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Explorando o Processode Escrita
de um RomanceAlexandre Lobão
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Quem sou eu?Quem sou eu?
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Quem somos nós?Quem somos nós?
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αComo professor e escritor, posso dizer que os professores:Δ Têm muita intimidade com livrosΔ Têm uma rotina sobrecarregada de atividadesΔ Precisam se esforçar para conseguir algum
tempo para:Ω Leitura = formação pessoal = melhoria como
pessoa e como profissionalΔ Se preocupam com a formação de leitores…
αOu seja, professores e escritores têm MUITO em comum!
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Objetivos da palestraObjetivos da palestraαTrocar idéias sobre uma possível forma de se
escreverΔ Não há “forma certa” de se escreverΔ “Trocar idéias” significa que vocês devem participar! :)
αDestacar alguns pontos no pré-, durante a escrita de um romance
αAproximar tutores/professores e escritor, aperfeiçoando o “lado professor” do escritor e o “lado escritor” dos tutores/professores
αMostrar um exemplo de como mapear isso para sala de aula
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AgendaAgendaαPor que lemos?αComo lemos?αLeitura em 4 dimensõesαLeitura em 3 níveisαA relação entre ler e escreverα“Introdução à arte de escrever”αAntes de começar a escreverαEscrevendoαComo produzir histórias em sala de
aulaαProposta de trabalho
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Por que lemos?αNos manter informados
αPara consulta
αRealizar trabalhos acadêmicos
αPor prazer
αetc
Por que lemos?αA leitura é requisito básico para
sucesso socialΔMuitos anúncios de emprego
pedem “escrita própria”ΔHá profissões onde saber escrever
BEM é essencial (advogados, professores, jornalistas, etc)
Como lemos?αEnsinar uma língua é diferente de ensinar
gramática!Δ Saber regras é diferente de saber se expressar!
αAlunos devem ser leiturizados, e não alfabetizados (Foucambert)
αLer é mais importante que estudar (Ziraldo)
αA leitura transcende o textoΔ É muito mais do que decodificar ou treinar o aluno na
estrutura da língua!Δ Envolve ajudar a compreender a relação
língua/pensamento
Por que lemos?αA leitura transcende o texto
Δ É muito mais do que decodificar ou treinar o aluno na estrutura da língua!
Δ Envolve ajudar a compreender a relação língua/pensamento
αAlunos devem ser leiturizados, e não alfabetizados (Foucambert)
αLer é mais importante que estudar (Ziraldo)
αEnsinar uma língua é diferente de ensinar gramática!Δ Saber regras é diferente de saber se expressar!
Leitura em 4 dimensõesαContexto: situa a texto no
ambiente onde ele ocorre
αTexto: Coesão (termos de ligação), vocabulário e coerência (desenvolvimento)
αInfratexto: informações implícitas
αIntertexto: conexão com outros textos
Leitura em 3 níveisαLeitura objetiva: decodificação
ΔMais simples, elementos explícitos
αLeitura inferencial: deduçãoΔElementos implícitos
αLeitura avaliativa: impressãoΔOpinião do leitor sobre o texto
A relação entre ler e escrever
αAo se estimular a criação de histórias, amplia-se também a capacidade de leituraΔ Exercício das dimensões inferencial e
avaliativa
αToda criança já tem competência comunicativa ao entrar na escolaΔ O que falta é estabelecer a ligação entre
pensamento e escrita / leitura
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AgendaAgendaαPor que lemos?αComo lemos?αLeitura em 4 dimensõesαLeitura em 3 níveisαA relação entre ler e escreverα“Introdução à arte de escrever”αAntes de começar a escreverαEscrevendoαComo produzir histórias em sala de
aulaαProposta de trabalho
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““Introdução à arte de Introdução à arte de escrever”escrever”
αEscrever é fácil!
Ω“Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não.”
José Saramago
Ω“Escrever é fácil: Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.”
Pablo Neruda 14
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““Introdução à arte de Introdução à arte de escrever”escrever”
αMas escrever bem dá trabalho...
Ω“Existem três regras para saber escrever ficção. Infelizmente ninguém sabe quais são elas.”
W. Somerset Maugham
Ω“Escrevo trezentas páginas, aproveito no máximo trinta.”
Fernando Sabino
Ω“O que é escrito sem esforço, geralmente é lido sem prazer”
Samuel Johnson
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““Introdução à arte de Introdução à arte de escrever”escrever”
αMas com amor e persistência se chega lá!
Ω“Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever.”
Lêdo Ivo
Ω“Você irá escrevendo, irá escrevendo, se aperfeiçoando, progredindo, progredindo aos poucos: um belo dia (se você agüentar o tranco) os outros percebem que existe um grande escritor.”
Mário de Andrade16
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““Introdução à arte de Introdução à arte de escrever”escrever”
αE já que vamos escrever, falemos de livros!
Δ “A função do romance é ser a expressão maior e diríamos homérica, ou seja, épica, da vida contemporânea”
M. Paulo Nunes
Δ “Romance é a imaginação abrangendo e modelando a vida”
Joaquim Nabuco
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““Introdução à arte de Introdução à arte de escrever”escrever”
αUm Romance não é um conto comprido! Nele, podemos explorar melhor:Δ PersonagensΔ AmbientesΔ TramasΔ TempoΔ Formas narrativasΔ etc, etc, etc
αO que é “útil” para um escritor de romances, é útil para qualquer outro escritor!
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IntroduçãoIntroduçãoαComo os escritores escrevem?
ΔAlguns definem apenas os personagens e o ponto de partida
ΔMuitos definem o final da história antes de começar
ΔAlguns organizam toda a estrutura da história antes de iniciar
Δ ...
αInfelizmente, não há regra!
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Escolhendo a idéiaEscolhendo a idéiaΔPor que é única?ΔPor que vale a pena contá-la?
ΔAcostume-se a registrar suas idéiasΩ Carregando bloco e papel, gravando,
etc; desde que seja fácil de retornar a elas
ΔGuarde referências
Ω emails, sites, fotos, registros de viagem, etc
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Organizando as idéiasOrganizando as idéiasα O Quê?
Δ Gênero / sub-gênero: F.C., Romance, Suspense, Terror, Policial, etc.
α Quando? Δ Tempo: Passado, presente, futuro ou atemporal;
definir “datas” exatas se isso for importante.Δ Duração: do início ao fim da história: uma hora, cem
anos?α Onde?
Δ Local: Nave Espacial, cidade, campo, um quarto de pensão, um país... ou não interessa?
α Sobre o quê? Δ Assunto / Premissa: Sobre o que é a história,
exatamente?
α Aos poucos, a idéia começa a se transformar em história...
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GestaçãoGestaçãoαMomento em que detalhes do
livro ainda estão indefinidosΔPesquisa sobre o tema
ΩLeituras direcionadas para “garimpar” informações
ΔEntrevistas / Conversas com especialistas
ΔGrupos de leitura / amigos (contar história e mencionar pontos a melhorar, colher sugestões)
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Pesquisa Pesquisa αO que escolher para o livro?
Δ Visão válida <> verdadeΩCódigo Da Vinci: fragmento de evangelho
apócrifo diz que “Jesus XXX Maria de Madalena”, onde XXX, em hebraico significa ser amigo, irmão, esposo, companheiro ou qualquer outro relacionamento.
ΩNome da Águia: descrição dos Kittim nos Manuscritos do Mar Morto – “Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas”
Δ Versões “polêmicas” garantem base factual verdadeira e máximo impacto na história
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Validando a idéiaValidando a idéiaαApós a “gestação”, quando a idéia
virou um argumento...
αApós toda a pesquisa, quando o argumento virou uma história...
αA história ainda merece ser contada?Δ Se sim, continue. Caso contrário, jogue fora!Δ Ex: Filme “Michelângelo”
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Validando a idéiaValidando a idéiaαAgora que sua idéia já é uma
história...Δ Por que esta história é interessante?
Por que alguém gostaria de lê-la?Δ O que faz esta história única, o que a
diferencia das demais?Δ Depois de ler a história, o que o leitor
vai responder quando lhe perguntarem sobre do que se trata a história?
Δ E quando lhe perguntarem do que gostou mais na história?
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Refinando os Refinando os personagenspersonagensαO seu personagem precisa ter:
αPassado / BackgroundαPersonalidadeαEvolução
Δ bidimensionais Δ tridimensionais
αCaracterísticas físicasα InteressesαPapel e Importância na tramaαO que move o personagem? Quais são
seus objetivos pessoais e suas necessidades? Como isso é explorado (ou não) na trama?
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Detalhamento de Detalhamento de PersonagensPersonagens
αMapas mentaisΔ Tipo físico, relacionamentos, trabalho, religião,
gostos pessoais, animais de estimação, etcΔ Dão um passado, uma forma do leitor se
identificar
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Detalhamento de ambientesDetalhamento de ambientes
αOnde se passa a históriaΔ País(es), cidade(s), bairro(s), cômodo(s)...
αMais que isso:Δ O que é importante neste ambiente?Δ Por que foi escolhido?Δ Como ele dá oportunidades dos
personagens se desenvolverem?ΩFavela, elevador, bairro chique, viagens pelo
Brasil...
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Definindo o tempo da Definindo o tempo da históriahistória
αQuando se passa a históriaΔ Ano, mês, dia, hora, minuto...Δ Duração da história: Gerações, décadas, anos,
horas...
αMais que isso:Δ O tempo “completa” o ambiente e os personagensΔ Por que foi escolhido?Δ Como ele dá oportunidades dos personagens se
desenvolverem?ΩTecnologias, rotina do dia a diaΩQue eventos acontecem durante o livro, no local e no
resto do mundo?
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Refinando o ambiente e o Refinando o ambiente e o tempotempo
αPesquisa histórica e geográficaαFotos, ViagensαConversa com especialistas
αO que aconteceu de importante em 1892, no Brasil?
αComo era o dia a dia das pessoas em 1973, no Rio de Janeiro? E em Palmelo (GO)?
αQuando foi inventada a ferradura?
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Refinando os conflitosRefinando os conflitosαConflitos são o coração da história.
αNão tem conotação negativa. São qualquer mudança no Status quo.
αPodem ser:Δ Internos ou Psicológicos: dúvidas,
indecisões, problemas dos personagens
ΔExternos ou AmbientaisΔAmbos
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Organizando a ObraOrganizando a Obraα Abordagem “Sequencial”
1.1. Como começa?Como começa?2.2. Quais os pontos mais importantes da obra?Quais os pontos mais importantes da obra?3.3. Como termina?Como termina?
α Produzido de maneira não-estruturada, mais livre
α Pontos 2 e 3 acima nem sempre definidos
α Ex: Jean Angelles, de Jack Farrell, escreve assim
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Organizando a ObraOrganizando a Obraα Abordagem “Top-Down”
1.1. Quais as tramas principais?Quais as tramas principais?2.2. Resumo de cada capítulo (de 1 a 3 parágrafos)Resumo de cada capítulo (de 1 a 3 parágrafos)
– Rapidamente permite a visão da evolução de cada trama Rapidamente permite a visão da evolução de cada trama e seu relacionamentoe seu relacionamento
3.3. Organizar as tramasOrganizar as tramas
α Produzido de maneira estruturada
α Liberdade dentro de cada capítulo, mas a trama é sempre definida previamente
α Ex: “O Nome da Águia”33
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Organizando a ObraOrganizando a ObraαAbordagem “Top-Down” – Organizar as
tramasαα AbsolomΔΔ Arthurαα ShoáhΔΔ Davidαα YahwehΔΔ Manuscrito ΩΩ falta tato αα BatizadoΔΔ leitura nome αα MeribáΩΩ acorda ΔΔ Indo ninhoαα As Treze TribosΔΔ procura ninhoαα Gautama
Δ Fuga ninho α BudhaΔ Descoberta e acidente α AlexandreΔ Fuga florestaα Alexandre III 2(356 a.C.-
323 AC)Δ Caminhando cidadeΩ Morte dono ninho Δ chegada cidadeα Janeu 1 (103-74 aC) Zadoc Ω Encontro Hernando Δ Sarah inicia história α Janeu 2 (103-74 aC) KittimΩ Hernando chega
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Escrevendo os CapítulosEscrevendo os CapítulosαEscrever uma trama de cada vez ou em
paralelo?Δ Uma por vez: mais fácil aproveitar a pesquisaΔ Em Paralelo: mais fácil integrar as tramas
αEm cada capítulo, usar ganchos para as tramas seguintes
αVoltar e reescrever para dar o “background” sempre que necessárioΔ História deve ser toda “amarrada”Δ Ex: Rato no armário
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Escrevendo os CapítulosEscrevendo os CapítulosαPesquisas finais (detalhamento)
Δ EnciclopédiasΔ Referências de viagem (arquivo pessoal)Δ Internet
– Fotolog– Cias Aéreas (agendamento: vôos, tempo,
aeroportos, etc)– Agências de Turismo– Sites das cidades / países– Sites dos locais (museus, hotéis, etc)
Δ Referências geográficas (mapas, Google Earth)
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AgendaAgendaαPor que lemos?αComo lemos?αLeitura em 4 dimensõesαLeitura em 3 níveisαA relação entre ler e escreverα“Introdução à arte de escrever”αAntes de começar a escreverαEscrevendoαComo produzir histórias em sala de
aulaαProposta de trabalho
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Como produzir histórias em sala de aula?
αÉ possível fazer redações orais!Δ São “mundos diferentes”, mas com
diversas características em comum
αVamos falar sobre criação de históriasΔ Exercícios podem ser realizados
oralmente, por escrito ou ambosΔ A idéia é estimular o estudante a
organizar suas idéias para entender as dimensões e níveis da escrita
Δ Este entendimento reflete-se em melhoria na leitura
Proposta de trabalho: Criação coletiva de históriasαIdéia geral:
Δ Explicar aos alunos elementos gerais sobre criação de histórias e personagens
Δ Dividir a turma em gruposΔ Cada grupo cria sua história (oralmente
ou por escrito) e a apresenta à turma
αAntes da atividadeΔ A turma deve conhecer o livro “O
Menino Maluquinho”
Fase de Motivaçãoα“Quem acha que desenhar é
mais divertido que escrever?”ΔNormalmente, os alunos preferem
desenhar
α“Pois hoje vamos descobrir que escrever é mais divertido!”
α“Para provar isso, vou fazer um desenho”
Fase de Motivaçãoα“Quem acha que desenhar é
mais divertido que escrever?”ΔNormalmente, os alunos preferem
desenhar
α“Pois hoje vamos descobrir que escrever é mais divertido!”
α“Para provar isso, vou fazer um desenho”
Fase de Motivação(desenhar um menino)
αO que é este desenho?
α“é um menino”, “um garoto careca”, etc
Fase de Motivação(Completar o desenho com uma panela)
αE agora?
α“É o Menino Maluquinho” αSe a turma não conhece o livro e não
responder, apresentar o livro à turma
Fase de MotivaçãoαQuando falamos que ele é o “Menino
Maluquinho”, não estamos falando do desenho – estamos falando de uma história!
αO desenho é apenas um menino com uma panela na cabeçaΔ O que faz ele ser divertido é que conhecemos sua
história!
α“Já pensaram se a gente pudesse criar nossas próprias histórias?”Δ Por isso é que escrever é mais divertido que
desenhar, porque ao escrever inventamos histórias!
Fase de PreparaçãoαPara criarmos histórias,
precisamos entender dois elementos principais:ΔA organização das históriasΔA criação dos personagens
αSe os estudantes entenderem bem estes dois elementos, a história é criada “naturalmente”
Fase de PreparaçãoαA organização das histórias
ΔUma história, para ser uma história, precisa ter:ΩComeçoΩMeioΩFim
Fase de PreparaçãoαExplicando mais
ΔComeço é onde temos a APRESENTAÇÃO dos personagens e de como eles vivem.
ΔMeio é onde sabemos o que aconteceu na vida destes personagens e o que eles fizeram para resolver seus problemas. É o DESENVOLVIMENTO da história.
ΔFim é onde descobrimos o que eles aprenderam com tudo isso, e como viveram depois. É a CONCLUSÃO da aventura!
Fase de Preparação
α“Status Quo” é um termo em latim, que significa algo como o “Estado das coisas”. Como é a vida do personagem, o que ele faz, quem ele conhece, onde mora... enfim, a vida normal, no dia-a-dia, sem problemas.
αToda história precisa ter uma mudança do status quo para ser interessante.
Fase de PreparaçãoVamos ver com mais detalhes as partes que toda história precisa ter, falando
agora sobre o status quo e o conflito, com um exemplo bem conhecido!
α Começo (ou apresentação): Era uma vez 3 porquinhos, que saíram da casa da mãe e construíram suas casas para viver em paz (este é o status quo deles!)
α Mudança: Certo dia, aparece um lobo que quer comê-los!
α Meio (ou desenvolvimento): O lobo derruba as casas de palha e de madeira, dos porquinhos preguiçosos, que fogem para a casa de tijolos de seu irmão trabalhador.
α Resolução da mudança: Quando o lobo tenta entrar na casa de tijolos pela chaminé, os porquinhos acendem o fogo com uma panela de água, que fica bem quente... e o lobo cai na água, foge e nunca mais volta!
α Fim (ou conclusão): Os porquinhos preguiçosos aprendem a lição, e todos se tornam trabalhadores e felizes para sempre!
Fase de PreparaçãoαA criação dos personagens
ΔAlém de entender a história, definir bem os personagens ajuda a tornar a história interessanteΩVeja os exemplos: Porquinhos,
Menino Maluquinho, etc – bons personagens sempre vivem boas histórias
Fase de PreparaçãoαO personagem deve ter:
Características físicas, Gostos, objetivos (“o que quer da vida”), família, amigos, etc – seu status quo
Fase de ExecuçãoαDividir a turma em grupos de 5 alunosαCada grupo vai executar as atividades
em 3 passos Δ Apresente um passo de cada vez!
αPasso 1:Δ Definir (oralmente) um personagem e
suas característicasΩ Pode criança, adulto, animal, etcΩ Dê um limite de tempo ou a conversa não
termina!
Fase de Execuçãoα Passo 2:
Δ Sorteie em cada grupo papéis numerados, com cada “trecho” da história:1. Começo (ou apresentação)2. Mudança3. Meio (ou desenvolvimento)4. Resolução da mudança5. Fim (ou conclusão)
Fase de ExecuçãoαPasso 2:
ΔO aluno que tirou o “1.Começo” inventa, em voz alta, o início da história, apresentando o personagem que o grupo definiu
ΔO aluno que tirou o “2.Mudança” fará o mesmo, indicando o que mudou na rotina (“status quo”) do personagem
Fase de Execuçãoα Passo 2:
Δ O aluno que tirou o “3.Meio” conta como o personagem reagiu à mudança
Δ O aluno que tirou o “4.Resolução” contará como o personagem resolveu o problema
Δ O aluno que tirou o “5. Conclusão” contará o que o personagem aprendeu da história
Fase de ExecuçãoαPasso 3:
Δ Dependendo da série e da quantidade de alunos, é possível realizar diferentes tarefas:ΩCada grupo apresenta sua história à turma,
na forma de jogral. – Na segunda vez, a história muda um pouco, mas não
tem problema; isso faz parte da dinâmica de criação de uma história!
ΩCada grupo escreve sua história– Cada um escreve sua parte, começando pelo
primeiro e passando adiante OU– Todos escrevem a mesma história que criaram –
neste caso, outra dinâmica interessante é deixar que leiam os textos uns dos outros
Fase de AvaliaçãoαCaso seja necessária uma avaliação
é possívelΔ Avaliar o trabalho do grupo (nota
coletiva pelo trabalho)Δ Avaliar a parte escrita, focando apenas
nos erros gramaticais que envolvam assuntos sendo estudados no momentoΩApontar erros demais desestimula e atrapalha a
absorção das informações!
Δ Pedir que os alunos sigam as idéias da atividade e produzam histórias individuais, para serem avaliadas
Fase de AvaliaçãoαEsta atividade não é
necessariamente avaliadaΔO ideal é que os alunos se sintam
em um ambiente onde:ΩEle possam errar à vontade, sem
serem culpados de nada, para se sentirem à vontade para arriscar
ΩOs pontos fortes (imaginação, estruturação da história, etc) sejam elogiados, para estimulá-los a gostar de escrever
O professor como pesquisador
α Fazer perguntas sobre as histórias criadas pelos alunos, envolvendo os três níveis de leituraΔ Leitura objetiva: pergunte sobre elementos objetivos da
história criada pelos alunos: “O que o personagem foi fazer em…?”
Δ Leitura inferencial: pergunte sobre elementos implícitos na história: “Por que o personagem fez …?”
Δ Leitura avaliativa: pergunte qual a opinião sobre algo da história: “O vocês acharam do personagem ter feito…? O que vocês fariam no lugar dele?”
α As perguntas podem ser feita para a turma ou para o grupo que contou a históriaΔ Não deve parecer “sabatina”, mas sim uma curiosidade
sobre a criação do grupo!Δ O grupo deve se sentir importante por ter criado uma
história que é interessante!
O professor como pesquisador
αExplicar as diferenças dos níveis de leitura à turma, com linguagem apropriada
αPropor à turma fazerem estudo dos níveis também em histórias que eles irão ler
αAvaliar o nível de leitura / escrita de cada aluno através da atividade para poder dar assistência de acordo com a necessidade de cada um
ConclusãoPara meditar e responder
αVocê é um leitor assíduo?Δ Qual seu gênero preferido de livros?
αComo os tutores podem estimular os professores a se tornarem leitores?Δ E como melhor orientar os professores para que
sejam formadores de leitores, e não apenas alfabetizadores?
αE como os escritores podem ajudar neste processo?
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EstiloEstiloα Não se copia
Δ Mas pode ser “aprendido”
α Varia conforme o autor e o gênero literário
α Só a prática leva a perfeiçãoΔ “Escrever é a arte de saber
cortar”
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Recursos de NarrativaRecursos de Narrativaα Flashback e flashfoward
Δ Cenas ou insights do passado ou futuro
α Referências recursivasΔ Retorno ao mesmo ponto, no correr da
história
α InversãoΔ Troca da ordem cronológica
α Referências a outras obrasΔ Sutis ou explícitasΔ Não é plágio!
α Tramas ParalelasΔ Ajudam a balancear melhor a históriaΔ Cuidado com os pontos de contato!
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Sagas ou CiclosSagas ou Ciclosα Se a história transcende a
narrativa atual (livro, conto), é importante ter:
Δ PrólogosΔ GanchosΔ Epílogos
α A motivação do protagonista precisa ser coerente e, se possível, também transceder a narrativa
α Cuidado com os lugares comuns!
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Formas de NarraçãoFormas de Narraçãoα Primeira pessoa, única
Δ Narrador conta toda a história
α Primeira pessoa, variadaΔ Conjunto de pontos de vista compõe
a história
α Terceira pessoa, onipresente Δ Narrador “fora da história”
α Terceira pessoa, não onipresenteΔ Narrador funciona como um
“personagem invisível”
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Recursos de LinguagemRecursos de Linguagemα Enriquecem a narrativa
Δ MetáforasΔ AntítesesΔ RepetiçãoΔ ...
α Procure em sua gramática
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É só isso?É só isso?α Lembrando: não há regras!α Nada do que foi falado aqui é
“completo” ou “absoluto”α Procure seus próprios caminhos
α Dica do autor:Δ Picasso, antes de pintar “do jeito que
queria”, provou ao mundo que era exímio retratista
Δ Domine a técnica, mesmo que seja para subvertê-la depois!
α Veja outras dicas no meu site, na seção “Para escritores”
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Toques FinaisToques FinaisαImportante para dar substância e
ritmo à obra
Δ “Costurar” passado e futuro nas tramas (referências cruzadas)
Δ Suspense ao fim de cada capítulo
Δ Incluir detalhes sobre personagens, mesmo secundários
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Toques FinaisToques FinaisαRevisão inicial pelo autor
Δ Digitação, Ortografia, “furos” nas tramasΔ Não confie nas indicações de “erro” pelos
revisores automáticos de texto!Δ Vícios de linguagem Δ Vícios de narrativa: todas pontas
precisam estar amarradas – nunca há fuga ao tema
αRevisão por pares - ajuda a detectar falhas maiores
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Toques FinaisToques FinaisαRevisão profissional – necessária para
pegar erros sutis (repetições, ritmo, etc)
αLeitura críticaΔ Avalia: Coesão, Consistência, Coerência,
Concisão, Clareza, Cadência, Correção, Diagramação (eventualmente), Linguagem, Suspensão da descrença
αMais sobre Leitura Crítica: Δ Palestra “Escrever: Arte ou Ofício”, Δ Aqui, Domingo, 15:30h
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