– p. 15
Ferromagnetismo
300 400 500 600
θ (oC)
0
20
40
60
χ−1 (T
mol/A
m2)
(a)
0 100 200 300 400 500
θ (oC)
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
m (
Am
2/m
ol)
0
1,0070 T
1,7775 T
(b)
níquel níquel
Susceptibilidade Magnetização
χ ∼ (T − Tc)−γ m ∼ (Tc − T )β
Lei de Curie-Weiss Weiss e Forrer (1926)
χ =C
T − Θ
– p. 16
Magnetização versus campo
0 0.5 1 1.5 2
H (T)
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4m
(A
m2/m
ol)
343,14341,25
345,02
346,90
348,78
350,66
352,53
354,40
356,27
358,14
360,00
361,84
365,36
369,07
372,77
376,47
380,15
383,83
339,36
387,50391,16394,81
NíquelIsotermas obtidasexperimentalmente por
Weiss e Forrer (1926)
– p. 17
Teoria de Weiss-Landau
f = f0 +a
2εm2 +
b
4m4
a > 0, b > 0, ε = T − Tc
H =∂f
∂m= aεm + bm3
Quando H = 0
m = 0, ε ≥ 0 m = ±m∗, ε < 0
m∗ = (a|ε|
b)1/2 ∼ |T − Tc|
1/2
χ =∂m
∂H∼ |T − Tc|
−1
– p. 19
Teoria de escala
H = aεm + bm3
y = H|ε|−3/2 x = m|ε|−1/2
y = −ax +b
3x3 ε ≥ 0 y = +ax +
b
3x3 ε < 0
x ε < 0
ε > 0
y
– p. 21
Teoria de escala
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
H|ε|−∆
0
2
4
6
8
10
m|ε
|−βT < T
c
T > Tc níquel
m = εβφ(Hε−∆)
– p. 22
Calor específico
580 600 620 640 660 680
T (K)
30
32
34
36
38
40
42
cp (J/K
mol)
(a)
níquel
c0 − cp ∼ ε−α α = −0, 1 cuspide
Dados experimentais de Connely et al. (1971).
– p. 23
Expoentes críticos da transição ferro-paramagnética
ferromagnetos α β γ δ Tc (K)
Fe -0,12 0,39 1,34 4,2 1043
Ni -0,10 0,38 1,34 4,6 631
Co 0,42 1,23 1395
CrBr3 0,37 1,22 4,3 32,7
EuO -0,04 0,37 1,40 4,5 69,4
EuS -0,13 0,36 1,39 16,4
Cu(NH4)2Cl4·2H2O 1,37 0,701
CuK2Cl4·2H2O 1,36 0,877
Cu(NH4)2Br4·2H2O 0,38 1,33 4,3 1,83
CuRb2Br4·2H2O 0,37 1,87
CuCs2Cl4·2H2O 1,33
|cH − c0| ∼ |∆T |−α ∆m ∼ |∆T |β χT ∼ |∆T |−γ H ∼ mδ
– p. 24
Antiferromagnetismo
1 1.5 2 2.5 3
T (K)
0
0.1
0.2
0.3
0.4
H (
T)
(a)
P
AF
1 1.5 2 2.5 3
T (K)
0
100
200
300
400
500
600
700
M (
kA
/m)
(b)
Diagrama de fase do composto metamagnético Dy3Al5O12.Dados experimentais de Landau, Keen, Schneider e Wolf (1970).(a) Campo versus temperatura. (b) Magnetização volumétrica versustemperatura.
g = a0 + a2η2 + a4η
4 + a6η6
– p. 25
Ponto bicrítico
0 1 2 3 4 5 6
T (K)
0
5
10
15
H (
T)
P
SF
AF
3.87 3.92 3.97 4.02
T (K)
4.35
4.4
4.45
4.5
H (
T)
P
SF
AF
Diagrama de fase do sal antiferromagnético NiCl2·6H2O.Dados experimentais de Oliveira, Paduan e Salinas (1975).
g = a00 + a20η2 + a20ω
2 + a40η4 + a22η
2ω2 + a04ω4
– p. 26
Susceptibilidade
0 1 2 3 4
T (K)
0
0.1
0.2
0.3
χ/C
(K
−1)
b
p
c
1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4
T (K)
0.16
0.2
0.24
0.28
χ/C
(K
−1)
Susceptibilidade do composto antiferromagnético MnCl2·4H2O.Dados experimentais de Lasher, van den Broek e Gorter (1958).c: paralela ao eixo preferencial,b: perpendicular ao eixo preferencial,p: susceptibilidade do pó.
– p. 27
Expoentes críticos da transição antiferro-paramagnética
composto α β γ TN
RbMnF3 −0,14 0,32 1,37 83,1
MnF2 0,34 1,27 67,3
FeF2 +0,14 0,33 1,25 78,3
DyPO4 0,31 3,39
DyAlO3 0,31 3,52
– p. 28
Ferrimagnetismo
0 200 400 600
T (K)
0
4
8
12
16
m/µ
B
Gd
Tb
Dy
Ho
Er
Tm
Yb
Lu
Y
(a)
Magnetização espontânea molar das granadas de ferro M3Fe5O12,em que M é um metal das terras-raras ou o Ítrio.Dados experimentais de Pauthenet (1958).
– p. 29
Dielétricos
0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005
1/T (K−1
)
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01(κ
−1
)v*
H2O
SO2
NH3
HCl
H2S
HBr
CO2
CO
N2
Lei de Debye
χ = α+p20
3RT
Susceptibilidade elétrica
χ = (κ− 1)vε0
Constante dielétrica κ de gases obtidos experimentalmente porZahn (1924), Zahn (1926) e Zahn e Miles (1928)e do vapor d´água obtida experimentalmente por Sangers et al. (1932).v∗ = v/v0 onde v é o volume molar do gas e v0 é o volume molar de umgás ideal à pressão de 1 atm e 0 ◦C.
– p. 30
Ferroeletricidade
0 20 40 60 80
θ (oC)
0
0.01
0.02
0.03
0.04
P (
C/m
2)
TGS
TGBe
(a)
20 40 60 80 100 120
θ (oC)
0
0.1
0.2
0.3
P (
C/m
2)
(b)
(a) Polarização espontânea do sulfato de triglicina (TGS)e do flúor-berilato de triglicina (TGBe).Dados experimentais de Hoshino et al. (1957).(b) Polarização espontânea do titanato de bario.Dados experimentais de Merz (1953).
– p. 31
Teoria de Devonshire
f = f0 + b(T − T1)p2 − cp4 + dp6
As constantes b, c e d são positivas. O coeficiente negativo de p2 garanteque a transição seja descontínua.
T > To
o
o
T = T
T < T
p
f
– p. 32
Cristais líquidos
Diagrama de fase para o ácido p-etoxibenzóico,
S. Chandrasekhar, Liquid Crystals, 1977.
– p. 33
Teoria de Landau - de Gennes
Q =
Q1 0 0
0 Q2 0
0 0 Q3
TrQ = Q1 +Q2 +Q3 = 0
Q1 = −1
2(q + η) Q2 = −
1
2(q − η) Q3 = q
f = f0 + a2 δ + a3 ∆ + a4 δ2 + a5 δ∆ + a6 ∆2 + a′6 δ
3
δ = TrQ2 =1
2(3q2 + η2)
∆ = TrQ3 =3
4q(q2 − η2)
– p. 34
Cristais líquidos nemáticos
(a)
a3
2a
+ −N
I
N
B
a3
2a
+ −N
I
N
(b)
Diagrama de fase de acordo com a teoria de Landau-de Gennes.I: fase isotrópicaN+ e N−: fases nemáticas uniaxiaisB: fase nemática biaxial.
– p. 35
Cristais líquidos esméticos
ψ = σeiϕ
ρ = ρ0 + σ cos(2π
Lz + ϕ) = ρ0 + σ cos(
2π
Lz + ϕ)
f = f0 + a2q2 + a3q
3 + a4q4 + b2σ
2 + b4σ4 − c4q
2σ2
– p. 36
Cristais líquidos esméticos
I
N
A
a2
c4
Diagrama de fase de acordo com a teoria de Landau-de Gennes.I: fase isotrópicaN: fase nemáticaA: fase esmética.
– p. 37