teologia moral
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Grego θεóς = theos = "divindade" +λóγος, logos = "palavra") /"estudo", análise, questionamento...No sentido literal é o estudo:


M o r a l

M o r a lCostumes
Comportamento
Regras que regem nossas vidas.

Pentateuco


Sapienciais e Profetas

Sócrates

• O ethos socrático éracionalista, neleencontramos umaconcepção do bem comofelicidade pra a alma e dobom como útil para afelicidade.
• A tese da virtude (Areté)que é a capacidade última

•O homem age
retamente quando
conhece o bem e,
conhecendo-o, não
pode deixar de
praticá-lo, Por outro
lado, aspirando ao

Aristóteles

• A Partir de Platão, mais forte com Aristóteles, o homem enquanto tal, só pode viver na cidade ou na polis; é, por natureza, um animal político, ou seja, social. Não pode levar uma vida moral como indivíduo isolado, mas como membro da comunidade.


• 1. O que é o Bem para o homem.
• 2. A virtude Moral.
• 3. Responsabilidade pela ação.
• 4. Virtudes relacionadas com o dinheiro liberalidade e mesquinharia (baixeza, mediocridade, vulgaridade e avareza.
• 5. Justiça como um meio-termo.

• 6. A virtude intelectual
• 7. Continência e incontinência.
• 8. Amizade.
• 9. Nas amizades onde os motivos de cada um das duas partes são diferentes.
• 10. Prazer - Felicidade.



Moral:•Costume
•Comportamento
•Regras que regem nossas vidas
Ética:• A raiz da palavra ethos vem do grego e sugere morada,
residência, lugar onde se habita.


•A raiz da palavra ethos vem do
grego e sugere
morada, residência, lugar onde se
habita.

•Portanto, a esse modo ou
jeito próprio e habitual de
morar, habitar no mundo e
organizar a vida é que
chamamos de ethos.

•Isso se dá na maneira em que
vamos escolhendo a melhor
resposta frente aos desafios,

• Experimentando, mudando, criando, a
té conseguir ajeitar nosso ninho.

Deste ethos em ação vão surgindo:
Valores
Solidariedade Partilha Encontro

Normas,

Costumes de uma civilização, de
um povo, de um grupo social ou
até de um único indivíduo.

•O ethos está em ação desde que
nascemos.

O ethos é:
Sistema de disposições adquiridas.
•Solidariedade
•AmorBem
•Ódio
•violênciaMal

•Gerador de
estratégias
novas, sempre que se
faz necessário.

•Por disposições
adquiridas queremos dizer
tudo aquilo que é
evidência comum de um
grupo, alimentados por:

Mitos

Símbolos

•Valores e práticas que sustentam e
regulamentam a vida individual e
coletiva.

•O ethos nem sempre é
verbalizado, nós
descobrimos no mais das
vezes quando observamos:

Comportamento das pessoas, suas motivações
e intenções profundas, seus gestos e ações
dentro do seu mundo existencial / cultural.

•Ele aflora nos sentimentos
espontâneos, nos estados de
ânimo, nos costumes e no agir
cotidiano. Está presente na
sabedoria popular, nos
provérbios, no folclore e na
religiosidade.

•ponto de partida para
entender profundamente o ser
humano e suas atitudes.

•Ele aparece como um alicerce
que sustenta o ser humano seja
lá qual for a sua situação e
onde quer que viva, em qualquer
época. Constitui-se numa fonte
que não pára de jorrar.

• O ethos depara com uma experiência histórico-
social no terreno da moral.
• partindo delas, procura determinar a essência
da moral, sua origem, suas condições objetivas
e subjetivas do ato moral, as fontes da
avaliação moral, a natureza e a função dos
juízos morais, os critérios de justificação destes
juízos e o princípio que rege a mudança e a
sucessão dos diferentes sistemas morais.

• Não podemos falar de
normas, culturas, religiões, sem partir
dos ethos. Ele aponta para a identidade
mais profunda do humano,é bem verdade
que nós nem sempre a revelamos de
imediato, porque costumamos nos refugiar
nas aparências, que não raro viram
máscaras.

• Na dimensão cristã, da qual fazemos
parte e recebemos o mandato de Cristo
de ir por todo mundo e “fazei de
todas as naçõesdiscípulos, batizando-asem nome do Pai, doFilho e do Espírito Santoe ensinando a observartudo quanto vos

Cristo resgatou o ethos

•Em todo seu vigor, abrindo-
nos as portas para o “tesouro”
do humano, sem
máscaras, para além das
aparências, numa conjugação
do divino e do humano.

•O Pai, é ao mesmo tempo a
realização plena do humano, do
ethos. Na medida em que nos
aprofundamos no ethos revelado
por Cristo, conhecemos melhor o
ethos do humano. Eis uma das
tarefas mais cruciais para a
Teologia Moral.

Moral


•É uma palavra
que deriva do
latim / mos-
mores –
costumes,
comportamento

•A moral: Conjunto de
normas aceitas livres
e
conscientemente, qu
e regulam o
comportamento
individual e social
dos homens.

• Por muitos
séculos, moral passou a
representar um esquema
de “conservação”, algo
“fechado”, mas aos
poucos foi se abrindo.
• Moral será sempre a
busca ou indicação de
caminho possível ou

•A moral segue em
progresso quando
elevada pelo caráter
consciente e livre do
comportamento dos
indivíduos ou dos
grupos sociais e, por
conseguinte, pelo

• Neste sentido, a
comunidade primitiva se
nos apresenta com uma
fisionomia moral pobre,
porque seus membros
atuam de acordo com as
normas estabelecidas
pelo costume e, por
conseguinte, com um

•O ethos é um
referencial
substancial, por isso
precisa estar
atento, pois no meio
dele pode brotar
contra valores e
assim, contaminar a

•Há possibilidade de
legitimarmos em
nossa vida contra
valores, como
sendo valores. É
fácil perceber
como o nosso

Submissão

Exploração

Autoritarismo

Mordomia

Privilégio

Esperteza

Jeitinho

•Notemos como está sendo introduzindo como normal todo um modo de ser e viver:

Malandragem

Sorte

Pistolão

Clientelismo

• Para a moral não cair nesta armadilha, ela precisa da ética.
• Horizonte crítico e depurador.
• É o ethos que fornece a “matéria prima”: substrato que é a identidade primeira de um grupo ou povo, seu

•Continuemos na busca
da compreensão da
Teologia enquanto
“lar” da ética. O
cristianismo tem sido
sempre um lar para os
grandes projetos éticos
da humanidade. Essa

O cristianismo tem sido
sempre um lar para os
grandes projetos éticos da
humanidade.

fontes onde se bebe:
da fé num único Deus “vivo e
verdadeiro”

• (1Ts 1,9), que é o
sustentador e a
garantia humana (Ex
20,1-17), da
consciência crítico-
utópica do profetismo,
que sabe descobrir o
mal, ainda que

Para os Cristãos, o ethos vem
Jesus de Nazaré.

A cifra e o sinal dessa alternativa ética é

compromisso
mediante as Bem-
aventuranças no
contexto da
proclamação da Lei
messiânica e
escatológica do
sermão da

Jesus vendo a multidão, subiu a um monte, sentando-se, começou a ensinar:

Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

Felizes os mansos, porque
herdarão a terra

Felizes os aflitos, porque
serão consolados.

Felizes os que tem fome e sede da justiça, porque serão saciados.

Felizes os misericordiosos, porque
alcançaram misericórdia.

Felizes os de puro coração, porque
verão a Deus.

Felizes os que promovem a paz, porque
serão chamados filhos de Deus.

Felizes os que são perseguidos por causa da
justiça, porque deles é o reino dos céus.
•

• Felizes sois vós, quando vos injuriarem e vos
perseguirem e, mentindo, disserem todo mal
contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e
regozijai-vos, porque será grande a vossa
recompensa nos céus, pois foi assim que
perseguiram os profetas que vieram antes de
vós.

•O fundamento da
Teologia como lar da
ética tem como base:

Orienta
normas para
uma vida
“boa”. Não há fé
plenamente
vivida sem
ilustração da mesma.

(Tia 2,14-22)

•Quando esse
dinamismo de
ilustração se converte
em discurso crítico faz
sua aparição: a
Teologia. Por isso
pode se afirmar que a
Teologia é um “lar”


Iluminismo




Crise•Confronto
Ética•Valores


Ética – Moral Crise?

Filosofia Moderna -
Heidegger

•Deu importância ao significado de ethos, como sendo “estilo humano de morar e de habitar”. A ética constrói um universo de sentido, de ideais, de valores onde pode habitar a condição

• O mundo em que nos
encontramos está
confuso, cheio de
interrogações, de
incertezas, de ceticismo.
Não há segurança nas
respostas e as mudanças
são constantes e
permanentes e cada vez

• O moderno, o pós-moderno e já se fala que estamos em pleno tempo contemporâneo, que se impõe de forma brutal. Mas esse novo tempo que vivemos também enfrenta crise pela rapidez das diversas mudanças.

• Seja qual for essa era em que vivemos, o certo é que estamos em profundas mudanças que naturalmente provocam em cadeia, uma série de crises aptas a provocar todo o complexo sistema político-cultural-econômico-religioso-social.

O ser humano está vazio, anda aborrecido com tudo, responde a qualquer provocação com violência e até de forma violenta.

•A vida é cheia de armadilhas que proporcionam um permanente estado de medo, medo de tudo: perder o

• Estamos nos afundando num individualismo narcisista; somos tomados pelo niilismo, ou seja, por uma descrença absoluta frente às Instituições Religiosas e sua hierarquia de valores.
• Esse tempo é de experiência da ausência de sentido de normas.

• A impressão que temos é que tudo está de cabeça pra baixo, que o mundo está escapando das nossas mãos, do nosso controle.
• Já não há mais traços da unanimidade, característica do tradicional. Por isso podemos afirmar que o mundo atual é plural, policêntrico, aldeia global, ecumênico.

• Cabia a cada pessoa se
encaixar no sistema
vigente. Os papeis que
cada um deveria
desempenhar os
símbolos e a religião,
tinham lugar garantido,
não se podia questionar,
menos ainda desprezar

• A família era coesa, a visão do mundo ainda era cosmocêntrica, bem típica da sociedade agrária. O ser humano era intimamente ligado a natureza e era até subjugado as suas forças... Mas o processo de modernidade que começou com o iluminismo há cerca de 500 anos, acabou mudando o modo de pesar e de viver das pessoas.

• Com o processo
modernista, todas as ciências
decolaram e com a expansão da
pesquisa e da experiência
surgiram novos enunciados que
mudaria para sempre a história
da humanidade - Copérnico e
Galileu com o heliocentrismo.

•Francis Bacon com a
valorização da
razão, chamado
iluminismo e a
revolução
industrial, estes dois
últimos nos séculos
XVIII e XIX.

• A modernidade tem como princípio básico de que o homem é autônomo, sujeito de sua história e que busca a independência das determinações vindas de fora (tradições, religiões, autoridades e as forças da natureza).

•Outra artimanha do modernismo foi o processo de secularização, fomentado pelo avanço da técnica e da ciência, mas substancialmente a razão que emancipou o ser humano. O

• O certo é que o Estado moderno queria ser soberano e não mais permanecer sob a tutela religiosa. Em várias partes do mundo, foi se fortalecendo a dinâmica da separação entre Estado e Igreja. Com isso, a religião ficou na esfera do privado e

• Até então, a Teologia tinha explicação para tudo, mas com o advento das ciências, seus enunciados foram perdendo consistência. Por outro lado, a ciência tem a pretensão de explicar tudo, esvaziado até mesmo às questões Teológicas.

•Em relação à Religião e a Espiritualidade das pessoas, criou-se um vácuo, deixando todos desorientados. Mas continuam sedentos do sagrado, buscam Deus. Essa necessidade de Deus, está nas suas

• Aí está a explicação para o surgimento e o sucesso das novas formas de “religiosidade” – seitas e outras - São expressão desse ser humano moderno que necessita cultivar o espiritual.

São expressão desse ser humano moderno que
necessita cultivar o espiritual.

• Em tudo o que vimos ate aqui, o homem é causa e vítima desses conflitos e desgraças.

• Avaliam-se, sobretudo as
aspirações da
humanidade
especialmente dos
setores mais
marginalizados, daí as
reivindicações na
dimensão
econômica, social, polític

Perspectivas para a elaboração do novo ethos

“As instituições, as leis e os modos de pensar e agir legados pelos
antepassados não parecem sempre bem adaptados ao estado atual de
coisas” (GS 7,2)

Em virtude disso e em colaboração com
a Igreja de Cristo e com todos os homens
e mulheres de boa vontade queremos
traças caminhos para que o ser humano
retome o caminho de sua vocação
primeira e cooperar nas soluções que
respondam aos principais problemas de
nossa época.

Os mandamentos de Deus são, também, preceitos ou imperativos morais.

Religião• A religião se apresenta como
garantia do fundamento absoluto (Deus) dos valores morais, assim como da sua relação no mundo, sem religião, portanto, não há moral.

• Segundo o Concílio, o conteúdo dessa reflexão é justamente “a sublimidade da vocação dos fiéis em Cristo. Não se trata, portanto de estudar os princípios e normas morais, trata-se muito de apresentar a boa nova ao cristão que é essencialmente a graça de Cristo e fruto do Espírito Santo (LG 9).

•Assim, estamos situando
Cristo no cerne da
própria teologia moral,
seguindo as pegadas de
São Paulo. Para
entendermos melhor
tudo isso, precisamos
entender sobre ethos e

• Precisamos retomar a nossa identidade cristã e como membros da Igreja Católica Apostólica Romana dar nossa contribuição para este tempo de crise.

• Entretanto, tempo esse, que contem grandes sonhos e desejos, uma vontade enorme de trilhar o caminho do crescimento e aperfeiçoamento contínuo, numa incessante busca de plenitude e realização.

• Este tempo que nos é dado viver é tempo de Graça de Deus para nós! Em nossa próxima aula, vamos analisar de forma crítico-científico a moral nos designo de Deus a partir da Revelação, tendo como base o Primeiro Testamento.

Voltemos às fontes!