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DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Capítulo 9

Circuitos de Segunda Ordem

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9.1 Circuitos com Dois Elementos Armazenadores

Circuito com dois indutores, onde deseja-se obter a corrente de malha i2:

gviidt

di =−+ 211 4122

1 H4 Ωvg

8 Ω

+− i1 i2

2 H

0414 22

1 =++− idt

dii

+= 22

1 441

idt

dii

dt

d

+=

dt

di

dt

id

dt

di 222

21 4

41

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gviidt

di

dt

di

dt

id =−

++

+ 22

2222

244

412

442

gviidt

di

dt

di

dt

id =−+++ 2222

22

241232

21

gvidt

di

dt

id21610 2

222

2=++ Equação diferencial

de 2ª ordem

Circuitos de 2ª ordem normalmente possuem 2 elementos armazenadores de

energia.

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Existem exceções à regra de que circuitos com 2 elementos armazenadores

são representados por equações de 2ª ordem.

Exemplo:

Equações nodais:

Com o nó de referência escolhido, as tensões v1 e v2 resultam em duas

equações diferenciais de 1ª ordem desacopladas.

gvvdt

dv =+ 11

gvvdt

dv22 2

2 =+

vg

1 Ω+− v1

2 Ωv2

1 F 1/4 F

01

1 11 =−

+ gvv

dt

dv

024

1 22 =−

+ gvv

dt

dv

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9.2 Equações de 2ª Ordem

Equação genérica de 2ª ordem:

onde os ai são constantes reais.

Solução: resposta completa é igual a soma da resposta natural com a resposta

forçada, x = xn + xf .

x deve conter também duas constantes arbitrárias para satisfazer as duas

condições impostas pela energia inicial armazenada em cada um dos elementos

armazenadores.

( )tfxadt

dxa

dt

xd =++ 012

2

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Resposta natural xn:

Resposta quando f(x) = 0, ou seja, a resposta deve satisfazer a equação:

Como cada termo da equação contém xn, no mesmo grau, o membro da direita

pode ser assumido como 0xn (equação homogênea).

Resposta forçada xf:

A resposta deve satisfazer a equação original:

( )tfxadt

dxa

dt

xdf

ff =++ 012

2

0012

2=++ n

nn xadt

dxa

dt

xd

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Somando as duas equações e rearranjando os termos, obtemos

A resposta natural contém duas constantes arbitrárias e a resposta forçada não.

resposta natural ≡ solução complementar

resposta forçada ≡ solução particular

( ) ( ) ( ) ( )tfxxaxxdt

daxx

dt

dfnfnfn =+++++ 012

2

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Exemplo: Mostre que e são soluções de

Substituindo na expressão acima resulta:

0652

2=++ x

dt

dx

dt

xd

( )tAx 2exp11 −= ( )tAx 3exp22 −=

( )[ ] ( )[ ] ( )

( )[ ] ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) 02exp102exp10

2exp62exp102exp4

2exp62exp102exp2

2exp62exp52exp

11

111

111

1112

2

=−−−

=−+−−−

=−+−−−−

=−+−+−

tAtA

tAtAtA

tAtAtdt

dA

tAtAdt

dtA

dt

d

( )tAx 2exp11 −=

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Substituindo na expressão anterior resulta:

( )[ ] ( )[ ] ( )

( )[ ] ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) 03exp153exp15

3exp63exp153exp9

3exp63exp153exp3

3exp63exp53exp

22

222

222

2222

2

=−−−

=−+−−−

=−+−−−−

=−+−+−

tAtA

tAtAtA

tAtAtdt

dA

tAtAdt

dtA

dt

d

( )tAx 3exp22 −=

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9.3 Resposta Natural

A resposta natural xn deve satisfazer a equação homogênea:

Evidentemente a função x = xn deve ser tal que esta não mude de forma quando

diferenciada.

Ou seja, a função, sua 1ª derivada e sua 2ª derivada devem ter todas a mesma

forma.

Possível solução:

A e s são constantes a serem determinadas.

0012

2=++ xa

dt

dxa

dt

xd

stn Aex =

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Substituindo na equação homogênea, obtemos

Como Aest não pode ser 0, pois isto faria xn = 0, então

Solução:

Portanto, temos duas soluções naturais:

stn Aex =

0012 =++ ststst AeasAeaeAs

( ) 0012 =++ asasAest

0012 =++ asas equação característica

2

4 0211 aaa

s−±−

=

tsn eAx 111 =

tsn eAx 222 =

A1 e A2 são arbitrárias

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Note que a soma das duas soluções também é uma solução, ou seja

é uma solução geral da equação homogênea, quando s1 e s2 são raízes

distintas da equação característica.

tstsnnn eAeAxxx 21 2121 +=+=

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Exemplo: equação homogênea

Equação característica:

As raízes são s1 = -2 e s2 = -8.

E a solução geral é:

Os números s1 = -2 e s2 = -8 são denominadas de freqüências naturais do

circuito.

As constantes de tempo dos dois termos são τ1 = 1/2 e τ2 = 1/8.

01610 22

22

2=++ i

dt

di

dt

id

016102 =++ ss

tt eAeAi 82

212

−− +=

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9.4 Tipos de Freqüências Naturais

As freqüências naturais são as raízes da equação característica, portanto, elas

podem ser reais, imaginárias ou complexas.

A natureza das raízes são determinadas pelo discriminante ∆ = a12 – 4a0.

<=>

=−=∆complexas raízes 0

idênticas e reais raízes 0

distintas e reais raízes 0

4 021 aa

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vdt

diRi =+

041

4=++

−dt

dvi

vv g

Exemplo: resposta é a tensão v.

Nó a:

Equação da malha direita:

vg

R+− b

4 Ω

v

1H

1/4 F

a

+

-

i

+−−=dt

dvvvi g4

1

vdt

dvvv

dt

d

dt

dvvv

Rgg =

+−−

+−−41

4

vdt

vd

dt

dvv

dt

d

dt

dvRv

Rv

R gg =−+−−+−

2

2

41

41

41

444

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( ) ( )dt

dvRvvR

dt

dvR

dt

vd gg +=++++ 41

2

2

Equação homogênea:

Equação característica:

Assim,

( ) ( ) 0412

2=++++ n

nn vRdt

dvR

dt

vd

( ) ( ) 0412 =++++ RsRs

( ) ( ) ( ) ( )2

15212

1411 22

2,1−−±+−=+−+±+−= RRRRRR

s

−−=+−=

−==

−=−=

=

21,21 Ω 1

3 Ω 5

5,2 Ω 6

21

21

21

jsjs

ss

ss

R 1−=j

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Raízes Reais e Distintas: Caso Superamortecido

Neste caso a resposta natural é dada por:

Exemplo: se R = 6 Ω no exemplo anterior, temos

tstsn eAeAx 21 21 +=

ttn eAeAv 5

22

1−− +=

Raízes Complexas: Caso Subamortecido

As freqüências naturais são complexas do tipo:

Neste caso a resposta natural é dada por:

( ) ( )tjtjn eAeAx βαβα −+ += 21

βα js ±=2,1

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Forma mais conveniente:

Fórmula de Euler: ou

onde

θθθ sencos je j += θθθ sencos je j −=−

( ) ( )

( )( ) ( )[ ]

( ) ( )[ ]tAAjtAAe

tjtAtjtAe

eAeAe

eAeAx

t

t

tjtjt

tjtjn

ββ

ββββ

α

α

ββα

βαβα

sencos

sencossencos

2121

21

21

21

−++=

−++=

+=

+=

−+

( )tBtBex tn ββα sencos 21 +=

211 AAB += ( )212 AAjB −=

Para circuitos reais, α < 0, a resposta é amortecida com o tempo.

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Exemplo: Se R = 1 Ω no exemplo anterior, temos

onde B1 e B2 são arbitrários.

Raízes Reais e Iguais: Caso de Amortecimento Crític o

As freqüências naturais são reais do tipo:

Neste caso a resposta natural é dada por:

Então, existe somente uma constante arbitrária independente.

( ) ( )[ ]tBtBev tn 2sen2cos 21 += −

kss == 21

ktn Aex =

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Para se ter freqüências naturais idênticas, a equação característica deve ser

e portanto, a equação homogênea deve ser

Como sabemos que é uma solução para A arbitrário, vamos tentar

substituindo na expressão acima e simplificando obtemos

( ) 02 222 =+−=− kkssks

02 22

2=+− n

nn xkdt

dxk

dt

xd

ktAe

( ) ktn ethx =

02

2=kte

dt

hdt

dt

hd ∀= 02

2

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Isto é verdade se h(t) tiver a forma de um polinômio do 1º grau:

onde A1 e A2 são constantes arbitrárias. A solução geral no caso de raízes

idênticas é então:

Exemplo: se R = 5 Ω no exemplo anterior, temos

( ) tAAth 21 +=

( ) ktn etAAx 21 +=

( ) tn etAAv 3

21−+=

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9.5 A Resposta Forçada

A resposta forçada xf de um circuito genérico de 2ª ordem deve satisfazer:

e não conter constantes arbitrárias.

Exemplo: vg = 16 V

( )tfxadt

dxa

dt

xdf

ff =++ 012

2

1 H4 Ωvg

8 Ω

+− i1 i2

2 H

gvidt

di

dt

id21610 2

222

2=++

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Fazendo i2 = x, temos

Resposta natural:

Para a resposta forçada vamos tentar xf = A, onde A é uma constante a ser

determinada:

ou seja, xf = A = 2.

Portanto, a solução geral é:

3216102

2=++ x

dt

dx

dt

xd

ttn eAeAx 8

22

1−− +=

3216102

2=++ A

dt

dA

dt

Ad

3216 =A

282

21 ++= −− tt eAeAx

A1 e A2 são obtidas a partir da

energia inicial armazenada nos

indutores.

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No caso de funções de excitação constantes, pode-se obter xf do próprio

circuito:

Em regime permanente, o circuito se reduz a:

Note que a resposta forçada xf = i2 = 2 A

4 Ω16 V

8 Ω

+− i2

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Exemplo: vg = 20cos(4t) e x = i2

Resposta natural:

Resposta forçada:

tentativa:

1 H4 Ωvg

8 Ω

+− i1 i2

2 H

( )txdt

dx

dt

xd4cos401610

2

2=++

ttn eAeAx 8

22

1−− +=

( ) ( )tBtAx f 4sen4cos +=

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Substituindo em

e rearranjando os termos, obtemos

Assim, 40B = 40 e –40A = 0, logo

( ) ( )tBtAx f 4sen4cos +=

( ) ( )tBtAdt

dx f 4cos44sen4 +−=

( ) ( ) ( )ttAtB 4cos404sen404cos40 =−

( )txdt

dx

dt

xd4cos401610

2

2=++

( ) ( )tBtAdt

xd f 4sen164cos162

2

−−=

1=B 0=A

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Assim,

Portanto a solução geral é dada por:

Tentativas de respostas forçadas:

( )tx f 4sen=

( )teAeAx tt 4sen82

21 ++= −−

A

At + BAt 2 + Bt + C

Aeat

Asen(bt) + Bcos(bt)eat [Asen(bt) + Bcos(bt)]

k

tt 2

eat

sen(bt), cos(bt)eatsen(bt), eatcos(bt)

xf f(t)

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9.6 Excitação na Freqüência Natural

Suponha que a equação do circuito a ser resolvido é dada por:

onde a ≠ b são constantes.

Equação característica:

Portanto, s1 = a e s2 = b.

Resposta natural: A1 e A2 são arbitrárias

Supor que a função de excitação contém uma freqüência natural, p. ex.,

Procedimento usual para obter a resposta forçada: e determinar A de

modo que xf satisfaça:

( ) ( )tfabxdt

dxba

dt

xd =++−2

2

( ) 02 =++− absbas

btatn eAeAx 21 +=

( ) atetf =

atf Aex =

( ) ateabxdt

dxba

dt

xd =++−2

2

Page 29: Circuitos de Segunda Ordem

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Entretanto, substituindo xf = Aeat em

temos

Motivo de não se poder usar xf = Aeat é que este possui a forma de um dos

componentes da resposta natural.

Vamos testar então xf = Ateat .

( ) ateabxdt

dxba

dt

xd =++−2

2

( ) ( ) ( ) ( ) atatatat eAeabAedt

dbaAe

dt

d =++−2

2

atatatatat eabAebAaeeAaeAa =+−− 22

ate=0 impossível!!

Page 30: Circuitos de Segunda Ordem

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atf Atex =

( ) atf eatAdt

dx1+=

( ) atf eataAdt

dx22

2

2

+=

Substituindo em

Obtemos

Solução geral:

( ) ateabxdt

dxba

dt

xd =++−2

2

( ) ( ) ( ) atatatat eabAteeatAbaeataA =+++−+ 122 ( ) atat eebaA =−

baA

−= 1

atbtatn te

baeAeAx

−++= 1

21

Page 31: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

1 H4 Ωvg

8 Ω

+− i1 i2

2 H

Exemplo: vg = 6exp(-2t) +32 e x = i2

Resposta natural:

Resposta forçada:

tentativa:

64121610 22

2+=++ − tex

dt

dx

dt

xd

ttn eAeAx 8

22

1−− +=

BAtex tf += −2

Não se pode usar uma resposta forçada que tenha a mesma forma de uma das partes da resposta natural.

Page 32: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Substituindo em

e rearranjando os termos, obtemos

Assim, 16B = 64 e 6A = 12, logo

Portanto,

Solução geral:

6412166 22 +=+ −− tt eBAe

4=B 2=A

64121610 22

2+=++ − tex

dt

dx

dt

xd

42 2 += − tf tex

42 282

21 +++= −−− ttt

n teeAeAx

Page 33: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Vamos considerar o caso:

onde a = b e f(t) é dada por , então

Equação característica:

Solução: s1 = s2 = a

Resposta natural:

Neste caso temos que tentar a resposta forçada:

Substituindo na expressão, obtemos:

( ) ( )tfabxdt

dxba

dt

xd =++−2

2

( ) atetf =

atexadt

dxa

dt

xd =+− 22

22

02 22 =+− aass

( ) atn etAAx 21 +=

atf eAtx 2=

atat eAe =221=A

Page 34: Circuitos de Segunda Ordem

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Modo prático geral para a obtenção da resposta forçada:

Se um termo de freqüência natural de xn está duplicado em xf, o termo em xf é

multiplicado pela menor potência de t que elimina a duplicação.

Page 35: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

9.7 Resposta Completa

A resposta natural e a completa possuem constantes arbitrárias, que devem

satisfazer condições iniciais de energia armazenada.

Exemplo: calcular x(t) para t > 0 que satisfaça:

Diferenciando a primeira equação para eliminar a integral, obtemos:

Equação característica:

( ) ( ) ( )

( )

=

=++ −∫

20

1652 30

x

edttxtxdt

tdx tt

texdt

dx

dt

dx 32

24852 −−=++

0522 =++ ss 212,1 js ±−=

Page 36: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Resposta natural:

Resposta forçada:

Substituindo em

onde A = −6.

Resposta completa:

( ) ( )[ ]tAtAex tn 2sen2cos 21 += −

tf Aex 3−=

texdt

dx

dt

dx 32

24852 −−=++

tttt eAeAeAe 3333 48569 −−−− −=+−

tt eAe 33 488 −− −=

( ) ( )[ ] tt etAtAex 321 62sen2cos −− −+=

Page 37: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Determinação das constantes arbitrárias:

Necessitamos de 2 condições iniciais:

1) x(0) = 2

2)

Aplicando a primeira condição inicial na resposta completa, obtemos:

( ) ( ) ( ) 030

016502

0 ⋅−=++ ∫ edttxxdt

dx

( )160522

0 =⋅+⋅+dt

dx( )160522

0 =⋅+⋅+dt

dx

( )12

0 =dt

dx

( ) ( ) ( )[ ] 0321

0 602sen02cos0 ⋅−− −⋅+⋅= eAAex

62 1 −= A 62 1 −= A 81 =A

Page 38: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Diferenciando obtemos:

Portanto A2 = 1.

Resposta final:

( ) ( )[ ] tt etAtAex 321 62sen2cos −− −+=

( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ttt etAtAetAtAedt

dx 32121 182sen2cos2cos22sen2 −−− ++−+−=

( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] 0321

021

0 1802sen02cos02cos202sen20 ⋅−−− +⋅+⋅−⋅+⋅−= eAAeAAe

dt

dx

18212 12 +−= AA

( ) ( )[ ] tt ettex 362sen2cos8 −− −+=

Page 39: Circuitos de Segunda Ordem

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Exemplo: Cálculo de v, t > 0, onde v1(0) = v(0) = 0 e vg = 5 cos(2000t) [V]

Equação nodal de v1:

Equação nodal no nó inversor do op-amp:

+−vg

2 kΩ

1 µF

1/8 µF2 kΩ

1 kΩ v

v1

( )tdt

dvvv 2000cos101024 13

1 =×+− −

dt

dvv 31 10

41 −×−=

010102

1

101

1

102

1

102

1

101

1 16331333

=+×

−×

×+

×+

×−

dt

dvvvv g

01081

102

1 613

=×+×

−dt

dvv

Page 40: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

( )tdt

dv

dt

dv

dt

dv2000cos1010

41

1021041

4 333 =

×−×+−

×− −−−

( )tvdt

dv

dt

vd2000cos102102102 763

2

2×−=×+×+

Equação característica:

Freqüências naturais: s1,2 = −1000 ± j1000

Resposta natural:

Resposta forçada:

Substituindo na equação diferencial, obtemos:

0102102 632 =×+×+ ss

( ) ( )[ ]tAtAev tn 1000sen1000cos 21

1000 += −

( ) ( )tBtAv f 2000sen2000cos +=

( ) ( ) ( ) ( ) ( )ttBAtBA 2000cos202000sen242000cos42 −=+−++−

Page 41: Circuitos de Segunda Ordem

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Igualando os coeficientes resulta:

onde obtemos A = 2 e B = −4.

Resposta completa:

Note que para t = 0+, temos:

Como v1(0+) = v1(0−) = 0, temos

=−−

−=+−

024

2042

BA

BA

( ) ( )[ ] ( ) ( )tttAtAev t 2000sen42000cos21000sen1000cos 211000 −++= −

( ) ( )dt

dvv

+−+ ×−= 0

1041

0 31

( )0

0 =+

dt

dv

Page 42: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Note que v é a tensão sobre o capacitor de 1/8 µF, assim, v(0+) = v(0−) = 0, que

substituindo em

A1 + 2 = 0 ⇒ A1 = −2

Derivando a equação acima e utilizando , obtemos:

onde A2 = 6

Resposta completa:

0800010001000 12 =−− AA

( ) ( )[ ] ( ) ( )ttttev t 2000sen42000cos21000sen61000cos21000 −++−= −

( ) ( )[ ] ( ) ( )tttAtAev t 2000sen42000cos21000sen1000cos 211000 −++= −

( )0

0 =+

dt

dv

( ) ( )[ ] ( ) ( )0sen40cos20sen0cos0 210 −++= AAe

Page 43: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

9.8 Circuito RLC Paralelo

Em t = 0, existe:

• uma corrente inicial i(0) = I0 no indutor,

• uma tensão inicial v(0) = V0 no capacitor.

Equação de nó:

LRig v C+

-

i

( ) ( ) ( )g

ti

dt

tdvCIdttv

LR

tv =+++ ∫ 00

1dt

d

Page 44: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

dt

div

Ldt

dv

Rdt

vdC g=++ 11

2

2

Resposta natural:

Equação característica:

Freqüências naturais:

De acordo com o discriminante (1/R2 - 4C/L), existem 3 tipos de respostas:

superamortecido, subamortecido e amortecimento crítico.

011

2

2=++ v

Ldt

dv

Rdt

vdC

0112 =++L

sR

Cs

C

L

C

RRs

2

4112

2,1

−±−=

LCRCRCs

12

12

1 2

2,1 −

±−=

Page 45: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Caso Superamortecido:

ou

Freqüências naturais são números reais e distintos, e temos o caso

superamortecido:

Das condições iniciais, para t = 0+, e do cálculo de

041

2>−

L

C

R

CRL 24>

tsts eAeAv 21 21 +=

( ) ( ) ( )0

0100

0

0=+++

++

∫+

+ dt

dvCIdttv

LR

v

( )0

00

0 =+++

dt

dvCI

R

V ( )RC

RIV

dt

dv 000 +−=+

Usada para determinar as constantes arbitrárias.

Page 46: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Exemplo: R = 1 Ω, L = 4/3 H, C = 1/4 F, V0 = 2 [V], I0 = -3 [A].

onde s1 = −1 e s2 = −3, portanto

Como,

podemos obter A1 = 5 e A2 = −3, resultando

41

34

1

41

12

1

41

12

112

12

1

22

2,1⋅

⋅⋅±

⋅⋅=−

±−=LCRCRC

s

tt eAeAv 321

−− +=

( ) [ ]V 20 =v

( ) [ ]V/s 40 =

+

dt

dv

tt eev 335 −− −=

Page 47: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Esboço de v em função do tempo:

Note a falta de oscilações, o que é uma característica de superamortecimento.

v

t

tt eev 335 −− −=

te 33 −−

te−5

1 2 3 4

Page 48: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Caso Subamortecido:

ou

Freqüências naturais são números complexos, e temos o caso subamortecido.

Neste caso a resposta contém senos e cossenos e portanto a resposta oscila.

Definições:

• Freqüência de ressonância:

• Coeficiente de amortecimento:

• Freqüência amortecida:

041

2<−

L

C

R

CRL 24<

[ ]rad/s 1

0 LC=ω

[ ]Np/s 2

1RC

[ ]rad/s 220 αωω −=d

Page 49: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Freqüências naturais:

Resposta:

que possui uma natureza oscilatória.

djLCRCRC

s ωα ±−=−

±−= 12

12

1 2

2,1

( ) ( )[ ]tAtAev ddt ωωα sencos 21 += −

Page 50: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Exemplo: R = 5 Ω, L = 1 H, C = 1/10 F, V0 = 0 [V], I0 = −3/2 [A].

assim,

Das condições iniciais, temos v(0) = 0, dv(0+)/dt = 15, logo A1 = 0 e A2 = 5.

Portanto,

( ) ( )[ ]tAtAev t 3sen3cos 21 += −

1010/11

110 =

⋅==

LCω

110/152

12

1 =⋅⋅

==RC

α

3110 =−=dω

( )tev t 3sen5 −=

Page 51: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Esboço de v em função do tempo:

Note a natureza oscilatória da resposta. A resposta é zero nos pontos onde a

senóide é zero, que são determinados pela freqüência amortecida.

v

t

te−5

2π/3 4π/3

te−− 5

( )tev t 3sen5 −=

Page 52: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Caso de Amortecimento Crítico:

ou

Freqüências naturais são reais e iguais, dadas por s1 = s2 = α.

onde

Resposta:

041

2=−

L

C

R

CRL 24=

[ ]Np/s 2

1RC

( ) tetAAv α−+= 21

Page 53: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Exemplo: R = 1 Ω, L = 1 H, C = 1/4 F, V0 = 0 [V], I0 = -1 [A].

assim, A1 = 0 e A2 = 4.

Resposta:

24/112

12

1 =⋅⋅

==RC

α

tetv 24 −=

Page 54: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Esboço de v em função do tempo:

Para cada caso do circuito RLC paralelo, o valor em regime permanente da

resposta natural é zero, porque a resposta contém um fator eat, onde a < 0.

v

t1 2

tetv 24 −=

Page 55: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

9.9 Circuito RLC em Série

Em t = 0, existe:

• uma corrente inicial i(0) = I0 no indutor,

• uma tensão inicial v(0) = V0 no capacitor.

Equação do laço, para t > 0:

L R

vg v C+

-

i

+−

gt

vVdtiC

Ridt

diL =+++ ∫0 0

1

dt

dvi

Cdt

diR

dt

idL g=++ 1

2

2dt

d

Page 56: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Freqüências naturais:

O circuito RLC em série está superamortecido se:

Resposta:

O circuito RLC em série está criticamente amortecido se:

Resposta:

LCL

R

L

Rs

122

2

2,1 −

±−=

01

2

2>−

LCL

R2

4

R

LC >

tsts eAeAi 21 21 +=

01

2

2=−

LCL

R2

4

R

LC =

( ) tsetAAi 121 +=

Page 57: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

O circuito RLC em série está subamortecido se:

Freqüência de ressonância:

Coeficiente de amortecimento:

Freqüência amortecida:

Resposta:

01

2

2<−

LCL

R2

4

R

LC <

[ ]rad/s 1

0 LC=ω

[ ]Np/s 2L

R=α

[ ]rad/s 220 αωω −=d

( ) ( )[ ]tAtAei ddt ωωα sencos 21 += −

Page 58: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Exemplo: Encontrar v, para t > 0, onde v(0) = 6 V e i(0) = 2 A.

mas

Resposta natural:

1 H 2 Ω

vg = 10 V v 1/5 F+

-

i

+−

1065210

=+++ ∫t

dtiidt

di

fn vvv +=

10655

52

51

2

2=+++ v

dt

dv

dt

vddt

dv

dt

dvCi

51==

0522

2=++ v

dt

dv

dt

vd

Page 59: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Podemos obter a equação característica:

cujas raízes complexas são:

Resposta natural:

Resposta forçada:

Como o capacitor é um circuito aberto e o indutor é um curto circuito em regime

permanente, temos que if = 0 e vf = 10 V.

Resposta completa:

Como v(0) = 6 V, temos

mas

assim,

( ) ( )[ ]tAtAev tn 2sen2cos 21 += −

0522 =++ ss

212,1 js ±−=

( ) ( )[ ] 102sen2cos 21 ++= − tAtAev t

( ) ( )[ ] 10100sen0cos6 1210 +=++= AAAe 41 −=A

( ) ( ) 200

51 ==

+i

dt

dv ( )10

0 =+

dt

dv12210 AA −= 32 =A

( ) ( )[ ] 102sen32cos4 ++−= − ttev t

Page 60: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Exemplo: Encontrar v, para t > 0, onde v(0) = 6 V e i(0) = 2 A.

Resposta natural:

1 H 2 Ω

vg = 4 cos(t) [V] v 1/5 F+

-

i

+−

dt

dv

dt

dvCi

51==

2

2

51

dt

vd

dt

di =

( )tvdt

dv

dt

vdcos2052

2

2=++

( ) ( )[ ]tAtAev tn 2sen2cos 21 += −

Page 61: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Resposta forçada:

Assim, obtemos A = 4 e B = 2.

Resposta completa:

Condições iniciais: v(0) = 6 e i(0) = 2.

( ) ( )tBtAv f sencos +=

( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )ttBtAtBtAdt

dtBtA

dt

dcos20sencos5sencos2sencos

2

2=+++++

( ) ( ) ( ) ( ) ( )ttABtBA cos20sen24cos24 =−++

( ) ( )[ ] ( ) ( )tttAtAev t sen2cos42sen2cos 21 +++= −

( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) 60sen20cos40sen0cos0 210 =+++= AAev

641 =+A 21 =A

( )10

0 =+

dt

dv 2210 12 +−= AA 52 =A

( ) ( )[ ] ( ) ( )ttttev t sen2cos42sen52cos2 +++= −

Page 62: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

9.10 Métodos Alternativos para a Obtenção das Equa ções Representativas

Dois métodos para simplificar os processos de obtenção da equação

representativa de um circuito RLC serão apresentados.

Uma única equação é necessária, que após a diferenciação, se torna a equação

representativa.

Entretanto, em circuitos de 2ª ordem podem existir duas equações simultâneas,

das quais a equação representativa é obtida por um processo de eliminação.

Page 63: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Exemplo: Para t > 0.

nó a:

nó v1:

Para se obter a equação representativa em termos de v do circuito devemos

eliminar v1, assim, o resultado é:

041

641 =+−+

−dt

dvvvvv g

t = 0

vg v 1/4 F+

-

i

+−

6 Ω

1 H

10 V

4 Ω a

b

v1

( ) 006 0 1

1 =++−∫ idtv

vv t

referência

gg v

dt

dvv

dt

dv

dt

vd6107

2

2+=++

Page 64: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

1º Método:

Definição: operador de diferenciação:

então, por exemplo,

Assim, reescrevendo as equações de nós, temos

As variáveis não podem ser comutadas com os operadores nas expressões.

dt

dD =

( )xbaDbxaDxbxdt

dxa +=+=+

041

641 =+−+

−dt

dvvvvv g

( ) 006 0 1

1 =

++−∫ idtv

vv

dt

d t

gvvvD41

61

125

41

1 =−

+

0161

61

1 =

++− vDDv

( ) gvvvD 3253 1 =−+

( ) 06 1 =++− vDDv

Page 65: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

( )( ) ( ) ( ) gvDvDvDD 6362536 1 +=+−++

( ) 0622 1 =++− vDDv

( )( )[ ] ( ) gvDvDDD 632536 +=−++

Multiplicando os operadores como se eles fossem polinômios, agrupando os

termos e dividindo por 3, resulta:

Substituindo o operador obtemos a equação representativa do circuito:

( ) ( ) gvDvDD 61072 +=++

gg v

dt

dvv

dt

dv

dt

vd6107

2

2+=++

Page 66: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

O procedimento pode também ser feito através de determinantes:

Regra de Cramer para obter v das equações:

dada por

onde

Então,

( ) gvvvD 3253 1 =−+

( ) 06 1 =++− vDDv

∆∆= 1v

6

253

+−−+

=∆DD

D

( ) gg vD

D

v63

60

231 +=

+−

=∆

1∆=∆v

Page 67: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

2º Método:

O segundo método é uma mistura dos métodos de laço e de nó, onde

selecionamos as correntes de indutor e as tensões do capacitor como

incógnitas.

Em seguida, aplicamos a lei de Kirchhoff de tensões ao redor do laço que

contém um único indutor e a lei de Kirchhoff de correntes nos nós que tenham

somente um capacitor conectado.

Cada equação, portanto, possui somente uma derivada de corrente de indutor

ou de tensão de capacitor, e nenhuma integral.

Page 68: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Exemplo: i e v são incógnitas (variáveis de estado do circuito). Para t > 0.

Nó a:

Malha direita:

041

4=++

−dt

dvi

vv g

dt

diiv += 6

441 gvv

dt

dvi

−−−=

−−−+

−−−=

441

441

6 gg vv

dt

dv

dt

dvv

dt

dvv

gg v

dt

dvv

dt

dv

dt

vd6107

2

2+=++

t = 0

vg v 1/4 F+

-

i

+−

6 Ω

1 H

10 V

4 Ω a

b

v1

Page 69: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Vantagens:

• não aparecem integrais.

• uma variável desconhecida é encontrada em função das outras.

• condições iniciais da primeira derivada são facilmente obtidas para uso

na determinação das constantes arbitrárias na solução geral.

Por exemplo, da figura anterior, temos i(0) = 1 A e v(0) = 6 V, assim substituindo

em:

obtemos:

041

4=++

−dt

dvi

vv g

( ) ( )0

041

14

06=++

− ++

dt

dvvg ( ) ( ) 1000 −= +

+gv

dt

dv

Page 70: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Este método pode ser grandemente facilitado pelo uso de teoria dos gráficos,

fazendo:

• indutores são colocados nos enlaces, cujas correntes constituem um

conjunto independente de correntes.

• capacitores são colocados na árvore, cujas tensões de ramo constituem

um conjunto independente de tensões.

Cada indutor L é um enlace com corrente i, que forma um laço onde os outros

elementos são unicamente ramos de árvore.

Portanto, a lei de Kirchhoff de tensões aplicada ao redor do laço conterá

somente um termo derivado .

Este laço é único no gráfico se o único enlace adicional à árvore é L.

dt

diL

Page 71: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Por exemplo:

Laço que contém o indutor de 1 H: a, v1, b, a, que fornece:

dt

diiv += 606 =−+ v

dt

dii

v1 v

+

+

vg i

a

b

Page 72: Circuitos de Segunda Ordem

DECOM-FEEC-UNICAMPEA-513 – Circuitos Elétricos I

Cada capacitor é um ramo da árvore cuja corrente, em conjunto com as

correntes de enlace, constituem um conjunto de correntes saindo de um nó.

Se um capacitor é retirado do circuito, a árvore é separada em duas partes

conectadas apenas por enlaces.

As três correntes são mostradas atravessando a linha vermelha através do

capacitor, denominada v, e dois enlaces, somado com zero pela lei de Kirchhoff

de correntes, o que é descrito por:

041

4=++

−dt

dvi

vv g

v1 v

+

+

vg i

a

b