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Page 1: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Desenhando nos Degraus das Pirâmides

1. Desenhando 2. Degraus

3. Pirâmides 4. Entre αi e θ

5. Este Alfômega i

6. Centro 7. Cortando Cê-Bola ©

8. ET - Cabeça de Planck 9. O Tremendo Abismo Dentro de Cada Um

10. Tocando o Coruscante Abismo

Serra, segunda-feira, 07 de setembro (dia da Pátria) de 2009. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 Desenhando

Qual é a conformação dialógico-matemática (diamatemática) final do

multiverso? Embora seja uma pergunta extremamente ambiciosa, que os racionais não podem responder, podemos pelo menos perguntar. Como o modelo pirâmide abarcou bastante, tenho algumas coisas para colocar.

ciências TRÊS PIRÂMIDES

PIRÂMIDE DILATAÇÃO SUBIDA

Mac

ropi

râm

ide

(exp

ansã

o)

N.5 Natureza

Cinco

inatingível 22. multiverso; 21. universo;

20. superaglomerados; 19. aglomerados;

18. galáxias; 17. constelações;

16. sistemas estelares; 15. planetas;

N.4 Natureza

Quatro

info

rmát

ica

e p.

4

Mes

opir

âmid

e (c

onst

itui

ção)

N.3 Natureza

Três

15. mundo; 14. nações; 13. estados;

12. cidades-municípios; 11. empresas; 10. grupos; 9. famílias;

8. indivíduos; psic

olog

ia

e p.

3

N.2 Natureza

Dois

bio

logi

a e

p.2

Mic

ropi

râm

ide

(em

basa

men

to)

N.1 Natureza

Um

inatingível

8. corpomente; 7. órgãos; 6. células;

5. replicadores (p.e., ADRN); 4. moléculas;

3. átomos; 2. subcampartículas;

1. campartícula fundamental cê-bola ©

físic

a e

quím

ica

N.0 Natureza

Zero

O tijolo fundamental, o campartícula que embasa, ©, cê-bola deve ter em si todas as possibilidades de expansão, pois um tijolo informe ou rombo dificilmente permitiria construir uma casa: são necessários conjuntos bem específicos de pareamentos-de-possíveis, tanto os d’antes quanto os d’depois, com uma linha de permissões lógico-dialéticas ligando-os. O que não estiver pré-disposto em © não será possível construir adiante. E assim também para os quarks, os átomos e segue.

Ou seja, como disse Hermes Trim-egisto (o três-vezes-grande, tri-aigupto, três-augusto), “o que está em cima é como o que está em baixo”, quer dizer, as possibilidades da maior expansão devem estar no tijolo fundamental, assim como o tijolo fundamental deve ser retroplanejado nos objetivos de expansão: dizendo de outro modo, a diamatemática de um é da mesma ordem de grandeza da do outro. Dizendo de outro modo ainda a casa só vai até onde permitirem os materiais, e os materiais dizem do tipo de casa que pode ser construída.

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Capítulo 2 Degraus

SUBINDO OS DEGRAUS

DEGRAU

(informações tiradas da carga de Internet abaixo e da memória das leituras)

DIMENSÕES CONHECIDAS NOME QUE DEI (ou já existia) 22 não-finito multiverso 21 14 bilhões de AL de raio universo 20 100 milhões de AL superaglomerado 19 10 milhões de AL aglomerado 18 100 mil AL Galáxia (Via Láctea) 17 20 anos-luz ou mais constelação 16 20 bilhões km de raio sistema solar 15 12.744 km diâmetro (Terra) mundo-planeta 14 4.500 km x 4.500 km (Brasil) nações 13 100 km x 400 km (ES) estados 12 10 km x 10 km (Vitória) cidades-municípios 11 1.000 m empresas (fábrica) 10 100 m grupos (quadra) 9 10 m famílias (casa) 8 2,0 m corpomentes-indivíduos 7 0,2 m órgãos 6 10-5 células m 5 10-8 ADRN m 4 10-9 moléculas m 3 10-10 átomos m 2 10-18 subcampartículas (quarks) m 1 10-35 campartícula fundamental ©

(são os horizontes de Planck: horizonte temporal a 10

m

-44 s; este do lado é o horizonte espacial: no

conjunto espaço e tempo de Planck ou ET-bola)

AUXÍLIO DA INTERNET (Asimov tem um livro sobre os degraus)

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O SISTEMA SOLAR EM ESCALA

João Batista Garcia Canalle Instituto de Física – UERJ

Resumo Mostrar as dimensões do Sistema Solar, representando os Planetas e o Sol por

esferas em escala reduzida e na mesma escala as distâncias médias dos Planetas em relação ao Sol.

Introdução O Sistema Solar aparece em vários livros didáticos, através de figuras

esquemáticas, onde é mostrado fora de uma escala definida, dificultando assim, sua compreensão.

Esta forma de apresentação do Sistema Solar pode causar uma série de confusões com relação ao tamanho dos Planetas. O mesmo ocorre com relação às distâncias

ao Sol. Este trabalho tem por finalidade mostrar as dimensões do Sistema Solar de forma

simples, com os diâmetros e as distâncias dos Planetas, numa mesma escala. Procedimento

Adotamos uma escala onde o Sol será representado por uma esfera de 80,0 cm de diâmetro que corresponderá a um comprimento da ordem de 1.392.000 km (que é

o diâmetro do Sol) e por simples “regra de três” os diâmetros dos planetas, da Lua e as distâncias médias dos planetas ao Sol poderão ser calculadas.

A tabela 1, mostra a massa e o diâmetro médio dos Planetas e suas distâncias médias ao Sol; o diâmetro do Sol (80,0 cm) e dos Planetas (em milímetros) na escala mencionada, bem como suas distâncias médias (em metros), na mesma

escala. Para a Lua a distância dada é em relação à Terra. TABELA 1

Astro Masssa (kg)

Diâmetro Distância (km) (mm) (km) (m)

Sol 1,99 x 10 1.392.000 30 800,0 -.- -.- Mercúrio 0,33 x 10 4.860 24 2,8 57.900.000 33,3

Vênus 4,87 x 10 12.100 24 7,0 108.000.000 62,1 Terra 5,97 x 10 12.760 24 7,3 149.600.000 86,0 Marte 0,64 x 10 6.800 24 3,9 228.000.000 131,0

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Júpiter 1899 x 10 143.000 24 82,2 778.000.000 447,1 Saturno 568 x 10 120.000 24 69,0 1.430.000.000 821,8 Urano 87,2 x 10 50.800 24 29,2 2.870.000.000 1.649,4

Netuno 102 x 10 49.400 24 28,4 4.500.000.000 2.586.2 Plutão 0,02 x 10 2.740 24 1,6 5.900.000.000 3.390,8

Lua 73,5 x 10 3.840 21 2,0 Para representarmos o Sol usaremos uma bexiga de aniversário cheia de ar com

diâmetro de 80,0 cm, para enchê-la é só colocar na saída de ar de um aspirador de pó. Para determinarmos o diâmetro da bexiga usaremos um barbante com

comprimento de 2,51 m com suas pontas amarradas, o qual colocaremos ao redor da bexiga, conforme ela for enchendo através da saída de ar do aspirador de pó.

Para colocarmos os planetas nas respectivas distâncias ao Sol, usaremos 90,0 m de linha grossa (quase um carretel) ou barbante, e bolinhas de durepoxi que

representarão Mercúrio, Vênus, Terra e Lua. Enquanto o durepoxi das bolinhas estiver mole, fixamos um pedaço de linha nas bolinhas, as quais serão, então,

amarradas nas seguintes distâncias Mercúrio 33,3 m, Vênus 62,1 m e a Terra a 86,0 m, sobre o barbante ou a linha usada.

A Lua será representada por uma bolinha de durepoxi com diâmetro de 2,0 mm que estará presa a 20,0 cm da Terra, conforme é apresentado na Tabela 1.

Demonstração Um aluno vai segurar a bexiga (o Sol) e uma ponta da linha, outro em Mercúrio, outro em Vênus e outro na Terra esticando a linha. Os demais alunos poderão,

então ter uma idéia das distâncias dos Planetas ao Sol, assim como dos seus tamanhos em relação ao Sol.

Veja no na Fig. 10, o nosso Sistema Solar representado sem escala, (Sol até a Terra).

Fig. 10- Esquema de como fica o experimento sugerido

Comentários Com esta demonstração prática dos tamanhos e distâncias dos três primeiros planetas (Mercúrio, Vênus e Terra com sua Lua), é possível ver a imensidão do

Sistema Solar. Não representamos os demais planetas porque precisaríamos de muito mais linha e espaço.

Nesta escala, Marte estaria a uma distância de 131,0 m e para Plutão o mais afastado estaria, a uma distância de 3.390,8 m ou seja a 3,39 km! Esta distância é

cerca de 40 vezes a distância entre a Terra e o Sol. COMPARAÇÃO ENTRE OS TAMANHOS DA TERRA E DA LUA

Resumo Aparentemente a Lua e o Sol têm o mesmo tamanho, pelo menos é o que parece quando olhamos os dois lá no céu. O tamanho angular dos dois é quase o mesmo, mas isso porque a Lua está muito mais próxima da Terra do que o Sol. Já se teve a

oportunidade de comparar a Terra e os demais planetas com o Sol noutra atividade. Nesta os tamanhos da Terra e da Lua serão comparados.

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Introdução Vamos fazer a comparação entre os tamanhos da Terra e da Lua comparando seus discos. Sabendo que o diâmetro da Terra[1] é 12.756 km e que o da Lua é de 3.476 km, vamos reduzir ambos pela mesma proporção de tal forma que a Terra fique com, por exemplo, 15 cm de diâmetro, conseqüentemente a Lua ficará com um

disco de apenas 4,1 cm. Atividade

Recorta-se um disco de cartolina, azul por exemplo, para representar a Terra, com 15 cm de diâmetro e recortemos um disco de cartolina amarela com 4,1 cm para representar a Lua. Passa-se a ter nas mãos uma forma de comparar os discos da

Terra e da Lua, que é mais eficiente para fazer o aluno perceber a grande diferença que existe entre os tamanhos da Terra e da Lua do que comparando os números de

seus diâmetros ou volumes. Se for usada uma cartolina branca para ambos os discos, pode-se por exemplo, pintá-los com as cores típicas da Terra e da Lua, ou

seja, azul e dourada. Porém, se quiser-se fazer uma comparação ainda mais concreta, transforme os discos em esferas, usando para isso massa de modelar,

argila, durepox, bolas de isopor, massa de pão, ou simplesmente amassando papéis.

Os dois discos abaixo são proporcionais aos discos da Terra e da Lua.

Fig 11- Comparação entre os discos da Terra e da Lua

GNÔMON E OS PONTOS CARDEAIS Introdução

Define-se o lado leste como sendo aquele em que o Sol nasce e de lado Oeste aquele no qual o Sol se põe. A direção norte é aquela que ficaria à sua frente se

você estendesse seu braço direito para o Leste e o esquerdo para o Oeste. A direção Sul é oposta à Norte e portanto, estaria à suas costas. A estas quatro

direções chamamos de Pontos Cardeais. Mas se você não quiser esperar o dia todo para saber onde o Sol nasce e se põe, apresentamos abaixo um método alternativo

e um pouco mais preciso que o anterior para determinar os Pontos Cardeais. Os Pontos Cardeais

Pegue um Gnômon, isto é, finque uma vara na vertical sobre um plano horizontal (é melhor colocar uma folha de cartolina debaixo dessa vareta e riscar no chão a

posição da cartolina, pelos motivos que mostraremos a seguir). Numa hora qualquer antes do meio dia, risque sobre a cartolina a sombra da vareta e meça seu

Page 7: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

comprimento. Depois do meio dia espere a sombra ficar do mesmo comprimento da sombra da manhã e quando isto acontecer risque-a no chão também. Estas duas sombras definirão um certo ângulo; ache a bissetriz desse ângulo (reta que divide

ao meio o ângulo). Veja a Fig. 12 abaixo.

Figura 12- Determinação dos pontos cardeais

À direção da bissetriz chamamos de linha meridiana e ela define as direções Norte e Sul, e a reta perpendicular a ela define as direções Leste e Oeste. Se você se colocar

no mesmo local da vareta e abrir seus braços, com o direito apontando para o Leste, o esquerdo apontará para o Oeste, à sua frente estará o Norte e às suas

costas o Sul. O Chapéu

Uma atividade que pode ser feita para esta ocasião é a seguinte: peça para que cada aluno faça um chapéu, tipo Napoleão, para ser usado durante as atividades

extra classe (demarcações das sombras). Depois de determinados os pontos cardeais peça para que escrevam a letra L na mão direita e a letra O na mão

esquerda (lembrando que a mão direita aponta para a direção Leste e a mão esquerda aponta para a direção Oeste). Para gravarem melhor que o Norte esta à

frente deles, ao invés de escrever um N em suas testas, escreve-se sobre o chapéu, e para que não se corra o risco de colocarem o chapéu de trás para frente, pede-se

para desenharem dois olhos no lado do chapéu no qual se colocou a letra N. Nas costas do chapéu escreve-se a letra S.

[1] Estaremos sempre nos referindo ao diâmetro equatorial, exceto quando mencionado explicitamente o contrário.

Page 8: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Ordens de magnitude (comprimento) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Seção Fator (m)

Unid Exemplo Itens ≥ <

Subatômico 0 10−15 am elétron, quark, corda

Atômico para celular

10−15 10−12 fm próton, nêutron

10−12 10−9 pm

comprimento de onda de raios gama e raios X, átomo de hidrogênio

10−9 10−6 nm

hélice de ADRN, vírus, comprimento de onda do espectro ótico

Escala humana

10−6 10−3 µm

bactéria, gotícula da água na cerração, cabelo humano[1]

10−3 100 mm mosquito, bola de golfe, bola de futebol

100 103 m humano, campo futebol americano, Torre Eiffel

103 106 km

Monte Everest, comprimento de Canal do Panamá, asteróide

Astronômico

106 109 Mm a Lua, Terra, um segundo-luz

109 1012 Gm Sol, um minuto-luz, órbita da Terra

1012 1015 Tm órbitas de planetas exteriores, Sistema Solar,

1015 1018 Pm um ano-luz; distância para Próxima Centauro

1018 1021 Em braço galáctico

1021 1024 Zm Via Láctea, distância para Galáxia Andrômeda

1024 ∞ Ym universo visível

Como 14 bilhões de anos-luz (14 x 109 anos x 365 dias/ano x 86.400 segundos/dia x 300 milhões de metros/s =) são 1,3 x 1026 m (na prática, 1026 m), desde a distância de Planck (10-35 m) até a maior distância visível (1026 m) temos (35 + 26 =) 61 degraus de base 10, para 20 (menos o universo, pois se chegarmos a ele não poderemos ir ao multiverso) degraus do modelo; foi posto na base de 3/1, isto é, cada degrau do modelo corresponde a 1.000 vezes o metro.

Certo, 60 degraus em potências de 10 escreve-se desse jeitinho: 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 (60 zeros: como já calculei, todo o universo cabe em 10-9 m, daí Stephen Hawking falar em Universo Numa Casca de Noz).

Mas, veja, enquanto tudo para cima está relativamente perto um do outro, quando se trata da distância dos quarks e da © (cê-bola) temos um precipício de (10-35 m/10-18 m) 17 degraus: 100.000.000.000.000.000 vezes. É um abismo! Só não o é para fora - algo dentro de quê se pudesse cair -, é para dentro. Visto corretamente, o universo é um grande vazio e em particular cada quark é composto potencialmente de uma nuvem, de um enxame de ©: essas indestrutíveis menores partículas ficam alvoroçadamente transitando por toda parte e compondo os tijolos de cima – uma vez compostos, os quarks integram os átomos (108, oito degraus: 100.000.000 vezes), que por sua vez compõem as moléculas e assim por diante.

Capítulo 3

Page 9: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Pirâmides

TRÊS PIRÂMIDESmacropirâmide (para cima)

(como Quéops, Quéfren e Miquerinos)

mesopirâmide (no meio: capacidade decifradora)

micropirâmide (para baixo)

Esse desenho acima e do meio quando ligeiramente modificado é conhecido com Estrela de Davi ou Selo de Salomão:

Capítulo 4

Page 10: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Entre αi e θi

FICAMOS ASSIM

(duas vistas, a de Deus e a da Natureza, de i, ELI, Elea, Ele-Ela; do fim para o começo e do começo para o fim – no fundo é a mesma coisa, pois i é um só); e uma terceira vista, do centro.

ômega Deus Pai final alfômega centro = CRISTO Filho ½ - meio

alfa Natureza Espírito Santo começo

BANDEIRA DO ESPÍRITO SANTO

Então, para cada Ui, para cada universo (inclusive este, que chamei de U0

1. pode acontecer o colapso nuclear quando os racionais se deparem com os níveis intermediários da Equação de Mundo (como a chamei);

) há um αθ (alfa -ômega, um trânsito) segundo o qual o desenho será (ou não) percebido. Muita coisa pode acontecer:

2. pode ocorrer de o orgulho se tornar prematuro (como quando, pouco antes do término do século XIX, já julgavam a física plenamente estabelecida), prostrando a sociedade num evolver medíocre;

3. podem calhar várias incompetências, levando a beco sem saída; 4. poderia ter acontecido de os hominídeos não terem emergido dos

primatas; 5. meteoritos poderiam ter extinguido a Vida toda (por duas vezes

chegaram a 70 % e a 99 % dessa chance há 65 e há 273 milhões de anos) ou a racionalidade dos neanderthais ou dos CRO-magnons;

6. governos poderiam se tornar incapazes e incapacitantes; 7. fés esdrúxulas talvez convencessem os racionais da

impropriedade de continuar indagando;

Page 11: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

8. e assim por diante, uma infinidade de variantes. COPIANDO A MESOPIRÂMIDE

15

(que vamos chamar em seu conjunto de “degraus de constituição” da racionalidade)

12.744 km diâmetro (Terra) mundo-planeta 14 4.500 km x 4.500 km (Brasil) nações 13 100 km x 400 km (ES) estados 12 10 km x 10 km (Vitória) cidades-municípios 11 1.000 m empresas (fábrica) 10 100 m grupos (quadra) 9 10 m famílias (casa) 8 2,0 m +- 0,5 m corpomentes-indivíduos

Eles chamaram de Zona de Habitação e eu (bem antes) de Toróide da Vida, pois é um anel em volta da estrela entre um mínimo (antes, para dentro, seria quente demais) e um máximo (depois, para fora, seria frio demais); provavelmente no sistema solar vai de “para fora de Vênus” a “para dentro de Marte”, mas não fica exatamente na atual posição da Terra.

Como vimos acima, nosso particular desenho crio-evolucionário (criativo-evolucionário, para agradar tanto aos criacionistas quanto aos evolucionistas) fica na faixa de 100 m (1 m) a 108 m (100.000.000 m ou 100.000 km) entre o racional e as dimensões do planeta (a Terra tem pouco mais de 1/10 disso, menos de 13,0 mil km); quanto à racionalidade, os humano-pigmeus (chamados de hobbits de Java) poderiam ter constituído civilização plena se as condições lhes fossem propícias – a Natureza esteve tentando.

OS HOBBITS DA INDONÉSIA

O volume e a massa cerebral podem não dizer grande coisa, porque o

que tem significado é a língua: o hobitt transferiria as tarefas à coletividade, quer dizer, às demais pessoas (de família a empresa), e aos ambientes as compreensões

Page 12: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

mais vastas, como também fazemos: não temos capacidades de deuses e nem porisso somos incapazes de construir navios com centenas de milhares de peças interconectadas em forma e função.

Em resumo, a Natureza esteve tentando furiosamente. Ela não é muito lógico-dialética, então realiza milhões de tentativas -

como no “programa espermatozóide” - até obter um resultado viável, que ela destaca, assim como a humanidade foi, mais ou menos, destacada até agoraqui.

Capítulo 5

Este Alfômega

A Natureza tem filhos de todos os tipos e capacidades e torce para que sobrevivam; luta por manter a todos, exatamente como as mães humanas.

lado da Natureza

A MOEDA É A MESMA, MAS OS LADOS SÃO OPOSTO-COMPLEMENTARES

lado do centro lado de Deus direção: muitas são as

direções postas no mesmo palco, e é criada

uma algazarra danada no lugar

são muitos, mas um recebe prioridade (se

falhar, outros assumirão): do palco, sim, mas para

cima

faz sentido (mas, se este fracassar não há peça de reposição): aqui haveria

enormes restrições à maioria

Para definir: i, o centro, não dá ponto sem nó, tanto garante o muito quanto o prioritário pouco.

ESTE alfômega, este centro que apareceu na Terra pega o projeto da Natureza e toma o projeto de Deus e os une num só, o que faz muito direção-sentido enquanto apoio vasto “unindo o sul e o norte”, como diz a música.

UNINDO O SUL E O NORTE (o poder e modo)

Asa Morena

ZIZI POSSI

Me faz pequena, asa morena me alivia a dor,

aliviando a dor que mata me faz ser teu amor (2X)

Me toma no crescer

de um beijo muito louco, me implodindo aos poucos

no universo a desvendar a vastidão do teu amor.

Page 13: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Me toma sem pensar num gesto muito forte

unindo o sul e norte do meu corpo, frágil corpo com a mais

pura emoção.

Me faz pequena, asa morena me alivia a dor,

aliviando a dor que mata me faz ser teu amor (2X)

Me toma no crescer

de um beijo muito louco, me implodindo aos poucos

no universo a desvendar a vastidão do teu amor

Me toma sem pensar

num gesto muito forte unindo o sul e norte do meu corpo,

frágil corpo com a mais pura emoção.

Me faz pequena, asa morena

me alivia a dor, aliviando a dor que mata

me faz ser teu amor

Me toma no crescer de um beijo muito louco,

me implodindo aos poucos no universo a desvendar a imensidão do teu amor

Me toma sem pensar

num gesto muito forte unindo o sul e norte do meu corpo,

frágil corpo com a mais pura emoção

Me faz pequena, asa morena me alivia a dor,

aliviando a dor que mata me faz ser teu amor (2X)

1. norte e sul (produçãorganização); A TERRA UNIDA NA COMPREENSÃO

2. leste e oeste (civilização); 3. dentro e fora (pertinência).

Page 14: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Capítulo 6 Centro

i. FID de indivíduos; FALTOU INTENÇÃO DE DESENHO

ii. FID de famílias; iii. FID de grupos;

iv. FID de empresas; v. FID de cidades-municípios;

vi. FID de estados; vii. FID de nações;

viii. FID de mundo.

É como disse Jesus: “eles não sabem o que fazem”. Lá no indivíduo não houve intenção nenhuma de desenho, os

primeiros apenas vinham vindo e iam vivendo; porém, quanto mais nos adiantamos, mais a intenção apareceu, até que hoje em dia muitas empresas já são bem planejadas – evidentemente, não como psicologia-do-modelo, mas mesmo assim bastante.

ESCRITÓRIOS DE DESENHO PSICOLÓGICO DE EMPRESAS

(ainda não há; contudo, temos muito bons planejamentos de arquitetura e engenharia)

E há algumas que são belas internamente, naquele sentido de bondosas para com seus funcionários, que estimam e protegem (até no melhor sentido de ganhar, ou de não perder).

No mais não sabemos de fato o que fazemos, mesmo com tanta evolução cultural; não conseguimos nem ver o cenário completo da criação, desde o cê-bola até o multiverso. Não estou copiando de ninguém: tive de ousar, mesmo sem as equações quando outros, mais elevados, é que deveriam ter feito as propostas.

Page 15: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Capítulo 7 Cortando Cê-Bola ©

Não é possível cortar o cê-bola, ele é a última instância da realidade, a

derradeira, a definitiva – pelo menos NESTE UNIVERSO. Outros desenhos, e teríamos outros cê-bolas. Para dentro deste ainda poderia haver espaço.

ESTE CÊ-BOLA

(há outros, maiores e menores – a chance maior é de estarmos na média)

Uo c (este universo) 0 (este cê-bola)

Capítulo 8 ET - Cabeça de Planck

O ET-cabeça (com as bolinhas em cima significando absoluto) de

Planck é uma partícula-absoluta, que chamei de campartícula (campo-partícula) fundamental.

É FUNDAMENTAL PENSAR NISSO

(sistema quadricoordenado 4D, com três dimensões espaciais e uma temporal – é a própria partícula temporal, além de ser a partícula espacial: constrói tanto o espaço quanto o tempo)

©

Page 16: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

CABEÇA DE PLANCK

(suponho que como homenagem deveriam dar o nome dele ao cê-bola, ©)

Capítulo 9 O Tremendo Abismo Dentro de Cada Um

Desse modo, dentro de cada molécula há átomos, no interior destes

quarks, para dentro dos quais cê-bolas: em particular há um micro-abismo dentro de cada quark com 17 ordens de grandeza. Visto de baixo, dos cê-bolas, é uma imensidão de espaço livre para zanzar. Uma enormidade mesmo.

Para os quarks não é tanto, de 10-18 para 10-10 (18-10 =) apenas oito ordens de grandeza nos átomos: os quarks não podem brincar tanto. Para os átomos menos ainda, somente uma ordem de grandeza.

ORDEM DE GRANDEZA

COLOCANDO ORDEM NA CASA DIFERENÇA PARTÍCULA

10-5 3 m células 10-8 1 m ADRN 10-9 1 m moléculas 10-10 8 m átomos 10-18 17 m subcampartículas (quarks)

Page 17: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

10-35 - m campartícula fundamental © (são os horizontes de Planck: horizonte temporal a 10-

44 s; este do lado é o horizonte espacial: no conjunto espaço e tempo de Planck ou ET-bola)

Em resumo: 1) átomos estão muito juntos nas moléculas e estas nos replicadores; 2) o ADRN tem maior liberdade na célula; 3) entre todos, os “grandes livres” são os quarks nos átomos, e os

cê-bolas (ou espaços-tempo de Planck) nos quarks – esses realmente dançam em salões gigantescos.

Eles dançam a “dança de Shiva” (na Rede Cognata Shiva = SV = PD = PODER = POWER e segue). Por quê é necessário - nos patamares inferiores - tanto espaço, tanto volume?

Tudo isso precisa ser explicado.

ciências TUDO ISSO

PIRÂMIDE DILATAÇÃO-SUBIDA

Mac

ropi

râm

ide

(exp

ansã

o)

N.5 Natureza

Cinco

no alto o inatingível multiverso;

embaixo o inatingível campartícula fundamental cê-bola ©

N.4 Natureza

Quatro

info

rmát

ica

e p.

4

Mes

opir

âmid

e (c

onst

itui

ção)

N.3 Natureza

Três

psic

olog

ia

e p.

3

N.2 Natureza

Dois

bio

logi

a e

p.2

Mic

ropi

râm

ide

(em

basa

men

to)

N.1 Natureza

Um

físic

a e

quím

ica

N.0 Natureza

Zero

Seja o que for que SE tenha FEITO (chamam de Deus, preferi chamar de i = ELI = Elea, Ele-Ela, Deus-Natureza), neste nosso universo em particular colocou 61 degraus e dispôs de (17 + 8 =) 25 para os cê-bolas e os quarks; isso dá (25/61 =) 41 % da construção como fundação. Alguém disse que Deus deve gostar muito dos insetos para ter feito tantos deles (vão de 10 a 100 milhões as espécies que se presume existir na Terra; só no Brasil estimam existir 20 milhões de espécies). Fora os insetos, Deus parece gostar de quarks e cê-bolas, pois lhes deu uma quantidade grande de ordens de grandeza para se espalhar: 25 no total, enquanto nós, por assim dizer (sem sermos ingratos), vivemos em casas apertadas.

são um e o m

esmo

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Capítulo 10 Tocando o Coruscante Abismo

Não podemos tocar o metaverso de i não-finito, nem o cê-bola, mas

podemos vê-los matematicamente ou diamatematicamente (dialógico-matematicamente). Podemos estudar e ver através das equações. Como é o cê-bola, diamatematicamente visto? É possível que existam não-finitos cê-bolas. Só as equações vão mostrar.

Serra, domingo, 20 de setembro de 2009. José Augusto Gava.

ANEXOS Capítulo 10

Marc Dourojeanni foi professor e decano da Faculdade Florestal da Universidade Nacional Agrária de Lima, Peru e Diretor Geral Florestal desse país. Atualmente é

Presidente da Fundação ProNaturaleza. Insetos e meio ambiente

23/04/2008, 15:04 O biólogo O. E. Wilson, de Harvard, diz que os insetos são tão importantes que se viessem a desaparecer, a humanidade provavelmente não sobreviveria além de

uns poucos meses. Uma afirmação tão taxativa, de um dos mais famosos cientistas dos tempos modernos, merece atenção. Por isso, nesta nota, se revisa

algumas das razões que motivaram Wilson a fazê-la.

Diversidade e biomassa

A discussão sobre quais são os grupos animais mais diversos é longa e não tem até agora conclusões definitivas. Pode ser que sejam os insetos, mas outros afirmam que a diversidade marinha é bem maior. Para complicar as coisas, existem outros

que consideram que as diversidades dos vírus, bactérias e outros microorganismos são ainda maiores. Nessa discussão deve se levar em conta que a diversidade

marinha exibe diferenças mais extremas, que determinam um grande número de classes. Mas, não existe no mar uma só classe que, como os hexápodos ou

insetos, reúnam tantas espécies. De outra parte, os microorganismos, em especial os vírus, têm uma capacidade mutante enorme que, na prática, implica em novas espécies em poucas gerações, que muitas vezes são efêmeras. Por essas razões,

entre outras, não é possível comparar os insetos com esses outros grupos.

O número de espécies de insetos no mundo é muito discutido. As cifras estimadas vão desde poucos milhões até 30 milhões e até a mais de 100 milhões de espécies, segundo o entusiasmo dos autores. Porém a maioria deles situa este número ao

redor de 10 milhões de espécies. Vale a pena compreender a explicação de diferenças tão grandes nas estimativas. Por exemplo, o pulo de 10 milhões para

mais de 30 milhões de espécies respondeu a descobertas como a do cientista Terry Erwin, confirmada na selva próxima a Manaus e no Parque Nacional Bahuaja-

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Sonene (Madre de Deus, Peru), onde confirmou que os insetos das copas das árvores são diferentes dos que ocupam nichos mais baixos. Como cada espécie

florestal tem uma fauna entomológica bastante específica e que existe, apenas na Amazônia, mais de 70.000 plantas superiores, grande parte delas de árvores,

basta fazer uma multiplicação para chegar a essa estimativa.

Qualquer que seja a realidade sobre o número de espécies de insetos, trata-se de um número enorme. Delas apenas 900.000 a um milhão foram identificadas. Mais

da metade são coleópteros (500.000 espécies), seguidos de longe pelos himenópteros (115.000 espécies). De qualquer modo isso representa nada menos

que 85% dos animais conhecidos no planeta. Dos 25% restantes a maioria é de outros artrópodes. Somente 43.259 são vertebrados dos quais 4.629 são

mamíferos e 9.040 aves. Tem mais espécies conhecidas de odonata (libélulas) que de mamíferos, que de outra parte são na sua maioria ratos e morcegos e, tem

muito mais de lepidópteros que aves.

Outra forma de perceber a onipresença dos insetos é sabendo que em apenas um hectare de floresta tropical ocorrem mais de 42.000 espécies, incluindo mais de 50 espécies de formigas em apenas um metro quadrado e que nesses inventários não se incluem os insetos das copas das árvores. Diversidade é um aspecto e outro é o

número de indivíduos. Os insetos também disputam vantajosamente seus números contra os de outras classes de animais. O número mais frequentemente

citado é o de que existem, em qualquer momento, mais de 10 quintilhões de indivíduos, ou seja, o equivalente a 200 milhões de insetos por ser humano. Todo mundo espera encontrar muitos insetos nas selvas, mas não esperam tanto que o

número de insetos que flutuam na água ou que são transportados pelo ar seja igualmente fenomenal. Já se coletaram 30.033 exemplares voando acima de Lousiana (EUA), incluindo insetos sem asas e aranhas. Quem fez esse estudo

estimou que acima de 15 metros do solo, cada 1,6 km³ de ar contem uma média de 25 milhões de insetos e outros artrópodes.

Um estudo, na Carolina do Norte (EUA), revelou a existência de 124 milhões de animais nos primeiros 7 centímetros de solo por acre (0,4 hectare), dos quais a maioria eram ácaros, seguido de colêmbolos (uma ordem de insetos) sendo o

resto de outros insetos. Uma réplica deste estudo na Pensilvânia (EUA) achou 425 milhões de animais por acre, dos quais 209 milhões eram ácaros e o resto insetos,

dominados pelos colêmbolos (119 milhões). Apenas una família de besouros, os elatéridos, mostrou ter de 3 a 25 milhões de indivíduos por acre.

Embora a zoomassa (o peso dos animais) das florestas tropicais, especialmente da

Amazônia, seja modesta se comparada à sua fitomassa (990 toneladas/hectare), se registrou nesse bioma de 64 a 210 quilogramas/hectare de animais, incluindo

até as antas e jacarés, dos quais 79% são ácaros, colêmbolos, térmitas e formigas. Os vôos do gafanhoto do deserto Schistocerca gregária cobrem centenas de

milhas quadradas de uma vez. Calculou-se que pode haver, nessas migrações, 300 milhões de gafanhotos que pesam umas 500 toneladas ar por cada milha

quadrada de terreno.

O fato é que, sem considerar as extraordinárias e às vezes gigantescas estruturas

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dos insetos, em especial as dos cupins e formigas, seu peso total no mundo é muitas vezes maior que o peso de todos os humanos.

Insetos e evolução

A questão neste ponto é: Como seria o mundo sem insetos? A resposta não é fácil

porque, de uma parte, se não existissem insetos, algum outro grupo de seres vivos teria, sem dúvida, tomado seu lugar na natureza. Mas para explicar o que

passaria com o ser humano se os insetos desaparecessem, precisamos saber o que é que aportam à situação atual da vida no planeta.

Em primeiro lugar a vegetação, que é o alimento primário da vida através da

fotossíntese não iria ser como é hoje. A falta de inimigos naturais, em especial aqueles que os humanos denigram como pragas permitiriam a proliferação de poucas espécies de plantas o que eliminaria outras, reduzindo drasticamente a

diversidade vegetal e a partir daí a de todos os animais. Quiçá, o mundo seria um pouco como, aparentemente, era há uns 350 milhões de anos, antes do

Carbonífero, Era na qual os insetos começaram a atuar em forma intensa e a diversificar a vida na terra. A vida no planeta seria muito mais simples, embora possivelmente muito menos favorável aos vertebrados terrestres e ao homem

que, talvez, nem teria conseguido existir. Dito de outro modo, os insetos são um fator chave de seleção natural e, por isso, a natureza não seria como é hoje sem

eles.

Os insetos, com relação às plantas, têm outras funções menos evidentes, mas não menos importantes. Assim, se estima que 80% das plantas com flores, ou seja, umas 240.000 espécies dependem da polinização por insetos. Portanto, por

exemplo, na América do Norte, 25% das aves e muitos dos mamíferos, incluídos os ursos, que dependem de frutas e sementes para sua existência, poderiam não

existir sem os insetos que as polinizam. Com relação à humanidade basta recordar que dois terços dos cultivos, que providenciam de 15 a 30% dos alimentos e

bebidas consumidos, também dependem da polinização. Por isso é que o mundo tremeu quando foi descoberto que as abelhas domésticas, que fazem grande

parte da polinização das plantas cultivadas, estão sendo vítimas de graves problemas que põem em risco a sua sobrevivência. Diga-se de passagem, que esse

assunto ainda não foi resolvido e é uma ameaça para o futuro.

Outro rol ecológico chave dos insetos é a sua intervenção decisiva nos ciclos biogeoquímicos que possibilitam a vida. Sem eles a matéria orgânica levaria muito mais tempo para ser reciclada demorando os processos vitais. Para entender isso

se pode mencionar que uma só lagarta do lepidóptero Antheraea polyphemus, pode consumir 86.000 vezes seu próprio peso desde seu nascimento até menos

de 2 meses. A decomposição da madeira pelas térmitas e outros insetos é vital em termos de reciclagem de nutrientes. De outra parte, obviamente os insetos são

uma das principais fontes de alimentos para outras espécies.

Impactos dos insetos sobre a espécie humana

Os insetos, evidentemente, são competidores agressivos por comida. Como bem

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se sabe, estimar as perdas mundiais por ataques de pragas e pestes antes e depois das colheitas é muito difícil. Ainda assim, tudo indica que metade das colheitas mundiais se perde por essa causa. No caso do arroz, a perda é estimada em 26

milhões de tonelas/ano apenas por insetos. Em países africanos as perdas anuais são muito maiores que a média mundial e, literalmente, os humanos vivem do que

as pragas deixam. Este fato, de uma parte, deveria dar que pensar para àqueles ecologistas extremistas que acreditam que a humanidade pode sobreviver sem

pesticidas. Mas, de outra parte, obriga os que preferem usar pesticidas a reconhecer que, apesar de que os pesticidas mal controlam as pragas, as previsões mais pessimistas da Rachel Carson (autora do livro “Primavera

silenciosa”) não estão longe de ter-se cumprido. Nesse sentido, contrariamente ao que os ecologistas radicais acreditam, os organismos geneticamente modificados

são mesmo mais uma oportunidade do que uma ameaça.

Mas o conceito de praga é sumamente relativo. Na verdade é um conceito estritamente econômico, ou seja, antropocêntrico. Os insetos, como qualquer

espécie animal, reagem ao estimulo da abundância de alimentos, se reproduzindo em quantidades maiores onde e quando a comida é mais abundante. A lógica do fato é controlar uma superpopulação que neste caso é artificialmente produzida

pelo ser humano quando faz agricultura. As monoculturas, ecologicamente falando, são equivalentes a uma “praga”, ou seja, populações excessivas ou

anormais de plantas de uma espécie. Os insetos se transformam em “pragas” para controlar outra “praga”.

Ao mesmo tempo em que os insetos competem com os humanos pela comida,

são seus principais aliados para evitar perdas ainda maiores. Essa realidade tem o nome de controle biológico, quer seja natural ou induzido pelo homem. Um par de exemplos basta para demonstrar sua relevância. Uma larva de coccinelídeo, após sua quarta muda consome, em média, 50 milhões de pulgões (afídeos) por dia. A

formiga predadora Formica polyctena, vive em colônias com 2 a 3 milhões de indivíduos que coletam 0,9 quilogramas de alimento por dia durante pelo menos

200 dias por ano, ou seja, que eliminam 181 quilogramas de insetos por ano. O exemplo dos afídeos é importante para demonstrar que alguns insetos nos salvam

dos seus congêneres não só em relação à nossa comida, mas à nossa própria sobrevivência no planeta. Com efeito, vale repetir o exemplo clássico do Herrick

sobre o que ocorreria se não existissem inimigos naturais dos pulgões. Este entomólogo calculou que uma só fêmea partenogenética (dessas que se

reproduzem sem machos) do pulgão da couve poderia gerar, em apenas um ano, uma descendência que cobriria com uma espessa capa toda a superfície da terra, asfixiando toda a vida. Outro entomólogo famoso, Sabrosky, fez um cálculo com conseqüências semelhantes a partir da descendência da mosca doméstica sem

inimigos naturais.

Obviamente, pode se considerar também como serviços agrícolas a participação dos insetos na polinização, que se comentou antes, assim como a produção de

alimentos como o mel ou outros produtos como a seda. A importância direta dos insetos na dieta humana obrigou aos colonizadores europeus da África a ditar leis

estritas para proteger certas espécies contra a coleta excessiva, de modo a garantir essa fonte de alimentos para determinados grupos tribais.

Page 22: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Os insetos também devem ser vistos, por bem ou por mal, como modeladores da história humana através das pragas, com registros bíblicos e através de todas as

épocas seguintes, como com a propagação de enfermidades como a peste bubônica, tifo, febre amarela, malária e outras febres semelhantes, dengue,

enfermidade do sono, mal de Chagas etc. Grandes revoluções e migrações foram provocadas pela fome ou pelas enfermidades originadas por insetos e os

resultados de muitas guerras também foram influenciados por enfermidades propagadas por insetos, como a febre amarela no caso da guerra México/EUA,

diversas enfermidades nas guerras napoleônicas e o tifo na guerra franco-prussiana e na primeira Guerra Mundial. A destruição dos ecossistemas naturais da

África foi uma conseqüência do controle da mosca “tse tse”, vetor da enfermidade do sono. O sofrimento humano está intimamente ligado aos insetos.

Visto desde um ângulo demográfico, os insetos e as enfermidades que transmitem, são um elemento do equilíbrio da população humana. Apenas a malária elimina entre 1,5 a 2,7 milhões de pessoas a cada ano. Sem insetos é

possível que a população humana tivesse explodido há muito tempo.

Os insetos, vistos de um ângulo ambiental, são importantes provedores de serviços ambientais. Os cientistas Losey e Vaughan estimaram com grande

meticulosidade o valor dos serviços ambientais proporcionados pelos insetos nos EUA. Calcularam os aportes dos insetos desde aqueles que devolvem ao solo os

excrementos do gado (volatilizando o nitrogênio, removendo fezes das folhas que são alimento, reduzindo a presença de parasitas e moscas que molestam o gado, etc.), da polinização por espécies nativas (não incluíram as abelhas domésticas),

do controle natural de pragas agrícolas e florestais, dos aportes dos insetos à pesca comercial e esportiva (insetos como alimento) e à caça esportiva de pequeno porte e ao ecoturismo através do bird watching de aves que se

alimentam de insetos. Assim chegaram a muito respeitável soma de 56 bilhões de dólares anuais.

Finalmente, os insetos são uma fonte inesgotável de conhecimentos científicos

tanto diretamente como porque seus ciclos de vida são muito curtos, fazendo-os essenciais para a pesquisa genética e ecológica, em especial na área da dinâmica

de populações e análise dos fatores dependentes da densidade. As peculiaridades anatômicas, fisiológicas e bioquímicas dos insetos, fruto da sua adaptação aos

mais diversos e extremos ecossistemas e condições de vida, são uma constante inspiração para a ciência. Grande parte das patentes obtidas pelo Inbio da Costa

Rica, entre outras instituições similares no mundo, foram decorrências diretas do exame aprofundado de insetos.

Uma aplicação relativamente recente dos insetos é como indicadores de

qualidade ambiental. Sua presença ou ausência, sua distribuição, densidade, tamanho, etc., permitem definir a saúde do hábitat o do ecossistema,

especialmente com relação a contaminantes do ar, solo e água. Também se lhes está usando com ótimos resultados para determinar o impacto do uso da terra.

Impactos da espécie humana sobre os insetos

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A diversidade, abundância e enorme capacidade reprodutiva dos insetos podem fazer acreditar que são imunes à ação humana. E, devido à escassa informação sobre os insetos em geral (apenas de 3 a 10% têm sido identificados, de acordo com as estimativas moderadas sobre o número de espécies) é evidente que a maior parte dos insetos que desaparecem não está registrada. Assim, a UICN

(União Internacional para a Conservação da Natureza), através da sua Comissão especializada na sobrevivência das espécies, apenas registra 72 extinções de insetos, ao lado de centenas de extinções confirmadas de espécies de outras classes de animais, cuja diversidade é muito menor. Isso se deve, em parte, ao

rigor que a UICN aplica para aceitar a inclusão de uma espécie na lista de extintas. Mas ainda assim, as listas de espécies ameaçadas de extinção no mundo ou uma maior parte dos países grandes, registram alguns milhares de mamíferos, aves e

répteis, porém apenas umas centenas de insetos (745 espécies na Lista de 2004 da UICN).

Ademais do fato de que não se pode registrar o desaparecimento do que não se conhece, deve se considerar a dificuldade de demonstrar a extinção de um ser

pequeno e inconspícuo que poucos humanos conseguem identificar. Para ilustrar basta comparar os “gritos ao céu” de milhões de humanos pela raridade das

baleias, dos tigres e ursos pandas ou de elefantes e rinocerontes, animais que todo mundo conhece e ama, com o silêncio absoluto que acompanha a extinção

de insetos que a gente nunca viu. A metade dos insetos conhecidos foi registrada em base a um só indivíduo e de apenas um lugar de coleta. A extinção de inseto

mais famosa foi a do lepidóptero chamado xerces azul de Califórnia (Glaucopsyche xerces) que se documentou desde 1875.

A principal causa de extinção dos seres vivos, no planeta, é a destruição ou

alteração drástica dos ecossistemas. Falando de insetos, o já relativo conceito de ecossistema que foi moldado desde a perspectiva humana, é duplamente relativo,

pois, pelo seu tamanho, os ecossistemas de muitos insetos não passam do que equivale a um hábitat ou, ainda menos, para espécies de maior tamanho. Quando

se sabe que 30% da Amazônia não existem mais como selva tropical; que a Floresta Atlântica do Brasil está reduzida aos 6 ou 7% do original e; que das florestas de

Araucária restam 3% do que foram apenas a um século, fácil é imaginar o enorme número de habitats que já desapareceram totalmente da face da Terra, com quase todos os seres vivos que continham especialmente os insetos. Como as pesquisas

do antes citado Erwin demonstraram, a copa de cada espécie de árvore atua, ecologicamente, como uma ilha, com um conjunto de espécies endêmicas. Mas o endemismo, por exemplo, nas condições de altitude média no lado oriental dos Andes, é extremo até em plantas, mamíferos e aves e, evidentemente, é ainda

maior em invertebrados. Em conseqüência, é previsível que a extinção de insetos nesses locais tem as proporções de uma hecatombe.

No caso dos insetos, a destruição dos ecossistemas e habitats é apenas um fator

de extinção. Somam-se outras, como o grande número de insetos especialistas ou dependentes de micro habitats ou de partes de determinadas plantas; o impacto

de espécies invasoras, incluídas as introduzidas voluntariamente pelo homem como controladores biológicos; a co-extinção ou a extinção recíproca no caso de

insetos dependentes de outros (por exemplo, insetos parasitos de vertebrados ou

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de outros insetos) ou de plantas (hospedeiras) para sua sobrevivência; a contaminação ambiental, com o uso indiscriminado de inseticidas que afetam

plantas que não são objeto do tratamento e: evidentemente, as mudanças climáticas, entre outros fatores. Todos estes impactos são mais graves quando se

produzem em ilhas, onde os casos de extinção provável de insetos estão mais bem documentados Em ilhas, ademais, a base genética de cada espécie é muito mais limitada que nos continentes. O caso análogo melhor documentado é o da

perda das 4 espécies de aves que polinizam a árvore Freycinetia arbórea do Havaí que foram extintas nessas ilhas. A planta se salvou apenas porque outra ave

introduzida substituiu essa função. Mas, outras plantas dessas ilhas não tiveram tanta sorte quando 33% das aves das ilhas havaianas desapareceram em

conseqüência da presença européia. Reportam-se 52 espécies de abelhas silvestres e 26 espécies de mariposas noturnas endêmicas do Havaí como extintas.

Os cientistas Pimm e Raven, no ano 2000, estimaram que 100.000 espécies se

extinguirão até 2050, por milhão de espécies existentes, tão somente por perda de seus habitats. Dessas 57.000 seriam insetos. Mas, outros autores têm

estimados de extinção muito mais elevados, coisa que parece altamente provável, especialmente sabendo a situação dramática das florestas tropicais, onde se

concentra a maior parte da entomofauna. A UICN registra, por exemplo, que 129 pássaros se extinguiram durante os últimos 500 anos essencialmente pela mesma causa, ou seja, a destruição de habitats. Aplicando essa mesma proporção de aves conhecidas e aves extintas a insetos e considerando a existência de 3,4 milhões de

espécies, devem ter sido extinguidas já umas 44.000 espécies de insetos.

O impacto humano sobre os insetos não tem somente provocado a extinção de um enorme número de espécies. Também ocorre algo parecido ao contrário

quando, por exemplo, cria condições para a multiplicação de insetos nas suas áreas urbanas. Basta mencionar a relação íntima entre os humanos e as baratas e moscas ou; os casos do mosquito transmissor do dengue em água empoçada nas

residências ou permitindo que térmitas e formigas do trópico e sub-trópico invadam climas temperados e frios por conseqüência da calefação, ou quando a

manipulação da população de uma praga fomenta a proliferação de outras, devido, por exemplo, à eliminação involuntária de seus inimigos naturais. E,

quando o uso de pesticidas atua como fator de seleção permitindo uma diversificação genética favorável para a espécie, o impacto humano está no

caminho da diversificação da entomofauna apesar de que, feito dessa forma, é contrário para seu próprio interesse.

Conservação da entomofauna

Proteger os insetos é do ponto de vista ético, tão importante como proteger

qualquer outro componente da fauna. Aos aspectos morais somam-se todos os outros que justificam a conservação da natureza em geral, inclusive as razoes

econômicas, que neste caso são particularmente importantes. Insetos benéficos podem ser descobertos, sustâncias químicas importantes podem ser encontradas,

assim como podem ser descobertas toda classe de utilidades e aplicações derivadas da sua anatomia, fisiologia ou hábitos.

Page 25: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

Em princípio, conservando amostras representativas dos ecossistemas naturais se conservam também amostras da entomofauna. Dito em outra forma, um bom

sistema de áreas protegidas deveria conservar o grosso da entomofauna. Lamentavelmente, há evidências de que isso nem sempre funciona. De uma parte,

os insetos aquáticos que estão entre os mais ameaçados, raramente são bem protegidos inclusive dentro das áreas protegidas devido a influências externas ou à permissão de navegação e às vezes de pesca. Ademais, grande parte das águas

simplesmente não pode ser protegida devido à pressão social pelo seu uso e à elevada densidade humana perto delas. Assim mesmo, os insetos demonstram

maior susceptibilidade às mudanças climáticas que outras espécies, complicando muito a possibilidade de protegê-los bem. O problema é maior na região holártica onde a maior parte do espaço está agora cultivada. Lá a qualidade do hábitat e o

isolamento são os fatores determinantes para a sobrevivência.

São poucos os exemplos de áreas protegidas estabelecidas especialmente para proteger invertebrados. Dentre eles destacam, no Brasil, a Reserva Biológica

Estatal de Jacarepaguá para proteger a borboleta endêmica Parides orophonus e a Estação Ecológica Tripui para proteger o peripato (Peripatus accacioli, que não é

um inseto) e no México, a Reserva Monarca, para conservar os locais de descanso migratório da borboleta Danaus plexipus. No Peru merecem serem mencionados os parques nacionais Cutervo e Tingo María, que protegem centenas de espécies

raras de insetos cavernícolas associados aos guacharos (Steatornis caripensis).

O problema é que hoje, como bem se sabe a diversidade genética não pode ser conservada unicamente com base nas áreas protegidas, sendo necessário

constituir corredores biológicos ou ecológicos que permitam o intercâmbio de material genético, evitando o isolamento. Há evidências que, apesar do seu menor

tamanho, esta necessidade existe também para os insetos. Construir esses corredores, num planeta cada vez mais densamente ocupado, é uma tarefa muito

difícil. A proliferação de borboletários e insetários, o que pode se assimilar a conservação ex-situ

, pode ajudar a proteger uma fração pequena das espécies desta classe, mas, também pode submeter algumas das espécies exibidas a uma

pressão de captura elevada e arriscada. Quando mal manejados esses borboletários e insetários se convertem em focos de infestação para as espécies

silvestres.

O autor espera que, pelo menos, os leitores passem a olhar com maior atenção o pequeno mundo que os rodeia. Inclusive aqueles bichos incômodos que vão sucumbir sob sua palmada ou que vão ser envenenados pelos inseticidas que

estão prestes a aplicar. Esses bichos antipáticos (é verdade!) são apenas a ponta de um fenomenal iceberg de assuntos que não podemos ignorar.

Baú do tesouro Colunista mostra como o Brasil pode se beneficiar de sua imensa diversidade

biológica

Imagine encontrar um baú repleto de riquezas que o tornem muito rico e você simplesmente deixá-lo para que outros o peguem ou para que ele se perca. É

praticamente isso o que vem ocorrendo com o Brasil. Fomos privilegiados com a riqueza enorme representada pela diversidade biológica de nossas florestas, mas

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elas vêm sendo destruídas rapidamente. Mas como a biodiversidade biológica pode fazer com que nós brasileiros tenhamos uma vida mais confortável?

Saber quais espécies vivem em nosso planeta sempre nos interessou, mas a análise sistemática dessa questão

iniciou-se apenas no século 18, quando muitos aristocratas europeus investiram parte de sua fortuna para coletar animais e plantas pelo mundo afora. Essas expedições

movimentaram verdadeiras fortunas e fizeram homens milionários após a descoberta de um exemplar valioso.

Porém, apesar de estarmos “colecionando” espécies há três séculos, até hoje não sabemos exatamente quantos

organismos convivem conosco em nosso planeta. Estimativas realizadas por Parker e colaboradores em

1982 afirmavam haver cerca de 1,4 milhões de espécies na Terra. Porém, é possível, segundo a opinião de Edward

Wilson – um dos maiores biólogos do século 20 e fundador da sociobiologia – que existam cerca de 5

milhões de espécies vivas em nosso planeta. Esse número de espécies parece grande, mas é relativamente pequeno perto das cerca de 30 bilhões a 4 trilhões de espécies que,

segundo Collin Tudge, em seu livro A variedade da vida , estima-se que já viveram – e se extinguiram – em nosso

planeta.

Essa estimativa da biodiversidade global pode estar muito aquém da realidade, como mostrou uma pesquisa realizada em 1982 por Terry Erwin, do Instituto Smithsoniano (Washington – EUA) nas florestas tropicais do Panamá. Em seu trabalho, os pesquisadores coletaram e identificaram todos os besouros que

caíram das copas de algumas árvores borrifadas com inseticida. Erwin e colaboradores compararam o número de espécies encontradas com o número

estimado de espécies de árvores existentes nas florestas tropicais e com a representatividade dos besouros em relação a outros insetos e estimaram que

existem cerca de 30 milhões de espécies de insetos viventes.

Controvérsia As estimativas de biodiversidade da equipe de Erwin são ainda foco de um debate

acalorado e reavaliações mais conservadoras. Apesar disso, está bem estabelecido que grande parte da biodiversidade global está presente nas

florestas tropicais úmidas, como a floresta amazônica e a mata atlântica. Esses dois biomas tornam nosso país o campeão mundial de biodiversidade.

Papagaios brasileiros desenhados pelo

naturalista alemão Johann Baptiste von Spix (1781-1826), que participou da missão

científica austríaca que esteve no Brasil

entre 1817 e 1820, coletando espécimes

para museus europeus.

Comunidade de

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Uma pesquisa realizada por três pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP, em Piracicaba/SP) e publicada

em 30 de junho na revista Science acrescentou mais polêmica ao debate sobre a biodiversidade. A equipe

identificou as espécies de bactérias presentes em folhas de três espécies de árvores da mata atlântica por meio da seqüência de DNA dos ribossomos e mostrou que

cerca de 97% das espécies encontradas são desconhecidas pela ciência e que 99,5% das espécies de

bactérias são únicas para cada espécie de árvore. Comunidades inteiras desses seres convivem nesses micro-hábitats.

Extrapolações produzidas a partir dessas descobertas indicam que podem existir astronômicas 13 milhões de espécies de bactérias – quase todas desconhecidas –apenas na superfície das folhas de plantas da mata atlântica! Mas de qual seria o

valor de uma espécie e que porque preservar um ser minúsculo desses pode fazer de você uma pessoa mais rica?

Biotecnologia

As bactérias e organismos de outros grupos são rotineiramente utilizados para a produção de produtos biotecnológicos úteis para a humanidade. Basta lembrar

que, atualmente, a grande maioria dos produtos farmacêuticos que utilizamos – e que rendem bilhões de dólares anuais aos detentores de suas patentes – são de

origem microbiana. A importância da conservação desse patrimônio genético tende claramente a

crescer no futuro. Dessa forma, o país que tiver a maior biodiversidade poderá estar dando as cartas – desde que também invista na pesquisa desses compostos! Além disso, muitos organismos vivos desempenham papéis cruciais ainda pouco

compreendidos no equilíbrio ecológico e sua extinção pode prejudicar um número enorme de outras espécies, inclusive nós mesmos. Por essas razões, é sem dúvida, muito mais inteligente não desperdiçarmos nossas riquezas (em desmatamentos,

queimadas etc.) para obtermos lucros imediatos, mas inferiores ao que poderíamos conseguir com a exploração racional dos benefícios dessa

biodiversidade. Jerry Carvalho Borges Colunista da CH On-line

22/09/2006

microrganismos que habitam as folhas de

árvores da mata atlântica. Clique na

imagem para ler mais sobre o estudo (foto: Robinson Moresca de

Andrade / PPG Microbiologia

Agrícola – Esalq/USP).

Quantas espécies de insetos existem no mundo? Não existe um consenso entre os entomologistas - biólogos especialistas no estudo dos insetos - a respeito desse número, mas as estimativas giram entre 5 milhões e 10 milhões, sendo que somente uma pequena parte já foi catalogada. "Até hoje, foram descritas aproximadamente 1 milhão de espécies, mas não se sabe com exatidão quantas ainda estão para ser descobertas", afirma o entomologista Roberto Zucchi, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP). Os insetos pertencem ao filo dos artrópodes, do qual também

fazem parte as aranhas e os crustáceos, e formam a maior e mais bem-sucedida classe (Insecta) do reino animal. Altamente adaptáveis, eles são capazes de viver

em terra firme, águas doces, salgadas e termais e podem ser encontrados por todo

Page 28: Desenhando nos Degraus das Pirâmides

o planeta, das gélidas regiões polares aos desertos. Juntos, besouros, moscas, formigas, baratas, cupins e todos os outros insetos

representam cerca de dois terços das espécies animais existentes no planeta. Se nem o número exato de espécies desses pequenos seres é conhecido, fica

impossível estimar qual é a população total deles no planeta, embora não restem dúvidas de que sejam bem mais numerosos que os 6 bilhões de seres humanos. Da

mesma forma, os entomologistas não chegaram a um consenso sobre a classificação desses bichos. "Não existem catalogações recentes para todos os

tipos de insetos. E, como eles formam um grupo muito extenso, os números são discrepantes", diz o entomologista Sérgio Antônio Vanin, da USP. Uma das

classificações divide a classe dos insetos em três grandes subclasses: Apterygota, Exopterygota e Endopterygota, que, por sua vez, ramificam-se em 31 ordens, como

mostra o diagrama abaixo. Família grande

Esses pequenos animais podem ser divididos em três grupos Classe: insecta

Faz parte do filo dos artrópodes. Os animais dessa classe distinguem-se dos demais artrópodes por terem, em geral, três pares de extremidades locomotoras na fase

adulta Subclasse: endoptergota

São insetos com asas que passam por um ciclo completo de metamorfose (mudança de forma ou estrutura do corpo)

ORDENS: 10 (Coleoptera, Diptera, Hymenoptera, Lepidoptera, Megaloptera, Mecoptera,

Neuroptera, Siphonaptera, Strepsiptera e Trichoptera) ESPÉCIES: cerca de 805 mil

Exemplos: moscas, abelhas, borboletas e formigas Subclasse: pterygota

Esses animais são caracterizados por não terem asas ORDENS: 5

(Diplura, Protura, Collembola, Zygentoma e Archaeognatha) ESPÉCIES: cerca de 8 mil

Exemplos: proturos e colêmbolos Subclasse: Exopterygota

Insetos com asas cuja metamorfose tem um ciclo incompleto ORDENS: 16

(Anoplura, Ephemeroptera, Mallophaga, Odonata, Plecoptera, Dictyoptera, Isoptera, Psocoptera, Dermaptera, Hemiptera, Grylloblattodea Orthoptera,

Thysanoptera, Embioptera, Phasmida e Zoraptera) ESPÉCIES: cerca de 132 mil

Exemplos: baratas, grilos, gafanhotos e cupins Total de espécies: cerca de 945 mil