Cocos GRAM + II - cassionc.files.wordpress.com · Importância clínica do Gênero Streptococcus S....

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Cocos GRAM + II

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Cocos GRAM +

II

Famílias: Micrococcaceae ou Streptococcaceae

Pesquisa de catalase na bactéria

Cocos Gram Positivos

Micrococcaceae+

As bactérias desta família

são catalase POSITIVAS

Streptococcaceae-

2H2O2 2H2O + O2

catalase

Cocos Gram Positivos

As bactérias desta família

são catalase NEGATIVA

Streptococcus

Enterococcus

Staphylococcus

Micrococcus

Micrococcaceae Streptococcaceae

Características do Gênero

CrescimentoTensão de Oxigênio atmosférico

➢ Aeróbias estritas

➢ Mycobacterium sp

➢ Anaeróbias estritas

➢ Clostridium sp

➢ Anaeróbias facultativos

➢ Streptococcus sp

➢ Microaerófilas

➢ Neisseria sp

➢ Anaeróbias não estritas

➢ Lactobacillus sp

Necessidades Nutricionais

Meios enriquecidos

➢Geralmente - ágar sangue

Metabolismo

➢ Fermentativo – Glicose > Ácido láctico

esverdeado

Sistema de Nomenclaturasclassificação pela hemólise

Alpha-hemólise

(Streptococcus pneumoniae)

Beta-hemólise

(Streptococcus pyogenes)

Gama-hemólise

(Enterococcus faecalis)

➢ Lancefield, R. C. (1933). A serological differentiation of human and other

groups of hemolytic streptococci. J. Exp. Med., 57:571.

✓ Baseado na composição do polissacarídeo C presente na parede celular

- 20 grupos sorológicos (A, B, C, D, E, F, G, H, .... V)

Grupo A: S. pyogenes

Grupo B: S. agalactiae

Grupo D: S. bovis e Enterococcus faecalis

Classificação pela Hemólise

Ágar Sangue

Sistema de Nomenclaturasclassificação

Importância clínica do Gênero

Streptococcus

S. pneumoniae – α- hemolíticosResponsável por 70 a 80% de todas as pneumonias.

Pode causar otite média, sinusite e meningite

S. pyogenes - -hemolíticos de grupo A Agente etiológico da: Erisipela, Impetigo e faringites

Pode ocasionar sequelas graves (glomérulonefrite e febre reumática)

S. agalactiae - -hemolíticos de grupo BImportante patógeno na sepse e meningite neonatal

S. bovis – , α ou hemolíticos - Grupo D não enterococcusEndocardite, abcessos e infecções urinárias

Enterococcus faecalis : , α ou - hemolíticos Grupo D Contaminação de água e alimentos, infecção urinária, bacteremia e diarréia em

recém natos - VRE

S.viridans - ou α hemolíticosOdontologia: e endocardites

StreptococcusCaracterização

1 - Prova da Bacitracina

Ágar Sangue + disco de Bacitracina

sensível resistente

Streptococcus pyogenesOutros Streptococcus spp.

37 ºC – 12 horas

SENSÍVEL: Considerar qualquer halo de inibição de crescimento como sensível.

RESISTENTE: ausência de halo de inibição de crescimento.

37°C – 24 horas

2 - Teste da optoquina

Streptococcus pneumoniae é sensível à Optoquina

Streptococcus pneumoniae

POSITIVO: Presença de zona de inibição de crescimento de pelo menos 18 mm

NEGATIVO: Se ocorrer zona de inibição menor que 15 mm ou inexistência de inibição.

37°C – 24 horas

3 - Teste de Camp (Camp Test)

Staphylococcus

aureus

Streptococcus ???Presença de hemólise em “ponta

de flecha” indica

Streptococcus agalactiae (grupo B)

5 - Teste da bile-esculina 1 a 4% e tolerância ao

NaCl 7,5%

Semear uma colônia da bactéria a ser identificada em meio bile-esculina e incubar por

24 horas a 37 ºC.

Esculina > glicose + esculetina

Esculetina + íons de ferro = cor

Grupo D – Enterococos e não Enterococos

Crescimento em NaCl – 7,5%

Grupo D – Enterococos

Catalase - S.

pyogenes

S.

agalactiae

S.

pneumoniae

S.

bovis

Enterococos

Resistência à

Bacitracina

S R R R R

Teste Camp - + - - -

Hidrólise do

hipurato

- + - - -

Resistência à

Optoquina

R R S R R

Bileesculina - - - + +

NaCl 7,5% - - - - +

Tabela para identificação de cocos G +

catalase –

Streptococcus pyogenes

Streptococcus pyogenes – β -Hemolítico Grupo A de Lancefield

Fatores de virulência (principais)

Fímbrias:

❖ Proteína M: Resistência fagocitose, Adesina (fibronectina), Fibrinogênio,

Fixação da porção Fc

❖ Proteína F: Adesina (Faringe)

Peptidase de C5a: cliva C5a

Hialuronidase: cliva ácido hialurônico

Exotoxinas Pirogênicas: Indução de Citocinas – Síndrome

do Choque Tóxico Estreptocócico

Estreptolisinas: hemolisinas S e hemolisina O – (SLO) –

cardiotoxina ???

▪ Lesões determinadas por trauma, mordedura de insetos

▪ Cura espontânea em 2-3 sem.

Streptococcus pyogenesImpetigo

▪ Infecção aguda de pele

▪ Lesão dolorosa de forma e extensão variáveis.

▪Bacteremia (imunocomprometidos)

Streptococcus pyogenes

Erisipela

▪ 90% das faringoamigdalites bacterianas - 20% assintomáticos

▪ Incubação (2 a 3 dias) - febre alta (39 a 40ºC),

▪ Escarlatina - 1-2 dias do aparecimento da faringite

Streptococcus pyogenesFaringite Estreptocócica

Streptococcus pyogenes – β –Hemolítico -

Grupo A de Lancefield - Tratamento

Penicilina G – Não há necessidade de antibiograma

Eritromicina - Alérgicos

Infecção faríngea - não tratada

adequadamente, em pessoas suscetíveis

Febre Reumática – 0,3 a 3% dos casos Streptococcus grupo A -hemolítico

É uma síndrome inflamatória que às vezes surge após as

infecções faríngeas estreptocócicas do grupo A beta-

hemolítico, porém, não ocorre em nenhuma outra infecção,

muito menos infecções estreptocócicas de outros lugares,

como a pele. Uma de suas características é a tendência para

recidivas

Taranta & Markowitz, 1989

INCIDÊNCIA

BRASIL - não existem dados definitivos

PREVALÊNCIA (cardiopatia reumática)

BRASIL - 30 % das cirurgias cardíacas

Febre Reumática

Febre Reumática

FARINGITE

FEBRE REUMÁTICA

NÓDULOS SUBCUTÂNEOS

ARTRITE CARDITE

ERITEMA MARGINADO

CORÉIA

Febre ReumáticaPatogênese

Faringite Estreptocócica

Doença pós-estreptocócica - uma a três semanas

Grupo A - Proteína M (purificada) -150 subtipos – MR;

tipos 1, 3, 5, 6, 14, 18, 19, 24, 27 e 29

Produtos tóxicos – cardiotóxicos???

Teoria autoimunidade

Antígeno M – Streptococcus pyogenes(No Self)

Febre ReumáticaPatogênese

Faringite Estreptocócica

Doença pós-estreptocócica - uma a três semanas

Grupo A - Proteína M (purificada) -150 subtipos – MR:

tipos 1, 3, 5, 6, 14, 18, 19, 24, 27 e 29

Produtos tóxicos – cardiotóxicos???

Teoria autoimunidade

Infecção anticorposArticulação

Coração

Cérebro

membrana sinovial, cartilagem articular, miocárdio, válvas cardíacas

Febre ReumáticaComplicações

Artrite

➢ Artralgia e Artrite

➢ Poliartrite migratória 75% (1-4 dias)

➢ Joelhos (75%), tornozelos (50%), cotovelos, punhos, quadril e articulaçõespequenas dos pés (12 a 15%); ombros e pequenas articulações da mão (7 a8%)

Cardite

➢ Dispnéia, edema, dor precordial, dor abdominal,taquicardia

➢ Valva mitral ≈ 70% dos casos

➢ cardiopatia reumática crônica - doença valvar fibrótica deformante

Coréia de SYDENHAM

➢ Movimentos involuntários, debilidade muscular

Febre ReumáticaExames Laboratoriais

EVIDÊNCIA DE INFECÇÃO

➢ cultura da faringe geralmente negativa

➢ Anti-estreptolisina O (ASLO) - 80% positividade

(> 333 Ui/mL)

➢ Anti-hialuronidase, Anti-estreptolisina S

EVIDÊNCIA DE INFLAMAÇÃO

➢ PCR, VHS e Mucoproteína

ENVOLVIMENTO CARDÍACO

➢ Rx de tórax, Eletrocardiograma

95%

Febre ReumáticaProfilaxia e Tratamento

Tratamento da faringite estreptocócica

Faringite com febre alta, dor para engolir, linfadenopatia,

exsudato amarelado e início agudo

Penicilina G Benzatina - Eritromicina

Febre reumática aguda

➢ Sem lesões cardíacas trata por 5 anos ou até 21 anos - penicilina mensal

➢ Cardite ou lesão – 10 anos ou até 40 anos ou toda a vida