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LINGUAGENS EM DIÁLOGO VOZES DE ORIENTADORES

DE ESTUDO

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Linguagens em DiálogoVozes de Orientadores

de Estudo

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Laboratório de Linguagens LEETRAUniversidade Federal de São Carlos - Campus São CarlosRod. Washington Luís, km. 235 - Departamento de Letras - Sala 07CEP: 15.566-905 - São Carlos - SP | Telefone: (16) 3306-6510Pedido de assinaturas e envio de artigos parawww.leetra.ufscar.br | [email protected]

EditoraMaria Sílvia Cintra Martins

Conselho EditorialLarissa de Paula FerreiraMaria Silvia Cintra MartinsMônica Signori Baltazar

Preparação de textoJoice Camila CorsiLarissa de Paula Ferreira

Design e DiagramaçãoEld Johonny

RevisãoDaniel Perico GracianoJackeline Lopes PaivaJúlio Cesar RibeiroLívia Beatriz DamacenoMaria Silvia Cintra MartinsSiméia Rafaela Nunes Casati

Capa e contracapaCarolina Akemi Martins Morita

Ficha Catalográfica

L6493 Vozes de Orientadores de Estudo Maria Silvia Cintra Martins (organizadora) São Carlos: LEETRA, 2015. - 132 p. (Linguagens em Diálogo) ISBN 978-85-917532-6-0

1. Educação. 2. Linguística Aplicada 3. Letramento I. Martins Maria Silvia Cintra, org. II. Série. CDD 370 (20º)

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Maria Silvia Cintra Martins (Org.)

PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade CertaLaboratório de Linguagens LEETRA

Linguagens em DiálogoVozes de Orientadores

de Estudo

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APRESENTAÇÃO, 08

I - ARTIGO DE ORIENTADORA DE ESTUDOSProjeto textos com arte: integrando gêneros textuais e arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 10Rita de Cássia Petrenas

II - POEMAS DE ORIENTADORES DE ESTUDO1. Aprendizagem significativa, 15Eliane Aparecida de Almeida e Sandra Luz Camargo Silva

2.Alfabetizar em Ciências, 16Andréia S. Queiroz Pereira

3. Saber Ciências, 19Ana Lucia Barbosa Lima Costa

4. Aprendendo a aprender ciências, 20Maria Sueli de Araújo e Márcia de Almeida

5. Ensinando Ciências, 22Aline Cristiane Santos Mendonça e Ana Paula de Lima Leão

6. Mundo melhor, 24Ana Lúcia Alves de Freitas e Rosimeire Oliveira Lima

7. Decoreba ou diversão, 25Tatiana Vaz Cara e Márcia Pereira de Oliveira

8. Aí vem o menino, 26Raquel da Silva Basto

9. Experimentar, conhecer e saborear, 27Regina Célia M. Machado

10. O ensino de Ciências, 28Denise Alvarinho

11. A disciplina de Ciências, 30Cintia Luiza Correa

Sumário

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12. Ciências é vida, 31Edileide Mara dos Santos Silva

13. Experimenta experimentar, 34Elaine Aparecida de Souza Leal e Perla de Oliveira Guimarães

14. Reflexões docentes, 36Elisangela de Ávila Queluz

15. A um pequeno cientista, 39Gisélia Oliveira de Sá Neves

16. Alfabetização Científica, 41Gislene da Silva Cunha e Maísa A. da S. Blanco

17. Ciências na alfabetização, 42Samuel Moreira Barboza

18. Projeto e sequência didática, 45Alessandra Teresinha de Oliveira

19. Como eu gosto de ciências, 46Lucimara Fernandes Marques Luiz

20. Fazendo Ciências, descobrindo caminhos, 48Rosemeire Colin

21. Ciências... quanta coisa boa! 49Elisabete Feliciano dos Santos

22. Um universo de interações, 51Gisele Ferreira Okagawa

23. Os pequenos é que estão certos, 54Sandra Ap. Nogueira da Silva

24. Na escola os saberes estão envolvendo o conhecimento, 56Viviane Ap. R. Teixeira

25. Quer brincar de cientista? 59Cintia Maria A. de Oliveira Arouca

26. Vamos, vamos ao ensino de ciências! 61Cristina Helena Lopes da Silva Guizzi

27. Convite, 63Claudia das Graças Telles Vieira e Denise da Cunha Melo

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28. Aprendendo, experimentando e CRESCENDO... 65Isabel Campos Moreno

29. Pactoema, 67Luzinaide Mota Klen

30. Interdisciplinariedade, 70Marina Rosa da Silva

31. Ciências Hoje, 71Marisa E. Morais Soares

32. A arte de estudar ciências, 71Analu Cristina dos Santos

33. E as ciências acontecem... 73Daniela Pistori

34. A ciência que encanta, 75Lilian C. Andrade Bittencourt

35. Ciências em... 76Maria Ap. Durão Simões

36. Conhecendo o Mundo, 79Maura Regina S. Vergani

37. Iniciação Científica, 81Patricia Aparecida Sanches Serveli

38. Como é bom descobrir! 84Roseni Cristiane Bueno

39. Meu mundo salvar, 86Adriana Aparecida R. Alves

40. A grande viagem, 87Ângela Cristina de O. Gonçalves

41. É permitido pensar! 90Helena Heloísa Perbone Silva e Jaqueline F. de Jesus G. Ajeje

42. Viver Divertida-mente, 92Claudia R. Marchi Guimarães

43. Ciências... quanta coisa boa! 95Eunice B.J de Souza

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44. Vivendo, pesquisando e aprendendo, 97Aparecido Donizeti Volkman e Maria Celeste Lascalla Ferreira

45. Onde está o meu Balão? 100Fernanda Santos e Marysol Krauskopf

46. O ensino das Ciências nos anos iniciais: da rigidez de pensamento ao investigamento, 104Rosemary Gonçalves de Oliveira

III - RELATOS DE EXPERIÊNCIA DE ORIENTADORES DE ESTUDOS 1. Projeto feira literária: horta suspensa e haicais, 108Roseleide Maria Gouveia

2. Releitura da obra Futebol de Cândido Portinari, 113Andréa Aparecida Viana

3. Projeto horta, 115Marinês Souza Barbosa de Araújo

4. O mistério da construção do triângulo, 116Juliane Dias Guillen Dias Guillen

5. Projeto feira literária: criação e escrita de história / plantio de flores em jardineiras suspensas com garrafa Pet, 119Juliana Jorge de Moraes Sarto

6. Projeto da feira literária 2015, 124Cibelle Aparecida Vieira de Oliveira Pereira e Profa. Renata Azzini Alves

IV - RELATOS DE PROFESSORAS ALFABETIZADORAS DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO1. Comprando palitos, 128Terezinha Hatsumi Schigaki Tessarim

2. O Carnaval de Arlequim, 130Terezinha Hatsumi Schigaki Tessarim

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APRESENTAÇÃOO Programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

(MEC) apresenta-se como compromisso formal assumido pelos gover-nos federal, estadual e municipal de assegurar que todas as crianças es-tejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do terceiro ano do Ensino Fundamental. O Projeto Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa do Núcleo UFSCar (PNAIC/UFSCar), sediado no Depar-tamento de Letras da UFSCar, oferecido como Curso de Extensão em nossa universidade, possui atualmente em sua equipe de trabalho dez formadores, que atuam junto a cerca de oitenta municípios do estado de São Paulo. Esses formadores, em conjunto com dois supervisores, atendem dois polos de formação presencial no interior paulista, em São Carlos e em Mogi das Cruzes.

Merece destaque, além da atuação dos Coordenadores Geral e Adjun-tos na articulação das várias ações de planejamento e de formação, aquela dos Coordenadores Locais, que vêm atuando de forma eficaz e solidária para que a formação que se dá nos dois polos possa chegar, de fato, aos Professores Alfabetizadores e, com isso, às crianças em sala de aula.

A equipe do PNAIC/UFSCar ainda conta com o apoio das tecno-logias de informação e comunicação (TICs) para subsidiar a formação dos Orientadores de Estudo (OEs) via ambiente virtual de aprendiza-gem (AVA) e por meio de webconferências. Os OEs possuem, assim, contato frequente com os seus formadores, além de terem acesso a lei-turas complementares que possam implementar as discussões acerca dos materiais utilizados no PACTO, contribuindo para sua discussão posterior junto aos Professores Alfabetizadores e para a realização do trabalho pedagógico nas diversas salas de aula de forma cada vez mais eficiente. Alguns municípios vêm, também, aderindo à utilização de pla-taformas virtuais de forma a poder complementar as horas de formação presencial de seus Professores Alfabetizadores.

O Grupo de Pesquisa LEETRA (CNPq) tem desenvolvido um papel importante nesse processo, dado o seu compromisso com a formação continuada de professores alfabetizadores e, além disso, com a respon-sabilidade de propiciar a vivência com os novos letramentos, como o letramento digital, para que os professores possam se utilizar, na prática, de diferentes instrumentos e recursos didáticos em prol da alfabetização de forma compatível com as pesquisas de ponta nessa área. Proporcio-na-se, assim, o elo desejável entre ensino, pesquisa e extensão.

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Com a publicação da Série Linguagens em Diálogo, a partir do volume inicial dedicado aos Letramentos em Língua Materna e Matemática, bus-camos dar visibilidade às diversas produções que vêm sendo construídas na interação entre Formadores e Orientadores de Estudo no ambiente virtual, assim como propiciar um lugar de reflexão e de relatos de expe-riência a respeito dos diferentes desafios que hoje envolvem o trabalho com letramentos nos anos iniciais, cujos reflexos, conforme acreditamos, possam se fazer sentir em momentos posteriores da escolaridade.

Neste volume 6 da série Linguagens em Diálogo damos destaque às produções dos Orientadores de Estudos, que aqui contribuem com um artigo inicial, com uma antologia composta de 47 poemas e com uma série de relatos de experiência. Lembramos que os poemas foram pos-tados no ambiente MOODLE como resultado de diferentes desafios e de diferentes temáticas.

Estando o PNAIC/UFSCar alojado no Departamento de Letras, é com enorme prazer que levamos a publicação essa antologia de poe-mas, na certeza de que, para todos nós, o desafio da escrita é constante, e que é lendo e escrevendo que vamos continuamente nos aprimorando como escritores. A escrita apresenta-se, assim, sob suas mais diversas facetas, seja como instrumento, ferramenta ou tecnologia de que nos servimos para o exercício pleno de nossa cidadania, em nossa busca constante pela ética e por sua expressão, seja como expressão estética, em que extravasamos nossos sentimentos de forma genuína e pessoal, buscando para isso ritmos, palavras e construções inesperadas, e com as quais nosso próprio olhar também se surpreende.

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ARTIGO DE ORIENTADORA DE ESTUDOS

Projeto textos com arte: integrando gêneros textuais e arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental

Rita de Cássia Petrenas 1

“Sabem por que eu pinto tanto menino em gangorra e balanço? Para botá-los no ar, feito anjos.”

Candido Portinari

IntroduçãoEstamos em pleno século XXI envoltos em muitas mudanças e tec-

nologias e, consequentemente, isso afeta nosso cotidiano e o modo como nos comunicamos. Há trinta anos se acreditava que a linguagem escrita iria diminuir muito, pois o mundo seria dominado pelas imagens, mas hoje cada vez mais percebemos que a escrita esta envolta em nossas práticas diárias, pois as redes sociais e e-mails são os meios de comuni-cação que mais ganharam notoriedade.

A língua é uma produção social, e em uma sociedade como a brasi-leira com uma enorme diversidade cultural, política e econômica, esse aspecto acaba por refletir a maneira de ser dessa sociedade. É expres-são viva da diversidade, seja enquanto fator de valorização das diferen-ças ou como fator de exposição das adversidades, mostrar que o povo vive miséria, desemprego e pouco acesso à cultura letrada. À escola cabe valorizar todas as diferenças e não ter preconceito em relação às formas de comunicação oral e escrita, mas precisa ir além, mostrando as formas da norma padrão aos alunos, trabalhando e ensinando como se comunicar corretamente na sociedade em que vivemos, pois a mesma se apresenta totalmente excludente.

1 Professora da Rede Pública Estadual,conveniada ao Município de Santa Rita do Passa Quatro. Doutoranda na UNESP/Araraquara. Integrante do NUSEX - Núcleo de Estudos da Sexualidade. Email: [email protected]

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Fundamentação TeóricaO Parâmetro Curricular Nacional de Língua Portuguesa (BRASIL,

1997) esclarece a importância de se trabalhar as práticas de produção de textos desde os anos iniciais do ensino fundamental, pois a finalidade é formar escritores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes. Logicamente, que esse fato é uma conquista gradual, que ocorrerá durante os anos de escolarização do educando, sendo ne-cessário que todos os docentes comprometam-se a ajudar.

Diante dessa concepção, os gêneros textuais, sejam escritos ou fala-dos, se apresentam como conteúdos significativos para atender à pro-posta de leitores competentes, inclusive porque concebemos que a lin-guagem é prática constitutiva dos sujeitos, portanto, há necessidade da intervenção educativa para a ampliação e desenvolvimento das diversas potencialidades do indivíduo enquanto ser social (VYGOTSKY, 1991).

No contexto escolar, os educandos, independente do nível de esco-laridade, precisam ter a oportunidade de ouvir, falar, ler e escrever uma variedade de textos, possibilitando a inserção nos diversos gêneros tex-tuais ou gêneros do discurso. Segundo Bakhtin, gênero tem um sentido amplo, pois são os diferentes tipos de textos orais e escritos que os su-jeitos utilizam na comunicação social, de acordo com funções definidas pelo contexto vivido. (BAKHTIN,2003).

O Parâmetro Curricular Nacional de Língua Portuguesa (BRASIL, 1997), também deixa claro a importância de se trabalhar os gêneros textuais:

Todo texto se organiza dentro de um determinado gênero. Os vários gêneros existentes, por sua vez constituem formas relativamente está-veis de enunciados, disponíveis na cultura, caracterizado por três ele-mentos: conteúdo temático, estilo e construção composicional. [...]. É por isso que, quando um texto começa com ‘era uma vez’, ninguém duvida de que está diante de um conto, porque todos conhecem tal gênero [...]. (BRASIL1997. p.26).

Enquanto educadores, precisamos compreender que o trabalho com a diversidade de gêneros deve começar desde as séries iniciais. Schneuwly e Dolz (2004) defendem que é na escola que as expressões linguísticas usadas no contexto social são apropriadas pelas crianças. Essa apropriação ocorre através dos diferentes gêneros linguísticos, transformando-se assim em gênero escolar.

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Desse modo, trabalhando os diversos gêneros com nossos alunos es-tamos proporcionando para estes o domínio da compreensão, da pro-dução de textos e da expressão oral.

O Projeto “textos com arte” e o transcorrer do trabalhoMovidos pela necessidade de trabalhar gêneros textuais propostos

para o ciclo de alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, buscamos integrar os conteúdos da Língua Portuguesa e Arte através da apre-sentação, leitura e releitura de obras de Candido Portinari. Neste relato enfatizaremos as propostas desenvolvidas em Língua Portuguesa , por ser o objetivo central nesse momento de estudo.

A escolha desse renomado pintor incidiu devido à fatores que vie-ram ao encontro da proposta, dentre eles destacamos o fato de seu local de nascimento ser próximo a região que atualmente os alunos residem, facilitando a relação espaço/localidade e também a possível visita ao museu da cidade natal do pintor; o grande número de obras produzidas favorece a associação para o trabalho com os gêneros textuais a serem estudados (diversidade de imagens) e; o pintor ser autor de uma série de obras relacionadas à brincadeiras infantis favorecendo o interesse, am-pliação da sensibilidade, a reflexão e a imaginação, pois é uma temática do cotidiano dos alunos.

Desse modo, o objetivo principal a ser atingido refere-se ao edu-cando poder utilizar as diferentes linguagens – oral, verbal e plástica – como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções escritas e culturais, em contextos públicos e privados, atendendo à diferentes intenções e situações de comunicação.

Assim, também buscamos atender aos objetivos relacionados especi-ficamente à disciplina de Língua Portuguesa, quais sejam, produzir tex-tos escritos coesos e coerentes, considerando o leitor e os objetivos da mensagem, propiciando condições de identificar o gênero e o suporte que melhor atendem à intenção comunicativa; escrever textos dos gêne-ros previstos para o ciclo, utilizando a escrita alfabética e preocupando--se com a forma ortográfica sistematizada; considerar a necessidade das várias versões que a produção do texto escrito requer, empenhando-se em produzi-las com auxílio do professor.

A justificativa de trabalhar o projeto com alunos do 3º ano do Ensi-no Fundamental se torna pertinente por acreditar na necessidade e no favorecimento que o mesmo proporciona aos educandos para adquirir

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o hábito da leitura, escrever com criatividade e autonomia e ampliar o vocabulário, além da proporcionar o conhecimento da arte e a aprecia-ção do olhar.

Roteiro para desenvolvimento do projetoA princípio, antes do trabalho com qualquer gênero textual, é preciso

repertoriar os alunos para que conheçam o gênero em discussão, subsi-diando com leituras diversas de textos e livros paradidáticos.

Após a fase de repertório, apresentamos a cópia de uma obra (imagem) do pintor que foi possível fazer uma associação com o gênero textual tra-balhado até o momento2. Temos como exemplo, a obra “Auto-Retrato” (PORTINARI, 1956) e também, especificamente nesse caso, livros sobre a biografia do pintor (ROSA, 1999). Dessa forma, foi possível os alunos fazerem autobiografia e também auto-retrato, atendendo à finalidade da produção de textos com o gênero textos informativos.

O trabalhar com gêneros textuais foi se tornando mais complexo no decorrer do ano letivo devido às situações cotidianas e o planejamento docente. Outro exemplo que podemos destacar que foi utilizado para se trabalhar os textos do gênero instrucional foi a apreciação da obra “Meninos com Pipa” (PORTINARI, 1947) juntamente com outras que sugerem brincadeiras e, posteriormente a elaboração de um texto sobre a maneira de confeccionar uma pipa, atendendo ao gênero com finali-dade de prescrição e orientação3.

Após a produção dos textos pelos alunos, o professor realizou as correções necessárias e cada discente reescreveu sua produção em uma apostila de textos que se tornou o produto final desenvolvido com to-dos os alunos. Desde o início da proposta é importante que os edu-candos conheçam como será a finalização, pois gera maior empenho e compreensão do todo. O Projeto “Textos com Arte” foi finalizado com uma atividade cultural, ocorrendo a entrega da apostila e exposição dos trabalhos da área relacionados às obras de Portinari, envolvendo a participação de familiares e da comunidade escolar.

2 As cópias das obras podem ser impressas, observadas em livros ou revistas ou mes-mo na tela do computador.3 Sugerimos para organização dos gêneros textuais a serem trabalhados em sala de aula a leitura de Kaufman e Rodríguez (1995) e assim propomos alguns exemplos e sugestões entre as obras de Portinari e o trabalho com gêneros textuais (apêndice 1).

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Alguns aspectos são extremamente significativos, como, por exem-plo, na decorrência do ano letivo, os próprios alunos realizavam pesqui-sas em sites e livros diversos sobre a vida e obra de Candido Portinari, além de trazerem para a sala as notícias frequentes que a mídia veiculava sobre o assunto.

Os Temas Transversais (BRASIL, 2001) também foram abordados através do trabalho com as obras, pois Portinari pintou tipos regionais do Brasil, como cangaceiros, mestiços, negros, índios, o homem do campo favorecendo os aspectos da Pluralidade Cultural e também dis-cussões em torno do Meio Ambiente.

Considerações finaisA escola, enquanto instituição, tem por função principal proporcionar

ao educando a aquisição do conhecimento acumulado pela humanidade e, consequentemente, a apropriação da leitura, escrita e apreciação do estético

Enquanto educadores, precisamos compreender que a leitura e a es-crita possibilitam o acesso à diversos “mundos”, e o papel da escola é formar cidadãos capazes de transpor barreiras culturais e sociais rumo a equalização social, e acreditamos que a leitura e a escrita tem muito a contribuir para esse intento.

Referências BibliográficasBAKHTIN, Mikhail M.Estética da criação verbal. .Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes,2003.BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Temas Transversais. Brasí-lia, 2001.BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: LínguaPortuguesa. Brasília , 1997.< http://www.portinari.org.br/ > acessado em 16/2013.< http://museucasadeportinari.org.br/> acessado em 20/02/2014KAUFMAN, A. M.; RODRÍGUEZ, M. H. Escola, leitura e produção de textos.Porto Ale-gre: Artmed,1995.ROSA, N. S.S. Candido Portinari. São Paulo: Moderna,1999. (Coleção Mestres das artes no Brasil).SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim, et al.Gêneros orais e escritos na escola.Campi-nas: Mercado das Letras, 2004Vygotsky , L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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II - POEMAS DE ORIENTADORES DE ESTUDO

1. Aprendizagem significativa

Eliane Aparecida de Almeida e Sandra Luz Camargo Silva4

Vamos todos avançarE os professores formarNas aulas de CiênciasVamos inovar.Integrando os saberesInterdisciplinaridade vamos trabalharO isolado foi agrupadoE o velho superado.Com uma dinâmica renovadaO tradicional é transformadoValorizando a liberdadeNum passado sem interação.Num protesto declaradoAo modelo de exclusãoNas aulas de CiênciasVamos fazer experimentação.Libertando-se de um passadoQue limita, fere e puneQue maltrata, inibe e prendePara aulas dinâmicas com interação.Nas aulas de CiênciasConceitos físicosVamos ensinarO Ensino FundamentalIremos renovar.Nas formações dos professoresNovos métodos aplicarPara assimOs alunos sempre motivar.Com a metodologia modificadaAlgumas transformações iremos identificar

4 Orientadoras de Estudos do município de Ibiúna

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Lembrando que cada criançaTem sua maneira de pensar.Respeitar a faixa etária e seu desenvolvimento cognitivoAnalisando o desenvolvimento social em que está inseridoPois a aprendizagem requer algo significativoPra se tornar produtivo.Ao entender conceitosA criança terá mais desprendimentoExpondo suas explicaçõesValorizando seus conceitos.Trabalhando a capacidade cognitivaMais entendimento ela teráConsequentemente,compreenderá e conceituará.Com objetos manipuláveisO lúdico vamos exercitarFacilitando o ensinoPara depois associar.Para aprender o conteúdoPor processos, os alunos precisam passarAssimilar, equilibrar, acomodarPara compreensão efetivar...Trabalhando Ciências de maneira interdisciplinarO aprendizado dos nossos alunos vamos valorizarTornando as aulas prazerosas e significativasPara nossas crianças motivar.

2.Alfabetizar em Ciências

Andréia S. Queiroz Pereira5

Para em ciências alfabetizarÉ preciso experimentarSair da sala de aulaPara coisas novas encontrarSó com a colaboraçãoOs desafios vão vencer

5 Orientadora de Estudos do município de Mogi das Cruzes

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A partir da investigação todos vão aprenderObservando e procurandoConstruindo seu saberAs aulas de ciências maravilhosas vão serCiências é muito legalE mais legal pode ficarSe a aula for interdisciplinarSe ao invés de giz e lousaA gente sair e investigar... inovarCoisas novas encontrarCom as outras áreas do conhecimento me aliarPara aprender ciênciasÉ preciso experimentar, investigar e encantar…Para em ciências alfabetizarÉ preciso experimentarSair da sala de aulaPara coisas novas encontrarDe maneira diferenteO professor vai trabalharConhecer a fauna e floraE pelos animais de se apaixonarCiências é muito legalE mais legal pode ficarSe a aula for interdisciplinarSe ao invés de giz e lousaA gente sair e investigar... incentivarCoisas novas encontrarE das outras as áreas do conhecimento cada vez mais me aproximarPra preservar a naturezaÉ preciso estudar, conhecer onde se viveE cuidar bem do nosso larInvestigando é que a criançaComeça a aprenderConhecendo, procurandoE desvendando o aprenderDe maneira diferenteO professor vai trabalharEntender o que é ciências

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Vou pensar e indagarJuntos vamos transformarNossas dificuldades em habilidadesE de ciências vou gostarCiências é muito legalE mais legal pode ficarSe a aula for se modificarSe ao invés de giz e lousaA gente sair e investigar... indagarCoisas novas encontrarE as outras áreas do conhecimento poderão me ajudarEnsinando e aprendendo as coisas vão se transformarA partir do arco Iris as cores vão me ensinarComo é que surge a chuva ?Por que o céu é azul?A partir das minhas duvidas a aula vai começarVou ficar bem a vontade... eu gosto de estudarPara em ciências alfabetizarÉ preciso experimentarSair da sala de aulaPara coisas novas encontrarSó com a colaboraçãoOs desafios vão vencerA partir da investigação todos vão aprenderObservando e procurandoConstruindo seu saberA aula de ciências maravilhosas vão serCiências é muito legalE mais legal pode ficarSe a aula for interdisciplinarTodas as crianças vão gostarSe ao invés de giz e lousaA gente sair e investigar... QuestionarCoisas novas vamos encontrarE de outras as áreas do conhecimento me apoderarPara aprender ciênciasÉ preciso experimentar, investigar e encantar, apaixonar e da

construção do meu conhecimento efetivamente participar.

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3. Saber Ciências

Ana Lucia Barbosa Lima Costa6

Aprender CiênciasÉ muito importantePois a disciplina trataDe muitos assuntos interessantes.Estudar Ciências na escolaEstá cada vez melhorOs professores trazem conceitos,E ideias de muito valor.Pesquisas, experimentos e manipulaçõesTudo isso aprendemos em CiênciasCom orientação do professor,O aprendizado acontece com mais eficiência.Em Ciências eu aprendoSobre a naturezaE como preservarToda a nossa riquezaRiqueza da Mata AtlânticaQue esta sendo desvatadaPelo próprio homemDe forma escancaradaEm Ciências eu aprendoSobre a Água, que nos é essencialQue se não economizarmosSeu fim será fatal.Em Ciências também aprendoQual é o paladar, o tato, a visão, o olfato e a audiçãoFazem parte dos órgãos do sentidoTrazendo sensações boas de montão.Aprender Ciências é muito bomNão posso deixar de falarQue com essa disciplinaTambém se trabalha de forma interdisciplinarTrabalhando com o tema “Água”

6 Orientadora de Estudos do município de Itapecerica da Serra

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Que faz parte de CiênciasPosso casar com várias disciplinasLíngua Portuguesa, Geografia, Matemática e até Língua InglesaDesse modoCom certezaO assunto se tornaráInterdisciplinar, que beleza!Quero aqui deixar meu toque,Que de fato é importante,Um trabalho mais ativo de CiênciasPara melhor desenvolvimento do estudante.Não posso deixar de citarQue estou muito contenteQue no PNAIC vamos trabalharCom esse componente

4. Aprendendo a aprender ciências

Maria Sueli de Araújo e Márcia de Almeida7

Quem dúvida que os pequenos também possam aprender,Duvida até do que vou dizer.Ciências é coisa de ensinar e de aprender e se faz necessária para viver.A curiosidade que aflora do pequeno desde o momento do nascer,Desperta no professor uma grande vontade e esperança em aprender.Convivendo com os pequenos constantemente a perguntar,Não resta dúvidas que a curiosidade e a sede de aprender estão no ar.Basta o educador incentivar e aguçar a curiosidade dos iniciantes,

para que com boas informações possam sanar.Na escola e na vida todo o aprendizado deve abarcar,Pois colocando no seu dia a dia, muitas dificuldades poderão evitar.No trabalho da professora Inês, foi possível observar,Que usou as preconcepções dos alunos para poder iniciar;A curiosidade armazenada tinha potencial para virar uma excelente

iniciativa didática e lá foram pesquisar.Onde as pilhas são jogadas?

7 Orientadoras de Estudos do município de Ibiúna

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Como podem ser descartadas?Esse trabalho tão bem planejado que até prêmio conquistou, pois

conseguiu gostosamente trabalhar interdisciplinar.E depois de textos informativos e até legislação consultar,As crianças tiveram a honra de ter um engenheiro ambiental para as

dúvidas sanar.A avaliação foi feita com ternura.Pois a professora levou em conta o empenho dos alunos, pois até

foram convidados para palestrar na prefeitura.Seu projeto transformou aquelas pequenas crianças em peque-

nos cientistas.Despertando em cada um o desejo de novas conquistas.Esse prêmio merecidamente recebido, deve ter sido saboreado com

muita satisfação, o coração da Inês deve transbordar de satisfação, pois a missão da Fundação Victor Civita por ela foi cumprida, de construir e disseminar conhecimentos e valorizar práticas na educação.

Auxiliam educadores nos desafios da arte de ensinar.Cada aluno ao seu tempo, assim devemos pensar e isso respeitar.Partindo da certeza que os procedimentos científicos devem ser

abordados desde cedo,A escola deve se preocupar em trazer para nossas crianças uma

aprendizagem significativa e atraente para que na vida ele possa usar.Sabemos sem questionar que o trabalho com ciências, exige muito

do professor.Além de muito conhecimento, tem que fazer com amor.As series iniciais exigem ainda mais atenção.Explicando conhecimento científico sem nunca fugir da questão.Os pequenos tem o direito a aulas boas, de qualidade e diversão.É bom sempre lembrar que bons projetos pairam no ar.Vale só o bom professor saber sempre aproveitare o interesse da turma poder sempre despertar.Parabéns professora Inês!!!Por seu prêmio ganhar.Vamos pedir sempre a Deus que possa te abençoar!

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5. Ensinando Ciências

Aline Cristiane Santos Mendonça8

Ana Paula de Lima Leão9

Ensino de Ciências: mudar é preciso.Aprender Ciências como aprendíamos na infância é algo que deve

ficar no passado.Entender sobre as relações do Homem com a Natureza, seus aspec-

tos e peculiaridades é algo que nunca pode ser esgotado.O ensino de Ciências distante da vida não pode ser.Fatos e fenômenos o tempo todo estão a acontecer.Ao professor, resta as oportunidades aproveitar.Crianças são curiosas e investigativas. Desse jeito fica fácil trabalhar.Aulas chatas, paradas e expositivas estão condenadas ao fracasso.Se continuar assim o conhecimento vai ficando cada vez mais escasso.É necessário mudança de concepção para promoverEstudo, revisão da prática docente, trabalho coletivo e intencional

precisa haver.Para que o ensino de Ciências seja algo que vá além da mera trans-

missão de fatosÉ preciso conhecer e empenhar-se para que as estratégias se tornem

eficientes aparatos.Observar, experimentar, comparar e concluir são passos que segui-

dos devem ser.Lembre-se professor, o paradigma anterior mudar, só depende

de você.O trabalho interdisciplinar é oportunidade para inovar e sua função

na escola cumprirOs saberes são integrados para atender a necessidades reais e novos

conhecimentos construir.Os fundamentos aos poucos vão se enredando e nesse movimento,

todos colaborando.Um trabalho como esse faz com que o aluo aprenda muito mais do

que conceitos Para entender relações reais de causa e efeito.

8 Orientadora de Estudos do município de São Paulo9 Orientadora de Estudos do município de Diadema

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A criança, pequeno cientista poderá se tornar,Pois será estimulado a, sobre os acontecimentos do mundo, questionar.Trabalho assim apenas valoriza o professorQue demonstra domínio, sabedoria e responsabilidade sobre seu labor.Saberes diversos se completam e dão vazão ao surgimento de ou-

tros tantos.Se trabalhado for de forma compartimentada, acaba ficando na me-

mória só por enquanto.Aulas divertidas, dinâmicas e interessantes...O lúdico, as experiências a troca são extremamente relevantes.Fazer decorar conceitos que servem somente para o aluno a pro-

va responder Não funciona, quem está se enganando, professor, é somente você.

A tarefa de mediar saberes é bem mais do que se diz.Vygotsky já dizia que o professor é o intermediário entre o conheci-

mento e o aprendiz.Boas oportunidades de interação para o ensino promoverÉ tarefa do professor que precisa buscar novas alternativas e querer

se mover.O conhecimento não é isolado, tão pouco desconectado.O trabalho pedagógico, portanto deve ser sempre bem planejado.É preciso entender que os saberes se prestam ao auxílio do Homem.O contrário só prova que os esforços podem ser inúteis e apenas

nos consomem.O mundo precisa de pessoas que saibam mais do que conteúdoPrecisam conseguir analisar, serem críticas e interagir para entender

e melhorar o mundo.Na escola essa tarefa pode começar.O ensino de Ciências é somente uma das vertentes onde podemos,

instituição escola, atuar

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6. Mundo melhor

Ana Lúcia Alves de Freitas10

Rosimeire Oliveira Lima11

Hoje vou falarDe algo interessantePra vida preservarPrecisamos ir avante Na ciência da vidaVou me aprofundarA escola será bem vindaPra essa tarefa realizar Para a sustentabilidadeA geografia vou estudarCom a globalizaçãoTenho que me preocupar A cultura socialEm artes vou conhecerE do mundo naturalUma tela vou tecer Os conhecimentos científicosQue o homem produziuDetalhes específicosNa história evoluiu O homem necessitaO progresso divulgarA linguagem foi escritaPra no livro eternizar

10 Orientadora de Estudos do município de Santa Bárbara d´ Oeste11 Orientadora de Estudos do município de Limeira

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Na fração de cada diaProblemas surgirãoE na arte da geometriaO raciocínio é a solução No mundo em que vivemosDe ciências está cercadoÉ na escola que devemosGarantir esse legado.

7. Decoreba ou diversão

Tatiana Vaz Cara e Márcia Pereira de Oliveira12

Para Ciências aprenderDois caminhos hão de terPorém é precisoSabedoria para escolher.Decoreba é uma possibilidadeAceite como verdadePara na prova passarGravar é a realidade.O outro vou lhe apresentarCom grande satisfaçãoQuero que aprenda comigoEssa nova lição.Para esta ciência fazerDinheiro não será problemaMateriais recicláveisResolverá seu dilema.O foco: atividade experimentalAção, atenção, investigaçãoE olhares curiososPara clareza da situação.Problema resolvidoHipóteses, estratégias e sistematização,

12 Orientadoras de Estudos do município de Limeira

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Num movimento divertidoChegamos ao conceito e a apropriação

8. Aí vem o menino

Raquel da Silva Basto13

Aí vem o menino, cheio de curiosidade. O quê? Pra quê? Por quê?Livre pra brincar, pular, rodar, dançar, pensar, experimentar.Fazer o quê? Fazer pra quê? Só fazer.Apresentado o problema, o menino fica aguçado e pensa, reflete...Basta um problema? Não. Analisa, olha os modelos que exis-

tem, manipula.Experimenta, observa de novo e de novo, depois discute e

cria hipóteses.Trabalha com outros meninos,Interage.Zas trás! O menino tem o que falar.Ama socializar. Conversa, fala, discute. Escuta menino.Conclui, aprende, sabe um tanto mais.Aquele menino, agora é outro, aprendeu a aprender, sabe um tanto mais.Olha diferente o mundo, porque aprende.Como pode tanto aprender, tanto saber?Imagina! O menino não está só.Entre ele e o saber há um outro, que ensina e aprende a ensinar

e a aprender.Neste, paciência, consciência de que o caminho do saber requer tempo,Tempo de aprender, de significar e de ampliar.Imprescindível fazer pensar, facilitar, mediar.Fazer a atitude mudar.Inferir para colaborar e ensinar.Criar para se tornar o professor, o mediador e...Alfabetização Científica proporcionar.

13 Orientadora de Estudos do município de Guarulhos

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9. Experimentar, conhecer e saborear

Regina Célia M. Machado14

Estudar Ciências,Parece fundamentalUma área importanteA partir do real! O ensino de CiênciasNão deve ser tradicionalInvestigar, vivenciarÉ primordial! Problematizaré o ponto de partidaPara que de fatoAs atividades sejam investigativas! Levantamento de hipótesesQuestões problematizadorasExperimentaçãoTrabalho em grupoOralidade e escritaTornam a aprendizagem divertida! Vivenciar situaçõesPrazerosas e desafiadorasNão é tarefa apenas de Ciências,Língua Portuguesa, Matemática e HistóriaTambém possibilitam essas vivências! Tema, conteúdo e assuntoSão disparadorespara a interdisciplinaridadeContemplar!

14 Orientadora de Estudos do município de Limeira

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Ler para se informarProblematizarPertencerSão caminhosPara conceitos objetivar! Do privado ao públicoDo informal ao formalDo elementar ao clássicoDo cotidiano ao científicoEm busca de uma formação ideal! Superar o senso comumPotencializar argumentaçõesMultiplicar vozesDiferenciação metodológicaPara a hominizaçãoE transformação social!

10. O ensino de Ciências

Denise Alvarinho15

Estudar Ciências,Parece fundamentalUma área importanteA partir do real!

O ensino de CiênciasNão deve ser tradicionalInvestigar, vivenciarÉ primordial!

Problematizaré o ponto de partidaPara que de fatoAs atividades sejam investigativas!

15 Orientadora de Estudos do município de Limeira

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Levantamento de hipótesesQuestões problematizadorasExperimentaçãoTrabalho em grupoOralidade e escritaTornam a aprendizagem divertida! Vivenciar situaçõesPrazerosas e desafiadorasNão é tarefa apenas de Ciências,Língua Portuguesa, Matemática e HistóriaTambém possibilitam essas vivências! Tema, conteúdo e assunto São disparadores para a interdisciplinaridadeContemplar! Ler para se informarProblematizarPertencerSão caminhosPara conceitos objetivar! Do privado ao públicoDo informal ao formalDo elementar ao clássicoDo cotidiano ao científicoEm busca de uma formação ideal! Superar o senso comumPotencializar argumentaçõesMultiplicar vozesDiferenciação metodológicaPara a hominizaçãoE transformação social!

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11. A disciplina de Ciências

Cintia Luiza Correa16

Ciênciasé saborear seu significado e transformar em vidaé saberé aprenderé uma paixãoé estimular aos questionamentose gerar resultados luminososLevar a criança a curiosidadee transformar em pequeno cientistamostrando o conhecimento científicoexplicar os problemas do dia-a diaO trabalho com Ciências exige que se respeitemas especificidades da faixa etárianão é substituir os termos científicosOu inundar os textos com diminutivos na esperançaque as crianças entendam melhorNas séries iniciais o trabalho de pesquisapodem incluir leitura de livros e revistasantes mesmo que as crianças de saberem ler.Além de ser uma atividade de alfabetizaçãoa prática contribui para que todas aprendambuscando informações específicas.A Ciências está presente em muito momentos da nossa vida;É impossível uma pessoa viver sem o auxílio da ciência,pois é a partir dela que os cientistas estão descobrindoa cura para várias doençasHoje nós temos uma grande diversidade de medicamentosque facilitam muito a vida das pessoas.A ciência não está presente apenascomo uma forma de descobrir a cura das doenças,mas também está presente em tudo o que fazemos.Todos os dias nos deparamos com uma série de coisase nem nos damos conta de que tudo isso é ciência

16 Orientadora de Estudos do município de Mogi das Cruzes

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só estamos podendo ter acesso a elaspor que outras pessoas estudaram e pesquisarammuito para nós termos uma vida melhor e mais confortável.O mundo está evoluindo e a ciência está evoluindo junto,A cada dia que passa os cientistas estão descobrindotécnicas novas para suas experiências,o que está facilitando muito nossas vidas.Cada dia que passa as tecnologias estão mais evoluídase assim os cientistas tem um meio mais eficiente para seus experi-

mentos, fazendo assimcom que eles respondam as suas questões mais rapidamente.Contribuir para que o aluno possa avançar em seus conhecimentos

sobre mundo,Da relação existente entre homem e natureza e seu papel como

agente de transformação,Conhecer o ambiente que vive para desenvolver capacidades de en-

trelaçamento entre asDiferentes áreas do conhecimento partindo do seu meio para o todo,Com o auxílio imprescindível do professor no que diz respeitoAo envolvimento das crianças no processo de investigaçãoNa medida em que a criança consegue fazer relação entre

os conhecimentosVivenciados no dia-a-dia,Com os assuntos trabalhados em sala de aula,Despertando seu interesse em buscar respostas para suas indagações.

12. Ciências é vida

Edileide Mara dos Santos Silva17

Ciências é vida, vida é educação e educação é escola.Minha opinião aqui vou deixarO que não pode mais é ter uma educação bancáriaPorque agora o aluno também quer falarO protagonista agora é outro finalmenteÉ o professor aprendeu de fato a mediar!

17 Orientadora de Estudos do município de Suzano

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Vamos falar de alfabetização e letramento afinalE escrever o be-a-bá não é aprenderé apenas decorar e esquecer Como aprender em ciências?Com a interdisciplinaridade não terá barreirasOs alunos com a mão na massa, mais parecerá uma brincadeira!O que ficará de fato é a aprendizagem verdadeira.

Quem disse que criança só tem que copiar?Sem ao menos questionar!A opinião teve que mudarPois desde o primeiro ano, já sabe vivenciar!E ideias trocar!!! Mesmo com tantas dificuldades, o lema do professor é:Nunca desistir, e no aluno acredita.Sozinho com tantas indagações, a vida do aluno transformar!

Quem disse que criança só tem que copiar?Sem ao menos questionar!A opinião teve que mudarPois desde o primeiro ano, já sabe vivenciar!E ideias trocar!!! Mesmo com tantas dificuldades, o lema do professor é:Nunca desistir, e no aluno acreditar.Sozinho com tantas indagações, a vida do aluno transformar!

E na aula de ciências.., experiências usarPara que a criança nunca esqueça a aprendicagem,E isso poderá perceber em cada olharE na forma de questionar

A investigação na vida de cada um poderá deixarPois á cada experiência uma nova indagaçãoE todos novamente em uma nova fórmula vão pensarE depois de tantos experimentos, vem a aquisição de novos conhecimentos...

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A experiência vivenciada pela criança...É de fato aprendidoE jamais será esquecido...Quando o professor aborda várias áreas do conhecimentoAí sim!!! não caíra no esquecimentoPois assim aconteceu o letramento... A maior preocupação é que fique só assim...Apenas em uma atividade enfimNão se pode esquecer,Que assim é bem mais fácil de aprender

Atividades relacionadas com tudo que a criançaVê ao redorTudo fica bem melhor!!!

Os textos lidos tem um assunto comumDe ciências e experiênciasDe professor e professoras que barreiras quebraramE no processo de ensino e aprendizagem realmente acreditaram!!!

Depois de e ver tantas aulas, com experiências legais.Vamos multiplicar para os outros fazerem e testarem com as

crianças afinalMeu recado a todos do PNAIC vou passarVem! você também pode essa aula experimentar!!!

E com seus alunos multiplicarVendo assim a importância da ciênciaCom a experiência

E no final todos ganhamPois a educação precisa de professores que acreditemNo aluno afinalPois são crianças que pensam e questionam, querem dar sua opinião

com a mão na massa fazendo com a diferença!!!

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13. Experimenta experimentar

Elaine Aparecida de Souza Leal18

Perla de Oliveira Guimarães19

O que é isso mãe?Criança já nasce com o “aplicativo” da curiosidade instaladoSe seus pais não sabem explicarTudo fica complicadoO que é isso professora?Vou para escola, é agora!Novo alvo dos por quês dessas criançasOpa! Chegou a hora!Bummmmm!!!! A química perfeita!!!!Quando se depara com um professor com o “aplicativo” avançado...Química? Ciência? Pesquisa? Experiências?Só precisa tomar cuidadoDescoberta a fórmula de aprenderÉ só deixar acontecer- Estou com uma dúvida?!Ferve uma sequência didática!Ela aprofunda o assuntoA aprendizagem será fantástica- Como isto acontece? Por que não foi de outro jeito?- Aí complica...Precisamos do apoio de outras disciplinas!Vamos elaborar um Projeto perfeitoFotossín... o que “prô”?O divertido da Ciência é exatamente sua estranhezaAs palavras estranhasAbalam qualquer certezaCertezas não geram desafiosDúvidas despertam a curiosidadeAssim surgiram descobertasQue mudaram a humanidadeLivros são caros

18 Orientadora de Estudos do município de Mogi das Cruzes19 Orientadora de Estudos do município de Ferraz de Vasconcelos

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Pesquisar leva tempoSites são complicadosAlunos já possuem conhecimentoAproveitar essas pequenas enciclopédiasEste é o segredo da aprendizagem significativaUm pergunta, um respondeA aula ganha vidaAlfabetização em Língua PortuguesaJá é antigaAlfabetização em MatemáticaÉ recente a discussãoAlfabetização em CiênciasPor que não?Alfabetização Científica para experimentarContribui com a intedisciplinaridadeVamos aprofundarUm cidadão crítico, que tome decisãoTudo isso faz parte do cotidianoE até para as drogas dizer “não”Conheço meu corpo e suas reaçõesCuido dele porque aprendiAlimento, cuidado e higienePara melhor poder sorrirO ambiente em sua complexidadeQuerendo o melhor para sua cidadeCada pequeno vai se desenvolvendoConsciente de tudo que está fazendoUm professor que saiba mediarEsclarecer e explicarCom certeza saberáSem dúvida nenhuma ensinarAssim dever ser o currículoCom um ensino de verdadeProporcionará muitas alegriasE contemplará a diversidadeSabedorias, conquistas, vitóriasEsse aprendizado transformado em conhecimentoVivenciando a cada dia

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Um novo experimentoDe fato, que traráA cada novo contatoQuestionamentos e desafios,Esta é a missão do PactoProfessores de todo o BrasilDiscutindo a Ciência,Aliada a outras disciplinasAmpliam esta potênciaPara um desenvolvimento plenoQue trará transformaçãoO PNAIC vem trazendoA sua contribuiçãoTransformação essa que daráCondições de ser quem quer serAtuante, transformador, ajudadorJusto, sábio e formadorA atual necessidadeDe compreender as especificidadesUnindo as disciplinasNesta interdisciplinaridadeEste ano vamos falarIntroduzir, Aprofundar e ConsolidarConhecimentos científicosExperimente experimentar

14. Reflexões docentes

Elisangela de Ávila Queluz20

Alfabetizar ou letrar...Desenvolver atividades articulando teoria à prática ?Qual é o meu papel ?São tantas as funções a desempenhar...Como fazer ?Tantos conteúdos a dar...

20 Orientadora de Estudos do município de Santa Isabel

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O que propor no ensino de Ciências ?Buscar novos conhecimentos ?Organizar trabalho coletivo...Colaborativo...Problematizar...Estabelecer relações de comunicação,Saber ouvir...Vincular-se a rotina escolar.Dominar o conteúdo.Respeitar o potencial de cada um...Predispor em realizar pesquisas, se assim duvidar...Saber conviver...Estimular...Provocar...Alfabetizar...Ter objetivos...Traçar metas...Avaliá-las...Redirecioná-las...Estar aberto às novas aprendizagens...Mobilizar ações e parcerias...Rever o processo ensino e aprendizagem...Fazer uso de reflexão...Ação-reflexão-ação...Introduzir...aprofundar...consolidar a aprendizagem dos alunos,registrar seus avanços.Relacionar a Ciências com o cotidiano escolar.Estabelecer conexões...Com as outras áreas do conhecimento.Trabalhar os eixos das linguagens escrita e oral.Mapear as dificuldades...Conhecer o que sabem...Planejar propostas desafiadorasInvestigar a própria práticaTorná-la visível...Dar ênfase ao discurso...

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Para que possam ser produzidas novas idéias...Intervir, quando necessário.Dar voz e vez ao discente.Ser interativo, ativo...Ter uma relação dialógica entre seus pares.Partir da resolução de problemas..Levantar hipótesesTraçar caminhos, novos rumos, novos tempos...Estruturar atividades significativas,das quais o aluno possa construir...conceitos a partir daquilo que sabe,vivenciando propostas desafiadoras.Utilizando-se de materiais e experiências significativas,tornando o ensino mais dinâmico,permitindo a compreensão do saber científico,ampliando desta forma sua visão de mundo,seu papel na sociedade,como indivíduo crítico, participativo,capaz de pensar por si próprio,ser capaz de transformar...a realidade em que vivem...Crescer, desenvolver-se...Mudar as ações, ter perspectivas...Ser visionário, ter caminhos a seguir...Fazer novas combinações,aguçar a mente, ser curioso...Ressignificar a vida...Compreender a sua essência...Entender esse mundo complexo...Para que nascemos ?Quem somos ?Qual a história de cada um ?Onde vivem ?O que querem aprender ?Mediar situações conflituosas...Mobilizar ações...Aceitar a realidade e...propor situações visando a contribuição...

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Olhar o entorno, sentir-se capaz...Conhecer-se, reconhecer-se...Colaborar...Todos, cada um...Respeitar saberes e dizeres...Ressignificar...Em favor do bem comumComo um, um conjunto...Cooperar, Conviver,Discordar, concordar,opor-se, expor-se,Ao mesmo tempo...manter a essência...Compreender-se...Ser autônomo...Existir...Sentir...Definir-se...Ser humano...Concluir...Viver...SER...

15. A um pequeno cientista

Gisélia Oliveira de Sá Neves21

Para estudar CiênciasÉ preciso pesquisarAlunos e professoresVamos logo nos formar?Intuir, experimentarConcluir ou abandonarA hipótese que se temÉ marca do pesquisadorE do pequeno cientista tambémBasta acreditar...

21 Orientadora de Estudos do município de Santa Isabel

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Que a criança também intuiEnquanto aprende, ela ensinaTira conclusões e senteQue o que sabe vai alémDa imaginação que possuiEntender a natureza, o corpo humano e as doençasPesquisar a fotossíntese e os planetas num sistemaEstudando em Ciências aprofunda bem um temaQuando se une a outras disciplinasCom o intuito de aprender e sanar algum problemaA interdisciplinaridade é assim...Faz ciência abrir uma portaDe um jeito bem legalPara trabalhar um conteúdoQue ao aluno bem importaE a aprendizagem é integralDa saúde ao cuidarA Ciência deve estarPreocupada com os alunosNa escola e em seu larSobre muita coisa divertidaTodos têm algo a falarSem simplificar a explicaçãoO conteúdo a aprofundarO sol é uma estrelaVejam só que confusãoEla nunca teve pontasDos olhos é uma ilusãoOs animais vertebradosO que é coluna cervical?É motivo de investigarAtravés de esqueletoFabricado ou naturalNa alfabetização científicaDo professor, mediar é a açãoNão importa a metodologiaO lúdico toma conta entãoE o processo de aprendizagem

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É um vulcão em erupçãoOh, pequeno cientista!Não importa a sua idadeVamos lá a toda provaSem armazenar curiosidadeChegarão a boas novas.

16. Alfabetização Científica

Gislene da Silva Cunha e Maísa A. da S. Blanco22

O Ensino de Ciências contribui para o processo de alfabetizaçãoEnvolvendo muita experimentaçãoColabora com a aprendizagem das crianças nesta fase escolarCom atividades instigantes os professores irão trabalharPor meio de atividades investigativasOs pequenos irão perguntarE que tal aproveitar para observar?Registrar?E hipóteses levantar?Sem simplificar os conceitos, nem infantilizarEm atividades científicas os alunos irão investigarE os mistérios vão desvendar , ao imaginarProblemas irão solucionarE diferentes conhecimentos vão mobilizarNo universo da alfabetização científicaHabilidades serão desenvolvidas e reconstruídasPensar, indagar, argumentar e pesquisarSão objetivos da Educação EscolarA aprendizagem vai acontecendo por meio de reflexõesPara isso ressaltamos a importância da organizaçãoAtravés da experimentação, formulando questõesLevantando informações, vivenciando as etapas da investigação.Coletivamente desafiar os alunosProduzindo conhecimentos à busca de respostasConduzindo a criança que já é curiosa

22 Orientadoras de Estudos do município de Salto

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Com o seu planejamento, mediando e vencendoOs desafios da alfabetização científica.

17. Ciências na alfabetização

Samuel Moreira Barboza23

No processo de alfabetizaçãoTem a curiosidade como potencialÉ ai que o professorDe modo fenomenalCom seu jeito de artistaChama o pequeno cientistaPara a descoberta realUsando termos corretosPodemos em ciências falarRespeitando a faixa etáriaCuriosidades sanarDeixando-os conscientesQue nosso meio ambientePrecisamos preservar.Um exemplo é a águaQue temos que economizarOs jornais todos os diasTraz esse tema no arMas é assunto pra verNa escola e aprenderComo da água cuidar.

Sabemos que é muita águaNo planeta espalhadaMas menos de três por centoDa água não é salgadaE menos de um por centoPelo homem no momentoEla é utilizada.

23 Orientador de Estudos do município de Suzano

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O homem já se preocupaDa água não acabarUsa seu conhecimentoPara tentar preservarMas a nossa soluçãoÉ que a populaçãoTem que se conscientizar.Conhecemos os sintomasAs causas, as soluções.Fizemos muitas pesquisasMuitas investigaçõesEstando bem informadosAgora é ter cuidadoCom todas nossas ações.A água em nossas vidasÉ muito fundamentalMas é preciso entenderO fenômeno naturalFalemos de suas formasMostremos também as normasDesse bem especial.Tem o estado gasosoÉ água na atmosferaTem o estado líquidoNessa forma a água impera E também tem outro estadoQue é solidificadoÉ no frio que se gera.A água que abasteceO povo de uma cidadeTem que ser bem tratadaCom muita assiduidadePara que ela tenhaQualidade e não venhaTransmitir enfermidade.Mas grande parte da águaQue se usa o dia inteiro

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Dentro de uma casaÉ usada no banheiroAí está comprovadoO uso exageradoDesperdício rotineiroNão demorar no banhoE ao escovar os dentesNão deixar torneira abertaÉ muito mais prudenteLavar louça com cuidadoVer se tem cano quebradoÉ uma ação inteligenteSe não tivermos cuidadoA água pode acabarNão pense que é brincadeira Não vamos nos enganarFique sempre informadoQue o uso moderadoEsse mal pode evitar.Depois dessa consciênciaA criança aprendeuQue a água é um bemQue é meu e também seu,E vai ajudar a cuidarJá sabe economizarFoi uma aula que valeu.Outras experiênciasQue faz experimentarAo vivo na sala de aulaFaz a criança amarExemplo é um vulcãoEntrando em erupçãoDisso sempre irá lembrar.A aula tem que ter sentidoPara na vida usarTer contexto de verdadeFazendo relacionar

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O que se vive e o que se aprendeSó assim ela entendeO que escola ensinar.

18. Projeto e sequência didática

Alessandra Teresinha de Oliveira24

Os professores já têm entendimentoSobre a importância do letramentoMas será que é possível abordarTodas as áreas do conhecimento?A resposta é positivaE para conseguir essa proezaPlaneje uma sequência didática ou projetoE obterá êxito com certeza!A ciência deve aparecerSeja humana ou da natureza.E aguçar a curiosidade do alunoDeve ser estratégia com certeza.Experimento e observaçãosituação prática e muito questionamento,deixam as aulas prazerosas, desafiadorasCabe a você agora decidir seu posicionamento.Se queremos formar aluno pensanteQue seja verdadeiro cidadãoÉ preciso investir no ensinoe proporcionar a todos constante formação

24 Orientadora de Estudos do município de Rincão

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19. Como eu gosto de ciências

Lucimara Fernandes Marques Luiz25

O ensino de ciênciasÉ um dos meus preferidosPois todos os meus alunosEstão sempre muito envolvidosGosto de trabalhar com a águaE também com a naturezaJá que hoje em diaEla é um problema da maioriaO nosso ar tem ficado poluídoPois as fábricas e automóveisEstão dobrando a quantidadeQual a solução para isso?Nossos animais estão sofrendoPelo erro dos humanosQue se dizem racionaisMas não pensam como taisO corpo humano é maravilhosoTem funções que são especiaisNos ajudam quando estamos bemOu alertam quando precisamos de cuidadoNossa terra é um lugarMuito belo pra viverSe todos cuidarmos delaBons frutos há de nos renderA saúde atualmenteEstá bem debilitadaPor isso em sala de aulaDiscutimos como mantê-laA sexualidade de hoje em diaEstá muito aceleradaPor isso precisamosDe conversa direcionadaAo ensinar ciênciasTambém estamos alfabetizando

25 Orientadora de Estudos do município de Araraquara

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Já que o uso de textosÉ bem visto pelos educandosAo trabalhar com animaisSeus nomes podemos formarJunto com nossos alunosO alfabeto móvel usar.A quantidade de informaçõesQue trazemos ao ensinarÉ o que torna a ciênciasMaravilhosa de estudarTambém temos preferênciasQue nossos alunos podem escolherNeste caso com uma tabelaVemos o resultado delasGosto do jeito das aulasSão muito mais produtivasJá que todos do grupoQuestionam e dão suas dicasSe pensarmos no passadoOs sítios e fazendas tinham históriaMostravam o que de verdadeA natureza englobaA nossa atualidadeTem muita tecnologiaO que seria idealÉ que tivesse mais vidaGosto do mundo onde vivoE meus alunos tambémMas gostaria ainda maisDe árvores e flores alémAtravés de nosso estudoDiscutimos vários assuntosPra podermos no futuroConvivermos todos juntosDo fundo do meu coraçãoTenho fé e noçãoQue nosso belo mundãoTerá uma solução!

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20. Fazendo Ciências, descobrindo caminhos

Rosemeire Colin26

Pensar sobre Ciências é deixar a mente divagar,Questionar o mundo, fazer proposições, investigar,Levantar hipóteses, experimentar, voltar a questionar.Buscar informações, em diversas fontes pesquisar,Documentar em textos ou desenhos, novamente experimentar,Tornar o aprendizado empírico, um evento elementar.Manipular os objetos na expectativa da descoberta,Pondo em prática a curiosidade, desenvolvendo a paciência,Pois quem determina o momento exato é o tempo com sua influência.Passo a passo é preciso observar, e registrar é essencial,Não esquecendo o principal, os fatos, saber interpretar,Sem deixar de admirar o que pode ser fenomenal.A descoberta é o prêmio a alcançar,Mas não sem antes passar por etapas fundamentais,Assimilar, equilibrar, compreender, questionar.Fazer Ciências pode ser uma grande diversão,Trazer ao cotidiano a tecnologia e sua inovação,Propor jogos, brincadeiras, experiências, com muita empolgação.Usar a interdisciplinaridade com temas instigantes,Ir além do convencional, que acaba sendo estressante,Contar histórias infantis que tragam conceitos brilhantes.Buscar em suas facetas, algo que faça a diferença,Usar diferentes gêneros textuais na alfabetização científica,Trazer da Arte o olhar que marca presença.Com a Ciência Matemática, quanto é possível propiciar,Interligada as demais Ciências muito proveito iremos tirar,Resolver problemas será apenas uma das atividades a experimentar.Nas Ciências Sociais é preciso o olhar atento,O aluno é o centro da investigação,Dar voz a ele é o princípio da exploração.Todas as Ciências devem ser trabalhadas,Nenhuma delas pode ser priorizada,São essenciais na compreensão dos conceitos pela criançada.

26 Orientadora de Estudos do município de Rio Claro

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Da Biologia, trazer o corpo, a mente, fazer a vida brotar,Com a Química os elementos explorar,Através da Física, o mundo explicar.Aprender os conteúdos de forma significativaÉ o esperado nesse processo,E de forma interativa conhecer o objeto.Transmitir e assimilar conhecimentos não fica na neutralidade,Professor e aluno apresentam suas ideias com base na realidade,E concebendo os conceitos descobrem a finalidade.Muito trabalho é esperado de aluno e professor,É desafio constante com hipóteses e conclusões,Passando por muitos questionamentos e inúmeras situações.O prazer e a diversão são presenças certas,Mesmo para aqueles que apresentam resistência,Afinal, os olhos irão brilhar depois de toda experiência.

21. Ciências... quanta coisa boa!

Elisabete Feliciano dos Santos27

Ciências... quanta coisa boa!Estudar, pesquisar, criar, investigar, discutir, elaborar...Ufa... Quanta coisa pra fazer!Experimentar, soprar, encher, comparar, correr...Muitas coisas vamos aprender!Quanta coisa boa!Papel do professor? Criar, pesquisar, ousar para saber o que ensinar.Aluno? Ele sim, com gosto vai expandir.Vai praticar, pesquisar e vivenciar.Construir conceitos preparando-se para o mundo.Ter educação ambiental para mudança comportamental.Construir formas de pensar, agir e sentir a natureza sorrir.Ver o cata-vento girar sem precisar soprar. Eis o ar em movimento...Lixo no chão nem pensar! Tudo pode aproveitar.Minhoca no minhocário e peixe no aquário.Quanta coisa boa!

27 Orientadora de Estudos do município de São José dos Campos

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Olhar para o céu e ver as nuvens formando,Sabendo que daqui a pouco a terra estará molhando.Que as estrelas ficam mais lindas olhando com uma luneta.Por isso não podemos poluir nosso planeta.Aprender que a água ocupa a maior parte do planeta:Que ela é necessária para hidratação e preparação de alimentos;Na limpeza do corpo, das roupas e dos locais em que vivemos.Precisamos da água pra gerar energia...Como fazer? Secaram nossas bacias!Quanta coisa boa!Temos animais que vivem nos campos, nas casas e no ar.Saber que de todos podemos aproveitar.Tem aqueles que vivem nas florestas,Que já sabem caçar.E não podemos criar!Também tem as plantas...Que nos oferecem o ar puro.Não devemos deixar acabar,Delas precisamos nos alimentar e curar.Sabendo que elas acolhem quem precisa se abrigar.Quanta coisa boa!Para isso acontecer não podemos esmorecer.Não podemos nos acostumar sem a metodologia mudar,Ter outra vista que não sejam as “janelas ao redor”Podemos abrir as “cortinas” e olhar para foraAcreditando sempre que o sol vai nos aquecerQue na luz estão todas as cores.Vamos ver?Quanta coisa boa!Tornar fundamental a reflexão para a aprendizagem acontecer.Eis a lógica intelectual.Que toda criança aprende, com o que é oferecido.Sabendo que é preciso diversidade na aula...Falamos em investimentos e necessidadesTodos têm a sua parte.Faltam muitos recursos para se tornar realidade.Precisamos de todos que fazem parte da escola.Precisamos de você pra fazer acontecer.

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Quanta coisa boa!Transformar a realidade, com alunos críticos de verdade.Ser reflexivo e ativo... Isso sim é ser participativo!Quanta coisa boa!Deixemos de nos acostumar com a falta de oportunidades...Vamos nos arriscar para sermos pessoas melhores!Isso sempre será...... Muita coisa boa!

22. Um universo de interações

Gisele Ferreira Okagawa28

Na escola os saberes estãoEnvolvendo o conhecimento,Afeto e cogniçãoAmpliando a visão científicaNesse movimento.Fechamos os olhos e idealizamosDiante da imensidão de informaçõesUm universo de interaçõesBuscas e soluçõesEntregamo-nos a experimentarO que faz sentidoNuma busca sem cessarPara com o ambiente interagirE na vida prosseguirSomos frutos de um grande saberResultado de uma civilizaçãoEnvolvida com a globalizaçãoOnde se especializar é necessárioMas conhecer de tudo um poucoTraz o melhor resultadoA vida segue no mesmo sentidoMostrando a capacidadeDe emergir sem medo

28 Orientadora de Estudos do município de Mogi das Cruzes

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Nas ciências que transformaCapacita, regeneraTodos os dias nos deparamosCom novas descobertasPor meio de observaçõesAnálises e hipótesesPor meio de mediações e contribuiçõesÉ possível investigar e transformarNão podemos desconsiderarO conhecimento que o aluno irá trazerNatural que se inicie desta realidade,Mas que possamos aprofundar esse conhecimento juntosComo brincadeira e ideologiaNão para perpetuar, mas para transformar.Nesse universo de riqueza de possibilidadesPodemos permitirO experimentar além de necessárioÉ um caminho para descoberta e criaçãoCiência se faz no dia a diaNas imediações da vida modernaInformação e tecnologiaVivendo sem fronteirasSomos fruto do que a ciênciaBuscou firmarConstituir e investigarDesde sua criaçãoAté o fim de uma civilizaçãoNão basta lerÉ preciso vivenciarPrincipalmente o que os olhos não podem verMas o que é preciso comprovarTudo que está no mundoA ciência como saber envolveráPara constatarÉ preciso registrarO registro faz parte do mundoPois nem toda palavra dita podemos lembrarA escrita nos auxilia

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A ciência comprovarPara registrar é preciso escreverMas também precisamos saber o queAs ideias fazem sentidoQuando organizamos o registroEstamos rodeados e envolvidos de ciênciaEntender, superar, interagir e construir.Caminhos a serem percorridosÉ incumbência de um educador comprometidoCom a construção de um conhecimento científicoSeguindo nessa vertenteMisturamos os conhecimentosSem fragmentarMas os saberes integrarVivemos em uma culturaQue exige agilidadeMas sem a fragilidadeDe um trabalho isoladoSem continuidadeAssim recorremos à formaçãoComo mediadores do conhecimentoPara a aprendizagem garantirSem focar nas imediações escolaresMas no adulto que pretendemos formarSomos todos seres culturaisGeneralizando e integrando o saberCom foco na alfabetizaçãoContribuindo para o desenvolvimentoDe nossos alunosA ciência está presente na vidaTem sua conquista fundamentalEnquanto a humanidade existirSuas contribuições serão necessáriasPara a vida fluir.

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23. Os pequenos é que estão certos

Sandra Ap. Nogueira da Silva29

Rimas da inicialização científicaNeste momento vou falar para vocêsque a criança pequena é curiosa.Tem a necessidade de perguntar, questionar,sempre mais uma vez de maneira geniosaOs pequenos é que estão certosperguntar é a melhor forma.De conhecer o mundo e verificartudo que nos informa.A nós professorescabe a responsabilidade de aproveitar.E propor situações significativaspara os questionamentos estimular.No ensino de Ciências isso é fundamentalcom atividades prazerosas e desafiadoras.Serão capazes de construir conhecimentosde maneiras arrasadoras.Os temas podem ser diversosaqueles presentes no dia a dia.Água, animais, arco-íris, qualquer umo que importa é a criança ter simpatia.Ao iniciar o trabalho é importantelevantar o que os pequenos já sabem.E a partir do conhecimento prévioinvestigar e pesquisar para ampliar o que já conhecem.Isso acontece em atividades investigativasonde a experimentação é essencial.Para que o conceito científicose torne prazeroso e fundamental.A teoria e a prática devem caminhar juntasvivenciando situações com objeto manipulável.O processo ensino-aprendizagemse torna eficiente e infindável.

29 Orientadora de Estudos do município de Arujá

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Para isso acontecer é preciso os fenômenos observare os conceitos aprimorar.E desenvolver ações como:classificar, manipular e registrar.Na idade da alfabetizaçãoo importante é mediar.E com issoa aprendizagem facilitar.Em ciências não é diferenteo professor é o mediador.Para proporcionar que os conhecimentos científicosse tornem desafiador.O desafio é importantepara a curiosidade despertar.E a inicialização científicaprazerosa irá se tornar.A alfabetização científicase dá com o exercício de atividades experimentais.Sem esquecer-se de relacionar os conceitos aprendidoscom a realidade e as práticas sociais.A criança gosta de aprenderquando aquilo que lhe é ensinado.Desperta o interesse e é construídocom entusiasmo e muito significado.Quando o ensino de ciências é realizado,desenvolvido e proposto por meio de investigação.Se torna divertido, eficiente, interessantee o conhecimento é construído por meio da indagação.Proporcionar a interação entre professor, aluno e objetoé essencial no estudo científico.Com isso a capacidade crítica e reflexiva é desenvolvidao que na escola é magnífico.Os projetos realizados em sala de aulacom temas relacionados aos conteúdos de ciências.É capaz de relacionar conteúdos de outras áreas de conhecimentosem criar divergências.O trabalho interdisciplinar em sala de aulaé possível e eficaz.

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Mas para erros não cometero docente deve ficar atento e ser perspicaz.O importante nesse momento no ensino de ciênciasé aproveitar a curiosidade natural dos alunos.Para que a inicialização cientifica se torne acima de tudoprazerosa, significativa e aconteça em momentos oportunos.

24. Na escola os saberes estão envolvendo o conhecimento

Viviane Ap. R. Teixeira30

Na escola os saberes estãoEnvolvendo o conhecimento,Afeto e cogniçãoAmpliando a visão científicaNesse movimento.Fechamos os olhos e idealizamosDiante da imensidão de informaçõesUm universo de interaçõesBuscas e soluçõesEntregamo-nos a experimentarO que faz sentidoNuma busca sem cessarPara com o ambiente interagirE na vida prosseguirSomos frutos de um grande saberResultado de uma civilizaçãoEnvolvida com a globalizaçãoOnde se especializar é necessárioMas conhecer de tudo um poucoTraz o melhor resultadoA vida segue no mesmo sentidoMostrando a capacidadeDe emergir sem medoNas ciências que transformaCapacita, regenera

30 Orientadora de Estudos do município de Arujá

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Todos os dias nos deparamosCom novas descobertasPor meio de observaçõesAnálises e hipótesesPor meio de mediações e contribuiçõesÉ possível investigar e transformarNão podemos desconsiderarO conhecimento que o aluno irá trazerNatural que se inicie desta realidade,Mas que possamos aprofundar esse conhecimento juntosComo brincadeira e ideologiaNão para perpetuar, mas para transformar.Nesse universo de riqueza de possibilidadesPodemos permitirO experimentar além de necessárioÉ um caminho para descoberta e criaçãoCiência se faz no dia a diaNas imediações da vida modernaInformação e tecnologiaVivendo sem fronteirasSomos fruto do que a ciênciaBuscou firmarConstituir e investigarDesde sua criaçãoAté o fim de uma civilizaçãoNão basta lerÉ preciso vivenciarPrincipalmente o que os olhos não podem verMas o que é preciso comprovarTudo que está no mundoA ciência como saber envolveráPara constatarÉ preciso registrarO registro faz parte do mundoPois nem toda palavra dita podemos lembrarA escrita nos auxiliaA ciência comprovarPara registrar é preciso escrever

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Mas também precisamos saber o queAs ideias fazem sentidoQuando organizamos o registroEstamos rodeados e envolvidos de ciênciaEntender, superar, interagir e construir.Caminhos a serem percorridosÉ incumbência de um educador comprometidoCom a construção de um conhecimento científicoSeguindo nessa vertenteMisturamos os conhecimentosSem fragmentarMas os saberes integrarVivemos em uma culturaQue exige agilidadeMas sem a fragilidadeDe um trabalho isoladoSem continuidadeAssim recorremos à formaçãoComo mediadores do conhecimentoPara a aprendizagem garantirSem focar nas imediações escolaresMas no adulto que pretendemos formarSomos todos seres culturaisGeneralizando e integrando o saberCom foco na alfabetizaçãoContribuindo para o desenvolvimentoDe nossos alunosA ciência está presente na vidaTem sua conquista fundamentalEnquanto a humanidade existirSuas contribuições serão necessáriasPara a vida fluir.

25. Quer brincar de cientista?

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Cintia Maria A. de Oliveira Arouca31

Quer Brincar de cientista?Eu tenho uma caixa de tesouros,Que me dão o poder de enxergar,Sob uma lente investigativa e curiosa,Tudo o que a Natureza autorizar!O universo é tão cheio de histórias,Algumas eu consigo contar.Pois, com meus tesouros, é possível verPara além das restrições do olhar!Em minha caixa, há uma lupaQue aumenta as pintas de uma joaninha.Vejo suas patas, suas antenas...Posso afirmar: ela é bem bonitinha!Vejo, com meus binóculos mágicos,Como uma nuvem se transforma em carneirinho,Que em instantes se desfaz, mas logo em seguidaSe transformar num elefante fofo e branquinho...Com minha bússola, encontro qualquer caminhoE até mesmo o esconderijo de um grilo falante.Pergunto o nome dele, mas não tenho respostas:“Hoje não quer papo”. Que deselegante!Meus tesouros ajudam a desvelar o mundo,Mas o que me motiva é a possibilidadeDe ser um cientista (não precisa ser maluco!)E descobrir uma porção de novidades!No microscópio, uma formiga pequeninaVira uma fera monstruosa...Nessas horas tenho medo e até pensoQuem mandou ser assim, tão curiosa!Mas depois… Repenso e perco o medoA fera monstruosa é só uma formiga!E se é amiga da mãe naturezaDecreto que também é minha amiga!No mesmo microscópio, vejo uma colônia

31 Orientadora de Estudos do município de Mogi das Cruzes

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De terríveis bactérias que parecem assustadoras.É preciso estudá-las, entendê-las,Pois às vezes são vilãs, às vezes são as nossas salvadoras...Num terrário, por semanas inteiras observoComo é a vida de uma simpática minhocaConstrói túneis com tamanha precisãoDepois neles tantas vezes se desloca...Fico imaginando como é que se conformamDe levar assim a sua vida...Cavar, cavar, cavar… Para um diaSer isca de peixe, ser comida!Volto para a caixa de tesouros.Acho um sistema solar, num recorte de revista.Exploro todos os planetas conhecidos.Afinal, isso também cabe a um cientista!Encontro, em minha caixa, um calendário.Percebo que a lua muda de formato,Nos desenhos que indicam suas fasesNum céu de exposição... Ou de anonimato.No calendário, também assinalo que estamosNum inverno calorento neste ano,Quem pensa que as estações são sempre definidasCorre o risco de cair num ledo engano.Primavera, verão, outono, inverno...Em tudo, sempre há algo para investigar.Na natureza, tudo tem o seu encantoQue os detetives chamam de ELEMENTAR!E eu, cientista forjado na ludicidade,Com minha caixa de tesouros para trabalhar,Tiro o meu chapéu pro inventor de tudo issoE convido você para me acompanhar!

26. Vamos, vamos ao ensino de ciências!

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Cristina Helena Lopes da Silva Guizzi32

Vamos, vamos ao ensino de ciências!O ensino de ciências nos anos iniciaisNos leva a uma reflexãoSobre a forma de ensinarCom o Programa Alfabetização na Idade CertaUma nova ação a tomarDentro da prática pedagógicaNovos horizontes deverão surgirPara que com o estudo das ciências progredirCom sentido nesse imenso mundo letradoOnde o desafio é grande e o conteúdo é tanto cobradoEntretanto, a reflexão da prática docenteTem sido a grande aliada da mudançaOnde o educando tem esperançaNo processo de aprendizagem que se vem buscandoE ensino de ciências nos anos iniciaisDo ensino fundamentalNão pode ficar de fora das letras principaisÉ o novo olhar que o ensino de ciências vem nos proporCabe ao professor pesquisador nessa nova perspectiva comporE o ensino de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental ensinarQue veio através da alfabetização para somarAtravés do trabalho coletivoVamos a turma sugerirPesquisando e argumentandoVamos a turma instigar a pesquisa conscientizarGarantindo assim o estudo de ciências ensinarPara tanto, é necessário o professor conscientizarSeu papel de investigar para poder transformarTais atividades fazem com que o educandoSinta prazer em estudar as ciênciasEnvolvido dentro do processo de investigarO aprender interagindo com os colegas e professorDe forma a instigar

32 Orientadora de Estudos do município de Embu Guaçu

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Sendo de suma importância a forma de transmitir os conteúdosCom grande relevânciaQue a educação brasileira trazAtravés do PNAIC de ciências nos anos iniciais nos ensinarA aula se torna dinâmicaAs ações cognitivas que o ensino de ciências lhe proporcionaPossibilita ao aluno, um mundo letrado e com significadoAlém de proporcionar a expressão oral e escritaNas atividades propostas se familiarizarCiências nos anos iniciaisComo ensiná-la de modo a ser significativoE a investigação motivá-laE nos anos iniciaisTais práticas devem mudarCom o estudo do PNAICVamos inovarProfessor assim pensandoMudam suas intençõesPara boas intervençõesE assim experimentar esse novo horizonteDas atividades investigativas e discursivasPara tanto ao professor cabeA tarefa de intervir, introduz e consolidarPara que novas ideias possam fluirVamos embora colocar a turma dos anos iniciais a estudarFormulando hipóteses sem medo de errar.Intervindo, formulando e problematizandoFazendo o aluno pensarDessa forma, é possível criarMeios de aprendizagens significativasPara modificar e enriquecerE educação de qualidade vamos terA cada dia um novo olharPara que a educação venha melhorarTodos unidos num só caminhoVamos juntos a educação brilhar.

27. Convite

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Claudia das Graças Telles Vieira e Denise da Cunha Melo33

Você está convidadoA entrar no mundo da ciências...E ela está presente em sua vidaMais do que você imaginaQuer ver?A Ciências pode ser encontradaNos mais diversos lugares...No ar, na água, na luzNo solo, nas plantas, nos animais,No céu, no sol, na lua, nas estrelas...E até prevenir doenças.Ela também estáNas brincadeiras, nos jogos, nas experiências...No corpo humano, na moradia, na família.A ciência mostra caminhosPara vocêApreciar, conhecer e produzir conhecimentoE para isso é precisoObservar, ler e experimentar.Na escola, a ciência ajudaNo seu desenvolvimento pessoal, Tornando–o capazde compreenderos fenômenos que nos cercam...Além de interagir com ambientee com outras pessoas de forma responsável.O ensino de ciências cada vez maisÉ indispensávelPara a formação completaDe cidadão crítico e atuante na sociedade.E o professor?O professor tem um papel importanteEle é mediador entre oConhecimento científico e os alunos.

33 Orientadoras de Estudos do município de Mogi das Cruzes

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Facilitando a todos uma boa aprendizagem.Convido vocêA investigar e aprenderDiscutir, registrar, observar.Espero que a ciênciaFaça que você viva seus desafiosCom muito entusiasmoE realize, na sua vidaGrandes descobertas...

28. Aprendendo, experimentando e CRESCENDO...

Isabel Campos Moreno34

Despertar na criançaO interesse pelo saber!Considerar a infância,Reaprender metodologias,Reconsiderar as teorias,Reinventar o ensinar. Professor polivalenteOu de áreas específicasSe valendo da interdisciplinaridadeDe atividades lúdicasDe fenômenos observáveisCom olhos e mentes ampliadasExperimentando e construindoO aprendizado de todos e, de cada um. O trabalho, com ética, carinho e critérios,Planejado!Cuidando dos objetivos,De como atingi-losDa organização do espaçoDas perguntas curiosas

34 Orientadora de Estudos do município de Arujá

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Dos materiais necessários. Curiosidade naturalDa infância, aguçada;Encadeamento da compreensãoDos conceitos científicosPorquê?...Porquê?....Porquê?Porque sim!Não mais atendeÁs necessidades dos aprendizesÀs necessidades contemporâneasDa infância que prematuramente cresce,Cresce rapidamenteNos conteúdos, na vidaNa inteligência e na sabedoria.Para vários mestresSão faíscas e lampejos de curiosidade.... São estalos desencadeadoresDe aprendizagem significativaRumo ao mais alto nível de conhecimento.Materiais diversos para ler e conhecerOs pequenos consultoresOs pequenos construtoresOs pequenos exploradoresVão todos aprender! Em níveis variados,Com curiosidade implacávelEm constante e significativos momentosNo movimento do conhecerOs Pilares da EducaçãoSe edificam com a produção, investigaçãoConhecimento e construção. Alfabetizar é muito amploPois é Alfa...é o princípio eNunca um fim em si mesmo.

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Não tange apenas numa direçãoNão é apenas Matemática, Português,Artes ou Ciências;Alfabetizar o ser humanoÉ possibilitar que ele sejaDono e senhor de seu destino.O professor, em sua trajetóriaNuma história sem fimPossa ser o sonhador, portadorIdealizadorE reinventar modos de ensinarE de aprender,Tendo conhecimento, criatividade e didática e,Até moodlesE autonomia para apontar e,Necessárias mudanças desencadear.Estado neutro, não lhe cabe. Não se aceita!Não vive. Deleta! E assim a humanidade cumpre com destinoEvoluir, evoluir, evoluirEvoluir sempre!Por que humanos são assim!Evolução é predestinadaAprender e ensinar...Melhorar e ampliar Observar, reconsiderar,Retomar, mas agora não mais do principioE, sim do recomeçoDa ciência ensinadaNa base, Educação Infantil introduzirAprofundar e consolidar na Educação Básica, e Aprofundar e ConsolidarReinventarNos estudos seguintes.Adiante

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Consolidando aprendizagens,Saberes e reinventandoModos de aprenderE de ensinar Experiências de ensinoExperiências de aprendizagensExperiências na organização e reorganização da práticaPermissão, compartilhamento, segurança e estudo.Escola e universidadeProfessores e alunosParcerias... Reflexão, teste, experiência, avaliação e práticaNum espiral sem fimAgregando e reagregando estudos e parceriasReaprendendo o ofício de ensinarE o prazer de aprender.

29. Pactoema

Luzinaide Mota Klen35

Vem comigo nestes versosrepensar de modos diversos,falar de ciência e alfabetizaçãomobilizando conhecimento e reflexão.Dialogaremos sobre alfabetização científica,repensando essa ideia nada simplícia.Ciências também é coisa de gente pequena,o pensar cientificamente entra em cena.Hoje a escola tem que ser diferente,não dá pra ler e escrever tão somente.É preciso ensinar a explorar o mundo,com a alegria sendo o pano de fundo.Vivenciando cada experiência,

35 Orientadora de Estudos do município de Ribeirão Pires

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descobrindo a beleza da ciência.Observar, analisar tudo que acontece,compreendendo o fenômeno que alvorece.Muito mais que um simples feijão,deitado sem jeito num copinho com algodão.Entender, examinar, mais que só observação,é preciso compreender o que é germinação.Aluno sabe das coisas...que feijão...não cresce no algodão...precisa é do chão!Se faz necessário ensinar com profundidade,conhecimento pautado na realidade.Analisar fenômenos e interagir,mais que decorar é saber agir!Professores planejando com criatividadeem busca da interdisciplinaridade.Ensinando a ler e escrever de forma interessanteletrando e alfabetizando de maneira marcante.Matemática, português, história, arte e ciênciasdesenvolvendo habilidades na busca de competências.Astros , ambiente, animais ,saúde e higienetudo se transforma em pauta solene.Nesta aula exploratória e criativa,aprendizagem é muito mais significativa.Transformando crianças em alunos agentesexcelentes observadores, discentes competentes.Construindo assim conhecimento científicomultiplicidade além do específico.Experimentando diversos modelos alternativospra compreender o mundo e seus desatinos.Construindo uma relação dialógica,a sala de aula se enche de lógica.Lógica que se discute a relaçãopotencializando o uso da argumentação.Nasce então o espírito da análiseenriquecendo o discurso e suas fases.Cria se assim uma ciência interativaonde conhecimento é coisa divertida.Ler e escrever com competência

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é o objetivo da alfabetização por excelência!O PNAIC busca promover toda essa discussão,Onde a interdisciplinaridade entra em fusão,compactuando as várias áreas do conhecimento.Instrumentalizando professores em seus pensamentos.Traz o cotidiano para a sala o professor,colocando elementos do dia a dia a seu favor,levando os seus alunos a refletir e pensar,o porque de várias coisas analisar.Abusando das atividades experimentaisbaseando o aprender em casos factuaisRespeitando o desenvolvimento cognitivoPromovendo o pensamento ativo.Essa alfabetização científicatem uma abordagem magníficaTextos, letras e palavras comprometidasmediando a interação formativa.Desenvolvendo a personalidade pensantecom foco nas séries iniciais neste instante.Professor, aluno, objeto na interaçãoproporcionando assim maior abstração.Maluquice ensinar física para crianças?Com interação esse objetivo se alcança,o lúdico passa a ser um passaportepara o aprender estruturado e forte.Encerro meus versos com sincera emoção,crendo que ciências e alfabetizaçãoé uma mistura de sucesso que dá certo!É só abraçar a causa de coração aberto.

30. Interdisciplinaridade

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Marina Rosa da Silva36

A interdisciplinaridade surgiu no século passadoBuscando a união de tudo o que é ensinado.Traz em seu contexto muita informaçãoA realidade múltipla é a grande sensação!Conhecimento fracionado não cria bons cidadãos,Mas aprender que tudo está interligadoÉ a melhor solução.A natureza sempre nos traz uma lição.Compreender o mundo que habitamosNum contexto popularTem seus benefícios,Mas também é preciso sistematizar.Compreender conceitos científicosAtravés da experimentaçãoTransforma a educação regradaEm uma grande diversão.O ensino engessadoQue não permitia questionamentosAbriu as portas para um novo conceito.Reciclando velhos hábitos e respeitando os novos sujeitos.O ensino setorizado abre espaço para o novoAgora aprender se tornou mais gostosoO ensino integrado é, sem dúvida, mais prazeroso.Reflexão é a chavePara compreender tudo o que existe.Não basta decorar é preciso interagirE para compreender não se pode dividir.

31. Ciências Hoje

36 Orientadora de Estudos do município de Mogi das Cruzes

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Marisa E. Morais Soares37

Aprender Ciências só na teoriaÉ coisa do passado que não fluía.Hoje estamos em processo de mudançaÉ um grande ganho para nossas crianças!Ensinar Ciências e criar situações de aprendizagem,é um desafio para professores com suas bagagens.Introduzir os alunos no universo da alfabetizaçãoE contribuir com a curiosidade o “espírito” de investigação!A diversão se torna garantidaO incentivo é a chave da aprendizagem construídaSensibilizar e experimentarSe tornam atividades fáceis de realizar!Um bom planejamento e estudo coletivoTorna possível um trabalho efetivoLevar o aluno a desenvolver as habilidades é missão do professorQue com dedicação colherá os frutos do seu amor!A experimentação se torna imprescindívelPara que Ciências se torne inesquecívelConseguiremos ver a alfabetização científicaSe tornar significativa!

32. A arte de estudar ciências

Analu Cristina dos Santos38

A arte de estudar ciênciasPor que estudar ciências?Através das experimentaçõesO conhecimento cientifico ajudaa conhecer o mundo esuas transformaçõesDesenvolve o raciocínio lógico

37 Orientadora de Estudos do município de Monteiro Lobato38 Orientadora de Estudos do município de Orlândia

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Estimulando o bom pensamentoFazendo que compreendamosAquilo que estudamosE nunca pensamos.Desmistifica crençasQue provocam medoInterpretando fatosRefletindo sem medo eConstruindo conceitos.Através delaPodemos desenvolver a observação,Despertar a curiosidadeE assim compreenderQualquer situação.Conhecer e controlar situaçõesPensar e refletirAssociando objetos a seu cotidiano,Compreendendo os fenômenos físicosEis a questão!!Ensinar desde os primeiros anosCom atividades práticasLevando as criançasAtravés da experimentaçãoÀ assimilação!!Devemos pensar entãoNa formação do professorSempre buscandoNovas práticasDestacando a experimentação.É muito divertido aprender ciênciasControlar certas situações,Estimular a criatividadeTornando a vida mais atraenteEsse é o caminho da EDUCAÇÃO!!!!

33. E as ciências acontecem...

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Daniela Pistori39

Criança:Curiosidade latenteInvestigação presenteObservação constanteDescoberta estimulante

Professor:Estudo persistentePlanejar efetivamenteEstimulação conscienteOrientação consistenteSupervisão pertinenteAvaliação eficiente

Ciências:Provocação do pensamentoExperimentação de manipulações e sensaçõesObservação das situaçõesAnálise as reaçõesRetomada das problematizaçõesReflexão sobre soluçõesConclusão

Escola:Acolhe carinhosamentePossibilita tudo acontecerAlimenta corpo e almaTransborda de dúvidas e saberesDialoga com todas as partesDiverte com o lúdico presenteUne a comunidade escolar existenteE nesse vai e vem...De maneira consistenteAquele que inocentemente

39 Orientadora de Estudos do município de Orlândia

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Pergunta frequentementeSobre situação latenteDo cotidiano presenteSob orientação consistenteDo profissional eficienteQue estimula suficientementeÀs questões recorrentesDe seu investigador que questiona curiosamente.Observa atentamenteConfirma coletivamenteE aprende, enfim...

34. A ciência que encanta

Lilian C. Andrade Bittencourt40

Na ponta da língua, uma pergunta a criança sempre temComo nascem os bebês? Onde a lua fica de onde ela vem?Sua curiosidade é pra conhecer o mundo,Pergunta porque quer saber de tudo.Nós, professores, as respostas queremos dar.Não a deixamos investigar.Com isso matamos sua curiosidadeNão a deixamos descobrir, subestimamos sua capacidade.Precisamos mudar nossa didática,Estudar e melhorar nossas práticas.Para as crianças, propor atividades experimentaisPara que elas se sintam “as tais”.Que possam observar, classificar e registrar;Questionar, resolver problemas e relacionar;Levantar hipóteses e tirar conclusões.E descobrir que aprender provoca emoções.Ao ver no copinho feijão crescendoAs partes das plantas vão conhecendo.Que essencial é a água para elas cresceremAssim como a terra e o sol para se fortalecerem.

40 Orientadora de Estudos do município de São Sebastião da Grama

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No sol, com uma mangueira na mãoDesvendar sobre a luz e sua decomposiçãoAo passar pelas gotas d’água, vão descobrirQue as sete cores do arco-íris vão surgir.Ao usar uma garrafa descartável, pedras, areia e algodãoAprenderá sobre o processo de filtraçãoPelo filtro a água suja passandoVerá que mais limpa ela vai ficando.É assim, investigando e experimentandoQue a criança vai se encantandoPercebe que a ciência está em todo parteE que descobri-la pode ser uma arte.Se assim fizermos, elas poderão o raciocínio desenvolver,A linguagem oral utilizar e gostar de escrever.Assim estarão vivendo e sorrindoE muito conhecimento produzindo.Nós garantiremos, de forma interdisciplinar,Que haja uma aprendizagem significativa no ar.Onde a ciência não seja deixada de ladoE o saber, ao prazer esteja vinculado.Para conseguirmos promover essa aprendizagem significativa,Precisamos mudar nossas antigas concepções e ter iniciativa.Precisamos trabalhar juntos e aprender a pesquisar,Fazer perguntas, a problematizar; aprender a ouvir e a comunicar.É preciso continuar a estudar de maneira que investigadores nos tornemos,Garantindo o ensino e a aprendizagem da ciência que queremosOnde a criança seja mais ativaE aprenda de forma prazerosa e significativa.

35. Ciências em...

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Maria Ap. Durão Simões41

Ciências são...Um olhar do mundoUm descobrir algoUm experimentar diferenteUma satisfação únicaUm direcionar alémUm percurso infinitoUm desafio espetacularUma ampliação gigante.Que nos leva...A pensar diferenteA compreender o mundoA desenvolver habilidadesA raciocinar com emoçãoA explicar com entonaçãoA conscientizar e preservarA estimular e a criarA aproximar e se apaixonarA incentivar e a descobrirA mostrar mudanças.A diversão é...Certa e apaixonanteCiências é tudo que nos rodeiaÉ atração, presente no nosso cotidianoE de forma naturalQue muitas vezes nem percebemosÉ beleza sem fim.Ciências é a atração...E a tecnologia é a expressão das ciências em todo o nosso dia a diaQuanta emoção!Divulgar o conhecimento com muita atençãoÉ o desenvolvimento social e ampliação da cidadaniaAssuntos diversos passaram a conhecerQuanta cultura científica

41 Orientadora de Estudos do município de Serrana

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Aprendida nas nossas escolasDesde o ensino fundamentalE depois a ampliaçãoDifundida através da popularização das ciências.As ciências podem...Ajudar a mudar o mundoA buscar novos conhecimentosO conhecimento sem fimO conhecimento com o prazerO conhecimento e a diversãoUm olhar diferente para o mundoA satisfação da descobertaUma nova ferramentaAs novas tecnologiasA evolução da comunicaçãoUm grande desafioA velocidade das mudanças.As ciências promovem...A reflexãoO despertarO questionamentoA instigaçãoA experimentaçãoA interpretaçãoA informaçãoA interaçãoA participaçãoA investigação.Leva-nos à...SonharImaginarExperimentarProblematizarRespostasDúvidasQuestionamentosFormulasConceitos

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ErrarAcertarFormularReformular.O ensino de ciências...Uma metaUma receitaUma precisãoUma açãoUm contextoUma formaçãoUma críticaUma construçãoUma mudançaUma renovaçãoUma revisãoUm métodoUma práticaUm caminho Uma provocação.Atividades de ciências...OportunidadesMudançasVivênciasIntegraçãoParticipaçãoQuestionamentos.Ciências na nossa vida...Solucionar eTomar atitudesEm nossas vidas e dos demais.O ensino de ciências...AprendendoConstruindoModificandoAjudandoParticipandoApoiando

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Concretizando.Ciências têm...O pensarSua finalidadeO questionar Sobre para quê?Sobre o quê?Por quê?Ciências e tudo isso e muito mais...É o querer, aprender, conhecer, vivenciar, questionar.Um mundo a ser alcançado com a experimentação.A curiosidade sem fim e nunca a resposta pronta e incerta.A inquietação sobre: como, porque, é o querer saber, é o querer fazerEnfim nada pronto tudo a descobrir, experimentar e construir.Um percurso que se inicia no ambiente escolar e termina, quem sabe,

nas estrelas ou no infinito do Universo.

36. Conhecendo o Mundo

Maura Regina S. Vergani42

Tudo o que observoQuero compreender,Desde o nascer até o envelhecerMuitos fenômenos vão acontecer.Desde o raiar do dia até o pôr-do-solMuitos conhecimentos vou colher,Se com muita atenção tudo observar e compreender.Cada ser vivo que observarCada fenômeno natural que acontecer,Em cada explosão de vida que aparecerEm cada reação que provocarQuando diferentes substâncias se encontrar.Será uma fonte de conhecimentoE muito valioso se ao meu lado encontrarAlguém que possa me orientar

42 Orientadora de Estudos do município de Fernando Prestes

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E fazer compreender o quanto importante é o conhecimentoConquistado através do observar e pesquisar.Através do professor muito posso compreender:Porque o arco-íris surgiu,O fato pelo qual os dinossauros desapareceram,A evolução da espécie humana,O simples germinar de uma planta.Viajar por diferentes galáxias,Pelo espaço sideral.Compreender que as nuvens não são feitas de algodão,Que o mundo não surgiu entre Eva e Adão.Conhecer os diferentes biomas regionaisE compreender por que se reúnem os vegetais e animais.E que tudo, tudo nesse mundoTem uma explicação.Ou seja, pela razão e não pela imaginação.Através do conhecimento e do professor como mediadorMeus horizontes vão se ampliarE a cada dia mais vou querer me aprofundarE ter como fonte principalA sabedoria a me guiar.Muito ainda posso descobrirCompreender as estrelas a brilharA aerodinâmica para os pássaros voarA incrível vida submarinaTudo o que me encantaE faz minha curiosidade aguçar.Fico muito felizQue para tudo eu conquistarAo meu lado vou encontrarUma pessoa especialQue sempre vai me orientarNo caminho do ensinar.Ao meu querido professorDiante de seu conhecimentoQue sempre possa espalharA aprendizagem através da experiênciaE fazer com que todos possam compreender

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A beleza da Ciência.Ciência que instiga,Ciência que admira,Ciência que harmoniza,Ciência que despertaA compreensão da vida na natureza.Ciência que valorizaA pesquisa,A experimentaçãoPara mostrar que os acontecimentoNunca ficam sem explicação.Agradeço ao professorQue em seu árduo trabalhoPuder realizar diversas atividades que possam fazerCom que seu aluno possa observarAs diferentes transformações, que culminam em conhecimento.Onde pesquisa aliado à pratica serão fundamentaisPara formar cidadãosQue possam valorizarO meio em que vivemos e que muitas práticasPossam mudar.Conscientizar que precisamos também de cuidarDo espaço onde moramos, aprendemos, pesquisamos, vivemos.Nosso Planeta Terra que tanto amamos.

37. Iniciação Científica

Patricia Aparecida Sanches Serveli43

Dois mil e quinze chegouE com ele o PNAIC nossa prática de sala de aula inovou.Aprender ciências ficou mais fácil e divertido,Quer ver só meu amigo?Para tanto, preste atenção nas dicas que irei dar:Planejamento, intencionalidade e objetivos clarosSão a essência do trabalho.

43 Orientadora de Estudos do município de Orlândia

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Para começar, basta uma pergunta focarE a situação problema logo terá.Mas...sobre o que perguntar?Simples, basta ao seu entorno olhar,Uma situação do dia a dia, um fato, fenômeno ou acontecimento,Curiosidade ou assunto de interesse da turma,O ponto de partida será.Para prosseguir, leitura não pode faltar!Livros, revistas, jornais, internet;Rádio, televisãoSão recursos fundamentais,Fontes de informação e pesquisa,Para um bom cientista.Mas não pense que é só isso não,Para aprender ciências é preciso investigação e,Problematizar é a solução.Partindo de uma pergunta, hipóteses são levantadasE para testá-las e comprová-las,Experiência é a ação mais acertada.O negócio é cativar,buscar a atenção do alunoCom aulas mais atraentes,Novas estratégias de ensino.Alunos observadores, participativosConstruindo conhecimentoPor meio da mediação do professorQue indaga e os leva a refletirA explicar, a registrar,A oralidade e a escrita trabalhar.Não importa a idade, nem a série em que se está,A iniciação científica a todos se estenderáE problemas do cotidiano,Pelo conhecimento científicoExplicado será.Esse é o caminho para a iniciação científicaLeitura, pesquisa, questionamento,levantamento de hipóteses,tomada de decisão,

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teste por meio de experimentos,Compreensão de conceitos,Observação, comprovação,Interpretação dos fatos,Reflexão crítica e registros,Não importa se por meio de desenho ou escrito;O que não se pode são as hipóteses simplificar,Nem a linguagem infantilizar,Pois Ciência é coisa séria e com ela,Não se pode brincar!Da Língua Portuguesa podemos utilizarPara um assunto estudar.Poesia, música, narrativa ou contoPode ser o começo do ponto.Mas não é só isso não,Discutir, indagar, argumentar, comentar, confrontar,Expor pensamentos, opiniões, sensaçõesA oralidade trabalhar,Sem falar do registro escrito,Base de todo e qualquer,conhecimento científico.As Artes não ficam atrás,Ilustrações, ícones, esboços e muito maisPara se representar tudo o que a ciência é capaz.Por tudo isto,Estudar Ciências é muito importante e divertido,De maneira interdisciplinarPodemos nosso conhecimento ampliar.Não é preciso saber ler e escreverPara ciência fazer ou aprender.Mediante as leituras que ouvimos,Pesquisas que são realizadas,Reportagens que assistimos,Nossos conhecimentos vamos construindo.Se alfabetizar em Língua Portuguesa ou CiênciasFaz parte do ciclo da natureza.Nascemos, crescemos, nos desenvolvemos, amadurecemos,Internalizamos aprendizados, que para nossa compreensão,

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Passam pelo processo de assimilação, equilibração e acomodação.Automaticamente aprendemosSe o que nos foi ensinado foi significativoE manteve relação com nossa realidade.Por meio da interação entre aluno, professor e objetoResolvemos problemas, agora identificando causa e efeito.Manipulamos objetos como se estivéssemos brincando,Desenhamos expondo nossos entendimentos acerca dos experimentos.Registramos escrevendo e lendo sobres nossas descobertas,Curiosidades aguçadas e conclusões.Pois bem meu amigão,Das atividades investigativasÉ melhor não abrir mão,Se quiser ser um professor cientista campeãoE junto com você formar uma legião.

38. Como é bom descobrir!

Roseni Cristiane Bueno44

Nesse módulo, que terminamos de estudar,descobri uma coisa novaque não tinha nunca ouvido falar!Alfabetização científica, olha só, quem diria!É um conceito que na minha mente não existia!!Aprendi que Ciências, para se bemensinar, só fará sentido se a

mente aguçar,Desenvolver raciocínio científico, não ser apenas informativo,Que grande responsabilidade!Exige preparo, estudo, entender como a criança aprende!Ensino expositivo somente não poderá dar as oportunidades que os

experimentos podem proporcionar!Mas para falar do assunto, precisamos analisar, o que para muitos

docentes seria na prática ensinar as Ciências:Coleção de fatos, excesso de informação,Tudo isso recheado com muita memorização?Decorar conceitos e fatos que nem sabem para quê são?

44 Orientadora de Estudos do município de Brotas

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Alunos ouvintes, sem muito entender, depois de um tempo tudo vão esquecer!

Nós,professores precisamos buscar novas formas de ensinar,Entender que as necessidades para o ensino são grandes, não pode-

mos negligenciar,

Uma reflexão sobre estratégias metodológicas que levem os alunos a pensar,

Criar situações que venham conflitos gerar, produzir no aluno a von-tade de pesquisar, aprender e de conhecimentos se apropriar!

Para isso acontecer, então, que devemos fazer?Buscar uma prática que venha oportunizar discussões de causa

e efeitos,Entendimento dos processos que ocorrem em cada etapa

do ensinamento,Onde se pode aplicar tudo aquilo que se está aprendendo,

na vida diária,Saber com o que o tema contribui na sociedade, para a vida

em comunidade.E para melhor compreender, vou logo então falar,Para ficar mais fácil compreender, vamos logo EXPERIMENTAR,Quando o ensino envolve experiências, as crianças vão vibrar,Tudo cria significado, novos fatos explorar,Poder perguntarà vontade e as respostas encontrar!!!Criança, logo que pode falar, quer saber, aprender e começa

a questionar!O garoto quer saber, o mundo compreender, os processos que ocorrem,A natureza compreender,Demonstra grande expectativa para descobrir como tudo funciona

e os porquês,No meio desse processo está o querido docente, mediando, ajudando.Partindo de um meio familiar a criança assim se sente à vontade para

entender o ambiente!Para executar tarefa tão nobre, nosso docente sabe que precisa

se preparar,Investir no estudo, novas práticas buscar,Num trabalho coletivo, junto com outros colegas buscar,Novas propostas metodológicas para então aplicar!

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De maneira interdisciplinar, conhecimentos entrelaçar,A leitura, o registro, a oralidade utilizar!A equipe da escola precisa colaborar, ajudar os professores no pro-

cesso de ensinar,Buscando uma formação cidadã, onde equívocos são esclarecidos,

os conteúdos ensinados, abandonados os mitos,Dando assim verdadeiro lugar para uma nova estrada alcançar,O conhecimento do mundo que pode a realidade transformar.

39. Meu mundo salvar

Adriana Aparecida R. Alves45

Meu mundo salvarNo estudo de ciências, vou me basear.Para conseguir o meu mundo salvar.Vou contar, precisamos preservar.Para as árvores e as matas não prejudicar.Na escola aprendi, a reciclar.Plástico, no lixo vermelho vai ficar.Papel, no azul vou colocar.No amarelo, o metal iriei guardar.Com as lixeiras aprendi a organizar.Os meus lixos para outro reaproveitar.Em ciências, aprendi a preservar.Os rios e mares, lixo não jogar.Para a vida aquática preservar.E o oxigênio na água, limpo vai ficar.Com as ciências aprendi a raciocinar.Frutas, verduras e legumes vou provar.Pois vitaminas deles vou retirar.Para mais saudável assim eu ficar.Aprendi que a papaia é ótima para a visão.As amêndoas e as passas energia nos dão.As bananas, as feridas curarão.As laranjas a crescer te ajudarão.

45 Orientadora de Estudos do município de Nova Europa

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Esses conhecimentos, a escola forneceu.Mas foi a ciências, que fortaleceu.Agora, estou indo pra casa ensinar.A minha família a se estruturar.Meu irmãozinho, lixo não vai jogar .A minha mãezinha a água economizar.Para o meu papai eu vou ensinar.Frutas, verduras e legumes comprar.Uma horta, no sítio nós vamos plantar.A água da chuva, vamos guardar.Minha família comigo aprendeu.A valorizar o que Deus nos deu.

40. A grande viagem

Ângela Cristina de O. Gonçalves46

A grande viagemOlhos atentos e curiosos.Ouvidos abertos, mentes inquietas,Como que por encanto, algo irá mudar!E para sempre tudo transformar!Ah, que pequeninos...São detetives a buscar?Sim! Respostas simples e certeiras.Que as portas do mundo abrirá.Quanta história descobrirão.Quantos mundos encontrarão.Muitas perguntas surgirão,E juntos, várias hipóteses formarão.Sim, pequeninos detetives!Com possibilidades infinitas,Olhando o mundo com olhos pequeninos,Mas com uma mente docemente aflita.Nessa viagem não vão sós,Letras, números, formas, também vão lhes acompanhar.

46 Orientadora de Estudos do município de Franca

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Afinal, descobrir o mundo é tarefa grande!Mas não há problema, o desejo é gigante!Mas sozinhos chegarão lá?Não! Sempre ao lado, sempre em frente,Personagem importante a lhes acompanhar,Abrindo caminhos e revelando tesouros,Um professor, sábio, altivo, junto a eles estará.Mas este esconde também segredos,Que aos poucos revelará,Aos pequeninos detetives,Muitas perguntas fará!

E assim vão juntos, numa viagem sem fim,Sempre atentos os pequenos,Com seus olhinhos bem abertos,Sempre presente, o sábio professor,Mostrando novos rumos, construindo pontes,Revelando novos horizontes.Ah e esses mundos que se abrem?Como são?Água, ar, terra,Folha, bicho, gente!E os pequenos detetives se perguntam:Teremos tudo em nossa mente?E o grande professor,Com sábias palavras os acalmará,Sim, temos o mundo em nossas mãos!Basta deixar que nos levem e uma grande porta abriremos,Quem? Quem nos levará?As palavras...Serão a nave, o submarino, o cavalo alado,E nessa viagem, juntos, grandes tesouros descobriremos.No caminho, grandes batalhas,As palavras os trairá?Não, elas são belas e boas,E com elas também escreverãoAs novas descobertasQue ao mundo mostrarão.

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Ah, pequenos detetives!E se de repente tudo acabar?Não, impossível!O que aprendemos,Ninguém jamais nos levará.

Nem mesmo o pior vilão, o medo.Nem ele pode com tanta riqueza acabar.O grande professor,Sempre em frente os levará,E nessa longa viagem também aprenderá.Sobre bichos, plantas, homens, água, terra e ar,E principalmente, sobre a força e o encanto de ensinar!E se por acaso, nessa viagem sem fim,Um grande monstro, ou uma caverna escura surgir,Impedindo a passagem, saqueando a bagagem,O que fazer?Não esmoreça, professor!Segue firme, confiante,Com certeza, mais adiante,Na estrada, mar, céu ou florestaDe ouvidos abertos, mentes inquietas,De olhos atentos e curiosos,Seus pequenos detetives, sempre dispostos,Estarão prontos a lhe salvar,Mostrando novamente os caminhos,Que um dia você lhes ensinou a trilhar.

41. É permitido pensar!

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Helena Heloísa Perbone Silva e Jaqueline F. de Jesus G. Ajeje47

Hoje vamos estudar ciências,Chama todas as disciplinas,Pois é hora de conversar com a geografia,Sem deixar a história pra trás,E depois estudar nossa língua,E esquecer as diferenças,Pois o importante é estarem juntas,Vamos fazer uma experiência,Refletir sobre a erupção,Ou seja a explosão de um vulcão,E questionar sobre como acontece,Essa situação na vida da população,Quando a professora explicou;Eu quase enlouqueci, e nunca imaginei,Que moramos em cima de uma placa tectônica,E que a lava na verdade, é magma derretido,que fica embaixo do solo,E a muito fora esquecido,Nossa, pra saber de tudo logoMandamos cartas para a Ilha do FogoE os alunos nos contaramComo é morar perto de um vulcãoSó de pensar dá um frio no coraçãoQuando os alunos da nossa escola ficaram sabendo,Foi aquela empolgação,Todos queriam ver,A lava em nossas mãos.Foi muita emoção.Pode chamar as outras salas,Manda e-mail para Nova Escola,Pra contar dessa experiência,E no jornal ficar em evidência,Pode vir, é só chegar...E participar, mas vai ter de pensar...

47 Orientadoras de Estudos do município de Franca

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Vem comigoMeu grande amigo, que vai começar,É só deixar a preguiça lá fora...E se entregar...Depois de muito estudo realizado,E pesquisas compartilhadas...Num painel tudo colocado,É só chegar, venha comigo,Pra se encantar...Foi preciso muito empenho,Vários materiais foram aparecendoEntre cores nos perdemos,Na argila nos envolvemos,Quem poderia imaginar,Que uma aula de artePoderia ser tão investigativa,Formando cores e descobrindo formas,Tornou-se tão significativaOlha que maravilhaA maquete que construímos,Como é bom dividir com vocês,O conhecimento que adquirimos...Pega logo o detergente,E mistura com o vinagre,Numa pitada inocente,De corante vermelho,E muito bicabornato,Ouça as batidas de seu coraçãoE veja aquela explosão...Todos na maior alegria,Descobrimos...Inventamos...Questionamos...Exploramos todos os dias,Na maior folia!Agora chegou a hora,De encontrar com a nossa língua,Melhor escrever,

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Colocar as observaçõesPra não se perder,Não pode esquecer...Nunca tive uma professora assim,Que faz tudo diferente;Aprendi um monte de coisas;Como estou feliz minha gente.Venha pra cá,Não é proibido,Aqui na sala do terceiro ano,Explorar é permitido.É só chegar...Pra se encantar...Você pode sonhar e acreditar,Vale a pena questionar e investigar,Que para todo problema,Uma resposta irá encontrar...E é muito divertido procurar.

42. Viver Divertida-mente

Claudia R. Marchi Guimarães48

Estudar ciências divertida-mente,nos faz pensar diferente,na semente e na flor, se dá fruto ou só dá flor,no arco-íris e toda sua corna chuva ou no vitralou quando a mangueira molha as plantaspensar no por que é bem legal!O sol atravessa o fino cristal.Algumas vezes na bolha,Ou na gota de orvalho na folha.Observar e saber o porquê?Para quê?Tem tudo a ver.

48 Orientadora de Estudos do município de Franca

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E ainda escreverRelatando tudo o que se vê.Descobrindo, refletindo, aprendendo e reconstruindo.Esse mundo que é tão lindo.Divertida-mente…Sei que sou gente, que sou sementeCaminhamos certamente,Com raízes que sentem sempreSe está frio ou calor,Porque chove ou faz calor.Descobrindo realmenteQue sou gente, que ri, chora e senteTudo o que está no ambiente.E assim sigo sorrindo,Indo e vindo e descobrindoque o viver é…um laboratório onde todas as ciências estão presentes,Exatas, humanas e naturais.Misturadas então, sensacionais.Estudar ciências é demais.E elas não me abandonam jamais.Até quando estivercom aqueles cabelos brancos.As ciências estarão láNo imutável ciclo da vida.Na minha vida, na minha menteE me lembrarei divertida-menteO quanto aprendo nesse meu viver…Ainda bem que o saber não ocupa espaçoNum traço, num risco, ou num frasco.Estudar ciências é tudo o que eu mais faço.Mesmo que meus traços já estejam fracosUma certeza eu tereiVivendo as ciências como viviAproveitei cada momento aqui.Mas espera um minuto,Antes de terminar esse breve discursoDepois da lágrima e do soluço,

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Não posso deixar de falarDaquela que um dia num certo lugar, me ajudou a iniciarToda essa aventura que aqui relatei.Dona Dinha, minha professoraQue levava a turma pro pátioQue até parecia desordem,Pelo alvoroço de nossa curiosidade no ar.Mas tudo era feito com ordem.Pois aprender interdisciplinarmente,Encantava até o rouxinolBagunça e pintar o sete,Só se for das cores que misturamos para criar novas.E nessa hora aquele jardim da escola,e cada cantinho dentro e forase transformavam nas minhas melhores lembranças.Assim divertida-menteTrabalhei muito com minha mente.Por isso minha gente,Aprender Ciências é fundamental,Não tem coisa igual.Ela está presente em tudo.Dentro de casa, no quintal, até no varal.Na ciranda do vento e do sol.Hoje adulto, mudei de cidadenão escuto mais o rouxinolmoro na selva de pedra,não há muito verde por aqui.Mas ainda tenho as ciências que um dia divertida-menteTiver o prazer de estudar.Em cada canto vejo seus sinais,Como disse sempre me lembrodas lições que aprendi não esqueço jamais.Na minha varanda tem um vasocom azaleias que trato sempre com muito zelo e amor.Para que fiquem sempre floridas,E sirvam de alento para o beija-flor.fazendo ciências, investigando penso:Será que elas florescem todo o ano?

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Vou pesquisar minha hipótese.Mas pra você deixo essa estrófeLembrando que as ciências são fortesflorescem sempre.Estude divertida-menteAs ciências são para sempre,Para mim, você e muita gente,O mundo com mais sabor.Esse viver divertida-menteEstará para sempre em minha mente.E descobriremos de repente,que estudar Ciências também é amor.

43. Ciências... quanta coisa boa!

Eunice B.J de Souza49

Estudar, pesquisar, criar, investigar, discutir, elaborar...Ufa... Quanta coisa pra fazer!Experimentar, soprar, encher, comparar, correr...Muitas coisas vamos aprender! Quanta coisa boa! Papel do professor? Criar, pesquisar, ousar para saber o que ensinar.Aluno? Ele sim, com gosto vai expandir.Vai praticar, pesquisar e vivenciar.Construir conceitos preparando-se para o mundo.Ter educação ambiental para mudança comportamental.Construir formas de pensar, agir e sentir a natureza sorrir.Ver o cata-vento girar sem precisar soprar. Eis o ar em movimento...Lixo no chão nem pensar! Tudo pode aproveitar.Minhoca no minhocário e peixe no aquário.

Quanta coisa boa!

49 Orientadora de Estudos do município de São José dos Campos

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Olhar para o céu e ver as nuvens formando,Sabendo que daqui a pouco a terra estará molhando.Que as estrelas ficam mais lindas olhando com uma luneta.Por isso não podemos poluir nosso planeta. Aprender que a água ocupa a maior parte do planeta: Que ela é necessária para hidratação e preparação de alimentos;Na limpeza do corpo, das roupas e dos locais em que vivemos.Precisamos da água pra gerar energia...Como fazer? Secaram nossas bacias! Quanta coisa boa! Temos animais que vivem nos campos, nas casas e no ar.Saber que de todos podemos aproveitar.Tem aqueles que vivem nas florestas,Que já sabem caçar.E não podemos criar!Também tem as plantas...Que nos oferecem o ar puro.Não devemos deixar acabar,Delas precisamos nos alimentar e curar.Sabendo que elas acolhem quem precisa se abrigar. Quanta coisa boa! Para isso acontecer não podemos esmorecer.Não podemos nos acostumar sem a metodologia mudar,Ter outra vista que não sejam as “janelas ao redor”Podemos abrir as “cortinas” e olhar para foraAcreditando sempre que o sol vai nos aquecerQue na luz estão todas as cores.Vamos ver? Quanta coisa boa! Tornar fundamental a reflexão para a aprendizagem acontecer.Eis a lógica intelectual.Que toda criança aprende, com o que é oferecido.Sabendo que é preciso diversidade na aula...

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Falamos em investimentos e necessidadesTodos têm a sua parte.Faltam muitos recursos para se tornar realidade.Precisamos de todos que fazem parte da escola.Precisamos de você pra fazer acontecer. Quanta coisa boa! Transformar a realidade, com alunos críticos de verdade.Ser reflexivo e ativo... Isso sim é ser participativo! Quanta coisa boa! Deixemos de nos acostumar com a falta de oportunidades...Vamos nos arriscar para sermos pessoas melhores!Isso sempre será...... Muita coisa boa!

44. Vivendo, pesquisando e aprendendo

Aparecido Donizeti Volkman50

Maria Celeste Lascalla Ferreira51

Na vida, tudo o que sabemosÉ algo que conhecemosPorém, temos muito o que aprenderE o que nos resta é lerExperimentar é a soluçãoCom tudo o que tem explicação.Na vida tudo se renova, tudo se transformaOs objetos, os restos, com a arte formaPeças lindas, esculturas, o ar moldaPara estudos geográficos, ensinar com folgaArenitos, pedra pomes, calcário vamos aprenderCom estudo do solo vamos crescerComo se formou o universo? A água?O ar, o mar onde deságua?Aprender conhecer a natureza é muito legalPois, através de investigações e experimentos é sensacional

50 Orientador de Estudos do município de Cássia dos Coqueiros51 Orientadora de Estudos do município de Brodowski

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Onde tudo começa e onde tudo acabaÁtomos, prótons, nêutrons, elétronsMoléculas, H2O, o que sacia? O que afaga?Vejo tudo transformando, vejo o mundo mudadoO que posso fazer para o mundo conhecer?Via Láctea, planetas, asteróidesCometas, como conhecer?Cientistas, astronautas, não têm medo de viverOutros planetas, como conviver?Classificar, registrar, investigarControlar, relacionar e observarTodas as vegetações do mundoVamos agora pesquisarPara as futuras geraçõesCom as plantas poder salvarO universo, um todo modificadoAr, água e solo edificado.Camadas de ar – troposfera, mesosferaEstratosfera vamos estudarIonosfera e exosfera extrapolarPara a vida lá fora, controlarO solo formado por camadas afinsAtravés de erupções vulcânicas, ficou assimArenito, argilito, calcário e água enfimAconteceu toda transformação das camadas assimRochas magmáticas, sedimentares e metamórficas cristalizaram assimO resfriamento da Terra com água sem fimTemos pressão interna e externaTemos pressão no ar e no marTemos pressão em todo o universoTemos pressão onde não calcularTemos pressão nos seres humanosTemos pressão em todo lugarHouve explosões de gases da TerraOxigênio e gás carbônico vamos utilizarXenônio, criptônio, radônio vamos precisarHelio, argônio e neônio vamos estudarO que vamos entender são os gases nobres

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Para o conjunto dos gases explorar.O vento é o ar em movimentoOnde faz as sementes e polens voarDando oportunidade de vidaE o planeta reflorestarDe onde vieram as sementes?Vamos agora investigarQuais as partes das plantas que os cientistas vão estudarUma semente nova que a planta vai brotarRegar, nascer, crescer e desenvolverÉ a planta nova que vai florescerCom a força e energia do sol que reluzA vida de um vegetal que se reproduzPara a vida poder acontecerAr, água e mato precisa terPara o humano aparecerMuitas espécies teve que desenvolverA evolução chegou afinalPois, entender esse mundo é sensacionalA água é fonte de vidaSem ela não podemos nascerA poluição da águaÉ o que precisamos conterRacionar a água, para a vida manterPois ela é a fonte de vida, sem ela não posso viverCuidar do nosso planeta, para as futuras geraçõesQue elas possam viver, sem conspiraçõesUm mundo saudável, nós queremos deixarPara nossos netos, nesse mundo brincarSalvar a natureza com tudo que lhe contémPara que as crianças possam viver bem

45. Onde está o meu Balão?

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Fernanda Santos52

Marysol Krauskopf53

Eu tinha oito anosE tinha muitas questões:Aonde foi parar os meus balões

No meu aniversárioEstavam todos lado a ladoPerdurados num cordãoMinha mãe não soube responderFoi então que na escolaComeçou uma grande confusãoQuem foi que me mexeu no meu balão? O Gustavo mal criado disse:- Fui eu não!A Ana Julia, uma doçuraDeu uma risada.Que menina mais engraçada! O João pé de feijãoDeu uma sugestão:O que você acha de para de fazer graça,Perguntar pra professoraEla te explica numa boa! A minha professora já é uma coroaMas no fundo e gente boa Todo dia suja a mãoCom seu giz e um monte de lição! Eu cheguei dentro da sala

52 Orientadora de Estudos do município de Itaquaquecetuba53 Orientadora de Estudos do município de Guarulhos

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Esperei ela fazer a chamadaPedi para todo mundoPrestar atençãoPor que eu tinha uma questão! Na minha casa tinha um monte de balãoEu fui dormir eAconteceu a confusãoNão era noite de São JoãoMas sumiram todos os balões! Sentada na cadeiraMinha professora ouviu tudo numa boa,A criançada toda intrigadaComeçou a dar opinião O Gustavo pensouQue meu cachorro PitocoAchou que era tudo osso A Ana Julia falouQue minha mãe estourou cada balãoCom uma agulha de injeção! O João o mais esperto,Disse que eles estavam por pertoA professora então nos deu uma liçãoDescobrir onde foi parar tanto balão Mas primeiro cada umTinha que escreverO que pensava sobre os balõesNossa lição de casaFoi uma pesquisaO que tem dentro da bexiga? Na hora da saídaMinha mãe conversou com a professoraFiquei meio encafifado e até desconfiado

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Chegando da escolaEu nem quis jogar bola. Fui atrás de uma bexigaPara fazer minha liçãoO meu irmão mais velhoQue é muito curiosoNa hora do almoçoResolveu a questão

Tem um monte de ar dentro do balãoSendo assim eu fiquei sossegadoEra só ir para o quartoResponder a questãoEstava feita a minha lição! No outro diaQuando cheguei na escolaCorri para a sala de aulaMinha professora estava lá dentroCom um monte de experimentos Mas antes de dar a explicaçãoVou ouvir com atençãoO que enche um balão? O Gustavo respondeuQue não tinha noçãoA Ana Julia explicou:Depende de quem encher o balão! O João cheio de razãoAbriu sua mochilaPegou uma bexiga e...Soprou, soprou até... Um estouro, um barulhão

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Que até o diretorLevou um susto no corredorToda nossa sala deu uma gargalhadaUm cena engraçada Foi ai que minha professoraComeçou a explicaçãoQue chamou nossa atençãoMuitas coisas podem encher um balão ! Se você assoprarMuito ar vai entrarSe você encher de águaMuita gente vai ficar molhada E tem o gás Hélio Quem é o Hélio?Primeiro nos vamos lá fora E antes de jogar bola Vamos encher uns balõesVou apresentar o gás HélioE depois vamos procurar o seu nome no Aurélio Nunca vou me esquecerDaquele diaQue conheci o Gás HélioPerdi todos os meus balõesMas aprendi muitas lições.

46. O ensino das Ciências nos anos iniciais: da rigidez de

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pensamento ao investigamento

Rosemary Gonçalves de Oliveira54

Muitos estudos sobre ciências vêm ocorrendoE nos anos iniciais muito isto está acontecendo.As universidades abrindo possibilidades parecem estarpara que nos estudos acadêmicos possam as salas de aula adentrarAlgo que pouco em pesquisas se viaé o que ocorre dentro da sala de aula dialogar com a Academia.O professor dos anos iniciais muito tem a dizer,a mostrar e a fazer.É quem, talvez, melhor tenha condições de relacionar suas açõesaos os estudos teóricos com significações.Nas atividades com as crianças desenvolvidase nas oficinas de ciências ocorridas,demonstrou-se que o “desenvolvimentocognitivo das crianças está condicionado às suas atitudes, falas e comportamento”.Concluíram o que Vygotsky a priori consideraaprendizagem e desenvolvimento inter-relacionam-se de forma complexaaprendizagem se antecipando ao desenvolvimento.Acontecendo estímulos à aprendizagem surgem fatores que influen-

ciam o amadurecimentoCrianças quando são confrontadas nas aulas de ciências durante

um experimento

Lhes são exigidas explicações complexas para o pensamento.Ao realizar uma atividade prática, a criança realiza um processo interacional,passa a experimentar novas formas de expressar um conhe-

cimento conceitual.Com atividades experimentaisé possível novos conceitos as crianças aprenderem maisAcontece o desenvolvimento cognitivo na criança,E com o tempo as suas ideias ter mais clareza e confiança.Ao interagir com o objeto manipulando o experimentoDá-se à criança a oportunidade de construir conhecimento.Quando descobrem as causas e os efeitos

54 Orientadora de Estudos do município de Vargem Grande Paulista

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do problema proposto, constroem e compreendem novos conceitos.Para que tudo isso aconteçaÉ como numa peçaOnde os personagens são atoresE nesse caso, os professores são mediadores.Entre o objeto manipulávelPara que ele seja questionávelE portanto, se torne o que a ciência precisaDe um veia investigativa.A formação de professores precisar se olhadaComo a prática da Universidade está sendo passada.Quer-se um ensino interdisciplinar nos anos iniciaisMas para isso as práticas de ensino também precisam ser experimentais.Ao vivenciar atividades lúdicas experimentais, as crianças podem refletirsobre os fenômeno,s buscar e dar explicações causais e com as ciên-

cias se divertir.As Ciências estão presentes em nossa vidaAssim como a vida na respiração é obtidaNa criança está gestadaA infância que na história é constantemente testadaTemos a oportunidadeDe trazer a liberdadeNa vivência da democraciaTrazer para a escola as ciências da cidadania.Ciências que libertam a criançaPara uma nova esperançaDe elaborar hipóteses e poder perguntarSe dessa vida ela pode aproveitar?Nas ciências ela pode experimentar,Hipotetizar, verificar e até errar,Para depois rever,Refazer,Recomeçar,Acertar (ou errar!)Sem medos,Sem “dedos”Pois sabe que ciênciaA História mostra que com paciência

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As descobertas nos mostram certas,E muitas incertas,Todas as coisas que a humanidade criouE recriouE continuaráA recriar.

47. Aprendizagens

Rosiene da Silva Andrade55

Orientadora de Estudos do município de JacareíEstudar ciênciasEu quero saberDiga agoraO que vai aprenderNa sua escolaPortuguês, MatemáticaGeografia e históriaEstá faltando ciênciasNa sua memóriaUm trabalho intensoQue sempre informaTroca de experiênciasNas aulas de ciênciasColoque em práticaO que aprendeuPerguntar, duvidar e checarPara suas ideias multiplicarConstruímos e reconstruímosConhecimento a todo tempoObservação, experimentaçãoExplicação e previsãoAs estrofes a seguirVou tentar introduzirEm poucas palavras

55 Orientadora de Estudos do município de Jacareí

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Porque as ciências nos agradaDisciplina obrigatóriaNo currículo escolarEla é tão importanteIsso não posso mudarEstudando ciênciasCompreendo melhorO mundo em que vivoE tudo ao meu redorEstudando ciênciasFinalmente vou entenderPorque a natureza é do jeito que éTendo respostas para todos os meus “Por quês?”Como funciona o nosso planetaVou ficar conectadoPreservar, reciclar e pouparVou deixar tudo interligadoEstudar ciências é fascinanteTransforma a realidadeA todo instanteMudando nossa vida de forma constanteAlém de importanteCiências é a disciplinaQue mais tem potencialPara ser divertida!Quantos cursosFazemos para nos atualizarAprendemos por causa de nossos alunosE para as aulas de ciências melhorar!

III - RELATOS DE EXPERIÊNCIA DE ORIENTADORES

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DE ESTUDOS

1. Projeto feira literária: horta suspensa e haicaisProfessora: Roseleide Maria GouveiaOrientadora de Estudos: Eliana GalanteTurma: 4º Ano AEscola: E.M.E.F. MARIA LUIZA FORNASIER FRANZINMunicípio: Águas de São Pedro

Justificativa

Em 2014, a E.M.E.F. “Maria Luiza Fornasier Franzin” firmou par-ceria com a Vivo, que desenvolveu, junto à escola, o projeto de escola com celular, na qual utilizou do tema sustentabilidade como fundamen-to para a capacitação dos professores na habilitação para o manuseio dos tablets e netbooks.

Na capacitação on-line, foram oferecidos materiais audiovisuais e textos que enfatizavam a necessidade da humanidade em promover a sustentabilidade e como pequenas atitudes podem fazer a diferença na preservação da natureza.

A Feira Literária de 2015, mediante os trabalhos desenvolvidos no Projeto Escola com Celular, estabeleceu como tema gerador a susten-tabilidade, sendo a mesma enfatizada nas produções dos gêneros literá-rios e também desenvolvida na prática através da reciclagem de papel e reaproveitamento de embalagens, construção de canteiros, reaproveita-mento de tecidos, reaproveitamento de sobras de vegetais e plantio de flores, temperos e verduras.

O desenvolvimento prático do projeto sustentabilidade tem como meta a revitalização do jardim localizado na lateral da rodovia, para que o mesmo se transforme em um local agradável para a realização de ati-vidades ao ar livre, como leituras e o estudo do meio através da prática do plantio, ou seja, tornar um lugar permanente para práticas educativas e de lazer.

A sala do 4º Ano A realizou o plantio de mudas de manjericão em garrafas PET, que ficaram suspensas nos galhos de uma árvore de pau--brasil. Como produção literária foi feito um livro de haicais criados pelos alunos com temas relacionados à natureza.

Os haicais criados pelos alunos foram ilustrados e colados (um

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exemplar de cada aluno) em uma borboleta feita com garrafa PET, fi-caram expostos em um móbile suspenso junto a pintura de uma árvore. Também foram feitas flores com garrafa PET e tecido, simulando um jardim para apresentação no dia da Feira Literária.

Cada aluno teve seu exemplar do livro de haicais ilustrado e encader-nado, levou para seus familiares um vaso com manjericão e um folheto com os cuidados necessários para o cultivo do mesmo após a apresen-tação do projeto no dia da Feira Literária.

ObjetivosHorta suspensa:

- Incentivar o cultivo de vegetais em garrafa PET;- Acompanhar o preparo do solo, o plantio, a irrigação, a poda, bem como o crescimento da planta;- Produzir uma nova planta através do plantio com sementes e formar novas mudas;- Escrever um texto informativo.- Conhecer o que é horta suspensa.

Haicais:- Aprender a origem dos haicais;- Ler haicais de autores brasileiros e de autores japoneses traduzidos;- Valorizar a cultura japonesa;- Desenvolver autonomia na prática da pesquisa;- Contribuir para a relação ser humano e natureza por meio da obser-vação da mesma;- Criar e ilustrar haicais.

Desenvolvimento- Leitura de haicais de autores brasileiros: Alice Ruiz, Paulo Leminski, Millôr Fernandes e Guilherme de Almeida.- Leitura de haicais de autores japoneses traduzidos.- Origem e as regras dos haicais japoneses que foram modificadas ao longo dos anos conforme os haicais foram difundidos em outras nações.- Observação da natureza para criar haicais.- Escrita de haicais.- Correção de haicais.- Ilustração de um haicai de cada aluno para ser colado nas asas de uma borboleta feita com garrafa PET.

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- Selecionar três haicais de cada aluno para formação de um livro de haicais.- Cópias coloridas dos haicais digitados e ilustrados para compor o livro.- Encadernação dos livros. Observações: As borboletas e as flores foram feitas com garrafa

PET e tecido serão feitas nas aulas de educação artística com a profes-sora Isabela.

Os autores brasileiros e os autores japoneses, bem como a trajetória dos haicais, serão pesquisados por meio da internet utilizando os tablets e netbooks da escola durante as aulas de Língua Portuguesa.

Horta suspensa:

- Pesquisa sobre a planta manjericão: origem, cultivo, utilização na culi-nária e na medicina alternativa.- Cuidados necessários para o cultivo do manjericão.- Garrafas PET e sua utilização para formar horta suspensa.- Preparo da garrafa PET para formar vaso.- Plantio de mudas de manjericão nos vasos de garrafa PET.- Disposição dos vasos nos galhos da árvore de pau-brasil.- Formação de novas mudas de manjericão utilizando um pedaço do caule da planta.- Acompanhamento diário do crescimento e cuidados necessários para o desenvolvimento da planta.- Formação de uma nova planta a partir da semente das flores do man-jericão.- Escrita de texto informativo sobre os cuidados necessários para o cultivo de manjericão.Observação: para as pesquisas feitas pela internet serão utilizados

os tablets e netbooks da escola durante as aulas de Ciências. Os alunos realizarão pesquisas individualmente e em grupo.

Parceria

- Profª Isabela (Educação Artística) – Produção das flores e borboletas de PET.

Recursos didáticos- Utilização dos tablets e netbooks no trabalho de pesquisa;- Livro didático;

Material

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Garrafa PET, tecido, bambolê, fio de nylon, arame, cola, gliter, TNT, tinta, pincel, terra, pedra, mudas, garrafa de amaciante, papel sulfite.

Duração

Um (1) bimestre

AvaliaçãoA avaliação será feita durante a elaboração do projeto mediante in-

teresse e participação dos alunos em todas as etapas de construção das atividades propostas.

Relato sobre a feira literária

A ideia de fazer um livro com haicais partiu dos próprios alunos quando conheceram esse gênero literário no segundo bimestre. No ter-ceiro bimestre, para aprofundar o conhecimento sobre o tema, fizemos várias pesquisas pela internet utilizando os tablets e netbooks. Inicial-mente pesquisamos alguns autores brasileiros para a leitura, e depois a origem e as regras dos haicais japoneses, considerando alguns autores japoneses traduzidos.

Durante o processo de pesquisa, alguns alunos já começaram a pro-dução escrita. Para facilitar o processo de escrita, sugeri aos alunos que fizessem a apreciação e observação minuciosa de cenas da natureza e tudo que a mesma envolve. Alguns alunos remeteram lembranças de cenas anteriormente observadas, escreveram sobre a mesma no tempo presente, seguindo uma das regras de composição dos haicais.

Foi um trabalho feito com calma, com bastante tempo para que os alunos fizessem a revisão e os acertos necessários para aperfeiçoar a própria criação. Alguns alunos que precisaram de um tempo maior para o processo de produção escrita, foram auxiliados pelos colegas que de-senvolveram mais rapidamente a arte de criar haicais e esses se dispuse-ram a colaborar com os colegas sem minha imposição ou interferência.

A correção e seleção dos haicais para o livro foram feitas indivi-dualmente junto comigo durante as aulas de português. Nessa etapa foi também escolhido um haicai de cada aluno para enfeitar as asas de uma borboleta feita com garrafa PET, para fazer o móbile que ficaria suspenso próximo ao painel de uma árvore, simulando um jardim com flores também confeccionadas com garrafa PET e sobras de tecido ou pintadas. Para o livro cada aluno fez e ilustrou três haicais. As borbole-

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tas e as flores foram confeccionadas em parceria com a orientação da Profª Isabela (Educação Artística).

Paralelamente ao trabalho com haicais foram feitas pesquisas sobre o manjericão. Divididos em grupo, os alunos pesquisaram a origem, o plantio, o cultivo, a poda, a formação de mudas e a utilização da planta na culinária e na medicina alternativa.

Pesquisando na internet, achei interessante a ideia de fazer um re-gador com embalagem vazia de amaciante de roupas, apenas furando a tampa com preguinho aquecido. Propus aos alunos que de imediato aceitaram a proposta. Deste modo, cada aluno utilizaria seu próprio regador para irrigar a horta.

Na etapa seguinte, os alunos plantaram mudas de manjericão em va-sos feitos com garrafas PET que foram suspensas em galhos de árvores de pau-brasil que fazem parte do espaço destinado à formação da horta e espaço de lazer e leitura. Neste espaço, têm amoreiras e um pé de café. Após o plantio, a observação do desenvolvimento e os demais cuidados com a horta suspensa, era hora de colher e comer amoras madurinhas.

Os alunos formaram novas mudas e acompanharam o processo de secagem de sementes para formar novas plantas. Enquanto observavam cuidadosamente o crescimento da planta, os galhinhos que soltavam de-vido ao vento ou manuseio, eram recolhidos e colocados em recipiente feito de garrafinhas PET com água dentro da sala de aula. Diariamente, os alunos observavam o crescimento das raízes das novas mudas de manjericão. Essas novas mudas foram levadas para a casa dos alunos que dispunham de terra propícia e lugar adequado para plantar. Es-ses alunos relatavam aos demais o desenvolvimento da planta, inclusive presentearam familiares com novas plantas cultivadas por eles.

Desde o início do ano eu trabalhei poemas com os alunos e um deles foi muito significativo para nós, o poema Quem tem asas? de autoria de Lalau e Laurabeatriz. Dar asas à imaginação, livre e lindamente foi o objetivo deste trabalho e as borboletas foram escolhidas para expor os haicais porque além de asas, que metaforicamente simbolizam a liber-dade e consequentemente criação, elas passam por uma metamorfose. Aprendizagem, na minha concepção é exatamente isso.

O mais significativo deste trabalho para exposição na VI edição da Feira Literária, com o tema sustentabilidade, foi dar continuidade ao tra-balho desenvolvido após o advento da mesma. Todos os alunos querem trabalhar até o final do ano com a horta e a produção de novas mudas. A

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cada dia alguém aparece com um haicai e diz: “Esse é meu melhor hai-cai, tia!”, ou então “minha mudinha pegou! Vou dar de presente para...”.

Enfim, poder trabalhar o potencial de uma sala com essa dimensão, é ao mesmo tempo um prazer e um desafio. Foi um trabalho extrema-mente gratificante.

ReferênciasHAICAISite: www.kakinet.com/Site: www.pensador.uol.com.br/HORTASite: www.horta.info/como-plantar-manjericaoSite: www.revistagloborural.globo.com/

2. Releitura da obra Futebol de Cândido PortinariProfessora: Andréa Aparecida VianaTurma: 2º ano AEscola: E.M. “Profª Maria Aparecida de Faria”Munícipio: Mogi das Cruzes, SP

Leciono para o 2º ano do ensino fundamental, com 29 alunos.No curso do PNAIC foi solicitado que planejássemos uma sequên-

cia didática interdisciplinar entre as áreas de Língua Portuguesa e Arte; e para realizar a sequência de atividades escolhi a obra Futebol de Candido Portinari por estar mais próxima da realidade das crianças.

Para solicitar o trabalho eu levei o livro: Candido Portinari: Filho do Brasil, orgulho de Brodowski! de Heloiza de Aquino Azevedo e iniciei a lei-tura da biografia de Candido Portinari desde o seu nascimento, (tendo continuidade a leitura nos dias subsequentes) mostrando as obras que apareciam e conversando sobre o que era lido.

Após a contextualização sobre o autor, foi realizada a contextualiza-ção da obra, sendo citado o ano da criação, material onde foi pintada e o tamanho da obra original.

Foi feita a observação da cópia da obra (32X46) e as crianças foram

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relatando o que viam: os personagens (11 meninos, aparência, posição que se encontravam etc.) o cenário (o campo de terra vermelha, o cemi-tério, os animais, a casinha ao fundo) e sobre as cores da obra.

Após a observação das crianças, fiz a leitura do trecho do livro de Heloiza que narrava como era o futebol na época de Candido Portinari (pág. 24), a dificuldade que ele tinha em jogar por causa da sua perna.

Em seguida, expliquei o que é uma releitura e solicitei às crianças que dessem sugestões de como poderíamos fazer a releitura da obra dentro do ambiente escolar, para ser registrado em forma de fotografia, com eles sendo os personagens. Os meninos escolheram o próprio futebol alegando que o que mudava seria o cenário, o tipo de bola e as vestimentas. As meni-nas escolheram a brincadeira de corda, estátua e roda, mantendo a posição dos personagens no cenário.

Os meninos procuraram manter as mesmas posições que viam na obra: jeito das mãos, dos pés, se estavam de frente, costas ou lado. Revezaram-se entre eles para que todos tivessem a oportunidade de fazer parte da obra. O mesmo ocorreu com as meninas no que se refere ao revezamento.

Na sala de aula cada criança fez seu esboço de uma releitura com o ob-jetivo de ampliá-la no tamanho da obra original (97X1,30).

Houve a votação e as mais escolhidas foram desenhadas pelos compo-nentes do grupo. Foram ao todo sete desenhos escolhidos. Fizeram o esbo-ço, pinturas com tinta guache e para finalizar contornaram com canetinha. Um aluno com autismo, fez seu desenho em uma folha um pouco menor e pintou-a com canetinha retratando as crianças.

Após a confecção da obra foi solicitado às crianças que fizessem uma produção escrita sobre o que haviam produzido. Falei que poderiam utilizar o gênero que quisessem para explicar sua obra. A maioria fez um relato do que desenharam, falando quem eram os personagens, as brincadeiras que apareciam, alguns citaram dados sobre o que foi lido na biografia do pintor.

Após a produção escrita, realizamos a revisão dos textos, momento o qual as crianças iam percebendo onde deveriam estar corrigindo o texto, fosse à ortografia, na concordância ou na sequência do que queriam expressar.

Terminada a revisão, o texto foi transcrito em forma de cartaz para ser colocado junto da obra a fim de ser exposto.

As crianças adoraram ver seus trabalhos expostos e ficaram empolgados para mostrar aos pais a obra que realizaram. Fiquei muito feliz com o tra-balho realizado pelas crianças, percebendo o quanto se empenharam para realizar as atividades e ver o quanto aprenderam durante todo este processo.

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3. Projeto hortaProfessora: Marinês Souza Barbosa de AraújoOrientadora de Estudos: Eliana GalanteTurma: 1º Ano AEscola: EMEF ‘Maria Luiza Fornasier Franzin’Município: Águas de São Pedro

Iniciamos nosso trabalho usando área externa da escola, preparando a terra com a ajuda do Sr. José (jardineiro), que explicou passo à passo no preparo dos canteiros, onde os alunos aprenderam a manusear para então poder plantar as hortaliças e temperos.

Em seguida, fizemos uma campanha na rede social Facebook na qual buscamos, junto a comunidade, arrecadar as garrafas PET que utiliza-ríamos para a nossa horta. Assim que os canteiros ficaram prontos, as crianças começaram a encher as garrafas com corante alimentício e água.

Demonstrando empenho e dedicação no cultivo das hortaliças, os alunos do 2º ano A e B se revezavam para irrigar as verduras. Um fato interessante ocorreu com o aluno especial M., que se sentia incomoda-do por seus pés estarem sujos e molhados. Observei sua atitude e che-guei a conclusão que aquela era a primeira vez que ele estava realizando esse tipo de atividade.

Com o intuito de melhor conhecer as verduras cultivadas na horta, os alunos realizaram uma pesquisa com os tabletes e, coletivamente, escrevemos textos informativos sobre a alface, almeirão, escarola, couve e curiosidades sobre alguns temperos.

Cortamos os aventais e, com a ajuda da professora Isabela, de Artes, cada aluno pintou o seu, decorando-o desenho de um regador. Os alu-nos utilizaram estes aventais durante a feira literária enquanto serviam sucos aos convidados.

Antes de iniciarmos o trabalho com receitas, conversamos sobre a importância de uma alimentação saudável e como é necessário incluir no nosso dia-a-dia verduras, legumes e frutas. Como estudamos o gêne-ro receita, selecionamos quatro receitas para serem trabalhadas em sala.

Dedicamos um dia ao experimento das receitas, fazendo sucos e sa-

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ladas, com a participação dos alunos. Observei que, quando estávamos servindo os sucos, um dos alunos da sala do 2º ano B se recusou a experimentar e sentiu até enjoo ao ver os colegas degustando, pois não estava acostumado com esse tipo de suco.

Os alunos se envolveram e curtiram muito esse momento que foi realizado no refeitório da escola. Dentre as receitas trabalhadas es-colhemos duas que foram servidas no dia da Feira Literária e “Suco Refrescante” (couve, abacaxi, hortelã, água e açúcar) e o “Suco do Amor” (couve, maçã, água e açúcar) os nomes dos sucos foram esco-lhidos pelos próprios alunos.

Como produto final, organizamos as atividades num livrinhos com o título “Projeto Horta”. E como na horta não pode faltar um espantalho, com o apoio da coordenadora Fátima, confeccionamos uma “Espanta-lha”, mascote do nosso projeto desenvolvido, foi um sucesso, os alunos participaram ativamente de todas as etapas, sempre demonstrando inte-resse e dedicação na realização das atividades propostas.

4. O mistério da construção do triânguloProfessora e Formadora: Juliane Dias Guillen Dias GuillenTurma: 3° anoEscola: EMEB Professor Afonso Fioca VitaliMunicípio: São Carlos

Sabe-se que a Geometria está presente em diferentes campos da vida humana, seja nas construções, nos elementos da natureza ou nos obje-tos que utilizamos. Por este motivo, os Parâmetros Curriculares Nacio-nais (BRASIL, 1997) recomendam que a escola proporcione às crianças o acesso a esse conhecimento, visando à compreensão e à interação das mesmas com o mundo em que vivem.

No estudo da Geometria, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio, os alunos possuem dificuldade de entender os concei-tos e aplicações que envolvem os conteúdos estudados. Desde as séries iniciais os professores, geralmente, trabalham com as figuras e objetos planos. As figuras mais conhecidas, e geralmente trabalhadas, em sala de aula são: o quadrado, o círculo e o triângulo, no entanto, esses são conceitos abstratos para o aluno.

Neste sentido, em 2011, foi realizada uma atividade de ensino sobre

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a condição de existência de um triângulo, com alunos de uma Escola Pública da Rede Municipal no interior do estado de São Paulo, localizada na periferia da cidade. A atividade selecionada foi desenvolvida pela pro-fessora da sala, que trabalha nesta escola desde 2008, com 32 alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, sendo 12 meninas e 20 meninos.

Era muito comum ouvir dos alunos a pergunta sobre quais me-didas deveriam usar para desenhar figuras planas. Por isso, quando solicitei que desenhassem um triângulo, a situação não foi diferente: “Que medida que uso?”

Através desta pergunta foi possível desenvolver a compreensão da construção e da existência do triângulo. Mas de que forma fazer isso?

Optei por dividir a turma em grupos de 4 pessoas e entreguei a cada aluno 3 canudos de refrigerante e três dados.

Professora: - O que é um triângulo?Aluno 1: - Uma figura que tem 3 ladosProfessora: - Com quaisquer 3 medidas eu posso construir um triângulo?Todos: - SimJunto com os alunos, foi estabelecido como seriam cortados os ca-

nudos de acordo com os números dos dados, e então a relação estabe-lecida foi:

- O Número 1 representaria 4 cm- O Número 2 representaria 8 cm- O Número 3 representaria 12 cm- O Número 4 representaria 16 cm- O Número 5 representaria 20 cm- O Número 6 representaria 24 cm Após cortarem os canudos, tinham que montar um triângulo.As medidas de todos os alunos foram anotadas na lousa e conforme

falavam as medidas também diziam se haviam conseguido formar um triângulo ou não.

Após todos terem falado se tinham ou não conseguindo formar o triângulo, surgiram alguns questionamentos:

Professora: Por quê alguns alunos conseguiram formar um triângulo e um triângulo. Vocês se lembram quando me falaram que com qual-quer 3 medidas seria possível construir um triângulo?

Surgiram então as seguintes respostas:

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Aluno 3: - Dois lados têm que ser iguais e o outro tem que ser menor.Aluno 4: - Dois têm que ser iguais, mas o debaixo pode ser de qualquer tamanho.Aluno 5: - O debaixo pode ser grande e os dois pequenos.Professora: Mas aqui está anotado algumas medidas que não são iguais e foi possível construir um triângulo. Será que está certo?

Os alunos foram verificar se realmente tinham construído um triân-gulo e ficaram em grupo discutindo o porquê de alguns alunos terem conseguido e outros não. Como prosseguir a atividade para resolver essa questão? Lamas (2006) desenvolveu uma atividade semelhante com alunos de 8º série do Ensino Fundamental intitulado “Atividades Experimentais de Geometria no Ensino Fundamental”, coordenado pela Professora Doutora Rita de Cássia Pavani Lamas, na Unesp de São José do Rio Preto, estado de São Paulo.

Na atividade desenvolvida por Lamas (2006) os alunos deveriam cortar os canudos com medidas específicas dadas para cada grupo e experimentar montar os triângulos com barbantes, anotando em uma tabela se era possível ou não montar o triângulo. Em seguida, deveriam somar as medidas dos canudos a e b e comparar com o canudo c utili-zando os sinais > (maior que), < (menor que) ou = (igual a). Ao final, o professor levaria os alunos a refletirem sobre a relação envolvendo as medidas a, b e c. Os alunos deveriam chegar a seguinte conjectura: para se garantir a existência de um triângulo, a medida de um lado qualquer não pode ser maior que a soma dos outros dois.

Diante disso, a atividade foi adaptada para os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. Pedi para os alunos que conseguiram formar um triângulo que pegassem seus canudos e fizessem o seguinte teste: que segurassem um na mão e juntassem os outros dois na outra mão, para verificarem se eles eram maiores ou menores do que aquele que estava sozinho, e verificassem com todos os canudos. Eles disseram que quan-do juntavam um deles ficava maior do que o outro todas as vezes.

Da mesma maneira, os alunos que não tinham conseguido montar o triângulo fizeram o teste, eles disseram que algumas eram maiores, e outras não, assim concluíram que então era por isso que não formava um triângulo. A partir disso o Aluno 6 disse:

- Agora está fácil, pois toda vez que somar dois lados do triângulo e der

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maior que o outro formará um triângulo.

Para comprovar o que o aluno tinha concluído, todos fizeram os testes com as suas medidas, e chegaram a mesma conclusão.

Após o término da atividade, pedi para que escrevessem tudo o que tinha acontecido e aprendido naquela aula.

Com o desenvolver das atividades foi possível perceber que os alu-nos foram se apropriando dos conteúdos matemáticos trabalhados atra-vés das perguntas feitas pela turma, como também através dos questio-namentos feito pela professora que estava desenvolvendo a atividade.

ReferênciasBRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamen-tal. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. LAMAS, R.C.P.; CÁCERES, A.R.; CHIRE, V.A.Q; MAURI, J. Atividades de geo-metria no ensino fundamental. In: Núcleos de Ensino da Unesp. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2006, p. 576-584. Disponível em <http://www.unesp.br/prograd/PDF-NE2004/artigos/eixo10/atividadesexperimentais.pdf> Acesso em 29 abril 2015.

5. Projeto feira literária: criação e escrita de história / plantio de flores em jardineiras suspensas com garrafa PetProfessora: Juliana Jorge de Moraes SartoOrientadora de Estudos: Eliana GalanteTurma: 1º Ano BEscola: EMEF ‘Maria Luiza Fornasier FranzinMunicípio: Águas de São Pedro

Justificativa

Em 2014, a E.M.E.F “Maria Luiza Fornasier Franzin” firmou parce-ria com a VIVO – Fundação Vanzolini, a qual desenvolveu junto à es-cola o Projeto “Escola com Celular”, utilizando o tema sustentabilidade como fundamento para a capacitação dos professores e na habilitação para o manuseio dos tablets e netbooks.

Nas capacitações online foram oferecidos materiais audiovisuais e textos que enfatizavam a necessidade da humanidade em promover a sustentabilidade e como pequenas atitudes podem fazer a diferença na preservação da natureza.

A Feira Literária de 2015, mediante os trabalhos desenvolvidos no

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projeto escola com celular, estabeleceu como tema gerador a sustenta-bilidade, sendo a mesma enfatizada nas produções dos gêneros literá-rios e também desenvolvida na pratica através da reciclagem de papel e reaproveitamento de embalagens, construção de canteiros, reaproveita-mento de tecidos, reaproveitamento de sobras de vegetais e plantio de flores, temperos e verduras.

O desenvolvimento prático do projeto sustentabilidade tem como meta a revitalização do jardim localizado na lateral ao lado da rodovia para que o mesmo transforme-se em um local agradável para a realiza-ção de atividades ao ar livre como leituras e do estudo do meio através da prática do plantio, ou seja, tornar um lugar permanente para práticas educativas e de lazer.

A sala do 1º Ano B realizará a criação e escrita de história e o plantio das flores utilizando jardineira construídas com garrafas PET. No dia da Feira Literária serão expostos os livros de histórias criados pelos alunos e os visitantes poderão observar as jardineiras plantadas pelos alunos.

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”

Antoine-Laurent LavoisierObjetivos- Criar uma história com o tema Sustentabilidade;- Aprimorar o vocabulário e habilidades linguísticas;- Planejar a escrita de textos considerando o contexto de produção: organizar roteiros e planos gerais para atender diferentes finalidades , com ajuda de escriba;- Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finali-dades, por meio da atividade de um escriba;- Revisar coletivamente os textos durante o processo de escrita em que o professor é escriba, retomando as partes já escritas e planejando trechos seguintes;- Associar a denominação do número à sua respectiva representação simbólica;- Identificar os números nos diferentes contextos em que se encontram e em suas diferentes funções;- Entender conceitos básicos de ciências, como a preservação do meio ambiente;- Utilizar a compreensão das crianças sobre o mundo, relacionando-a com o conhecimento produzido em sala de aula;- Contribuir para a autonomia na elaboração de um projeto;

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- Motivar a curiosidade com o uso da tecnologia;- Promover a pesquisa monitorada;- Propiciar momentos de diálogo sobre o meio ambiente , fazendo com que a criança compreenda a importância das suas ações para a preservação e conservação do meio ambiente.- Produzir jardineiras suspensas com as garrafas pet , à fim de cons-cientizar a todos que o que seria descartado como lixo , se transforma em um objeto usado na decoração das casas e jardins.

DesenvolvimentoEste compreenderá duas ações de produção, escrita em sala de aula

e execução de atividade visando a sustentabilidade

A - Produção e escrita em sala de aulaO Projeto de escrita da história será desenvolvido em 11 etapas.

Etapa 1: Compreender como podemos criar uma história , com o auxílio da professora .Etapa 2: Escolha do tema – Animais de jardimEtapa 3: Pesquisa sobre o animal escolhido.Os alunos utilizarão os tablets para pesquisar sobre a “joaninha”, que foi o animal escolhido . Fizemos a leitura de algumas curiosidades e outros textos informativos sobre o mesmo. Também pesquisamos desenhos de joaninhas diversas.Etapa 4: Escrita da históriaApós a pesquisa será construído o texto coletivo , onde a professora será a escriba. Neste momento alguns elementos da estrutura textual serão trabalhados ( como por exemplo letra maiúscula).Etapa 5: Revisão O texto será revisado , e se necessário outros apontamentos irão acontecer.Etapa 6: Digitação da históriaO texto será digitado pela professora , deixando algumas frases incom-pletas para que os alunos realizem a escrita.Etapa 7: Escrita e ilustraçãoOs alunos irão escrever algumas frases e ilustrar a história com os elementos que faltam.Etapa 8: Escrita dos números nas fichas.Como nossa história terá também uma ideia de incluir no texto o uso da matemática , os alunos irão escrever números de 1 ao 10 em fichas para colar nas páginas do livro .

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Etapa 9:Confecção da capa, e autores.Juntamente com a professora, os alunos irão organizar a capa do livro, os autores e ilustradores .Etapa 10: MontagemApós as etapas anteriores concluídas , a professora irá montar os livros para finalizá-los.Etapa 11: Exposição dos livrosOs livros serão expostos no dia da Feira.

B - Execução de atividade visando a sustentabilidadeVisando a reutilização das “garrafas PETs”, a opção foi o Jardim

Suspenso, para tanto, este será organizado em 05 etapas:Etapa 1: Os alunos deverão trazer de casa, garrafas PETs limpas e na cor transparente.Etapa 2: As garrafas serão cortadas lateral pela professora , de modo que possam receber a terra apropriada para o plantio.Etapa 3: As garrafas serão amarradas com arame , para em seguida serem afixadas no muro da escola.Etapa 4: Os alunos colocarão terra própria e farão o transplante de uma muda .Etapa 5: Os alunos irão regar as plantas regularmente.Na semana que antecede a Feira Literária, os alunos irão plantar flores em jardineiras feitas com garrafas pet, para decorar a escola. Parceria:A parceria ocorrerá com a professora de Artes na confecção da joa-

ninha em E.V.A. para a capa do livro. Duração:Os projetos (criação de história e jardim suspenso) serão desenvolvi-

dos em aproximadamente 03 semanas. Avaliação:Os alunos serão avaliados através da participação nas atividades rea-

lizadas nas aulas, e no plantio das jardineiras suspensas. ReferênciasPesquisas em diversos sites da internet.Direitos de Aprendizagem do PNAIC de Língua Portuguesa, Mate-

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mática e Ciências.

Relatório da feira literáriaConfecção de livroApós conversa informal com os alunos em sala , expliquei à eles que

faríamos uma história com animais de jardim e confeccionaríamos um livro para ser exposto na Feira Literária. O animal escolhido foi a “Joaninha”.

Fizemos uma pesquisa com os tablets sobre o animal escolhido. Vale a pena ressaltar, que esta é uma tecnologia que faz parte das aulas, sendo que desde o ano passado os alunos trabalham com os tablets, através da parceria com a VIVO. Como desde o início do ano os alunos usam a tec-nologia em algumas aulas , todos tem autonomia para realizar a pesquisa , onde eles entram no “google” e digitam ou usam o microfone para realizar a pesquisa. Também pesquisamos sobre desenhos de joaninhas.

A partir daí, com a ajuda da professora , os alunos foram criando a história, onde a professora foi escrevendo na lousa , e após o término da escrita a professora fez a correção também na lousa , juntamente com os alunos.

Em seguida digitei a história , deixando algumas frases incompletas para que os alunos realizem a escrita .

Os alunos foram completando as frases, de acordo com o registro realizado pela professora na lousa , e em seguida ilustrando a história de acordo com os acontecimentos em cada página.

Após terminarem a escrita e a ilustração (que durou duas semanas), os alunos escreveram os números de 0 à 10 nas fichas de color set, para colar nas respectivas páginas de acordo com a quantidade de joaninhas.

A confecção da capa e a digitação dos nomes dos autores e ilustra-dores foram realizadas pela professora.

Jardim suspensoNa semana que antecede a Feira Literária, a professora cortou as gar-

rafas pet e as amarrou com arame , onde foram fixadas por parafusos no muro da escola .

Em seguida, cada aluno colocou terra própria para o plantio e fez o transplante de uma muda. As jardineiras ficaram muito bonitas .

6. Projeto da feira literária 2015

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Profª Cibelle Aparecida Vieira de Oliveira Pereira e Profa. Renata Azzini AlvesOrientadora de Estudos : Eliana GalanteTurma: 3° anoSustentabilidade – Reciclagem de papel

Justificativa

Em 2014 a E.M.E.F. “Maria Luiza Fornasier Franzin” firmou parce-ria com a Vivo que desenvolveu junto à escola o projeto de escola com celular, na qual utilizou do tema sustentabilidade como fundamento para a capacitação dos professores na habilitação para o manuseio dos tablets e netbooks.

Na capacitação on line, foram oferecidos materiais audiovisuais e textos que enfatizavam a necessidade da humanidade em promover a sustentabilidade e como pequenas atitudes podem fazer a diferença na preservação da natureza.

A Feira Literária 2015, mediante os trabalhos desenvolvidos no proje-to escola com celular, estabeleceu como tema gerador a sustentabilidade, sendo a mesma enfatizada nas produções dos gêneros literários e também desenvolvida na prática através da reciclagem de papel e reaproveitamen-to de sobras de vegetais e plantio de flores, temperos e verduras.

Como o tema é muito abrangente e atual, e há a necessidade de conscientizar as gerações futuras da importância de se cuidar do plane-ta, reduzindo seu lixo, reaproveitando os materiais e reciclando o que é possível reciclar, 3ºs anos escolheram a reciclagem de papel, pois, prin-cipalmente no ambiente escolar, esse é o material mais utilizado, portan-to o mais desperdiçado.

Juntamente com essa ação, de produção de papel reciclado, o 3º ano A optou por trabalhar o eixo literário na produção de fichas técnicas de animais de estimação e na produção de um livrinho com as descri-ções dos animais de estimação que os alunos possuem ou gostariam de possuir. Nesse âmbito, faremos uma relação com a adoção de animais e posse responsável, já que somos responsáveis pela vida no planeta, devemos ser responsáveis pelos animais que nele estão. Esse é mais um aspecto do contexto da sustentabilidade.

Objetivos

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Produção de papel recicladoCompreender o processo de produção do papel e a necessidade de

não se desperdiçar;Reconhecer os benefícios que a reciclagem de papel traz para a na-

tureza como um todo;

Produção literária – Ficha técnica e descriçãoProduzir a ficha técnica e a descrição do animal de estimação;Reconhecer a necessidade de se ter responsabilidade quando se ado-

ta um animal;Compreender e produzir textos destinados à organização e socializa-

ção do saber escolar/científico;Produzir e compreender textos orais e escritos com finalidades vol-

tadas para a reflexão e comportamentos sociais;Produzir textos de diferentes gêneros com autonomia, atendendo a

diferentes finalidades;Utilizar vocabulário diversificado e adequado ao gênero e às finali-

dades propostas;Participar de interações orais em sala de aula, questionando, sugerin-

do, argumentado e respeitando os turnos de fala;Relacionar fala e escrita, tendo em vista a apropriação do sistema de

escrita, as variantes linguísticas e os diferentes gêneros textuais.

DesenvolvimentoInicialmente será discutido com a sala o projeto da escola e qual será o

nosso tema: Reciclagem de papel e produção de fichas técnicas e descrição de animais de estimação. Para que isso ocorra, faremos uma campanha de conscientização de coleta de papéis descartados em cada sala de aula, os quais serão levados até a caixa própria que ficará na coordenação. Toda a escola será envolvida. Após a coleta faremos todo o processo de reciclagem (papel picado de molho, processado no liquidificador e passado na peneira).

Os alunos conhecerão o processo de produção de papel por meio do vídeo “De onde vem?” (Kika – TV Cultura) e depois assistirão ao vídeo “Como fazer papel reciclado em casa” por Manual do Mundo, para conhecer o processo caseiro de produção de papel que utilizaremos durante o desen-volvimento dos trabalhos da feira.

Em seguida, começaremos a produzir o papel com o auxílio dos alunos

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em todas as etapas do processo.Paralelamente, os alunos farão a pesquisa sobre o animal de estimação, uti-

lizando o netbook e produzirão uma ficha técnica, e, individualmente, farão a descrição do seu animal de estimação.

Para apresentar a produção do papel, faremos uma apresentação de passo a passo com as fotos no papel produzido pelos alunos.

Os alunos vão elaborar um cartaz para ser exposto com as premissas de posse responsável que será exposto juntamente com o painel de descrição e da foto de cada aluno com seu animal de estimação.

Por fim, teremos em exposição na feira, a ficha técnica do animal de esti-mação, a descrição e foto de cada aluno com seu animal, o livrinho produzido com as descrições, o guia de posse responsável, o painel “É o bicho!!!” com a foto dos alunos e de outras pessoas da comunidade escolar com seu bicho de estimação, o vídeo elaborado com frases sobre o que é sustentabilidade para cada aluno, o vídeo gravado com os alunos sobre os 10 mandamentos da posse responsável, o passo a passo da produção de papel e as fotos de todas as ativi-dades que realizamos durante o desenvolvimento do tema. Tudo será impresso em papel reciclado e, se for possível, impresso no papel produzido por eles.

Parceria

Contaremos com a ajuda da Profª Isabela (Educação Artística) para con-feccionar as dobraduras que serão coladas na capa dos livrinhos de descrição. A produção de papel será feita juntamente com Profª Renata Azzini (3º B).

Recursos didáticosNetbook, textos didáticos e paradidáticos, vídeos.

MaterialTelas, peneiras, balde, piscina infantil, papel coletado nas salas de

aula, corante, varal, pregadores, papel reciclado, tnt, cola.

AvaliaçãoA avaliação será realizada por meio da participação dos alunos, desde

a pesquisa realizada até a produção final de todas as etapas e a apresen-tação e participação na Feira Literária.

Duração - Um bimestre.Referências:

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Vídeo – De onde vem? – Kika – TV Cultura - https://www.youtube.com/watch?v=r-jUaQW0VG0kVídeo – Como fazer papel reciclado em casa – Manual do Mundo – TV Cultura - ht-tps://www.youtube.com/watch?v=fjt5gWCx120Texto – Os dez mandamentos da posse responsável - http://www.meioambiente.ufrn.br/?p=12897Ficha técnica dos animais - https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%-C3%A1gina_principalwww.suapesquisa.com/mundoanimal/http://fofuxo.com.br/racas/http://www.saudeanimal.com.br/

IV - RELATOS DE PROFESSORAS ALFABETIZADORAS

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DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO

Comprando palitosProfª Terezinha Hatsumi Schigaki TessarimEMEF Profº Francisco Fernando Faria da Cunha

Objetivos:- Propor situações com jogos para que os alunos possam refletir

sobre as estratégias utilizadas, realizar cálculos em suas diferentes for-mas de representação;

- Observar se a criança é capaz de fazer correspondência entre o valor obtido no lançamento dos dados e a quantidade de palitos, se faz a soma corretamente, se utiliza e faz o preenchimento correto da tabela.

Justificativa:A escolha do jogo Comprando Palitos foi motivada por se tratar de

um importante instrumento motivacional na aprendizagem dos alunos e também porque favorece a construção de novos conhecimentos.

Atualmente, os jogos estão sendo um pouco mais utilizados pelos professores, os quais buscam tornar as aulas mais interessantes e diver-tidas. Bem aceitos pelos alunos, os jogos podem ser concebidos como um ponto de articulação entre os desenvolvimentos intelectual e afetivo.

Através dos jogos, as crianças formam conceitos, reforçam e apren-dem novas habilidades, estabelecem relações lógicas, desenvolvem a oralidade, a capacidade de organização, a reflexão, a argumentação, a análise, aprendem a fazer a correspondência entre o valor obtido nos dados e a quantidade de palitos, conseguem observar e acompanhar as quantidades obtidas pelo parceiro, aprendem a fazer a representação dos números, a somar, a resolver situações-problema do campo aditivo, a trabalhar em equipe, a respeitar as regras e também aprendem a ga-nhar ou perder.

Sendo assim, o jogo é fundamental no processo da escolarização e deve ser utilizado sempre que possível, com objetivos claros e definidos. Além de favorecer a ampliação de novos conhecimentos dos alunos, os jogos ofere-cem subsídios para que o professor perceba os avanços e as dificuldades, e assim possa avançar ou mesmo retomar o que não foi aprendido.Relato:

Iniciei a atividade distribuindo uma cópia da ficha de identificação

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do jogo para a realização da leitura coletiva da sala. Em seguida, discor-remos sobre as normas do jogo. Após a compreensão das regras e do meu comando, os alunos fizeram a seleção, a localização de números, de materiais e de palavras do texto.

Entreguei uma tabela para cada criança e expliquei com a finalidade de organizar os dados daquela forma. Em seguida, entreguei um dado vermelho com números de 1 a 6 e um azul com bolinhas nas respectivas quantidades padronizadas, de modo que as duplas pudessem fazer os lançamentos. Após me certificar do entendimento das regras, autorizei o início do jogo.

As crianças tiraram “par ou ímpar” para definir quem iniciava o jogo. Os que ganharam no “par ou ímpar” iniciaram e lançaram os dois dados à sorte. Assim que obtinham o resultado, a dupla, comprava o número de palitos e fazia o lançamento das respectivas quantidades do dado azul e a do dado vermelho, realizando também a soma desse lançamento na tabela de pontos.

O segundo participante também repetiu o mesmo procedimento no lançamento dos dados, na compra de palitos, no lançamento das quan-tidades tiradas em ambos os dados, na tabela e na soma das respectivas quantidades. Após jogar as rodadas descritas na tabela, as crianças, em duplas, realizaram a soma de pontos das rodadas e o ganhador foi aque-le que fez menos pontos.

As crianças gostaram de realizar esse jogo pelo fato de ser uma ati-vidade prazerosa, lúdica. Elas puderam aprender conceitos, fazer cor-respondência entre o valor obtido no lançamento dos dados e a quan-tidade de palitos, utilizar estratégias de contagem, resolver situações do campo aditivo e preencher a tabela corretamente.

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2. O Carnaval de ArlequimProfª Terezinha Hatsumi Schigaki TessarimEMEF Profº Francisco Fernando Faria da Cunha

Relato:Iniciei a atividade com a observação de figuras geométricas na obra

de arte “O Carnaval de Arlequim” de Joan Miró. Fizemos a leitura da imagem e a identificação de figuras geométricas planas: círculo, qua-drado, retângulo e outros polígonos e também das figuras geométricas espaciais: cubo, cone, cilindro, esfera, etc., que foram trabalhadas até então. Em seguida, propus a reprodução de um desenho (casinha com figuras geométricas), que todas as crianças realizaram.

Na lousa, fiz uma malha quadriculada com uma forma diferente da proposta pela atividade. Achei melhor começarmos com a reprodução de um quadrado. Disse-lhes que precisava copiar aquela forma na outra malha. Perguntei a eles:

- O que devo fazer?As crianças observaram e ficaram pensativas num primeiro momento. Logo, uma criança disse:- Se tem que ficar igualzinho, então temos que ir contando os quadradi-nhos e começar marcando onde começa.A partir daí, disseram:- Professora, pule tantos quadradinhos e depois faça uma marquinha para começarmos. Agora ande tantos quadradinhos para frente, desce tantos, de onde parou conte tantos e volte para trás, suba tantos e assim vai fechar e formar a figura igualzinha a primeira. Elogiei-os e fiz uma retomada para o fechamento, explicando a im-

portância de utilizarmos os termos corretos (à direita, para baixo, à esquerda, para cima) para reproduzirmos o objeto pedido, orientando o objeto no espaço.

Depois, propus a realização da atividade no livro, pedindo que obser-vassem a malha quadriculada com a figura e que fizessem a reprodução da figura no livro deles. Cada aluno realizou a sua atividade com fluidez. Duas crianças, entretanto, tiveram um pouco mais de dificuldade, mas, com minhas intervenções, conseguiram realizar a atividade proposta.

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Para aumentar o grau de dificuldade, xeroquei a atividade proposta no fascículo de Geometria e pedi também que a realizassem sozinhos. Embora estivéssemos realizando este tipo de atividade pela primeira vez, e mesmo a atividade proposta no fascículo contasse com maior nível de dificuldade do que a atividade anterior, a maioria da sala conse-guiu realizá-la, agora na malha ampliada, com perfeição. Conseguiram observar a malha quadriculada num plano menor e maior, foram con-tando os quadradinhos e desenhando. Cinco crianças copiaram a figura na malha quadriculada, mas não conseguiram realizá-la com perfeição, e duas não conseguiram resolver a situação-problema.

Fiquei encantada ao ver como as crianças são espertas e inteligentes. Se tivesse trabalhado anteriormente, com certeza, todos teriam con-seguido. A atividade desenvolvida foi muito gratificante e interessante porque pude refletir alguns aspectos:

- todas as crianças têm suas potencialidades e seu ritmo de caminhar. É preciso respeitar o seu tempo, umas aprendem mais rápido e outras também aprenderão mesmo que demore um tempo maior;- em se tratando de atividades com malhas quadriculadas, sempre das mais simples para as mais complexas;- realizar com maior frequência esse tipo de atividade, pois as crianças aprendem conceitos e habilidades de comparar, maior que, menor que, localização, lateralidade, ampliação e também a redução, através de uma atividade que promove prazer na sua realização. A atividade será retomada para garantir que todas as crianças con-

sigam fazê-la, pois notei um pouco de descontenta[=mento daquelas que não atingiram o objetivo com perfeição e também porque gosto de fazer um fechamento para socializar os saberes e, com isso, garantir novas aprendizagens.

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