METAIS PESADOS: ARSÊNIO

Acadêmicas: Alyssa Quaglia Daniely Oviedo

Katiely Adamante Kristina Prado Maísa Vargas Dal Vesco Mariana Milena Bazzo

Características físicas e químicas

• O arsênio apresenta três estados alotrópicos:

– O arsênio cinza metálico (forma α)

– O arsênio amarelo (forma γ)

– O arsênio negro (forma β),

• É insolúvel em água, porém muitos de seus compostos são solúveis. É um elemento químico essencial para a vida, ainda que tanto o arsênio como seus compostos sejam extremamente venenosos.

• Estado da matéria – sólido• Ponto de fusão – 1090K• Ponto de ebulição – 887K

Fontes

• É o 20.º elemento em abundância da crosta terrestre

• É encontrado na forma nativa em uma grande variedade de minerais.

• Na fusão de minerais de ouro, cobre, chumbo e cobalto se obtém trióxido de arsênio ( As2O3 ).

• Praticamente a totalidade da produção mundial de arsênio metálico é chinesa, que é também é o maior produtor mundial de trióxido de arsênio.

• Trióxido de Arsênio (As2O3) – principal composto.

• Arsenopirita (FeAsS) – um de seus principais minerais

• No Brasil, é encontrado nas piritas (minérios de ferro e enxofre) em jazidas de ouro, especialmente no estado de Minas Gerais.

• As maiores reservas desse mineral (cerca de 11 milhões de toneladas) se encontram em minas de cobre e chumbo no Chile e nas Filipinas.

Utilização

• Conservante de couro e madeira, cerca de 70% do seu consumo mundial.

• Aditivo em ligas metálicas de chumbo e latão.

• Inseticida(arseniato de chumbo), herbicidas (arsenito de sódio) e venenos.

• O dissulfeto de arsênio é usado como pigmento e em pirotécnica.

• Descolorante na fabricação do vidro (trióxido de arsênio).

• Renovou-se o interesse principalmente pelo uso do trióxido de arsênio para o tratamento de pacientes com leucemia.

• Usado em medicina a vários séculos para tratamento de doenças do sistema nervoso

• Usado em indústria eletrônica na produção do arseneto de gálio usado em diodos emissores de luz (LED).

• Na forma de arsenato de cobre é usado em tratamento de madeira para evitar apodrecimento e cupins.

• Apesar de sua toxicidade seus compostos são usados em medicina.

• Salvarsan um dos primeiros remédios eficientes para sífilis.

• Foi utilizado largamente como óxido na produção de raticidas devido a sua toxicidade.

Sintomas de intoxicação

• O arsênio e seus compostos são extremamente tóxicos, especialmente o arsênio inorgânico.

• As doenças que mais matam no mundo podem ser causadas por arsênio: doenças cerebrovasculares, diabetes e câncer, entre outras.

• Em vários outros lugares do mundo onde existiu ou ainda existe mineração de ouro e carvão mineral em rocha dura ocorre poluição permanente de ar, solo e águas superficiais e subterrâneas e envenenamento crônico da população por arsênio, mesmo décadas ou séculos após o encerramento das atividades de mineração.

• O arsênio é absorvido pelo organismo humano principalmente por inalação e ingestão.

• Os compostos orgânicos de arsênio são menos tóxicos que os inorgânicos.

• As enzimas são afetadas, ocasionando danos em vários sistemas celulares.

• O arsênio pode induzir a produção de metalotioneína, uma proteína que se liga a esse metal e também ao cádmio, mercúrio e a muitos metais essenciais.

• Os alimentos mais contaminados por arsênio orgânico são peixes e crustáceos, apresentando-o geralmente na forma de arsenobetaína.

• É muito tóxico e quando não mata provoca queratoses.

DiagnósticoSinais de:- Sangramento do Trato Gastrointestinal;- Hipovolemia;- Náusea;- Dor abdominal intensa;- Vômito e Diarréia;- Efeitos cardiovasculares (taquicardia) – algumas horas após a

ingestão;- Arritmias graves – tardiamente, dias após a ingestão.

• Em casos de ingestão recente - exame radiológico simples de abdome.

• Detecção e dosagem laboratorial elevadas na urina confirmam a intoxicação.

• Valores de referência: 50µg/L em dosagem de urina pontual ou 100µg em urina de 24 horas.

• No arsenicismo, as unhas do paciente podem apresentar estrias transversais esbranquiçadas, sugerindo sofrimento da matriz da unha pela presença do arsênio.

• Nesses casos, a exclusão de outros possíveis diagnósticos de neuropatias sensitivas, associadas ou não a hepatopatias, e/ou lesões de pele e sintomas gerais inespecíficos, pode levar à suspeita de envenenamento crônico por arsênio. A dosagem de arsênio no cabelo ou na unha, nesses casos, é de extremo auxílio no diagnóstico.

Tratamento• Reposição generosa de volume e uso de

drogas vasoativas;• Lavagem gástrica com sonda calibrosa e

grandes volumes de soro fisiológico;• O conteúdo da lavagem gástrica pode ser

utilizado para dosagem de arsênio e confirmação diagnóstica.

• Tratamento quelante específico: dimercaprol (BAL), nas doses de 3 a 5mg/kg, de 4 em 4 horas, por via intramuscular, até que níveis de arsênio na urina estejam abaixo de 50µg/L.

• O ácido 2,3-dimercatosuccínico (DMSA) pode ser dado, por via oral, como complementação ao tratamento com dimercaprol, quando esta via tornar-se viável durante evolução do quadro. A dose é de 10mg/kg, de 8 em 8h, por 5 dias, seguida de 10mg/kg, de 12 em 12h, por mais 14 dias.

• O ácido dimercapto-1-propanol (DMPS) parece ter melhores efeitos no tratamento da intoxicação aguda por arsênio. Usado também por via oral, é análogo hidrossolúvel e derivado do BAL.

• Outra opção de tratamento, que complementa o tratamento parenteral com BAL, é o aporte de D-penicilamina por via oral. No entanto, seus efeitos colaterais, principalmente renais, podem contra-indicar seu uso em alguns casos. Hemodiálise pode ser necessária em caso de falência renal.

ReferênciasUnivesidade Estadual de Campinas. Arsênio como herança. Disponível

em: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/198-pag10.pdf . Acesso em: 10 de Mar de 2013.

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Envenenamento por metais: Arsênio. Disponível em: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mX.arse.htm . Acesso em: 10 de Mar de 2013.

Scielo. Determinação de arsênio em amostras da cadeia produtiva de frangos de corte por espectrometria de absorção atômica com forno de grafite. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422011000100010&script=sci_arttext . Acesso em: 10 de Mar de 2013.