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Ácido glucônico e glucono-δ- lactona D-glucono-δ-lactona e sua forma ácida são os produtos...
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Ácido glucônico e glucono-δ-lactona
D-glucono-δ-lactona e sua forma ácida são os produtos mais simples da desidrogenação da D-glicose.
Alsburg (1911) – produção do ácido em cultura de Pseudomonas savastanoi (parasita de oliveiras).
Molliard (1922) – 2 formas em A. niger.
Microorganismos Fermentação submersa (EUA fúngica). Fungos dos gêneros Aspergillus e
Penicillium. Bactérias dos gêneros Pseudomonas,
Víbrio e Gluconobacter. Mais usados: A. niger larga escala,
Gluconobacter suboxydans para a produção de glucono-δ-lactona para uso em panificação e produtos efervescentes.
Usos e importância comercial Gluconato de cálcio: fonte
preferencial de cálcio para tratamentos de deficiências devido a dietas ou gravidez.
Gluconato sódico: agente seqüestrante em soluções neutras e alcalinas, lavagem de vasilhames retornáveis e detergentes, adicionado ao cimento para conferir maior dureza e resistência a água.
Usos (cont.)
Ácido glucônico (sol 50% em peso): polimento em metais e acidulante em alimentos.
Glucono-δ-lactona: panificação e alimentos como acidulante.
Fermentação do gluconato de cálcio
Solubilidade do gluconato de cálcio em água a 30ºC é de 4%.
Meio de cultura – glicose inicial 13 a 15%.
Fonte de cálcio esterilizada separada da glicose – altera a conformação.
Fermentação lenta em pH 5,5 e >7 quase instantânea.
Agente neutralizador Suspensão de carbonato de cálcio. Deve ser adicionada aos poucos e
em intervalos após a inoculação. Se for adicionado antes da
germinação esta não ocorre e se o meio ficar alcalino o micélio morre.
Deve ser postergada até a formação de glucono-δ-lactona qsp tamponar a solução
Mosto Deve ser composto por D-glicose,
diversos sais inorgânicos e água de milho, subproduto da extração do amido do milho
Água de milho: fonte de nitrogênio (aminoácidos), vitaminas, ácido lático, e pequenas quantidades de açúcares redutores e polissacarídeos
Pressão (2atm) diminui o tempo do processo
Separação do produto Filtragem: separação do micélio e
outros sólidos em suspensão. Tratamento com carvão ativado para
descoloração e nova filtragem. Evaporação para 15 a 20% de
concentração de gluconato e resfriamento (pouco acima de 0ºC) para recristalização
Centrifugação em centrífuga de cesto perfurado e lavagem com água fria.
Fermentação do gluconato de sódio
Muito mais solúvel que o de cálcio. Adição de NaOH automaticamente
controlada, neutralizar o ácido assim que se forma.
pH após a inoculação não seja inferior a 6,5.
Turbomisturador para fluxo de ar (oxigenação do meio)
Pressão ~2atm e refrigeração com água
Esterilização feita pela passagem direta de vapor, pela camisa (se houver) ou pela passagem do mosto por um trocador de calor.
Conversão completa de 300 g/L de glicose leva 36 horas (esporos germinados A. niger)
Separação do produto
Filtragem do caldo fermentado. Concentração a 42-45%. Ajuste do pH para 7,5 com NaOH. Secagem em secador de tambor Produto mais refinado: filtragem
com carvão ativado antes da secagem ou depois com posterior recristalização
Fermentação do glucono-δ-lactona Meio com 10% de glicose (água de
milho, tb fornece outros nutrientes). Duração 3 dias, sem controle de pH. Rendimento: 40% de glucono-δ-
lactona, no entanto o ácido livre pode ser convertido no processo de separação.
A. niger, várias espécies de Penicillium e Gluconobacter.
Separação do produto
Pode ser separado como lactonas ou obtido como ácido glucônico livre.
Cristalização de soluções supersaturadas abaixo de 30ºC (~0ºC): formação de cristais de ácido livre.
De 30ºC a 70ºC: cristais de glucono-δ-lactona
Solução de ácido glucônico livre
Padrão 50%: tratamento de soluções de gluconato de cálcio com ácido sulfúrico.
Aquecimento e precipitação do sulfato de cálcio, filtração e concentração do filtrado, até ~50%.
Tratamento com carvão ativado, se estiverem presentes açúcares residuais e polissacarídeos.
Ácido láctico
Primeiro ácido orgânico produzido industrialmente por fermentação.
Vários microorganismos produtores: bactérias (lactobacilos), algas e fungos (Rhizopus oryzae).
Hidrolise de lactonitrila Extremamente corrosivo
(fermentadores eram de madeira).
Histórico - O ácido lático é o nome comum do ácido 2-OH
propiônico (CH3-CHOH-COOH), reconhecido como um componente dos leites ácidos.
- O farmacêutico Schelle, em 1780, descobriu sua estrutura, isolou-o e identificou-o como sendo o principal constituinte do leite ácido.
- O pesquisador Blandeau, em 1847, identificou-o como um produto de fermentação.
- Para Pasteur, o ácido lático foi um dos primeiros problemas microbiológicos.
- O primeiro a isolar os microrganismos, como cultura pura, foi Lister, em 1877, e a cepa isolada foi de Streptococcus lactis.
Histórico (cont.) - Nesta época, Delbruek verificou que
temperaturas relativamente altas eram favoráveis à produção do ácido.
- A produção industrial do ácido lático passou a ter maior importância após 1881.
- Atualmente, é produzido, principalmente, a partir de glicose de milho, melaços e soro de queijos.
- O ácido lático, obtido por fermentação, normalmente é sob forma racêmica, existindo, no entanto Lactobacillus que produzem formas opticamente ativas.
Microorganismos usados industrialmente
Para a produção do ácido lático, são usadas as bactérias homoláticas do gênero Lactobacillus e Streptococcus.
A espécie escolhida depende do carboidrato disponível e da temperatura a ser empregada: - Lactobacillus delbrueckii, L. bulgaricus:
temperatura na faixa de 45 - 50°C; - L. casei e Streptococcus lactis: temperatura
ao redor de 30°c; - L. pentosis, L. leishmanii: temperatura acima
de 30°C. É conveniente para cada caso, estudar a
temperatura mais conveniente.
Mosto e fermentação
Amido hidrolisado ou xarope de dextrose. (D-glicose, maltose, lactose e sacarose)
Concentração não deve exceder 12% (lactato de sódio cristaliza no fermentador, difícil de mexer), vegetais crus (vitamina B) e carbonato de cálcio.
Agitação lenta (carbonato em suspensão), não é necessária aeração.
Duração: 5 a 10 dias processos não controlados.
pH 6,3 a 6,5: neutralização contínua com hidróxido de cálcio, fermentação completa em 72 horas.
Açúcar residual interfere na separação, deve ser reduzido para menos de 0,1%.
Rendimento da fermentação 93 a 95% em massa de glicose fornecida.
Separação do produto
Filtração (remoção dos sólidos e bactérias), pode ser necessária filtração adicional.
Grau técnico: cálcio precipitado como CaSO4.2H2O e separado por filtração. Recuperação do ácido por evaporação.
Uso alimentício (sol. 50%) Fermentação em meio com alta
concentração de açúcar e mínima de proteína.
O cálcio é precipitado como CaSO4.2H2O e lavado. O filtrado e a água de lavagem são juntados.
Descolorida por carvão ativado e concentrada por evaporação (no mínimo 3x)
Se necessário, precipitação de íons ferro ou cobre com ferrocianeto e filtração.
Produto final incolor. Alternativa: evaporação do filtrado do
caldo fermentado, separação do lactato de cálcio, lavagem em centrífuga e decomposição com ácido sulfúrico.
Fabricação de plásticos
O produto incolor pode ser obtido por esterificação com metanol, depois do caldo fermentado ser filtrado e concentrado.
Ácidos láticos no comercio
- Ácido lático bruto, em concentrações de 22 - 24 e 80%;
- Ácido lático para plásticos, em concentrações de 50 e 80%;
- Ácido lático para fins farmacêuticos, grau USP, de 75 e 85%;
- Ácido lático para fins alimentícios, de 50 e 80%.
Usos É usado em alimentos, em fermentações,
produtos farmacêuticos, cosméticos e também na indústria química.
Na alimentação, é usado como acidulante em produtos de confeitaria, na fabricação de extratos, essências, sucos de frutas, refrigerantes e outros. É empregado, ainda, na conservação de carnes, de vegetais e de pescado.
Na indústria têxtil é usado como mordente para estampar a lã. Emprega-se, ainda, no preparo de couros e pele.
Na fabricação de plástico, utiliza-se o ácido lático transparente, de qualidade superior.
Usos (cont.) Os derivados do ácido lático têm também
muitas utilizações: - Os lactatos são usados na indústria
farmacêutica, de cosméticos e na alimentícia; - Seus ésteres são de dois tipos: esterificados
na hidroxila do carbono b-(CH3-CHOR-COOH) ou, então, na carboxila (CH3-CHOH-COOR), sendo que neste último, quando o radical possuir menos de quatro átomos de carbonos, os ésteres serão substâncias solúveis em água.
Os ésteres são usados principalmente na fabricação de tintas e vernizes, de plastificantes e também como solventes.