O Cortiço, de Aluízio Azevedo. O contexto histórico O Brasil dependente de escravos para produzir...
of 21
/21
Embed Size (px)
Transcript of O Cortiço, de Aluízio Azevedo. O contexto histórico O Brasil dependente de escravos para produzir...
- Slide 1
- O Cortio, de Aluzio Azevedo
- Slide 2
- O contexto histrico O Brasil dependente de escravos para produzir caf. A Inglaterra probe O trfico de escravo.
- Slide 3
- Atirou-se muito s especulaes; durante a guerra do Paraguai ainda ganhara forte, chegando a ser bem rico; mas a roda desandou e, de malogro em malogro, foi-lhe escapando tudo por entre as suas garras de ave de rapina... [Botelho] Andava sempre de preto, com um guarda-chuva debaixo do brao e um cha- pu de Braga Enterrado nas orelhas. Fora em seu tempo empregado do comrcio, de- pois corretor de escravos; contava mesmo que estivera mais de uma vez na frica ne- gociando negros por sua conta.
- Slide 4
- Crescimento da lavoura cafeeira. Decadncia da lavoura canavieira E algodoeira. Trfico interno Reflexo: - Vinda de trabalhadores estrangeiros. - Proposta de libertao dos escravos.
- Slide 5
- Assim, eram s vezes muito quentes as Sobremesas do Miranda, quando, entre outros assuntos palpitantes, vinha discusso o movimento abolicionista que principiava a formar-se em torno da Lei Rio Branco. Ento o Botelho ficava possesso e vomitava frases terrveis, para a direita e para a esquerda, como quem dispara tiros sem fazer alvo, e vociferava imprecaes, aproveitando aquela vlvula para desafogar o velho dio acumulado dentro dele.
- Slide 6
- Voc agora no tem mais senhor! declarou em seguida leitura, que ela ouviu entre lgrimas agradecidas. Agora est livre. Doravante o que fizer s seu e mais de seus filhos, se os tiver. Acabou-se o cativeiro de pagar os vinte mil-ris peste do cego!
- Slide 7
- As cidades cresciam Fbricas : chapu, tecido,cerveja. Bancos. Companhias de navegao. Estradas de ferro. Transporte urbano. Iluminao a gs Reflexo: - Crescimento urbano. - Proliferao de favelas
- Slide 8
- [...] as casinhas do cortio, proporo que se atamancavam, enchiam-se logo, sem mesmo dar tempo a que as tintas secassem. Havia grande avidez em alug-las; aquele era o melhor ponto do bairro para a gente do trabalho. [...]
- Slide 9
- [...] a rua l fora povoava-se de um modo admirvel. Construa-se mal, porm muito; surgiam chals e casinhas da noite para o dia; subiam os aluguis; as propriedades dobravam de valor. Montara-se uma fbrica de massas Italianas e outra de velas, [...]
- Slide 10
- Novo quadro social Cortio Burguesia Joo Romo Sobrado Proletariado Miranda
- Slide 11
- [...] Ainda antes de terminar o segundo ano de matrimnio, o Miranda pilhou-a [Estela] em flagrante delito de adultrio; ficou furioso e o seu primeiro impulso foi de mand-la para o diabo junto com o cmplice; mas a sua casa comercial garantia-se com o dote que ela trouxera, uns oitenta contos em prdios e aes da dvida pblica, de que se utilizava o desgraado tanto quanto lhe permitia o regime dotal. Alm de que, um rompimento brusco seria obra para escndalo, e, segundo a sua opinio, qualquer escndalo domstico ficava muito mal a um negociante de certa ordem.
- Slide 12
- Desde que a febre de possuir se apoderou dele [Joo Romo] totalmente, todos os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam um interesse pecunirio. S tinha uma preocupao: aumentar os bens. [...] Aquilo j no era ambio, era uma molstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular; de reduzir tudo a moeda.
- Slide 13
- Slide 14
- Um romance naturalista Focalizao do homem natural. nfase na coletividade. Gosto pelas patologias sociais. Determinismos: Mesolgico ( meio) Gentico. Histrico
- Slide 15
- Entretanto, das portas surgiam cabeas congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda parte; comeavam as xcaras a tilintar; o cheiro quente do caf aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias; [...]
- Slide 16
- Slide 17
- Da a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomerao tumultuosa de machos e fmeas. Uns, aps outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de gua que escorria da altura de uns cinco palmos. [...]
- Slide 18
- Slide 19
- O portugus abrasileirou-se para sempre; fez- se preguioso, amigo das extravagncias e dos abusos, luxurioso e ciumento; fora-se-lhe de vez o esprito da economia e da ordem; perdeu a esperana de enriquecer, e deu-se todo, todo inteiro, felicidade de possuir a mulata e ser possudo s por ela, s ela, e mais ningum.
- Slide 20
- Slide 21