Bactérias Fitopatogênicas. Caracterização geral Bactérias - Procariontes; - Unicelulares; -...
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- Bactrias Fitopatognicas
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- Caracterizao geral Bactrias - Procariontes; - Unicelulares; - Dimenses => 1 a 3,5 m de comprimento por 0,5 a 0,7 m de dimetro; - Formas => Cocos, bacilos e espirilos (fitopatognicas comumente bacilos) -Motilidade => Mveis ou imveis. - Movimento ondulatrio, rotatrio e principalmente atravs dos flagelos.
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- Fmbrias Cpsula Parede celular Plasmdeos Flagelo DNA Mesossomo Citoplasma Ribossomos Membrana plasmtica
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- Forma: bactrias esfricas (cocos), em forma de bastonete, em forma espiraladas (espirilos). - Cocos podem ser nomeados por seus agrupamentos, sendo os principais: estafilococos (como cachos de uva); estreptococos (como colares de contas);
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- - Ttrades (como um quadrado) e sarcina (como um cubo). - As bactrias fitopatognicas mais comuns tm forma de bastonete ( 1 a 3 m comprimento x 0,3 a 0,8 m de dimetro).
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- Cocos Diplococos Estreptococos Estafilococos DiplobacilosStreptobacilos
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- Constituio da Parede Celular: dois padres de parede celular que podem ser determinados segundo a tcnica de colorao de Gram. - Bactrias em Gram-positivas: que coram de roxo. - Bactrias Gram-negativas: que coram de rosa claro.
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- Esta diferena ocorre devido a constituio da parede celular: - Gram-negativas: tm uma camada de lipopolissacardeo externa (LPS), alm de uma fina camada de peptdeo-glicano interna. - Gram-positivas: tm uma camada espessa de peptdeo-glicano, que ao ser desidratado pelo lcool retm o complexo cristal-violeta/lugol, no interior da clula.
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- Bactria Gram-positivaBactria Gram-negativa
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- Parede celular de bactrias Gram-negativas
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- Parede celular de bactrias Gram-positivas
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- - Bactrias fitopatognicas Gram-positivas: gneros Clavibacter, Arthrobacter, Curtobacterium, Leifsonia, Rathayibacter e Rhodococcus - Bactrias fitopatognicas Gram-negativas: gneros Agrobacterium, Erwinia, Pseudomonas, Acidovorax, Burkholderia, Pantoea, Ralstonia e Xanthomonas.
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- Relao com O 2 : - Bactrias aerbias estritas: s vivem na presena de oxignio; - Bactrias Facultativas: vivem com ou sem oxignio; - Bactrias Aerotolerantes: no utilizam oxignio mas suportam-o; - Bactrias Anaerbias estritas: s vivem na ausncia de oxignio.
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- Bactrias fitopatognicas mais comuns: - Anaerbias Facultativas: Gneros Erwinia e Pantoea - Anaerbio obrigatrio: Gnero Clostridium. - Demais bactrias so aerbias obrigatrias.
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- Taxonomia Flagelo bacteriano: um tubo oco, com 20 nanmetros de espessura, composto pela protena flagelina, de forma helicoidal com uma dobra sada da membrana celular chamada "gancho", que faz com que a hlice fique virada para o exterior da clula.
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- Entre o gancho e a estrutura basal existe uma bainha que passa atravs de anis de protena na membrana celular, que funcionam como rolamentos. Organismos Gram-positivos: tm 2 anis, um na parede celular e outro na membrana. Organismos Gram-negativos: tm 4 anis, 2 na parede celular e 2 na membrana.
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- Taxonomia Flagelo trica: so desprovidas de flagelo Montrica: possuem um nico flagelo; Loftrica: tm mltiplos flagelos localizados num nico ponto da superfcie da clula e movem-se em sincronia para impelir a bactria numa determinada direo;
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- Anftricas: tm um flagelo em cada extremidade da clula, mas apenas um deles opera de cada vez, permitindo bactria mudar de direo rapidamente, operando um flagelo e parando o outro;
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- Pertricas: possuem flagelos em toda a superfcie da clula. EX: Clavibacter Xanthomonas Pseudomonas
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- Flagelos nas bactrias: A-Montricas; B-Loftricas; C-Anftricas; D-Pertricas
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- Movimento flagelar => protenas do periplasma Quimiotactismo => atrao e repulso por determinadas substncias
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- Endsporo => clula de repouso - Responsvel pela resistncia da bactria em ambientes desfavorveis; - Resistncia ao calor e ao dessecamento;
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- Estrutura e funo da clula bacteriana Envolvem a parede celular - Exopolissacardeos-EPS (mais comum) ou peptdeos simples; - No essencial vida; Possveis funes biolgicas: - Aderncia; - Proteo; - Reconhecimento bactria-planta; - Resistncia a fagocitose; - Toxina; - Virulncia.
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- Estrutura e funo da clula bacteriana Cpsula Ralstonia solanacearum X Tomate
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- - Ribossomos => Sntese de protenas; - Materiais de reserva => Fonte de carbono e energia (glicognio e amido), cido hidroxibutirico, fosfato; - Mesossomo => Gerao de energia Mesossomos: pregas internas da membrana plasmtica nas quais existem tambm as enzimas participantes da maior parte da respirao celular.
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- - Material gentico => Sem membrana, nico cromossomo circular; Plasmdeos. Regio citoplasmtica
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- Reproduo Assexuada - Bipartio ou Cissiparidade - Ocorre a duplicao do DNA bacteriano e uma posterior diviso em duas clulas. - As bactrias multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando dispem de condies favorveis (duplica em 20 minutos). - A separao dos cromossomos irmos conta com a participao dos mesossomos.
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- Parede celular Membrana plasmtica Molcula de DNA Duplicao do DNA Reproduo Fisso Binria Multiplicao Separao das clulas
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- Reproduo Sexuada -Qualquer processo de transferncia de fragmentos de DNA de uma clula para outra. - Depois de transferido, o DNA da bactria doadora se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. - Esses cromossomos recombinados sero transmitidos s clulas-filhas quando a bactria se dividir.
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- A transferncia de DNA de uma bactria para outra pode ocorrer de trs maneiras: -Transformao, - Transduo - Conjugao.
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- -Transformao: a bactria absorve molculas de DNA dispersas no meio e so incorporados cromatina. - Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactrias mortas. Esse processo ocorre espontaneamente na natureza. - Utilizado como uma tcnica de Engenharia Gentica, para introduzir genes de diferentes espcies em clulas bacterianas.
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- Reproduo Transformao Recombinao gentica Molcula de DNA circular Clula bacterianaLise celular Fragmentos de DNA doador Clula bacteriana Fragmentos de DNA ligam-se superfcie da clula receptora. O fragmento de DNA incorporado clula receptora O fragmento de DNA integrado ao cromossomo da clula receptora. Clula transformada
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- -Transduo: molculas de DNA so transferidas de uma bactria a outra usando vrus como vetores (bactrifagos). -Estes, ao se montar dentro das bactrias, podem eventualmente incluir pedaos de DNA da bactria que lhes serviu de hospedeira. - Ao infectar outra bactria, o vrus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu.
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- - Se a bactria sobreviver infeco viral, pode passar a incluir os genes de outra bactria em seu genoma.
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- Reproduo Transduo Recombinao gentica Fago Integrao Profago => ciclo ltico DNA do fago com genes da bactria O fago infecta nova bactria. Genes de outra bactria so introduzidos e integrados ao DNA da bactria hospedeira
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- - Conjugao - Pedaos de DNA passam diretamente de uma bactria doadora, o "macho", para uma receptora, a "fmea". - Isso acontece atravs de microscpicos tubos proticos, chamados pili, que as bactrias "macho" possuem em sua superfcie. - O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactria "fmea", produzindo novas misturas genticas, que sero transmitidas s clulas-filhas na prxima diviso celular.
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- Conjugao bacteriana mostrando o pili sexual
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- Reproduo Conjugao
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- Crescimento bacteriano A fisso binria origina clulas em progresso geomtrica. Legendas 1: fase lag ou de espera 2: fase exponencial Significados 1: metabolismo altssimo, mas sem diviso celular. Durao depende do meio de cultura. 2: rpida diviso celular, bactria vai crescer em PG. uma reta cuja inclinao vai depender da velocidade de diviso das bactrias.
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- Crescimento bacteriano A fisso binria origina clulas em progresso geomtrica. Legendas 3: fase estacionria 4: fase de degradao Significados 3: ocorre quando h carncia de nutrientes. Nmero de mortes se iguala ao nmero de clulas novas produzidas, resultando em uma situao de equilbrio na populao. 4: declnio no n de clulas viveis. Nmero de catablitos aumenta at provocar morte de todas clulas.
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- - Identificao - Patogenicidade - Fundamental para identificao de bactrias => chave de identificao dos seis primeiros gneros de fitobactrias. Biologia molecular, fisiologia e bioqumica - cidos nuclicos; - Composio lipdica e protica.
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- -Penetrao => aberturas naturais aberturas naturais (estmatos, lenticelas, hidatdios, aberturas florais) e ferimentos; - Multiplicao => nos espaos intercelulares ou no tecido vascular; - Colonizao do tecido vascular => murcha, morte dos ponteiros e cancro; - Espaos intercelulares => manchas, galhas e podrido mole;
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- Sintomas: em plantas podem ser confundidos com aqueles causados por outros fitopatgenos como fungos, nematides e vrus. Principais: anasarca ou encharcamento, mancha, podrido mole, murcha, hipertrofia, cancro, morte das pontas, talo-co e canela preta. Sinais: exsudado, ps bacteriano ou fluxo bacteriano, tanto nas leses como nas doenas vasculares (alta umidade).
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- Bactrias no-fastidiosas: aquelas que podem ser facilmente cultivveis em meios de cultura rotineiros. Quatro principais gneros de fitobactrias no- fastidiosas e o grupo Corineforme importantes no Brasil: - Agrobacterium - Erwinia - Pseudomonas - Xanthomonas - Grupo Corineforme (antigo gnero Corynebacterium)
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- Bactrias fitopatognicas Nomenclatura Patovar (pv.) => nomenclatura subespecfica - Bactrias patognicas a um hospedeiro ou grupo de hospedeiros. Xanthomonas axonopodis pv. citri (Cancro Ctrico)
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- Xanthomonas campestris pv. campestris (crucferas =>podrido negra).
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- Bactrias Fitopatognicas 1- Pseudomonas - Bacilo reto; - Mvel => um a vrios flagelos polares; - Gram -; - Aerbio; - Colnia branca, cinza claro ou creme.
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- -Pseudomonas - Pode produzir pigmento (verdefluorescente); - Contm espcies saprfitas e tambm patgenos de animais.
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- Principais Sintomas - Murchas (P. solanacearum em solanceas e bananeira)
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- - Leses no filoplano (muitos patovares de P. syringae em diversas plantas)
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- - Cancro (P. syringae pv. glycinea, em soja)
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- - Morte das pontas (P. syringae pv.garcae, em cafeeiro Mancha aureolada)
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- Tumores (P. syringae pv.savastonoi, em oliveira) Podrides moles (algumas fluorescentes, em vrios hospedeiros) Queima de bordos foliares (P. cichorii, em taioba)
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- 2 - Xanthomonas - Bacilo reto; - Mvel => nico flagelo polar; - Gram -; - Aerbio; - Colnia amarela; - Pigmento xanthomonadina
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- Bactrias fitopatognicas - Xanthomonas X. vesicatoria Manchas foliares X. campestris pv. citri X. campestris pv. vesicatoria
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- 3- Agrobacterium - Bacilo reto; - Mvel => um ou seis flagelos; - Gram -; - Colnia branca/bege clara; - Doena associada a um plasmdeo
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- Bactrias fitopatognicas - Agrobacterium
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- 4- Erwinia - Bacilo reto; - Mvel; - Gram -; - Anaerbio facultativo; - Colnia branca ou amarela;
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- - Bactrias pectoltico, incitadoras de podrides moles. Podrides mole, canela preta e talo oco em vrias plantas E. carotovora subsp. carotovora E. crhysanthemi Necrose vascular e murcha (Limitada a cultura da batata, baixa T) E. carotovora subsp. atroseptica
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- Erwinia E. amylovora - Podrides mole - Murchas - Morte dos ponteiros
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- Erwinia E. carotovora Pectinolticas => solo
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- 5- Ralstonia solanacearum Murchas
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- 6- Grupo Corineforme- Clavibacter - Bacilo com vrias formas; - Imvel; - Gram +; - Aerbio; - No flageladas
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- Clavibacter Cancros Morte dos ponteiros Murchas Leses foliares C. michiganensis pv michiganensis (Cancro bacteriano do tomateiro)
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- 7- Xylella - Bacilo reto; -Imvel; - Gram -; - Aerbio; - Colnia: lisa e rugosa; - No cresce em meios de cultura comumente utilizados => exigncia nutricional; - Habitante do xilema.
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- Xylella Clorose variegada do citros (Xylella fastidiosa)
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- Streptomyces - Micelial; - Imvel; -Gram +; -Streptomyces scabies (Sarna comum da batata)
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- Fitoplasma - Spiroplasma - Gnero Mollicutes - No possui parede celular => sem peptideoglicano. - Formas variadas e infecta o floema. - Imvel; - Algumas espcie - Deslizamento em superfcies midas; - Rotatrio => forma helicoidal
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- Fitoplasma - Spiroplasma -Causa a doena- Stubborn disease -Transmitida por cigarrinhas e enxertia - Sintomas confundem com deficincia nutricional e hdrico. - Todas as plantas devem ser removidas e descartadas.
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- - Controle de vetores e plantas daninhas hospedeiras. - Praga quarentenria A1 Brasil por medidas de excluso.
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- Fitoplasma - Spiroplasma Spirolasma citri
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- Bactrias fitopatognicas Isolamento -Formao de colnias individualizas em meio de cultura; - Coletar material com infeco recente; - Tecido com aspecto de anasarca (tecido infiltrado) translcido;
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- Micoplasmas: -Micoplasmas o nome que foi dado s bactrias do gnero Mycoplasma, com tamanho menor (cerca de 0,3 micromerto) so os menores e os mais simples microrganismos, capazes de se auto- reproduzirem, responsveis por doenas em muitas espcies de plantas. - so bactrias que no possuem parede celular.
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- Micoplasmas sp.
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- - Causam alteraes no crescimento da planta, irregularidades nas flores, amarelamento e deteriorao. - Sendo a sua classificao muito difcil, - Recentemente: classificados em 20 grupos principais e 40 sub-grupos. -Esta classificao de qualquer modo continua em evoluo.
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- - Transmisso e Difuso so os insetos Hompteros. - Somente insetos com aparato bucal pungente e sugador que se alimentam danificando o floema esto em condio de transmitir os micoplasmas para um segundo hspede.
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- SINTOMATOLOGIA - Provoca alteraes sobre o equilbrio hormonal e de crescimento da planta. - Alteraes manifestam-se como deformidade das flores, ciclos e floraes antecipadas, frutos instveis ou pequenos demais e alteraes dos espaos entre os ns e acumulo desordenado dos ramos.
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- - A temperatura tem um papel muito importante no manifestar-se dos sintomas das doenas provocadas por fitoplasmas - uma freqncia maior nas regies temperadas mais que naquelas tropicais.
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- - Os nomes dados s doenas provocadas pelos fitoplasmas, se referem geralmente planta hspede, ao tipo de sintoma, o mais freqente o Amarelamento ou doenas que vm dele. - Sendo microrganismos que podem viver somente no interior de clulas vivas interferem em duas maneiras:
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- 1)Desacelerando ou bloqueando o funcionamento normal da circulao da seiva elaborada com as conseqentes alteraes no nvel cromtico e portanto amarelamento e vermelho nas folhas, acmulo de amido, enrolamento, engrossamento, desdobramento sobre o pecolo, contoro, e formao de bolhas sobre as folhas.
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- 2) Necroses delimitadas nas nervuras nas frutas e sobre os pices vegetativos: necroses das razes, esponjosidade e engrossamento da cortia e por fim um crescimento reduzido e nanismo.
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- Medidas de Controle Sendo microrganismos sensveis temperatura externa, a termoterapia uma tcnica eficaz para sanar partes de plantas, a cura completa possvel somente associando a termoterapia e micro- propagao, mas so tcnicas acessveis somente por profissionais e especialistas.
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- - O uso de antibiticos (proibidos na Itlia) a base de tetraciclinas so os mais eficazes sobre os citoplasmas, mas eles tambm no garantem a cura completa e prolongada. - Controle dos insetos responsveis da propagao dos citoplasmas.