ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA...
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ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
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CONCEITO
Aula 7 – MÉTODO AOKI-VELLOSO (1975)
Profª Camila Regina Eberle
A capacidade de carga de uma fundação (σr) é definida como a tensão
transmitida pelo elemento de fundação capaz de provocar a ruptura do solo
ou a sua deformação excessiva. A capacidade de carga das fundações
depende de uma série de variáveis, como por exemplo, das dimensões do
elemento de fundação, da profundidade de assentamento, das
características dos solos, etc.
| Conceito | Capacidade de carga de estacas | Método Aoki-Velloso|
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CONCEITO
Segundo a NBR 6122/1996, a capacidade de carga dos solos pode ser
calculada por vários métodos, destacando-se:
• Provas de carga sobre placas, cujos resultados devem ser interpretados
levando-se em consideração as relações de comportamento entre a placa e
a fundação real;
• Métodos teóricos, como as formulações clássicas desenvolvidas por
Terzaghi (1943), Meyehof (1963), Vésic (1974), etc., que são baseadas
principalmente nas propriedades de resistência ao cisalhamento e
compressibilidade dos solos;
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CONCEITO
Segundo a NBR 6122/1996, a capacidade de carga dos solos pode ser
calculada por vários métodos, destacando-se:
• Métodos empíricos, nos quais a capacidade de carga é obtida com base na
descrição das condições do terreno e em tabelas de tensões básicas;
• Métodos semi-empíricos: aqueles em que as propriedades dos materiais
são estimadas por meio de correlações e são usadas em teorias da
Mecânica dos Solos.
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| Conceito | Capacidade de carga de estacas | Método Aoki-Velloso|
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
Os métodos teóricos e experimentais e os ensaios laboratoriais são
fundamentais para estabelecer a influência relativa de todos os parâmetros
envolvidos nos cálculos de capacidade de carga.
Sua utilização na prática da engenharia de fundações é, todavia, muitíssimo
restrita visto que a maioria dos parâmetros do solo necessários a essas
análises é de difícil ou mesmo de quase impossível obtenção.
Por outro lado, correlações entre as tensões correspondentes a estados-
limites de ruptura e dados de resistências à penetração de ensaios "in situ"
são simples de ser estabelecidas.
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CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
Correlações com boas probabilidades de acerto são aquelas obtidas de
forma semi-empírica. A filosofia contida nas mesmas é estabelecer-se
através de ajustes estatísticos equações de correlação que tenham embutida
em sua essência os princípios definidos nos métodos teóricos e/ou
experimentais. Além do mais, conforme enfatiza Wroth (1988), correlações
primárias, são preferíveis á correlações secundárias.
No Brasil, os dois métodos mais utilizados para o dimensionamento de
fundações em estacas são os conhecidos como Aoki e Velloso (1975), e
Décourt e Quaresma, (1978). Para tipos específicos de estacas há também
métodos específicos, tais como o de Cabral (1986) e o da Brasfond ambos
para estacas-raiz.
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MÉTODO AOKI-VELLOSO (1975)
Considerando que o fuste da estaca atravessa n camadas distintas de solo,
as parcelas de resistência de ponta (Rp) e de resistência lateral (Rl) que
compõem a capacidade de carga (R) são dadas por:
Onde:
rp= capacidade de carga do solo na cota de apoio do elemento estrutural
Ap= área da seção transversal da ponta
rl= tensão média de adesão ou de atrito lateral na camada de espessura Δl
U= perímetro da seção transversal do fuste
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Os valores de rp e rl podem ser calculados a partir da resistência de ponta (qc)
e do atrito lateral unitário (fc ) medidos em ensaio de penetração estática
CPT:
Em que F1 e F2 são coeficientes de transformação que englobam o tipo de
estaca e o efeito escala entre a estaca (protótipo) e o cone do CPT (modelo).
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Tipo de estaca F1 F2
Franki 2,50 5,00
Metálica 1,75 3,50
Pré-moldada 1,75 3,50
Para estacas pré-moldadas de pequeno diâmetro, o valor de F1=1,75
mostrou-se muito conservador.Por isso, Aoki (1985) faz nova proposição para
o coeficiente empírico F1 para estaca pré-moldadas de concreto:
Onde D é o diâmetro ou lado (em metros) do fuste da estaca, mantendo a
relação F2=2F1.
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Quando não se mede o valor de fc, pode-se correlacioná-lo com a resistência
de ponta qc:
Em que α é função do tipo de solo.
Além disso, quando não se dispõe de ensaios de CPT, o valor da resistência
de ponta (qc) pode ser estimado por uma correlação com o índice de
resistência à penetração (N) nos ensaios de SPT:
Em que K depende do tipo de solo.
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Tipo de solo K (Mpa) α(%)
Areia 1,00 1,40
Areia siltosa 0,80 2,00
Areia silto-argilosa 0,70 2,40
Areia argilosa 0,60 3,00
Areia argilo-siltosa 0,50 2,80
Silte 0,40 3,00
Silte arenoso 0,55 2,20
Silte areno-argiloso 0,45 2,80
Silte argiloso 0,23 3,40
Silte argilo-arenoso 0,25 3,00
Argila 0,20 6,00
Argila arenosa 0,35 2,40
Argila areno-siltosa 0,30 2,80
Argila siltosa 0,22 4,00
Argila silto-arenosa 0,33 3,00
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Pode-se então reescrever as expressões para rp e rl:
Em que Np e Nl são, respectivamente o índice de resistência à penetração na
cota de apoio do elemento estrutural de fundação e o índice de resistência à
penetração médio na camada de espessura Δl, obtidos através da sondagem
mais próxima. (média ponderada do SPT)
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Portanto, a capacidade de carga (R) de um elemento isolado de fundação
pode ser estimada pela fórmula semi-empírica:
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Finalmente, com o valor médio da capacidade de carga , a carga admissível
deve ser:
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