CONCESSÕES A MISSÃO DE ENCANTAR O USUÁRIO · conhecimento em saneamento e em concessões foi...

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A MISSÃO DE ENCANTAR O USUÁRIO CONCESSÕES LOGÍSTICA A LONGA VIAGEM DE UM ROTOR ATÉ A USINA REPÚBLICA DOMINICANA A SEGURANÇA NO TRABALHO BATE RECORDES π Maria Cláudia Lopes com a filha, Ana Catarina (à esquerda), e Maria Eduarda Marques com a filha, Valentina, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro

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A MISSÃO DE ENCANTAR O USUÁRIO

CONCESSÕES

LOGÍSTICA A LONGA VIAGEM

DE UM ROTOR ATÉ A USINA

REPÚBLICA DOMINICANA A SEGURANÇA

NO TRABALHO BATE RECORDES

π Maria Cláudia Lopes com a filha, Ana Catarina (à esquerda), e Maria EduardaMarques com a filha, Valentina, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro

contribuição

Com a universalização do saneamento, melhoram os indicadores em todas as áreas. A mortalidade infantil cai. Reduzem-se

as internações hospitalares e a necessidade de uso de medicamentos. Os trabalhadores ausentam-se menos de seus

postos, e as crianças e jovens têm melhor rendimento escolar. Os imóveis são valorizados. Presente em 11 estados – em

cidades como a capixaba Cachoeiro de Itapemirim e Recife (fotos) –, a Odebrecht Ambiental dá sua contribuição para que

o Brasil avance rumo à superação de um de seus desafios históricos. Os resultados, como os que são confirmados pelas

equipes da empresa em seu cotidiano de trabalho, deixam claro que, apesar de complexo, esse desafio brasileiro está com

os dias contados no que depender da capacidade instalada de que o país já dispõe para equacioná-lo.

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Fazem parte da Organização Odebrecht:

Negócios

Odebrecht Engenharia IndustrialOdebrecht Infraestrutura – BrasilOdebrecht Infraestrutura – África, Emirados Árabes

e PortugalOdebrecht Infraestrutura – América LatinaOdebrecht Realizações ImobiliáriasOdebrecht AmbientalOdebrecht LatinvestOdebrecht Óleo e GásOdebrecht PropertiesOdebrecht TransPortBraskemEstaleiro Enseada do ParaguaçuOdebrecht AgroindustrialOdebrecht Defesa e Tecnologia

Investimentos

Odebrecht Energias BrasilOdebrecht Africa FundOdebrecht Latin Fund

Empresas Auxiliares

Odebrecht Comercializadora de EnergiaOdebrecht Corretora de SegurosOdebrecht PrevidênciaOdebrecht Engenharia de ProjetosOdebrecht Serviços de Exportação

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EMPRESARIAL NA ODEBRECHT S.A.

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EDITORIAIS NA ODEBRECHT S.A.

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COORDENAÇÃO EDITORIAL

Versal Editores Editor José Enrique BarreiroEditor Executivo Cláudio Lovato Filho Editora de Fotografia Holanda CavalcantiArte e Produção Gráfica Rogério Nunes

Tiragem: 3.647 exemplares Pré-impressão e Impressão Ipsis

Redação: Rio de Janeiro (55) 21 2239-4023São Paulo (55) 11 3641-4743e-mail: [email protected]

Você pode ler a revista Odebrecht Informa também:��eX�`ek\ie\k#�ef�site www.odebrechtinforma.com.br, onde poderá acessar vídeos e outras reportagens;��g\cf�`GX[#�YX`oXe[f�^iXkl`kXd\ek\�f�Xgc`ZXk`mf�

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E D I T O R I A L

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Ao longo de sua história de sete décadas, a Odebrecht

jamais esteve, como agora, tão perto dos usuários diretos dos projetos que realiza. Vivendo um momento de forte expansão no setor de concessões, a Organização tem hoje a oportunidade de, literalmente, olhar nos olhos dos beneficiários finais de sua atuação. Presentes na operação e administração de rodovias, arenas esportivas, serviços de fornecimento de água e saneamento, entre outros segmentos, as equipes vão ao encontro daqueles que dão sentido mais nobre ao conceito de atendimento com qualidade.Como ocorre essa relação direta? Como as equipes da Organização têm se capacitado para trabalhar com esse novo cliente? E como se concretiza a sinergia entre as concessionárias e as empresas que não necessariamente atuam de forma direta nessa esfera negocial? São perguntas que você verá respondidas na reportagem especial desta edição de Odebrecht Informa.

O DESAFIO DA RELAÇÃO DIRETA

No Brasil, a participação em projetos de concessão permite à Odebrecht contribuir para a solução dos grandes gargalos da infraestrutura de transportes e logística, que não acompanhou o ritmo de crescimento do país. Ainda há muita demanda a ser atendida. O Governo Federal entende que o setor privado tem um papel importante nesse cenário. A Organização está fazendo a sua parte e continuará a fazê-la. Ao aliar sua experiência e capacitação em engenharia e construção à sua já estabelecida tradição em projetos realizados por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs), a Odebrecht reafirma – no Brasil e em outros países, como o Peru e a Colômbia – seu compromisso de estar onde sua presença é mais necessária, respondendo, assim, aos chamados do poder público, e de forma mais ampla, das sociedades às quais se propõe a servir. Boa leitura. ]

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3Odebrecht informa

π Centro de Controle Operacional da Concessionária Rota das Bandeiras, no interior de São Paulo

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D E S T A Q U E S

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A relação direta com o cliente final desafia e motiva as

equipes da Odebrecht que atuam em concessões

Foto de Américo Vermelho

CAPA

Concessões

06

Na República Dominicana, a cultura da prevenção leva a

recordes de tempo sem acidentes

TRABALHO SEGURO

54 63

72

Pais e filhos que trabalham juntos

transformam canteiro de obras em

segundo lar no Equador

EM FAMÍLIA

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COMBUSTÍVEISArgentina avança na fabricação de

produtos premium

CIDADANIANo Baixo Sul, IDC ultrapassa

350 mil atendimentos em 2013

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5Odebrecht informa

Uma conversa com Belkis,

Otimário, Marcos e Maurício

GENTE

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PAÍS SUSTENTÁVELOs esforços de Angola em

habitação, qualificação profissional

e outras áreas fundamentais

60

GIGANTE A CAMINHOO transporte de um rotor de

267 toneladas, de Taubaté (SP)

até a Usina Hidrelétrica Teles Pires

66

Paulo Cesena e a arte de bem se

relacionar com o usuário final das

concessões

João Borba escreve sobre a vocação de

fazer o diferente para atender melhor

ENTREVISTA

ARGUMENTO

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C A P A

O CAMINHO ATÉ O CLIENTEEQUIPES DAS CONCESSIONÁRIAS DA ODEBRECHT VIVEM O DESAFIO DIÁRIO E TRANSFORMADOR DA RELAÇÃO DIRETA COM OS USUÁRIOS

π IIRSA Norte, no Peru: melhorias na estrada tornaram possível a triplicação da área plantada de palmito

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7Odebrecht informa

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C o n c e s s õ e s

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A história de Ana Lídia Borba está aqui. Uma brilhante triatleta que, por pouco, não perdeu a

vida em um acidente de estrada e que hoje está de volta às competições de alto nível, motivada e

grata. A história de Janaina Pedrosa Dias, vice-diretora de uma escola pública em Belo Horizonte,

também está aqui. Ela vive dias de grande satisfação porque pode dedicar mais tempo à educação

das crianças. E também tem a história de Maria Aparecida de Jesus, moradora de Cachoeiro de

Itapemirim (ES), que agora pode realizar as tarefas domésticas com mais facilidade, com mais

alegria. Mas não é tudo. Ainda há as histórias de Maria Eduarda Marques, Maria Cláudia Lopes,

Dilsa Vasconcelos e Thiago Mascarenhas, torcedores apaixonados por seus clubes e que, no

Maracanã, na Itaipava Arena Pernambuco e na Itaipava Arena Fonte Nova, conseguem curtir, com

conforto e segurança, todo o prazer que o futebol lhes traz. Isso e muito mais você encontrará

nesta reportagem especial sobre concessões, que começa na página ao lado. São histórias, sim,

de boas saídas negociais, mas, acima de tudo, são relatos de soluções de vida; equações em que o

resultado final é o atendimento qualificado do beneficiário direto dos serviços, ou seja, o usuário.

Esse personagem que é você, que somos todos nós. Portanto, nas páginas a seguir, prepare-se para

ler, também, um pouco da sua história.

π Equipe da Rota das Bandeiras na estrada: frota da concessionária inclui sete ambulâncias e uma UTI móvel

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9Odebrecht informa

O DIFERENCIAL DO ENTROSAMENTO

Em 1995, Fernando Goes chegava a Limeira (SP) para participar de um desafio inédito em um no-vo segmento de negócio: liderar o programa de Qualidade da primeira concessão de saneamento do Brasil. “Contratos de concessão no país eram novidade, assim como a atuação da Organização em saneamento. Os investimentos e a administra-ção passaram a ser de longo prazo”, afirma. Foram quatro anos na cidade, período no qual ele exerceu as funções de Gerente Administrativo-Financeiro

e Diretor Geral. “O que mais me motiva é que nos-so trabalho muda a vida das comunidades em que estamos inseridos.”

Fernando Goes apoiou a criação da Foz do Brasil, atual Odebrecht Ambiental, em 2007. Seu conhecimento em saneamento e em concessões foi desenvolvido na prática e com a presença deci-siva de líderes como Geraldo Villin, Paulo Welzel, João Borba e Fernando Reis. “Eles transmitiram suas experiências na Educação pelo Trabalho.”

π Fernando Goes: mudanças na vida da comunidade

Texto Fabiana Cabral

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INTEGRAÇÃO DE GERAÇÕES É DESTAQUE NA ODEBRECHT TRANSPORT

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Os estudos e conquistas de Rio das Ostras e Foz Águas 5, no Rio de Janeiro, e Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, também tiveram seu apoio.

Três anos mais tarde, trocou o “m3/s” pelo “passageiros/km”. Passou a integrar a equipe da Odebrecht TransPort, assumindo a liderança da Concessionária Via Rio (formada pela Odebrecht TransPort, Invepar e CCR), responsável pela ope-ração da TransOlímpica, via expressa que ligará a Zona Oeste à Zona Norte do Rio de Janeiro.

“No início do projeto, tivemos apoio das con-cessionárias Bahia Norte, por meio de Ricardo Ribeiro, e Rota das Bandeiras, com Luiz Cesar Costa”, salienta Fernando Goes. Com extensão de

C o n c e s s õ e s

13 km, a TransOlímpica tem sua execução a car-go do Consórcio Construtor TransRio (Odebrecht Infraestrutura, Andrade Gutierrez, OAS e Camargo Corrêa) e deverá ser concluída em abril de 2016.

“Com os crescentes investimentos da Orga-nização em concessões, os Negócios passaram a integrar pessoas com experiência na área, e elas, por sua vez, contribuem para a formação de uma nova geração, que nasce e se forma dentro da Odebrecht”, diz Fernando Goes.

Aprendizado ao longo do tempo

Júlio Perdigão entrou no mundo das Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões quan-do a lei brasileira que regula o tema havia sido

π Júlio Perdigão: potencialização das qualidades individuais

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11Odebrecht informa

recém- promulgada, atuando no projeto de desen-volvimento agropecuário Codeverde, no Rio São Francisco. “Em projetos de concessão, com opera-ção de 20 e 35 anos, nossa responsabilidade com as comunidades tem mais amplitude. O Espírito de Servir é mais intenso e precisa ser continua-do.” Ele esteve presente desde os estudos até a assinatura do contrato da atual Itaipava Arena Pernambuco e da implantação da Concessionária Rota dos Coqueiros. Na Rota do Atlântico, tam-bém em Pernambuco, “começou o projeto do ze-ro”, até o início de sua implantação, e, com a li-derança de Renato Mello, Diretor de Rodovias na Odebrecht TransPort, desenvolveu programas de PPPs de rodovias em diversos estados brasileiros.

“Em 18 anos de Organização, tive sorte de es-tar próximo de líderes formadores, que potencia-lizaram minhas qualidades. Norberto Odebrecht

me ensinou a tomar minhas próprias decisões, na busca do que é certo, João Pacífico me mostrou como ser mais paciente, e Renato Mello contri-buiu no relacionamento com sócios, na comunica-ção clara e transparente”, ele destaca.

No fim de 2013, Júlio Perdigão assumiu a lide-rança da Rota das Bandeiras, concessionária que administra o Corredor Dom Pedro, no interior paulista. “A Rota das Bandeiras, marco do retorno da Odebrecht às concessões rodoviárias, foi con-quistada há quatro anos, mas ainda temos mui-to a amadurecer”, comenta. O principal desafio é equilibrar integrantes jovens e maduros, formados ou não dentro da Organização: “Tive bons exem-plos de líderes e passo essa experiência às minhas equipes, baseada na disciplina, no respeito e na confiança”.

De geração a geração

Fernando Goes e Júlio Perdigão foram dois dos lí-deres que apoiaram Gustavo Bacellar quando ele ingressou na Odebrecht TransPort. Há dois anos e meio na Organização, chegou com o desafio de liderar os estudos de viabilidade, participar da li-citação e conquistar a operação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Goiânia. Conseguiu. “Foi uma vitória suada.” De acordo com Gustavo, o fato de não existir VLT no Brasil fez com que a equipe também buscasse conhecimento de tecnologia em outros países. “Tivemos humildade para aprender ao longo da concepção do projeto, e isso estimulou a troca de experiências.”

Segundo Gustavo Bacellar, há na Odebrecht TransPort um ambiente de troca muito grande com líderes mais experientes. Seu primeiro líder foi Renato Mello, e, em seguida, Gustavo passou a integrar a equipe de Rodrigo Carnaúba, Diretor de Mobilidade Urbana. “Foi o melhor início possível na Odebrecht. Dei sorte”, ele reforça, sorrindo.

Em concessões, uma das palavras de ordem é “seletividade”. “Em Goiânia, o sistema de trans-porte na região metropolitana é pensado de for-ma integrada, física e tarifária, e os sócios são os operadores de ônibus.” Os desafios agora pas-sam pela implantação do VLT – por meio do consórcio construtor composto de Odebrecht Infraestrutura-Brasil e Alstom – e pela forma-ção das equipes para a operação por 33 anos. “Equilibrar profissionais de diferentes gerações será fundamental. Preciso de pessoas experientes que contribuam para a formação de jovens talen-tos”, ressalta Gustavo Bacellar. ]

π Gustavo Bacellar: aprendizados com líderes como

Goes e Perdigão

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C o n c e s s õ e s

π Ana Lídia: "A precisão e a rapidez do atendimento foram essenciais para salvar minha vida e minha carreira de atleta"

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13Odebrecht informa

VIDA QUE PREVALECE,

VIDA QUE SEGUE

Texto João Marcondes | Foto Fred Chalub

Estamos no dia 3 de dezembro de 2009. Manhã en-solarada, temperatura fresca, clima ideal para a prá-tica esportiva. Isso, para os simples mortais. Para a goiana Ana Lídia Borba, uma das melhores triatle-tas do país, é apenas mais um dia de treino. Ela pula da cama cedo e logo está na estrada, um trecho da Rodovia Dom Pedro I entre Campinas e Itatiba (SP), em cima de sua bicicleta e cercada por amigos, tam-bém competidores.

Na cabeça, nenhum devaneio, apenas o capacete e o foco em um número: “9 h, 38 min e 3 s”. É o recorde pessoal de seu percurso de Ironman, uma das moda-lidades esportivas mais extenuantes que existem. São 3.800 m de natação, 180 km de pedaladas e mais 42 km de corrida. A prova é a especialidade de Ana, o equivalente a nadar 76 vezes a extensão de uma pis-cina olímpica, pedalar de Piracicaba a São Paulo e ar-rematar correndo uma maratona olímpica (sem parar).

Ana Lídia pedala a 45 km/h na margem da Dom Pedro I e aproveita o vácuo (roda a roda) da colega à sua frente. Atrás, um outro amigo, iniciante, co-la no vácuo de sua bike. Ela dá uma leve olhadinha para trás, para ver se está tudo bem. Mas, na volta, um segundo de distração, e um toque em um "olho de gato". Ana tenta equilibrar-se, mas acaba caindo no leito da rodovia. Um caminhão vem em sua di-reção e consegue frear a tempo. Enquanto isso, Ana vai rolando para a faixa da esquerda. Com a freada brusca da carreta, o carro que vem atrás, um Corsa sedan prata, faz uma rápida manobra para não bater e vai para a pista da esquerda. Evita a colisão, mas encontra Ana caída no chão e não consegue desviar, atropelando a triatleta.

A seguir, tudo acontece muito rápido. São 10h26 da manhã. Um telefonema de um dos amigos para a concessionária Rota das Bandeiras e, em apenas sete minutos, uma equipe de resgate está imobilizando Ana Lídia. O médico que a socorre na pista pensa rápido: não vai levá-la ao hospital mais próximo, como de praxe, mas para o mais equipado para um caso desses. Vinte e nove minutos depois, ela está nas mãos da equipe médica do Centro de Trauma da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

A menina de 1,60 m e 47 kg tem graves lesões, a maior delas, uma ruptura da bexiga. Está com he-morragia interna e, além disso, quebrou todas as costelas do lado esquerdo e quatro do direito. Teve vértebras deslocadas e a bacia triturada. Isso, apenas para ficar nos problemas mais graves.

UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO,

COMPETÊNCIA E GRATIDÃO

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Pano rápido. Em maio de 2011, um ano e meio após o acidente, Ana Lídia está novamente fazendo uma prova de Ironman e completa o percurso em 12 horas. Milagre? A resposta é: não. "A precisão e a rapidez do atendimento foram essenciais para sal-var minha vida e minha carreira de atleta", diz Ana, com convicção. Hoje ela mora em Florianópolis, a Meca do triatlo no Brasil. E não só voltou a compe-tir, como a fazê-lo em alto nível: hoje, aos 29 anos, é uma das três melhores brasileiras na modalidade. Baixou seu tempo para 10 h e 2 min, muito próximo ao do pré-acidente (que pretende bater em breve).

Um brevíssimo resumo do processo de recupe-ração: um mês na UTI, três cirurgias, 12 transfusões de sangue, quatro meses em cadeira de rodas, oito meses de muletas. "Não pensava se voltaria a andar. Pensava mesmo em voltar a correr em nível compe-titivo", diz a goiana.

Motivo de orgulho

O médico que fez o primeiro atendimento, ainda

π Da esquerda para a direita, Tiago Borges, Ediclei Rodrigues e José Cruvinel: capacitação contínua dos socorristas

na rodovia, é Rodrigo Carvalho. "Na hora foi de-cisivo levá-la ao melhor local possível, a Unicamp. É por isso que hoje ela ainda tem desempenho de alto nível", diz ele, que é Coordenador Médico de Resgate da Rota das Bandeiras e cirurgião na uni-versidade campineira.

"O maior orgulho da concessão é nossa equi-pe de segurança", destaca Júlio Perdigão, Diretor-Presidente da Rota das Bandeiras e Diretor de Investimento da Odebrecht TransPort. "Temos consciência de que atuamos em um nível muito al-to de responsabilidade, pois trafegam aqui mais de 390 mil veículos por dia, mais de meio milhão de pessoas diariamente. Nosso objetivo é tornar nos-sas estradas cada vez mais humanizadas e seguras."

A Rota das Bandeiras representa, como assinala Perdigão, a volta da Odebrecht às concessões rodo-viárias, no início de 2009. Por isso, é emblemática e apresenta o mais alto padrão de excelência, a par-tir de seu Centro de Controle Operacional (CCO), com 73 câmeras instaladas ao longo de 297 km

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15Odebrecht informa

de rodovias no interior paulista. O CCO funciona 24 horas e recebe ligações de 448 telefones de emer-gência (call boxes) instalados nas estradas que passam por 17 municípios (o chamado Corredor Dom Pedro). Para atender aos chamados, a Rota tem oito veículos de inspeção, sete de resgate (ambulâncias), uma UTI móvel, 10 guinchos, dois caminhões-pipa e quatro bases do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU).

Para os 30 anos de concessão, estão previstos investimentos de R$ 2,7 bilhões, sempre visando à prevenção. Com isso, os números de mortes e aci-dentes vêm caindo vertiginosamente. Entre 2010 e 2013, o número anual de mortes na estrada despen-cou de 87 para 58 (33,4%). E o de acidentes baixou de 3.107 para 2.687 (13,4%). "Temos o melhor da tecnologia, mas nosso maior investimento é no ser humano. É ele quem salva vidas", diz Perdigão.

Investimento na educação contínua de socorris-tas, como o trio José Cruvinel, médico de 31 anos, Ediclei Rodrigues, enfermeiro de 34 anos, e Tiago Borges, 28 anos, bombeiro e condutor de ambulân-cia. "O trabalho aqui é um constante aprendizado", resume Cruvinel.

Antes de trabalhar na Rota das Bandeiras, o en-fermeiro Ediclei teve um chamado de "múltiplas vítimas" em outra rodovia. Um ônibus caído em uma ribanceira. Ao chegar ao local, ele sentiu o ba-que de ter de escolher quais vítimas atender em primeiro lugar. "Há códigos, protocolos, que indi-cam aquelas com maior chance de sobrevivência." Ele respirou fundo e realizou seu trabalho. "Até pela dificuldade, decidi investir no estudo", diz ele, que tem doutorado na área de atendimento de emergências.

"Muitos desistem no primeiro dia", comenta o condutor Tiago Borges. "Dirigir uma ambu-lância exige muita perícia. Mas o mais impor-tante é pensar que tem alguém esperando por sua ajuda. Todo cuidado é pouco", diz ele. "Há os que nos veem como heróis, e isso sobe à ca-beça de muita gente", comenta o médico José Cruvinel. "Por isso, temos que manter sempre em mente que somos seres humanos normais, sujeitos a falhas. Só assim, seguiremos rigorosa-mente os rígidos protocolos de segurança e sal-varemos mais vidas", ele argumenta. ]

ROTA DAS BAN D E I R ASTRAFEGAM DIARIAMENTE PELA ÁREA DACONCESSÃO MAIS DE MEIO MILHÃO DE PESSOAS

155.025inspeções

102.436socorros mecânicos

16.122atendimentos

pré-hospitalares

2.414atendimentos

com caminhão-pipa

NÚMERO DE ATENDIMENTOS DO SAU – SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO(de abril de 2009 a dezembro de 2013)

SOCORRO MÉDICOO tempo de espera para o atendimento pré-hospitalar é, em média, 2 minutos menor que o tempo máximo previsto no edital de concessão

8min

SOCORRO MECÂNICOTempo médio de 18 minutos, 12 a menos que o máximo previsto no edital de concessão

18min

392 milveículos/dia

73 CÂMERAS DE MONITORAMENTO

448 CALL BOXES

CENTRO DE CONTROLE

OPERACIONAL (CCO)

integrantes contratados de

forma direta

592 + =profissionais

trabalhando em empregos indiretos

968é o total de

oportunidades de trabalho geradas

1.560

de reais é quanto será investido ao longo dos 30 anos de concessão,

em obras de recuperação, conservação e modernização

do Corredor Dom Pedro

R$ 2 ,7BILHÕES

Volume Diário Médio (VDM) da concessão

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SORRISOS QUE DIZEM TUDO

É a primeira vez que Rozeli Rodrigues e Hosama Nascimento trabalham diretamente no atendimen-to ao público, mas não tiveram dificuldades para aprender como desarmar qualquer resistência. “O sorriso diz tudo”, conta Hosama. “Desejar ‘bom tra-balho’ faz toda a diferença”, complementa Rozeli. Com segurança e tranquilidade, elas começam o dia nas cabines de arrecadação da Concessionária Rota do Atlântico, empresa responsável pela administra-ção da Rodovia PE-009 e do Complexo Logístico e Viário de Suape, em Pernambuco.

Por trás dessa naturalidade, está a resposta a um trabalho que envolveu desde a escolha do local de divulgação das vagas abertas até a realização de pesquisa qualitativa com os integrantes para verifi-car a reação dos usuários à operação. Todo o cuida-do foi tomado para construir na equipe um senti-mento de orgulho pelo novo empreendimento.

Quem passa pelas cinco praças de pedágio da concessão percebe que há um grupo de mulheres no front de atendimento. Foi uma grande oportu-nidade para elas, que não encontraram vagas de tra-balho na zona portuária e industrial. “Percebemos também que, para muitos que estão conosco, essa é a primeira experiência profissional”, explica Natalie Dowsley, Coordenadora da área de Pessoas da Rota do Atlântico. Tanto é que 55% dos integrantes es-tão na faixa de 25 a 35 anos.

Foco nas comunidades do entorno

A divulgação das vagas privilegiou as comunidades do entorno do porto industrial, um trabalho feito em conjunto com a assessoria socioambiental de Suape (o poder concedente) e líderes comunitários locais. Como, em todo o Estado de Pernambuco, havia apenas uma concessão pedagiada, o material desenvolvido para apresentar a empresa e as fun-ções era rico em detalhes. “Não existia a cultura de concessão rodoviária na região, então reforçamos as informações sobre a empresa e o descritivo das va-gas e deixamos claro que a Rota do Atlântico daria toda a formação necessária”, conta Natalie.

A capacitação começou com bastante antece-dência em relação ao início do atendimento ao

C o n c e s s õ e s

π Hosama (à esquerda) e Rozeli: bem treinadas e motivadas para atender os usuários com cordialidade e

Texto Shirley Emerick | Foto Lia Lubambo/Lusco

EM PERNAMBUCO, UMA CUIDADOSA PREPARAÇÃO

PARA ATENDER O USUÁRIO

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eficiência

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público, e, nesse ponto, está grande parte do segredo da segurança e da tranquilidade das duas agentes de ar-recadação. “O trabalho era novo, mas passamos por um treinamento em que experimentamos todo o ti-po de situação”, complementa Rozeli.

Os cursos foram customizados para o perfil do grupo e envolveram temas como qualidade no aten-dimento, normas de trânsito, inspeção de tráfego, ética e conduta, entre outros. As simulações reforça-ram o passo a passo na sinalização, em caso de qual-quer problema com os automóveis, e reforçaram ain-da o ponto central em uma praça de pedágio: o troco. Para isso, a concessionária usou moedas e cédulas para simulação – de acordo com os modelos auto-rizados pelo Banco Central – para os agentes viven-ciarem o dia a dia financeiro da operação.

Outro fator de sucesso no atendimento foi a in-teração com o usuário da via ainda antes da ope-ração. Foi um período para entender as dúvidas, memorizar orientações das rotas mais solicitadas e responder às perguntas mais específicas sobre a concessão. “Os usuários das praças de pedágio têm perfis diferenciados, e os agentes estão capacitados a atender cada um deles”, conta Wilson Ferreira, Gerente de Operações da Rota do Atlântico. Turista à procura do litoral sul pernambucano, transporta-dor de carga para o porto e viajante entre Paraíba e Alagoas são alguns dos perfis mais frequentes e que demandam informações adicionais por parte dos agentes.

Investimento em tecnologia

Para apoiar o trabalho nas praças e garantir conforto

e segurança ao usuário em toda a operação, o inves-timento no parque tecnológico é constante. Uma rede de fibra ótica foi instalada para assegurar a transmissão das imagens das 120 câmeras presen-tes nas praças de pedágio e nos pontos mais sen-síveis da via. Elas são monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana, pelo Centro de Controle Operacional (CCO). Além disso, o usuário tem à sua disposição o sistema 0800, o Fale Conosco e comunicação de rádio entre os agentes e operadores de pista. E, ainda neste primeiro semestre de 2014, cinco painéis de mensagens variáveis (PMV) serão integrados ao cenário da via.

Ruyther Parente, Gerente de Sistemas e Equipamentos, esteve à frente do projeto e conta que a equipe que planejou, implantou e hoje opera a parte tecnológica foi desenvolvi-da localmente. E isso gerou um ganho de qua-lidade. “Os profissionais que atuam com a tec-nologia implantada aqui estão presentes desde o início, quando desenhamos todo o sistema”, completa.

Atender o cliente com qualidade e rapidez é a grande missão dos integrantes – e isso vai da emissão do cupom de passagem do pedágio ao atendimento de ocorrências na via. Segundo Hosama Nascimento, saber ouvir, tratar com cor-dialidade e dar um pouco de atenção são posturas indispensáveis. “Sinto que amadureci nesse novo trabalho.” O usuário percebe esse efeito. Tanto é que, outro dia, ela ouviu de um motorista: “Deve ser bom trabalhar sorrindo, né?” Hosama não te-ve dúvida em concordar com ele. ]

π Centro de Controle Operacional da CRA: tecnologia para garantir a qualidade e a rapidez dos serviços

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MAIS TEMPO PARA EDUCAR

Quando soube que iria assumir uma escola ad-ministrada por meio da Parceria Público-Privado (PPP) Inova BH, a vice-diretora da Unidade Municipal de Ensino Infantil Belmonte, Janaina Pedrosa Dias, só conhecia por alto os serviços oferecidos, mas já imaginava que seria “um su-foco a menos”. Mesmo que o trabalho de vice-diretora continue exigindo bastante dela, hoje Janaina sabe que seu primeiro pensamento es-tava certo. Muitos dos trabalhos que ela teria na parte administrativa da escola, como contrata-ção e gestão da equipe de limpeza, manutenção e

portaria, foram assumidos pela PPP, deixando-a assim mais livre para se dedicar ao plano peda-gógico da escola.

Por meio da Inova BH, formada pela Prefeitura de Belo Horizonte e a Odebrecht Properties, se-rão criados e administrados os serviços não pe-dagógicos (como manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, segurança, limpeza, com-pra de materiais e equipamentos) de 37 unidades educacionais de Belo Horizonte. Dessas, cin-co são escolas de Ensino Fundamental, e 32 são unidades municipais de Ensino Infantil (Umeis).

π Janaina Dias: mais liberdade para se dedicar ao plano pedagógico da escola

Texto Stephanie Nogueira | Foto Eugênio Sávio

NOVO MODELO LIBERA DOCENTES DOS SERVIÇOS NÃO PEDAGÓGICOS

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Atualmente, cinco Umeis foram entregues. As diretoras e professoras dessas escolas já sentem os benefícios da gestão privada, na medida em que podem agora priorizar o ensino em detri-mento de questões administrativas.

Uma das grandes diferenças das escolas que integram a PPP é a figura da auxiliar adminis-trativa, que coordena todo o trabalho da equi-pe responsável pelos serviços não pedagógicos. A vice-diretora da Umei Minaslândia, Anamaria Santos Silva, elogia a presença da auxiliar ad-ministrativa: “Para quem é da coordenação e da direção, é muito bom ter alguém para gerenciar, por exemplo, a limpeza e a portaria”, afirma.

Segundo Anamaria, é mais simples centrali-zar as questões na auxiliar administrativa que ter que repassar as tarefas para cada uma das auxiliares de limpeza. Além de gerenciar esses serviços, a auxiliar está ali para antever proble-mas. Se ela notar que uma torneira está pingan-do, pode acionar a manutenção, que resolverá o problema sem preocupar (e ocupar) a diretora.

Anamaria surpreendeu-se quando assumiu a direção da Umei Minaslândia. “Eu não imagina-va que seria uma relação tão aberta e acessível”, admite. Ela destaca um dos principais pontos positivos da PPP: a rapidez na resolução de pro-blemas. “A gente é muito bem recebida, e exis-te muita presteza para a busca de soluções”, diz Anamaria.

Relação de confiança

É essa confiança e a garantia de um serviço de qualidade o que permite que a direção possa fi-car tranquila para se dedicar ao plano pedagógi-co da escola. A vice-diretora da Umei Vila São João Batista, Letícia Araújo, que desempenha a função pela primeira vez, sabe que enfrenta-rá desafios, sobretudo em relação à parte buro-crática que acompanha os postos de gestão, mas está convicta de que, com a PPP, será liberada de muita burocracia e, com isso, terá mais tem-po para se dedicar ao âmbito pedagógico. “Sou o tipo de diretora que gosta de estar perto das crianças, não gosto de ficar apenas atrás da me-sa”, conta Letícia. Sem a preocupação com os serviços não pedagógicos, Letícia terá melhores condições de colocar isso em prática.

Se, para a direção das escolas, o alívio na par-te administrativa propicia mais tempo para de-dicação ao plano pedagógico, para as professoras das Umeis os serviços oferecidos pela Inova BH tornam o trabalho dentro da sala de aula mais

π Viviane com a filha, Rebeca: "Fico tranquila"

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produtivo. A professora da Umei Minaslândia, Ivanete Alves, acredita que o trabalho flui de maneira mais fácil: “Hoje há pessoas que colo-cam os babadores na sala, que levam e trazem as refeições do berçário e que trocam os len-çóis dos berços e dos colchonetes. O trabalho da equipe é excelente, e isso nos dá mais tempo para cuidar das crianças”, afirma.

Já para os pais dos alunos, o que conta é a alegria e a disposição dos filhos de irem à es-cola. Taiane Aparecida, mãe da Emanuele, alu-na da Umei Belmonte, tem certeza de que o

trabalho ali desenvolvido é de alta qualidade: “Minha filha gosta de ir à aula. Ontem mes-mo ela falou: ‘Que bom que estou indo, mamãe’. Sinal de que estão cuidando bem dela”, argu-menta. Viviane Silva também confia que sua fi-lha Rebeca, 3 anos, aluna da Umei Minaslândia, está sendo bem cuidada: “Eu a deixo aqui e fi-co tranquila para ir procurar emprego”, diz. Jaqueline Oliveira Lima, mãe da Larissa, aluna da Unidade de Ensino Elos, também acredita nos bons serviços e em seus resultados: “É bom para ela crescer e aprender a compartilhar”. ]

π Atividade em sala de aula na Umei Belmonte: mais qualidade no trabalho pedagógico

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COMO É BOM

ESTAR AQUI!

Foi jogando conversa fora na praia, a poucas ho-ras do início do jogo, que as amigas Maria Eduarda Marques, rubro-negra, e Maria Cláudia Lopes, tri-color, decidiram: na tarde daquele sábado, deixa-riam os maridos em casa e iriam juntas, com as filhas de 5 anos – Valentina e Ana Catarina, res-pectivamente – assistir ao Fla-Flu no Maracanã. "O estádio está mais seguro, tranquilo, organizado, os banheiros estão limpos. Ficou muito bom", resumiu Maria Eduarda. "Virou um espaço agradável. Jamais viria ao Maracanã antigo com minha filha pequena sem meu marido", disse Maria Cláudia.

A opinião das amigas reflete o que a maioria dos torcedores tem dito do novo Maracanã. Para 82%

Texto Ricardo Sangiovanni

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π Dilsa Vasconcelos e o filho, Evencio: o prazer de ver de perto o Náutico do coração

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O BRASILEIRO DESCOBRE UM

NOVO JEITO DE VIVER UMA

GRANDE PAIXÃO

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dos que vão aos jogos, o estádio ficou melhor do que era. E, para 94% deles, tornou-se um bom lu-gar para levar a família. Os dados são de uma pes-quisa do instituto Datafolha encomendada pela concessionária Maracanã, liderada pela Odebrecht Properties, que administra o empreendimento.

Grupos de amigos e torcidas organizadas, com bandeiras e instrumentos musicais, continuam in-do aos jogos. "Mas o estádio deixou de ser aquele lugar restrito aos torcedores tradicionais. As mães e as crianças também estão vindo. A nova arqui-tetura tornou o estádio mais acessível, e isso atrai outros tipos de público. Até hoje, não tivemos ne-nhum registro de conflito entre torcidas", informa

a analista de relacionamento do Maracanã, Larissa Lunin, responsável pela hospitalidade nas áreas de tribunas e camarotes e no Maracanã Mais, uma área com 1.600 lugares, ar condicionado, buffet livre e localização próxima ao campo.

Foi dali que Maria Eduarda, Maria Cláudia e as meninas assistiram ao jogo. Coube à Larissa rea-lizar o desejo da pequena Ana Catarina, de entrar no gramado com o time do Fluminense. "Nossa missão é tornar cada jogo o melhor da vida do pú-blico.” Entender as necessidades do cliente e dar retorno rápido são os desafios diários de Larissa, 26 anos, formada em Publicidade e oriunda do mercado financeiro. A cada jogo, ela comanda, desde outubro de 2013, uma equipe de 25 promo-tores, que recebem e orientam o público. "Alguns até já receberam presentes de torcedores, expres-sando gratidão", afirma.

A torcida do Fluminense, diz Larissa, é a que mais leva crianças ao estádio. Do Maracanã Mais, o advogado Orlando Pacheco Júnior, 36 anos, assistiu, com a esposa Katiucy, 35 anos, e as filhas, Amabile, 6 anos, e Maria Eduarda, de 8 meses, o Fluminense vencer o Flamengo por três a zero. Boa recompen-sa para quem veio de Santa Catarina passar férias no Rio. "Tem o fraldário, que auxilia bastante. E o acesso está mais tranquilo. Não traria minha filha assim tão pequena ao antigo Maracanã."

Mas os antigos torcedores de arquibanca-da continuam indo ao estádio. Desde a reabertu-ra do Maracanã, em junho de 2013, o representan-te comercial Cláudio Monnerat, 37 anos, retomou um hábito que cultiva “desde criancinha”: ir ao Maracanã com toda a família. “Vou a praticamente todos os jogos, geralmente com meus dois filhos, de 8 e 5 anos, e com meu pai, que tem 63. Até setem-bro, meu avô [que faleceu no ano passado, aos 87] ia também”, conta.

A família de sócios-torcedores do Flamengo cos-tuma assistir aos jogos das cadeiras do setor norte inferior. Quando vai somente com amigos, Cláudio opta pelo setor norte superior. Satisfeito com a se-gurança e a facilidade de acesso ao estádio, ele elege os banheiros como a grande diferença em relação ao antigo Maracanã. “Antes, os banheiros eram poucos, simples, sujos. Hoje, é outro nível.”

Outra boa novidade destacada por ele é a pre-sença de orientadores de torcida espalhados por to-da a parte interna do estádio, o que impede que os torcedores assistam aos jogos 100% do tempo de pé e em áreas destinadas à circulação. “Não me in-comodo que as pessoas levantem, gritem, torçam. Mas, depois do lance, é preciso sentar de novo, para

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π A torcida lota a Itaipava Arena Fonte Nova: conforto e segurança em todas as áreas do novo estádio

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deixar os outros verem o jogo também”, argumenta Cláudio, que garante que, em dias de casa cheia, a emoção de torcer no novo "Maraca" não fica deven-do em nada à que experimentava no antigo estádio.

Estreante aos 83 anos

Se a pequena Maria Eduarda foi ao estádio pe-la primeira vez aos 8 meses, a pensionista Dilsa Vasconcelos precisou viver mais de 80 anos para re-alizar o mesmo feito. Mais precisamente, foi aos 83 que ela tomou coragem para ir assistir ao Náutico, seu time do coração, no estádio – a Itaipava Arena Pernambuco, também administrada por uma con-cessionária da Odebrecht Properties.

Ao lado do filho, Evencio, 49 anos, ela garan-te: "Todo domingo, se ele vier, eu venho. Já é meu sétimo jogo". O curioso é que dona Dilsa mora há mais de 40 anos no Espinheiro, bairro próximo ao estádio dos Aflitos, onde o Náutico jogava antes da Arena. "Lá eu não ia porque tinha medo. Fora do es-tádio, era muita confusão, e o acesso às arquibanca-das era difícil."

Dona Dilsa assistiu ao jogo de uma área especial para pessoas com mobilidade reduzida – são oito ao todo, no estádio. "Há também vans que trazem torcedores com dificuldade de locomoção, dos es-tacionamentos até as catracas. O estádio é 100% acessível", afirma Gabriela Leão, responsável pela área de atendimento ao cliente.

Formada em Marketing, Gabriela, 29 anos, trou-xe para o estádio sua experiência de cinco anos em produção de eventos. Coordenadora de uma equipe formada por cerca de 60 profissionais, ela diz antes dos jogos: "Somos os olhos da Arena. Não estamos aqui só para dizer onde é o banheiro. Temos que receber o cliente, ter paciência, saber conversar". Entre suas funções, está a de dialogar com as torci-das organizadas. "Dou as boas-vindas, brinco, aviso que o objetivo é torcer em paz. O retorno tem vindo no comportamento: até agora, não houve briga."

A acessibilidade e a atmosfera pacífica fizeram o estudante Arthur Cabral, 19 anos, retornar aos jo-gos do seu Náutico. Cadeirante desde criança, ele preferia ficar em casa a enfrentar o tumulto dos dias de clássicos nos Aflitos. "Quando eu era pequeno, meu pai me levava no colo; mas fui crescendo, e ele não aguentava mais. E, mesmo quando ia aos jogos

π Gabriela e equipe: "Somos os olhos da Arena"

π Larissa: compreensão das necessidades e retorno rápido

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na cadeira de rodas, tinha que sair muito antes ou muito depois do final do jogo, para evitar a confu-são. Aqui, isso acabou."

Planejamento da segurança

Segurança na Itaipava Arena Fonte Nova, em Salvador, administrada pela Fonte Nova Participações, empresa da Odebrecht Properties e da OAS Arenas, é tarefa do analista de segurança Bruno da Hora. Responsável por fazer a integração entre as equipes de segurança privada – que atu-am dentro do estádio – e a Polícia Militar, Bruno, 30 anos, aplica na Arena toda a bagagem acumu-lada em 10 anos elaborando mapas de risco para uma empresa de transporte de valores.

Planejar a segurança de um jogo em uma arena moderna requer cálculo complexo, que leva em con-ta variáveis, como quantidade de público esperada, rivalidade entre as torcidas e até a situação dos ti-mes na tabela. "Trabalhando com transporte de va-lores, aprendi a fazer análises de risco com muita rapidez. Isso é fundamental aqui, porque o cenário pode mudar em minutos." Bruno lidera equipes que, em jogos de grande porte, chegam a ter mais de 350 pessoas e coordena também o monitoramento por vídeo de 100% das áreas internas e entorno do estádio, feito com 210 câmeras.

É nesse terreno protegido que a analista de hospitalidade Laís Coelho atua: é dela a tarefa de

garantir o conforto nas áreas dos camarotes e d0 Lounge Premium, que oferece 2 mil lugares, com vi-são privilegiada do gramado, buffet e parque infan-til. Formada em hotelaria em Miami, nos Estados Unidos, Laís, 24 anos, encontrou na Arena sua pri-meira oportunidade de trabalho com carteira assi-nada. Ela lidera uma equipe de 25 promotores, aos quais costuma dizer: "A gente quer que o cliente se lembre de que foi bem atendido e saia falando bem".

Em janeiro, a Arena lançou uma promoção: por R$ 199,00 mensais, os torcedores do Bahia – clu-be que manda seus jogos no estádio – têm direito a assistir a todas as partidas do time no Lounge Premium. O casal Edgard e Roberta Távora ade-riu ao pacote e, com os filhos – Leonardo, 12 anos, e Guilherme, 9, que pagam meia-entrada –, não perde nenhum jogo. "As crianças ficam 'soltas', e a gente nem se preocupa. Vir ao estádio é um dos programas de que mais gosto", contou Roberta no dia em que viu o Bahia bater o CSA, de Alagoas, por um a zero. Com vaga na garagem do estádio, a família adora tietar os atletas ao fim dos jogos. E quem pensa que foi tudo ideia do marido, Roberta alerta: "Pode escrever aí que eu fui a primeira mu-lher a comprar cadeiras Premium para toda a famí-lia na Arena".

Para o economista Thiago Mascarenhas, 30 anos, torcedor do Bahia, a oportunidade de frequentar um estádio completamente novo, porém situado no

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π Arthur: melhores condições para assistir aos jogos

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mesmo local do antigo, onde viveu grandes emo-ções, é o mais importante de tudo. Apesar da sau-dade da era de glórias vivida pelo time na velha Fonte Nova, Thiago, torcedor de arquibancada des-de pequeno, prefere a nova Arena. “Os banheiros são excelentes, o trabalho dos orientadores é efi-ciente, o estacionamento é cômodo, de fácil acesso. Hoje em dia, é muito mais fácil chegar ao estádio e sair dele”, avalia.

Morador da Vila Laura, bairro do centro de Salvador, próximo à Arena, Thiago garante que, a partir do momento em que o árbitro apita o final do jogo, leva 10 minutos para sair do estádio e chegar em casa. “Antes, para evitar a confusão da saída, es-perava de 20 a 30 minutos para sair. Entre andar pa-ra apanhar o carro, geralmente em algum estaciona-mento irregular, e enfrentar o trânsito, levava entre 40 minutos e 1 hora para chegar em casa”, compara.

Thiago, que no ano passado foi a todos os jogos do Bahia no Brasileirão, costuma ir ao estádio com os pais ou com a namorada e fica na arquibancada inferior, setores leste ou oeste, de onde consegue ver o jogo mais de perto. Sua mãe, que no passado não ia aos jogos por receio de enfrentar a multidão, em 2013 foi a dois deles na nova Arena. “Não vejo mais brigas dentro do estádio. Dá para ir despreo-cupado”, garante Thiago, para quem uma maneira de torcer mais “educada” não prejudica em nada a emoção de assistir ao jogo na arquibancada.]

π Edgard e Roberta com os filhos, Leonardo (à esquerda) e Guilherme: menos preocupação com as crianças

π Laís: foco na satisfação de cada cliente

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SENSÍVEIS DIFERENÇAS

π Cachoeiro de Itapemirim, com o Rio Itapemirim em primeiro plano: 99,5% das residências do município

são atendidas atualmente

Texto Cibelle Silva | Foto Holanda Cavalcanti

Lavar roupa era uma tarefa inglória em Cachoeiro de Itapemirim. "Quase não tínhamos água nas torneiras. E, para piorar, a pouca que saía vi-nha acompanhada de barro. Era impossível lavar uma roupa branca", relembra Maria Aparecida de Jesus. Hoje, ela e os cerca de 200 mil habitantes de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, vi-vem realidade bem diferente. O problema do abas-tecimento de água foi resolvido. "Agora eu abro minha torneira e tenho confiança na qualidade da água. Lavo, enxáguo e minhas roupas ficam bran-quinhas", diz Maria Aparecida.

Cachoeiro foi um dos primeiros municípios brasileiros a buscar uma parceria com a iniciativa privada para solucionar seus problemas de abas-tecimento de água e de coleta e tratamento de esgoto. A Odebrecht Ambiental faz parte desse

pioneirismo desde 1998, quando a Prefeitura im-plementou o novo modelo em regime de conces-são. O contrato vai até 2048.

A concessão tornou possível uma transfor-mação na vida da população. O abastecimento de água tratada, com qualidade internacional, alcan-ça hoje 99,5% das residências, e o percentual de imóveis com esgotamento sanitário passou de 5% para 95% na área urbana do município. Esses nú-meros mostram que a parceria entre o poder pú-blico e a iniciativa privada no setor do saneamen-to é uma saída para a universalização do serviço no país. Segundo o Instituto Trata Brasil, somente 46,2% da população brasileira tem acesso à rede de esgoto. Se os investimentos em saneamento continuarem no atual ritmo, apenas em 2122 todos os brasileiros terão acesso a esse serviço básico.

QUALIDADE DO SERVIÇO DE ÁGUA E ESGOTO

IMPACTA COMUNIDADES BRASIL AFORA

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29Odebrecht informa

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (Ibope), para a Odebrecht Ambiental, a importância do tratamen-to e da coleta de esgoto ainda não é compreen-dida por boa parte dos brasileiros. Muitos ainda não associam as deficiências do serviço de esgo-tamento a problemas de saúde. Pouco se fala sobre esgoto no Brasil. Uma relação mais próxima com quem recebe o serviço tem sido uma diretriz no dia a dia das operações da Odebrecht Ambiental.

Reconhecimento pelo serviço

Uma das estratégias de relacionamento com os usuários-clientes é conhecer e capacitar os mora-dores da região que receberá o serviço de água ou esgoto. Esse trabalho ocorre de diversas maneiras, seja por meio de visitas de estudantes e morado-res às estações de tratamento de água e esgoto, seja com palestras de educação social e ambiental em escolas públicas e encontro com líderes comu-nitários, entre outras iniciativas da empresa.

Isso vem acontecendo em Brasília Teimosa, comunidade carente de Recife, onde a Odebrecht Ambiental passou a cuidar do esgotamen-to sanitário a serviço da Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) em julho de

2013. Trata-se de uma concessão administrati-va, com duração de 35 anos, na qual a empresa é responsável por recuperar e operar todos os sis-temas de esgoto já existentes em 14 municípios da região metropolitana de Recife, mais a cidade de Goiana, e ampliar de 30% para 90% a coleta de esgoto em toda a região, de modo a garantir 100% de tratamento para o volume coletado em um prazo de 12 anos.

Reunidos em uma praça, Rita Lima e Melquisedec Soares da Silva, moradores de Brasília Teimosa, falam sobre o serviço prestado pela equi-pe da Odebrecht Ambiental na comunidade. "As pessoas da empresa falam a língua do povo. Elas nos trouxeram materiais didáticos sobre sanea-mento, orientações sobre o descarte de lixo, bate-ram de porta em porta e explicaram todo o pro-cesso que seria realizado em nossa comunidade. Tiveram humildade ao chegar aqui e nos pediram apoio para replicar todo o aprendizado aos nossos familiares", relata Rita.

Melquisedec destaca a capacitação dos profis-sionais e a qualidade da relação entre a empresa e os moradores. "A grande diferença que nota-mos é a oportunidade que temos de interagir. As equipes da Odebrecht Ambiental nos escutam e

π Maria Aparecida de Jesus: "Agora eu tenho confiança na qualidade da água"

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C o n c e s s õ e s

Conheça alguns números da Fundação Getúlio

Vargas (FGV) que reiteram a importância da

universalização do saneamento

30%É a diferença no aproveitamento escolar entre as crianças que têm e as

que não têm acesso ao saneamento básico

R$ 42 milhõesÉ a economia ao ano graças às internações evitadas, sem considerar

as economias decorrentes da redução de

aquisição de medicamentos e das despesas

de deslocamento para consultas médicas

217 mil É o número anual de trabalhadores

que precisam se afastar de suas

atividades por causa de problemas

gastrointestinais ligados à falta

de saneamento

18%É o índice de valorização que um imóvel localizado

em uma cidade de porte

médio pode atingir ao

passar a ser beneficiado

integralmente pela

cobertura de saneamento

25%menosinternações hospitalares

65%de reduçãona mortalidade decorrente de

infecções

gastrointestinais

A cada afastamento,

perdem-se

17 horas de trabalho

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são humildes no momento de nos pedir ajuda so-bre algum fator histórico. Além dos equipamen-tos modernos que usam, eles entendem do que fazem e, qualquer dúvida que temos, eles nos ex-plicam."

Durante a entrevista à equipe de Odebrecht

Informa, eles avistam um carro de manutenção da empresa. "Aquele ali é Felipe, que agora é Fê para a gente. Ele, Bruninho, Alexandre, Gilson, Celiane e os outros já são como se fossem da nossa família", diz Rita, sorrindo.

"Fê" a quem eles se referem é Felipe Parente, Responsável pela Supervisão e Manutenção de Redes da Odebrecht Ambiental. Esse engenheiro ambiental de apenas 24 anos, quando questiona-do sobre a relação que tem com os usuários-clien-tes, é enfático: "Eles conquistam mais a gente do que nós a eles. Como diz a TEO [Tecnologia Empresarial Odebrecht], a necessidade do cliente é o que nos mantém vivos. Por isso, trago comigo o espírito de servir para apoiá-los no que preci-sam. Se o serviço que eu presto a eles for de qua-lidade, nossa empresa estará bem representada, o que refletirá uma imagem positiva."

π Estação de Tratamento de Esgoto em Cachoeiro de Itapemirim: serviços da Odebrecht Ambiental na cidade recebem

amplo reconhecimento da população

Do pavor à satisfação

Essa imagem mencionada, em Recife, por Felipe é percebida por Osmar Ribeiro Rosa, 80 anos, morador de Cachoeiro de Itapemirim. De chine-lo de dedo, sentado em uma cadeira, no pátio de sua casa, ele recebe a equipe de Odebrecht Informa. Fundador da entidade Grupo Beneficente Princesa do Sul, Osmar relata sua experiência com o aten-dimento dos integrantes da Odebrecht Ambiental. “Foi em um sábado. O esgoto entupiu, e eu e mi-nha senhora ficamos apavorados. Achamos que fi-caria assim o fim de semana todo. Ligamos para o atendimento 24 horas da empresa e, em pouco tempo, eu vi aquele caminhão chegando à porta da minha casa.”

Segundo ele, a equipe identificou-se e, rapida-mente, resolveu o problema. “Ficamos bobos com a atenção e o carinho. Por isso, queria entregar essas medalhas de honra aos dois trabalhadores. Nós não fazemos isso com qualquer pessoa, não!”, explica Osmar. Ele recebe os encanadores José Carlos de Andrade e Jamir Pereira, integrantes da Odebrecht Ambiental que prestaram o serviço e foram homenageados pelo morador satisfeito. “Me

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sinto honrado em receber o carinho e a admira-ção de um cliente como o seu Osmar. Em todos os atendimentos, sempre procuramos ouvir o clien-te e entender o que podemos fazer para ajudá-lo. E, com atitudes como essa, percebemos que nos-sa dedicação faz diferença”, diz José Carlos. Jamir reitera: “Isso dá uma boa ideia da importância do serviço prestado pela Odebrecht Ambiental aqui em Cachoeiro”.

Em Uruguaiana (RS), cidade da região da fron-teira com a Argentina, onde a concessão é plena (água e esgoto) e beneficia mais de 125 mil habi-tantes, o atendimento aos usuários-clientes ga-nhou um adicional. Além da loja física, serviço

0800, site e envio de SMS para registro e abertura de chamados, outra forma de contato adotada é o laboratório móvel. É um veículo equipado com la-boratório que vai até as pessoas para sanar dúvi-das e coletar água em mais de 100 pontos da cida-de, realizando 3.200 análises mensais para garantir a qualidade da água em toda a rede de distribuição.

“Essa forma de atuação dos nossos Empresá-rios-Parceiros garante que os usuários das conces-sões da Odebrecht Ambiental, nos 11 estados onde estamos presentes, disponham da mesma quali-dade de serviço e atenção que são pautadas pelo nosso espírito de servir”, diz o Líder Empresarial Fernando Reis. ]

π Integração em Brasília Teimosa: a partir da esquerda, o morador Melquisedec da Silva e os integrantes da Odebrecht

Ambiental Lilian Freire, Leonicy Lima e Felipe Parente, o Fê

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Adquira o seu exemplar com Regina Ribamar pelo email:

[email protected] ou nas seguintes livrarias:

Esta é uma das ideias de Emílio Odebrecht,

Presidente do Conselho de Administração da

Odebrecht S.A., apresentadas no livro Confiar

e Servir, cuja edição em inglês (To Trust and To

Serve) acabou de ser publicada.

“ Não há empresa forte em país fraco,

nem país forte com empresas fracas.

www.livrariacultura.com.br | www.travessa.com.br | www.corujabooks.com.br

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Uruguaiana, cidade gaúcha de 130 mil habitan-tes localizada na fronteira com a Argentina. Aqui, a Odebrecht Ambiental é concessionária dos ser-viços de água e esgoto, com contrato de 30 anos e meta inicial de dotar todas as residências de rede coletora interligada ao sistema de tratamento de esgoto até 2016. “Começamos o trabalho em 2011, com o desafio de implantar quase 250 km de re-de em quatro anos”, relata Eduardo Frediani, Diretor de Concessão. Para cumprir o compromisso, foram analisadas alternativas e tecnologias de fácil aplica-ção e qualidade assegurada, o que abriu oportuni-dades para a Braskem. Em Uruguaiana, verifica-se hoje um exemplo das possibilidades de atuação da companhia petroquímica da Odebrecht em conces-sões e PPPs (Parcerias Público-Privadas) com a par-ticipação de outras empresas da Organização.

O PLÁSTICO ESTÁ NA ÁREA

Texto Thereza Martins

“Identificamos uma oportunidade de ganhar tempo e eficiência instalando poços de visita de po-lietileno [PE]”, informa Frediani. Nesse caso, o plás-tico foi a opção escolhida, em vez do concreto e alve-naria, que predominam em projetos de saneamento. Os poços de visita são recipientes circulares, com 2 a 4 m de altura, a depender do volume de esgoto co-letado, utilizados para serviços de limpeza e manu-tenção da rede. Frediani explica que a instalação das peças, obrigatória a cada 80 ou no máximo 100 m, é uma das etapas mais demoradas da obra, quando elas são feitas com concreto. “É necessário quase um dia e meio de trabalho para concluir a instalação de um poço de visita de concreto, da abertura da vala à colocação da tampa, enquanto a opção em PE fica pronta em até uma hora, uma vez que a peça é in-dustrializada e chega pronta ao canteiro de obra.”

π Integrante da PlastPrime nas instalações da empresa, em Curitiba, com o produto inovador PlastFloor. Na página ao

lado, posicionamento de laje preenchida com as esferas BubbleDeck, em Taguatinga (no alto), e colocação de poços de

visita em Uruguaiana: o plástico conquista seu espaço no canteiro de obras

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PRODUTOS DA BRASKEM ESTÃO PRESENTES

EM PROJETOS DE CONCESSÃO E PPPS

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35Odebrecht informa

A esse diferencial somam-se atributos técni-cos testados e aprovados em laboratório, tanto da Braskem, produtora da resina, quanto de labora-tórios independentes e também da Asperbras, fa-bricante das peças. “O polietileno é inerte à ação de bactérias e substâncias químicas presentes no esgoto doméstico, resiste a impactos e não trinca como o concreto, o que evita vazamento de esgo-to para o lençol freático e infiltração de água ex-terna na rede”, afirma Jorge Alexandre da Silva, Coordenador de Projetos de Desenvolvimento de Mercado PE, da Braskem. O novo poço de vi-sita atende às normas técnicas da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), referência para o setor. Em Uruguaiana, serão instaladas mais de 4 mil unidades ao longo dos 250 km de rede coletora.

Após quase cinco anos de desenvolvimento tecnológico e testes de estrutura, material, resis-tência química, física e mecânica, o produto che-gou ao mercado em 2012, e há um longo caminho a percorrer até ser conhecido e aceito plenamente. Mas a Asperbras, empresa fabricante da peça, com sede em Penápolis (SP), enxerga boas perspectivas em curto prazo. Tanto que está concluindo uma nova planta industrial na Bahia, para suprir con-tratos nas regiões Norte e Nordeste.

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“Menos de 50% da população brasileira é aten-dida por serviços de coleta de esgoto. Esse dado revela o potencial de mercado que vislumbramos”, afirma Vicente Silva, Diretor Técnico e Comercial de Saneamento da Asperbras. “Estamos atuando para levar informação às prefeituras e concessioná-rias, além de treinamento às equipes responsáveis pela instalação das peças. Quando bem assentadas, elas podem durar décadas.”

PPP em Rio Claro

Produtos feitos com plástico da Braskem também estão presentes nas obras de esgotamento sanitário realizadas pela Odebrecht Ambiental em Rio Claro (SP), em contrato de PPP com a Prefeitura. São 21 km de tubulações de polietileno de alta densi-dade (PEAD), material fabricado pela Tigre e uti-lizado como alternativa ao concreto e ao aço gal-vanizado.

“O uso de PEAD em redes de esgoto é relati-vamente recente e tem substituído outros ma-teriais por conta da facilidade de processamen-to e das boas propriedades mecânicas e químicas”, destaca Paula Violante, Diretora de Concessão da Odebrecht Ambiental em Rio Claro.

Ela explica que as tubulações de PEAD resistem a elevadas sobrecargas por possuir a parede externa corrugada (com sulcos). Já a parede interna, lisa, pos-sibilita rápido escoamento do efluente. Dessa forma, as tubulações podem ter diâmetros menores para a mesma vazão, quando comparadas às de concreto. Uma das principais características do plástico, a le-veza, faz diferença em produtividade no transporte e na instalação das peças, além de dispensar equipa-mentos especiais para a implantação dos tubos.

“Essa presteza no manuseio do material tem si-do fundamental para a execução das obras”, afirma Paula Violante. A implantação da rede coletora de esgoto com tubulação de PEAD começou em 2013 e continua neste ano. As obras ocorrem de norte a sul da cidade, passando por área urbana e em vias com tráfego intenso. “Como esse trabalho ocorre em uma região densamente povoada, buscamos utilizar materiais que nos garantissem qualidade e, também, agilidade na execução das obras”, explica Paula. E os resultados têm sido positivos. Mais da metade da nova rede já está implantada, e a previsão é de que os trabalhos sejam concluídos em 2014, garantindo uma importante conquista para Rio Claro: a univer-salização dos serviços de esgotamento sanitário.

π Eduardo Frediani: ganho de tempo e eficiência

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conhecer os benefícios do plástico e confiar neles. Para isso, temos feito palestras, inclusive em uni-versidades, e percebemos que os profissionais estão abertos à novidade, mas demandam subsídios, co-mo testes e laudos.”

A presença de diferentes empresas da Organização Odebrecht em um mesmo ambiente de negócios propicia a geração de oportunidades para todos os elos da cadeia. A transversalidade ocorre à medida que os parceiros se integram para melhor servir ao cliente. Além dos dois exemplos de pro-jetos de saneamento citados, a PPP Habitacional do Jardins Mangueiral, em Brasília, é outro ca-so especialmente significativo: reuniu Odebrecht Realizações Imobiliárias, Braskem e PlastPrime, indústria de transformação do plástico, para levar inovação à construção civil.

Em alguns condomínios da obra foi utiliza-do o PlastFloor, uma estrutura de plástico com

Novos negócios

Em outra frente, a da indústria da construção civil, o plástico está conquistando espaço, graças a solu-ções baseadas em avanços tecnológicos e esforços de desenvolvimento de mercado. A Braskem atua com esse foco, ao buscar parcerias na cadeia da constru-ção. De um lado, seus clientes, que transformam re-sinas termoplásticas (polietilenos, polipropileno e PVC) em produtos para o setor; do outro, projetistas e construtores, que especificam o material a ser uti-lizado em suas obras. Essa aproximação ocorre tanto com profissionais do mercado quanto com integran-tes de outras empresas da Organização Odebrecht.

“Nosso objetivo é aproximar os dois elos da cadeia”, afirma Mônica Evangelista, Gerente de Desenvolvimento de Mercado em Construção e Edificação para o Polipropileno. Ela ressalta que são múltiplas as oportunidades para o plástico no setor, mas ainda falta informação. “O projetista precisa

π Paula Violante: destaque para as propriedades mecânicas e químicas do PEAD

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espaços vazados que, nesse projeto, substituiu o concreto em áreas de estacionamento e passa-gem de veículos. “O PlastFloor pode ser preen-chido com grama, pedris (cascalho) ou areia e é totalmente permeável, o que facilita a drenagem do terreno”, informa Suelen Oliveira, Gerente de Marketing da PlastPrime, explicando que no Jardins Mangueiral, a estrutura de plástico foi preenchida com pedris. No projeto foram utili-zados 36 mil m2 de PlastFloor. A estrutura é fa-bricada com polietileno de alta densidade e apre-senta benefícios como facilidade de instalação, elevada resistência à carga, resistência aos raios UV e permeabilidade, requisito de sustentabili-dade cada vez mais valorizado em construções e edificações.

Telhas de PVC

O contrato de PPP Inova BH, para a construção e

operação de 37 escolas durante 20 anos em Belo Horizonte, é outro exemplo de transversalidade. Odebrecht Infraestrutura-Brasil, Braskem e Precon, produtora de telhas de PVC, agregaram valor ao projeto, ao proporem uma solução mais durável e de fácil manutenção: as telhas de PVC.

Paulo Freire, Gerente de Contas PVC, explica que a telha de PVC está ganhando espaço frente às cerâ-micas, metálicas e de fibrocimento. “Quando com-parada com a telha de fibrocimento, por exemplo, a de PVC apresenta mais conforto térmico, acústico, não há perda no transporte nem na instalação, além de oferecer menor custo de manutenção.”

A Precon, que possui sede em Pedro Leopoldo (MG), construiu nova fábrica em Marechal Deodoro (AL), onde estão as unidades de PVC da Braskem, com o objetivo de abastecer o mercado do Nordeste. A nova fábrica entrou em operação em janeiro de 2014.

π Suelen Oliveira: facilidade de instalação, elevada resistência à carga e permeabilidade são características do PlastFloor

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Tecnologia BubbleDeck

O projeto do Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF) é a primeira obra de grande porte no Brasil a utilizar o sistema construtivo BubbleDeck. “Em países europeus, no entanto, a tecnologia de origem dinamarquesa é bastante conhecida e já conquistou prêmios de inovação e sustentabilida-de”, afirma Wlício Chaveiro Nascimento, Sócio-Diretor da BubbleDeck Brasil.

A nova tecnologia utiliza esferas de polipropile-no (PP) para diminuir o peso das lajes, com ganho em agilidade, redução de custos e impacto am-biental. “As esferas de PP são inseridas de forma uniforme entre duas telas metálicas soldadas para ocupar espaços nos quais o concreto não desem-penha função estrutural”, explica Marcelo Moreira,

Responsável pela área Comercial do Consórcio Construtor do CADF, integrado pela Odebrecht Infraestrutura-Brasil e Via Engenharia. Com o uso das esferas de PP, há uma redução de até 35% no peso das lajes, o que dispensa a utilização de vigas de aço para sustentação.

O Centro Administrativo é composto de 16 prédios. em uma área construída de 182 mil m2 e conta com, aproximadamente, 161 mil m2 de pai-néis de BubbleDeck por dia. As peças foram fa-bricadas em uma unidade instalada no canteiro de obras pelo consórcio. O CADF será administrado pela Concessionária do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad), formada pela Odebrecht Properties e a Via Engenharia, em re-gime de PPP. ]

π Marcelo Moreira: redução de até 35% no peso das lajes

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π Trabalhador rural peruano com alpaca às margens da IIRSA Sul: ligação entre a serra de Cusco e a fronteira com o Brasil, no Acre

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UM OLHAR AMPLO Texto Eliana Simonetti

Candelária Condori, vendedora ambulante de 45 anos, e Victoria de la Cruz, dona de casa de 56, se conhecem há muito tempo. Nem sabem dizer exatamente quanto. Elas se encontram quase dia-riamente em uma calçada, perto da Ponte Alipio Ponce, na via Panamericana Sul, um dos princi-pais eixos de acesso a Lima. Atualmente, reúnem-se para conversar em uma área com calçamento, limpa, contornada por um gramado. Victoria, que pega ônibus ali, recorda: “Antes, isso aqui era o caos. Era um lugar perigoso, sem iluminação, sem calçamento. Os motoristas paravam os carros on-de bem entendiam, e para tomar uma condução as pessoas corriam e se empurravam”. Candelária complementa: “Além disso, havia sujeira por to-da a parte. Caminhões vinham despejar restos de material de demolição e até sacos de lixo domés-tico no meio da avenida”.

O “antes” de que as duas senhoras falam refere-se a período anterior a fevereiro de 2013. Naquele mês, a concessionária Rutas de Lima começou a recolher toneladas de lixo, construir passarelas de pedestre, espalhar sinalização com mensagens educativas, instalar pontos de ônibus e recuperar as áreas verdes. No início de 2014, os moradores da capital peruana já podiam sentir que algo de positivo estava acontecendo nas franjas da cidade.

A Rutas de Lima tem a participação da Odebrecht Latinvest, que se dedica a conces-sões de infraestrutura de transportes e logística na América Latina (exceto Brasil), da Odebrecht Infraestrutura – América Latina e de um fundo de investimento em infraestrutura administrado pela Sigma, tradicional administradora de fundos de investimentos privados do Peru.

Para a Municipalidade Metropolitana de Lima, a Rutas de Lima irá, em três anos, reformar e mo-dernizar os três principais eixos de acesso à ci-dade: a Panamericana Norte, a Panamericana Sul e a Autopista Ramiro Prialé, em um total de 115 km de vias urbanas. Com isso, integrará 23 distritos da capital. O investimento estimado é de US$ 590 milhões – cujo financiamento a Odebrecht Latinvest deverá equacionar até julho. O retorno virá do pedágio cobrado nas três vias ao longo do período de concessão: 30 anos.

“Queremos viabilizar investimentos que gerem oportunidades de obras de longo pra-zo. Buscamos somar as competências da Organização, mitigando riscos e qualificando o

CONCENTRADA HOJE NO PERU E NA COLÔMBIA,

ODEBRECHT LATINVEST PARTICIPA DE PROJETOS QUE

PROPORCIONAM ÀS COMUNIDADES BENEFÍCIOS QUE

EXTRAPOLAM O ÂMBITO DO ATIVO ADMINISTRADO

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processo”, diz Jorge Barata, Diretor-Executivo da Latinvest.

Atualmente, a Odebrecht Latinvest tem ativos no Peru e na Colômbia e estuda oportunidades para expandir-se para o México e o Panamá, com foco não apenas em vias e rodovias, mas também em portos, dutos, aeroportos e linhas de metrô. “Nosso contato direto com os usuários nos per-mite oferecer serviços compatíveis com as neces-sidades. Assim, reforçamos nosso compromisso com os acionistas de investir, gerando bem-estar nas localidades”, afirma Barata.

IIRSA Norte

Um exemplo disso: desde 1997, o Ministério da

Agricultura do Peru busca substituir o cultivo de coca na região de selva, no Norte do Peru, e uma alternativa é o cultivo do palmito. Em 2003, foi criada a Associação de Produtores de Palmito Aliança (Apropal), com 250 agricultores associa-dos. Mas o palmito é cultivado para exportação e de nada adianta haver produto se ele não pu-der ser escoado para o estrangeiro. Nesse ponto entra outra concessão rodoviária da Odebrecht Latinvest: a IIRSA Norte, parte da Iniciativa de Integração de Infraestrutura Sul-americana Norte, entre o porto de Paita e as cidades de Tarapoto e Yurimaguas, na selva amazônica peruana.

“As melhorias na estrada nos levaram a tripli-car a área plantada com palmito. Nossa indústria,

π IIRSA Norte: mais eficiência no escoamento da produção agrícola para o exterior

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hoje, emprega 70% mais trabalhadores do que em-pregava em 2006”, salienta Raúl Talledo, Gerente da Apropal. Outro indicador de melhoria de bem-estar nas localidades é fornecido por Ricardo Paredes, Presidente da Junta Coordenadora de Transportistas do Departamento de San Martín. Segundo ele, em 2006 não se conseguia vencer os 127 km entre Tarapoto e Yurimaguas em menos de oito horas. Hoje, esse trecho é percorrido em duas horas. “Como o tempo é o regulamentar e os gastos são menores, as transportadoras estão in-vestindo na renovação de suas frotas, e o custo do frete vem caindo”, explica.

No Departamento de San Martín, segun-do dados do governo da região, a taxa média de

crescimento do Produto Interno Bruto, nos últi-mos quatro anos, foi de 9,8% ao ano – elevadís-sima quando comparada à média dos 15 anos an-teriores, de 1,5% ao ano.

No Peru, além de estar presente na Rutas de Lima e na IIRSA Norte, a Latinvest participa da IIRSA Sul, que administra 656 km de estradas que conectam a serra de Cusco à fronteira com o Brasil, no Acre.

Colômbia

Na Colômbia, a Odebrecht Latinvest dá sua con-tribuição, por intermédio da concessionária Ruta del Sol, responsável por uma rodovia que se es-tende por 528 km e que vem sendo melhorada

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e duplicada. Principal via nacional colombiana, a Ruta del Sol liga a capital Bogotá ao interior da Colômbia e à costa do Caribe, e conecta três dos principais portos do país: Santa Marta, Cartagena e Barranquilla. A concessão tem duração de 25 anos.

Na concessionária Ruta del Sol, a Odebrecht Latinvest e a Odebrecht Infraestrutura – América Latina têm como parceiras a Corficolombiana, uma das maiores corporações do país, fundada em 1959, e o Grupo Solarte, organização familiar que é a maior da construção civil na Colômbia.

A estrada atravessa várias comunidades. Diversas escolas têm seus portões à margem da rodovia de alta velocidade. Rosa Edith Montiel, diretora do Centro Educativo Luis Alberto Badillo Aguachica, no Departamento de Cesar, lembra-se de que, sem que houvesse melhorias na pista, ocorriam muitos acidentes. O portão da escola, em que estudam 250 crianças e jovens com idades entre quatro e 18 anos, fica a 50 me-tros da estrada.

A Rutas del Sol implantou o programa, deno-minado Enrutados con la seguridad vial (“Na rota com a segurança rodoviária”), com o objetivo de desenvolver bons hábitos na convivência com o trânsito. “Tivemos mais de 6 mil alunos de todas as idades, de 80 escolas, participando do proje-to, e o efeito multiplicador foi notável, pois logo percebemos grandes mudanças de comportamen-to, não apenas nos estudantes, mas também em seus familiares”, diz Rosa, impressionada com os resultados alcançados.

Paula Andrea Díaz Calderon, uma das alunas da diretora Montiel, tem 11 anos de idade, e sua casa, como a escola, fica à beira da estrada. Ela aprendeu a tomar cuidado ao atravessar a rodo-via. Mais que isso, Paula aprendeu que a estrada leva a lugares interessantes, que agora deseja co-nhecer e onde poderá estudar e tornar-se médica, para ajudar outras pessoas, como sempre sonhou. “Eu acho que vou conseguir fazer o que desejo no futuro”, diz. ]

π Ruta del Sol: principal via colombiana, que liga Bogotá ao interior do país e à costa do Caribe

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45Odebrecht informa

Com experiência de mais de 30 anos

e parceiros integrados à Cultura

Odebrecht, qualificamos pessoas e

investimos em novas tecnologias para

continuarmos a ser a sua melhor

escolha em exportação e importação

de bens e serviços, global sourcing

e expatriação de Integrantes.

Novo nome. Nova marca.

E investindo para lhe oferecer

serviços cada vez melhores.

Nossa marca mudou.

A Olex tem novo nome e nova marca.

Passa a chamar-se Odebrecht

Serviços de Exportação (OSE).

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A R G U M E N T O

Era 1993, e a Odebrecht movimentava-se à procura de novos negócios, principalmente daqueles que eu gosto de chamar de “fora da curva”.

Na área de energia, já havia a preocupação de que, se o país crescesse um pouquinho mais, iria faltar energia. Para nós, acostumados a desafios, o chamado foi rapidamente compre-endido: vão e descubram qual é o novo negócio nessa área, para estudarmos e chegarmos antes dos concorrentes.

Assim, identificamos que a Centrais Elétricas do Sul (Eletrosul) estava há, pelo menos, uma década tentando viabili-zar, sem sucesso, um empreendimento de mais de US$ 1 bilhão e que ele seria o primeiro aproveitamento hidrelétrico no Rio Uruguai. Considerando que a legislação para o setor elétrico era incipiente, o valor do projeto alto demais e as condições para obtenção de financiamento de longo prazo, garantias e se-guros complicadíssimas, era quase impossível para o setor pú-blico a viabilização do projeto naquela época.

Chegamos a Santa Catarina com a Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) e com a certeza de que “Nossos negócios são simples. Trata-se apenas de servir ao Cliente, sempre mais e melhor”. Estava desenhado o caminho para tornar a Hidrelétrica de Itá, com capacidade instalada de 1.450 MW, a primeira con-cessão no setor elétrico brasileiro para a iniciativa privada.

A partir de então, a Odebrecht vem especializando-se em diferentes formas de Parcerias Público-Privadas (PPPs), in-vestindo fortemente no Brasil e em outros países, nos setores de geração de energia, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, saneamento, entre outros, praticando os mais diversos mode-los de concessão, em segmentos de negócios impensáveis uma década atrás.

Hoje estamos envolvidos com as sofisticadas MIPs (Manifestações de Interesse Público), trazendo para o setor privado a transformação e a gestão de bairros inteiros no Rio de Janeiro, assumindo as funções do setor público na opera-ção do transporte de massa ou sendo responsáveis pela cons-trução, com recursos privados, de equipamentos e instalações para a Copa do Mundo da Fifa 2014 e as Olimpíadas Rio 2016.

Como se não bastasse a aplicação e os riscos de toda es-sa frenética engenharia e de equações financeiras as mais di-versas, resolvemos partir em direção à emoção das massas que se movimentam pelas nossas arenas, trocando o “Cliente Satisfeito” pela “Satisfação” de milhares deles.

A gestão e operação das arenas, dos transportes urbanos, das rodovias e futuramente dos aeroportos e portos lançam-nos à realidade de que não podemos parar, de que temos que nos superar a cada dia.

Esse é o nosso destino. É o destino da própria Odebrecht, rumo ao futuro, rumo à perpetuidade. Só que, antes, precisa-mos continuar crescendo, oferecendo aos clientes nossa con-tribuição empresarial qualificada, inseridos na viabilização de projetos estratégicos fundamentais para o nosso crescimento e o do país. ]

FORA DA CURVA

"NÃO PODEMOS PARAR.

TEMOS QUE NOS SUPERAR A CADA DIA"

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João Borba é Diretor-Presidente da Concessionária Maracanã

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E Q U A D O R

DE PAI PARA FILHONO PROJETO DAULE-VINCES, FAMILIARES TRABALHAM JUNTOS,

FAZENDO DO CANTEIRO UMA EXTENSÃO DO LAR (E VICE-VERSA)

O dia vai chegando ao fim. É hora da troca de turno entre as equipes do Projeto Transvase Daule-Vinces, em construção na divisa das províncias de Guayas e Los Ríos, no Equador. A equipe de Odebrecht Informa foi convidada pela família Párraga para jantar em seu apartamento na pequena cidade de Balzar, a 17 km do canteiro principal. “É lá que dormimos durante a semana. Meu filho vai preparar algo para comermos”, diz Manuel Párraga, Engenheiro Responsável pela Área de Topografia. Durante a ceia, eles foram en-trevistados para a reportagem sobre pais e filhos que trabalham juntos no projeto.

Manuel Párraga, 47 anos, natural da Província de Manabí, ingressou na Odebrecht em 1999. Participou de diversas obras no país, como a construção da

Texto Edilson Lima | Foto Guilherme Afonso

Usina Hidrelétrica de San Francisco, e depois partiu para desafios na República Dominicana, no Panamá e no Peru. Retornou ao Equador e, desde 2012, atua no Projeto Daule-Vinces, ou simplesmente Dauvin, como as equipes o chamam.

Obra da Odebrecht Infraestrutura – América Latina, o Projeto Dauvin tem como destaque um canal artificial de 70 km, que ligará o Rio Daule ao Rio Vinces e levará água para outros sete pe-quenos rios. A área beneficiada será de 215 mil hectares, abrangendo 130 mil pessoas de 11 muni-cípios. Atualmente, no período de seca (de junho a dezembro), a produção no campo fica quase es-tagnada. O objetivo do projeto é garantir água para o ano inteiro e, assim, assegurar o dinamismo da

π Pedro Pablo Bastidas Sanabria (à esquerda) é encarregado de elétrica, e seu filho, Pedro Pablo Bastidas Morejon, ajudante

de manutenção e produção: família no canteiro

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economia e a geração de trabalho na agricultura. Mais de 900 pessoas atuam na obra, que está com avanço físico de 40% e prevista para ser inaugura-da em dezembro de 2015.

Manuel Párraga convenceu seu filho Manuel Alejandro Párraga, 22 anos, a ingressar no projeto como topógrafo. Perguntado sobre sua principal me-ta na carreira, o filho responde: “Quero ser tão bom quanto meu pai, ou até mesmo superá-lo”.

Assim como os Párraga, os Mendoza também vivem a experiência de trabalhar em família. Felix Mendoza Andrade, topógrafo com 17 anos de em-presa, sempre motivou o filho, Felix Mendoza Tubay, 22 anos, a compartilhar com ele o ambien-te profissional. “Aprendi muito e mostro a ele que, com dedicação, a gente cresce”, argumenta o pai. O filho é ajudante de topografia e pretende, em bre-ve, iniciar a graduação em Engenharia Civil. “Sei que nada é fácil, mas quero aproveitar cada opor-tunidade”, ele diz.

Valores compartilhados

Se ter um filho seguindo seus passos já é moti-vo de orgulho, imagine então ter dois. É o caso de Luis Burgos, 63 anos, Responsável por Segurança do Trabalho, que ingressou na Odebrecht há 20 anos. Sempre que possível levava os filhos Luis Joel Burgos e Richard Burgos para os eventos da empresa, de modo a aproximá-los da Odebrecht. “A primeira escola de uma pessoa é a família. Se você educa bem um filho, ele será um grande ho-mem”, enfatiza Luis.

Hoje, aos 38 anos, Richard atua no projeto como Responsável pela Central Industrial de Produção de Concreto. “Cumprir as metas, fazer o que é certo, ter responsabilidade. Tudo isso aprendi no trabalho e com meu pai”, afirma Richard. Luis Joel, 29 anos, técnico de Segurança do Trabalho, acrescenta: “Meu pai é exigente e está sempre transmitindo sua expe-riência, o que tem me feito crescer como pessoa e profissional”, analisa o filho.

π Manuel Alejandro Párraga (à esquerda) e Manuel Párraga Pisco: "Quero ser tão bom quanto meu pai,

ou até mesmo superá-lo", diz Manuel Alejandro

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Marçal Silva, 63 anos, e o filho Márcio Silva, 27 anos, são brasileiros. A passagem do pai pe-lo Equador, entre 1992 e 2009 (com um intervalo entre 2000 e 2003), permitiu que Márcio vivesse grande parte de sua infância nesse país, até o ano 2000, quando retornou ao Brasil. Formou-se em Relações Internacionais e entrou na Odebrecht há cinco anos, atuando em obras no Rio de Janeiro. No início de 2013, voltou ao Equador, como Responsável por Importações. “Aqui eu me sinto em casa. E mesmo distante de meu pai, que vive no Rio de Janeiro, conversamos diariamente para trocar experiências”, ele relata.

Histórias assim multiplicam-se pelo canteiro de obras. O jovem Abel Moreno, 22 anos, está inician-do a vida profissional como ferreiro, o mesmo ofí-cio no qual o pai, Rafael Moreno, começou, há cerca de 20 anos. Hoje, aos 50 anos, Rafael é encarregado de obras, mesma função de José Baquerizo, 48 anos, pai de Ronald Baquerizo, ferreiro de 22 anos. Aos

π A partir da esquerda, Luis Joel Burgos Alonso, Luis Joel Burgos Bernal e Richard Fabian Burgos Alonso: "A primeira

escola de uma pessoa é a família", diz o pai

49 anos, Pedro Pablo Bastidas Sanabria é encarrega-do de elétrica. Aprendeu no trabalho os desafios de grandes obras e hoje conta com a companhia do filho Pedro Pablo Bastidas Morejon, 21 anos, ajudante de manutenção e produção. Destaca-se também a par-ticipação do Jovem Parceiro Carlos Huayamare Filho, da área de Importações, filho de Carlos Huayamare, que atuou no Equador e hoje trabalha em projetos da Odebrecht no Peru.

A satisfação permeia a descrição do ambiente feita por Júlio Lopes Ramos, Diretor de Contrato. Ele é um entusiasta da interação entre pais e fi-lhos no canteiro de obras. Júlio atuou no Equador de 1992 a 2003. Depois esteve em Angola, Bolívia, Cuba, Panamá e, em 2013, retornou ao Equador. “Muitos desses pais foram contratados por mim nos anos 1990. É um orgulho poder receber na empresa a segunda geração e observar como o co-nhecimento e a filosofia da Odebrecht estão se perpetuando entre eles.” ]

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E N T R E V I S T A

EM NOME DO CIDADÃO SATISFEITOPAULO CESENA, DIRETOR-EXECUTIVO DA ODEBRECHT TRANSPORT

Texto Bárbara Rezendes | Foto Paulo Fridman

“A realidade é desafiadora e motivadora. Existe uma série de oportunidades para que seja prestado um serviço cada vez melhor ao cidadão”, diz Paulo Cesena. Integrante da Organi-zação desde 1998, ele começou na OPP Petroquímica, uma das empresas que viriam a fazer parte do processo de criação da Braskem. Atuou na Construtora Norberto Odebrecht e, em 2008, na Odebrecht S.A., como Responsável por Finanças. “Estive na holding no momento em que tínhamos apenas três Negócios: Engenharia e Construção, Química e Petroquímica e Bioenergia. Houve, então, a decisão de desmembrá-los em novas empresas”, relembra. Cesena conta que muito da experiência que viveu como líder do programa de Finanças ele utiliza para o desenvolvimento do Negócio de Transporte e Logística da Odebrecht no Brasil, cuja condução ele assumiu em 2011. Nesta entrevista, Paulo Cesena, Diretor Executivo da Odebrecht TransPort, relembra momentos especialmente significativos da atuação da Organização em concessões e destaca as conquistas de sua equipe, nestes três anos, à frente das 19 empresas que compõem o Negócio, nos segmentos de mobilidade urbana, rodovias, logística e aeroportos – a maior parte delas prestando serviço diretamente ao consumidor final.

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51Odebrecht informa

π De que forma a Organização ingressou no negócio de

concessões, diversificando não apenas sua atuação, mas

seu cliente final?

A Odebrecht está envolvida com concessões há cerca de 30 anos. Algumas delas foram as primeiras concessões do Brasil em energia, saneamento e rodovias. Assim como a Odebrecht TransPort, as empresas da Organização que atuam nesse modelo são oriundas da Engenharia & Cons-trução. Na época de sua criação, tínhamos quatro ativos [Concessionária Litoral Norte, na Bahia; Concessionária Rota dos Coqueiros, em Pernambuco; Concessionária Rota das Bandeiras e Embraport, ambas em São Paulo]. Reunimos essas empresas e formamos, em 2010, o novo Negócio.

π Atender o usuário final de um ativo é apenas o pro-

cesso final de uma concessão. Que fases antecedem o

contato com o público?

Antes de servir o cliente em uma concessão, o Negócio realiza uma fase muito importante de estruturação dos pro-jetos, desde o planejamento da engenharia até os detalhes jurídicos e financeiros. Só em 2013, a Odebrecht TransPort levantou, aproximadamente, R$ 8 bilhões em recursos para os seus projetos. Após a conquista, são, em média, três anos para implantar o que foi planejado e começar a operar o ativo. O Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, é um bom exemplo, pois reflete o trabalho de três anos da equipe para conquistar concessões na área aeroportuária.

π A sinergia entre os Negócios da Organização agrega

conhecimento e traz produtividade. De que forma a

Odebrecht TransPort tem trocado experiências?

Na Odebrecht TransPort, temos a felicidade de contar com pessoas que vieram de diversos Negócios da Organização. Essa diversidade é fundamental e nos complementa. As concessões que conquistamos recentemente, por exemplo, foram obtidas porque tínhamos os melhores projetos de engenharia. Trocamos muita informação também sobre logística com a Odebrecht Agroindustrial e a Braskem. Com a Odebrecht Ambiental, aproveitamos para aprimorar o modelo de Parcerias Público-Privadas [PPPs] e Estruturas de Garantias. A Organização nos oferece ainda as Comunidades de Conhecimento, que abordam temas que muito nos interessam para a troca desse aprendizado.

π Como são direcionados os investimentos da Odebrecht

TransPort?

Procuramos identificar onde estão os grandes gargalos do Brasil. Buscamos conquistar linhas que permitam a integração com os demais modais de transporte de cada região e investimos em rotas que sirvam como novas opções para o desvio do tráfego ou que aumentem a produ-tividade do setor de transporte de cargas. No Centro-Oeste,

por exemplo, assumimos o desafio de escoar a soja e pre-tendemos atuar cada vez mais para o crescimento da região, que tem uma dinâmica econômica promissora. Em Pernam-buco, queremos fazer do Porto de Suape um grande centro logístico, potencializando o terminal açucareiro de forma integrada à Concessionária Rota do Atlântico [veja repor-tagem sobre a CRA nesta edição].

π A carência de infraestrutura limita o potencial de

desenvolvimento do Brasil. De que forma o setor privado

pode contribuir nesse cenário?

O país cresceu, a infraestrutura não acompanhou esse crescimento, e o cidadão tornou-se mais porta-voz de seus direitos. A realidade é desafiadora e motivadora. Existe uma série de oportunidades para que seja prestado um serviço cada vez melhor ao cidadão, nosso cliente usuário, exigente e conhecedor de seus direitos. Há muita demanda, e o Governo Federal entende que o setor privado tem um papel importante nesse cenário. Vemos isso pelas PPPs, que estão surgindo com mais frequência, e pelo crescente número de Procedimentos de Manifestação de Interesse [PMIs], por meio dos quais nós, investidores privados, estudamos a viabilidade de um projeto e o apresentamos ao poder público. O modelo é fruto de um aprendizado da Odebrecht na América Latina e, por trazer agilidade, é considerado uma tendência pelo mercado brasileiro.

π Durante esses 30 anos, a Odebrecht aprendeu a

trabalhar em um novo modelo de negócio e de cliente.

No ambiente de uma concessão, como é a relação da

empresa com o usuário e de que forma o integrante

está envolvido?

Trabalhar com um grande número de pessoas exige per-ceber tendências individuais, para atender às exigências coletivas. Para isso, é preciso estreitar ainda mais a comu-nicação. Não vamos lutar contra a necessidade da população de ter informação imediata. Tivemos um grande aprendi-zado na SuperVia, no Rio de Janeiro, quando criamos nossa

“TRABALHAR COM UM GRANDE

NÚMERO DE PESSOAS DEMANDA

PERCEBER TENDÊNCIAS

INDIVIDUAIS, PARA ATENDER ÀS

EXIGÊNCIAS COLETIVAS”

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conta no Twitter. Abrimos um canal de diálogo ágil com o passageiro, e ele tem respostas quase que imediatamente. Nesse cenário, os integrantes precisam estar capacitados para atender com qualidade. Nosso maior desafio é disse-minar nossa cultura entre os integrantes que estão na ponta da operação e oferecer a eles um sistema de comunicação interna eficiente para que estejam mais bem preparados para servir o cliente.

π A Odebrecht TransPort teve um crescimento acentuado

em 2013. Conquistou importantes concessões, como

o Galeão, e começou a operar grandes ativos, como a

Embraport. Quais são os planos?

Enxergamos a conquista das novas concessões como uma etapa que nos leva a novos desafios, entre eles manter a estrutura financeira e buscar mais Pessoas de Conheci-mento para integrar a equipe. Temos a sensação de que já ganhamos muito, mas as oportunidades não acabam. Nossa prioridade agora é trabalhar com uma governança exemplar para implantar os projetos que conquistamos, aprimorar a operação dos nossos ativos, conseguir novas e selecionadas concessões e atrair mais capital. A governança precisa ser disciplinada, para que os nossos sócios renovem perma-nentemente sua confiança. Trabalhamos para ter a repu-tação de uma empresa sólida, de bom atendimento, mas também de boa rentabilidade. ]

CONCESSÕES DA EMPRESA ESTÃO LOCALIZADAS

EM OITO ESTADOS DE TRÊS REGIÕES

ConectCarConcessionáriaBahia Norte (Salvador)

Concessionária Litoral Norte (de Camaçari àdivisa com Sergipe)

BAH IA

Liquiport (Vila Velha)

ES P Í R I TO SAN TO

SuperViaVLT CariocaViaRioAeroporto do Galeão

R I O D E JAN E I RO

ViaQuatro Linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo

OtimaLinha 6 – Laranja do Metrô de São Paulo

SÃO PAULO (Capital)ConectCar ConcessionáriaRota das Bandeiras (região metropolitana de Campinas ao Vale do Paraíba)

Logum (Ribeirão Preto)

Embraport (Santos)

SÃO PAULO

ConectCarConcessionáriaRota do Atlântico

(Ipojuca)

ConcessionáriaRota dos Coqueiros (litoral sul)

Agrovia (Ipojuca)

P E R N A M B U CO

Rota do Oeste/BR-163 (da divisa de Itiquira/MSa Sinop/MT)

MATO GROSSO E

MATO GROSSO DO SUL

VLT (Goiânia)

GOIÁS

ÁREAS DE ATUAÇÃO DA EMPRESA

Mobilidade Urbana

Rodovias

Sistemas Integrados de Logística

Aeroportos

19É o número

de ativos administrados

pelas concessionárias que integram a

empresa

SP

PR

SC

RS

MG

DF

GO

TO

PI

MA CERN

PB

AL

SE

BA

PE

PAAM

RO

AC

RR AP

MT

MS

RJ

ES

A P R ES E N Ç A DA O D E B R EC H T

T R A N S P O RT N O B R ASI L

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MUDANÇA DE HÁBITO

Texto Emanuella Sombra

I D E I A S

Uma solução inovadora reduzirá dois me-ses de obras e 30% dos custos no esta-leiro construído pela Estaleiro Enseada do Paraguaçu, na Bahia. As equipes de engenharia do consórcio integrado pela Odebrecht concluíram que as treliças em concreto armado, em substituição às es-truturas metálicas tradicionalmente usa-das, seriam a melhor alternativa para a construção da oficina onde serão produzi-das as chapas de aço do estaleiro.

“A vantagem das estruturas metáli-cas seria o tempo mais curto de monta-gem. No entanto, elas seriam importadas da China, o que implicaria tempo de es-pera”, explica o Gerente de Planejamento Luís Bolpetti. “Além disso, a compra dos pré-moldados de um fornecedor na Bahia resultou em uma economia de R$ 19 mi-lhões.” No estaleiro de Maragojipe, serão construídos, para a Sete Brasil, seis na-vios-sonda, que irão operar na camada do pré-sal.

O sobreiro, da família do car-valho, a árvore da qual é ex-traída a cortiça, utilizada na fabricação das rolhas das garrafas, leva décadas para ser cultivado. Um substitu-to – de plástico, por exem-plo – poderia ser um con-corrente sustentável? Sim. Principalmente se estiver-mos falando do plástico ver-de (Polietileno I’m greenTM), 100% reciclável e com o mes-mo desempenho em controle de oxigênio se comparado à cortiça. Denominada Select® Bio, a rolha de polietileno é

VINHO VERDE

Que é possível “passear” pelas ruas por meio do Google Street View todo mundo já sabia. Uma ideia tornará essa brinca-deira ainda mais divertida. Uma parceria do Maracanã com a Google permitirá “an-dar” pelo gramado ou até mesmo “pisar” na marca do pênalti do estádio. A técnica de filmagem foi a mesma utilizada no Grand Canyon e no Cristo Redentor: um enge-nheiro da Google caminhou por diversas partes do Maracanã – incluindo as arqui-bancadas – usando uma mochila com 15 câmeras. As imagens geradas permitirão sentir como é estar lá. Dentro do campo.

NA CARA

DO GOL

visualmente idêntica à tradi-cional e vem sendo fabricada pela Normacorc, líder mundial no segmento. É um uso iné-dito do polietileno verde que a Braskem produz a partir do etanol da cana-de-açúcar.

53Odebrecht informa

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π Estaleiro Enseada do Paraguaçu: treliças de concreto armado

em substituição às estruturas metálicas

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Emannuel Brito Ramírez tem uma família, e no centro dela está Smarlin, a filha de 4 anos. No canteiro de obras da Avenida de Circunvalação Norte de Santiago, na República Dominicana, onde trabalha, ele tem outra família, e o mem-bro mais importante desta é o companheiro ao lado, o irmão mais próximo. “Aqui cobramos uns dos outros os cuidados com a nossa segurança. Estamos juntos e nos ajudamos.”

Esse sentimento, presente nas obras da Odebrecht no país, ajuda a explicar a razão de a empresa ter chegado, em dezembro de 2013, à marca de 25 milhões de homens/hora trabalha-das (HHT) sem acidentes graves, obtida entre novembro de 2011 e dezembro de 2013, em um conjunto de 11 empreendimentos em execução no período. Até o fechamento desta edição, o número já havia atingido 26 milhões.

π Emmanuel Brito: "Estamos juntos e nos ajudamos"

GENTE QUE PENSA EM GENTESENTIMENTO DE FAMÍLIA É UM DOS FATORES QUE EXPLICAM

OS RECORDES DE SEGURANÇA NOS CANTEIROS DOMINICANOS

Texto Cláudio Lovato Filho | Foto Erika Santelices/AFP

R E P Ú B L I C A D O M I N I C A N A

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55Odebrecht informa

“A Odebrecht criou um novo paradigma pa-ra a República Dominicana”, afirma o Ministro de Obras Públicas e Comunicações, Gonzalo Castillo. “A empresa é o modelo a ser imitado. Temos exigido dos contratistas locais que ado-tem as práticas da Odebrecht como exemplo. O recorde de 25 milhões de homens/hora traba-lhadas sem acidentes graves não é fortuito. Foi resultado de investimento em capacitação. Nas visitas aos canteiros, percebe-se logo a filosofia da Odebrecht.”

Assim como o Ministro Castillo, a enge-nheira Altagracia Espaillat, Responsável pelo Departamento de Vigilância, Monitoramento e Avaliação da Direção Geral de Higiene e Segurança Industrial do Ministério do Trabalho, visita constantemente as obras em execução no país. “A contribuição da Odebrecht para o nosso trabalho tem sido fundamental”, ela diz. “Tem o peso do aporte de um exemplo para as outras empresas.” A Vice-Ministra do Trabalho, Mari Norki Ozuna, salienta: “Na República

π Orlando Santini (o terceiro a partir da esquerda, atrás) com Antonio Rodríguez, Miguel Bernard, Armando Matías,

Rhenny Matos, Francisco Alberto Baez e Yoshiro Hoshikawa Peralta (da esquerda para a direita): força aos profissionais

dominicanos em sua rota de crescimento

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Dominicana, no que se refere à segurança no trabalho, existe um ‘antes’ e um ‘depois’ da Odebrecht. Com sua mentalidade de prevenção e com as ações que desenvolve para educação e conscientização, a empresa assume papel fun-damental no estabelecimento de uma cultura de segurança no país”.

Antônio Luiz Sanchez Gaspar, Responsável por Sustentabilidade na Odebrecht Infraestrutura – América Latina, observa: “O resultado alcançado na República Dominicana é expressivo em qual-quer lugar do mundo, incluindo-se, nessa análi-se, os padrões norte-americanos e europeus. Mas o grande significado dessa conquista não está no resultado numérico em si, está em seus porquês. Na operação da Odebrecht na América Latina, a compreensão da segurança no trabalho como par-te estratégica do empresariamento começa pelo Líder Empresarial e dissemina-se pelos Diretores-Superintendentes, Diretores de Contrato e respec-tivas equipes”. Gaspar acrescenta: “Na República Dominicana, em especial, existe uma homogenei-dade no trato do programa de SSTMA, sob res-ponsabilidade de uma equipe qualificada e com possibilidade de ação irrestrita”.

Iniciativa própria

A construção da Avenida de Circunvalação, que se estende ao longo de 24 km, começou em se-tembro de 2013. Realizada em Santiago, a segun-da maior cidade do país, incluiu a execução de 39 obras de arte (viadutos, passagens de nível e pontes) e estava em ritmo acelerado quando a equipe de Odebrecht Informa visitou o cantei-ro em janeiro. A obra precisaria ser entregue no fim de fevereiro. O trabalho não parava: sete dias por semana, 24 horas por dia. Nessas condições, a severa observância das normas de segurança torna-se ainda mais necessária.

“Percebemos que a estratégia de seguran-ça está funcionando quando os trabalhadores fazem as coisas por iniciativa própria, como usar os equipamentos de proteção individuais completos, e quando incentivam seus colegas a fazerem o mesmo. Isso está acontecendo em nossas obras”, diz Analie García, da Odebrecht, Responsável por Produção no projeto da Avenida de Circunvalação Norte. “Os hábitos de seguran-ça têm que ser intrínsecos”, ela acrescenta.

Mas como chegar a isso? O sentimento de fa-mília entre os companheiros de trabalho e a va-lorização da vida como parte da filosofia da em-presa têm sido fatores essenciais. No entanto,

seriam apenas belas ideias e nobres sentimen-tos se não houvesse um sistema de gestão claro e forte que os transformasse em realidade nas frentes de trabalho. É por meio do Programa Integrado de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (PI-SSTMA) da Odebrecht, adequado às carac-terísticas e à diversidade das obras no país, que isso ocorre. A boa aplicação de suas premissas depende diretamente da capacitação das equipes de SSTMA, hoje compostas de 95% de domi-nicanos. Orlando Santini Filho, Responsável por SSTMA na Odebrecht República Dominicana, comemora o fato de um número crescente de profissionais locais estarem se tornando res-ponsáveis pelo programa de segurança nas obras. “São eles que estão assegurando a conquista dos resultados que esperamos”, diz Orlando, com sa-tisfação.

Um dos instrumentos para a qualifica-ção desses integrantes é a pós-graduação em Engenharia de Segurança na Universidade de São Paulo (USP), com duração de dois anos e au-las a distância e presenciais. Armando Matías, 33 anos, e Miguel Bernard, 41 anos, já passaram pela experiência. Rhenny Matos, 36 anos, con-cluirá o curso em 2014. “Só falta a monografia”, ele informa. O tema é ansiedade e estresse nos motoristas de caminhão.

π O Ministro Gonzalo Castillo no canteiro de obras: "A Odebrecht

criou um novo paradigma para a República Dominicana"

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57Odebrecht informa

π A engenheira Altagracia Espaillat (à esquerda) e a Vice-Ministra Mari Norki Ozuna: ênfase para a importância do exemplo

Armando atua nas obras da Rodovia Piedra Blanca-Cruce de Ocoa. “O conhecimento é im-portante, mas, acima de tudo, é preciso gostar de trabalhar com segurança e gostar das pessoas, gostar de conversar e de estar com elas.” Miguel, que trabalha na Avenida de Circunvalação Norte, acrescenta que a presença dos gerentes no cam-po é um dos fatores que mais fazem a diferença. “Depois de um tempo, os operários passam a exi-gir a presença do pessoal de segurança no cam-po cada vez com mais frequência, para as charlas [conversas] em que transmitimos orientações so-bre riscos que farão parte do trabalho naquele dia, por exemplo. Isso é muito gratificante.” Além de Armando, Miguel e Rhenny (que atua na constru-ção da Rodovia de Miches), há outros três enge-nheiros dominicanos que desempenham a fun-ção de Responsáveis por Segurança nas obras no país: Yoshiro Hoshikawa Peralta, 30 anos, Francisco Alberto Baez, 38 anos, e Antonio Rodríguez, 36 anos.

“Temos conseguido muitos avanços”, analisa Orlando Santini. “Buscamos implantar, desde os

primórdios de cada projeto, a cultura da preven-ção, levada à prática graças à capacitação e à mo-tivação das equipes e ao rigor na cobrança para que todos tenham atitudes corretas em relação à segurança, do trabalhador na frente de serviço ao Diretor de Contrato. Mas, sobretudo, existe aqui na República Dominicana uma grande con-fiança no trabalho desenvolvido pela equipe de SSTMA, e essa confiança começa com nosso Diretor-Superintendente, Marco Cruz, prosse-gue com os nossos Diretores de Contrato e se estende a todos nas obras.”

São palavras confirmadas por aqueles que estão à frente dos projetos. “Há comunica-ção constante e apoio mútuo”, destaca Flávio Campos, Diretor de Contrato da Rodovia Piedra Blanca-Cruce de Ocoa. E isso leva ao que mais interessa: “O valor não é o do índice, é o da vi-da”, argumenta Sergio Tettamanti, Diretor de Contrato da Avenida de Circunvalação Norte de Santiago, referindo-se às 25 milhões (agora 26) de HHT sem acidentes e ao verdadeiro signifi-cado atrás desse número. ]

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C O M U N I D A D E

TATAME E BOLETIMROTA DAS BANDEIRAS APOIA PREFEITURAS EM INICIATIVAS QUE

ESTIMULAM, POR EXEMPLO A UNIÃO ENTRE ESCOLA E ESPORTE

para suportar o ritmo puxado e a alta tempera-tura. Jéssica Carvalho da Silva, 14 anos, credita a conquista do título pan-americano de judô, em El Salvador, a essa determinação. "As lutadoras es-trangeiras eram mais técnicas e fortes", explica. "É certo que conquistei o título na força de vontade."

Jéssica é uma das 1.500 crianças e adolescentes do Programa Judô Socioeducativo, realizado pela Associação Paulo Alvim de Judô de Atibaia (Apaja) e apoiado desde 2011 pela Rota das Bandeiras. Em 2013, o programa conseguiu um novo tipo de cap-tação: parte do Imposto Sobre Serviços (ISS) arre-cadado pelo município.

Quando o usuário da rodovia passa pelo pedá-gio, 5% do valor é recolhido aos municípios na for-ma de ISS. Criado em outubro de 1995, ele incide

π Jéssica da Silva (à esquerda) e Agueda Silva: garra para aproveitar uma oportunidade ímpar

Kodokan é o nome da primeira academia de ju-dô do mundo, fundada em 1882 pelo criador da arte marcial, Jigoro Kano. Em japonês, significa "caminho da fraternidade". Mais de um século depois, outro caminho auxilia judocas do inte-rior de São Paulo a treinarem para conquistar campeonatos no Brasil e no exterior: o Corredor Dom Pedro I, administrado pela Concessionária Rota das Bandeiras, empresa da Odebrecht TransPort.

Localizada a 60 km de São Paulo, Atibaia es-tava incrivelmente quente em janeiro. No bair-ro de Alvinópolis, cerca de 50 jovens aque-ciam-se para o treino de judô do dia. Os pesa-dos quimonos deviam incomodar no calor, mas isso parecia não afetar os atletas. É preciso garra

Texto Júlio César Soares | Foto Bruna Romaro

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59Odebrecht informa

sobre diversos serviços. No caso do Corredor Dom Pedro I, está na cobrança de pedágio, na contra-tação de terceiros e em obras de manutenção, co-mo implantação de sinalização e recuperação do asfalto. A destinação desse recurso cabe ao mu-nicípio. Em Atibaia, por exemplo, existe uma lei de incentivo ao esporte que permite a destinação de até 20% do ISS arrecadado para projetos de cunho social voltados ao esporte. “Depois de co-nhecermos o projeto, autorizamos o repasse de 20% do ISS para a Apaja”, explica Ricardo Rocha, Diretor Administrativo e Financeiro da Rota das Bandeiras.

Apoio na definição de projetos

Em Conchal, o ISS arrecadado serviu para cons-truir uma escola. Já em Paulínia, parte do ISS ar-recadado subsidia o pedágio de 48 famílias que moram no bairro Cascata. "Trata-se de uma co-munidade carente que se sentiu prejudicada com a localização da praça de pedágio. Conversamos com a Prefeitura, e a Câmara votou uma lei de renún-cia fiscal que destina parte do ISS ao pagamento do pedágio dessas pessoas", conta Ricardo. Assim, os moradores ganham passe livre pela praça de co-brança da região.

Por ser um imposto, é obrigatório que a con-cessionária pague o ISS. Isso não impede que a Rota das Bandeiras busque influenciar o destino de parte dessa verba, como ocorrido em Atibaia e em Paulínia. “Alguns municípios começaram a destinar esse recurso a projetos sociais, e a Rota das Bandeiras ajudou a identificar esses proje-tos”, salienta Ricardo Rocha. No caso do Judô Socioeducativo, o pedido de apoio foi feito pela Apaja ao município. A concessionária entrou com uma espécie de carta de referência, atestando a idoneidade do programa.

“Aqui, investimos muito na fusão entre escola e esporte”, diz Paulo Alvim, Presidente da Apaja. Com 47 anos, 37 dedicados ao judô, Paulo é tam-bém sensei, o mestre que ensina a arte marcial. Para ele, o judô é o início de uma mudança na vida des-sas crianças. “Hoje nós conseguimos aliar a prática do judô ao bom desempenho no ensino. Em alguns casos, os alunos mais velhos conseguem também trabalhar conosco, como monitores”, conta.

Ricardo Rocha ressalta, porém, que a decisão fi-nal fica por conta do município. “Nosso papel é o de influenciar para que parte desses recursos seja destinada a projetos voltados à educação e à for-mação de melhores cidadãos.” ]

π Crianças e adolescentes do Programa Judô Socioeducativo: realização da Apaja com apoio da Rota das Bandeiras

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A N G O L A

π Acreditar no Zango: a partir da esquerda, Walter Aroma, Luis Celestino e Aristoteles Zua com o formador Suelenildo Santana

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61Odebrecht informa

A CONSTRUÇÃO DA FELICIDADECOMO O CONHECIMENTO E A

SOLIDARIEDADE ESTÃO

LEVANDO UM PAÍS À FRENTE

Texto Luiz Carlos Ramos | Foto Kamene Traça

O aprimoramento das condições de habitação, a qualificação profissional, o desenvolvimento e exercício do cooperativismo e do empreende-dorismo e a produção de alimentos e de energia também são prioridades para a Odebrecht em sua contribuição social em Angola.

Casa, trabalho e renda

A 25 km de Luanda, capital e maior região me-tropolitana, está o Zango, um bairro da cida-de de Viana, na qual, atualmente, vivem 120 mil pessoas. A construção de mais de 25 mil mo-radias pela Odebrecht integra o Programa de Realojamento das Populações (PRP), em que o Governo angolano destina casas com toda a infra-estrutura, energia e água canalizada a famílias que antes viviam em situação habitacional precária.

Adriano Maricato Ramos, Gerente de Respon-sabilidade Social da Odebrecht no Zango, diz: “Em 2011, implantamos o Programa de Qualificação Profissional Continuada Acreditar, similar ao do Brasil, que prepara profissionais locais”. Paulo Cruz, psicólogo do programa, elogia: “Sinto-me feliz ao ver, nos alunos, um novo entusiasmo”.

Desde 2012, o Centro de Formação Sociopro-fissional Auxiliadora (Cesa), parceria da Odebrecht com a Kambas do Bem – grupo de familiares de integrantes expatriados da empresa que realiza ações sociais – é gerido por religiosas católicas salesianas e oferece cursos de alfabetização, in-glês, música, informática, decoração. A Diretora

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do Cesa, irmã Jandira Cardoso, destaca: “Teremos também cursos de cabeleireiro e de corte e cos-tura”. Alguns ex-alunos abrem seu próprio negó-cio, já que o Governo angolano facilita o crédito. Miliana Salvador, 26 anos, Helena Antonio, 28 anos, e Nazaré Miguel, 25 anos, vão abrir peque-nos estabelecimentos comerciais no bairro.

Outra ação de sustentabilidade do Zango é a fá-brica de sabão. Ezequiel Mualumbo, coordenador da cooperativa por meio da qual o projeto é rea-lizado, conta: “Usamos água e soda, além de óleo descartado pelas cozinhas da Odebrecht e de ou-tras empresas que participam do projeto apenas entregando o óleo usado. O líquido é despejado em caixas e, ao secar, vira barras de sabão”. A ca-da mês, mais de 2 mil litros de óleo são reciclados e transformados em sabão, gerando renda para 20 famílias cooperadas que trabalham na atividade.

Alimentação e energia

Na província de Malange, dois grandes projetos para alimentação e energia têm a participação da Odebrecht como construtora e investidora: o Polo Agroindustrial de Capanda (PAC) e a Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom), o maior inves-timento privado no país fora do setor do petróleo, que começará a produzir, em 2014, açúcar e etanol a partir da cana-de-açúcar, e a gerar energia, com a queima do bagaço da cana.

Malange foi aonde a empresa chegou, nos anos 1980, para sua primeira obra em Angola (e na África): a Hidrelétrica de Capanda. Entre as ini-ciativas de sustentabilidade ali desenvolvidas, está o programa de agricultura familiar Kukula Ku Moxi (“Crescer Juntos”, na língua kimbundo), iniciado há cerca de cinco anos pela Odebrecht. Há dois anos, o programa foi ampliado e relan-çado pelo cliente da Odebrecht, a Sociedade de Desenvolvimento do Polo Agroindustrial de Capanda (Sodepac), e atualmente atende a 28 co-munidades.

“A instalação do polo é uma oportunidade para a população, que, no entanto, precisa estar prepara-da”, diz João Alexandre de Lira Cavalcanti, da equi-pe de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Odebrecht em Malange. Ele acrescenta: “O Polo de Capanda é o polo de toda Angola, um celei-ro para a segurança alimentar do país. Queremos dar uma dimensão maior para a agricultura fami-liar, que beneficia 10 mil pessoas na área. A ren-da familiar mensal era de US$ 30 e saltou para US$ 200. As pessoas se limitavam a plantar man-dioca, batata-doce e milho”.

A população enfrentava carência nutricional. Com o programa, foi introduzido o cultivo de di-versos produtos, como cenoura, beterraba, alface, banana, entre outros. Em 2013, com a ampliação do programa, passou-se de 2 t de alimentos co-mercializados por mês para 35 t. Em 2014, serão 50 toneladas, com a criação da cooperativa, segun-do Cavalcanti. A diversificação da produção, so-mada ao acesso à água de qualidade e a ações vol-tadas às parteiras tradicionais, fez com que a mor-talidade infantil caísse a 33 para cada mil nascidos vivos nas comunidades monitoradas, enquanto a taxa nacional é 118 para cada mil.

Fique Bem, o conselho aceito

Vanessa Silva, brasileira de Uberlândia (MG), é responsável pelo Programa Xalenu Kyambote (“Fique Bem”, em kimbundo), que começou há três anos na região das obras do Aproveita-mento Hidrelétrico Cambambe, na província de Kwanza-Norte. A barragem existe há 50 anos, mas a Odebrecht cuida da ampliação da potên-cia, a ser concluída em 2016. Vanessa conta: “Cadastramos 430 famílias das comunidades do entorno: Vila de Cambambe, Aldeia Terra Nova, Aldeia Cambingo e Aldeia Calenga. Em parceria com as comunidades, realizamos 12 oficinas par-ticipativas, em linguagem simples e didática, bus-cando a criação coletiva do programa. Surgiu siner-gia entre as partes para discussão de problemas e soluções”. Atualmente, técnicos agrícolas apoiam os camponeses cadastrados no programa de agri-cultura familiar para o aprimoramento e a venda de sua produção. A obra passou a consumir parte dos produtos. Houve incentivo à preservação das matas e ao reflorestamento, para transformar a produção de mudas de floresta nativa em opção de renda, di-minuindo-se, assim, a prática da produção de car-vão vegetal para comercialização.

O programa inclui também ações como Bwé Saúde (“Muita Saúde”), que orienta famílias sobre práticas de promoção da saúde. O Baobá Linhas e Panos incentiva o artesanato, com produção de roupas e bonecas para comercialização. Crianças, jovens e adultos passaram a ter aulas de infor-mática e de inglês, além de estímulo à leitura e música tradicional.

Arlindo Dunguionga, 46 anos, agricultor em Calenga, comemora: “Minha família já produz mais e ganha mais”. Paulo Quiúma, 49 anos, da aldeia Terra Nova, voluntário do Bwé Saúde, en-fatiza: “As famílias já se previnem melhor das doenças”. ]

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Um emaranhado de estruturas nas cores amare-lo, laranja e cinza desponta em meio à pujança do Complexo Industrial Ensenada, em La Plata, na Província de Buenos Aires, na Argentina. Estamos na primeira planta de Reformado Catalítico Contínuo (CCR) do país, construída pela Odebrecht para a YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), esta-tal argentina dedicada à exploração, à produção, ao refino e à venda do petróleo e seus derivados.

Em operação desde setembro de 2013, a unida-de tornou-se ícone do progresso da indústria pe-troquímica nacional ao incorporar avançada tec-nologia na transformação de nafta em compostos aromáticos e hidrogênio, essenciais à fabricação de combustíveis de alta qualidade (mais eficientes e menos nocivos ao meio ambiente) e de uma varie-dade de produtos.

A nova tecnologia introduzida pela CCR permi-te o funcionamento contínuo da planta por perío-dos de até quatro anos. Uma unidade regeneradora reconstitui continuamente os catalisadores (subs-tâncias capazes de acelerar reações químicas) uti-lizados no processo de reforma das naftas, dispen-sando as paradas anuais para manutenção. A solu-ção, desenvolvida pela UOP LLC, uma empresa da Honeywell International, garante importante salto de produtividade, mais cuidado com o meio am-biente e segurança industrial.

Reposicionamento internacional

A construção da CCR é parte do plano de moder-nização do complexo industrial, encabeçada pela YPF para potencializar a sua capacidade de explo-ração e produção. O projeto incluiu a construção

EMBLEMA DE UMA NOVA ERANOVA UNIDADE DA YPF EM LA PLATA É UM SÍMBOLO DO

AVANÇO DA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA ARGENTINA

Texto Renata Meyer | Foto Leo La Valle/AFP

A R G E N T I N A

63Odebrecht informa

π Luciano Baroni, Gerente de Construção (à esquerda) e Sergio Sapienza, Chefe de Obra, ambos da Odebrecht, no

canteiro do projeto CCR: mais produtividade, preservação ambiental e segurança

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de um novo flare (queimador de gases tóxicos) de 115 m de altura e a readequação de todo o parque industrial. “A CCR gera subprodutos processados nas demais unidades da petroquímica. Com a sua implantação, foi necessário executar um plano ge-ral de modernização para adaptá-las à capacida-de produtiva da planta”, explica Esteban Trouet, Diretor de Contrato da CCR.

Com a mesma carga de nafta, a nova planta pro-duz mais compostos aromáticos e hidrogênio. Esse desempenho permitirá à YPF aumentar, dos atuais 6 milhões de m3 para 8 milhões em 2017, a capa-cidade anual de produção de combustíveis de alta qualidade, o que contribuirá para o reposiciona-mento internacional da Argentina como produtor de recursos energéticos, o fortalecimento do setor petroquímico de refino e o autoabastecimento do país. “É o maior investimento nesse setor em 10 anos, na Argentina”, reforça Trouet.

Os produtos gerados no Complexo Petroquímico abrangem desde substâncias precursoras para a fa-bricação de plásticos, pinturas, solventes, inseticidas

e colchões até insumos para melhorar a qualidade dos combustíveis. As aplicações são tantas que es-tão presentes em quase todas as atividades cotidia-nas, daí a sua importância estratégica. Mas, até que essa enorme gama de produtos torne-se factível, muitas etapas precisam ser vencidas. No Complexo Industrial Ensenada, equipes da Odebrecht e da YPF, que trabalharam juntas para colocar a CCR em operação, sabem o tamanho do desafio.

“O projeto foi executado com o complexo em pleno funcionamento. Tínhamos pouco espaço para operar e cerca de 1.500 trabalhadores no pico da obra. A segurança foi uma preocupação cons-tante. Ainda assim, foi preciso realizar duas para-das de planta, processos críticos em qualquer pe-troquímica”, salienta Esteban Trouet.

O desafio de formar a equipe

Para a Odebrecht, formar uma equipe de trabalho capacitada a atuar em uma obra com alta tecno-logia e grande exigência de qualidade, alinhada aos princípios da TEO (Tecnologia Empresarial

π A nova planta: construída com o complexo petroquímico em pleno funcionamento

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65Odebrecht informa

Odebrecht), foi um desafio particular. “A equi-pe era muito nova. Para a maioria, era a primeira experiência na Organização, e cada um tinha seu estilo e filosofia de trabalho. Foi um processo de adaptação e aprendizagem, que superamos com êxito, graças aos esforços e à humildade de todos”, afirma Luciano Baroni, Gerente de Construção.

Um dos impactos positivos do projeto foi o de-senvolvimento de fornecedores locais para equipa-mentos. A fim de adequar a indústria aos padrões mundiais, foi necessário trabalhar em conjunto, para ajustar procedimentos e capacitar técnicos. A melhoria da capacitação profissional também al-cançou a comunidade. Por meio do Taller Escuela de Oficios (Oficina Escola de Ofícios), foram trei-nados técnicos em solda, eletricidade, montagem, entre outras especialidades.

A construção da CCR foi o primeiro projeto realizado pela Odebrecht para a YPF, e, por isso, a conquista do cliente foi um dos pontos cruciais, de

acordo com Luciano Baroni: “Hoje a YPF nos co-nhece e sabe que somos uma organização centrada em entregar valor para o cliente. Temos como fi-losofia na seleção e no desenvolvimento de negó-cios o estabelecimento de relações de longo prazo”, destaca. Graças ao trabalho realizado na CCR, a YPF confiou à Odebrecht a tarefa de desmontar a antiga unidade de Coque da Refinaria La Plata, há poucos quilômetros de Ensenada, onde um incêndio, no ano passado, comprometeu a estrutura da planta.

Ricardo Rios, Diretor de Contrato dos novos projetos para a YPF, ressalta que a realização da CCR é um passo importante para a expansão da Odebrecht no negócio de engenharia industrial na Argentina. “A construção da CCR para um cliente que é, hoje, a maior empresa Argentina, consoli-da-nos como ‘EPCistas’ [gerenciadores de todas as etapas do projeto, até a entrega ao cliente] e nos coloca entre os principais players de obras indus-triais no país”, afirma. ]

π Ricardo Rios: expansão da Odebrecht no negócio de engenharia industrial na Argentina

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L O G Í S T Í C A

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67Odebrecht informa

Devagar se vai ao longe, nem que seja de carreta e depois de navio e então de balsa, com uma car-ga que possui massa equivalente a de 60 elefantes adultos. Desde janeiro, um rotor de 267 t e quase 9 m de diâmetro faz um percurso que passa por metade da América do Sul, para chegar ao canteiro de obras da Hidrelétrica Teles Pires, no rio de mes-mo nome, entre os municípios de Paranaíta (MT) e Jacareacanga (PA). É um exemplo eloquente dos desafios enfrentados pelas grandes obras de infra-estrutura no Brasil.

Em janeiro, o rotor saiu da fábrica da Alstom em Taubaté (SP), para cumprir uma jornada que deve se estender por quatro meses. Para chegar ao Porto de Santos, local de sua primeira troca de meio de transporte, a peça cumpriu uma rotina extrema-mente delicada. A aparente monotonia é justifica-da pela velocidade do deslocamento: a uma velo-cidade máxima de 15 km/h, a carreta (de 32 eixos, 256 pneus, comprimento total de 94,7 m e altura de 5,5 m) que levava o equipamento só podia viajar à noite. Mas a impressão de enfado, se existe, é enga-nosa: a tensão está presente em cada curva do tra-jeto, calculada com antecedência para permitir que a carreta passe, por todas elas, com segurança. A inclinação da pista também é um fator avaliado pe-los técnicos que cuidam da logística do transporte da peça. Trechos de descida muito íngreme foram descartados do trajeto.

Essa preocupação com os detalhes é crucial. Logo na saída de Taubaté, uma obra de recapeamento da pista deixou o trecho novo do asfalto com 5 cm de altura a mais que a parte velha da estrada. A carre-ta com o rotor precisou esperar por quase duas se-manas para que uma nova rota fosse escolhida para o deslocamento. Mais adiante, um novo imprevis-to: um acidente com um caminhão no trecho entre Taubaté e Santos limitou por alguns dias o tráfego de veículos com mais de 150 t – e a carreta precisou, mais uma vez, esperar até poder voltar a rodar.

“A operação é de alta complexidade, não só por causa da massa da peça, mas também pela enor-me distância que ela vai percorrer”, diz o engenhei-ro Reinaldo Lopes. Como responsável pela interface na Hidrelétrica Teles Pires, ele acompanha, atento às minúcias, a operação para fazer o rotor chegar à obra.

π O rotor na estrada: deslocamento a uma velocidade

máxima de 15 km/h

RELATO DE UMA SAGA

DO INTERIOR DE SÃO PAULO AO NORTE

DO BRASIL, PASSANDO PELO URUGUAI:

A VIAGEM DE UM ROTOR DE 267 TONELADAS

DA FÁBRICA ATÉ A USINA

Texto Patrick Cruz | Foto Ricardo Teles

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Uma saga logística

O trecho a ser percorrido é, de fato, uma saga lo-gística. De Taubaté a Santos são mais de 200 km. No porto, aonde chegou no início de fevereiro, o rotor embarcou em um navio, para seguir pelo mar até o porto de Montevidéu. Essa viagem adicionou mais de 1,5 mil km ao percurso. Um novo trans-bordo ocorreria na capital uruguaia, quando o ro-tor embarcaria em uma balsa para percorrer mais de 2,5 mil km da Hidrovia Paraguai-Paraná até Cáceres, município de Mato Grosso que faz fronteira com a Bolívia. De lá, o rotor ainda precisaria viajar por 1,1 mil km até o canteiro de obras da hidrelétrica.

Mas por que o equipamento precisou seguir na direção sul, até o Uruguai, se Teles Pires está a no-roeste de Taubaté, local do início da jornada? A res-posta é a própria síntese dos atuais desafios logís-ticos do Brasil: não havia como transportar o rotor por terra, da fábrica até o canteiro. No início do pla-nejamento da operação, a ideia era fazer a peça via-jar apenas por rodovia.

“Depois das análises, percebemos que o trans-porte 100% terrestre seria ainda mais complexo que se fizéssemos vários transbordos”, diz o enge-nheiro Reinaldo Lopes. As dificuldades detectadas no planejamento inicial incluíam, por exemplo, a necessidade de reformar pontes ao longo do per-curso – muitas delas não teriam a dimensão ade-quada para dar passagem à carreta. A viagem, por rodovia, teria 2,5 mil km. Com os diferentes modais envolvidos (terrestre, marítimo e fluvial), passou a ser um percurso de mais de 5 mil km.

A operação será repetida

A função do rotor é transformar a força que escoa pela hidrelétrica em energia mecânica. Essa energia mecânica é transmitida a outra peça, o eixo da tur-bina, que fará girar um segundo rotor, o do gerador, produzindo energia elétrica. A Hidrelétrica Teles Pires terá cinco rotores da turbina. Isso significa que a saga do transporte da peça de 288 t não será fei-ta apenas uma, mas cinco vezes até a conclusão da obra. Os cinco rotores da turbina chegarão à hidrelé-trica com intervalos de dois meses entre um e outro.

As equipes trabalham de maneira escalonada, tanto no transporte quanto na preparação da hi-drelétrica, para o recebimento dos rotores. Quando a carreta entrega a peça no Porto de Santos, por exem-plo, ela completa uma etapa do processo – e retor-na para começar tudo de novo com a peça seguinte. Enquanto isso, no Rio Teles Pires, os operários pre-param paulatinamente os espaços para o encaixe das peças que chegarão nos meses seguintes.

E encaixe é mesmo a palavra a ser usada. Ao che-gar ao canteiro de obras, o rotor passa por limpeza e outros preparativos, que duram 10 dias. Ao fim des-se trabalho, uma ponte rolante faz a peça descer até seu destino final, onde é literalmente encaixada no mecanismo. “É um trabalho delicado, feito de manei-ra cuidadosa”, diz Ricardo Tavares, Responsável pela Montagem Eletromecânica. O lançamento da peça dura duas horas e meia. Oito operários ficam em tor-no do rotor para acompanhar se a peça está seguindo o curso correto. A peça é gigantesca, mas a precisão é cirúrgica: há uma folga de apenas 3,7 mm entre o rotor e a peça em que ele será encaixado.

Na construção da hidrelétrica, trabalham 6 mil profissionais. A Usina Teles Pires é a maior do Complexo Hidrelétrico Teles Pires, que contará com três usinas. A primeira unidade de geração da hi-drelétrica começará a funcionar em 2015, e a capa-cidade instalada da hidrelétrica será de 1.820 MW, o suficiente para suprir a necessidade de energia de mais de 5 milhões de pessoas. Os números da obra e da hidrelétrica são superlativos, mas a operação de transporte do rotor, que parece mover meio mundo, surpreendentemente mobiliza poucas pessoas. Na fase de transporte, a despeito dos mais de 5 mil km a serem percorridos, apenas 15 pessoas trabalham nas diversas etapas da operação. Depois, já no canteiro de obras, preparativos e encaixe são feitos por 15 tra-balhadores. É o toque minimalista de uma usina – e uma operação logística – de enormes proporções. ]

π Planejamento rígido: cada trecho do caminho

foi estudado em detalhes

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69Odebrecht informa

QUATRO TRECHOS, TRÊS MODAIS LOGÍSTICOS

4 mesesé o tempo que deve durar a jornada

5 mil kmserá a distância total aproximada do trajeto

do rotor, da fábrica até o canteiro de obras,

por três modais logísticos diferentes

5 vezesé quanto irá se repetir essa saga logística até

que sejam entregues todos os rotores da usina

1,7 km/hé a estimativa de deslocamento médio

do equipamento, se considerarmos a

distância e o tempo total

RODOVIÁRIO

MARÍTIMO

FLUVIAL

Cáceres-MT

Montevidéu

Santos-SP

Taubaté-SPFábrica da Alstom

Canteiro Teles Pires

2,5 mil km

1,1 mil km

1,5 mil km

200 km

BOL

PAR

ARG

URU

2

3

4

1

2 3

41

POR TERRA, MAR E RIOTransporte de rotor até a Hidrelétrica Teles Pires,

na divisa do Mato Grosso com o Pará, envolve

três modais e uma escala internacional

32 eixostem a carreta quetransporta o rotor

Feito em navio, do portode Santos até Montevidéu,onde se inicia o trecho fluvial

Primeira e última partes da viagem, da fábricaao porto de Santos e de Cáceres ao canteiro de obras

Transporte feito por balsa,a partir de Montevidéu,pela Hidrovia Paraguai-Paraná

15 km/hé a velocidade máximade segurança

TRECHO MARÍTIMO

TRECHOS RODOVIÁRIOS

TRECHO FLUVIAL

288 toneladas

No trecho rodoviário,viaja-se apenas à noite

9 metrosde diâmetro

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G E N T E

VIAGEM

FAMÍLIA

Médica-cirurgiã formada na Cidade do México, Belkis Santamaría é panamenha, como seus pais e sua filha. Integrante da Odebrecht há sete anos, ela é hoje Responsável por Saúde nas obras da Linha 1 do Metrô da Cidade do Panamá. “Este será o primeiro metrô da América Central, o que é motivo de orgulho nacional. Estamos construindo um país melhor para as gerações futuras”, diz Belkis. Sua equipe tem cerca de 40 profissionais, mas, na campanha para sensibilizar os trabalhadores a respeito do HIV/Aids, por exemplo, ela interage com mais de 5 mil pessoas. “Tenho a sorte de conhecer todos, de compartilhar valores e reforçar a confiança mútua. Assim é a Odebrecht e isso me agrada. Somos uma família numerosa”, conclui.

Médica de uma grande família

π Otimário: atuação em mais de 20 projetos no Brasil

π Belkis: compartilhamento de valores

Viajante frequenteMestre Otimário. Assim Otimário Cruz Silva, técnico em edificações, 62 anos de idade e 42 de Odebrecht, é conhecido em Angola. Desde 2013, ele faz um curso de inglês, para poder se comunicar melhor no ambiente cada vez mais multicultural dos canteiros de obras. Há 10 anos em Angola, atualmente Otimário integra a equipe do projeto Vias Estruturantes, em Luanda. Viajante contumaz, ele ainda não se lançou por terras angolanas, mas pretende fazer isso em breve. O Brasil ele conhece muito bem. Participou de mais de 20 projetos, em diversos pontos do país. E não viaja só a trabalho. Ele também aproveita para passear com a família nas férias. Seu lugar predileto é Valença, no litoral sul da Bahia. “Não há nada como as praias de água cristalina e o povo hospitaleiro dessa região do Brasil”, garante o sergipano Otimário.

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71Odebrecht informa

ESPORTE CULTURA

O esporte no cotidiano

Engenheiro das letras

π Marcos: novo livro em elaboração

π Maurício: "O esporte é fundamental para a vida"

Maurício Couri Ribeiro, engenheiro civil de 58 anos, 32 anos de Odebrecht, Diretor de Investimentos da Odebrecht TransPort, é conhecido por seus colegas como um dos melhores futebolistas da Organização. Joga futebol desde os 8 anos e conta que quase se tornou profissional. Foi convidado por alguns clubes, mas optou por dedicar-se à Engenharia. Casado com Yvana e pai de dois filhos, pratica atividades físicas quase diariamente, para manter-se em forma. Caminha, anda de bicicleta e, vez por outra, joga futebol ou tênis. “Esporte é fundamental para a vida e para a saúde. Relaxa e diverte. Meus indicadores médicos são ótimos. Assim, eu posso trabalhar melhor.”

Nascido em Aracaju há 57 anos, Marcos Rabello diz que o fato de acompanhar o fervilhar cultural e político do país pelas ondas do rádio fizeram que sua imaginação criasse asas. Já cursando Engenharia, em Salvador, e influenciado por Glauber Rocha, escreveu e dirigiu dois curtas-metragens. Casou-se com uma baiana, Maristela, e teve três filhos. Há 20 anos trabalhando na Odebrecht, passou pelas áreas de Comunicação e Relações Institucionais e de Energia, esteve por mais de seis anos em Angola e regressou em 2010, como Diretor da área Ambiental. Hoje é Diretor de Desenvolvimento de Negócios no Paraguai. Sempre que pode, ele constrói histórias para incluir em um romance que está alinhavando. Não será o primeiro. Em 2003, Marcos lançou O Romance

do Contista, um entremeado de histórias arquitetado com as emoções que guardou do passado. “Esse livro foi resultado de um momento de reflexão. Quando houver tempo e oportunidade, haverá outro”, promete.

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O azul está nos olhos de Telma Andrade, 46 anos, moradora da comunidade de Moenda, no município de Presidente Tancredo Neves (BA). A cor, da tranquilidade e da serenidade, define também o perfil dessa mãe que já foi telefonis-ta, auxiliar de escritório e hoje é professora. Na sala com mesa redonda, onde foi realizada a me-diação de conflitos que solucionou pacificamen-te seu divórcio do ex-companheiro, com quem viveu por mais de 20 anos, Telma conta como o Instituto Direito e Cidadania (IDC) contribuiu nessa fase de sua vida.

“Quando cheguei aqui, estava cheia de dú-vidas, e a atenção que recebi foi fundamental. Imaginei que o processo de divórcio se arras-taria, mas, em menos de um mês, resolvemos a

questão”, revela. Telma já conhecia o IDC, pois, com o apoio da instituição, emitiu os documen-tos de identificação de suas duas filhas. Para ela, o acompanhamento, a gratuidade e a agilidade fi-zeram a diferença. “Confio no trabalho desenvol-vido e, por isso, o recomendo a quem precisa.”

A mediação de conflitos é apenas um dos serviços oferecidos pelo IDC. Criado em 2004, o instituto atua por intermédio de dois núcleos: Atendimento ao Cidadão, por meio do qual é oferecido acesso a políticas públicas (co-mo a emissão de documentação civil básica: car-teira de trabalho, cadastro de pessoa física, entre outros), e Educação para a Cidadania, que visa à formação de lideranças comunitárias e à capa-citação dos Conselhos Municipais dos Direitos

π Telma Andrade: "Confio no trabalho e o recomendo"

A SOLUÇÃO PELO DIÁLOGOMEDIAÇÃO DE CONFLITOS É UM DOS DESTAQUES

DO TRABALHO DO IDC NO BAIXO SUL DA BAHIA

Texto Livia Montenegro | Foto Almir Bindilatti

C I D A D A N I A

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73Odebrecht informa

da Criança e do Adolescente e dos Conselhos Tutelares do Baixo Sul da Bahia.

Durante a mediação de conflitos, as duas par-tes devem refletir, dialogar e decidir sobre o ru-mo de suas histórias de vida. Andréa Guedes, Coordenadora do Núcleo de Atendimento ao Cidadão, explica que a metodologia possibilita orientação sobre direitos e deveres na atuação participativa. “A mediação também é uma forma de impedir eventuais conflitos no futuro, ao criar um clima de cooperação entre as pessoas.”

Foi para realizar a divisão de uma proprieda-de que José Santos, 38 anos, morador da comu-nidade de Toca da Onça, também em Presidente Tancredo Neves, buscou apoio. “Inicialmente, procurei o cartório de imóveis da cidade e reco-mendaram que eu procurasse o IDC, para um pro-cesso menos burocrático.” Desde que a mãe fa-leceu, em 2007, os nove irmãos não conseguiam

chegar a um consenso. “Saímos daqui satisfei-tos, e não foi preciso envolver a Justiça”, conta Eduardo dos Santos, 61 anos, herdeiro mais ve-lho.

“Muitas vezes, quando estamos em um confli-to, não conseguimos conversar. É difícil escutar o outro. Por isso, estimulamos o diálogo para que as dificuldades sejam sanadas da melhor maneira. Em seguida, redigimos um documento, e as par-tes envolvidas se comprometem com o que foi acordado”, destaca Joína Soares, mediadora.

Fazendo a diferença

Formado por quatro unidades fixas, localiza-das nos municípios baianos de Camamu, Nilo Peçanha, Presidente Tancredo Neves e Valença, o IDC já realizou cerca de 350 mil atendimen-tos, beneficiando mais de 100 mil pessoas. Com a missão de organizar e fortalecer o capital social

π Eduardo (à esquerda) e José dos Santos: satisfeitos com resultado da mediação de conflitos realizada pelo IDC

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e criar condições para o exercício pleno da ci-dadania, a instituição está ligada ao Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS), fomentado pela Fundação Odebrecht e parceiros públicos e privados.

“Contribuímos para o surgimento de uma nova forma de participação cidadã. Os líderes e conse-lheiros passam a refletir sobre uma postura mais crítica e proativa. Conscientes de suas funções, influenciam e discutem os problemas, colocan-do-se como parte da solução”, diz Maria Celeste Pereira, Diretora Executiva do IDC.

Segundo Naiane Oliveira, Coordenadora do Núcleo de Educação para a Cidadania, é ne-cessária uma ação continuada de capacitação. “Precisamos acompanhar as diretrizes nacionais de atenção integral à infância e adolescência e a ampla rotatividade de membros nos conselhos municipais”, destaca.

Aletícia de Jesus, 25 anos, é uma das conse-lheiras tutelares do município de Presidente Tancredo Neves, e seus olhos, assim como os da professora Telma, brilham ao falar sobre o papel do IDC na sua formação. “Por meio das

capacitações, descobrimos um pouco mais sobre o que a gente só vê na teoria. Entendemos que nosso trabalho é fundamental na transformação de vidas de crianças e adolescentes. Posso afir-mar que o instituto contribuiu para que eu me apaixonasse ainda mais pelo que faço.” ]

π Joína Soares, integrante do IDC (à esquerda): mediação de conflitos faz parte de um amplo conjunto de serviços

oferecidos pela instituição

Projetos como o Círculos de Leitura e o Trilhando Caminhos

são outras iniciativas lideradas pelo IDC no Baixo Sul. Eles

são instrumentos para a promoção, de maneira integrada, do

desenvolvimento pessoal, social e profissional de adolescentes,

estimulando a leitura e a formação de líderes.

Além disso, o desafio de possibilitar o acesso de associações

rurais ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) já resultou

em mais de mil famílias de agricultores capacitadas e uma movi-

mentação de R$ 3,8 milhões nos últimos três anos. Coordenado

pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,

o PAA articula a produção de agricultores e demandas de suple-

mentação alimentar nutricional de creches, escolas e hospitais

públicos, o que dinamiza a economia local.

Outras frentes

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TEO

“DESDE AS NOSSAS ORIGENS, TEMOS

SIDO E DEVEREMOS CONTINUAR A SER

UM ORGANIZAÇÃO NA QUAL O FUTURO

DETERMINA O PRESENTE”

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P A P O F I N A L

DO QUE O CLIENTE PRECISA?

π Como você descreve seu

processo de crescimento na

Odebrecht?

A Organização dá muitas oportu-nidades de formação e desenvol-vimento pelo trabalho. A apren-dizagem ocorre na interação com líderes, companheiros, clientes e comunidades. Acredito que meu crescimento é também o resultado do esforço e da dedicação pessoais. É importante estar sempre pronto para novos desafios.

π O que de mais importante a

experiência no Equador agregou à

empresa?

A experiência nos obrigou, em vários momentos, a interiorizar os prin-cípios fundamentais da TEO [Tec-nologia Empresarial Odebrecht], aplicando-os de forma permanente: servir ao cliente e fazer "o que é certo", buscando sempre satisfazê-lo, com humildade e diligência.

π Como a experiência dos inte-

grantes mais maduros se equilibra

Nascido em Ilha Solteira (SP), o engenheiro civil

Ricardo Vieira entrou na Odebrecht há 16 anos, como

Jovem Parceiro. Mudou-se para o Equador em 2003,

tornando-se, mais tarde, Diretor de Contrato do projeto

de irrigação Carrizal Chone. Após 10 anos no país,

Ricardo está assumindo um novo desafio, agora na

Argentina, como Responsável pelas operações da

Odebrecht Infraestrutura – América Latina no país.

RICARDO VIEIRA, DIRETOR-SUPERINTENDENTE DA

ODEBRECHT INFRAESTRUTURA NA ARGENTINA

Texto Renata Meyer

com os novos conhecimentos tra-

zidos pelos jovens?

Os integrantes mais jovens trazem o entusiasmo e a energia próprios da juventude, além de habilidades tecnológicas mais atualizadas. Estes se consolidam com as vivên-cias e conhecimentos adquiridos por líderes que possuem maior experiência.

π Como você gosta de estabelecer

suas relações no ambiente de

trabalho?

Minha relação com meus líderes, pares e liderados se fundamenta na definição de objetivos claros e no compartilhamento de estratégias, atuando sempre em equipe, com transparência e sinergia, de prefe-rência de forma presencial.

π Quais são seus maiores desafios

como Responsável pela Odebrecht

Infraestrutura – América Latina na

Argentina?

Gerenciar a conclusão e entrega do Projeto Água Potável Paraná de las

Palmas, assegurando a qualidade e a funcionalidade da obra, é uma das concentrações. No Projeto de Soterramento Ferroviário de Sar-miento, o foco será criar um marco contratual e de financiamento que permita o início da fase executiva, com vistas a satisfazer o cliente, beneficiar a comunidade e agregar valor aos acionistas. Outro obje-tivo é identificar novos projetos diferenciados dentro do mercado delegado [Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai] que permitam o repo-sicionamento do backlog [valor total dos contratos em carteira] de infraestrutura, com segurança, em médio prazo.

π Que mensagem você gostaria de

deixar para os integrantes?

Qualquer objetivo pode ser alcan-çado com coragem, perseverança e dedicação, quando se coloca esforço em todas as tarefas realizadas, sejam grandes ou pequenas. Muitas vezes os detalhes fazem a diferença para o fracasso ou sucesso. ]

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Fazem parte da Organização Odebrecht:

Negócios

Odebrecht Engenharia IndustrialOdebrecht Infraestrutura – BrasilOdebrecht Infraestrutura – África, Emirados Árabes

e PortugalOdebrecht Infraestrutura – América LatinaOdebrecht Realizações ImobiliáriasOdebrecht AmbientalOdebrecht LatinvestOdebrecht Óleo e GásOdebrecht PropertiesOdebrecht TransPortBraskemEstaleiro Enseada do ParaguaçuOdebrecht AgroindustrialOdebrecht Defesa e Tecnologia

Investimentos

Odebrecht Energias BrasilOdebrecht Africa FundOdebrecht Latin Fund

Empresas Auxiliares

Odebrecht Comercializadora de EnergiaOdebrecht Corretora de SegurosOdebrecht PrevidênciaOdebrecht Engenharia de ProjetosOdebrecht Serviços de Exportação

Ação Social

Fundação Odebrecht

RESPONSÁVEL POR COMUNICAÇÃO

EMPRESARIAL NA ODEBRECHT S.A.

Sérgio Bourroul

RESPONSÁVEL POR PROGRAMAS

EDITORIAIS NA ODEBRECHT S.A.

Karolina Gutiez

COORDENAÇÃO EDITORIAL

Versal Editores Editor José Enrique BarreiroEditor Executivo Cláudio Lovato Filho Editora de Fotografia Holanda CavalcantiArte e Produção Gráfica Rogério Nunes

Tiragem: 3.647 exemplares Pré-impressão e Impressão Ipsis

Redação: Rio de Janeiro (55) 21 2239-4023São Paulo (55) 11 3641-4743e-mail: [email protected]

Você pode ler a revista Odebrecht Informa também:��eX�`ek\ie\k#�ef�site www.odebrechtinforma.com.br, onde poderá acessar vídeos e outras reportagens;��g\cf�`GX[#�YX`oXe[f�^iXkl`kXd\ek\�f�Xgc`ZXk`mf�

Revista Odebrecht na App Store.

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contribuição

Com a universalização do saneamento, melhoram os indicadores em todas as áreas. A mortalidade infantil cai. Reduzem-se

as internações hospitalares e a necessidade de uso de medicamentos. Os trabalhadores ausentam-se menos de seus

postos, e as crianças e jovens têm melhor rendimento escolar. Os imóveis são valorizados. Presente em 11 estados – em

cidades como a capixaba Cachoeiro de Itapemirim e Recife (fotos) –, a Odebrecht Ambiental dá sua contribuição para que

o Brasil avance rumo à superação de um de seus desafios históricos. Os resultados, como os que são confirmados pelas

equipes da empresa em seu cotidiano de trabalho, deixam claro que, apesar de complexo, esse desafio brasileiro está com

os dias contados no que depender da capacidade instalada de que o país já dispõe para equacioná-lo.

Hola

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Lia

Lu

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