Profº Rafael Rodrigues Disciplina: Física · IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO . Impulso é a...
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Aulas Multimdias Santa Ceclia
Prof Rafael Rodrigues
Disciplina: Fsica
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IMPULSO
E
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
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Impulso a grandeza fsica vetorial relacionada com a fora aplicada em um
corpo durante um intervalo de tempo. Quando a fora que atuar no corpo for
constante, o impulso dado pela expresso:
I = impulso (N.s);
F = fora (N);
t = tempo de atuao da fora F (s).
CONCEITO DE IMPULSO
t
F
O taco est exercendo
fora durante um
intervalo de tempo
pequeno.
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Canhes de longo alcance possuem canos compridos. Quanto mais longo
este for, maior a velocidade emergente da bala.
Isso ocorre porque a fora gerada pela exploso da plvora atua no cano
longo do canho por um tempo mais prolongado. Isso aumenta o impulso
aplicado na bala do canho.
O mesmo ocorre com os rifles em relao aos revlveres.
v
Ao empurrarmos um carro, por exemplo, quanto maior a intensidade da fora e o
tempo de atuao dessa fora, maior ser o impulso aplicado no carro.
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ot
tt
ANTESV
DEPOISV
Quando uma bola atinge a
parede, ela se deforma
rapidamente, o que indica
que a fora de interao
entre a bola e a parede
aumenta rapidamente com o
tempo. Quando a
deformao da bola for
mxima, a fora que age
sofre ela mxima. A fora
que a parede exerce na bola
varia.
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Quando a fora aplicada no for constante ao longo do tempo,
a intensidade do impulso pode ser calculada atravs da rea
do grfico F x t com o eixo do tempo, conforme a seguir.
|F|
t
A
t1 t2
I = rea
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Comumente, o intervalo de tempo durante o qual uma bola de tnis permanece
em contato com uma raquete aproximadamente igual a 0,01 s. A bola se achata
por causa da enorme fora exercida pela raquete.
O valor do impulso corresponde rea do grfico do valor da fora em funo
do tempo.
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ti tft
F
t
F
t
ti tf
t
mola flexvel
mola rgida
t grande, fora pequena t pequeno, fora grande
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CONCEITO DE QUANTIDADE DE MOVIMENTO
(MOMENTO LINEAR)
Todos ns sabemos que muito mais difcil parar um caminho pesado do que
um carro que esteja se movendo com a mesma rapidez. Isso se deve ao fato do
caminho ter mais inrcia em movimento, ou seja, quantidade de movimento.
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Quanto maior a quantidade de movimento
de um corpo, mais difcil trav-lo e maior
ser o efeito provocado por ele se for
posto em repouso por impacto ou coliso.
O caminho tem quantidade de movimento maior que um carro se movendo
com a mesma velocidade porque ele tem massa maior. Um navio movendo-se
com pequena velocidade pode ter uma quantidade de movimento grande, assim
como uma bala movendo-se com grande velocidade.
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TEOREMA DO IMPULSO
Considere um corpo de massa m que se desloca em uma superfcie
horizontal com uma velocidade vo. Em um certo instante passa a atuar
nele uma fora resultante de intensidade F, durante um intervalo de
tempo t.
O impulso produzido pela fora F igual a:
tFI .
oVmVmI ..
amF . tamI ..
t
VVa o
t
t
VVmI o
.. oVVmI .
vmQ .
O IMPULSO MODIFICA A QUANTIDADE DE MOVIMENTO.
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V1 V2
t
I = Q
I = m.V2 - m.V1
Quanto maior o impulso, maior ser a velocidade V2 em
relao velocidade V1.
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Quando uma pessoa salta de uma grande altura, ela ter uma grande quantidade
de movimento ao tocar o solo. Essa quantidade de movimento ir variar para
zero. Logo, o cho ir exercer na pessoa um impulso. Se a pessoa dobrar os
joelhos ao fizer contato com o cho, ir aumentar de at 20 vezes o tempo
necessrio para reduzir a quantidade de movimento para zero. Isso reduz a fora
de impacto com o cho de at 20 vezes.
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No bungee jumping a grande quantidade de movimento adquirida durante a
queda deve ser reduzida para zero por um impulso de igual valor. O prolongado
tempo de estiramento da corda faz com que uma fora mdia pequena seja capaz
de levar o saltador ao repouso antes de atingir o solo. A corda pode ser
distendida durante a queda at atingir o dobro do seu comprimento original.
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kg70m
km/h1001 v
m-kg 1946)8.27)(70(v mQ 11
Velocidade inicial:
s1.0tIntervalo de tempo para parar:
27.8m/s3600100(1000)/km/h1001 v
0v mQ 22
N -19460 1.0
1946
t
QQF
QQQt F
12
12
TESTE DE COLISO
Fora horizontal mdia exercida pelo cinto
de segurana no manequim:
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CONSERVAO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Considere um sistema formado por dois corpos A e B que se
colidem.
No sistema, as foras decorrentes de agentes externos ao
sistema so chamadas de foras externas, como, por exemplo
o peso P e a normal N. No sistema, a resultante dessas foras
externas nula.
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Durante a interao, o corpo A exerce uma fora F no corpo B
e este exerce no corpo B uma fora -F, de mesmo mdulo e
sentido oposto. As foras F e -F correspondem ao par Ao e
Reao. Essas foras so foras internas ao sistema.
Denomina-se sistema isolado de foras externas o sistema
cuja resultante dessas foras nula, atuando nele somente
as foras internas.
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Pelo Teorema do Impulso
A quantidade de movimento de um sistema de
corpos, isolado de foras externas, constante.
Como
Considerando um sistema isolado de foras externas:
0RF tFI R . 0I
IF QQI
0I FI QQ
FINALINICIAL QQ
Para alterarmos a quantidade de movimento de um corpo devemos
aplicar-lhe um impulso. O impulso ou a fora devem ser exercidos sobre
o corpo ou sistema de corpos por algo exterior ao corpo ou ao sistema.
Foras internas no contam. Uma pessoa sentada dentro de um carro
empurrando o painel, e este empurrando de volta, no altera a quantidade
de movimento do carro, pois essas foras so internas.
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RECUO DE ARMA DE FOGO
Antes do disparo a quantidade de movimento do sistema nula. Com o disparo a
arma exerce fora na bala e a bala exerce fora no projtil. Essas foras so
internas. Assim, quantidade de movimento se conserva. Se somarmos a
quantidade de movimento da bala e a quantidade de movimento da arma, depois
do disparo, o valor ser igual a zero:
Q antes = Q depois = 0
Q depois = Q arma + Q bala = 0
m1 V1 + m2 V2 = 0
2
112
m
V.mV
Como m2 > m1, a arma recua com velocidade menor que a da bala.
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Acme
ANTES
DEPOIS
Um corpo monoltico separado em
fragmentos devido a foras internas.
Uma bomba, originalmente em repouso, explode e voa estilhaos em todas as
direes, cada pea com uma massa e velocidade diferentes. Os vetores de
quantidade de movimento so mostrados.
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EXPLOSO
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Como a quantidade de movimento da bomba antes da exploso era nula, se
somarmos a quantidade de movimento de cada fragmento, deveremos encontrar
um valor nulo. Assim, se ligarmos os vetores quantidade de movimento de cada
fragmento origem com extremidade formaremos um polgono fechado, o que
significa que a soma vetorial das quantidades de movimento de cada fragmento
nula.
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CHOQUE OU COLISO
Antes
Durante
Depois
um processo em que duas partculas so lanadas uma contra a outra e h
troca de energia e quantidade de movimento. A quantidade de movimento total de
um sistema de objetos em coliso uns com os outros mantm-se inalterado
antes, durante e depois da coliso, pois as foras que atuam nas coliso so
foras internas. Ocorre apenas uma redistribuio da quantidade de movimento
que existia antes da coliso.
Quantidade de movimento total antes da coliso = Quantidade de movimento total depois da coliso.
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COLISES ELSTICAS E INELSTICAS
J vimos que colises, por envolverem apenas foras internas, conservam a
quantidade de movimento. E a energia?
Embora a energia TOTAL seja sempre conservada, pode haver transformao da
energia cintica inicial (inicialmente s h energia cintica) em outras formas de
energia (potencial, interna na forma de vibraes, calor, perdas por gerao de
ondas sonoras, etc.).
Se a energia cintica inicial totalmente recuperada aps a coliso, a
coliso chamada de COLISO ELSTICA.
Se no, a coliso chamada de COLISO INELSTICA. Note que se
houver aumento da energia cintica (quando h converso de energia
interna em cintica: exploso), a coliso tambm inelstica.
Coliso elstica E cintica inicial = E cintica final
Coliso inelstica E cintica inicial E cintica final
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Coliso Elstica
Suponha que duas esferas, A e B, colidissem de tal modo que suas
energias cinticas, antes e depois da coliso, tivessem os valores
mostrados na figura a seguir.
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Observe que, se calcularmos a energia cintica total do sistema,
encontraremos:
Antes da Coliso: EcA + EcB = 8+4 = 12J
Aps a Coliso: EcA + EcB = 5+7 = 12J
Neste caso, a energia cintica total dos corpos que colidiram se
conservou. Esse tipo de coliso, na qual, alm da quantidade de
movimento (que sempre ocorre), h tambm a conservao da
energia cintica, denominada coliso elstica.
Na coliso elstica, os objetos ricocheteiam sem qualquer
deformao permanente ou gerao de calor.
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1 2
iv2iv11 2
fv2
2
22
2
11
2
22
2
11
22112211
2
1
2
1
2
1
2
1ffii
ffii
vmvmvmvm
vmvmvmvm
f2f1 v e v
fv1
iif
iif
vmm
mmv
mm
mv
vmm
mv
mm
mmv
2
21
121
21
12
2
21
21
21
211
2
2
1 2
iv1
1 2fv2
mmm 21
if vv 12
01 fv
02 iv
Choque Elstico
antes da coliso depois da coliso
resolvendo para
Sinuca: choque elstico de corpos de mesma massa
antes da coliso
depois da colisocorpos trocam de velocidade
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Coliso Inelstica
m m
antes do choque
m m
V = 0 V = 0
depois do choque
A energia cintica no se conserva. Isso ocorre porque a energia cintica das
partculas envolvidas no choque se transforma em energia trmica, sonora etc.
Mesmo a energia cintica no se conservando, a quantidade de movimento do
sistema se conserva durante a coliso. Esse tipo de coliso chamada de
coliso inelstica. A maioria das colises que ocorrem na natureza inelstica.
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V V
222
antes cintica V m 2
V m
2
V mE
0 E depois cintica
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Coliso Perfeitamente Inelstica
aquela que, aps o choque, os corpos passam a ter a mesma velocidade
(movem-se juntos), tendo a maior perda possvel de energia cintica do
sistema.
A figura a seguir exemplifica um coliso perfeitamente inelstica.
Obs.: na coliso perfeitamente inelstica no se perde, necessariamente,
toda a energia cintica.
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1 2
iv2iv11 2
fff vvv 21
fffii vmmvmvmvmvm )( 2122112211
21
2211
mm
vmvmv iif
iv1
1m2m
fv
21 mm h
ghv
ghmmvmm
f
f
2
)()(2
121
2
21
fii vmmvmvm )( 212211 0
21
11
mm
vmv if
ghm
mmv i 2
1
211
Logo:
Choque Perfeitamente Inelstico
antes da coliso depois da coliso
Pndulo Balstico
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COEFICIENTE DE RESTITUIO (e)
o coeficiente que relaciona a velocidade de afastamento e a
velocidade de aproximao entre os corpos participantes do choque
mecnico.
e =VafastamentoVaproximao
21
21
V1 V2
21
V2V1
e =V2 V1V1 V2
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CHOQUE ELSTICO
Toda a energia cintica que existia no sistema antes da
coliso devolvida. Ou seja, ocorre uma restituio
perfeita, total, de 100%.
21
21
20 m/s10 m/s
12 m/s
21
18 m/s
Vafast. = Vaprox.
e = 1
Ecantes = Ecdepois
-
CHOQUE INELSTICO
Apenas uma parte da energia cintica que existia no
sistema antes da coliso devolvida. Ou seja, ocorre
uma restituio parcial aps a coliso.
21
21
20 m/s10 m/s
21
8 m/s 16 m/s
Vafast. < Vaprox.
0 < e < 1
Ecantes > Ecdepois
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CHOQUE PERFEITAMENTE INELSTICO
Nesse caso, os corpos permanecem juntos aps a coliso.
Isso significa que a velocidade de afastamento dos corpos
nula. Portanto, no h restituio de energia ao sistema.
21
21
20 m/s10 m/s
21
6 m/s
Vafast. = 0
e = 0
Ecantes > Ecdepois
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TIPO DE CHOQUE COEFICIENTE ENERGIA
INELSTICO
ELSTICO
PERFEITAMENTEINELSTICO
e = 1
e = 0
0 < e < 1
Ecantes > Ecdepois
Ecantes = Ecdepois
Ecantes > Ecdepois
RESUMINDO:
1) Conservao da quantidade de movimento
2) Coeficiente de restituio:
Equaes para a resoluo de problemas sobre colises:
Qantes = Qdepois m1.V1 + m2.V2 = m1.V1 + m2.V2
e =Vafastamento
Vaproximao
e =V2 V1
V1 V2
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