Ética a Nicômaco. O livro. Ética a Nicômaco. A Ética a Nicômaco (em grego: Ἠ θικ ὰ...
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tica a Nicmaco.
tica a Nicmaco.O livrotica a Nicmaco.Atica a Nicmaco(emgrego: transl.thic Nicomcheia; emlatim:Ethica Nicomachea) Principal obra deAristtelessobretica. Nela se expe sua concepoteleolgicaeeudaimonistaderacionalidadeprtica, sua concepo davirtude como mediania e suas consideraes acerca do papel dohbitoe daprudncia.
tica a Nicmaco.Em Aristteles, toda racionalidade prtica teleolgica, quer dizer, orientada para umfim(ou umbem, como est no texto). tica cabe determinar a finalidade suprema (osummum bonum), que preside e justifica todas as demais, e qual a maneira de alcan-la
tica a Nicmaco.Essa finalidade suprema a felicidade (eudaimonia), que no consiste nem nos prazeres, nem nas riquezas, nem nas honras, mas numa vida virtuosa1. A virtude, por sua vez, se encontra nojusto meioentre os extremos, e ser encontrada por aquele dotado deprudncia(phronesis) e educado pelohbitono seu exerccio.tica a Nicmaco.Vale destacar aqui que a ideia de virtude, naGrcia Antiga, no idntica ao conceito atual, muito influenciado pelocristianismo. Virtude tinha o sentido da excelncia de cada ao, ou seja, de fazer bem feito, na justa medida, cada pequeno ato (alm disso os valores da altura e local em que ele escreveu tal obra eram bem diferentes dos leitores actuais; tica a Nicmaco.a palavra bem ou mal por exemplo apresenta significados totalmente opostos - como exemplo temos a servido e o machismo, que para ele era algo natural e h dcadas so coisas tidas como "ruins" altamente influenciadas por valores ps-cristos).
tica a Nicmaco.Conceito de justia.Conceito de justia.
O desenvolvimento do tema da justia na teoria de Aristteles, discpulo de Plato, tem sede no campo tico, ou seja, no campo de um saber que vem definido em sua teoria como saber prtico. da reunio das opinies dos sbios, dentro de uma viso de todo o problema que surgiu uma concepo propriamente aristotlica.2Conceito de justia.
O mestre do Liceu tratou tambm a justia entendendo-a como virtude, assemelhada a todas as demais tratadas no curso. A justia, assim definida como virtude, torna-se o foco das atenes de um ramo do conhecimento humano que se dedica ao estudo prprio do comportamento humano; cincia prtica, intitulada tica, cumpre investigar e definir o que o justo e o injusto, o que ser temperante e o que ser corajoso, o que ser jactante, etc.Conceito de justia.Somente a educao tica (tica significa hbito em grego), ou seja, a criao do hbito do comportamento tico, o que se faz com a prtica conduta diuturna do que deliberado pela reta razo esfera das aes humanas, pode construir um comportamento virtuoso, ou seja, um comportamento justo.Conceito de justia.A justia, em meio as demais virtudes, que se opem a dois extremos, caracteriza-se por uma peculiaridade: trata-se de uma virtude qual no se ope dois vcios diferentes, mas um nico vcio, que a injustia. [...]Conceito de justia.[...] Dessa forma, o que injusto ocupa dois polos diversos, ou seja, ora injustia por excesso, ora injustia por defeito. Desse modo, como o homem sem lei injusto e o cumpridor da lei justo, evidentemente todos os atos conforme lei so atos justos em certo sentido, pois os atos prescritos pela arte do legislador so conforme a lei, e dizemos que cada um dele justo.Conceito de justia.Aristteles desenvolveu uma viso de justia muito eficiente sobre a qual vrios pases do mundo elaboraram medidas de punies severas para pessoas que cometerem crimes graves na sociedade (tanto antiga quanto atual), baseadas nos mtodos de justia criados por ele.Conceito de justia.Os mtodos de justia3so:
Conceito de justia.Justia Geral: a observncia da lei, o respeito legislao ou as normas convencionais institudas pela polis. Tem como objetivo o bem comum, a felicidade individual e coletiva. A Justia Geral tambm chamada de Justia Legal. Ressalta-se a compreenso dos gregos que consideravam o justo legal no somente sob a forma do ordenamento jurdico positivo, mas principalmente as leis no escritas, universais e no derrogveis do direito natural.Conceito de justia.Justia Particular: Tem por objetivo realizar a igualdade entre o sujeito que age e o sujeito que sofre a ao. Divide-se emJustia Distributiva e Justia Correlativa.
Conceito de justia.Justia Distributiva: Consiste na distribuio ou repartio de bens e honrarias segundo os mritos de cada um.Conceito de justia.Justia Correlativa: Visa correlao das transaes entre os indivduos, que podem ocorrer de modos voluntrios, a exemplo dos acordos e contratos, ou de modo involuntrio, como os delitos em geral. Nesta forma de justia surge a necessidade de interveno de uma terceira pessoa, que deve decidir sobre as relaes mtuas e o eventual descumprimento de acordos ou de clusulas contratuais. Conceito de justia.O juiz, segundo Aristteles, passa a personificar a noo do justo. A justia correlativa tambm denominada equitadora ou sintagmtica. Subdivide-se em:Conceito de justia.Justia Comutativa: Preside os contratos em geral: compra e venda, locao, emprstimo, etc. essencialmente preventiva, j que a justia prvia iguala as prestaes recprocas antes mesmo de uma eventual transao.Conceito de justia.Justia Reparativa: Visa, reprimir a injustia, a reparar ou indenizar o dono, estabelecendo, se for o caso, punies.Estrutura da Obra
Livro I.O que o Bem para o homemI.A. Definindo o objeto da investigaoI.A.1. Todas as atividades humanas visam a alguma forma de bem. Alguns bens so subordinados a outros.I.A.2. A poltica a cincia do Bem para o homem.
Estrutura da ObraI.B. A natureza da cinciaI.B.3. No se pode esperar obter mais preciso no estudo de um assunto do que a natureza mesma do assunto permite. Um estudante precisa amadurecer atravs de vrios anos.Estrutura da ObraI.C. O que o Bem para o homem?I.C.4. Geralmente se considera que o bem para o homem a felicidade, mas h vrios pontos de vista acerca do que seja a felicidade para o homem. Se faz necessrio, no comeo, que se tenha uma forte convico sobre os fatos (disposioes) que so produzidos por uma boa criao e educao.I.C.5. Discusso dos pontos de vista comuns de que a bem seja o prazer, a honra, a riqueza. Um quarto tipo de vida, aquela de contemplao, deixada para discusso posterior.I.C.6. Discusso da viso filosfica de que h uma ideia de bem.
Estrutura da ObraI.C.7. O Bem precisa ser algo de final e auto-suficiente. Alcana-se uma definio de felicidade considerando a funo caracterstica do homem.I.C.8. Essa definio confirma-se ao contrap-la s crenas correntes sobre felicidade.I.C.9. De que modo se obtm a felicidade? Ela aprendida? Adquirida por hbito? Mandada por Deus? Decorrncia do acaso?I.C.10. Sobre se algum homem poderia ser chamado feliz enquanto est vivo.I.C.11. Haveria como a fortuna dos vivos afetar a felicidade dos mortos.I.C.12. A virtude digna de louvor e elogio, mas a felicidade est para alm de qualquer louvor ou glorificao.Estrutura da ObraI.D. Tipos de virtudeI.D.13. A diviso das faculdades e a decorrente diviso da virtude em moral e intelectual.Estrutura da ObraLivro II.A virtude Moral Consideraes gerais II.A. Virtude moral; como se produz, de que materiais constituda e de que maneira exibida.II.A.1. A virtude moral, tal como as artes, adquirida atravs da repetio de seus atos correspondentes.II.A.2. No se pode prescrever com exatido esses atos. Porm deve-se evitar excesso e insuficincia.Estrutura da ObraII.A.3. Sentir prazer como decorrncia de haver realizado atos virtuosos um sinal de que a disposio virtuosa foi alcanada: mltiplas consideraes mostram a conexo essencial da virtude com o prazer e a dor.II.A.4. As aes que geram a virtude moral no so boas no mesmo sentido que aquelas que o bem dela decorrente, esta dever condizer com certas condio que no so necessrias para o caso de uma arte.Estrutura da ObraII.B. Definio de Virtude moralII.B.5.Seu gnero: No uma paixo ou faculdade, mas um estado de carter.II.B.6. Sua diferena especfica: consiste numa disposio de escolher o meio-termo.II.B.7. Uma ilustrao dessas proposies fazendo referncia a virtudes particulares.Estrutura da ObraII.C. As caractersticas dos estados extremos e do meio-termo: corolrios prticos.II.C.8. Os extremos so opostos uns aos outros e ao meio termo.II.C.9. O meio-termo difcil de atingir, e apreendido pela percepo, e no pelo raciocnio.Estrutura da ObraLivro III.D. O aspecto intrnseco da Virtude moral: condies para a responsabilidade pela ao.III.D.1. O aplauso e a censura vinculados a aes voluntrias. Aes feitas sem estar sob compulso, e com conhecimento das circunstncias.III.D.2. A virtude moral implica que a ao seja realizada por escolha prpria; o objeto da escolha sendo decorrente de uma deliberao prvia.Estrutura da ObraIII.D.3. A natureza da deliberao e os seus objetos: escolha o desejo deliberado por coisas que esto ao nosso alcance.III.D.4. O objeto de um desejo racional um determinado fim: um bem, ou um bem aparente.III.D.5. Ns somos responsveis tanto pelas boas, quanto ms aes.Estrutura da Obra As virtudes e os vcios III.A.6. A coragem est relacionada com as emoes de medo e confiana em sentido bastante estrito com o medo de morrer em combate.III.A.7. O motivo para a coragem o senso de honra: caracterstica dos vcios opostos: a covardice e a precipitao temerria.III.A.8. Cinco modos imprprios de designar coragem.III.A.9. Relao da coragem com prazer e dor.Estrutura da ObraIII.B. TemperanaIII.B.10. A temperana se limita a certos prazeres decorrentes do tato, do tocar e do toque.III.B.11.Caractersticas da temperana e seus opostos: a insensibilidade e o desregramento(sensualidade-sensualismo).III.B.12. O desregramento sensual mais voluntrio do que a covardice. O homem desregrado comparvel a uma criana mimada.Estrutura da ObraLivro IV.C. Virtudes relacionadas com o dinheiro.IV.C.1. Liberalidade, prodigalidade e mesquinharia (baixeza, mediocridade, tacanhez de esprito)IV.C.2. Magnificncia, vulgaridade e avareza.IV.D. Virtudes relacionadas com a honraIV.D.3. Orgulho, Vaidade e Humildade.Estrutura da ObraIV.D.4. Ambio, carncia de ambio e o meio-termo delas.IV.E. Virtudes relacionadas com a raivaIV.E.5. Brandura, irascibilidade e a inireascibilidade.IV.F. Virtudes relacionadas a Interao SocialIV.F.6. Amistoso, contencioso e obsequioso (puxa-saco)Estrutura da ObraIV.F.7. Franqueza e sinceridade; Presuno ostentadora; autodepreciao.IV.F.8. sagacidade perspiccia de tato; bufonaria; rudez (obtuso)IV.G. A quase-virtudeIV.G.9. A vergonha, o recato e a sem-vergonhice.
Estrutura da ObraLivro VI.A virtude intelectualVI.A. IntroduoVI.A.1. Razes para estudar a virtude intelectual: o intelecto dividido em contemplativo e calculativo.VI.A.2. O objeto do intelecto contemplativo a verdade. O objeto do intelecto calculativo a verdade correspondente ao desejo correto.Estrutura da ObraVI.B. As virtudes intelectuais capitaisVI.B.3. Cincia conhecimento demonstrativo do necessrio e do eterno.VI.B.4. Arte conhecimento de como fazer coisas.VI.B.5. Sabedoria prtica (Phronesis) Conhecimento sobre como assegurar os fins da vida humanaVI.B.6. Razo intuitiva Conhecimento dos princpios a partir dos quais a cincia se desenvolve.Estrutura da ObraVI.B.7. Sabedoria filosfica Unio de razo intuitiva e cincia.VI.B.8. Relaes entre sabedoria prtica e cincia poltica.VI.C. Virtudes intelectuais menores relacionadas a conduta.VI.C.9. A bondade na deliberao, como est relacionada ao conhecimento prtico.VI.C.10. Compreenso/entendimento a qualidade crtica em confronto com a qualidade imperativa da sabedoria prtica.VI.C.11. Julgamento A discriminao correta do equitativo: o lugar da intuio na esfera moral.Estrutura da ObraVI.D. Relao entre sabedoria prtica e sabedoria filosfica.VI.D.12. Para que servem a sabedoria filosfica e a sabedoria prtica? A sabedoria filosfica a causa formal da felicidade. A sabedoria prtica o que garante a adoo dos meios apropriados para atingir aos fins desejados pela virtude moral.VI.D.13. Relao entre a sabedoria prtica e a virtude natural, virtude moral e as normas do que certo fazer.Estrutura da ObraLivro VII.VII.A - Continncia e incontinnciaVII.A.1. Seis variedades de carter: mtodo de tratamento: opinies correntes.VII.A.2. Contradies envolvendo essas opinies.VII.A.3. Soluo para o problema, em que sentido o homem incontinente age contra o conhecimento.Estrutura da ObraVII.A.4. Soluo para o problema: qual a esfera de incontinncia: Dintino entre o seu sentido lato e o seu sentido estrito.VII.A.5. A incontinncia em seu sentido lato inclu formas brutais e mrbidas.VII.A.6. A incontinncia no que diz respeito irascibilidade menos prejudicial do que a incontinncia propriamente dita.VII.A.7. Moleza e rigidez Duas formas de incontinncia: fraqueza e impetuosidade.Estrutura da ObraVII.A.8. Porque o desregramento sensual pior do que a incontinncia.VII.A.9. Relao da continncia com a obstinao, incontinncia, insensibilidade e temperana.VII.A.10. A sabedoria prtica no compatvel com a incontinncia; todavia a esperteza compatvel com a incontinncia.Estrutura da ObraVII.B. PrazerVII.B.11. Trs pontos de vista hostis sobre o prazer, e os argumentos em que se baseiam.VII.B.12. Discusso do ponto de vista de que o prazer no um bem.VII.B.13. Discusso do ponto de vista de que o prazer no o bem ltimo.VII.B.14. Discusso do ponto de vista de que a maior parte dos prazeres ruim, e a tendncia de identificar os prazeres corporais e sensuais com o prazer em geral.Estrutura da ObraLivro VIII.Amizade.VIII.A. Tipos de amizade.VIII.A.1. A Amizade ao mesmo tempo necessria e nobre: isto suscita muitas questes.VIII.A.2. Os trs objetos do amor: implicaes da amizade.VIII.A.3. Os trs tipos correspondentes de amizade. A superioridade da amizade que tem como motivo e fundamento o bem.Estrutura da ObraVIII.A.4. Contraste entre o melhor tipo e os tipos inferiores.VIII.A.5.O estado da amizade distinto da atividade decorrente da amizade e do sentimento de amistosidade.VIII.A.6. Relaes diversas entre os trs tipos de amizade.VIII.B. Reciprocidade da AmizadeVIII.B.7. Em amizades desiguais deve-se procurar manter uma proporo.VIII.B.8. Amar ativamente mais da essncia do amor, do que ser amado (passividade)Estrutura da ObraVIII.C. A relao entre a reciprocidade prpria da amizade e aquela envolvidade em outras formas de comunidade.VIII.C.9. Paralelismos entre Amizade e Justia: O Estado abarca todas as comunidades menores.VIII.C.10. Classificao das constituies: analogia com as relaes familiares.VIII.C.11. Correspondncias entre formas de amizade e de justia.Estrutura da ObraVIII.C.12. AS diversas formas de amizade nas relaes.VIII.D. Casustica da AmizadeVIII.D.13. Princpios do intercmbio de servios.VIII.D.14. na amizade entre iguais. na amizade entre desiguais.Estrutura da ObraLivro IX.IX.D. (continuao)IX.D.1. Nas amizades onde os motivos de cada um das duas partes so diferentes.IX.D.2. Conflito de obrigaes.IX.D.3. Ocasies para a quebra e trmino de uma amizade.IX.E. natureza intrnseca da amizadeIX.E.4. Amizade baseada em amor prprio.
Estrutura da ObraIX.E.5. Relao entre amizade e boa-vontade.IX.E.6.Relao entre amizade e unanimidade.IX.E.7. O prazer da beneficncia.IX.E.8. A natureza do verdadeiro amor-prprio.IX.F. A necessidade por Amizade.Estrutura da ObraIX.F.9. Por que um homem feliz precisa de amigos?IX.F.10. O limite para o nmero de amigos.IX.F.11. So os amigos mais necessrios em momentos de boa ou m fortuna?IX.F.12. A essncia da amizade a vida em comum.Estrutura da ObraLivro X.A - Prazer; B FelicidadeX.A. PrazerX.A.1. Duas vises opostas sobre o prazer.X.A.2. Discusso do ponto de vista de que o prazer seja o Bem.X.A.3. Discusso do ponto de vista de que o prazer seja inteiramente mal.X.A.4. Definio do que prazer.X.A.5. Os prazeres diferem de acordo com as atividades que acompanham e completam: critrio para o valor dos prazeres.Estrutura da ObraX.B. FelicidadeX.B.6. A felicidade uma boa atividade, e no divertimento.X.B.7. A felicidade , num sentido mais elevado, a vida contemplativa.X.B.8. Consideraes adicionais sobre a superioridade da vida contemplativa.X.B.9. Legislao necessria se um fim deve ser atingido. Transio para a Poltica.