Memorias de Um Sao

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Mapeamento Cultural de São Mateus

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  • Memriasde UmSo

  • Memriasde UmSo

    Mapeamento e memriacultural da regio

    de So Mateus

    Amanda FreirePriscila Machado(org.)

    libriSo Paulo

    2015

  • Memrias de Um So: Mapeamento e memria cultural daregio de So Mateus / So Paulo: Metalibri, 2015.

    Vrios autores.ISBN: XX-XXX-XXXX-X

    1. Cultura 2. Arte

    XX-XXXX CDD-XXX.XXXX

    ndices para catlogo sistemtico1. XXXX 2. YYYY NNN.NNNN

    libri2015

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    .. Contedo

    1 Mapeamento 13So Mateus emMovimento . . . . . . . . . . . . . . . . 13Coletivo COLETORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Rua Virtual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Combo de Arte Independente . . . . . . . . . . . . . . 16Grupo Transformar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Ncleo de Pesquisas Corporais Habitat . . . . . . . . . 18Odisseia das Flores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19Torok . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Causa Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Amazing Break . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Dugreen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23Lei Di Dai . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24Jah Save . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Kiu Adadaua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Nazireu Rupestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Samba Maria Cursi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Bero do Samba de So Mateus . . . . . . . . . . . . . . 28Samba Toca da Ona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Zezinho, Titiu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31G.R.E.S. Amizade Zona Leste . . . . . . . . . . . . . . . 32Rodrigo Campos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33DonaLaide! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35Carnificyco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Cerberus Attack . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37DJ Dick . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38Quinho Fonseca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39Germano Gonalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Luiz Poeta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41Luciene Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42Nelson Magno Esfinge . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

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  • Tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43Dia-a-dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43Maria Elza Araujo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Sarau Comungar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Pontos de Fiandeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Rosas Perifricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

    2 Movimentos de resistncia 49

    3 Artigos 79Skate e punk no Jardim Iguatemi . . . . . . . . . . . . . 79Coletivos, redes e ruas: uma realidade latino-americana 80Cultura de rua, enretenimento e lazer; o que voc tem a

    ver com isso? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

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    .. Prefcio

    Memrias de Um So

    So: (adj.) (lat. sanu) 1 Que goza de perfeita sade;livre de doena ou de defeito f sico. 2 Completamentecurado; restabelecido. 3 Benfico sade do corpo ouda mente. 4 Que no est podre ou estragado. 5 Queest em bom estado. 6 Com as faculdades morais eintelectuais intactas. (v.) Verbo SER conjugado naterceira pessoa do plural no presente do indicativo

    SoMateus: Extensa rea com aproximadamente 600mil habitantes da zona leste de So Paulo, com65 anosde [r]existncia.

    Uma viso generalizada que se tem da regio, assim comode toda regio perifrica, a de carncia, violncia, sofrimentoe esquecimento. Mas pouco se fala da histria do lugar e daspessoas que o habitam. Quem l (aqui) vive, assim como todoser humano, constri sua histria e constantemente modificadoe construdo por ela. Onde h histria h uma memria a serresgatada e revisitada.

    Atravs desse olhar ao passado que podemos entender arealidade atual e, a partir de tal entendimento, transform-la. Po-rm, conveniente que tal histria caia no esquecimento, o quefaz com que as fora produtivas se concentrem em recomeos,no tendo assim uma possibilidade de continuidade, nem avanossignificativos.

    Pensamos em cultura: o cenrio cultural j est dado, o traba-lho artstico j existe, os coletivos esto atuando (sempre dentrode suas possibilidades). De modo que, a pretenso de tal projetono foi a de simplesmente promover a produo artstico-culturalou promover o encontro. Queramos resgatar a histria atravs da

  • memria, e de tal maneira traar o caminho j percorrido, possibi-litando a ns, produtores de artes, no apenas o conhecimento denossa histria, mas tambmo reconhecimentomtuo comnossospares. Tal conhecimento da nossa realidade nos amplia as opesde escolha de caminhos a se seguir, tornando-nos assim sujeitosatuantes e construtores de uma identidade coletiva. A liberdade spode ser almejada de fato se for atravs do esclarecimento, o quepressupe um retorno s nossas origens, e conhecer os elementosque fizeram de ns quem somos hoje.

    Pensamos ento em uma construo coletiva da trajetria cul-tural da regio. Atravs da histria compartilhada teramos apossibilidade do reconhecimento do outro, e assim no apenasconseguiramos dar continuidade ao trabalho cultural da regiode forma mais concisa, mas tambm avanar em nossas aes eampliar o nmero de fazedores de arte. Brigar juntos por polticaspblicas que tivessem uma abrangncia minimamente satisfatriae voltar o olhar dos apreciadores de arte s regies perifricas,disputando em p de igualdade com os modelos consagrados dasregies mais centrais. A partir de ento comearamos a falar dedemocratizao dos meios e modos de produo cultural.

    Anseio um tanto quanto pretensioso, sabemos. Porm no fa-zemos coro comos que se contentam commigalhas jogadas ao lu.A periferia cansou de viver de sobras dosmais bemabastados. Issosemostra nitidamente na fora no s do nosso FrumCultural deSoMateus, mas tambm com o Frum de Cultura da Zona Leste,com nossos paras da sul, com a galera que manda v na norte etodos aqueles que transitam conscientemente a ponte e vivem ofluxo periferia/centro de maneira ntegra e integrada.

    Nos lanamos vivemos nossa quebrada de umamaneira quedificilmente conseguiramos se no fosse por meio de um projetoque visasse esta imerso, pensando ao mesmo tempo em ser omais abrangente possvel, e esta no foi uma tarefa fcil. Desdeo incio tnhamos a noo de que o trabalho seria grande. Maspara nossa alegria e desespero, conhecemos uma So Mateus queat ento no existia. Um So Mateus paralelo aos padres deorganizao institucional, o que faz com que sua visibilidade paraalm de sua rea de atuao seja de certa forma comprometida.

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  • Incompleto. Palavra que utilizamos sem o menor pudor ouconstrangimento para descrever o resultado a que chegamos. Nossaregio rica demais culturalmente para conseguirmos colocartudo num livro, num prazo de 7 meses, e ao mesmo tempo fazerjus qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

    Damos incio aqui a nossa seo de desculpas: Desculpa! Aquino conseguimos dar a devida importncia presena da culturanordestina, que bem forte por aqui. Assim como tambmmuitasoutras vertentes e linguagem ficaram muito aqum da atenomerecida. Podemos citar por cima o artesanato, o rock, o funk, oteatro... talvez nossa metodologia no tenha sido a mais assertivano tocante de uma abrangncia mais equilibrada.

    Nossa inteno no foi colocar aqui um panorama histrico,seja de certas vertentes culturais, seja da movimentao culturalcomo um todo apesar de termos ficado tentadas a faz-lo. Anoo real de espao e tempo nos abateu de tal forma que prefe-rimos trazer aqui alguns elementos bastante relevantes para queesse trabalho seja feito posteriormente.

    Partimos do mapeamento. Uma busca incessante de artistase produtores culturais atravs de preenchimento de formulriose entrevistas. Muita autenticidade no que vimos. Muita gentemandando v na quebrada.

    Desculpa tambm aqueles que apesar de terem sido entrevis-tados no constam demaneira satisfatria. Compreendemos aquia complexidade de se trabalhar com a histria oral. Estametodolo-gia foi testada, porm seu resultado est aqumde uma excelncia.Estamos apurando nossas tcnicas para que no prximo trabalhopossamos superar certas dificuldades.

    Queremos tambm pedir desculpas sinceras queles que dei-xamos de lado em outros mbitos de nossas vidas, mesmo quetemporariamente, para podermos fazer este mergulho a que nospropusemos. Tivemos experincias e trocas que com certeza mu-daram o rumo de nossas vidas, fizeram rever nossa trajetria,mudaram nosso olhar. Nos dedicar a este trabalho fez de nsoutras pessoas, e poder contribuir para o movimento cultural detamanha proporo que o de So Mateus j compensa nossaausncia nos demais setores de nossas interpessoalidades.

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  • Este trabalho sem dvida um dos mais ricos que atuamosnos ltimos tempos. Entendemos como a vida de uma regio constantemente moldada por cada um que nela atua, seja damaneira mais singela que se possa imaginar. E tambm podemosdar um sentido mais vivo para palavra histria, deixando estade ser apenas uma denominao de fatos outrora ocorridos, maspassamos a reconstruir por meio dela o sentido de nossas vidascomo artistas perifricos e militantes de uma cultura marginal.Perceber a resistncia da marginalidade impregnada em nossasaes cotidianas nos d fora para continuar a luta. Perceber ocaminho j percorrido nos d satisfao de perceber o quanto jcaminhamos.

    No fomos profissionais neste trabalho, que nossas descul-pas sejam aceitas (nunca demais). Nos atrevemos a cutucaralgo sem saber bem ao certo o que ia darmas deu! Acreditamosque conseguimos contribuir para a largada de uma sistematizaodo panorama cultural de nossa regio. Est longe de ser concludo,mas nos alegra saber que no estamos mais no zero. No h maisdesculpas para a falta de investimento no setor cultural em nossaregio, a demanda existe. No podemosmais carecer de subsdiospara nossa cultura, para nossa arte.

    Somosmuito agradecidas aos que acreditaramemns, (algunsat mais que ns mesmas) que colaboraram com informaes,com arquivos, entrevistas. No citaremos um a um pois sabe-mos que falharamos (e teramos que pedir mais desculpas).Passamos por muita gente, gente diferente, artistas de verdade.Samos outras depois deste processo. Samos reafirmando nossaidentidade de artistas perifricas, filhas da resistncia, fruto deuma cultura avessa a pasteurizao identitria. Somos ns, umaglomerado de eus dizendo seu mundo atravs de uma histriacoletiva. Somos mais umas errantes, pequeninas observadorasque ainda almejam contar belas histrias. Nossas letras talvezno contemple os bons apreciadores da literatura. (e d-le des-culpas)

    Queremos tambm mandar aquele salve aos que estiverampresentes em nossa formao e troca por meio de nossos encon-tros propostos pelo projeto. Luzia, Tiaraj, Harika, James eMaria

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  • do Rosrio, que no pouparam esforos em colaborar com nossapesquisa e nos deixaram fundamentos e reflexes para dar con-tinuidades a este trabalho. Agradecemos tambm todos aquelesque participaram do nosso segundo ciclo de encontros que seconfiguroumais como uma troca de experincias. SoMateus emMovimento, Brava Cia. de Teatro, Luiz Poeta, Sarau Comungar,Germano Gonalves, Pontos de Fiandeiras, Rosas Perifricas eJlio Sobrinho Carvalho. Neste momento do nosso processo nospercebemos no mais como percussoras de um projeto, e simcomo mais um ponto a se somar nesta tentativa de contar a nossahistria, histria esta que j est sendo contada constantementepor estes narradores/observadores incansveis. Os que verdadei-ramente fazem a diferena no cenrio cultural de nossa quebrada.

    Atravessamos histria, viajamos no tempo. Revivemos pas-sagem as quais nem existamos. Nos emocionamos ao perceberque nossa luta de hoje continuidade de ontem. Com este livrovai o nosso basta queles que tentam nos impedir de seguir emnossas conquistas. queles que tentam nos calar. Aqueles queprocuram nos desarticular. Aqueles que esto na contramo denosso desenvolvimento.

    Esta nossa singela contribuio aos artistas de nossa regio.Que este material seja utilizado por todos de maneira a fortalecernossa cultural local. nis!

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    .. Mapeamento

    So Mateus em MovimentoEspao comunitario / rede de coletivos culturais / ponto decultura

    Em 2008 um grupo de jovens da periferia, moradores do bairroVila Flvia, So Mateus, descontentes com a precariedade daregio, diante da falta de oportunidades, decidiram agir, e cria-ram o espao comunitrio Espao So Mateus em Movimento.Os idealizadores, participantes dos coletivos culturais RimaFatal da Leste e Grupo OPNI, fundaram o espao na intenode proporcionar, principalmente ao pblico jovem, o estmuloao senso crtico e esttico, pormeio de aes culturais diversas.Desde sua fundao, o So Mateus em Movimento tambmse caracteriza como uma rede de coletivos e agentes culturais,pois suas aes sempre foram pautadas pela colaborao e acomplementariedade. Atualmente, o So Mateus em Movi-mento tambm um Ponto de Cultura reconhecido prefeiturade So Paulo. O local conta com uma pequena biblioteca comlivros doados pelos moradores.

    Grupo OPNI Negotinho Rima Fatal Beto Yvison Pessoa Randal Bone Toni Crosss Aluzio

    R. Cnego Jos Maria Fernandes, 127, Vila Flvia, So Mateus. [email protected] https://www.facebook.com/saomateusemmovimentoY https://www.youtube.com/watch?v=3_N-gCP2858Y https://www.youtube.com/watch?v=ZrnzdzTfM3AY https://www.youtube.com/watch?v=fXUlpRmdUToY https://www.youtube.com/watch?v=NSqKlo3N6XAY http://globotv.globo.com/rede-globo/sptv-1a-edicao/v/sao-mateus-em-

    movimento-mobiliza-artistas-da-vila-flavia-na-zona-leste/3582764/

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/saomateusemmovimentohttps://www.youtube.com/watch?v=3_N-gCP2858https://www.youtube.com/watch?v=ZrnzdzTfM3Ahttps://www.youtube.com/watch?v=fXUlpRmdUTohttps://www.youtube.com/watch?v=NSqKlo3N6XAhttp://globotv.globo.com/rede-globo/sptv-1a-edicao/v/sao-mateus-em-movimento-mobiliza-artistas-da-vila-flavia-na-zona-leste/3582764/http://globotv.globo.com/rede-globo/sptv-1a-edicao/v/sao-mateus-em-movimento-mobiliza-artistas-da-vila-flavia-na-zona-leste/3582764/

  • Coletivo COLETORESMultimedia / graffiti digital / stncil / web art / game art /fotografia / instalao / interfaces de baixa tecnologia /design experimental

    Formado em 2008 pelos artistas Toni Wiliam Crosss e FlvioCamargo (SERES), o COLETORES tm a cidade como meio esuporte para suas aes, a partir de conceitos como arte/jogo,arquitetura do precrio, design social, arte interativa. Trn-sitam entre diversas mdias: estncil, web art, fotografia, in-terface de baixa tecnologia, game art e publicaes. J desen-volveram projetos junto ao Programa VAI, Centro Cultural daJuventude, FILE, FONLAD (Portugal), SESC, alm de aeseducacionais em espaos como Bienal de So Paulo, SENACSP, Instituto Tomie Ohtake entre outros.Toni Crosss e Flvio Camargo coordenam, desde 2009, projetoAtelier Livre e projetos independentes, que tm como foco aocupao de espaos dentro da cidade para a realizao deresidncia artstica aberta a participao do pblico. O CO-LETORES teve projetos patrocinados pelo Programa VAI daSecretariaMunicipal de Cultura de So Paulo, Centro Culturalda Juventude Ruth Cardoso, participao em exposies comoo FILE, 20 Dimenso (Natal-RN/2012).No FILE 2011 (festival dedicado tecnologia e linguagemeletrnica), foram destaque com o trabalho Mquina/Brin-quedo, uma mesa de pinball analgica que rene madeira,objetos reciclados, e que foi classificada de irresistvel peloblogWeMakeMoney, Not Art, um dosmais influentes na reade arte e tecnologia. No ano de 2014 oCOLETORES emplacouum VAI II com o Projeto Atelier Livre (Media Lab) Vdeo ePerformence Projetiva em So Mateus, uma residncia arts-tica de 5 meses na comunidade Vila Flvia, So Mateus, querealizou aes no campoda vdeo projeo, vdeo performance,dana e intervenes urbanas hbridas.

    Toni William Flvio Camargof https://www.facebook.com/coletivo.coletoresY https://www.youtube.com/watch?v=q80X51LoZKs http://www.dasding.org/coletores http://atelierlivresp.blogspot.com.br https://www.flickr.com/photos/coletores

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    https://www.facebook.com/coletivo.coletoreshttps://www.youtube.com/watch?v=q80X51LoZKshttp://www.dasding.org/coletoreshttp://atelierlivresp.blogspot.com.brhttps://www.flickr.com/photos/coletores

  • Rua VirtualAudiovisual // cultura digital / grafite / skate

    Rua Virtual um projeto contemplado pelo programa VAI daPrefeitura de So Paulo, em 2014. Tem por objetivo montaruma galeria virtual para viabilizar a cena cultural de rua, focadaem musica, skate e graffiti, nas quatro regies de So Paulo. Ogrupo organizador criou uma pagina no Facebook e um site(ver links abaixo) para que artistas e esportistas perifricos,que geralmente no conseguem obter espao para divulgarseu talento e habilidade, pudessem ter uma base fixa digital,um espao de trocas de informaes, portflios, e de rede decontatos. Durante o ano de 2014 produziu cerca de 20 vdeossobre skate, graffiti e msica.

    So Mateus [email protected] https://www.facebook.com/ruavirtual14Y https://www.youtube.com/channel/UCB0oJAfMTOjOkMIOzCgn8YwY https://www.youtube.com/watch?x-yt-cl=85027636&v=qQe56fpSPBY http://www.ruavirtual14.com/

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    https://www.facebook.com/ruavirtual14http://www.ruavirtual14.com/mailto:[email protected]://www.facebook.com/ruavirtual14https://www.youtube.com/channel/UCB0oJAfMTOjOkMIOzCgn8Ywhttps://www.youtube.com/watch?x-yt-cl=85027636&v=qQe56fpSPBYhttp://www.ruavirtual14.com/

  • Combo de Arte IndependenteCinema / web TV

    O Combo de Arte Independente, inicialmente denominadoCombo Cine, surgiu em janeiro de 2011, quando trs jovensestudantes de cinema decidiram se organizar como grupo deproduo independente. O primeiro trabalho do grupo foi oprograma de web TV para Youtube chamado Combo Cine. Daexperincia com a produo do programa, surgiu a ideia degravar um curta metragem totalmente independente. que foichamado de Neorose.Atualmente o coletivo formado por moradores das zonas Sule Leste de So Paulo. Dos quemoram na Zona Leste, a maioriamora nos bairros que pertencem regio de SoMateus, ondej realizaram algumas aes e intervenes, como a gravao eproduo de um curta de fico e um documentrio, alm deoficinas de iniciao audiovisual para moradores da regio.

    Produes:2014 Mais um? Talvez, longa metragem dirigido por

    Davi Nascimento.2011 Artevolucionando, documentrio produzindo

    com Criando Asas sobre a a histria dosmovimentos sociais e culturais da periferia daZona Leste de So Paulo.

    Neorose, curta metragem dirigido por DavidNascimento aborda um dia na vida de umassistente de fotografia com dependnciaqumico-alcolica.

    (11) 98970-5260 98746-5305 Rua Lus Rosseti, 619, Sao Mateus. [email protected] http://www.facebook.com/pages/O-Combo-de-Arte-

    Independente/248458685310239Y https://www.youtube.com/channel/UCqrH8QlS0nwNC7YtF1ytDggY https://www.youtube.com/watch?feature=player_embeddedY https://www.youtube.com/channel/UC9SYnAm7pE7cJzCSZ_iJaLQ http://ocombodearteindependente.jimdo.com

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/pages/O-Combo-de-Arte-Independente/248458685310239http://www.facebook.com/pages/O-Combo-de-Arte-Independente/248458685310239https://www.youtube.com/channel/UCqrH8QlS0nwNC7YtF1ytDgghttps://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded https://www.youtube.com/channel/UC9SYnAm7pE7cJzCSZ_iJaLQhttp://ocombodearteindependente.jimdo.com

  • Grupo TransformarCinema / curta metragem / videoclipe

    O coletivo Transformar surgiu em agosto de 2009, na comuni-dade So Marcos. Tem seis curtas, dois clips e parcerias commovimentos sociais e grupos teatrais. A comunidade hoje temseu cinema, oCinEscado, onde todos os filmes realizados pelocoletivo so apresentados em primeira mo. Desde o primeiroroteiro at o roteiro final, todos fazem tudo; quem no estatuando est por trs da camera.Em abril de 2010, aps um perodo de oficinas para formaode novos talentos, o grupo produziu seu primeiro curta metra-gemDo outro lado do muro. Em 2012, o Grupo Transformarlanou o Curta Metragem A Cartomante, uma adaptao doconto deMachado de Assis. Outro conto adaptado foiA Igrejado Diabo, do mesmo autor, em 2013, com apoio do programaVAI, da Secretaria Municipal da Cultura.

    Produes:2010 Do outro lado do muro (curta metragem)2011 Do Outro Lado do Muro 2 (curta metragem)2012 A Cartomante (curta metragem)2013 A Igreja do Diabo (curta metragem)2014 Sonhos de liberdade (curta metragem)

    De Janeiro A Janeiro / Amanda Matos (videoclipe)e reason / Amanda Matos (videoclipe)

    Aline Jonas Cecilia Fernando Mrcio Shayenne Claudinea Kelvina Mateus Christian Iago Mariane Arielle Francisco Kaique

    (11) 98624-6649 R. Acssio de Paula Leite Sampaio, 59, Jd. Tiet, So Mateus. [email protected] https://www.facebook.com/grupotransformar?fref=tsY https://www.youtube.com/user/GrupoTransformar http://www.grupotransformar.org/

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/grupotransformar?fref=tshttps://www.youtube.com/user/GrupoTransformarhttp://www.grupotransformar.org/

  • Ncleo de Pesquisas Corporais Ha-bitatDana

    Grupo formado em 2012 com intuito de levar a dana para osCEUs da Zona leste. Nos anos de 2013 e 2014 o grupo foi con-templado com o programa VAI para continuar desenvolvendoseu projeto de dana.No primeiro ano foram para os CEUs das Subprefeituras deSo Mateus, Cidade Tiradentes, Aricanduva/Vila Formosa eVila Prudente/Sapopemba com a proposta de produzir o es-petculo Ok? Y! Histria de irmo mais velho quetinha como base realizar pesquisa e resgatar a memria demigrantes do norte e nordeste. No ano de 2014 tinham comoobjetivo o mesmo pblico, mas de produzir a Mostra CulturalTransies Norteadoras que conta com uma exposio deartigos do norte e nordeste, exibio de documentrio, oficinassobre danas regionais, apresentao musical e apresentaesdo espetculo produzido noVAI de 2013 emSoMateus, ItaimPaulista, Guainases, Freguesia do , Campo Limpo, Ipiranga eJabaquara.

    (11) 95813-7903 Jd. Iguatemi [email protected] https://www.facebook.com/NPCHABITATf https://www.facebook.com/edi.oliveira.714Y https://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1421914688&v=p2XAY0SEKvQ

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/NPCHABITAThttps://www.facebook.com/edi.oliveira.714https://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1421914688&v=p2XAY0SEKvQ

  • Odisseia das FloresRap

    Ogrupo de rapOdisseia das Flores formado por JMaloupas,Chai e Letcia. Desde 2008 focam seu trabalho pela luta pelavalorizao da mulher na sociedade. Com o slogan Mulherespensantes que no usam o corpo e sim a mente, o grupoexplora a ideia de que a mulher no precisa usar o corpo comoobjeto para conquistar seu espao na sociedade. As integrantescompem e interpretam suasmsicas, sob influncias diversasdo Rap, Reggae, Maracatu, Blues e MPB. Alm do trabalhomusical, o Odisseia das Flores participa e realiza trabalhossociais voltados para as comunidades da periferia de So Paulo.O grupo nasceu do burburinho do centro de So Paulo. JMaloupas e Letcia representam o bairro do Brs, enquantoChai chega para somar dos morros de Franco da Rocha. Amaioria das apresentaes acontecem na periferia.Em 2014 as odisseianas lanaram o lbum As palavras voam eseu primeiro vdeo clipe, da faixa Sem curva na ideia. Luga-res como Brs, Parque Dom Pedro, Vila Flvia (So Mateus),Franco da Rocha e Francisco Morato compe o cenrio dovideoclipe, captado minuciosamente pelo Diretor do VdeoToni William Crosss e pela fotgrafa Daniela Cordeiro.

    J Maloupas Chai Letcia (11) 5789-7179 7839-8050 Vila Flvia, So Mateus. [email protected] https://www.facebook.com/pages/Odisseia-das-Flores/279676405410790Y https://www.youtube.com/watch?v=uA-756YNCkAY https://www.youtube.com/watch?v=jXCO97GHno4Y http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-

    bernardes/v/grupo-odisseia-das-flores-cantam-nao-nao-nao/2447914/ https://soundcloud.com/odisseia-das-flores http://odisseiadasfloresofi.wix.com/odisseiadasflores

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/pages/Odisseia-das-Flores/279676405410790https://www.youtube.com/watch?v=uA-756YNCkAhttps://www.youtube.com/watch?v=jXCO97GHno4http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/v/grupo-odisseia-das-flores-cantam-nao-nao-nao/2447914/http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/v/grupo-odisseia-das-flores-cantam-nao-nao-nao/2447914/https://soundcloud.com/odisseia-das-floreshttp://odisseiadasfloresofi.wix.com/odisseiadasflores

  • TorokMC / compositor / produtor / designer

    EduardoMaia, militante pormoradia, morador do JardimCon-quista, comea seu contato com a cultura Hip Hop na dcadade 1990. Inicia sua carreira como rapper em 1997. Torok,nome que adotou, MC, compositor, DJ de radio, produtormusical e audiovisual com a TRK Produes, designer, produ-tor de eventos, gestor de projetos, educador emultiplicador dacultura Hip Hop.Passou por grupos como Calibre Rap, Ativa Rap, ReviravoltaMfia. Hoje compoe o Causa Comum junto com Andr Causae Caiuby Orinej, companheiros que esto tambm na organi-zao da Batalha de So Mateus. Em 2003 inicia sua carreirasolo circulando por So Paulo e, em 2008, lanou seu primeiroCD intitulado Mix Tape Diretamente do Konquix. Em 2009participa do primero DVD do Reviravolta Mfia qual passoua fazer parte aps integrar o grupo Trama da Rima.Sempre de forma independente, Torok j foi arte educadordeMC e comunicao para instituies comoPoiesis, InstitutoIvoz, Crescer, CRECA Pinheiros, Centro Social Nossa Senhorado Bom Parto, CEU So Mateus, Programa Aprendiz Comgs,Cedeca, Leste4 e Pograma de Braos Abertos. Em 2009 foicontemplado no programa VAI com o projeto Soul Hip HopRdio Konquix. Lanou, no final de 2014, seu novo CD Brasilno se escreve com Z.

    (11) 98877-6940 Travessa Ax Baba, 59, Jd. da Conquista. [email protected] https://www.facebook.com/torokaoficialf https://www.facebook.com/TeoerreokaY https://www.youtube.com/watch?v=flEuEp14Jy0Y https://www.youtube.com/watch?v=Ysews2Dhcd0Y https://www.youtube.com/watch?v=EKSaPo6-qy4 https://soundcloud.com/toroka

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/torokaoficialhttps://www.facebook.com/Teoerreokahttps://www.youtube.com/watch?v=flEuEp14Jy0https://www.youtube.com/watch?v=Ysews2Dhcd0https://www.youtube.com/watch?v=EKSaPo6-qy4https://soundcloud.com/toroka

  • Causa ComumRap

    Grupo de Rap Gangsta formado por trs rappers (Torok, An-dr Causa e Cayubi Orinej). O Grupo existe desde 2003. Naspalavras de Andr Causa:..

    .

    A regra simples: toda causa tem efeito; somos efeito docontraste social.

    .

    Torok Andr Causa Cayubi Orinejf https://www.facebook.com/pages/Causa-Comum/389136651103309Y https://www.youtube.com/watch?v=dBNM07qhvsQY https://www.youtube.com/watch?v=cpH3m4cxik4

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    https://www.facebook.com/pages/Causa-Comum/389136651103309https://www.youtube.com/watch?v=dBNM07qhvsQhttps://www.youtube.com/watch?v=cpH3m4cxik4

  • Amazing BreakDana / break

    Grupo originalmente formado pelos danarinos John Lennon,Jonh Michael e Andrei Alves. Em 2006 o trio se reuniu parainiciar a prtica de Break. Especializado em street dance (oudana de rua), o Amazing Break j se apresentou em diversoslocais de So Paulo e de outras cidades do pas.

    Fico muito feliz em ver ostreet dance fazendo tanto

    sucesso porque ele faz parteda minha vida e de milhares de

    jovens do pas. O gueto aminha origem e tenho muito

    orgulho disso.John Lennon Silva, em entrevista para

    o Correio Braziliense

    John Lennon da Silva, o integrante mais conhecido do grupo,foi apresentado ao pblico no reality show Se ela dana, eudano, em fevereiro de 2011. Na poca com 20 anos e semnenhuma formao clssica, surpreendeu tanto os juradosquanto o pblico com sua releitura de A morte do cisne, deCamille Saint-Sans, com toques de popping (estilo de streetdance caracterizado pela tcnica de rapidamente contrair erelaxar os msculos, com movimentos que lembram os de umrob). Apontado ento como aposta da revista Bravo!, foiconvidado a abrir eventos de prestgio, como a Bienal Interna-cional de Dana do Cear. Em 2013 foi contratado para sergaroto-propaganda da grife carioca Reserva.

    I am totally and deeplytouched. Please send my love

    to the incredibleartist/dancer. He made mechoke up. With love Yoko.

    Comentario feito por Yoko Ono, no seuperfil do facebook, a respeito do vdeoem que John Lennon Silva apresenta

    A morte do cisne.

    O Amazing Break foi contemplado com o VAI I em 2014 ebusca criar dilogo entre elementos da cultura da periferia e damsica clssica erudita, com criao de coreografia, pesquisa eutilizao das tcnicas do break, do popping, da improvisaoda dana e do teatro.

    John Lennon da Silva John Michael Andrei Alves de Jesus CEU So Mateus e So Rafael [email protected] https://www.facebook.com/amazingbreak?fref=tsY https://www.youtube.com/watch?v=dgnOJxc9u5kY https://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1421914688&v=uOdJXi1vQBwY https://www.youtube.com/watch?v=MceKWv9V-Yw

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/amazingbreak?fref=tshttps://www.youtube.com/watch?v=dgnOJxc9u5khttps://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1421914688&v=uOdJXi1vQBwhttps://www.youtube.com/watch?v=MceKWv9V-Yw

  • DugreenReggae / pop reggae

    Amigos desde a infncia, os integrantes da banda Dugreentm em comum amigos e o gosto musical. J formaram umgrupo de pagode no passado e j ficaram um tempo sem tocar.Formaram ento uma banda de rock,Tenso, que no tinha umvocalista. Tom frequentava sempre os ensaios e a banda pediapara ele aprender letras de rock and roll. Mas, ele voltava can-tando reggae. Aps a alterao da proposta inicial do grupo, abanda se consolidou no gnero reggae.Em 2010 a Tenso deixa de existir, diante da constatao deque o nome no era apropriado. Marcelo D2 ajuda a batizara banda ao responder que levaria para uma ilha deserta umlivro e um Dugreen, no MTV Video Music Brazil (VMB).Embora cada integrante tenha uma fonte de renda, uma hist-ria profissional diferente, criaram uma marca de roupas como mesmo nome da banda e abriram uma loja. Para eles asmaiores realizaes do grupo foram conhecer bandas famosase tocar em palcos grandes por onde passaram nomes comoRacionaisMCs e Art Popular. Participaram daVirada Culturalde 2014 e do So Mateus Festival.A banda tem cincomsicas prprias e no pretende abandonaro cover. Seu projeto para o futuro dominar o mundo. Ofoco no financeiro, mas alcanar popularidade e gravar umCD. Menino Lutador a cano vencedora de festival e carrochefe do projeto atual. Inspirada nas letras do grupo de rapConscincia Humana, uma mistura de rap, rock, reggae comum toque de samba rock no final e aborda a realidade social doshabitantes do bairro de So Mateus. O Dugreen se apresenta,desde de fevereiro de 2014, todas s quintas no Rancho, barcom programao musical variada localizado na Praa MiguelRamos de Moura, 254, IV Centenrio.

    Tom (vocal) Zu (bateria) Peterson (guitarra) Lenon (baixo) (11) 96706-5199 Rua Luis Rossetti, 751, So Mateus.f https://www.facebook.com/bandadugreenY https://www.youtube.com/watch?v=in2NEjKnK5c

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    https://www.facebook.com/bandadugreenhttps://www.youtube.com/watch?v=in2NEjKnK5c

  • Lei Di DaiReggae / ragga

    Lei Di Dai, nome artistico de Daianne Nascimento, canta hcatorze anos. Comeou em 1999 na noite, com a banda Ca-maro na Brasa cantando jazz e hip hop. Ficou com eles at2004 quando a banda se desfez. Comeou a carreira solo nessemesmo ano, ganhando espao em rdios, jornais, televiso.Mas o boommesmo aconteceu em dezembro de 2006, quandoLei Di Dai deu uma entrevista pra Revista Rolling Stone Brasil,que foi publicada com ttulo Lei Di Dai: a verdadeira rainhado dancehall brasileiro. Trabalhou muito pra lanar o discoem 2007 e fazer uma turn de 30 dias na Europa em 2009. Napoca, seu disco independente foi o mais vendido do gnero,vendendo 15.000 cpias.A maior dificuldade pra ela foi encontrar pessoas fieis pra tra-balhar, nem sempre as pessoas esto na mesma sintonia. Acoisa andou melhor quando fez uma parceria com Vini que seu DJ, marido e produtor.A Rainha do Ragga tem orgulho de sua trajetria que incluipassagens pelo Luau da MTV, Manos & Minas, VAI, ViradaCultural So Paulo (cantou com Elza Soares). umas paradaque a gente acha que s acontece com os boys, mas no, acon-tece com a gente tambm. Seu disco novo Ragga na Lata foilanado esse ano no Matilha Cultural...

    .

    So Mateus amor, amor pela msica e pelas pessoas.Fico orgulhosa de ver o OPNI bombando, indo pragringa. Ali talento puro, aquela galeria a cu aberto lindo demais.

    .

    Daianne Nascimento.f https://www.facebook.com/LeiDiDaiOficialY https://www.youtube.com/watch?v=I3EI6VhAhnYY https://www.youtube.com/watch?v=FgYthlxwffgY https://www.youtube.com/watch?v=U64frWYMVgM https://myspace.com/leididai/music/songs

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    http://2.bp.blogspot.com/_gziz9-pSFjI/TI0BaKSGTcI/AAAAAAAAAM0/Fgkv1jeR9nk/s1600/ACONTECE+LEI+DI+DAI+ROLLING+STONE.jpghttp://2.bp.blogspot.com/_gziz9-pSFjI/TI0BaKSGTcI/AAAAAAAAAM0/Fgkv1jeR9nk/s1600/ACONTECE+LEI+DI+DAI+ROLLING+STONE.jpghttps://www.facebook.com/LeiDiDaiOficialhttps://www.youtube.com/watch?v=I3EI6VhAhnYhttps://www.youtube.com/watch?v=FgYthlxwffghttps://www.youtube.com/watch?v=U64frWYMVgMhttps://myspace.com/leididai/music/songs

  • Jah SaveReggae

    A banda comeou em 26 de setembro de 2013. J est emsua segunda formao. Hoje a banda luta pela gravao doseu primeiro CD com as msicas de autoria prpria e arran-jos j preparados para o estdio. A banda composta de 5integrantes e busca agregar mais membros para uma melhorsonorizao.

    (11) 95827-6369 95372-4172 Jd. Santo Andr e So Mateus [email protected] http://www.facebook.com/JAHSAVEoficialY https://www.youtube.com/watch?v=Qgvp_w_Yy9sY https://www.youtube.com/watch?v=MRHfBm5de9Y

    Kiu AdadauaReggae / reggae raiz

    KiuAdadaua nasceu emLondrina,mas cresceu nasmontanhasda Zona Leste de SP. Comeou seu trabalho em 2009. Cos-tuma se apresentar no Pico das Torres e CCPC. Vem sendoinfluenciado por msicas culturais religiosas. Lanou um CDpromocional. Est em processo de gravao do CD oficialintitulado O Fogo de Jah. Desde 2010 vem desenvolvendoseu trabalho com um grupo freelance.

    (11) 98623-7578 96806-6140 Rua particular, 37 A, Jd. Alto Alegre, So Mateus [email protected] https://www.facebook.com/kiuadadauaY https://www.youtube.com/watch?v=jrcxCtWSNpsY https://www.youtube.com/watch?v=P8T6NgPRUWY https://soundcloud.com/kiuadadaua

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/JAHSAVEoficialhttps://www.youtube.com/watch?v=Qgvp_w_Yy9shttps://www.youtube.com/watch?v=MRHfBm5de9Ymailto:[email protected]://www.facebook.com/kiuadadauahttps://www.youtube.com/watch?v=jrcxCtWSNpshttps://www.youtube.com/watch?v=P8T6NgPRUWYhttps://soundcloud.com/kiuadadaua

  • Nazireu RupestreReggae

    Nazireu onomedado a quemest a servio de JAHeRupestreao que escrito na rocha. Juntos desde 2004, o grupo toca oritmo reggae raz com fortes batidas de tambores nyabinghi,alm de algumas influncias do dub.Em 2006 a banda lanou seu primeiro lbum, Confraterniza-o Rastafri e, em 2012, um lbum demo contendo 5 faixas.Em 2014 a banda lanou o seu novo clipe seu novo lbum,intitulado OsTempos SoCruis, o primeiro lbum completoda banda. Composto de 13 faixas e produzido por Rodrigo Lolie Rodrigo Piccolo, produtores conhecidos do meio reggae, oalbum foi lanado atravs do seloHomens do Mato.

    Dani (guitarra e voz) ZR (teclados e backing vocal) Morador (contrabaixo) Fyamoon(bateria e backing vocal) Zilla (percusso)

    Jd. Tiete, So Mateus [email protected] https://www.facebook.com/pages/Nazireu-rupestre/479256348759815Y https://www.youtube.com/watch?v=4bfu_vrCo8cY https://www.youtube.com/watch?v=XDMn0FLHwlw http://www.vagalume.com.br/nazireu-rupestre/ https://myspace.com/familianazireurupestre http://www.lastfm.com.br/music/Nazireu+Rupestre

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/pages/Nazireu-rupestre/479256348759815https://www.youtube.com/watch?v=4bfu_vrCo8chttps://www.youtube.com/watch?v=XDMn0FLHwlwhttp://www.vagalume.com.br/nazireu-rupestre/https://myspace.com/familianazireurupestrehttp://www.lastfm.com.br/music/Nazireu+Rupestre

  • Samba Maria CursiSamba / samba de raiz / samba de terreiro

    Amadrinhados pela Tia Cida, a Comunidade Samba MariaCursi comeou de forma despretensiosa e, em 2004, ganhouo formato de projeto scio-cultural. Hoje em dia o sambaacontece todos os sbados, a partir da 20h, num espao situadona Avenida Maria Cursi chamado Recanto do Samba MariaCursi, onde durante o dia funciona um lava-rpido. Para entrarno se cobra nada, seno o respeito. Quando isso acabar,acaba o samba.Com um repertrio formado por nomes consagrados da m-sica brasileira, como Cartola, Nelson Cavaquinho, Joo No-gueira, Demnios da Garoa e Martinho da Vila, o encontro daComunidade Maria Cursi tambm evidencia novos composi-tores da regio, cujas obras so entoadas em coro pelo pblicocativo da roda, como O Samba Brasil (Tigro), Princpio dofim (Edgard, Madureira), Barriga de me (Lindomar) e A Vozda Comunidade (Reinan).Ningum do grupo vive apenas do samba, todos tm outrasatividades como fonte de renda. Com 10 anos de samba e umCDgravado pelo selo SESC, todos os anos temcarnaval, dia dascrianas, natal e a festa de aniversrio, sempre pensando emcomo envolver a comunidade de uma maneira solidria, sejadistribuindo doces e brinquedos pra molecada, arrecadandoalimentos para instituies, ou simplesmente levando a alegriado samba comunidade.O lbum A Voz da Comunidade o primeiro trabalho lan-ado pelos integrantes do grupo e conta com as participaesdas Velhas Guardas do Camisa Verde e Branco e da Nen deVila Matilde, alm deWilson Sucena, Leci Brando, Chapinha(Comunidade Samba da Vela) e Tia Cida, madrinha da Comu-nidade Maria Cursi.

    Avenida Maria Cursi, 799, So Mateusf https://www.facebook.com/RecantodoSambaMariaCursiY https://www.youtube.com/watch?v=ylrXenDVGKcY https://www.youtube.com/watch?v=zEI6j1cjEusY https://www.youtube.com/watch?v=bcGUjIWh0C4Y https://www.youtube.com/watch?v=HA-Yw2fKipwY https://www.youtube.com/watch?v=OL1IFSml7n8Y https://www.youtube.com/watch?v=gINYQpZB5No

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    https://www.facebook.com/RecantodoSambaMariaCursihttps://www.youtube.com/watch?v=ylrXenDVGKchttps://www.youtube.com/watch?v=zEI6j1cjEushttps://www.youtube.com/watch?v=bcGUjIWh0C4https://www.youtube.com/watch?v=HA-Yw2fKipwhttps://www.youtube.com/watch?v=OL1IFSml7n8https://www.youtube.com/watch?v=gINYQpZB5No

  • Bero do Samba de So MateusSamba / samba de terreiro / partido alto / calango / jongo /samba de roda / sincopado

    Reduto de samba formado por compositores, msicos e intr-pretes de So Mateus e adjacncias, a roda de samba que dariaorigem ao Bero do Samba de So Mateus originou-se na de-cada de 1980 a partir de encontros que ocorriam nos quintaisdas tias, especialmente o quintal da Tia Cida, que filha de Ble-caute, cantor e compositor falecido em 1963. Segundo relatos,o Bero do Samba teria surgido emmaro de 1993, numa festade aniversrio do Timaia (um dos msicos), no quintal da TiaCida. Trs irmos, Yvison, Erverson e Vitor, ainda meninos,acabados de chegar do ABC tiveram papel fundamental nosurgimento do Bero do Samba, que atualmente conta comcerca de 40 integrantes.Da sua formao at seu crescimento, So Mateus vem preser-vando o samba nos velhos e novos redutos. Desde os temposdo quintal da Tia Fil, casa da Dona Erclia, quintal da Tia Cida,quintal daDona Severina ou o famosoQuintal doZezinho, Rua12, at os mais recentes tais como Boteco do Timaia e Comu-nidade Maria Cursi, fazem de So Mateus um grande atrativo,sempre regado a mais bela variedade da culinria brasileira. OBero do Samba tem como proposta valorizar o compositor, apresena feminina, bem como preservar a memria do bairrode gerao a gerao, integrando os membros da comunidade.

    Foi l, no quintal da tia Cida quecomearam as atividades do Bero. Outrolocal o boteco do Timaia, que tem rodasdesde 1992/93. Ele muito conhecido aqui,e ganhou esse nome porque parece com oTim Maia (risos). Tem tambm as rodas daMaria Cursi, uma rua daqui do bairro.

    Everson Pessoa, msico do Bero

    Os quintais ainda hoje se abrem e o trabalho, que nunca pa-rou, de l nunca saiu. Mas ganhou novos terrenos. Com CDgravado pelo selo SESC, fizeram shows em diversas lugares deSo Paulo e do Brasil. Representaram o Brasil no Brazil Festocorrido nos EstadosUnidos em2008; primeiro emNovaYork,onde tambm realizaram dois workshops sobre as origens elinguagens do samba, e depois no Parade the Circle do Cleve-landMuseum of Art. Mas o vnculo com SoMateus nunca seperdeu. O trabalho do Bero do Samba de So Mateus no selimita msica. H tambm uma preocupao scio-cultural.O lbum Bero do Samba de So Mateus, lanado em setem-bro de 2007 com apoio do SESC, contou com a participao decerca de quarentamsicos, reunidos para cantar o cotidiano dobairro e das pessoas atravs do lirismo e da potica tpicos damsica popular brasileira. Odisco foi produzido peloQuintetoem Branco e Preto, com as participaes especiais de AlmirGuineto e Beth Carvalho.O segundo disco, O Samba que Vem L de So Mateus, mos-

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  • tra apenas composies prprias. Neste disco, o Bero doSamba canta o cotidiano, as origens, o amor e as questessociais do bairro de So Mateus.

    Everson Pessoa (direo) Everson Pessoa (voz) Altair Donizete (voz) Oscar Novaes(violo 7 cordas) Sandoval Luzia (cavaquinho) Marcelo Erclio (banjo) AndersonCandido, Rato (percusso) Fernando Blasques, Jarro (pandeiros) Jorge Neguinho(percusso 1 e efeitos) Yvison Pessoa (percusso 2) Gerson da Banda (percusso 3) Douglas da Conceio, Piti (surdo) Edson Oliveira (coro) Dulce Monteiro (coro) Ronny (compositor) Rubo das Mulheres (compositor) Milber (compositor) TiaCida (participao especial)

    (11) 2253-6953 R. Abner Ribeiro Borges, 141, Sao Mateus. [email protected] https://www.youtube.com/watch?v=r1PtNKP-WHoY https://www.youtube.com/watch?v=OJRsBVGtke8Y https://www.youtube.com/watch?v=vxHXEjEvzoUY https://www.youtube.com/watch?v=m2aGCgFZXl8Y https://www.youtube.com/watch?v=fXUlpRmdUTo http://www.radio.uol.com.br/#/album/berco-do-samba http://bercodosambadesaomateus.blogspot.com.br http://www.sescsp.org.br/loja/765_berco+do+samba+de+sao+mateus

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    mailto:[email protected]://www.youtube.com/watch?v=r1PtNKP-WHohttps://www.youtube.com/watch?v=OJRsBVGtke8https://www.youtube.com/watch?v=vxHXEjEvzoUhttps://www.youtube.com/watch?v=m2aGCgFZXl8https://www.youtube.com/watch?v=fXUlpRmdUTohttp://www.radio.uol.com.br/#/album/berco-do-sambahttp://bercodosambadesaomateus.blogspot.com.brhttp://www.sescsp.org.br/loja/765_berco+do+samba+de+sao+mateus

  • Samba Toca da OnaSamba / roda de samba

    Precisamos olhar a nossavolta, ver o que falta e tentartrazer. Hoje em dia as pessoas

    no esto acostumadas aajudar uns aos outros. E

    atravs da roda de samba quese cria uma porta de entrada

    para quem quer aprender edesenvolver um trabalho, nemque seja para ocupar a mente.

    Originrio de encontros de amigos no bar Samba Toca daOna, localizado no bairro Vera Cruz, sub-distrito de So Ra-fael, o Toca da Ona surgiu no incio dos anos oitenta. Em2010 consolida-se a nova formao do Samba Toca da Ona,porm agora no de maneira informal mas como um projetocultural de samba. A proposta manter o espao que agregamuita gente que gosta de samba. um projeto do encontro,da alegria. Os integrantes pretendem estender o projeto paraformao de jovens sambistas.As cores do Samba Toca da Ona so o amarelo e o preto...

    .

    Por 2motivos. Um a cor da ona pintada. Ooutro quetoda agremiao de escola de samba bate comumorix, eo samba tem isso tambm. No pode esquecer da origemancestral que vem do candombl Para o africano, ocandombl no uma religio, como se fosse parte davida dele. Como o samba pra gente parte da nossa vida,a gente busca manter um certo respeito sobre isso. Enas escolas de samba assim, as cores batem com algumseguimento de orix, e cor energia. O preto Exu, que o orix da festa, damensagem, ele traz conversa, alegriae tambm afasta os inimigos. O amarelo de Oxum. Eos dois esto juntos nessa luta aqui, so dois orixs quecriaram o candombl, eles so os donos do candombl.Os orixs estavam vagando ao leo, quando chegou Exue Oxum para fazer uma festa, como se fosse a roda desamba. que nem aqui. A roda se fecha e traz todomundo.

    .

    A roda de Samba Toca da Ona ocorre quinzenalmente noCDM do Vera Cruz, s sextas-feiras a partir das 20h.

    (11) 94865-3478 94744-4539 95443-6745 R. Fortaleza de Itapema, 282, Jd. Vera Cruz.

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  • Zezinho, TitiuSamba

    Eu no tocavaquando eujogava eu no tocava! Por quevoc t no campo, como vocvai tocar e jogar, certo? Masquando eu parava eu ia tocar.

    Sempre de bom humor, Zezinho ou Titiu, como conhecido,chegou em So Mateus em 1958 e hoje uma referncia cul-tural em sua comunidade, o Jardim Vera Cruz. Quando jovemjogava um bolo. A vrzea sempre foi o ponto de encontro dostrabalhadores, onde o futebol vinha acompanhado de samba,estando a uma das origens do samba de So Mateus.Hoje Zezinho participa de diversos coletivos de SoMateus. o Titiu. Com sua caixa, instrumento que traz desde o campo,passa pela Toca da Ona, Samba do Vera Cruz, Bero doSamba, Sintonia do Negro. J passou pelos times Cruzeirinho,Portuguesinha, Barraco, e seu prprio time, oToicinho FC, quefoi fundado em 1978. Seu quintal, conhecido comoQuintal doJaposco, foi um dos principais pontos de encontro do sambaemSoMateus. Por l j passaramdesdeConscinciaHumanaat Beth Carvalho. O Bloco Favela, bloco carnavalesco quenasceu no Quintal do Japosco, ainda sai todas as teras-feirasde carnaval.

    Fui fazer um samba l na casa do zezinhotinha churrasco de montono se esquecendo do toicinhotinha Maria animada cantava esse refro:Tem camaro... tem camaro oh Man!

    (Camaro, Bero do Samba de So Mateus)

    Titiumantma tradio do sambademesa, quinzenalmente noCDM do vera Cruz. Leva seus instrumentos, coloca-os sobrea mesa e as pessoas surgem para fazer um samba, resgatandoa pureza e a originalidade das rodas como um encontro entreos amigos...

    .

    O que eu queria eu no t tendo, que instrumentos praminha comunidade, pra gente sair em primeira linha eeu no t conseguindo. Essa a maior dor.

    .

    Jd. Vera Cruz, So Rafael.f https://www.facebook.com/profile.php?id=100004941735298

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    https://www.facebook.com/profile.php?id=100004941735298

  • G.R.E.S. Amizade Zona LesteSamba / escola de samba

    O Grmio Recreativo Escola de Samba Amizade Zona Leste uma escola de samba localizada no bairro de So Mateus. Aentidade comeou como um grupo de amigos, sempre juntofazendo uma Roda de Samba aqui, outra ali, at que surge aidia de fundar um Bloco Carnavalesco. A idia foi tomandoconta da mente da rapaziada at que numa linda tarde desbado, no dia 12 de Maro de 1995, no Bar do Bugil, decidiu-se criar a entidade.Assim foi dada a largada rumo ao carnaval de 1996 e as difi-culdades comearam aparecer. Falta de recursos financeiros,falta de pessoal com conhecimento em confeco de fantasiase alegorias. Mesmo com tantas dificuldades foram para a VilaMaria, local do desfile com 213 componentes, com o enredoGota de Felicidade, ficando em 8 lugar na classificao. Em2003 foram campees, desfilando com 416 componentes. Em2004 j no grupo especial de blocos que desfilava no Anhembi,o Amizade desfilou com 813 componentes, ficando em 4 lu-gar. Em 2011, j como Escola de Samba (Grupo 4), vence oCarnaval com o samba enredo NumManga Deu Dot.Alem dos desfiles no Carnaval a escola desenvolve projetosscioculturais na Comunidade. O Projeto Cultural Amizadee Tradio, que visa preservar a tradio do samba paulistano,organiza duas vezes por ms uma roda de samba na quadracom a velha guarda do samba. Focando no samba de raiz, estetambm um espao para receber novos compositores.J a Escola de Percusso para Batucada, projeto focado nosjovens da comunidade, utiliza a percusso como forma de so-cializao e disciplina. As aulas acontecem todos os sbados apartir na quadra da Escola.

    (11) 7891-1171 R. Francisco de Melo Palheta, 460, Pq. Boa Esperana, So Mateus. [email protected] https://www.facebook.com/amizadezonalestef https://www.facebook.com/amizadezonaleste/videos http://www.amizadezonaleste.com.br/

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/amizadezonalestehttps://www.facebook.com/amizadezonaleste/videoshttp://www.amizadezonaleste.com.br/

  • Rodrigo CamposMsico / compositor / cantor / cavaquinista / violonista /percussionista

    Compositor, instrumentista e cantor, Rodrigo Campos nasceuem Conchas (SP). Comeou tocando cavaquinho e percussonas rodas de samba de So Mateus, lugar onde cresceu. Obairro foi sua escola musical e cenrio das experincias de vidaat os 18 anos. Estudou teoria e violo popular na Fundaodas Artes de So Caetano do Sul. Comeou a compor aos dozeanos, to logo aprendeu os primeiros acordes no cavaquinho,e atravs dos anos foi adquirindo identidade. Seu estilo detocar e cantar mistura ritmo e suavidade com toda a tradioafro-brasileira, prpria dos instrumentistas que tiveram suainiciao musical no samba.As histrias e personagens que povoam a memria do artistaforam a fonte de inspirao para o seu CD de estreia, lanadoem 2009 e batizado, no por acaso, como SoMateus no umlugar assim to longe. O compositor apresenta um trabalhosingular, unindodensidade potica e simplicidade nas letras,e uma surpreendente sofisticao meldica.O CD, produzidopor Beto Villares e Antonio Pinto, foi recebido com muito en-tusiasmo pela crtica. Ganhou o Trofu Cata-Vento, da RdioCultura, na categoria Melhor disco de 2009, e figurou naslistas dos principais jornais do pas como um dos dezmelhoresdiscos de 2009.Lanou, em 2011, o disco Passo Torto, projeto em colaboraocom os compositores Kiko Dinucci e Romulo Fres e o con-trabaixista Marcelo Cabral, com o qual ganhou o Prmio daMsica Brasileira 2012 na categoria Melhor Grupo de MPB.Em 2012, Rodrigo Campos lanou o lbum Bahia Fantstica.Nesse registro, esquea cavaquinho e a possvel alcunha desambista: o lbum foi praticamente tocado ao vivo no YBStudio, junto com uma turma que gosta de um groove bom:iago Frana (sax, flauta, EWI), Maurcio Takara (bateria),Maurcio Fleury (teclado), almde toda a galera do PassoTorto.Todos eles tambm assinam a produo, somando-se ao toqueda engenharia sonora de Gustavo Lenza. Em um balano, Ro-drigo contabiliza 16 msicos envolvidos no disco, incluindo asparticipaes. Sobre o disco, numa entrevista para o Estado,fez a seguinte declarao:

    33

  • ..

    .

    No falo de uma Bahia geogrfica, mas de uma Bahiasubjetiva, metafrica. Ela um lugar que eu inventei.No pesquisa, arte.

    .

    Em2013RodrigoCampos participa da gravao do discoPassoEltrico, com os msicos e compositores Kiko Dinucci, Mar-celo Cabral e Romulo Fres. Segundo disco do projeto PassoTorto, foi produzida tambm uma verso em vinil. Se no pri-meiro lbum, privilegiou-se os instrumentos acsticos, agora,como o prprio ttulo parece anunciar, o novo disco parte deuma busca por novas sonoridades. Novamente h a ausnciade instrumentos de percusso, substitudos pela arquiteturartmica dos instrumentos de corda.

    Sao Mateus / Pinheiros [email protected] https://www.facebook.com/Rodrigo.Campos.brf https://www.facebook.com/passotortoY https://www.youtube.com/watch?x-yt-cl=85114404&v=65MWP_qDcx0Y https://www.youtube.com/watch?x-yt-cl=85114404&v=vdfannSWQcg http://www.lastfm.com.br/music/Rodrigo+Campos http://grooveshark.com/#!/album/Sao+Mateus+Nao+E+Um+Lugar

    +Assim+Tao+Longe/4847715 http://www.yb.com.br/gravadora_disco.asp?disco_id=180 https://soundcloud.com/passotorto http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral rodrigo-campos-vai-de-sao-

    mateus-a-sua-bahia-fantastica-e-entra-com-tudo-para-os-grandes-da-musica-brasileira 845881

    http://namiradogroove.com.br/entrevistas/entrevista-rodrigo-campos http://fitabruta.com.br/resenhas/albuns/rodrigo-campos-bahia-fantastica/ http://www.passotorto.com.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodrigo_Campos https://itunes.apple.com/br/album/bahia-fantastica/id560919132

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/Rodrigo.Campos.brhttps://www.facebook.com/passotortohttps://www.youtube.com/watch?x-yt-cl=85114404&v=65MWP_qDcx0https://www.youtube.com/watch?x-yt-cl=85114404&v=vdfannSWQcghttp://www.lastfm.com.br/music/Rodrigo+Camposhttp://grooveshark.com/#!/album/Sao+Mateus+Nao+E+Um+Lugar+Assim+Tao+Longe/4847715http://grooveshark.com/#!/album/Sao+Mateus+Nao+E+Um+Lugar+Assim+Tao+Longe/4847715http://www.yb.com.br/gravadora_disco.asp?disco_id=180https://soundcloud.com/passotortohttp://cultura.estadao.com.br/noticias/geral\protect \relax \kern .16667em rodrigo-campos-vai-de-sao-mateus-a-sua-bahia-fantastica-e-entra-com-tudo-para-os-grandes-da-musica-brasileira\protect \relax \kern .16667em 845881http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral\protect \relax \kern .16667em rodrigo-campos-vai-de-sao-mateus-a-sua-bahia-fantastica-e-entra-com-tudo-para-os-grandes-da-musica-brasileira\protect \relax \kern .16667em 845881http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral\protect \relax \kern .16667em rodrigo-campos-vai-de-sao-mateus-a-sua-bahia-fantastica-e-entra-com-tudo-para-os-grandes-da-musica-brasileira\protect \relax \kern .16667em 845881http://namiradogroove.com.br/entrevistas/entrevista-rodrigo-camposhttp://fitabruta.com.br/resenhas/albuns/rodrigo-campos-bahia-fantastica/http://www.passotorto.com.br/http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodrigo_Camposhttps://itunes.apple.com/br/album/bahia-fantastica/id560919132

  • DonaLaide!Rock / rock cmico

    Donalade banda rock cmico formada em fevereiro de 2010.A banda traz letras criativas e divertidas que abrangem temasdiversos: crticas sociais, cotidiano de cada membro da banda,etc. Com instrumental variado e bem explorado, a bandamistura rock com diversos estilos, entre eles: baio, guarnia,repente, new wave, funk metal, reggae e rap. O nome Do-naLade surgiu graas a uma singela observao do vocalistaMatozo, que estava em busca de um nome que tivesse umaforte ligao com a loucura. Lembrou-se de sua Tia, a DonaLade. A banda j fez fez diversos Shows por a e aos poucosvai ganhando seu espao no cenrio underground brasileiro.

    Matozo (Voz) Lucas Ramos (Guitarra) Mauricio Nascimento (Baixo) Felipe Ansanelo(Bateria)

    (11) 96909-8238 Av. dos Sertanistas, 539, So Mateus.f https://www.facebook.com/pages/DonaLade/242775092408526Y https://www.youtube.com/user/donalaideY https://www.youtube.com/watch?v=xFgItM6Myzw https://soundcloud.com/donalaide

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    https://www.facebook.com/pages/DonaLa\char "00ED\relax de/242775092408526https://www.youtube.com/user/donalaidehttps://www.youtube.com/watch?v=xFgItM6Myzwhttps://soundcloud.com/donalaide

  • CarnificycoRock / underground

    Momento do Carnificina Fest 7 realizado noBar doDiniz, em setembro de 2012. Foto: shicherry.

    O Carnificyco o coletivo que organiza o Carnificina Fest,festival independente que rene periodicamente bandas do un-derground de todo Brasil. O coletivo Carnificyco foi formadono ano de 2010 em So Paulo, por um grupo de amigos devrias regies da cidade: moleques remelentos, amantes derque do diabo e capetices em geral. O coletivo vem promo-vendo eventos e festivais underground de hardcore e msicaalternativa em geral em vrias regies de So Paulo.

    Somos feios, toscos, sujos,no temos grana e no

    visamos fins lucrativos,fazemos isso simplesmente

    porque gostamos!

    Cartaz do Carnificina Fest 5, realizado em dezembro de 2011.

    [email protected] https://www.facebook.com/pages/CARNIFICINA-FEST/276123709094150Y https://www.youtube.com/watch?v=FniTl11-yOcY https://www.youtube.com/watch?v=WDh0TKifeiU http://carnificyco.blogspot.com.br

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/pages/CARNIFICINA-FEST/276123709094150https://www.youtube.com/watch?v=FniTl11-yOchttps://www.youtube.com/watch?v=WDh0TKifeiUhttp://carnificyco.blogspot.com.br

  • Cerberus AttackRock / thrash metal

    Banda derash Metal 80s formada no inicio de 2009 em SoMatheus com o intuito de fazer um som com influncias dorash Metal, do tipo que se fazia na dcada de 80 nos EUAe na Europa. Aps alguns ensaios e mudanas na formaoa banda se estabiliza com Marcelo Araujo e Wellington Lou-reno nas guitarras, Edsio Brasil no baixo, Renato Moulin novocal e Bruno Morais na bateria.Com essa formao comeam a fazer shows no circuito un-derground de So Paulo e no final de 2009 gravam uma demointitulada Cerberus Attack.Em Julho de 2010 Wellington decide sair da banda por noter mais tempo para se dedicar aos ensaios e aos shows; noseu lugar entra Jhon Frana que j era amigo dos integrantes,o que facilitou o entrosamento tanto nos ensaios como nasapresentaes ao vivo. No decorrer do ano de 2010 continuama se apresentar na capital de So Paulo e municpios prximosalm de cidades do interior do estado e, no comeo de 2011,comeam as gravaes de um EP intitulado Welcome to Des-truction.Em 2011 o baixista Edesio, um dos fundadores da banda, sai.No seu lugar entraMarvin, que fica at o fim de 2011 e sai paraa entrada de Marcelo (Maskote) que assume o baixo em 2012.Em2012 o vocal Renato sai da banda restando a formao atual,com Jhon assumindo os vocais.2014 a banda lana o split Cranial Attack junto com a bandaCranial Crusher.

    Jhon Frana (vocals/guitars) Marcelo Araujo (guitars/backing vocals) MarceloMaskote (bass/backing vocals) Bruno Morais (drums)

    Sao Mateusf https://www.facebook.com/pages/Cerberus-Attack-Thrash-

    Metal/158953707515368Y https://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1422579428Y https://www.youtube.com/watch?v=xZNXJ3KUYf4 https://myspace.com/cerberusattack/music/songs https://soundcloud.com/cerberus-attack http://www.genocidiorecords.com/#!cerberus-attack/ckf9

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    https://www.facebook.com/pages/Cerberus-Attack-Thrash-Metal/158953707515368https://www.facebook.com/pages/Cerberus-Attack-Thrash-Metal/158953707515368https://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1422579428https://www.youtube.com/watch?v=xZNXJ3KUYf4https://myspace.com/cerberusattack/music/songshttps://soundcloud.com/cerberus-attackhttp://www.genocidiorecords.com/#!cerberus-attack/ckf9

  • DJ DickRap

    Desenvolve seu trabalho no rap desde 1998. Realiza suas apre-sentaes no Sound Bar, Q.I. Alforria e Sarau Sarav. Atual-mente est frente do bar cultural Sound Bar.

    Gilberto. (11) 98446-9329 R. Aroldo Celi, s/n, So Mateus.f https://www.facebook.com/gilberto.dickf https://www.facebook.com/SoundBarzonaleste

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    https://www.facebook.com/gilberto.dickhttps://www.facebook.com/SoundBarzonaleste

  • Quinho FonsecaIlustrador / grafiteiro

    Nasci em So Paulo comsangue da Bahia, procurosempre melhorar como pessoae profissionalmente, soumovido por tudo que amo, aarte tornou minha vida viva,viva vida!!!

    Quinho Fonseca, paulista da Zona Leste, formado em publi-cidade, grafita desde 1998 entre as ruas de So Paulo e daBahia. Fez parte de um dos mais representativos grupos degraffiti de So Paulo, o OPNI, desde sua origem, em 98, edas crews Sociedade Fantoche (desde 2000) e F.D.P (Forados Padres), desde 2004. Junto com o grupo OPNI criou oStudio Risco pormeio do qual realizou uma srie de trabalhosna rea de ilustrao, graffiti, design grfico e fotografia. Valecitar projetos como Murographia, com oficinas de desenho,pintura e graffiti, no SESC Ipiranga (2006/2007), exposies noProjeto Evangeline (Eight Bar/SP/2006), no evento HipHopDJ (Studio SP, 2008), e no Encontro Paulista de Hip Hoprealizado no Memorial da Amrica Latina (2009).Como cenografista realizou trabalhos para o curta metragemGraffiti (2006) e para o seriado Antnia (2007). Foi, jun-tamente com o OPNI um dos idealizadores do Projeto SoMatheus em Movimento, que realiza, desde 2008, atividadeseducativas na comunidade da Vila Flvia, em So Matheus,alm de pintar, junto com artistas convidados, as ruas da co-munidade, com a inteno de transformar em Galerias as ruasda Favela.

    (11) 98311-5155 2015-0279 R. Cnego Jos Maria Fernandes, 203, So Mateusf https://www.facebook.com/quinhofonseca http://quinhofonseca.blogspot.com.br https://www.flickr.com/photos/quinhofonseca http://quinhoqnh.tumblr.com https://www.behance.net/qnh

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    https://www.facebook.com/quinhofonsecahttp://quinhofonseca.blogspot.com.brhttps://www.flickr.com/photos/quinhofonsecahttp://quinhoqnh.tumblr.comhttps://www.behance.net/qnh

  • Germano GonalvesProsa / poesia / literatura marginal perifrica

    Capa do livro O Ex-Excludo, de GermanoGonalves.

    Urbanista Concreto o nome artstico Germano GonalvesArrudas, poeta nascido em So Caetano do Sul em 1963. Fi-lho de famlia mineira, seus primeiros poemas e textos forampublicados em jornais de bairro e informativos de empresas.A poesia de Germano tm diversas influncias, especialmentede Raul Seixas, a quem teve a oportunidade de conheceurpessoalmente, e do poeta curitibano Paulo Leminski.Publicou seu primeiro texto, intitulado Obteno, na colet-neaMeditaes, livro de bolso da editora Casa do Novo AutorEditora. Escreveu a histria do bairro onde mora num textointitulado Parque So Rafael, uma antologia contada emprosae poesia, publicado no livro I Concurso Literrio: Histria doMeu Bairro, Histria do Meu Municpio. Foi um dos vence-dores de um concurso promovido pelo Conselho Regional daMulher do Municpio de Jundia, com o poema Acabaram-seas Maria. Publicou uma crnica e um poema na coletneaPelas periferias do Brasil, Volume 4.Em 2011 publicou o livro O Ex-Excludo, uma edio indepen-dente, impressa sob demanda e de circulao restrita. Trata-sede um livro-manifesto, autobiogrfico e escrito em primeirapessoa. Germano faz parte da Casa de Cultura do Parque SoRafael, Projeto GENTE, onde colaborador na sala de leitura. oficineiro na Casa de Cultura de So Mateus, com a aficinaA arte da Literatura Perifrica. professor de Histria narede estadual de ensino e atua no Frum de Cultura de SoMateus. Faz parte do Conselho Gestor da Casa de Cultura deSo Mateus.

    Urbanista Concreto, Manogerman. (11) 98469-7842 R. Reduo de Guarambar, 169, Pq. So Rafael. [email protected] https://www.facebook.com/urbanistaconcreto.germanoY https://www.youtube.com/watch?v=9_Zo-zCUpps http://coisasliterarias.blogspot.com.br

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/urbanistaconcreto.germanohttps://www.youtube.com/watch?v=9_Zo-zCUppshttp://coisasliterarias.blogspot.com.br

  • Luiz PoetaPoesia / literatura de cordel

    Capa do livro Poesias, palavras que noenvelhecem de Luiz Carlos Florentino Silva(Luiz Poeta).

    Luiz Carlos Florentino Silva (Luiz Poeta), natural de So Pedrodo Iva, Paran, nasceu em 1956. filho de Jos FlorentinoSilva (Z Poeta) e Alice Arajo da Silva. Desde pequeno acom-panhava o pai nas cantorias dos poetas e ouvia os repentistas;admirava-se como os versos saam espontaneamente e com anaturalidade prpria dos grandes menestris. J em 1968, noSegundo Ano Primrio, na cidade de Fnix, ganhou grandepopularidade com as suas poesias.Chegou em So Paulo em 1976. Desenvolveu vrias atividadesprofissionais: camel no centro, quando chegou na capital;metalrgico naVolkswagen de SoBernardo doCampo (19781990) e comerciante. Trabalhou em livraria, tornando-se leitorvoraz e adquirindo conhecimentos que mais tarde utilizaria nacriao de suas prprias obras. Foi tambmvendedor deCarnda Felicidade, proprietrio de boteco e de casa de espetculosna regio de So Mateus.Seu primeiro livro, Poesias, palavras que no envelhecem,cuja primeira edio teve tiragem 1.000 unidades impressas,vendeu 650 exemplares na noite de autgrafos (9 de novembrode 1997) e contou com apoio e parcerias de amigos, comercian-tes e empresrios da regio de SoMateus. Participou tambmda dcima quinta Bienal Internacional do Livro (maio de 1998),esgotando, assim, todos os exemplares da primeira edio.Outra paixo do poeta a fotografia. Seu acervo pessoal j foiutilizado por vrias secretarias de cultura, sendo importanteregistro histrico das transformaes, realizaes, pessoas efatos da regio de So Mateus.

    Luiz Carlos Florentino Silva. R. Joo Crispiniano Soares, 544, Pq. Boa Esperanaf www.facebook.com/luizcarlos.florentinosilvaY https://www.youtube.com/watch?v=jg-CRs8NXng

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    www.facebook.com/luizcarlos.florentinosilvahttps://www.youtube.com/watch?v=jg-CRs8NXng

  • Luciene SantosSociologia / autobiografia

    Luciene Santos com seu livro Marcela, du-rante entrevista para o Memrias de UmSo.

    Luciene Santos, auto-intitulada escrivinhadora, acadmicada Academia Boituvense de Letras e Artes (ABLA). Em feve-reiro de 2014 lanou seu primeiro livro, Marcela: pela outrametade da rvore.Professora de EMEI, fez magistrio, estudos sociais e comple-mentao em histria. Aos 52 anos descobriu que aprenderaa escrever h muito tempo, mas em sua poca escritor eraJorge Amado, Agatha Christie, no da cultura perifricaescrever, o negro escrever, amulher escreverMas uma indig-nao fez com que seu livro nascesse: a problemtica paternalenvolvendo a sua filha Marcela (da o ttulo do livro). O livrono exatamente sobre sua filha Marcela, mas uma reflexosociocultural sobre a paternidade. No me considero uma es-critora, mas uma escrivinhadora, e acredito que todos podemescreverTrata-se de um livro autobiogrfico, mas que relata e discutemuitas histrias relacionadas ao tema da paternidade...

    .

    Esse livro formado pelos recortes de nossas vidas, daminha vida, do que eu vi, do que tomei conhecimento.No um livro feminista, no essa a proposta umahistria real de ausncia paternal.

    .

    O livro j vendeu cerca de 500 cpias. O que a surpreendeu foia boa aceitao do pblico jovem...

    .

    Antes era chamada de professora e agora sou chamada deprofessora escritora. Eu me apaixonei pela possibilidadede escrever. Como disse Albert Einstein A mente quese abre a uma nova ideia jamais voltar ao seu tamanhooriginal. Meu desejo agora continuar escrevendo

    .

    (11)98377-4489 [email protected] https://www.facebook.com/events/493104234131454

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/events/493104234131454

  • Nelson Magno EsfingePoeta

    Realiza suas poesias desde os 9 anos de idade, atuando emescolas, saraus e shows demsica. Est envolvido comprojetosna ONG Vidarte.

    Tempo

    Se tiverUm tempinhoTempo pare

    Um pouquinho

    Conte-meS um momentoDo que s feito

    que quero saberSer que estou perdendo tempo?

    Dia-a-dia

    Odeio esseDia-a-dia

    MatareiO dia

    Mas o diaAdia

    Eu adioTambm

    Rua Clenio Wandeley, 283, So Mateus.f https://www.facebook.com/pages/Poeta-Nelson-Magno-

    Esfinge/547410691970474

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    https://www.facebook.com/pages/Poeta-Nelson-Magno-Esfinge/547410691970474https://www.facebook.com/pages/Poeta-Nelson-Magno-Esfinge/547410691970474

  • Maria Elza AraujoEscritora / educadora

    Ps-graduada em Histria, sociedade e cultura (PUC-SP), Ma-ria Elza Araujo, cearense de Bela Cruz, chega em So Mateusem 1983. Iniciou seus projetos em 2011 com pequenas produ-es e est finalizando seu terceiro livro. Dois de seus livrosforam escritos em parceria com seus alunos. Desenvolve suasatividades nas escolas em que leciona. Dois livros de MariaElza Araujo foram publicados em 2013,: A ti, em homegem aseu pai, e Nudez potica: narrativas de vidas, livro de poemasque contm ilustraes de seus alunos.

    (11) 9-9778-2087 Rua Peixes, 509, Jd. Vila Carro. [email protected]

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    mailto:[email protected]

  • Sarau ComungarCriado em agosto de 2013, o Sarau Comungar foi idealizadopor jovens da comunidade Vila Flvia e est aberto para di-versas expresses artsticas: literatura, msica, teatro, debates,etc. O Sarau Comungar visa despertar o interesse pela leitura,revelar talentos, oferecer entretenimento e arte no cotidianode vida da comunidade. Para isso, oferece oficina de poesia edispe de livros em sua biblioteca comunitria. No Comungar,as crianas esto presentes, seja apenas para ocupar o lugar,para comer um rango ou recitar mesmo que, muitas vezes,elas no saibam nem ler; mas palmas h, verdadeiramente,para prestigiar e motivar.

    R. Cnego Jos Maria Fernandes, 127, Vila Flvia, So Mateusf https://www.facebook.com/saraucomungar

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    https://www.facebook.com/saraucomungar

  • Pontos de FiandeirasTeatro / grupo teatral

    Apresentao no 9 Festival de Teatro deParanava, PR. Teatro Altino.(Foto: Amauri Martineli)

    Ogrupo Pontos de Fiandeiras, criado emMaro de 2011, contacom integrantes oriundos da Escola Livre de Teatro (ELT) deSantoAndr, do SENACSoPaulo e daUniversidadeAnhembiMorumbi. Pontos de Fiandeiras vem descortinando em suasmontagens os encontros dos tempos presente e passado, elana seus vislumbres poticos para o tempo futuro. O fazercnico do grupo vem sendo pautado pelo estudo do teatro nar-rativo em dilogo com prticas corporais (princpios da danacontempornea, danas brasileiras, yoga, entre outras) e com ainvestigaomusical (estudo de tcnicas vocais, musicalizaoe composio).Pontos de Fiandeiras desenvolve seus projetos em consonnciacom um grande tema gerador que vem se descortinando emseus projetos: a memria. Nesse sentido, a memria comopropulsora para fazer da cena teatral um palco para o resgatee para a constante reflexo do ser humano como ser histrico-social-cultural. O grupo desenvolve projetos para os pblicosadulto e infantil.Roca de Fiar um espetculo cnico musical que estreouem 2012 na cidade de Santo Andr. O coletivo pesquisou astransformaes na vida da cidade de Santo Andr pelo vis dasmudanas trazidas pelas indstrias txteis. P de Conto um projeto que tem como foco a narrao de histrias para opblico infantil e trabalha com contos inditos.

    Ponto Segredo. Primeiros Fios estreou em 2013, contandocom a parceria estabelecida com o Sesc Santo Andr dentro

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  • do vasto projeto intitulado De ponto em ponto. Conta aamizade de trs idosas do subrbio. No decorrer de um dia, aspersonagens abordam lembranas comuns e revelam segredosh muito guardados. Ponto Segredo. Primeiros Fios foipremiada pelo CPT 2013 como melhor dramaturgia. Redede Histrias um projeto que tem como foco a narrao dehistrias diversas da literatura mundial para o pblico infantil,juvenil e adulto.Atualmente esto preparando o espetculo Ponto Corrente,que conta financiamento do Proac, sendo o segundo de umatrilogia e explora o perodo de 50, 60, 70, especialmente o papeldas mulheres que estavam na vanguarda e na retaguarda dosmovimentos operrios.

    Apresentao do espetculo Ponto Segredo. Primeiros Fios. no CESA VilaHumait, para o pblico da EJA, em 05 de junho de 2014.(Foto: Dbora Bolzan)

    Camila Shunyata Roberta Marcolin Garcia (11) 98678-8753 99578-8839 R. Manoel Joo da Silva, 439, Jd. Sapopemba, So Mateus [email protected] https://www.facebook.com/pages/Pontos-de-Fiandeiras/381739958588233Y https://www.youtube.com/watch?v=L25TKYDHwrg videos.ebc.com.br/vod/b5/b52f6d7811c85d575e18b81685ddcb0b.mp4 http://www.pontosdefiandeiras.com http://alinhavandopontos.blogspot.com.br/

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/pages/Pontos-de-Fiandeiras/381739958588233https://www.youtube.com/watch?v=L25TKYDHwrghttp://videos.ebc.com.br/vod/b5/b52f6d7811c85d575e18b81685ddcb0b.mp4http://www.pontosdefiandeiras.comhttp://alinhavandopontos.blogspot.com.br/

  • Rosas PerifricasTeatro / grupo de teatro

    O grupo Rosas Perifricas nasceu em 2008 no Parque SoRaphael. Desde o comeo o grupo se preocupa em discutira desigualdade social e o machismo. As primeiras obras dogrupo falam sobre o lugar da mulher na sociedade. O espe-tculo Vnus de Aluguel, realizada em 2009, ficou em cartazno Teatro X. Em 2010 o grupo encenou a pea A Mais Forte erealizoui o ato performativo Fmea. O primeiro projeto para opblico infantil surgiu em 2014, para rua, e foi chamado RdioPopular da Criana. Recentemente o grupo embarcou emumapesquisa cnica comosmoradores doParque SoRaphael,chamada Narrativas Submersas, primeiro projeto do grupoaprovado pelo VAI, em 2014. Uma mistura de crianas detodas as idades, indo dos 8 ao 76 anos, um cortejo com cantos,memrias e fico sobre So Raphael. Uma sede (casa de umadas atrizes) abraa o grupo e os moradores que tambm fazemparte do espetculo. Conseguiram parcerias com a escola dobairro, o Projeto Gente, a Casa de Cultura, as Crianas doMorro, o Bar do Timaia.

    Michele Arajo (atriz e produtora) Paulo Reis (ator e produtor) Everton Santos (ator) Gabriela Cerqueira (atriz) Elias Felix (produtor) Leandro (ator e msico)

    (11) 97983-4902 95159-5918 R. Miguel Miranda, 46, Pq. So Rafael [email protected] www.facebook.com/Rosas.Perifericas www.rosasperifericas.wix.com/rosasperifericas

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    mailto:[email protected]/Rosas.Perifericas

  • ..

    .. Movimentos de resistncia

    Priscila Machado1

    Memrias de um SoEntende-se por Patrimnio Cultural todaa produo humana, de ordem emocional,intelectual, material e imaterial, indepen-dente de sua origem, poca natureza ouaspecto formal, que propicie o conhecimentoe a conscincia do homem sobre si mesmo esobre o mundo que o rodeia. Este conceitoconjunta com o prprio conceito de Cultura,entendida como um sistema interdepen-dente ordenado de atividades humanas nasua dinmica, em que no se separamas con-dies do meio ambiente daquelas do fazerdo homem; em que no se deve privilegiaro produto habitao, templo, artefato,dana, canto, palavra em detrimento dascondies histricas socieconmicas, tnicase ecolgicos em que tal produto se encontrainserido.

    Ministrio da Cultura2

    Apartir dos primeiros encontros regulares do Frum de Cul-tura de So Mateus levantou-se a questo de como a me-mria artstica e cultural de So Mateus est sendo per-dida com o passar dos anos. A partir de ento organizou-se umgrupo de trabalho nomeado Memria e Mapeamento. Intentava-semapear os atores histricos da cultura local, resgatar amemriacoletiva e cultural da regio e iniciar um processo de preservaodos materiais e das histrias coletadas.

    Tinhamos conscincia dos desafios que enfrentaramos na re-construo das pontes entre o passado e o presente; conclumos,contudo, que valeria o esforo, que era preciso resgatar amemriados artistas, militantes e produtores culturais dos trs distritosque compem a regio de So Mateus: So Mateus, So Rafaele Iguatemi.

    Como ponto de partida, propusemos um processo de forma-o coletiva atravs de palestras e discusses sobre a preservaodamemria, sujeitos perifricos e o desenvolvimento das polticaspblicas de cultura para a periferia. Para tanto organizamos doisciclos de palestras no segundo semestre de 2014.

    O primeiro encontro, realizado em 29 de julho de 2014, foicom a professora de museologia Luzia Gomes Ferreira. Nesta pa-lestra, intitulada Memria como um processo constante de cons-truo e reconstruo, discutimos os problemas relacionados memria, esquecimento, memria individual, memria cultural elugares da memria.

    Demos continuidade s discusses com o msico e socilogoTiaraj Pablo, autor da tese Formao dos Sujeitos Perifricos:Cultura e Poltica na Periferia de So Paulo, que muito contribuiupara esclarecer o tema da construo da memria e do esqueci-

    1Priscila Machado produtora cultural, cineasta e militante. Desde 2007pesquisa memria coletiva, identidade e patrimnio. Promove tambm oficinasde audiovisual com foco na educao patrimonial.

    2Ministrio da CulturaInstituto do Patrimnio Historico e ArtsticoNacional. CADERNO de diretrizes museolgicas 1. Belo Horizonte: Secretariade Estado da CulturaSuperintendncia de Museus, 2006. 2 Edio. p.152.

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  • mento. To terceiro encontro, Harika Maia e James Lemos Abreu

    Cartaz de uma das palestras, realizada em29 de julho de 2014, com a participaoda professora de museologia Luzia GomesFerreira.

    abordaram o tema das polticas publicas de cultura para periferia,especialmente os programas da Secretaria Muncipal de Culturade So Paulo como o VAI, o Agente Comunitrio e os Pontos deCultura. A contribuio de ambos nos foi muito valiosa, pois elesestiveramparticipao efetiva no desenvolvimento cultural de SoMateus: a Harika por ser moradora e o James por ter trabalhandocomo funcionrio pblico da assistncia social de 1991 a 2007.No quarto encontro tivemos a participao de Maria do RosrioRamalho, considerada a me do programa VAI, que teve papelfundamental na concepo e estabelecimento do programa.

    Paralelamento ao primeiro ciclo de palestras os quatro en-contros relacionados acima recolhamos depoimentos de pro-tagonistas das histria cultural de So Mateus. Foram muitosos dilogos estabelecidos, parte dos quais resultaram numa sriede entrevistas. Este trabalho deve muito gentil colaborao detodos os entrevistados.

    Fizemos um recorte da histria de artistas e militantes dacultura em So Mateus, cujo resultado uma espcie de dossihistrico da cultura. Eventualmente este trabalho poder servircomo ferramenta para dialogar com o poder pblico da cidade deSo Paulo, ajudando a embasar polticas pblicas para esta regioda cidade e iniciativas no sentido de preservar seu patrimniocultural.

    Harika Merisse Maia, coordenadora do Pro-grama VAI, e James Lemos Abreu, coorde-nador dos Pontos de Cultura da SecretariaMuncipal de So Paulo, em palestra profe-rida no dia 12 de agosto de 2014 na Casa deCultura de So Mateus.

    Este trabalho no poderia ter-se concretizado sem a valiosa co-laborao de artistas, militantes da cultura e funcionrios da Sub-prefeitura e da Secretaria Municipal de Cultura que emprestaramseus arquivos e resgataram fragmentos de suas histrias. Agra-decemos especialmente aos colaboradores Silvio Almeida Silva,Jos Adriano Albuquerque, Srgio Martins da Cruz, Julio Carva-lho Sobrinho, Valdo Lopes, Tia Cida, Pedro Moreira, Luiz Poeta,Zezinho Titiu, Flvio Pessoa, Mauricio Nicoletti, Harika Maia eJames Lemos Abreu. Agradecemos tambm a todos que, emborano citados explicitamente aqui, disponibilizaram um tempo paracontribuir com informaes, por meio da gravao de depoimen-tos ou do preenchimento de questionrios.

    A esta introduos seguem-se trs sees. Na primeira reuni-mos documentos e fazemos um apanhado geral e genrico da his-tria de So Mateus. Passamos ento para a histria de Tia Chicae Tia Cida, mulheres que protagonizaram a criao dos primeirosmovimentos de cultura de So Mateus. Na segunda discursamossobre osmovimentos organizados de cultura, de 1979 a 2014, comsuas lutas, reinvidicaes e sobre os equipamentos pblicos que aregio possui. Na terceira apresentamos um recorte das polticaspblicas e a origem da Secretaria Municipal de Cultura.

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  • Sarau realizado em 28 de novembro de 2014, no BotecoCultural Luiz Poeta, com a presena de Germano Gonal-ves, Luiz Poeta e Sarau Comungar.

    SoMateus So Mateus na Zona Lesteda capital paulistananasceu em quarenta e oitodesde a primeira cabanade um homem corajosode origem italiana.

    (Luiz Poeta)

    S Mateus surgiu em 1.842. Nessa poca era apenas umafazenda cujo dono era Joo Francisco Rocha. A fazenda foiadquirida por Antnio Cardoso Siqueira, que a dividiu em 5glebas. Na dcada de 1940 uma gleba de 50 alqueires foi vendidapara a famlia Bei, dando origem fazenda SoMateus. Dois anosdepois, a famlia Bei comeou a lotear e a vender seus lotes. Asfamlias que comeam chegar em So Mateus passam a ali morarcom esperana de um futuro melhor e carregando muito sonho.

    Hoje So Mateus uma parte da Zona Leste de So Paulo.A Subprefeitura de So Mateus, faz divisa com as subprefeiturasAricanduva, Itaquera, Vila Prudente/Sapopemba, e Cidade Tira-dentes; e tambm com os municpios de Santo Andr e Mau.Ainda hoje muitos moradores dos bairros mais prximos da fron-teira comoGrandeABC, como Parque So Rafael, JardimRodolfoPirani e Vila Esther sentem uma ligao mais forte com os muni-cpios de Mau e Santo Andr do que com a regio central de SoPaulo. Umadas razes histricas dessa ligao a precariedade do

    Distritos de So Mateus.

    sistema virio e de transportes ligando SoMateus aoCentro e aosdemais bairros de So Paulo. Alm disso, a relativa proximidadeentre So Mateus e os polos industriais de Santo Andr e Mau,atraiu e ainda atrai muitos trabalhadores para a regio de SoMateus.

    Independente da forma geogrfica em que So Mateus foidividido, os artistas locais dos trs distritos (So Mateus, SoRafael e Iguatemi) j trabalhavam em conjunto e essa integraotem-se acentuado. Tanto que dif cil falar de um distrito semfalar do outro pois os artistas transitam frequentemente entre osdistritos.

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  • Tia Cida (Maria Aparecida da Silva Trajano), uma das primei-ras moradoras de So Mateus, relata:..

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    Eu mudei pra So Mateus em 1949. Tinha esses camaradas quevendem terreno, tinha duas casas enormes na Mateo Bei. Arua Mateo Bei ia s at a Vitrio Azzalin. Eu era menina, iafazer 9 anos. Fiz 8 no Jardim Popular e fiz 9 anos aqui em SoMateus. Meu padrinho, o padrinhoNildo, ele que abria as ruas doloteamento. Eu adorava ficar nos tratores, pra mim era novidade,eu nunca tinha andado. A minha madrinha mandava eu lev oalmoo pra ele, e ele parava o trator. Eu achava aquilo incrvel.

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    Nildo, citado por tia Cida, Nildo Gregrio da Silva, que foiquem, na histria de SoMateus, compra a fazenda da famlia Bei.Durante 3 anos deslocou-se de So Miguel para So Mateus parafazer seu trabalho de desbravador, como conta Tia Cida em seudepoimento. Em 1952, Tia Cida cria a divulgadora Voz da Colinapara reivindicar melhores condies de vida para os moradoresda regio. E assim, Tia Cida acaba se tornando uma importantemilitante da regio...

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    O corretor da poca era o Carmeloe tambm o Seu Oswaldo.Quando ns mudamos pra c, eles que vendiam. Levavam opessoal pra ver, animavam o pessoal pra comprar falando que eraum lugar que ia crescer muito. Era s mato, s comprava aquiquem realmente achava barato e tinha condio de pagar.

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    Sobre sua militancia politica, Tia Cida relata,..

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    A gente sempre esteve engajadoeu t mais no samba, nacultura. A gente trabalhou tanto em movimento que o pessoalda prefeitura de Itaquera, que a gente ia reivindicar em Itaquera,comearam a pedir a minha cabea. E diziam: Se tirar a Cida,aquele lugar vai ficar mais calmo. Eles abriram uma inscriona prefeitura, pra mim fazer a inscrio, pra ir trabalhar comeles, pra eles me tirarem daqui. Esse pessoal poltico tem medodo povoSe souberem se organizar e souberem o que queremE eles morrem da medo que a gente se organize.

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    Trajetria cultural

    a trajetria da cultura em So Mateus que ser apresentadanas prximas pginas. Muito dessa histria desconhecida paraaqueles que no fazem parte da rede de artistas que existe nostrs distritos de So Mateus. Contaremos um pouco da luta deresistncia iniciada l atrs, com a Tia Chica, que construiu oprimeiro plo cultural reconhecido pelos artistas e moradores de

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  • So Mateus. Este polo fazia parte do grande reduto do samba echoro paulistano. Tia Cida conta como tudo se iniciou. Diz quefazia parte da oitava famlia a chegar na regio, com seu padrinhoNildo Gregrio, responsvel por abrir os caminhos daquele lugar.J ento ocorriam festas, realizadas por essesmoradores pioneirose ciganos, ainda no tempo em que SoMateus s chegava at a ruaVitorio Azzalin. Cultura no se impe, se aflora.

    Em 1979, nas reunies mensais, s se reivin-dicava duas coisas, um centro cultural e umabiblioteca.

    Jlio Carvalho Sobrinho

    Constatamos que, desde 1979, foram feitas oito tentativas deorganizar artistas, produtores e militantes. As principais reivindi-caes foram a criao de uma casa de cultura e de uma biblioteca.No ano passado o Frum de Cultura foi reativado. Em marode 2013 esse Frum decidiu ampliar as reivindicaes. Uma dasreivindicaes era que a casa de cultura fosse localizada numendereo adequado para realizao de atividades artsticas. Emabril de 2014, o Frum abriu a casa com uma reunio, elegeu umconselho gestor e, emmaio, finalmente participou da inauguraoda casa, que contou com apresentaes de artistas locais.

    Tia ChicaNa metade da dcada de 60 era Francisca do Rosrio, conhe-

    cida como Tia Chica, quem fomentava o primeiro plo cultural deSoMateus. Na casa dela, durante todo sbado e domingo, rolavasamba, choro e at apresentaes circenses, sempre acompanha-dos de uma canja.

    O casaro da rua Lus Botta era o grande reduto da cultura.Segundo a velha guarda do samba e choro de So Mateus, erasempre cheia de gente de todos os lugares da cidade de So Pauloe do ABC; gente que vinha brincar, cantar e danar na Tia Chica,de meados de 60 at 1987.

    Segundo Jau, em suas lembranas contadas no vdeo gravadopor Julio Carvalho Sobrinho, a Avenida Mateo Bei ainda no erapavimentada quando comeou a frequentar o reduto, por volta de1965 a 1970. Diz que foi l que acabou conhecendo muitos msi-cos e instrumentistas que lotavam a casa da Chica todo sbado edomingo.

    Julio Carvalho Sobrinho mudou-se para So Mateus em 1974.Quando conheceu a Casa da Tia Chica, por volta de 1978, tinhaum samba acontecendo l dentro da casa, na sala, e ao mesmotempo um choro no quintal; e os sons no se misturavam. Relataque Tia Chica era alta, culta, magra e sempre ficava sentada nosof; uma mulher que conhecia muito de arte, mas no tocava.

    Segundo Man de 7 cordas, a msica predileta da Tia Chicaera Cabecinha no Ombro, de Paulo Borges:

    Encosta a tua cabecinhaNo meu ombro e chora,

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  • E conta logo tua mgoaToda para mim.

    Quem chora no meu ombroEu juro que no vai embora,Que no vai embora,Que no vai embora,

    Tia CidaTia Cida herdou de seus pais Maria Herclia e Blecaute

    a paixo pelo samba. Sua me no gostava de tristeza; quandonotava que a tristeza estava chegando, comeava a cantar e a baterna palma da mo. Segundo Tia Cida, no sbado tinha festa nolargo de SoMateus e, como no tinha como voltar, pois eramuitolonge, sua me comeou a fazer as festas em sua prpria casa...

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    Chama o que toca violo, outro que toca pandeiro. A alternativapara no ir longe: fazia em casa. Sempre acontecia um sambinhana esquina e eu ia cantar. A minha me resolveu tirar o sambada esquina pro quintal de casa, que tinha um quintal enorme.Todo sbado e domingo tinha algum tocando e cantando emcasa. Tudo era motivo de festa. Isso comeou entre 57 e 58, eisso pegou o hbito. Tinha uma festa, chamavam a gente.

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    Segundo Tia Cida, grandes grupos de samba, reconhecidosdentro e fora de So Mateus, nasceram em sua casa.

    Movimentos organizados de culturaChamaremos de movimentos organizados de cultura a qual-

    quer espao aberto para discusso, dilogo, compartilhamentoe fomentao de aes que contribuam para o desenvolvimentocultural. Tambm chamado de Frum de Cultura ou Encontro deArtistas e Produtores, essesmovimentos geralmente so iniciativada classe de produtores, artistas e militantes da cultura.

    Dentre as iniciativas ocorridas desde 1979, destacamos:

    Em So Mateus, entre 1979 a 1983, ocorreram encontrosmensais de artistas e artesos no Jardim Santa Brbara. Asprincipais reinvidicaes eram um Centro Cultural e umaBiblioteca para So Mateus.

    Entre 1989 a 1990 havia um projeto de construir um Cen-tro Cultural na rua Embaixador Idelfonso Falco ocupandouns trs ou quatro quarteres, mas no local acabou sendoconstruido uma igreja;

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  • Em 1989 a UJS iniciou a discusso e um projeto de Casa deCultura e apresentou a proposta algumas vezes em encon-tros com a comunidade;

    Em 1992, aps aprovao da lei das Casas, um novo projetode casa foi elaborado;

    Em 2000 surgiu um grupo que voltou a pensar em Casa deCultura e comeou a se chamar Frum de Cultura;

    Em 2003, artistas e militantes criam o Frum Cultural SoMateus. As reunies desse Frum aconteciam no GalpoCaet. A principal reivindicao era a construo de umacasa de cultura. Chegou-se at a escolher um local e aelaborar-se uma planta, com apoio de arquitetos da Subpre-feitura de So Mateus (Plano de gesto e algumas atas emanexo);

    Em meados de 2003, a Subprefeitura desarticula o frume seus integrantes acabam desanimando. Nesse momentoque o frum deixa de ser frum e vira um espao paradisputa de cach para apresentaes eventuais.

    Noms de maro de 2013 o Frum de Cultura foi retomado.

    De 1979 a 1983Em 1979 So Mateus entrou no roteiro de aes da Secretaria

    Municipal de Cultura por meio do Projeto Periferia, implantadopor Mrio Chamie, secretrio de cultura da poca (19791983).O projeto nasceu inspirado na forma com Mrio de Andradepensava na cultura: uma forma de romper fronteiras. o quefez quando criou a bibli