A bandeira

Na bandeira grega, o azul representa o mar e o céu. A cruz branca refere-se à Igreja Ortodoxa Grega. As linhas brancas representam a luta pela liberdade.

O hino

Imnos is tin Eleftherian ( Ύμνος εις την Ελευθερίαν, "Hino à Liberdade") é o hino nacional da Grécia e de Chipre. Foi extraído de um longo poema de 158 estrofes; porém somente as duas primeiras são parte oficial da composição musical. O texto foi escrito por Dionýsios Solomós e musicado por Nikolaos Mantzaros, tendo sido oficialmente adotado em 1864. Trata-se duma ode à liberdade alcançada em 1821, após séculos de domínio otomano.

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Esta lição destina-se à abordagem de alguns aspetos relacionados com a Grécia, no presente. Pretende-se fazer uma breve contextualização cultural, antes de se iniciar o estudo da língua grega.

Situada próximo da interseção da Europa com a Ásia, a Grécia é o Estado mais meridional da Península dos Balcãs, no sudeste da Europa. O seu território inclui mais de 2000 ilhas, nos mares Egeu e Jónico, das quais somente 165 são habitadas. O Monte Olimpo é o pico mais alto do país, na Macedónia, com 2917 metros.

A Grécia é um dos berços da civilização europeia. Aos seus pensadores da Antiguidade devem-se grandes progressos nos domínios da filosofia, da medicina, da matemática e da astronomia. As cidades-Estado gregas foram pioneiras do desenvolvimento das formas de governo democrático. O património histórico e cultural da Grécia continua a repercutir-se no mundo moderno, nos campos da literatura, da arte, da filosofia e da política.

Atualmente, a Grécia é uma república, assente na Constituição de 1975. Os 300 deputados do Parlamento são eleitos por um mandato de quatro anos. O país está dividido em 13 regiões administrativas.

Mais de metade da indústria grega está concentrada na região de Atenas. Os principais setores da economia grega são a agricultura, o turismo, a construção civil e a construção naval.

Ύμνος εις την Ελευθερίαν

Σε γνωρίζω απο την κόψη, του σπαθιού την τρομερή Σε γνωρίζω απο την όψη, που με βιά μετράει τη γη Απ' τα κόκκαλα βγαλμένη, των Ελλήνων τα ιερά. Και σαν πρώτα ανδρειωμένη, Χαίρε, Ώ χαίρε ελευθεριά!

Reconheço-te pelo gume Do teu temível gládio; Reconheço-te por esse rápido olhar Com que fitas o horizonte.

Saída das ossadas Sagradas dos Helenos, E pujante da tua antiga bravura, Saúdo-te, saúdo-te, ó Liberdade.

Grego Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes – Portimão | 2014-2015 Departamento de Línguas [Românicas e Clássicas] | 12.º ano Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades Docente: Luís Pinto Salema | e-mail: f1674@aemtg.pt

A Grécia hoje

A Grécia apresenta um território continental na extremidade sul dos Balcãs, na península do Peloponeso, separada do continente pelo canal de Corinto, e possui numerosas ilhas, incluindo Creta, Rodes, Eubeia e os arquipélagos do Dodecaneso e das Cíclades, no Mar Egeu, e das Ilhas Jónicas, no Mar Jónico. A Grécia tem mais de 14 880 km de costas e uma fronteira terrestre de 1 160 km.

«Grego» é o nome pelo qual os romanos designavam os helenos, habitantes da Hélade que ficou conhecida como Grécia. As formas portuguesa Grécia, castelhana, romena e italiana Grecia, francesa Grèce, inglesa Greece e alemã Griechenland são um eruditismo calcado sobre o latim Græcia (com o etnónimo respetivo grego, griego, grec, greco, grec, greek e griechisch, do latim græcus').

O etnónimo latino é um empréstimo do grego graikós ("grego") que, sob a forma plural graikoí, principiou a ser episodicamente empregado em lugar do grego εvλληνες (helenos), somente depois de Aristóteles 384 a.C. – 322 a.C. . Mesmo o latim Græcia, antes de designar a totalidade do país, foi usado com epítetos (Græcia Ulterior, Magna Græcia), ou no plural, Græciæ ("Grécias"), quando abarcava o todo.

Os remanescentes físicos da cultura da Grécia clássica conservam-se principalmente em Atenas, Esparta, Micenas e Argos, enquanto as esculturas e outros objetos de arte exibidos nos museus gregos (Nacional, de Heracleia, ou da Acrópole, e.g.) e dos principais centros culturais do mundo constituem uma lembrança permanente da copiosa herança cultural helénica, que ainda continua viva na educação dos gregos.

Na Grécia moderna, destacaram-se sobretudo os poetas. Adquiriu fama internacional Konstantinos Kaváfis, grego de Alexandria que escreveu cerca de duas centenas de poemas, inéditos até à sua morte. Comparado ao português Fernando Pessoa, seu contemporâneo, e também marcado por uma nostalgia da antiga glória de seu país, Kaváfis é autor da frase "somos todos gregos". Destacam-se também Georgios Seferis, agraciado com o Prémio Nobel da Literatura de 1963 e Odysseus Elytis, que obteve o Prémio Nobel, em 1979. O romancista de maior sucesso é o cretense Nikos Kazantakis, autor de Zorba, o grego e A última tentação de Cristo.

Entre os músicos gregos com fama internacional destaca-se Mikis Theodorakis. A busca e a sistematização do património musical popular, que é o objetivo básico de famosos músicos e pesquisadores, têm incentivado a criação de grande número de corais que participam em concursos internacionais. Depois da independência política, a arte grega inspirou-se inteiramente na arte ocidental. Entre os pintores figurativos destaca-se Iannis Moralis.

Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos, em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até aos dias de hoje, a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V (Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.