Hidrólises Química e Enzimática do Amido

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Aula prática lecionada no Laboratório de Graduação em Bioquímica (LGBioq) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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Hidrólises Enzimática e Química do Amido

Page 3: Hidrólises Química e Enzimática do Amido

IntroduçãoO amido é composto de duas frações: amilose (~20%)e amilopectina (~80%).

A amilose é composta é composta por longas cadeias lineares de resíduos de α-D-glicose unidos por ligações α-1,4.

Amilose

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IntroduçãoCadeias longas de resíduos de α-D-glicose como as da amilose, com 300 a 600 unidades, tendem a formar uma estrutura helicoidas com as hidroxilas voltadas para o meio externo.

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IntroduçãoA amilopectina contêm curtas cadeias lineares (24-30) de resíduos de α-D-glicose unidos por ligações α-1,4 acrescidas de ramificações onde resíduos de α-D-glicose estão unidos por ligações α-1,6.

Amilopectina

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IntroduçãoUma das extremidades da amilopectina é denominada redutora, enquanto as inúmeras extremidades restantes são não redutoras.O potencial redutor deve-se ao resíduo de α-D-glicose com C1 contenedor de grupo aldeído, conhecidamente redutor, livre.O comprometimento de C1 de resíduos de α-D-glicose com ligações α-1,4 prejudica esse potencial redutor.

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IntroduçãoAs cadeias de amilopectina se organizam em estruturas de complexidade crescente, formando uma matriz semicristalina à qual se associam as cadeias de amilose, assim resultando no grânulo de amido.

Grânulo de amidode batata danificado

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Hidrólise do AmidoAs ligações ligações α-1,4 entre os resíduos de α-D-glicose são facilmente hidrolisadas.A hidrólise de amido produz carboidratos mais simples, conhecidos como dextrinas, quantificadas como equivalentes de dextrose (DE), ou ainda mesmo glicose.Entre as dextrinas estão a maltodextrina; xaropes de glicose e frutose; dextrose; e açucares alcóolicos ou poliálcoois.

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As enzimas hidrolisadoras de ligações α-1,4 entre os resíduos de α-D-glicose do amido são chamadas amilases.A α-amilases é encontrada em plantas e animais.No homem, existe uma α-amilase salivar (ptialina), secretada pelas glândulas salivares maiores e menores, e uma α-amilase pancreática, presente na secreção pancreática.

Hidrólise Enzimática do Amido

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Estrutura 3D da α-amilase salivar

A α-amilase quebra qualquer ligação α-1,4 do amido.

Hidrólise Enzimática do Amido

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A β-amilase não é encontrada em animais, sendo sintetizadas apenas por bactérias, fungos e plantas.Embora tecidos animais não contenham β-amilase, sua síntese pode estar garantida em animais por micro-organismos que habitam o trato digestório.

Hidrólise Enzimática do Amido

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A β-amilase quebra ligações α-1,4 próximas às extremidades não redutoras das moléculas de amido, não quebrando as ligações α-1,6 ou ligações α-1,4 próximas a ligações já quebradas.A β-amilase está envolvida no amuderecimento de frutos, onde quebra o amido em maltose, de sabor mais adocicado.

Hidrólise Enzimática do Amido

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Estrutura 3D daβ-amilase

Hidrólise Enzimática do Amido

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A γ-amilase (amyg) quebra ligações α-1,6 e ligações α-1,4 nos terminais não redutores das moléculas de amido.

Estrutura 3D daγ-amilase

Hidrólise Enzimática do Amido

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Hidrólise Química do AmidoA hidrólise do amido também pode ser catalisada por ácidos fortes.Na hidrólise ácida do amido, o H+ disponibilizado pela dissociação do ácido utilizado liga-se ao O de um grupo carbonila, de forma que o C adquire carga positiva.Por consequência, há ligamento de H2O ao C e início da hidrólise.

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Procedimentos PráticosHidrólise Enzimática do Amido

30mL de soluçãode amido a 1%

1mL de soluçãode saliva a 1%

HIDRÓLISEENZIMÁTICA

5mL de águadestilada

5mL de águadestilada

5mL de águadestilada

AE1

AE2

AE3

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Hidrólise Enzimática do Amido

Procedimentos Práticos

AE1

Banho degelo

5mL a ser recolhido do

béquer

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Procedimentos PráticosHidrólise Enzimática do Amido

AE2

Banho degelo juntocom AE3

5mL a ser recolhido do

béquer

Temperaturaambiente

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Hidrólise Enzimática do Amido

Procedimentos Práticos

AE3

Banho degelo juntocom AE2

5mL a ser recolhido do

béquer

Temperaturaambiente

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Hidrólise Enzimática do Amido

❖ Após remover do banho de gelo, quando todos os tubos estiverem em temperatura ambiente, adicionar 10 gotas de reagente de Lugol.

Para este protocolo de hidrólise enzimática do amido espera-se a formação de um degradê, de forma que o tubo de ensaio AA1 será o de coloração preta mais vívida, uma vez que há quantidade suficiente de amido para reagir com o reagente de Lugol adicionado, pois houve menor atuação da α-amilase salivar. Em seguida está o tubo de ensaio AA2, com coloração preta intermediária, uma vez que já menor quantidade de ammido disponível, pois parte já foi convertida em carboidratos mais simples. Por fim, o tubo de ensaio AA3 terá coloração preta menos vívida, pois quase todo amido seu fora convertido em carboidratos mais simples, pouco sobrando para reação com reagente de Lugol.

Procedimentos Práticos

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Procedimentos PráticosHidrólise Química do Amido

30mL de soluçãode amido a 1%

3mL de soluçãode HCl 1:2

5mL de águadestilada

5mL de águadestilada

5mL de águadestilada

AA1

AA2

AA3

HIDRÓLISEQUÍMICA

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Hidrólise Química do Amido

Procedimentos Práticos

5mL a ser recolhido do

béquer

AA1

Banho degelo

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Procedimentos PráticosHidrólise Química do Amido

Banhotermostático

AA2

Banho degelo juntocom AA3

5mL a ser recolhido do

béquer

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Hidrólise Química do Amido

Procedimentos Práticos

Banhotermostático

AA3

Banho degelo juntocom AA2

5mL a ser recolhido do

béquer

Page 25: Hidrólises Química e Enzimática do Amido

Procedimentos PráticosHidrólise Química do Amido

❖ Após remover do banho de gelo, quando todos os tubos estiverem em temperatura ambiente, adicionar 10 gotas de reagente de Lugol.

Para este protocolo de hidrólise química do amido espera-se a formação de um degradê, de forma que o tubo de ensaio AA1 será o de coloração preta mais vívida, uma vez que há quantidade suficiente de amido para reagir com o reagente de Lugol adicionado, pois houve menor ação do ácido clorídrico. Em seguida está o tubo de ensaio AA2, com coloração preta intermediária, uma vez que já menor quantidade de ammido disponível, pois parte já foi convertida em carboidratos mais simples. Por fim, o tubo de ensaio AA3 terá coloração preta menos vívida, pois quase todo amido seu fora convertido em carboidratos mais simples, pouco sobrando para reação com reagente de Lugol.

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ReferênciasHIRANO, ZMB et al. Bioquímica - Manual Prático. 1 ed. Blumenau: Edifurb, 2008.DOS SANTOS, APSA et al. Bioquímica Prática. Disponível em: <http://www.repositorio.ufma.br:8080/jspui/handle/1/445>. Acesso em: 3 set 2013.