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TRANSMISSÃO DE CALOR II Prof. Eduardo Loureiro, DSc.

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TRANSMISSÃO DE CALOR II

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EBULIÇÃO

EXEMPLO

Um elemento aquecedor com revestimento metálico, com 6 mm de diâmetro e emissividade ε = 1,

encontra-se imerso em posição horizontal em um banho de água. A temperatura da superfície do metal

é de 255oC sob condições de ebulição em regime estacionário. Estime a dissipação de potência por

unidade de comprimento do aquecedor.

Cálculo do excesso de temperatura:

De acordo com a curva de ebulição, acontece ebulição em filme em piscina quando a transferência de

calor é por convecção e radiação.

CTTT o

satse 155100255

ess TDhDqq

313434 hhhh radconv

413

satsvv

fgvl

v

convD

TTk

DhgC

k

DhuN

satsvpfgfg TTchh ,8,0

2

satsf

TTT

sats

satsrad

TT

TTh

44

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EBULIÇÃO

EXEMPLO

Um elemento aquecedor com revestimento metálico, com 6 mm de diâmetro e emissividade ε = 1,

encontra-se imerso em posição horizontal em um banho de água. A temperatura da superfície do metal

é de 255oC sob condições de ebulição em regime estacionário. Estime a dissipação de potência por

unidade de comprimento do aquecedor.

339,957

10044,1

11

mkg

xve

l

kgkJh fg 2257

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EBULIÇÃO

EXEMPLO

Um elemento aquecedor com revestimento metálico, com 6 mm de diâmetro e emissividade ε = 1,

encontra-se imerso em posição horizontal em um banho de água. A temperatura da superfície do metal

é de 255oC sob condições de ebulição em regime estacionário. Estime a dissipação de potência por

unidade de comprimento do aquecedor.

KTT

T satsf 65,45015,273

2

100255

2

mKWkv

3109,29

kgKkJc vp 980,1,

sm2

61011,31

34902,0m

kgg

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EBULIÇÃO

EXEMPLO

Um elemento aquecedor com revestimento metálico, com 6 mm de diâmetro e emissividade ε = 1,

encontra-se imerso em posição horizontal em um banho de água. A temperatura da superfície do metal

é de 255oC sob condições de ebulição em regime estacionário. Estime a dissipação de potência por

unidade de comprimento do aquecedor.

33

, 10250215519808,01022578,0 satsvpfgfg TTchh

Km

Wh

TTk

DhgC

k

DhuN

conv

satsvv

fgvl

v

convD

2

41

6

33

413

238006,0

0299,0

1550299,01011,31

006,01025024902,09,95781,962,0

Km

W

TT

TTh

sats

satsrad 2

44844

3,21373528

3735281067,5

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EBULIÇÃO

EXEMPLO

Um elemento aquecedor com revestimento metálico, com 6 mm de diâmetro e emissividade ε = 1,

encontra-se imerso em posição horizontal em um banho de água. A temperatura da superfície do metal

é de 255oC sob condições de ebulição em regime estacionário. Estime a dissipação de potência por

unidade de comprimento do aquecedor.

Resolvendo no Excel:

Finalmente:

313434

313434

3,21238 hh

hhhh radconv

Km

Wh

21,254

m

WTDhDqq ess 742155006,01,254

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EBULIÇÃO

EBULIÇÃO COM CONVECÇÃO FORÇADA

Na ebulição com convecção forçada, além do movimento causado pelo surgimento de bolhas nasuperfície aquecida, o escoamento é devido a uma movimentação dirigida (ou global) do fluidoproporcionada por um agente (uma bomba, p. ex.).

As condições dependem fortemente da geometria:

1. Escoamento externos sobre placas ou cilindros aquecidos;

2. Escoamento interno (em dutos). Comumente denominado escoamento bifásico, caracterizadopor mudanças rápidas do estado líquido para vapor no sentido do escoamento.

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EBULIÇÃO

EBULIÇÃO COM CONVECÇÃO FORÇADA EM ESCOAMENTO

EXTERNO

Para um líquido com velocidade V em escoamento cruzado sobre um cilindro com diâmetro D, foramdesenvolvidas as seguintes expressões para escoamentos com baixas e altas velocidades (aspropriedades são estimadas na temperatura de saturação):

Baixas velocidades:

Altas velocidades:

As regiões de alta e baixa velocidade são determinadas em função do valor do parâmetro de fluxotérmico:

ALTA VELOCIDADE BAIXA VELOCIDADE

31

max 41

1

Dfgv WeVh

q

31

2143

max

2,19169 D

vlvl

fgv WeVh

q

DVWe v

D

2

O número de Weber é a razãoentre as forças de inércia e asforças de tensão superficial:

1

275,021

max

v

l

fgv Vh

q

1

275,021

max

v

l

fgv Vh

q

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EBULIÇÃO

EXEMPLO

Água saturada a 1 atm, e a uma velocidade de 2 m/s, escoa sobre um elemento de aquecimentocilíndrico com 5 mm de diâmetro. Qual é a taxa máxima de aquecimento por unidade decomprimento do cilindro?

339,957

10044,1

11

mkg

xve

l

35956,0679,1

11

mkg

vv

v

kgkJh fg 2257

mN3109,58

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EBULIÇÃO

EXEMPLO

Água saturada a 1 atm, e a uma velocidade de 2 m/s, escoa sobre um elemento de aquecimentocilíndrico com 5 mm de diâmetro. Qual é a taxa máxima de aquecimento por unidade decomprimento do cilindro?

Supondo tratar-se de região de alta velocidade:

Testando se a hipótese de região de alta velocidade é verdadeira:

Hipótese confirmada. Então, a máxima taxa de calor por unidade de comprimento é:

31

2143

max

2,19169 D

vlvl

fgv WeVh

q

DVWe v

D

2

1

275,021

max

v

l

fgv Vh

q

2

31

2

321433

max 331,4005,025955,0

109,58

5955,0

9,957

2,19

1

5955,0

9,957

169

121022575955,0

m

MWq

15955,0

9,957275,0

21022575955,0

10331,421

3

6

51,461,1

m

kWDqq 68005,010331,4 6

maxmax

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EBULIÇÃO

EBULIÇÃO COM CONVECÇÃO FORÇADA – ESCOAMENTO BIFÁSICO

A ebulição com convecção forçada emescoamento interno está associada àformação de bolhas na superfícieinterna de um tubo aquecido atravésdo qual um líquido escoa.

O crescimento e desprendimento dasbolhas são fortemente influenciadospela velocidade do escoamento e osefeitos fluidodinâmicos diferem muitodos presentes na ebulição em piscina.

O processo é acompanhado pelaexistência de uma variedade depadrões de escoamento bifásico.

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EBULIÇÃO

EBULIÇÃO COM CONVECÇÃO FORÇADA – ESCOAMENTO BIFÁSICO

A transferência de calor para o líquidosub-resfriado que entra no tubo éinicialmente por convecção forçadamonofásica.

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EBULIÇÃO

EBULIÇÃO COM CONVECÇÃO FORÇADA – ESCOAMENTO BIFÁSICO

Mais além no tubo, a temperatura naparede se torna superior à temperaturade saturação do líquido e a vaporizaçãoinicia-se na região de ebulição comescoamento sub-resfriado.

Essa região é caracterizada pelapresença de gradientes de temperaturaradiais significativos, com bolhas seformando adjacentes à paredeaquecida e líquido sub-resfriadoescoando perto do centro do tubo.

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EBULIÇÃO

EBULIÇÃO COM CONVECÇÃO FORÇADA – ESCOAMENTO BIFÁSICO

A espessura da região das bolhas aumenta aolongo do tubo até que o núcleo do líquidoatinge a temperatura de saturação do fluido.Então as bolhas podem estar presentes emqualquer posição radial e a fração máxima devapor no fluido média no tempo, , é maiordo que zero em qualquer posição radial. Issomarca o início da região de ebulição comescoamento saturado.

No interior desta região, a fração mássica devapor média, frequentemente chamada dequalidade do fluido bifásico é definida por:

Devido à grande diferença de massasespecíficas entre as fases de vapor e delíquido, a velocidade média do fluido, u,aumenta significativamente.

X

m

XdAxru

X cA

c

,

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EBULIÇÃO

EBULIÇÃO COM CONVECÇÃO FORÇADA – ESCOAMENTO BIFÁSICO

O primeiro estágio da região de ebulição comescoamento saturado corresponde ao regimede escoamento com bolhas.

Na medida em que aumenta, bolsasindividuais coalescem formando bolsões devapor. Esse regime de escoamento embolsões é seguido pelo regime deescoamento anular no qual o líquido formaum filme na parede do tubo.

Esse filme se move ao longo da superfícieinterna do tubo, enquanto o vapor se movecom uma velocidade maior através do núcleodo tubo.

X

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EBULIÇÃO

EBULIÇÃO COM CONVECÇÃO FORÇADA – ESCOAMENTO BIFÁSICO

Na sequência, pontos secos aparecem nasuperfície interna do tubo e crescem emtamanho no interior de um regime detransição. Finalmente a superfície inteira dotubo está completamente seca e todo olíquido remanescente está na forma de gotasque viajam a alta velocidade no núcleo centraldo tubo no regime de névoa.

Depois das gotas serem totalmentevaporizadas , o fluido é constituído de vaporsuperaquecido em uma segunda região deconvecção forçada monofásica.

O aumento da fração mássica de vapor emconjunto com a significativa diferença dasmassas específicas das fases líquida e vapor ,aumentam a velocidade média do fluido porvárias ordens de grandeza entre a primeira e asegunda regiões de convecção forçadamonofásica.

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