POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL...

13
140 _________________________________________ISSN 1983-4209 Volume 08Número 03 2012 POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)-α -TERPINEOL Oskar Almeida Silva 1 , Antonia Amanda Cardoso de Almeida 2 , Rusbene Bruno Fonseca de Carvalho 1 , José Damasceno Nogueira Neto 3 , Damião Pergentino de Sousa 4 , Rivelilson Mendes de Freitas 5,*1 RESUMO - O (-)-α-terpineol (2-(4-metilciclohex-3-en-1-il)propan-2-ol) é um monoterpenoide de fórmula molecular C 10 H 18 O presente em óleos essenciais de várias plantas medicinais. Dessa forma, é importante avaliar a contribuição dessa substância na atividade antioxidante desses produtos naturais por meio de estudos em modelos experimentais. Assim, o presente estudo avaliou as propriedades antioxidantes do (-)-α-terpineol in vitro contra a formação de espécies reativas com o ácido tiobarbitúrico (TBARS), radical hidroxila e produção de oxido nítrico. Os resultados obtidos demonstraram o α-terpineol, foi capaz de prevenir a peroxidação lipídica induzida por AAPH, reduzindo a quantidade de TBARS formado. A formação do radical hidroxila foi inibida, sugerindo uma possível ação antioxidante deste monoterpeno. Na avaliação de produção de oxido nítrico o (-)- α-terpineol diminuiu a formação desse composto, revelando um perfil protetor in vitro das biomoléculas, como lipídios das membranas celulares contra danos causados por radicais livres gerados. O monoterpeno demonstrou um forte potencial antioxidante in vitro, por meio da capacidade de remoção contra radicais hidroxilas e óxido nítrico, bem como preveniu a formação de TBARS, de forma semelhante ao Trolox (controle positivo). Diante dos resultados obtidos pode ser sugerido que o (-)-α-terpineol possui potencial antioxidante in vitro. Unitermos: Monoterpeno, Óleos essenciais, Óxido Nítrico, Peroxidação Lipídica, Radical Hidroxila. IN VITRO ANTIOXIDANT POTENTIAL OF (-)-α TERPINEOL ABSTRACT - The (-)-α-terpineol (2-(4-metilciclohex-3-en-1-yl)-propan-2-ol) is a monoterpenoid with molecular formula of C 10 H 18 O present in essential oils of various medicinal plants. Thus, it is important to evaluate the contribution of this substance in the antioxidant activity of these natural products through studies in experimental models. Thus, the present study evaluated the in vitro antioxidant properties of (-)-α-terpineol against the formation of reactive species with thiobarbituric acid (TBARS), hydroxyl radical and nitric oxide production. The results showed that α-terpineol was capable of preventing lipid peroxidation induced by AAPH, reducing the amount of TBARS generation. The hydroxyl radical formation was inhibited, suggesting a possible antioxidant action of this monoterpene. In the evaluation of the production of nitric oxide, (-)-α-terpineol decreased generation of such compound, showing a profile of in vitro protector biomolecules as lipids in cell membranes from damage caused by free radicals. The monoterpene demonstrated a strong in vitro antioxidant potential by removal hydroxyl radicals and nitric oxide and prevented TBARS formation similarly to Trolox (positive control). Based on these results, it can be suggested that (-)- α-terpineol has in vitro antioxidant potential. 1 Graduandos em Química pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, Brasil.([email protected]); ([email protected]); 2 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Farmacêuticas (PPGCF) da UFPI, Teresina, Brasil. ([email protected]); 3 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFPI, Teresina, Brasil. [email protected]; 4 Professor do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de Sergipe, Brasil. ([email protected]); 5 Professor do Departamento de Bioquímica e Farmacologia e Coordenador do PPGCF da UFPI, Teresina, Brasil. *E-mail: ([email protected]). Recebido em 28/06/2012 Aceite para publicação em 10/10/2012

Transcript of POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL...

Page 1: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

140

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)-α -TERPINEOL

Oskar Almeida Silva1, Antonia Amanda Cardoso de Almeida

2, Rusbene Bruno Fonseca de

Carvalho1, José Damasceno Nogueira Neto

3, Damião Pergentino de Sousa

4, Rivelilson Mendes de

Freitas5,*1

RESUMO - O (-)-α-terpineol (2-(4-metilciclohex-3-en-1-il)propan-2-ol) é um monoterpenoide de

fórmula molecular C10H18O presente em óleos essenciais de várias plantas medicinais. Dessa forma,

é importante avaliar a contribuição dessa substância na atividade antioxidante desses produtos

naturais por meio de estudos em modelos experimentais. Assim, o presente estudo avaliou as

propriedades antioxidantes do (-)-α-terpineol in vitro contra a formação de espécies reativas com o

ácido tiobarbitúrico (TBARS), radical hidroxila e produção de oxido nítrico. Os resultados obtidos

demonstraram o α-terpineol, foi capaz de prevenir a peroxidação lipídica induzida por AAPH,

reduzindo a quantidade de TBARS formado. A formação do radical hidroxila foi inibida, sugerindo

uma possível ação antioxidante deste monoterpeno. Na avaliação de produção de oxido nítrico o (-)-

α-terpineol diminuiu a formação desse composto, revelando um perfil protetor in vitro das

biomoléculas, como lipídios das membranas celulares contra danos causados por radicais livres

gerados. O monoterpeno demonstrou um forte potencial antioxidante in vitro, por meio da

capacidade de remoção contra radicais hidroxilas e óxido nítrico, bem como preveniu a formação de

TBARS, de forma semelhante ao Trolox (controle positivo). Diante dos resultados obtidos pode ser

sugerido que o (-)-α-terpineol possui potencial antioxidante in vitro.

Unitermos: Monoterpeno, Óleos essenciais, Óxido Nítrico, Peroxidação Lipídica, Radical

Hidroxila.

IN VITRO ANTIOXIDANT POTENTIAL OF (-)-α –TERPINEOL

ABSTRACT - The (-)-α-terpineol (2-(4-metilciclohex-3-en-1-yl)-propan-2-ol) is a monoterpenoid

with molecular formula of C10H18O present in essential oils of various medicinal plants. Thus, it is

important to evaluate the contribution of this substance in the antioxidant activity of these natural

products through studies in experimental models. Thus, the present study evaluated the in vitro

antioxidant properties of (-)-α-terpineol against the formation of reactive species with thiobarbituric

acid (TBARS), hydroxyl radical and nitric oxide production. The results showed that α-terpineol

was capable of preventing lipid peroxidation induced by AAPH, reducing the amount of TBARS

generation. The hydroxyl radical formation was inhibited, suggesting a possible antioxidant action

of this monoterpene. In the evaluation of the production of nitric oxide, (-)-α-terpineol decreased

generation of such compound, showing a profile of in vitro protector biomolecules as lipids in cell

membranes from damage caused by free radicals. The monoterpene demonstrated a strong in vitro

antioxidant potential by removal hydroxyl radicals and nitric oxide and prevented TBARS

formation similarly to Trolox (positive control). Based on these results, it can be suggested that (-)-

α-terpineol has in vitro antioxidant potential.

1Graduandos em Química pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, Brasil.([email protected]);

([email protected]); 2Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Farmacêuticas (PPGCF) da

UFPI, Teresina, Brasil. ([email protected]); 3Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da

UFPI, Teresina, Brasil. [email protected]; 4Professor do Departamento de Fisiologia da Universidade

Federal de Sergipe, Brasil. ([email protected]); 5Professor do Departamento de Bioquímica e

Farmacologia e Coordenador do PPGCF da UFPI, Teresina, Brasil. *E-mail: ([email protected]).

Recebido em 28/06/2012 Aceite para publicação em 10/10/2012

Page 2: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

141

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

Uniterms: Essential oils, Hydroxyl Radical, Monoterpene, Nitric Oxide, Lipid Peroxidation.

INTRODUÇÃO

Desde o inicio da civilização humana as plantas medicinais têm sido utilizadas com fins

terapêuticos, para a prevenção e profilaxia de diversas doenças (Veiga Jr. et al., 2005; Campêlo et

al., 2011a,b). Devido a sua flora bastante diversificada e uma privilegiada situação geográfica no

Brasil, existem diversos estudos com substâncias naturais derivadas de plantas para o tratamento de

inúmeras patologias (Nogueira et al., 1998).

Nas últimas décadas foram relatadas diversas pesquisas envolvendo metodologias voltadas

para detecção de atividades farmacológicas com preparações obtidas a partir da flora medicinal,

objetivando o desenvolvimento de novos fármacos que possam apresentar diversas vantagens, como

efetividade, potência e menos efeitos colaterais, em relação aos fármacos disponíveis (Almeida et

al., 1999).

De acordo com Gaté et al. (1999) e Mandelker (2008) situações que envolvem estresse

oxidativo favorecem o aumento dos níveis de peroxidação lipídica causada por uma diminuição no

metabolismo de radicais livres (Freitas et al., 2004), bem como pelo aumento do conteúdo de nitrito

(Ferreira et al., 1997; Oliveira et al., 2007), embora esses achados não sejam relatados em todos os

modelos farmacológicos.

No metabolismo celular, radicais livres e espécies reativas derivadas do oxigênio

desempenham papel fundamental. No entanto, quando há um aumento da produção, pode gerar

estresse oxidativo, levando às alterações teciduais responsáveis por várias patologias (Droge, 2002).

Contudo, existem vários sistemas não enzimáticos que agem por meio da inativação das reações

produzidas por radicais livres, como os antioxidantes naturais (Alcantara et al., 2010).

A oxidação é um processo metabólico que leva à produção de energia necessária para as

atividades essenciais das células. Entretanto, o metabolismo do oxigênio nas células vivas também

leva à produção de radicais livres (Stieven et al., 2009). Antioxidantes que podem sequestrar esses

radicais livres previnem e apresentam alto potencial terapêutico em doenças associadas ao estresse

oxidativo (Stieven et al., 2009). Estes são substâncias capazes de prevenir os efeitos deletérios da

oxidação, prevenindo o início da peroxidação lipídica, seqüestrando radicais livres e/ou quelando

íons metálicos.

Estudos têm relatado que os monoterpenos e seus derivados sintéticos têm diversas

propriedades farmacológicas (Crowell, 1999; Galeotti et al, 2002; De sousa et al, 2007a,b,c,d; Silva

et al, 2009; Passos et al. 2009). Dentre estes compostos, o (-)-α-terpineol (2-(4-metilciclohex-3-en-

1-il)propan-2-ol) (Figura 1) é um álcool monoterpênico encontrado em uma ampla variedade de

óleos essenciais, com grande aplicação preparação de produtos de perfumaria como constituinte de

sabonetes e cosméticos, em indústrias de produtos de limpeza como repelente, desinfetante e

aromatizante, em indústrias farmacêuticas como antifúngico e antisséptico e no processamento de

minerais como agente de flotação (Buchbauer et al., 2003; Baptistella et al., 2009).

OH

Figura 1: Estrutura do (-)-α-terpineol (2-(4-metilciclohex-3-en-1-il)propan-2-ol).

Diante dessas considerações e considerando que (-)-α-terpineol está presente em alguns óleos

Page 3: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

142

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

essenciais antioxidantes de plantas medicinais, é importante avaliar a contribuição desta substância na

atividade antioxidante destes produtos naturais por meio de estudos em modelos experimentais, o

presente trabalho teve como objetivo analisar o potencial antioxidante in vitro desse monoterpeno.

MATERIAL E MÉTODOS

Obtenção da substância O (-)-α-terpineol (2-(4-metilciclohex-3-en-1-il)propan-2-ol) é um monoterpenoide de fórmula

molecular C10H18O e densidade 0,934 ± 0,06 g/cm3, presente no óleo essencial de várias plantas

medicinais aromáticas. Para avaliação do potencial antioxidante esse monoterpeno foi obtido da

empresa Sigma-Aldrich (Brasil).

Avaliação do potencial antioxidante in vitro do (-)-α-terpineol contra a peroxidação lipídica

O método utilizado para avaliar potencial antioxidante do (-)-α-terpineol contra a

peroxidação lipídica, um dos principais danos causados pelas EROs/ERNs, foi realizado por meio

determinação das substâncias reativas com o ácido tiobarbitúrico, conhecido como método TBARS

(Esterbauer; Schaur; Zollner, 1991).

Este método foi usado para medir a capacidade antioxidante do (-)-α-terpineol num meio

rico em lipídios (Guimarães et al., 2010). O substrato rico em lipídios adotado foi o homogenato da

gema de ovo (1% p/v) em 50 mM de tampão fosfato (pH 7,4). Uma alíquota de 0,5 mL do substrato

foi sonicado e então homogeneizado com 0,1 mL de α-terpineol, em diferentes concentrações (0,9 –

1,8 – 3,6 – 5,4 – 7,2 µg/mL). A peroxidação lipídica foi induzida pela adição de 0,1 mL de solução

de AAPH (dihidrocloridrato de 2,2’-azobis 2-metilpropinamida 0,12 M). No controle foi testado

apenas o veículo (Tween 80 0,05% dissolvido em salina 0,9%). As reações foram realizadas durante

30 minutos a 37 °C.

Após resfriamento, as amostras (0,5 mL) foram centrifugadas com 0,5 mL de ácido

tricloroacético (15%) a 1200 x g por 10 minutos. Uma alíquota de 0,5 mL do sobrenadante foi

misturado com 0,5 mL de ácido tiobarbitúrico (0,67%) e aquecido a 95 °C por 30 minutos. Após

resfriamento, a absorbância das amostras foi medida usando um espectrofotômetro a 532 nm. Os

resultados foram expressos como percentagem de TBARS formada a partir do AAPH apenas

(controle induzido). O Trolox foi utilizado como droga-padrão.

Avaliação do potencial antioxidante in vitro do (-)-α-terpineol contra a formação de radical

hidroxila (•OH)

A formação do radical hidroxila (•OH) a partir da reação de Fenton foi quantificada usando

a degradação oxidativa da 2-desoxirribose (Lopes et al., 1999). O princípio do teste é a

quantificação do produto de degradação deste produto, em malonaldeído (MDA), pela sua

condensação com o ácido tiobarbitúrico (ATB).

A reação foi iniciada pela adição de Fe2+

(FeSO4 6 mM) à solução contendo 5 mM de 2-

desoxirribose, 100 mM de H2O2 e 20 mM de tampão fosfato (pH 7,4). Para medir a atividade

antioxidante do (-)-α-terpineol contra o radical hidroxila, diferentes concentrações do (-)-α-terpineol

(0,9 – 1,8 – 3,6 – 5,4 – 7,2 µg/mL) foram adicionadas ao sistema antes da adição de Fe2+

.As reações

foram realizadas durante 15 minutos em temperatura ambiente, e foram estacionadas pela adição de

ácido fosfórico a 4% (v/v) seguido por 1% de ATB (w/v, em 50 mM NaOH).

As soluções foram fervidas por 15 minutos a 95 °C, e então resfriadas em temperatura

ambiente. A absorbância foi medida a 532 nm e os resultados foram expressos como equivalentes

MDA formados pelo Fe2+

e H2O2.

Avaliação do potencial antioxidante in vitro do (-)-α-terpineol contra a formação doóxido

nítrico (•NO)

Page 4: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

143

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

Neste ensaio o óxido nítrico (NO) foi produzido a partir da decomposição espontânea de

nitroprussiato de sódio (NPS) em 20 mM de tampão fosfato (pH 7,4). Uma vez formado, o NO

interagem com o oxigênio para produzir íons nitrito, os quais foram medidos pela reação de Griess

(Basu Hazra, 2006).

A mistura da reação (1 mL) contendo 10 mM de NPS em padrão fosfato e α-terpineol, nas

diferentes concentrações (0,9 – 1,8 – 3,6 – 5,4 – 7,2 µg/mL) foi incubada a 37 °C por 1h. Uma

alíquota de 0,5 mL foi retirada e homogeneizada com 0,5 mL do reagente de Griess. A absorbância

do cromóforo foi medida a 540 nm. O percentual de inibição da produção de NO foi determinado

por comparação dos valores de absorbância do controle negativo (apenas NPS10 mM e veículo) e

as preparações da substância utilizada no teste. Os resultados foram expressos como percentagem

de nitrito formado pelo meio reacional.

Análises Estatísticas

Os resultados obtidos foram expressos como média ± erro padrão da média (E.P.M.) e a

significância estatística foi determinada utilizando a Análise de Variância (ANOVA) seguida pelo

teste de t-Student-Neuman-Keuls com post hoc teste. Os valores foram considerados estaticamente

significativos quando apresentaram p<0,05. A percentagem de inibição determinada a partir da

seguinte fórmula:% inibição = 100 x (controle – experimental) / Controle (Reanmongkol et al.,

1994).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste estudo pode ser associado à reatividade da substância testada com as suas

propriedades estruturais, sendo o (-)-α-terpineol um álcool insaturado de cadeia cíclica e ramificada;

a presença do grupo hidroxila (•OH) pode estar associada à capacidade antioxidante da substância.

O (-)-α-terpineol por meio dos métodos in vitro utilizados demonstrou uma boa capacidade de

redução de radicais livres, esta propriedade pode ser atribuída a um elétron desemparelhado do

hidrogênio do grupo funcional que provavelmente converte os radicais livres em espécies menos

reativas.

A atividade antioxidante foi analisada pelo método denominado TBARS que é usado para

quantificar a peroxidação lipídica que corresponde a um dano na membrana celular causado pelo

estresse oxidativo. O AAPH, um composto azo hidrossolúvel, é utilizado como gerador de radicais

livres. A sua decomposição produz nitrogênio molecular, e radicais carbonilas, os quais, por sua

vez, reagem com o ácido tiobarbitúrico, resultando na formação de TBARS (Zin; Hamid; Osman,

2002; Fitó; La Torre; Covas, 2007; Moon; Shibamoto, 2009; Serafiniet al., 2011).

O (-)-α-terpineol, em todas as concentrações testadas, foi capaz de prevenir a peroxidação

lipídica, reduzindo a quantidade de TBARS formado. Resultado semelhante foi obtido com o

Trolox, um análogo sintético do α-tocoferol, usado como padrão antioxidante, que também inibiu a

produção a de TBARS.

As concentrações utilizadas de 0,9; 1,8; 3,6; 5,4 e 7,2 µg/ml do (-)-α-terpineol

proporcionaram uma redução na produção de TBARS de 51,7; 59,5; 62,2; 64,2 e 65,6%,

respectivamente. O controle utilizado, análogo do α-tocoferol produziu uma diminuição na

produção de TBARS de 48,1% (Figura 2).

Page 5: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

144

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

ControlAAPH0,9 ng/ml1,8 ng/ml3,6 ng/ml5,4 ng/ml7,2 ng/mlTrolox0

25

50

75

100

125 Controle

AAPH

0,9 g/mL

1,8 g/mL

3,6 g/mL

5,4 g/mL

7,2 g/mL

Trolox 0,45 nM

aa a a a

a

*

Nív

eis

de

TB

AR

S

(Po

rce

nta

ge

m d

e A

AP

H)

Figura 2: Efeitos do (-)-α-terpineol contra a produção de substâncias reativas com o ácido

tiobarbitúrico.

O Trolox 0,45 nM foi usado como padrão antioxidante. Os valores representam a média ±

E.P.M. dos valores de inibição in vitro, n = 5, experimentos em duplicata. ap<0,001 versus AAPH

em relação ao meio AAPH (ANOVA e t-Student-Neuman-Keuls como post hoc teste);*p<0,001

versus AAPH em relação ao controle (ANOVA e t-Student-Neuman-Keuls como post hoc teste).

O substrato utilizado rico em lipídios foi submetido à peroxidação lipídica induzida por

AAPH onde todas as concentrações de (-)-α-terpineol reduziu a produção de TBARS, os resultados

sugerem que esse monoterpenoide pode exercer um efeito antioxidante protetor de biomoléculas

lipídicas in vitro. A concentração inibitória de 50% (CI50) do composto estudado contra a produção

de TBARS foi determinada como aproximadamente 0,621µg/mL variando de 0,37 a 1,05 com

intervalo de confiança de 95%.

Comparando os resultados obtidos com outros trabalhos da área, temos que o timol possui

propriedades antioxidantes semelhantes as do (-)-α-terpineol, nesse estudo foi utilizado o DPPH

(azo-radical 2,2-difenil-1-picrilidrazil) como fonte geradora de radicais livres a concentração

inibitória do timol da capacidade sequestradora deste radical livre foi aproximadamente de 20,80

µg/mL (Andrade et al., 2012).

Resultados semelhantes da determinação da CI50 do (-)-α-terpineol foram obtidos na ciano-

carvona um derivado de monoterpeno que pode ser obtido a partir da carvona. Nesse estudo a

ciano-carvona diminuiu os níveis de peroxidação lipídica, promovendo a inibição de 50 % da

produção das substancias reativas ao acido tiobarbitúrico com um valor de CI50 aproximadamente

de 0,66 µg/mL variando de 0,35 a 1,24 µg/mL com intervalo de confiança de 95% (Costa et al.,

2012).

Baseado nos resultados obtidos nos estudos realizados foi proposto um possível mecanismo de

reação da ação antioxidante do (-)-α-terpineol contra a formação de radical lipídico como demonstra

a figura 3.

Page 6: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

145

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

CH3

CH3 CH3

OH

L.

CH3

CCH3 CH2

O

-LH

Radical Lipídico

.

Figura 3: Possível mecanismo de reação antioxidante in vitro do (-)-α-terpineol contra a formação

de radical lipídico durante a peroxidação lipídica.

Outra metodologia empregada para avaliar a atividade antioxidante de uma substância

baseia-se na capacidade removedora de radicais livres formados em espécies menos reativas (Hoelzl

et al., 2005). A capacidade de uma substância sequestradora do radical hidroxila pode ser

diretamente relacionada à sua atividade antioxidante. O radical hidroxila é uma espécie

extremamente reativa, capaz de causar danos ao DNA, proteínas e lipídios (Halliwell, 1995; Huang;

Ou; Prior, 2005; Shukla et al., 2009; Serafiniet al., 2011). O radical hidroxila é deletério ao

organismo, uma vez que possui uma meia vida muito curta, sendo assim altamente reativo atacando

diferentes tipos de moléculas por abstração de hidrogênio e por adição de instauração. No DNA

pode atacar as bases nitrogenadas ou a desoxirribose abstraindo um átomo de hidrogênio

ocasionando a quebra da cadeia de DNA e gerando efeitos mutagênicos ou carcinogênicos

(Barreiros et al., 2006).

Neste método o radical hidroxila é gerado pela reação de Fenton. Na presença do radical

hidroxila, a 2-desoxirribose é degradada à malonaldeído, sendo então quantificado (Paya, Halliwell,

Hoult, 1994; Huang; Ou; Prior, 2005; Serafiniet al., 2011).

No nosso estudo demonstrou que o (-)-α-terpineol produziu a remoção do radical hidroxila,

exibindo uma significante atividade antioxidante que pode ser capaz de inibir os danos celulares

causados por este radical. O Trolox (padrão) também reduziu significativamente a quantidade deste

radical.

As concentrações utilizadas de 0,9; 1,8; 3,6; 5,4 e 7,2 µg/ml do (-)-α-terpineol produziram

uma remoção do radical hidroxila de 8; 12,6; 15,2; 16,6 e 28,1% respectivamente. O controle

utilizado, análogo do α-tocoferol produziu uma remoção contra a formação do radical hidroxila de

78% (Figura 3).

A concentração inibitória de 50% (CI50) deste monoterpeno contra a produção do radical

hidroxila foi determinada como aproximadamente 0,66 µg/mL variando de 0,36 a 1,21 com

intervalo de confiança de 95%. Resultados semelhantes da determinação da CI50 do (-)-α-terpineol

foram constatados na ciano-carvona que obteve uma concentração inibitória 50 % conta a formação

do radical hidroxila um valor de aproximadamente de 0,20 µg/mL variando de 0,11 a 0,36 µg/mL

com intervalo de confiança de 95% (Costa et al., 2012).

Page 7: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

146

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

ControlSystem0,9 ng/ml1,8 ng/ml3,6 ng/ml5,4 ng/ml7,2 ng/mlTrolox0

25

50

75

100

125Controle

Sistema

0,9 g/ml

1,8 g/ml

3,6 g/ml

5,4 g/ml

7,2 g/ml

Trolox

aa a a

a

a

*

De

gra

dação

da 2

-de

so

xir

rib

os

e

(%)

Figura 4: Efeitos do (-)-α-terpineol na remoção de radical hidroxila. Os valores representam a

média ± E.P.M. dos valores de inibição in vitro, n = 5, experimentos em duplicata. O Trolox 0,45

nM foi usado como padrão antioxidante. ap<0,001 versus AAPH em relação ao sistema (meio

reacional) (ANOVA e t-Student-Neuman-Keuls como post hoc teste);*p<0,001 versus AAPH em

relação ao controle (ANOVA e t-Student-Neuman-Keuls como post hoc teste).

Baseado na capacidade de remoção de radical hidroxila foi proposto um possível mecanismo

de reação como mostra a figura 5. CH3

CH3 CH3

OH

OH.

Radical Hidroxila

CH3

CCH3 CH2

O

-H2O

.

Figura 5. Possível mecanismo de reação antioxidante in vitro do (-)-α-terpineol contra a formação

de radical hidroxila.

Outra metodologia empregada foi o método de seqüestro contra a formação de NO. Este

método baseia-se na produção de NO a partir da decomposição espontânea do nitroprussiato de

sódio em solução aquosa. O NO, por sua vez, interage com o oxigênio, produzindo íons nitritos, os

quais podem ser medidos pela reação de Griess (Basu; Hazra, 2006). Estes íons nitritos têm um

forte poder oxidante, reagindo com várias moléculas biológicas, o que leva a danos celulares

(Halliwell, Gutteridge, 2007; Guimarães et al., 2010). Substâncias com ação seqüestradora de NO

competem com o oxigênio, levando à redução na produção de nitritos, caracterizando a atividade

antioxidante (Ahmadi et al., 2011; Serafini et al., 2011).

Neste estudo, o (-)-α-terpineol diminuiu significativamente a produção de nitrito,

demonstrando novamente sua propriedade antioxidante contra danos causados pelos radicais livres

(Guimarães et al., 2010).

O NO é uma molécula sinalizadora envolvida em vários processos fisiológicos e patológicos

(Meller; Gebhart, 1993; Sousa; Prado, 2001; Kawano et al., 2009). Estudos demonstram que NO

pode interagir com outras espécies reativas derivadas do oxigênio e induzir a formação de

Page 8: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

147

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

peroxinitritos que têm potente efeito citotóxico e pró-inflamatório (Beckman et al., 1990; Quintans-

Júnior et al., 2011). Dessa forma, o efeito do α-terpineol inibindo a produção de nitrito pode sugerir

um efeito citoprotetor e anti-inflamatório relacionados com sua ação antioxidante que precisa ser

melhor investigado.

Portanto, os resultados obtidos no presente estudo, demonstram que o (-)-α-terpineol nas

doses utilizadas de 0,9; 1,8; 3,6; 5,4 e 7,2 µg/mL do α-terpineol produziram a remoção do radical

nitrito de 55,63;58,08;59,82; 61,62 e 65,77% respectivamente. O controle utilizado, análogo do α-

tocoferol produziu uma remoção contra a formação do radical nitrito de 59,76% (Figura 6).

ControlSNP 0,9 ng/ml1,8 ng/ml3,6 ng/ml5,4 ng/ml7,2 ng/mlTrolox0

25

50

75

100

125Controle

NPS

0,9 g/mL

1,8 g/mL

3,6 g/mL

5,4 g/mL

7,2 g/mL

Trolox

aaaa

a

a

*

Pro

du

çã

o d

e n

itri

to(%

In

du

zid

a p

or

NP

S)

Figura 6: Efeitos do (-)-α-terpineol na remoção do metabólito nitrito. Os valores representam a

média ± E.P.M. dos valores de inibição in vitro, n=5, experimentos em duplicata. O Trolox 0,45 nM

foi usado como padrão antioxidante. ap<0,001 versus AAPH em relação ao sistema (meio reacional)

(ANOVA e t-Student-Neuman-Keuls como post hoc teste); *p<0,001 versus AAPH em relação ao

controle (ANOVA e t-Student-Neuman-Keuls como post hoc teste).

Por sua vez, a concentração inibitória de 50% (CI50) deste monoterpeno contra a produção do

nitrito foi determinada como aproximadamente 0,08µg/mL variando de 0,04 a 0,16 com intervalo

de confiança de 95%.Resultados semelhantes da determinação da CI50 do (-)-α-terpineol foram

obtidos na ciano-carvona um derivado cetônico que pode ser obtido a partir da carvona. Nesse

estudo a ciano-carvona inibiu em 50 % contra a formação do radical nitrito, com um valor de CI50

aproximadamente de 0,13 µg/mL variando de 0,07 a 0,24 µg/mL com intervalo de confiança de

95% (COSTA et al. , 2012).

O seguinte mecanismo foi proposto para demonstrar a capacidade antioxidante contra nitrito

e outras espécies reativas geradas pela decomposição espontânea do NO (Figura 7).

Os testes in vitro demonstram que o (-)-α-terpineol foi capaz de reduzir a produção de radicais

livres em todas as concentrações testadas, a sua atividade antioxidante pode ser atribuída as suas

características estruturais, por se tratar de um monoterpenóide, com um grupo hidroxila (•OH) em

sua cadeia insaturada e ramificada. Provavelmente ao reagir com um radical livre, age como doador

de elétrons desemparelhados do seu átomo de hidrogênio (H•), convertendo, assim, os radicais

livres em espécies menos reativas.

Page 9: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

148

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

CH3

CH3 CH3

OH

NO2

-

Radical Nitri to

CH3

CCH3 CH2

O

.

+ HNO2

Figura 7: Possível mecanismo de reação antioxidante in vitro do (-)-α-terpineol contra a formação

de radical nitrito (NO2-).

CONCLUSÃO

O (-)-α-terpineol demonstrou um forte potencial antioxidante in vitro, por meio da

capacidade de remoção contra radicais hidroxilas e óxido nítrico, bem como preveniu a formação de

TBARS, de forma semelhante ao Trolox (controle positivo). Portanto, os resultados obtidos no

presente estudo, demonstram que o (-)-α-terpineol exerce efeito antioxidante protetor de

biomoléculas lipídicas in vitro mediante aos métodos utilizados.

REFERÊNCIAS

Ahmadi A.; Ebrahimzadeh, M.A; Ahmad-Ashrafi, S.; Karami, M.; Mahdavi, M.R.; Saravi, S.S.;

(2011). Hepatoprotective, antinociceptive and antioxidant activities of cimetidine, ranitidine and

famotidine as histamine H2 receptor antagonists. Fundam Clin Pharmacol. n.25, v.1, p.72-79.

Alcantara, J. M.;Yamaguchi, K. K. L.; Veiga Junior, V. F.; Lima, E. S. (2010). Composição

química de óleos essenciais de espécies de Aniba e Licaria e suas atividades antioxidante e

antiagreganteplaquetária. Quim Nova. v.33, n.1, p. 141-145.

Almeida, R.N.; Motta, S.C.; Faturi, C.B.; Catallani, B.; Leite, J.R. (2004). Anxiolytic-like effects of

rose oil inhalation on the elevated plus-maze test in rats. PharmacolBiochemBehav. v. 77, n. 2, p.

361-364.

Almeida, R.N.; Navarro, D.S.; Barbosa-Filho, J.M. (2001). Plants with central analgesic activity.

Phytomedicine. v. 8, n. 4, p. 310-322.

Almeida R.N.; Quintans-Júnior L.J.; Barbosa-Filho J.M.; Agra M.F.; Araújo C.C. (1999).

Metodologia para avaliação de plantas com atividade no Sistema Nervoso Central e alguns dados

experimentais. Rev. Bras. Farmacogn. v. 80, p. 72-76.

Almeida, A.A.C.; Costa, J.P.; Carvalho, R. B. F.; Sousa, D.P.; Freitas, R.M. (2012). Evaluation of

acute toxicity of a natural compound (+)-limonene epoxide and its anxiolytic-like action. Brain Res.

v. 1448, p. 56-62.

Page 10: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

149

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

Andrade, M. A.; Cardoso, M.G.; Batista, L. R.; Mallet, A.C.T.; Machado, S.M. (2012). Óleos

essenciais de Cymbopogonnardus, Cinnamomumzeylanicume Zingiberofficinale: composição,

atividades antioxidante eantibacteriana. Rev. Ciên. Agron. v. 43, n. 2, p. 399-408.

Baptistella, L.H.B.; Imamura, P.M.; Melo, L.V.; Castello,C. (2009). Preparação do (+)-α-terpineol a

partir do (+)-limoneno: monoterpeno de odor agradável em um projeto para química orgânica

experimental. Quim Nova. v. 32, p. 1069-1071.

Barreiros, A.L.B.S.; David, J.M. (2006). Estresseoxidativo: relação entre geração de espécieis

reativas e de defesa do organismo. Quim Nova. v. 29, p. 113-123.

Basu, S.; Hazra, B. (2006). Evaluation of nitric oxide scavenging activity, in vitro and ex vivo, of

selected medicinal plants traditionally used in inflammatory diseases. Phytotherapy Research. v. 20,

n. 10, p. 896-900.

Beckman, J.S.; Beckman, T.W.; Chen, J.; Marshall P.A.; Freeman, B.A. (1990). Apparent hydroxyl

radical production by peroxynitrite: Implications for endothelial injury from nitric oxide and

superoxide. Proc. Natl. Acad. Sci. v. 87, p. 1620-1624.

Buchbauer, G.; Jirovetz, L.; Jager, W.; Plank, C.; Dietrich, H. (1993).Fragrance compounds and

essential oils with sedative effects upon inhalation. J Pharm Sci. v. 82, n. 6, p. 660-664.

Campêlo, L.M.L.; Almeida, A.A.C.; Freitas, R.L.M.; Souza, G.F.; Saldanha, G.B.; Feitosa, C.M.;

Freitas, R.M. (2011a) Antioxidant and antinociceptive effects of Citrus limon essential oil in mice. J

BiomedBiotechnol. v. 2011, p. 1-8.

Campêlo, L.M.L.; Lima, S.G.; Feitosa, C.M.; Freitas, R.M. (2011b) Evaluation of central nervous

system effects of Citrus limon essential oil in mice. Rev. bras. farmacogn. v. 66, n. 4, p. 623–627.

Crowell, P.M. (1999). Prevention and therapy of cancer by dietary monoterpenes. The Journal of

Nutrition. v. 129, n. 3, p. 775–778.

Costa, D.A. (2012). Estudo pré-clínico dos efeitos bioquímicos e farmacológicos da ciano-carvona

em camundongos:subsídio para o desenvolvimento de fitomedicamentos.119p. Dissertação de

Metrado - Programa De Pós-Graduação Em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Piauí.

De Sousa, D.P.; Gonçalves, J.C.R.; Quintans-Júnior, L.; Cruz, J.S.; Araújo, D.A.M.; Almeida, R.N.

(2006). Study of anticonvulsant effect of citronellol, a monoterpene alcohol in rodents.

NeurosciLett. v. 401, n. 3, p. 231-235.

De Sousa, D.P.; Junior, E.M.V.; Oliveira, F.S.; Almeida, R.N.; Nunes, X.P.; Barbosa Filho, J.M.

(2007a). Antinociceptive activity of structural analogues of rotundifolone: structure–activity

relationship. ZeitschriftfürNaturforschung. C, A Journal of Biosciences. v. 62, p. 39-42.

De Sousa, D.P.; Nóbrega, F.F.F.; Claudino, F.S.; Almeida, R.N.; Leite, J.R.; Mattei, R. (2007b).

Pharmacological effects of the monoterpeneα-β-epoxy-carvone in mice.Braz J Pharmacog. v. 17, n.

2, p. 170-175.

De Sousa, D.P.; Quintans-Júnior, L.; Almeida, R.N. (2007c). Evaluation of the anticonvulsant

activity of α-terpineol. Pharm Biol. v. 45, n. 1, p. 69-70.

Page 11: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

150

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

Droge, W. (2002). Free Radicals in the Physiological Control of Cell Function.Physiological

Reviews. v. 82, n. 1, p. 47-95.

Esterbauer, H.; Schaur, R.J.; Zollner, H.(1991). Chemistry and biochemistry of 4-hydroxynonenal,

malonaldehyde and related aldehydes. Free Radical Bio Med. v.11, n. 1, p. 81-128.

Ferreira, A.L.A.; Matsubara, L.S. (1997). Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema

de defesa e estresse oxidativo. Rev. Ass. Med. Bras. v. 4, n. 1, p. 61-68.

Fitó, M.; Torre, R.; Covas, M.I. (2007). Olive oil and oxidative stress. Mol. Nutr.Food. Res. v. 51,

n. 10, p. 1215-1224.

Freitas, R.M.; Sousa, F.C.F.; Vasconcelos, S.M.M.; Viana, G.S.B.; Fonteles, M.M.F. (2004).

Pilocarpine-induced status epilepticus in rats: lipid peroxidation level, nitrite formation, gabaergic

and glutamatergic receptors alteraitons in the hippocampus, striatum and frontal cortex.

PharmacolBiochemBehav. v. 78, p. 327-332.

Galeotti, N.; Mannelli, L.D.; Mazzanti, G.; Bartolini, A.; Ghelardini, C. (2002).Menthol: a natural

analgesic compound. NeurosciLett. v. 322, n. 3, p. 145-148.

Gaté, L.; Paul, J.; Nguyen, B.A.; Tew, K.D.; Tapiero, H. (1999). Oxidative stress induced in

pathologies: the role of oxidants. Biomed Pharmacother. v. 53, n. 4, p. 169-180.

Gebhart, C.J.; Ward, G.E.; Chang, K. & Kurt, Z.H. (1983).Campylobacter hyointestinalis (new

species) isolated from swine lesion of proliferative ileitis. Am. J. Vet. Res.v. 44, n. 3, p. 361-367.

Guimarães, A.G.; Oliveira, G.F.; Melo, M.S.; Cavalcanti, S.C.; Antoniolli, A.R.;Bonjardim, L.R.;

Silva, F.A.; Santos, J.P.; Rocha, R.F.; Moreira, J.C.; Araújo, A.A.; Gelain, D.P.; Quintans-Júnior,

L.J.(2010). Bioassay-guided evaluation of antioxidant and antinociceptive activities of carvacrol.

Basic ClinPharmacol. v. 107, n. 6, p. 949-957.

Halliwell, B.;Gutteridge, J.M.C. (2007).Free Radicals in Biology and Medicine. Oxford University

Press, New York.

Halliwell, B.; Aeschbach, R.; Lölinger, J.; Aruoma, O.I. (1995).The characterization on

antioxidants. Food ChemToxicol. Oxford, v.33, n.7, p.601-617.

Han, H.; Ma, Y.;Eun, J.S.; Li, R.H.; Hong, J.T.; Lee, M.K.; Oh, K.W. (2009). Anxiolytic-like

effects of sanjoinine A isolated from ZizyphiSpinosi Semen: possible involvement of GABAergic

transmission. PharmacolBiochemBehav. v. 92, n. 2, p. 206-213.

Hoelzl, C.; Bichler, J.; Ferk, F.; Hoelzl, C.; Bichler, J.; Ferk, F.; Simic, T.; Nersesyan, A.; Elbling,

L.; Ehrlich, V.; Chakraborty, A.; Knasmüller, S. (2005). Methods for the detection of antioxidants

which prevent age related diseases: a critical review with particular emphasis on human

intervention studies. J Physiology Pharmacol. v.56, p. 49-64.

Huang, D.; O.U, B.; Prior, R.L. (2005). The Chemistry behind Antioxidant Capacity Assays. J

Agric Food Chem. v. 53, p. 1841-1856.

Page 12: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

151

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

Kawano, N.; Ito, O.; Sakagami, J. (2009). Morphological and physiological responses of rice

seedlings to complete submergence (Flash flooding).Ann. Bot. v.103, p. 161-169.

Leite, M.P.;Fassin, Jr. J.;Baziloni, E.M.F.; Almeida. R.N.; Mattei, R.; Leite, J.R. (2008). Behavioral

effects of essential oil of Citrus aurantium L. inhalation in rats. Rev. Bras. Farmacogn. v.18, p.

661-666.

Lopes, G.K.; Schulman, H.M.; Hermes-Lima, M.(1999). Polyphenol tannic acid inhibits hydroxyl

radical formation from Fenton reaction by complexing ferrous ions. Biochimica et Biophysica Acta

(BBA) - General Subjects. v. 1472, n. 1-2, p. 142-152.

Mandelker, L. (2008). Cellular effects of common antioxidants.Veterinary Clinics of North

America: Small Animal Practice. v. 38, n. 1, p. 199-211.

Meller, S.; Gebhart, G. (1993) Nitric oxide (NO) and nociceptive processing in the spinal cord.

Pain. v. 52, n. 2, p. 127-36.

Moon J.K.; Shibamoto T. (2009). Antioxidants assays for plant and food components. J Agric Food

Chem.v. 57, p.1655-1668.

Nogueira, E.; Rosa, G. J. M.; Haraguchi, M.; Vassilieff, V. S. (1998). Anxiolytic effect of

Rubusbrasiliensis in rats and mice. J Ethnopharmacol. v. 61, n. 2, p. 111-117, 1998.

Oliveira, A.A.; Almeida, J.P.; Freitas, R.M.; Nascimento, V.S.; Aguiar, L. M.; Júnior, H.V.;

Fonseca, F.N.; Viana, G. S.; Sousa, F.C.;Fonteles, M. M. (2007). Effects of levetiracetam in lipid

peroxidation level, nitrite-nitrate formation and antioxidant enzymatic activity in mice brain after

pilocarpine-induced seizures.Cell Mol Neurobiol. v. 27, n. 3, p. 395-406.

Paya, M.; Halliwell, B.; Hoult, J.R.S. (1992). Interactions of a series of coumarinswhith reactive

oxygen species: scavenging of superoxide,hypochlorous acid and hydroxyl radicals.

BiochemPharmacol, v. 44, n. 2, p. 205-214.

Pergentino De Souza, D.; Farias Nóbrega, F.F.; Almeida, R.N. (2007).Influence of the chirality of

(R)-(-)- and (S)-(+)-carvone in the central nervous system: a comparative tudy. Chirality. v. 19, n.

4, p. 264-268.

Passos, C. S.; Arbo, M. D.; Rates, S. M. K.; Von Poser, G. L. (2009). Terpenóides com atividade

sobre o Sistema Nervoso Central (SNC). Rev. Bras. Farmacogn. v. 19, n. 1A, p. 140-149.

Perazzo, F.F.; Carvalho, J.C.T.; Rodrigues, M.; Morais, E.K.L.; Maciel, M.A.M.(2007).

Comparative anti-inflammatory and antinociceptive effects of terpenoids and an aqueous extract

obtained from Croton cajucaraBenth.Rev. Bras. Farmacogn. v. 17, n. 4, p. 521-528.

Perazzo, F.F.; Lima, L.M.; Maistro, E.L.; Carvalho, J.E.; Rehder, V.L.G.; Carvalho, J.C.T. (2008).

Effect of Artemisia annua L. leaves essential oil and ethanol extract on behavioral assays. Rev.

Bras. Farmacogn. v.18, p. 686-689.

Quintans-Júnior, L.J.; Guimarães, A.G.; Santana, M.T.; Araújo, B.E.S.; Moreira, F.V.; Bonjardim,

L.R.; Araujo, A.A.S.; Antoniolli, A.R.; Botelho, M.A.; Almeida, J.R.G.S.; Santos, M.R.V. (2011).

Page 13: POTENCIAL ANTIOXIDANTE IN VITRO DO (-)- -TERPINEOL …sites.uepb.edu.br/biofar/download/v8n2-2012/POTENCIAL ANTIOXIDANTE... · UFPI, Teresina, Brasil. (amanda_wxz@hotmail.com); 3Mestrando

152

_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 08– Número 03 – 2012

Citral reduces nociceptive and inflammatory response in rodents. Rev. Bras. Farmacogn. v. 21, p.

1043-105.

Reanmongkol, W.; Matsumoto, K.; Watanabe, H.; Subhadhirasakul, S.; Sakai, S.I.(1994).

Antinociceptive and antipyretic effects of alkaloids extracted from the stem bark of

Hunteriazeylanica. Biol Pharm Bull. v. 17, p. 1345-1350.

Serafini, M.R.; Santos, R.C.; Guimarães, A.G.; Dos Santos, J.P.; Da Conceicão Santos, A.D.;

Alves, I. A.; Gelain, D. P.; De Lima Nogueira, P.C.; Quintans-Júnior, L.J.; Bonjardim, L.R.; De

Souza Araújo, A.A. (2011). Morindacitrifolia Linn Leaf Extract Possesses Antioxidant Activities

and Reduces Nociceptive Behavior and Leukocyte Migration. JMed Food. v.14 , p. 1-8.

Shukla, V.K.; Doyon, Y.; Miller, J.C.; De Kelver, R.C.;Moehle, E.A.; Worden, S.E.; Mitchell, J.C.;

Arnold, N.L.; Gopalan, S.; Meng, X.; Choi, V.M.; Rock, J.M.; Ying-Ying, W.U.;Katibah, G.E.;

Gao, Z.; Mccaskill, D.; Simpson, M.A.; Blakeslee, B.; Greenwalt, S. A.; Holly, J.B.; Hinkley, S. J.;

Zhang, L.; Rebar, E.J.; Gregory, P.D.; Urnov, F.D. (2009). Precise genome modification in the crop

species Zea mays using zinc-finger nucleases. Nature. v.459, p. 437–441.

Silva, M.I.; Silva, M.A.G.; De Aquino, M.R.N.; Moura, B.A.; De Sousa, H.L.; De Lavor, E.P.H.;

Vasconcelos, P.F.; Macêdo, D.S.; Sousa, D.P.; Vasconcelos, S.M.M.; Sousa, F.C. (2009). Effects of

isopulegol on pentylenetetrazol-induced convulsions in mice: possible involvement of GABAergic

system and antioxidant activity. Fitoterapia. v. 80, n. 8, p. 506-513.

Silva, M.I.; De Aquino Neto, M.R.; Teixeira Neto, P.F.; Moura, B.A.; Do Amaral, J.F.; De Sousa,

D.P. (2007). Central nervous system activity of acute administration of isopulegol in mice.

Pharmacol Biochem Behav. v. 88, p. 141-147.

Stieven, A. C.; Moreira, J. J. S.; Ferraz, C.(2009). Óleos essenciais de uvaia (Eugenia pyriformis

Cambess): avaliação das atividades microbiana e antioxidante. Eclética Química v. 34, n.3, p. 7-16.

Veiga Júnior, V. F.; Pinto, A. C.; Maciel, M. A. M. (2005). Plantas medicinais: cura segura? Quim

Nova. v. 28, n. 3, p. 519-528.

Zin, Z.M.; Abdul-Hamid A.; Osman, A. (2002). Antioxidative activity of extracts from Mengkudu

(Morindacitrifolia L.) root, fruit and leaf. Food Chem.v.78, p. 227–231.