Macro Econom i A

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Macroeconomia Lista de Fórmulas de Macroeconomia: Designações: S - Poupança A - Amortizações L – número de unidade de Trabalhadores K – número de unidades de Capital P – Preço Q – Quantidade D – Procura (Demand) W - Salários J - Juros R - Renda (π) - Lucros RLE – Rendimento líquido externo Z -subsídios Ti - impostos indirectos Cf - impostos directos pm – Preço de mercado cf – custo de factores I (Investimento) = S (Poupança) FBCF – Formação Bruta de Capital Fixo FLCF – Formação Líquida de Capital Fixo TRF-Subsídios VAB – Valor Acrescentado Bruto EBE – Excedente Bruto de Exploração ( J_R_π) RPE - rendimentos pagos ao exterior RRE - rendimentos recebidos exterior Q0 – Quantidade F – Função Procura (P0) – Preço Formulas: PNB = PNL + A PNL = PNB - A PNB = PIB + RLE PIB = PNB – RLE PIB pm = VAB + Ti – Z PNB pm =(C + I + G + X – M + RLE) PIB pm = PIB cf + Ti - Z PIB cf = PIB pm – Ti + Z PIB pm = (w + r + j + ) + Ti – Z PIB pm = w + EBE + Ti – Z PIB pm + M = C + I + G + X PNL = DN – A PNL = PNLcf + Ti + FLCF PNLcf = PINcf + RLE PIBpm = DI = C + I + G + X – M PIBpm = DI =OI PIBpm = PNLpm + A – RLE PIBpm = PNBpm – RLE RLE = PNBpm – PIBpm RI = PILcf DG= C + I + G + X

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Macroeconomia

Lista de Fórmulas de Macroeconomia:

Designações: S - Poupança A - Amortizações

L – número de unidade de Trabalhadores K – número de unidades de Capita l

P – Preço Q – Quantidade D – Procura (Demand)

W - Sa lários J - Juros R - Renda (π) - Lucros RLE – Rendimento l íquido externo Z -subs ídios Ti - impostos indirectos Cf - impostos di rectos

pm – Preço de mercado cf – custo de factores I (Investimento) = S (Poupança) FBCF – Formação Bruta de Capita l Fixo FLCF – Formação Líquida de Capita l Fixo TRF-Subs ídios VAB – Va lor Acrescentado Bruto

EBE – Excedente Bruto de Exploração (J_R_π) RPE - rendimentos pagos ao exterior RRE - rendimentos recebidos exterior

Q0 – Quantidade F – Função Procura

(P0) – Preço

Formulas: PNB = PNL + A PNL = PNB - A PNB = PIB + RLE PIB = PNB – RLE

PIB pm = VAB + Ti – Z PNBpm =(C + I + G + X – M + RLE) PIB pm = PIB cf + Ti - Z PIB cf = PIB pm – Ti + Z

PIB pm = (w + r + j + ) + Ti – Z PIB pm = w + EBE + Ti – Z PIB pm + M = C + I + G + X PNL = DN – A PNL = PNLcf + Ti + FLCF PNLcf = PINcf + RLE PIBpm = DI = C + I + G + X – M

PIBpm = DI =OI PIBpm = PNLpm + A – RLE

PIBpm = PNBpm – RLE RLE = PNBpm – PIBpm RI = PILcf

DG= C + I + G + X

DI = C + I + G + X - M DN = PNB A= FBCF - FLCF

PN = PI + RLE PI = PN – RLE Pm = cf + Ti – Z Cf = Pm – Ti + Z DI = PIB pm RI = PIL cf

DN = PNBpm RN = PNLcf Ceteris Paribus Q0 = F (P0)

Sa lário Real = Sa lário nominal – (menos) a Inflação FBCF = FLCF + A

RLE = RPE – RRE PG = PI + PE OG = OI + OE

Procura Global = PI + PE PI = C + I + G PE = X Oferta Global = OI + OE OI = PIB pm OE = M Oferta Global = Procura Global DI = C + I + G + X – M

S = T – G – TRF S = X – M PIB rea l = PIB nominal - Inflação RI = w + j + r + π / RI = w + EBE

ÓPTICA DA DESPESA .DN= PNBpm

.DI = C + I + G + X – M ÓPTICA DO RENDIMENTO .RI = w + j + r + π ou .RI = w + EBE

AGREGADO LÍQUIDO E AGREGADO BRUTO .PNB = PNL + A .PNL = PNB - A

AGREGADO INTERNO E AGREGADO NACIONAL .PNB = PIB + Rle

.PIB = PNB - Rle

.PIB cf = PIB pm – Ti + Z

.PIB pm = PIB cf + Ti - Z

CÁLCULO DO PIB A PREÇOS DE MERCADO Óptica do Rendimento

.PIB pm = w + r + j + + Ti – Z

.PIB pm = w + EBE + Ti – Z Óptica da Despesa

.PIB pm = C + I + G + X - M Óptica da Produção

.PIB pm = VAB + Ti – Z PROCURA GLOBAL E OFERTA GLOBAL Procura Global = PI + PE

.PI = C + I + G

.PE = X

Oferta Global = OI + OE .OI = PIB pm .OE = M

Oferta Global = Procura Global .PIB pm + M = C + I + G + X

Procura Global = Procura Interna + Procura Externa`

Procura Interna =C+G+I

Procura Externa = X Procura Global = C+G+I+X

NUMA ECONOMIA FECHADA SEM ESTADO

Cálculo do PIB Na óptica da despesa: C+ I

Aplicação do Rendimento . C + S Então

. C + I = C + S I = S

Calculo do PNLcf (PNBpm para PNLpm e retirar amortizaçoes) DN =PNBpm

1- FBCF – FLCF = (A) Amortizaçoes

2- PNBpm – A = PNLpm

3- PNLpm = PNLcf + Ti – Z

4- PNLcf = PNLpm –Ti + Z

Calculo do RI (rendimento interno) RI = PILcf PILcf = PNLcf – RLE (Retirar os valores dos que ja calculamos) Calculo das importaçoes DG – DI Calculo da oferta interna (OI) PIBpm = C + I + G + X - M Calculo do PIBpm PIBpm = OI PIBpm = OI = OG OG = OI + OE PIBpm = OI Calculo do RLE RLE = PNBpm – PIBpm RLE = PIBpm = PNLpm + A –Rle PIBpm = PNBpm – Rle Calculo da Procura Global PG = PI + PE PI = C + I + G PE = X PG = C+ I + G (PNLpm) + X

PNB pm - Produto Nacional Bruto a preços de mercado corresponde à soma do Consumo, do Investimento Bruto e dos Gastos do Estado e, portanto, ao conceito de Despesa Nacional (DN) PNL pm - Produto Nacional Líquido a preços de mercado corresponde à soma do Consumo, do Investimento Líquido e dos Gastos do Estado; PNL cf - Produto Nacional Líquido a custo de factores corresponde à soma dos Salários, das Rendas, dos Juros, dos Lucros, a que se somam os Impostos Indirectos; RN - Rendimento Nacional é o PNL a custo de factores ao qual se retiram os impostos indirectos; Rendimento Disponível alcança-se subtraindo os impostos directos ao Rendimento Nacional.

Princípios de Macroeconomia

Macroeconomia – Trata de comportamentos dos agentes económicos a nível agregado

(orçamento de Estado, Balança de Pagamentos, Taxas de Juro).

Custo de Oportunidade - Custo do sacrifício tomado pelo facto de ter escolhido outras

actividades, quando os recursos são escassos (Economia).

Inflação – Subida generalizada de preços.

L – número de unidade de Trabalhadores

K – número de unidades de Capital

P – Preço

Q – Quantidade

D – Procura (Demand)

Juízos de valor ou normativos – (Campo da Política), o que deve ser, emitirem uma opinião

Juízos de positivos – (Campo da Economia), o que é

Planeamento Indicativo – Racionalização de uma actividade económica, através da intervenção

do Estado.

Adam Smith – “mão invisível” – tendência natural da economia para o equilíbrio.

Lei da Procura

Relação Inversa ou Negativa (na Procura) – Sempre que o preço sobe (X) a quantidade

procurada desce (Y).

Lei da Oferta

Relação Directa ou Positiva (na Oferta) – Sempre que o preço sobe (X) a quantidade disponível

aumenta (Y).

P4 – excesso de Oferta 0,5 valores

P3,5 – Preço de equilíbrio, a quantidade procurada e a quantidade oferecida são iguais

(Quantidade 75)

P3 – excesso de Procura em 0,5 valores

Relações de Preço de Procura – excesso de Oferta (acima), excesso de Procura (abaixo)

Utilidade de bens segundo a Quantidade disponível

Utilidade (U)

∆ - Variação

(Q) Quantidade

(U) Utilidade Total (U) Utilidade Marginal

1 10 10

2 22 12

3 34 12

4 44 10

5 48 4

6 50 2

7 49 -1

Utilidade Marginal

Juízo Positivo – o que é (constata), com intresse económico.

Juizo Normativo – o que deve (opinar).

Função de Procura – Representa todas as variáveis que influenciam a quantidade

procurada de um bem.

Sempre que o preço sobe a procura desce (leis universais não verificáveis em 100% dos

casos) – Lei dos grandes números.

Ceteris Paribus – tudo o resto constante, sendo que mantendo uma variável

possibilita a análise do comportamento das outras. Formula que possibilita a explicação de duas variáveis sendo Ceteris Paribus é uma constante invariável. É no fundo uma invariabilidade de factores.

Questões da Macroeconomia

Produtividade

Produtividade (Trabalho)

Produto (valor adquirido)

Salário Nominal (“observado”) – valor que possibilita a aquisição efectiva de bens (poder

aquisitivo).

Ceteris Paribus Q0 = F (P0)

Q0 – Quantidade

F – Função Procura

(P0) - Preço

Salário Real = Salário nominal – (menos) a Inflação

Produto Nominal – Agregado constatável sem inclusão de inflação.

Produto Real – Valor de produto em determinada altura com a dedução da inflação.

Stock – quantidade não associado a tempo

Fluxo – relação entre quantidades e tempo, riqueza gerada durante um ano.

Métodos de cálculo:

RLE = Rpe(rendimentos pagos ao exterior) – Rre (rendimentos recebidos exterior)

RLE - compreende honorários, vencimentos, lucros, juros, dividendos e royalties (

importância paga aos países detentores de patentes, recurso ou merca)

Σ Bens finais + G (consumo colectivo) + RLE (rendimento líquido externo

(P)roduto

Valor acrescentado – V.A.B (valor acrescentado bruto) + WG (vencimento Funcionários públicos) + RLE (Rendimento liquido externo)

(R)endimento – Salários + j+ r +l + WG+RLE

(j)uros + (r)endas + (l)ucros = EBE – Excedente Bruto de Exploração

(D)espesas – (C)onsumo Prívado +( I)nvestimento + (G)astos do Estado + E(X)portações

– (I)mportações + RLE

Cf (impostos directos) + Ti (impostos indirectos) – Z (subsídios) = pm

Pm – Ti + Z = cf

DN (despesa nacional) = PNBpm (preço de mercado)

RN (rendimento nacional) = PNLcf (custo de factores)

DI (despesa interna) = PIB pm

RI (rendimento interno) = PIL cf

PI + RLE = PN

PN – RLE = PI

Procura Interna (PI)

Procura Global (PG)

Procura Externa (PE)

Oferta Interna (OI)

Oferta Global (OG)

Oferta Externa (OE)

OG = OI + OE

Despesa = C + I + G + X - M

S (Estado) = T (impostos) – G (gastos) – TRF (Subsídios)

S (exterior) = X (exportações) – M (importações)

O crescimento económico (aumento do PIB Real) é uma condição necessária

para o desenvolvimento económica (bem-estar económico) mas não é uma

condição suficiente.

COMÉRCIO EXTERNO E BALANÇA DE PAGAMENTOS

. Nova componente da actividade económica: as relações com o exterior

. Não existem economias fechadas (em autarcia)

. Existem vários fluxos que são trocados entre os países:

- Mercadorias

- Serviços

- Capitais

- Outros

. O comércio internacional e os fluxos de capitais (principalmente IDE) têm assumido uma importância crescente ao longo dos últimos anos (principalmente a partir da segunda metade do século XX)

. O comércio internacional e os fluxos de capitais registam taxas de crescimento muito superiores à produção global que é gerada

I (Investimento) = S (Poupança)

SP (consumo) + SG (Estado, Impostos subsídios) + SE (poupança exterior)

PIB real = PIB nominal - Inflação

SSoobbrree aa BBaallaannççaa ddee PPaaggaammeennttooss

Registo sistemático de todas as transacções entre os residentes de um país e o resto do mundo

Distinção importante: Residentes e Não-Residentes

Muito Importante – A Balança de Pagamentos é por definição, equilibrada, isto é o seu saldo é

zero!

A Balança de Pagamentos regista todos os movimentos de meios de pagamento ocorridos durante um certo período de tempo entre um país e o resto do mundo. O seu saldo pode ser favorável, reflectindo a acumulação de divisas proveniente do superavit registado; ou

desfavorável, reflectindo a saída de divisas devido ao défice ocorrido. Perante um défice na Balança de Pagamentos o estado utiliza Reservas Cambiais (Ouro, Moeda Estrangeira) e

Empréstimos Estrangeiros.

Cinco registos:

. Mercadorias

. Serviços e Rendimentos

. Transferências Correntes

. Transferências de Capital

. Investimentos, Créditos e Activos de Reserva

A Balança de Pagamentos é composta pela:

Balança Corrente, cujo saldo é resultado de todas as operações do país com o exterior, estando incluídas as receitas e despesas da Balança Comercial (exportações e importações), da Balança de

Serviços (transportes, seguros), da Balança de Rendimentos (juros, lucros) e Transferências Unilaterais de Capitais (doações, remessas de emigrantes).

Balança Capitais, corresponde a movimentos de capitais destinados a financiar a Economia (investimentos, empréstimos). Tida como o somatório de investimentos nacionais e estrangeiros.

Balança Financeira é utilizada para equilibrar a Balança de Pagamentos. Esta representa o conjunto de operações das Balanças Corrente e Balança Financeira.

Erros e omissões

Quando um país sofre um processo inflacionista, os preços dos bens exportados tornam-se demasiado elevados, originando uma retracção das exportações. Já as importações ficam mais baratas, levando ao seu aumento. Isto leva à deterioração da Balança Comercial e da Balança de Capitais.

A inflação leva também à escassez dos capitais de turistas, reduzindo as receitas externas dele decorrente, deteriorando a Balança de Serviços.

Para impulsionar as exportações e desacelerar as importações, a inflação leva os governos a desvalorizarem a moeda. Contudo, esta desvalorização origina um movimento pouco favorável à

Balança de Pagamentos, já que ocorre fuga de capital através do baixo valor de câmbio de moeda.

Quando ocorre o fenómeno contrário, em que um Estado pretende impulsionar importações e desacelerar exportações este efeito é contrário uma vez que a valorização da moeda irá resultar em efeitos positivos para a Balança de Pagamentos através da retenção de maior capital e um menor efeito na inflação.

As taxas de câmbio quando desvalorizam para uma Balança de Pagamentos, normalmente ocorre sempre um aumento das exportações e uma queda nas importações devido a uma menor valorização da moeda bem como a uma taxa menos favorável à balança e ao Estado em causa.

TAXAS DE CÂMBIO

Taxa de câmbio de uma moeda estrangeira é o número de unidades de moeda estrangeira

que temos de dar para obter uma unidade da nossa moeda (Euro):

Definição ao Certo

Conceitos de valorização/ desvalorização e apreciação/depreciação

Taxa de câmbio e balança de pagamentos

A Teoria da Paridade de Poder de Compra

As mudanças provocadas pela União Económica e pela introdução do Euro

Moeda

FUNÇÕES DA MOEDA

A moeda é usada como:

Unidade/Medida de Valor – a moeda expressa os valores dos bens e serviços, mede o seu valor;

Meio de Pagamento – a moeda é aceite por todos e serve para liquidar qualquer dívida;

Reserva de Valor – a retenção de moeda por tempo indeterminado (confiando que o valor é mantido) assegura a capacidade de adquirir bens ou serviços no futuro – acumulação de poupança.

MERCADO MONETÁRIO

No mercado monetário encontram-se a procura e a oferta de moeda.

PPrrooccuurraa ddee MMooeeddaa

A procura de moeda consiste na quantidade de moeda (riqueza) que os agentes económicos

desejam possuir, tendo 3 motivos base:

Procura de moeda para realizar transacções de bens;

Procura de moeda por precaução – poupar, fazer face à incerteza;

Procura de moeda para especulação – expectativas de valorização.

Esta procura de moeda pode ser nominal (MD) ou real, compreendendo a inflação MD

P

A procura real de moeda depende de:

Rendimento/PIB – se o PIB aumenta, aumenta também a procura de moeda;

Taxa de Juro Nominal (custo de oportunidade de possuir moeda) – se i (inflação) aumenta, a

procura de moeda diminui;

Nível de Preços

A Procura de Moeda (MD/P) vai então ser igual ao PIB ponderado e à taxa de juro ponderada. O PIB vai ser influenciado pelo motivo transacção e precaução

e a taxa de juro vai ser influenciada pelo motivo especulação.

MD/P = ky – hi

Deslocações da curva da procura de moeda

A variação da taxa de juro (i) vai fazer variar a procura de moeda,

havendo um movimento ao longo da curva da procura de moeda.

A subida da taxa de juro leva à diminuição da procura de moeda e vice-versa.

A variação do PIB leva à deslocação da curva da procura.

Um aumento de rendimento vai levar a uma deslocação da curva para a direita. Assim, mantendo a taxa de constante, um aumento de rendimento leva a um aumento da procura de moeda e vice-versa.

OOffeerrttaa ddee MMooeeddaa

A oferta de moeda no Consumo Privado é um saldo (quantidade de moeda), pelo que não depende da taxa de juro, assumindo portanto a forma duma linha vertical.

Em cada momento e independente da taxa de juro, existe uma

determinada quantidade de oferta de moeda – quantitativo de oferta de moeda.

Criação de Moeda

São os bancos (Banco de Portugal e Banco Central Europeu) que criam moeda ao conceder crédito (cedência temporária de valores mediante uma determinada remuneração – juro).

O financiamento através do crédito baseia-se na multiplicação artificial das poupanças que foram aplicadas sob a forma de depósitos. O montante aplicado não corresponde ao montante oferecido devido ao multiplicador de crédito que permite ao sistema

bancário oferecer mais fundos que aqueles que obteve sob a forma de poupanças.

Os bancos são então instituições financeiras que captam depósitos para conceder crédito por sua conta e risco. Mas não podem conceder toda a moeda que têm, há uma reserva mínima obrigatória consoante a conjuntura sócio-económica.

O rácio de solvabilidade divide o crédito concedido pelos fundos próprios e deve ser igual ou inferior a 8. Ou seja, o crédito concedido não pode ser superior a 8 vezes os fundos próprios pois é necessária garantia de reembolso dos depósitos.

O crédito concedido pelos bancos está condicionado pelo montante, taxa de juro, prazo de

vencimento e finalidade (crédito ao consumo, investimento, produção, importação, exportação…)

e baseia-se numa relação de confiança por parte dos bancos em como o devedor liquida a sua dívida.

Assim, como garantias do pagamento do empréstimo, os bancos exigem garantias pessoais – tomam como garantia o valor e a reputação da pessoa (fiança ou aval) e garantias reais –

constituídas por bens do devedor ou terceiros que ficam afectos ao cumprimento da obrigação (penhor ou hipoteca).

O multiplicador de crédito ou multiplicador monetário (valor teórico e máximo) é igual ao inverso da taxa de reserva.

Assim, quanto menor for a taxa de reserva, maior o será o multiplicador de crédito, ou seja, o potencial de expansão de oferta da moeda – se o banco reduzir a taxa de reserva possibilita a concessão de mais crédito.

No vencimento do crédito é feita a destruição da moeda pelo montante do crédito pago, sendo

que só o Banco de Portugal pode destruir moeda.

Temos um depósito inicial de 1000 unidades monetárias no banco A, o qual tem uma reserva de valor de 20% (200 u.m.), ficando com um montante de 800 u.m. para conceder empréstimos. Estes serão

usados como depósitos noutros bancos que repetem o esquema.

A criação de moeda pode ser reduzida devido às taxas de reserva excedentárias e ao facto de

algumas pessoas guardarem o dinheiro em vez de o depositarem.

Agregados monetários

Os agregados monetários são indicadores que permitem contabilizar a quantidade de moeda na

posse do público, sendo classificados de acordo com o seu grau de liquidez (facilidade de conversão em moeda):

M1 – moeda em sentido restrito

Consiste nos meios imediatos de pagamento, composta pela quantidade total de moedas e notas em circulação (C) mais os depósitos à ordem (DO).

M1 = C + DO

M2 – moeda em sentido alargado

Consiste nos meios de oferta mediata, abarcando além do M1 os depósitos a prazo (DP) inferiores a 2 anos que não estando imediatamente disponíveis são facilmente convertidos em

depósitos à ordem (quase-moeda).

M2 = M1 + DP

M3 – activos líquidos na posse do público

Consiste na totalidade dos meios de pagamento, compreendendo o M2 bem como as aplicações financeiras de Médio / Longo prazo (bilhetes do tesouro e papel comercial) cujos montantes podem não estar disponíveis antes do prazo estipulado pela aplicação.

M3 = M2 + Aplicações financeiras Médio / Longo prazo

EEqquuii ll ííbbrriioo ddee MMeerrccaaddoo MMoonneettáárriioo

O equilíbrio do mercado monetário encontra-se pela intersecção da procura de moeda com a oferta de moeda.

Na taxa de juro de equilíbrio a quantidade de moeda procurada é igual à quantidade de moeda oferecida.

Contudo, existem situações de desequilíbrio:

A quantidade de moeda procurada pode ser

superior à quantidade de moeda oferecida, o que faz com que a curva da procura monetária se

desloque para a direita.

Assim, para a mesma oferta de moeda, um aumento da quantidade monetária procurada faz

aumentar a taxa de juro (e vice-versa).

A quantidade monetária oferecida pode ser superior à quantidade de moeda procurada, o que faz com que a curva da oferta monetária se desloque para a direita.

Assim, para a mesma procura de moeda, um

aumento da quantidade de moeda oferecida faz diminuir a taxa de juro (e vice-versa).

IInnssttrruummeennttooss ddaa ppooll ííttiiccaa mmoonneettáárriiaa

Operações em mercado aberto

Taxa de juro aplicada aos empréstimos que as Instituições Financeiras Monetárias pedem ao Banco Central

Taxa de Reserva Legal

Perspectiva histórica da economia

Até 1970 com a criação do FMI e do Banco Mundial (1944) os câmbios eram fixos e

transaccionados em USD ou United States Dollar. Nesta altura os EUA afirmavam poder cobrir todos os depósitos das diferentes nações com a reserva de ouro federal. No período da Guerra

Fria existe uma desconfiança acerca dessa capacidade e opta-se por uma mobilização de capitais para paraísos fiscais ou off-shores com intuito de manter avultadas quantidades de capital sobre um domínio não dispendioso no contexto fiscal.

Em 1973 e 1979 dá-se a crise petrolífera aonde os países exportadores de petróleo começam a acumular avultosas quantidades de dinheiro devido à inflação do petróleo nos mercados, o que

levou os países em vias de desenvolvimento, os principais importadores deste bem a criarem enormes dívidas externas devido ao aumento dos custos de produção. Agora reconhece-se, a nível

monetário uma clara oferta de USD por parte dos países exportadores de petróleo e uma clara procura da mesma moeda por parte dos países em vias de desenvolvimento. Inicia-se em larga

escala uma liberalização económica para fazer face aos desenvolvimentos ocorridos ao longo dos tempos traduzidos essencialmente numa maior flexibilidade financeira e numa maior oferta de

produtos financeiros. Começam a surgir por exemplo títulos da dívida pública dos países bem como crises sistémicas e não individuais a nível económico por força da crescente globalização.

Existem agora a maiores tomadas de risco por parte dos agentes económicos por via das taxas de câmbio, juro e créditos a fim de dinamizar as trocas comerciais e financeiras bem como a maior e

crescente variedade de produtos financeiros.

Nos anos seguintes, décadas de 90 e 2000 assiste-se a crises financeiras com da uma desregulamento financeiro, com fenómenos de bolhas imobiliárias e baixas taxas de juro por parte

dos EUA, tornando-se assim o maior devedor do mundo, mas que mantém a moeda numero um do mundo para efeitos cambistas. Por sua vez do lado asiático, as Tríades assumem-se como

sendo economias emergentes em que oferecem deflações competitivas, com altas taxas de poupança tornando-se assim os maiores credores e internacionais com tomada de riscos

financeiros face ao dólar.

Finanças Públicas

DEFINIÇÃO E FUNÇÕES DO ORÇAMENTO DE ESTADO

Orçamento de Estado (anual)

“ Um conjunto de previsões de gastos a fazer durante um ano com a realização dos diferentes projectos integrantes dos vários sectores da Administração Pública.”1

. Funções do Orçamento de Estado

- Afectação de recursos

- Distribuição e redistribuição de rendimento

- Estabilização

- Crescimento

DESPESAS E RECEITAS DO ORÇAMENTO DE ESTADO

Despesas públicas

- Despesas correntes

- Despesas de capital

Efeitos das despesas públicas

- Sobre a produção

- Sobre o rendimento

RECEITAS PÚBLICAS

Tipos de receitas

1. Receitas patrimoniais ou voluntárias

2. Receitas coercivas ou obrigatórias

. Impostos Directos

. Progressivos

. Proporcionais

. Regressivos

. Indirectos

Contribuições para a Segurança Social

SALDOS E DÉFICES ORÇAMENTAIS

1. Saldo orçamental corrente

2. Saldo orçamental convencional ou global

3. Saldo orçamental primário

4. Saldo orçamental corrigido da inflação

5. Saldo orçamental estrutural

6. Saldo orçamental corrigido das flutuações cíclicas

Elaborado por:

Nuno Manuel Abreu Henriques

Aluno nº 210789

Administração Pública