Mistura de Gases Ideais
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Aula 2Gás ideal e gases reais
Prof. Ricardo Aparicio - IQ/Unicamp - 1s/2009
QG107 (Biologia) - 1s/2009
Importante: estas notas destinam-seexclusivamente a servir como guia deestudo. Figuras e tabelas de outrasfontes foram reproduzidasestritamente com finalidade didática.
Preparado emLinux comLATEX 2ε.
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Elementos que são gases sob condições normais
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A descrição dos gases
Propriedades semelhantes
gases exibem propriedades muito similares, particularmente no limite debaixas pressõesou seja, podem ser descritos em conjuntogases podem se comprir e expandir com facilidade, o que sugere umgrande espaço vazio entre as moléculas
Pressão
um gás exerce uma força média nas paredes do recipiente que o contémresultado de inúmeras colisões entre as moléculas que o compõem e asparedes do recipientepressão média sobre as paredes é um parâmetro macroscópicochamado simplesmente de pressão
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A descrição dos gases
Pressão
a pressão é definida como a força média por unidade de área da parededo recipiente:
p =FA
, unidades: [p] =Nm2 ≡ Pa (pascal)
Unidades de pressão1 Pa = 1 N m−2
1 bar = 1 · 105 Pa1 torr (ou 1 mmHg) = 133,32 Pa1 atm (ou 760 torr) = 1, 01 · 105 Pa
muitas propriedades são reportadas à pressão padrão de 1 bar , querecebe um símbolo especial: P◦ = 1 bar
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A descrição dos gases
Gás ideal
gás ideal (ou gás perfeito): é aquele onde a energia de interação entreas moléculas é desprezívelboa aproximação: quando separação média entre as moléculas é tãogrande que se pode negligenciar a interação entre elassituação atingida a pressões muito baixas, quando o número demoléculas por unidade de volume é suficientemente pequeno
A equação de estado de um gás ideal
pV = nRT
R ≡ constante dos gases perfeitos(determinada experimentalmente)
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Gás ideal
Lei de Boyle (1662)
O volume de uma quantidade fixa de gás, numa temperatura fixa, éinversamente proporcional à pressão
para n e T constantes (n = n0, T = T0), temos
pV = n0RT0 = cte. ⇒ p =cte.
Voup1V1 = p2V2
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Gás ideal
Lei de Charles (ou Lei de Gay-Lussac)
para uma quantidade fixa de gás, mantida a uma pressão constante, ovolume ocupado é diretamente proporcional à temperatura
para n e p constantes (n = n0, p = p0), temos
p0V = n0RT ⇒ V = cte.× T ou V ∝ T (n, p constantes)
similarmente, para n e V constantes (n = n0, V = V0),pV0 = n0RT ⇒ p = cte.′ × T ou p ∝ T (n, V constantes)[email protected] () QG107 - 1s/2009 Aula 2 - Gases 7 / 20
Gás ideal
Princípio de Avogadro
volumes iguais de gases a uma mesma temperatura e pressão contém omesmo número de partículasfazendo a temperatura e pressão constantes na Lei dos Gases Ideais,vemos quep0V = nRT0 ⇒ V = cte.× n ou V ∝ n (p, T constantes)
volume molar de alguns gases em L/mol(0◦C e 1 atm de pressão)
volume molar:
Vm =Vn
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Gás ideal: isotermas, isóbaras e isométricas
PV = nRT
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Gás ideal: isotermas, isóbaras e isométricas
PV = nRT
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Mistura de gases
Lei de Dalton
a pressão exercida por uma mistura de gases ideais é a soma daspressões que cada um deles exerceria individualmente se ocupasse omesmo volume sozinho
pressão exercida por cada gás seestivesse sozinho
pAV = nART e pBV = nBRT
Lei de Dalton
p = pA+pB =nART
V+
nBRTV
= (nA+nB)RTV
para mais de 2 gases
p = pA+pB+pC+. . . = (nA+nB+nC+. . .)RTV
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Mistura de gases
Frações molares e pressões parciais
queremos derivar uma relação entre a quantidade de cada gás e apressão parcial por ele exercida em função da pressão totalou seja, quanto da pressão total é devida a cada gás presente na misturafração molar:
xJ =nJ
nonde n = nA + nB + nC + . . . é o número total de mols da mistura
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Mistura de gases
Frações molares e pressões parciais
pela Lei de Dalton, cada gás exerce uma pressão parcial
pJ =nJRT
V
reescrevendo a última expressão, obtemos a relação desejada
pJ =nJRT
V=
(nJ
n
)︸ ︷︷ ︸
xJ
(nRT
V
)=⇒ pJ = xJp (p → pressão total)
em palavras, a pressão parcial está relacionada à pressão total atravésda fração molar de cada gás
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Mistura de gases
Frações molares e pressões parciais
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Gases reais
Desvios da Lei dos Gases Ideais
para pressões finitas, prevê que o volume ocupado por um gás seja zeroquando a temperatura aproxima-se do zero absoluto
pV = nRT ou V =nRT
p
quando a temperatura diminui, gases reais se liquefazem e depoistornam-se sólidos (influência de forças intermoleculares atrativas)nunca ocupando volume nulo (forças intermoleculares repulsivas)líquidos e sólidos são muito difíceis de se comprimir
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Gases reais
Desvios da Lei dos Gases Ideais
compare as isotermas de um gás real com as previstas pela Lei dosGases Ideais:
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Gases reais
Z, o fator de compressibilidade
uma medida do desvio da idealidade
Z =Vm
V idealm
ondeVm = V/n é o volume molar do gás em questãoV ideal
m = V ideal/n = RT/p é o volume que o gás teria se fosse idealZ < 1⇒ predominam forças atrativas
Z < 1⇒ Vm
V idealm
< 1⇒ Vm < V idealm
Z > 1⇒ predominam forças repulsivas
Z > 1⇒ Vm
V idealm
> 1⇒ Vm > V idealm
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Gases reais
Z em função da pressão, para alguns gases
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Gases reais
A equação de van der Waals (1873)
exemplo de uma equação mais abrangente que a Lei dos Gases Ideaisleva em conta forças intermoleculares através de 2 parâmetros empíricos(a e b) que refletem as forças atuantes em cada gás
p =nRT
V − nb− a
( nV
)2ou p =
RTVm − b
− aV 2
m
volume ocupado agora é menor que antes (V − nb):=⇒ b reflete forças microscópicas de repulsão=⇒ b está relacionado ao volume molar do líquido ou sólido após amudança de fasea pressão é subtraída por um fator proporcional ao parâmetro a:=⇒ relação com as forças atrativas (que diminuem a pressão)=⇒ (> força atrativa) =⇒ (> a) =⇒ (> entalpia de vaporização)
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Gases reais
Os parâmetros a e b para alguns gases
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