Daniel Corrêa de Guamá / 8º Período LAPE – Instituto de Física CCMN – UFRJ
description
Transcript of Daniel Corrêa de Guamá / 8º Período LAPE – Instituto de Física CCMN – UFRJ
Daniel Corrêa de Guamá / 8º Período LAPE – Instituto de Física
CCMN – UFRJ
Orientador: José Helder Lopes
Jornada de Iniciação Científica - 2009
Estimativa da incerteza estatística a
ser atingida no LHCb na
determinação da razão
R(K*)= BR(Bd K*μ+μ-)/BR(Bd K*e+e-)
Introdução
A medida da grandeza R(K*) promete ser um bom teste de novas
teorias que estendem o Modelo Padrão. Ela é definida por:
BR = Branching Ratio (Razão de Ramificação) --- probabilidade de
ocorrência do canal em relação a todos os possíveis.
)*(
)*(*)(
eeKBBR
KBBRKR
d
d
Modelo TeóricoComo o modelo padrão não distingue entre léptons, o valor previsto para
esta razão R(K*) = 1 quando supomos que as massas dos léptons são nula.
Também há a previsão para a
região de baixa massa do di-lépton,
que fica abaixo da ressonância J/ψ
(como esse não é um canal raro,
acaba mascarando o que nos é de
interesse).
Metodologia
1. Analisar um arquivo de dados produzidos por uma simulação completa (leva em conta os processos físicos e a detecção) no LHCb, aplicando um conjunto de critérios de seleção para calcular a incerteza no valor de R(K*).
2. A fim de estimar a flutuação estatística no valor de R(K*), fazer uma simulação de Monte Carlo rápida (“Toy Monte Carlo”) utilizando as distribuições de eventos da Etapa I.
Critérios de seleção Procurou-se utilizar as variáveis de maior interesse físico e de
mais fácil separação entre sinal e background.
Como foi mencionado, o trabalho foi feito na região de baixa massa do di-lépton: (2*0.10566) < massa_ll < sqrt(6).
Eventos e+e- μ+μ-
Simulado Seleção
Final
Eficiência Simulado Seleção
Final
Eficiência
Sinal 28.4x104 925 0.33% 55.2x103 478 0.91%
(p/ 1 ano) 955 2199
Background 38.3x106 0 ( <3 ) (7.8x10-6)% 33.9x106 0 ( <3 ) (8.8x10-6)%
(p/ 1 ano) < 26.0x103 < 29.4x103
Resultados – Etapa I
Cálculo da incerteza
S
B
S
SBBNS
BNSBSN
S
S
S
S
R
R
ee
ee
22 2222
22
Obs.: isso só é possível
pois N e B são medidos
por diferentes métodos.
263.02222
2222
S
B
S
B
S
B
S
B
R
R
ee
ee
ee
ee
Como nosso sistema funciona como uma distribuição Poisson, podemos
estimar a incerteza por:
Toy Monte CarloA partir da distribuição de eventos em um dado histograma, simulamos
novos eventos que servirão para preencher um novo histograma com a
quantidade de dados desejada.
Toy - Algoritmo1. Escolher o número de eventos baseando-se nos resultados da Etapa I
e flutuá-los de acordo com Poisson.
2. Simular as variáveis relevantes para a seleção (sinal e background separadamente).
3. Aplicar os mesmos cortes da etapa I.
4. Repetir os processos 1, 2 e 3 várias vezes (quanto maior melhor a estatística).
5. Preencher um histograma com a quantidade de eventos que passou pelos cortes obtendo assim seu valor médio e seu desvio.
Deste modo, obtemos a flutuação estatística para o número de eventos que deverão ser detectados no LHCb.
Discussões – Incerteza
Simulação
Completa
Simulação
Rápida
δR / R 0.263 0.264
Comparando os resultados, onde utilizamos a mesma fórmula da Etapa I para o cálculo da incerteza da Etapa II obtemos:
Observamos que com a flutuação estatística em torno dos valores esperados do número de eventos a serem detectados, a incerteza no valor de R permanece a mesma.
Conclusão Comparando com experimentos atuais, que, até 2010, esperam obter
cerca de 700 eventos pertencentes aos 2 canais de decaimento do Bd, esperamos obter mais de 3000 eventos em um único ano efetivo de tomada de dados.
Estimamos atingir, para um ano efetivo de tomada de dados, um precisão de 26,4%, relativamente melhor que a faixa de 30-50% que
pode ser atingida pelos experimentos atuais.
Experimentos BaBar Belle
R(K*) 0,93 ± 0,46 0,98 ± 0,30
Dados de 2006.
Utilizar métodos que não usem Monte Carlo de modo tão direto.
Utilizar o método de máxima verossimilhança para comparação.
Próximos Passos
Referências Bibliográficas1) G. Hiller, F. Kruger, Phys. Rev. D69:070420, 2004.
2) J.-T. Wei, P. Chang, KEK Preprint 2008-56, submitted to Phys. Rev. Lett. BABAR Collaboration: B. Aubert, et al, Phys. Rev. Lett.
102:091803, 2009.
Lista de Apêndices
1. Formalismo Matemático
2. Luminosidade – Conceitos
3. Cálculo do número de eventos
4. Cálculo da Incerteza
LuminosidadePropriedade do acelerador. Diz quantas colisões devem ocorrer por unidade
de tempo.
Luminosidade Integrada: número total de colisões em um certo intervalo de tempo
(p.ex.: 2fb-1, equivalente a 1 ano de tomada de dados).
²
²
-
²
²
max
min
max
min
dq)eXe (Bd
dq
dq)X (Bd
dq
)( q
q
q
qXR
Formalismo Matemático
Onde X pode ser um estado
inclusivo contendo um quark s, ou
qualquer ressonância estranha como
K* ou K. A largura do decaimento é
integrada sobre o quadrado da massa
do di-lépton (q²).
Cálculo do Nº de eventos
)gen
nSel(*ACC*BR*PROBb2Bi*nDec*SIGMA*)
15-1.e
lumi( n_Evt
Calcula o número esperado de eventos para Bd2llKstar com ll=ee ou mumu, e
para bb-inc para uma dada luminosidade lumi (lumi=2.0 fb^-1: um ano nominal de
tomada de dados). Multiplica-se lumi em fb-1 to 1.e+15 para por em bar-1
SIGMA=0.5e-3 – seção de choque
nDec – número de decaimentos
BR – branching ratio
ACC – aceptância
nSel – número de eventos selecionados
Gen – número total de eventos simulados no LHCb