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OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AGITAÇÃO E MISTURA Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS II AGITAÇÃO E MISTURA

Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira

ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

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AGITAÇÃO E MISTURA

AGITAÇÃO E MISTURA

Agitação => Refere-se ao movimento induzido de um material em forma determinada, geralmente circulatória, dentro de um recipiente. Pode-se agitar uma só substância homogênea.

Mistura => Movimento aleatório de duas ou mais fases inicialmente separadas. Operação unitária empregada na indústria química, bioquímica, farmacêutica, petroquímica e alimentícia.

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AGITAÇÃO E MISTURA

OBJETIVOS

- Mistura de líquidos miscíveis;

- Dispersão de líquidos imiscíveis;

- Mistura de dois ou mais sólidos (pós secos);

- Mistura de líquidos e sólidos (pastas e suspensões);

- Dispersão de gases em líquidos (aeração);

- Auxiliar na transferência de calor (convecção);

- Auxiliar na transferência de massa (convecção);

- Reduzir aglomerados de partículas;

- Acelerar reações químicas;

- Obter materiais com propriedades diferentes da matéria-prima original.

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MISTURADORES PARA PÓS SECOS

Empregam o princípio da elevação e queda das partículas, que caem distribuindo-se aleatoriamente.

Utilizam eixos helicoidais ou simplesmente rotação de vasilhas.

MISTURA DE SÓLIDOS

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MISTURADORES PARA PÓS SECOS

MISTURADORES DUPLO CONE

MISTURA DE SÓLIDOS

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MISTURADORES PARA PÓS SECOS MISTURADORES MUDANÇA DE VASILHA

MISTURA DE SÓLIDOS

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MISTURA DE SÓLIDOS

MISTURADORES PARA PÓS SECOS MISTURADORES ROTATIVOS

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MISTURA DE SÓLIDOS

MISTURADORES PARA PÓS SECOS MISTURADORES DE CINTAS (RIBBON BLENDER)

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MISTURA DE SÓLIDOS

MISTURADORES PARA PÓS SECOS MISTURADORES CÔNICOS DE PARAFUSO OU FITA

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MISTURA DE SÓLIDOS

MISTURADORES PARA PÓS SECOS MISTURADORES ESTÁTICOS

Outro exemplo:

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MISTURA DE PASTAS

MISTURADORES PARA PASTAS -Utilizam dois eixos com pás ou dispositivos para arrastar a massa;

-Os dois eixos giram em sentidos opostos, arrastando porções da massa para a região entre eles, onde ocorre a misturação;

-Desenvolvem tensões elevadas, necessitando de paredes espessas.

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MISTURA DE PASTAS

MISTURADORES PARA PASTAS

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MISTURA DE PASTAS

MISTURADORES PARA PASTAS

MISTURADORES PLANETÁRIOS

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

- Utilizam pás, turbinas e hélices para aplicar energia mecânica

aos líquidos;

- Os dispositivos são ligados a um eixo que gira emum

reservatório;

- O rendimento dos impulsores dependem da criação de

correntes que atinjam todos os pontos do reservatório, com

turbulência;

- A ação de mistura ocorre em regiões afastadas do impulsor,

onde ocorre a misturação de correntes ;

-O tanque não atua na misturação.

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

Os componentes para a agitação de líquidos são: - vaso: fundo arredondado (evita pontos sem mistura); - motor; - redutor de velocidade; - haste ou impulsor; - Placas defletoras (opcional); - termômetro (opcional); - ponto de amostragem.

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS O tipo de fluxo criado pelo impulsor depende: - do tipo de impulsor; - das características do fluido; - do tamanho e das proporções do tanque; - da existência de placas defletoras (chicanas).

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

Componentes da velocidade do líquido:

- Os fluxos Longitudinal e Radial são os que mais contribuem com a misturação. São os fluxos que fazem com que correntes oriundas de localizações diferentes se encontrem; - O fluxo tangencial pouco contribui para a misturação; - O fluxo tangencial provoca a formação de vórtices ou redemoinhos.

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS Componentes da velocidade do líquido:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

Vórtice: - Produzido pela ação da força centrífuga que age no líquido em rotação, devido à componente tangencial da velocidade do fluido. - Geralmente ocorre para líquidos de baixa viscosidade (com agitação central).

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

Maneiras de evitar o vórtice: - descentralizar o agitador; - inclinar o agitador de 15° em relação ao centro do tanque; - colocar o agitador na horizontal; -usar dificultores (chicanas).

Chicanas (inibidores de vórtice, dificultores): são tiras perpendiculares à parede do tanque, geralmente quatro tiras são suficientes, que interferem no fluxo rotacional sem interferir no fluxo radial e axial.

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES -Hélices -Utilizada geralmente para agitação de fluidos de baixa viscosidade (μ < 50 cP); maior circulação que uma turbina; Uso: suspensão de sólidos, mistura de fluidos miscíveis. Utilizada para transferência de calor. Não fornece tensão de cisalhamento. Di << Dt ampla faixa de rotações.

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES -Hélices

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES -Hélices

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES -Hélices

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Turbinas: Podem apresentar escoamento radial; Alta tensão de cisalhamento nas pontas do impulsor ou escoamento axial (pás inclinadas): úteis para suspensão de sólidos, e como as de pás planas são úteis para agitação de fluidos viscosos, fluidos poucos viscosos, dispersão de gases em líquidos, mistura de fluidos imiscíveis, dispersão de gases e transferência de calor; Dimpelidor << Dtanque; Velocidade de rotação alta.

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Turbinas:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Turbinas:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Turbinas:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Turbinas:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Turbinas:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Turbinas:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Turbinas:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Pás: Velocidade de rotação baixa; Utilizada para mistura de fluidos muito consistentes.

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Pás:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Pás:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Pás:

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IMPULSIONADORES DE LÍQUIDOS

TIPOS DE AGITADORES OU IMPULSORES Pás:

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

O conjunto conhecido como tanque agitado normalmente consiste em um tanque cilíndrico, um ou mais impelidores, um motor e, usualmente, chicanas. Alguns tanques são providos de serpentinas ou camisas para promover a troca térmica.

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

A codificação varia na literatura, mas o padrão é geral.

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

Escolha do tipo de agitador: Ainda hoje o processo de escolha do agitador apropriado, é considerado uma “arte”.

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

ANÁLISE DE PROCESSO ATRAVÉS DE NÚMEROS ADIMENSIONAIS: Alguns números adimensionais associados com sistemas de agitação são utilizados para se obter informações sobre parâmetros importantes tais como o tempo de mistura, o consumo de energia e a capacidade de bombeamento, entre outros.

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

ANÁLISE DE PROCESSO ATRAVÉS DE NÚMEROS ADIMENSIONAIS: Alguns números adimensionais associados com sistemas de agitação são utilizados para se obter informações sobre parâmetros importantes tais como o tempo de mistura, o consumo de energia e a capacidade de bombeamento, entre outros.

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

ANÁLISE DE PROCESSO ATRAVÉS DE NÚMEROS ADIMENSIONAIS: Número de bombeamento (NBO): Relaciona a taxa de bombeamento do impelidor Q (volume escoado por área do impelidor e por tempo) com a velocidade de rotação e tamanho do impelidor. Portanto correlaciona a capacidade de bombeamento de diferentes impelidores com diferentes geometrias de tanques. A taxa de circulação em tanques com agitação é definida como o volume de um fluido deslocado por um rotor por unidade de tempo (é também chamada de capacidade de bombeamento). NBO = Q/(ND3)

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

ANÁLISE DE PROCESSO ATRAVÉS DE NÚMEROS ADIMENSIONAIS: Número de Froude (NFR): Este número inclui as forças gravitacionais e é usado para considerar os efeitos da superfície livre (por exemplo, vórtice central) no número de potência. Por isso, esse número é incluído em correlações de Re e Po em sistemas sem chicanas. NFR = N2D/g

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

ANÁLISE DE PROCESSO ATRAVÉS DE NÚMEROS ADIMENSIONAIS: Número de Mistura (NB): É o produto da velocidade de rotação (N) e o tempo de mistura (θ). O tempo de mistura é uma medida do tempo requerido para misturar líquidos miscíveis ao longo do volume de tanque agitado. Se o número de mistura for constante, o tempo de mistura é proporcional ao inverso da velocidade de rotação do impelidor. NB = N.θ

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

ANÁLISE DE PROCESSO ATRAVÉS DE NÚMEROS ADIMENSIONAIS: Número de Potência (Np): É a potência transferida do impelidor para o fluido. O cálculo pode ser efetuado de diversas maneiras e depende do processo, do regime de escoamento e do fluido. Entretanto, para o caso de escoamento turbulento em um sistema homogêneo a estimativa da potência é realizada através de análise dimensional e/ou medidas experimentais dos torque. Np = P/(ρN3D5)

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

ANÁLISE DE PROCESSO ATRAVÉS DE NÚMEROS ADIMENSIONAIS: Número de Reynolds (Re): define o regime de escoamento: laminar (<10) ou turbulento (>10.000) Re = D2Nρ/μ

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

ANÁLISE DE PROCESSO ATRAVÉS DE NÚMEROS ADIMENSIONAIS: O efeito do número de Froude aparece quando há formação de vortex para valores de Re acima de 300. Em sistemas onde o vórtice não ocorre (devido a introdução de chicanas, para Re<300, etc.) o número de Froude não aparecerá como um fator. Quando o número de Froude for considerado ele aparecerá incorporado à seguinte equação: NPO/NFRm=φ m=(a-log Re)/b

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

GRÁFICOS NÚMERO DE POTÊNCIA VERSUS REYNOLDS

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS O padrão de escoamento dos fluidos não newtonianos é complexo, perto das pás, o gradiente de velocidade é grande e a viscosidade aparente e baixa. A medida que o líquido se afasta das pás, a velocidade decresce e a viscosidade aparente aumenta. Na prática se assume que a agitação é homogênea e que há uma taxa de deformação média para o sistema e que ela é função de: A taxa de deformação será calculada como: β depende do tipo de impulsor

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FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

FLUIDOS DE ALTA VISCOSIDADE EM REGIME LAMINAR No caso de agitadores para fluidos de alta viscosidade deve-se usar relações empíricas:

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

Velocidades de agitação e motores padrão dos fornecedores: A potência do motor é calculada a partir da expressão: Peixo=P/η onde Peixo é a potência do motor e η é a eficiência da transferência de potência entre o eixo do motor para o líquido (valor tabelado pelos fabricantes dos motores).

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

INTENSIDADE DE AGITAÇÃO DE UM FLUIDO = Potência/Volume

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

FATORES DE CORREÇÃO DO CÁLCULO DE AGITADORES Quando existe mais de um impulsor no eixo: Neste caso, a distância entre os agitadores é aproximadamente igual à distancia entre o fundo e o agitador inferior.

Procedimento: A potência útil por impulsor unitário se calcula da maneira usual para agitador de medidas padrão. Ptotal=número de agitadores*P1 agitador

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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AGITAÇÃO

FATORES DE CORREÇÃO DO CÁLCULO DE AGITADORES Quando o tanque e o impulsor tem medidas diferentes das medidas padrão: Quando as relações geométricas diferem um pouco das medidas padrão aplica-se um fator de correção (fc) desenvolvido pelos pesquisadores dessa operação unitária. Pcorrigida=fc*Ppadrão

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FATORES DE CORREÇÃO DO CÁLCULO DE AGITADORES Quando o sistema é gaseificado: Quando o sistema e gaseificado, usa-se o gráfico de Ohyama e Endoh (Aiba) ou o gráfico de Calderbank (Mc Cabe):

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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO SISTEMAS DE AGITAÇÃO

CONSIDERAÇÕES: Como ponto inicial para a resolução dos problemas apresentados a seguir, considere a seguinte codificação envolvendo as dimensões do sistema de agitação (Mc. Cabe).

J = largura das chicanas (baffles); H = nível de líquido no reservatório; D a =largura da turbina; Dt = diâmetro do tanque; E = distância entre a turbina e o fundo do tanque; L = largura da pá (blade) da turbina; W = altura da pá da turbina.

S1 = Dt / Da

S2 = E / Da

S3 = L / Da

S4 = W / Da

S5 = J / Dt

S6 = H / Dt

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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO SISTEMAS DE AGITAÇÃO

CONSIDERAÇÕES: Sistema com turbina centralizada com 6 pás. Para a curva A (com chicanas) φ=Np . Sem chicanas deve-se utilizar a curva B e o número de Froude deve ser empregado quando Re>300.

S1 = 3

S2 = 1

S3 = 0,25

S4 = 1,0

S5 = 0,1 (A)

S6 = 1,0

m=(a-log Re)/b

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CONSIDERAÇÕES: Sistema com impelidor com 3 pás.

Passo (Pitch) 2:1 = pás inclinadas a 45o Passo (Pitch) 1:1 = pás sem inclinação S5 = 0,1 (curva A)

m=(a-log Re)/b

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EXEMPLO 1: Uma turbina Rushton com 6 pás está instalada no centro de um tanque vertical. O diâmetro do tanque é de 1,83 m o diâmetro da turbina é de 0,61 m e está posicionada a 0,61 m do fundo do tanque. O tanque é cheio com uma solução a 50% de soda cáustica, com uma viscosidade de 12 cp (0,012 kg/[m.s]) e uma densidade de 1498 kg/m³). A turbina é operada a 90 rpm. O tanque não possui chicanas. Qual a potência é requerida para operar o misturador?

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EXEMPLO 1: solução

S1 = Dt / D a = 3

S2 = E / Da = 1

S3 = L / Da = 0,25(comum Rushton 6 pás)

S5 = J / Dt (sem chicanas)

S6 = H / Dt = 1 Utilizar gráfico da figura 9-14

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EXEMPLO 1: solução Re = Da

2nρ/μ n=90 rpm= 90/60 = 1,5 rotações por segundo Re= 0,612.1,5.1498/0,012=69675>300 curva B (sem chicanas) NFr=n²Da/g=1,5².0,61/9,81=0,14

Da figura 9-14 para Re=7.104 φ= Np/NFrm=1,1 (aproximadamente) m =(a-log Re)/b=-0,096 Np=φ.NFr m =1,1.0,14-0,096 Np=1,33 Np = P/(ρn3Da

5)

P=1,33*1498*1,5³*0,615 P=568W

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EXEMPLO 2: Ao tanque do exemplo anterior são adicionadas 4 chicanas com 0,19 m de largura. Qual a potência requerida para operar este misturador com chicanas?

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EXEMPLO 2: solução

S1 = Dt / D a = 3

S2 = E / Da = 1

S3 = L / Da = 0,25(comum Rushton 6 pás)

S5 = J / D t = 0,1 (aproximadamente)

S6 = H / Dt = 1 Utilizar gráfico da figura 9-14

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EXEMPLO 2: solução Re = Da

2nρ/μ n=90 rpm= 90/60 = 1,5 rotações por segundo Re= 0,612.1,5.1498/0,012=69675>300 curva A (com chicanas)

Da figura 9-14 para Re=7.104 NFr não aplicável para problemas com chicanas. φ= Np=6 Np = P/(ρn3Da

5)

P=6*1498*1,5³*0,615 P=2562W

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EXEMPLO 3: O misturador do exemplo 1 será utilizado para misturar um composto de latex com uma viscosidade de 1200 Poises (120 kg/[m.s]) e com uma densidade de 1120 kg/m³. Qual a potência requerida para operar este misturador?

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EXEMPLO 3: solução Re = Da

2nρ/μ n=90 rpm= 90/60 = 1,5 rotações por segundo Re= 0,612.1,5.1120/120=5,2<300 NFr não se aplica

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Da figura 9-14 para Re=5,2 φ= Np=13 (aproximadamente) Np = P/(ρn3Da

5)

P=13*1120*1,5³*0,615 P=4150W

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EXEMPLO 4: Considere na resolução do problema W=P e η=0,7

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EXEMPLO 4:

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EXEMPLO 4:

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EXEMPLO 4:

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MISTURA A mistura é muito mais difícil de descrever e estudar do que a agitação. Os tipos de fluxos e a velocidade produzidos pela agitação embora complexos, são razoavelmente definidos e reproduzíveis e a potência pode ser medida prontamente. Resultados de estudos de mistura são difíceis de reproduzir e dependem muitas vezes de como é definida a mistura pelo experimentador. Com muita freqüência o critério é visual, porém outros métodos são utilizados com objetivos específicos. Exemplos: Pode-se medir o tempo de mistura pela mudança de cor em uma reação ácido-base com indicador; Em misturas sólido-líquido a uniformidade da suspensão é observada visualmente.

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MISTURA DE SÓLIDOS EM SUSPENSÃO A potência (P) requerida para suspender partículas em suspensão à uma altura máxima Zs usando um impelidor tipo turbina é dada pela equação empírica: Onde: ; ρm, Vm = massa específica e volume da suspensão (exclhuindo fase líquida acima de Zs; εm=fração volumétrica de líquido na suspensão; E= distância entre o impelidor e a base do vaso; Dp, ρp = tamanho e massa específica da partícula sólida; ρ=massa específica do líquido.

𝛽 =𝑍𝑠 − 𝐸

𝐷𝑡− 0,1 𝑢𝑡 =

𝑔𝐷𝑝2 𝜌𝑝 − 𝜌

18𝜇

𝑃

𝑔𝜌𝑚𝑉𝑚= 1 − 𝜀𝑚 2 3

𝐷𝑡

𝐷𝑎

1 2

𝑒4,35𝛽

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MISTURA DE SÓLIDOS EM SUSPENSÃO

EXEMPLO 5: Um reservatório agitado de 1,83 m de diâmetro contém 4082 kg de água a 21,1°C (ρ = 1000 kg/m³,μ = 0,001 Pa*s) e 1361 kg de partículas de 150 mesh (Dp=0,104 mm) de fluorspar com densidade 3,18. O impelidor consiste de uma turbina de 6 lâminas planas com diâmetro de 0,61m. A distância entre o impelidor e o fundo do reservatório é de 0,61m. a) Qual a potência requerida para suspender as partículas a uma

altura máxima de 1,52 m? b) Qual deve ser a velocidade de rotação do impelidor sob essas

condições?

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MISTURA DE SÓLIDOS EM SUSPENSÃO EXEMPLO 5: Solução a) Volume de suspensão: Vm=πDt²Zs/4= π*1,83²*1,52/4 =4 m³ Volume de sólidos em suspensão=ms/ρs= 1361/3180=0,428m³ Volume de líquido na suspensão=4-0,428=3,572m³ Massa de líquido na suspensão=3572kg Massa específica da suspensão= ρm=(3572+1361)/4=1233kg/m³ Fração volumétrica de líquido=εm=3,572/4=0,893 ut=9,81*0,000104²*(3180-1000)/(18*0,001)=0,0129 m/s β=(1,52-0,61)/1,83-0,1=0,397 P=1233*9.81*4*0,0129*(1-0,893)2/3*(1,83/0,61)1/2*e4,35*0,397 P=1370W

𝛽 =𝑍𝑠 − 𝐸

𝐷𝑡− 0,1

𝑢𝑡 =𝑔𝐷𝑝

2 𝜌𝑝 − 𝜌

18𝜇

𝑃

𝑔𝜌𝑚𝑉𝑚= 1 − 𝜀𝑚 2 3

𝐷𝑡

𝐷𝑎

1 2

𝑒4,35𝛽

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MISTURA DE SÓLIDOS EM SUSPENSÃO EXEMPLO 5: Solução b) Considerando que o fluxo seja fortemente turbulento, n=[1670/(0,61^5*1000*6,30)]^(1/3) n=1,464 rotações/s = 87,8 rpm Conferindo o regime: Re=1,464*0,61^2*1000/0,001=545000>10000 A consideração é válida, logo: n=87,8 rpm

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MISTURA DE LÍQUIDOS MISCÍVEIS Se o escoamento for turbulento a mistura é bastante rápida. O tempo de mistura (tT) pode ser calculado a partir do fator de mistura ft em função do número de Reynolds, de acordo com o gráfico a seguir. 𝑓𝑡 =

𝑡𝑇 𝑛𝐷𝑎2 2 3 𝑔1 6 𝐷𝑎

1 2

𝐻1 2 𝐷𝑡3 2

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MISTURA DE LÍQUIDOS MISCÍVEIS

EXEMPLO 6: Propõe-se utilizar o reservatório agitado descrito no exemplo anterior para a neutralização de uma solução aquosa de NaOH com uma quantidade estequiometricamente equivalente de ácido nítrico concentrado HNO3. A velocidade de rotação do impelidor é de 87,8 rpm. A altura final de líquido no reservatório é de 1,83m. Assumindo que todo o ácido é adicionado ao reservatório de uma só vez, calcule em quanto tempo a neutralização será completa.

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MISTURA DE LÍQUIDOS MISCÍVEIS

EXEMPLO 6: Solução

𝑓𝑡 =𝑡𝑇 𝑛𝐷𝑎

2 2 3 𝑔1 6 𝐷𝑎1 2

𝐻1 2 𝐷𝑡3 2

Do exemplo anterior: Re=545000 ft = 5 (aproximadamente)

𝑡𝑇 =5𝑥1,831/2𝑥1,833 2

1,464𝑥0,612 2 3 9,811 6 0,611/2= 22 𝑠

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AMPLIAÇÃO DE ESCALA

Considere a seguinte nomenclatura:

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AMPLIAÇÃO DE ESCALA

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AMPLIAÇÃO DE ESCALA

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AMPLIAÇÃO DE ESCALA

4. Igualdade no torque (Tq) do agitador Tq/D³=c*N1²*D1²=c*N2²*D2²onde c é constante Esse método mantém a relação N²*D² constante; Indicado para a ampliação de escala de agitadores de líquidos com sólidos em suspensão.

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MISTURA DE LÍQUIDOS MISCÍVEIS

EXEMPLO 7: Um reservatório de uma planta-piloto de 0,305 m de diâmetro é agitado por uma turbina de 6 pás com 0,102mm de diâmetro. Quando o número de Reynolds do processo é de 104 , o tempo de mistura de dois líquidos miscíveis é de 15 s. A potência requerida é de 0,4 kW/m³ de líquido. (a) Qual seria a potência requerida para que se tenha o mesmo tempo de mistura em um reservatório de 1,83 m de diâmetro? (b) Qual seria o tempo de mistura em um reservatório de 1,83 m de diâmetro mantendo-se a mesma relação potência/volume da planta piloto?

S1 = Dt / D a

S2 = E / Da

S3 = L / Da

S5 = J / D t

S6 = H / Dt

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MISTURA DE LÍQUIDOS MISCÍVEIS

EXEMPLO 7: Solução Pelo bom senso, conclui-se que, para se manter o mesmo tempo de mistura em um tanque maior, a agitação deverá ser maior, portanto o Re para o tanque de 1,83 será maior que 104. Para Re>104 o fator do tempo de mistura é aproximadamente constante ft;0,305=ft;1,83.

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EXEMPLO 7: Solução (Para A=piloto e B=novo reservatório) ft;A=ft;B

MISTURA DE LÍQUIDOS MISCÍVEIS

𝑓𝑡 =𝑡𝑇 𝑛𝐷𝑎

2 2 3 𝑔1 6 𝐷𝑎1 2

𝐻1 2 𝐷𝑡3 2

a) Fatores de forma do tanque planta piloto. S1 = Dt / D a = 0,305/0,102=3 Da;B=1,83/3=0,61 m

S6 = H / Dt = 1 (normalmente) HB=1,83 m Substituindo na equação: ft,A=3,5909*nA

2/3

ft,B=2,6479*nB2/3

ft,A=ft,B

nB/nA=(3,5909/2,6479)3/2

nB/nA=1,5793 P=KTn3Da

5ρ V=πDt

2H (PB / VB ) / (PA/ VA ) =(Dt,A/ Dt,B)2 *(HA/HB)*(nB/nA)3*(Da,B/Da,A)5=139.5 PB / VB =55800 W/m³ Inviável, na prática

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EXEMPLO 7: Solução (Para A=piloto e B=novo reservatório) b) P/V=constante calcular tT Fatores de forma do tanque planta piloto. S1 = Dt / D a = 0,305/0,102=3 Da;B=1,83/3=0,61 m

S6 = H / Dt = 1 (normalmente) HB=1,83 m P/V=c*n³*Da²c=constante nB/nA=(Da,A/Da,B)2/3 = 0,3035 Re=nDa²ρ/μ ReB/ReA=(nB/nA)*(Da,B/Da,A)²=0,3035*(0,61/0,102^)=10,9 ReB>104

ft,A=ft,B

Revendo o item a) ft,A=3,5909*nA

2/3

ft,B=2,6479*(tT,B/15)*nB2/3

tT,B=(3,5909*15/2,6479)*(0,3035)-2/3

tT,B = 45 s

MISTURA DE LÍQUIDOS MISCÍVEIS