Enfisema Pulmonar - α1 – antitripsina (AAT)

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Enfisema Enfisema Pulmonar Pulmonar Disciplina de Bioquímica Enfermagem 2009.1

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Enfisema pulmonar abordando a deficiência por α1 – antitripsina (AAT). Cadeira de bioquímica.

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Disciplina de Bioquímica

Enfermagem 2009.1

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É uma doença crônica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados (muito distendidos). Esta destruição ocorre nos alvéolos, onde acontece a troca gasosa do oxigênio pelo dióxido de carbono. Como resultado, a pessoa passa a sentir falta de ar para realizar tarefas simples ou exercitar-se.

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Causas

Poluição do ar

Agentes químicos

Tabagismo (principal)

Herança genética caracterizada pela deficiência de uma proteína chamada α1 – antitripsina (AAT).

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Principais Sintomas Falta de ar

Perda da capacidade respiratória

Oxigenação insuficiente

Tosse

Chiado no peito

Capacidade reduzida para exercícios simples

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α1 – antitripsina (AAT)

Glicoproteína circulante

Produzida no fígado

Inibidor de várias proteínas - Tripsina- Quimiotripsina- Trombina- Proteases bacterianas

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α1 – antitripsina (AAT)

A deficiência de (AAT) é a anormalidade genética mais frequentemente reconhecida como sendo responsável pelo enfisema pulmonar. Trata-se de uma condição autossômica recessiva. A descoberta deste fator como sendo de risco para o desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) foi feita por Laurell e Erickson em 1963.

Nesse caso, a doença se manifesta em pessoas mais jovens e sua evolução é mais rápida. Ao contrário dos outros fatores que manifestam a doença.

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Características da α1 – antitripsina (AAT)

Glicoproteína de cadeia polipeptídica única de 394 resíduos de aminoácidos

Três dos seus resíduos de asparagina tem carboidratos ligados às suas cadeias laterais

Possui formato alongado: 30% em α–hélice e aproximadamente 40% em folhas beta

Possui um grupo metionil-seril (posição 358 e 359) onde se liga ao centro ativo das serinoproteases

Possui ligação com a protease apertada chamada por isso de “suicida”.

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Ligação da α1 – antitripsina (AAT)

A figura ao lado representa a estrutura da alfa1- antitripsina selvagem.

É conhecido como inibidor suicida porque, uma vez ligado à elastase, é degradado com a enzima. 

Alfa1-antitripsina (amarelo) ligada no sítio ativo da tripsina (rosa).

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Deficiência de α1 – antitripsina (AAT)

A deficiência da α1 – antitripsina é uma doença genética autossômica co-dominante, em que há uma substituição na posição 342 de glutamato por lisina no cromossomo 14.

Se caracteriza por ter baixos níveis de AAT no sangue.

Os baixos níveis da AAT em sangue ocorrem porque o fígado não pode liberar a AAT com rapidez normal.

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Para que a doença se manifeste, é necessário que o indivíduo herde dois genes anormais – um do pai e outro da mãe.

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Fenótipo

Fenótipo Risco de enfisema Nível plasmático (mg/dL)

MM Não tem – Não portador 150-350

MZ Leve - Portador 90-210

SS ??? – Portador alterado 100-140

SZ Moderada - Portador 75-120

ZZ Severa 20-45

Nulo Alto risco 0

 

Pi - protease inhibitor M - Normal Z – Deficiente S - Lenta

Focalização isoelétrica do soro entre o pH 4 (ânodo) e o pH 5 (cátodo) em gel de poliacrilamida.

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Funções da α1 - antitripsina A principal função da AAT é inibir a

elastase neutrofílica, uma protease de serina que tem a capacidade de hidrolisar as fibras de elastina no pulmão. Entretanto, devido a alterações da estrutura proteica causadas por mutações em seu gene, algumas vezes a proteína perde sua capacidade inibitória ou se agrega em forma de corpúsculo de inclusão nos hepatócitos, ocasionando a diminuição dos seus níveis normais.

A α1–antitripsina também protege os tecidos em períodos de stress, como na inflamação.

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Manifestações pela deficiência da α1 – antitripsina

Asma com uma obstrução de fluxo de ar;

Dilatação das vias aéreas.;

Cirrose hepática em crianças, adolescentes e adultos;

Hepatite crônica e câncer do fígado em adultos;

Inflamação dos vasos sanguíneos pequenos.

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Sinais e sintomas gerais da AAT

Falta de ar em repouso ou ao realizar algum esforço Fadiga ou ofegação Silibâncias Tosse crônica Infecções pulmonares frequentes Alergias durante todo o ano Rápida deterioração da função pulmonar sem uma história

significativa do tabagismo Enzimas hepáticas elevadas Icterícia (coloração amarela de olhos e pele) Acumulação de líquido no abdômen  e pernas (ascitis) Vômito de sangue ou rasto de sangue nas fezes

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Medida da α1 – antitripsina

Pode-se medir a atividade antiproteolítica no plasma utilizando substratos sintéticos como a N-benzoil-DL-arginina-p-nitroanilida

Usa-se a tripsina como enzima porque 95% da atividade antitripsínica do plasma são devidos à α1–antitripsina.

Utiliza-se também a radioimunodifusão, mas seu uso é mais útil em casos de doenças genéticas

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Mutação de Glu para Lys Mudança de um aminoácido ácido para um básico pode ser

grave. A antitripsina mutante (variante Z) é pobremente secretada das

células hepáticas. A proteína mutante (variante Z) acumula-se no retículo

endoplasmático. A ponte salina Glu342 e Lys290 deixa de ser formada ocasionando

em dobras lentas da molécula. Aminoácidos hidrofóbicos interagem com aminoácidos similares

causando agregação e o fracasso da secreção

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Metionina O tabagismo leva a uma deficiência de AAT a partir da oxidação dos resíduos de metionina ao sulfóxido que leva à inativação de proteínas, inclusive a α1 – antitripsina.

A oxidação biológica de resíduos de metionina nas proteínas pode ser obtida por íon hipoclorito, peróxido de hidrogênio ou superóxidos e radicais hidroxilas.

A provável oxidação da metionina pode ser decorrente de algum agente presente na fumaça do cigarro

Os resíduos de metionina oxidada podem contribuir para patologias como artrite rematóide e cataratas do cristalino.

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Tratamento O tratamento é sintomático e previne a progressão da doença.

A terapia do oxigênio também beneficia muitos pacientes aliviando os sintomas, o uso de corticóides e broncodilatadores.

Não ingerir álcool ou fumar.

Cirurgia - Desde a retirada de zonas de pulmão com destruição total das paredes alveolares, até os transplantes de um ou de dois pulmões.

Muitos progressos foram feitos para a administração de α1 – antitripsina recombinante. É um tratamento de substituição intra-venoso com AAT extraída do sangue humano para manter os níveis necessários em sangue para inibir as proteases.

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Boa Noite!!! Vamos cuidar bem do nosso pulmão!