Latex2e - guia rápido e básico

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Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências Exatas Departamento de Física L A T E X2 ε : guia rápido e básico Texto Original Perseu Angelo Santoro Adaptação Renato Ribeiro Guimarães Renato Ferreira de Souza Versão: 24 de setembro de 2013

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Universidade Estadual de MaringáCentro de Ciências Exatas

Departamento de Física

LATEX2ε : guia rápido e básico

Texto OriginalPerseu Angelo Santoro

AdaptaçãoRenato Ribeiro GuimarãesRenato Ferreira de Souza

Versão: 24 de setembro de 2013

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Sumário

1 O que é o LATEX? 1

2 Conceitos Básicos 2

3 Complementos e Instalação do LATEX 23.1 Microsoft Windows R© . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.2 GNU/Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.3 Mac OS X R© . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

4 O Arquivo de Entrada 4

5 Layout do Texto na Página 6

6 Editando o texto 7

7 Ambientes LATEX 97.1 Itemizar, enumerar e descrever . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107.2 Alinhamento do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107.3 Criando tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107.4 Usando referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

8 Inserindo Figuras 12

9 Elementos Flutuantes 139.1 Ambiente picture . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

10 Expressões Matemáticas 17

11 Referências Bibliográficas com BibTEX 22

12 Montando apresentações com o beamer 2412.1 Estrutura básica de um arquivo-fonte do beamer . . . . . . . . . . . . . . . . 2412.2 O slide título . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2612.3 Dividindo um slide em colunas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2712.4 Configurando as fontes do tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2912.5 Texto colorido, realces e caixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3112.6 Overlays . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3212.7 Personalizando os temas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3312.8 Transições dos slides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

13 Indo além com o LATEX 38

14 Informações adicionais 38

1 O que é o LATEX?

TEX (pronuncia-se “Tek”): linguagem de programação de baixo nível (low-level markupand programming language) desenvolvida e implementada em 1977 por Donald Knuth[1] paraa elaboração de documentos com alta qualidade tipográfica.

LATEX (pronuncia-se “Lei-tek”): conjunto de comandos adicionais (macros), criado emmeados da década de 80 por Leslie Lamport[2], que facilita o uso do TEX por leigos (aliása primeira sílaba do nome se pronuncia exatamente igual à palavra inglesa lay, que significa

1

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“leigo”). Cada comando LATEX é um atalho para um conjunto de comandos TEX, tornandomais simples o uso do TEX, especialmente para documentos contendo expressões matemáticas.

Em 1994 o LATEX foi atualizado pela equipe LATEX3 e a versão que utilizamos atualmenteé conhecida como LATEX2ε.

Dois endereços importantes relacionados ao LATEX2ε:

• http://www.latex-project.org/latex3.html, Projeto LATEX2ε.

• http://www.ctan.org/, Repositório on-line de pacotes.

Para aprender sobre o LATEX2ε, suas características e recursos[3], é necessário ler a do-cumentação disponível na Web ou a que é instalada por uma distribuição LATEX2ε. Na Webtemos, por exemplo, o e-Book on-line (em inglês) http://en.wikibooks.org/wiki/LaTeXe a página Wiki do TeX-BR.org, http://www.tex-br.org/index.php/Página_inicial

Lembre-se: é muito importante colocar em prática os conceitos aprendidos.

2 Conceitos Básicos

Todo documento elaborado com o LATEX tem origem em um arquivo que contém o texto dodocumento e os comandos de formatação. Este arquivo é denominado arquivo-fonte de entrada(input source file) e deve ser um texto ASCII puro (http://en.wikipedia.org/wiki/ASCII).Isto significa que ele deve ser produzido com editores que sejam capazes de salvar o documentoem formato somente texto, utilizando a extensão padrão .tex.

Para obter a versão final de um trabalho, com toda formatação, figuras e referênciascorretamente aplicadas ao texto, é necessário processar (compilar) o arquivo-fonte com oLATEX. Existem diversas opções de resultado para este processo, como a produção de arquivosPDF e HTML. A figura (1) apresenta um diagrama das etapas e opções de produção de textoscom o LATEX.

PDF PS

DVI

Editor

(arquivo−fonte)

HTML

LaTeX

Visualizar

dvipdfm dvi2ps

latex

latex2htmlpdflatex

ps2pdf

Imprimir

Figura 1: Etapas da produção de textos com o LATEX.

3 Complementos e Instalação do LATEX

Um sistema de processamento de textos com LATEX é composto basicamente por um con-junto de arquivos executáveis (arquivos binários, responsáveis pelo processamento dos coman-dos), e por um conjunto de macros (packages) que acrescentam recursos ao interpretador

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TEX. Estes dois conjuntos formam o que se denomina uma distribuição LATEX. Existem dis-tribuições gratuitas para todos os sistemas operacionais atuais, como Microsoft Windows R©,GNU/Linux e Mac OS X R©.

3.1 Microsoft Windows R©

Para Windows R©, recomenda-se instalar a distribuição MikTEX, cujo arquivo executávelpode ser obtido na página:

http://miktex.org/

Existem, também, outros programas (softwares) que complementam e facilitam o uso doLATEX, como os editores dedicados (front ends), visualizadores de arquivos e conversores defiguras. Para o sistema operacional Windows R© podemos citar:

• Editores (front ends):TeXmaker – http://www.xm1math.net/texmaker/WinShell – http://www.winshell.de/TeXnicCenter – http://www.texniccenter.org

• Construir, editar e converter figuras:Inkscape – http://www.inkscape.org/Gimp – http://gimp-win.sourceforge.net/

• Visualizador de arquivos PDF:Acrobat Reader – http://get.adobe.com/br/reader/Sumatra PDF – http://blog.kowalczyk.info/software/sumatrapdf/index.html

• Visualizador de arquivos PS e EPS:GSview – http://pages.cs.wisc.edu/~ghost/gsview/ Ghostscript – http://www.ghostscript.com/download/gsdnld.html

3.2 GNU/Linux

Nos sistemas Linux podemos instalar o LATEX utilizando gerenciamento de pacotes dosistema. Caso não exista a distribuição, sua instalação pode ser feita diretamente, a partir dodownload do TEX Live na página:

http://www.tug.org/texlive/Da mesma forma que para o Windows R©, podemos citar alguns programas que comple-

mentam e facilitam o uso do LATEX no GNU/Linux:

• Editores (front ends):TeXmaker – http://www.xm1math.net/texmaker/Gummi – http://dev.midnightcoding.org/projects/gummiKile – http://kile.sourceforge.net/

• Construir, editar e converter figuras:Inkscape – http://www.inkscape.org/Gimp – http://www.gimp.org/downloads/

• Visualizador de arquivos PDF:Okular – https://okular.kde.orgEvince – https://projects.gnome.org/evince/

• Visualizador de arquivos PS e EPS:GNU gv – http://www.gnu.org/software/gv/GSview – http://pages.cs.wisc.edu/~ghost/gsview/

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3.3 Mac OS X R©

Para o sistema operacional Mac OS X R© existe a distribuição MacTEX, disponível em:http://www.tug.org/mactex/, com todos os pacotes necessários, incluindo um sistema TEXcompleto com o próprio LATEX e alguns editores para criar os documentos.

Algumas sugestões de programas complementares ao LATEX no Mac OS X R©:

• Editores (front ends):TeXShop – http://pages.uoregon.edu/koch/texshop/TeXmaker – http://www.xm1math.net/texmaker/TeXnicle – http://www.bobsoft-mac.de/texnicle/texnicle.html

• Construir, editar e converter figuras:Inkscape – http://www.inkscape.org/Gimp – http://www.gimp.org/downloads/

• Visualizador de arquivos PDF:Preview – já vem instalado – http://support.apple.com/kb/ht2506Skim – http://skim-app.sourceforge.net/

• Visualizador de arquivos PS e EPS:Preview – já vem instalado – http://support.apple.com/kb/ht2506

Os arquivos-fonte LATEX são independentes do sistema operacional, pois o compilador TEXpossui as mesmas características em qualquer uma das distribuições.

4 O Arquivo de Entrada

Os comandos em LATEX sempre começam com uma barra invertida (\) e possuem umaou mais letras ou apenas um caractere. Letras maiúsculas de minúsculas indicam comandosdiferentes: por exemplo, \huge produz um resultado diferente de \Huge.

Todo arquivo-fonte possui uma estrutura mínima que inicia com o tipo de documento,especificado por meio do comando \documentclass[opções]classe.

Cada classe de documento possui sua própria formatação (layout) das margens e numera-ção de páginas, tipo e tamanho das letras nos títulos, etc. A tabela 1 mostra as classes maiscomuns de documentos em LATEX e a tabela 2 algumas opções para essas classes.

A seguir, por meio do comando \usepackage[opções]pacote, são inseridos os pacotesque adicionam recursos ao sistema LATEX, como a inserção de símbolos matemáticos, figuras,tabelas, referências, entre outros. Especificamente, o LATEX tem que ser configurado adequa-damente quando ele for usado para escrever documentos em outros idiomas que não sejam oinglês. Por exemplo:

• O LATEX precisa saber como é a hifenização da língua a ser utilizada.

• O usuário precisa usar as regras tipográficas específicas do idioma. Em francês, porexemplo, existe um espaço em branco obrigatório antes de cada caractere dois pontos(:).

• A entrada de caracteres especiais tem de ser especificada, principalmente para as línguasque utilizam um sistema de entrada (árabe, coreano, chinês, japonês).

Quando toda a configuração estiver terminada, o corpo do texto é iniciadocom \begindocument e terminado com \enddocument, que é sempre o último comando

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de um arquivo-fonte em LATEX. Tudo o que estiver depois de \enddocument será ignoradopelo LATEX.

O conjunto de comandos que estão entre \documentclass... e \begindocument éconhecido como preâmbulo do arquivo-fonte.

A seguir temos o preâmbulo básico de um arquivo-fonte do LATEX:

\documentclass[12pt,a4paper]article % classe do documento e as opções\usepackage[brazil]babel % hifenização em português\usepackage[latin1]inputenc % acentuação em português\usepackage[T1]fontenc % ajustes "finos" do texto\usepackageindentfirst % indenta parágrafos de capítulos\usepackagelatexsym % símbolos extras\usepackageamsmath,amssymb,amsfonts % símbolos AMSmath\usepackage[dvips]graphicx % inclusão de imagens%..........................\begindocument

... aqui vai o corpo do texto...\enddocument

Tabela 1: Classes mais comuns de documentos em LATEX.

Classe Utilização Subdivisõesbook Livros em geral. Partes, capítulos, seções e subseções.report Livros pequenos e relatórios. Capítulos, seções e subseções.article Artigos científicos. Seções, subseções e subsubseções.

Tabela 2: Algumas das opções das classes de documentos em LATEX. O primeiro valor de cadaopção é o padrão (default) e não precisa ser especificado.

Opção Parâmetro controlado10pt, 11pt, 12pt Tamanho da letra principal do texto.letterpaper, a4paper,... Tamanho da folha de papel.onecolumn, twocolumn Página com uma ou duas colunas de texto.draft Linhas em que existem erros de hifenização ou com

problemas de comprimento são marcadas para correção.

A seguir, temos uma lista dos vários tipos de arquivos que você pode encontrar quandotrabalha com o LATEX.

.tex Arquivo-fonte com os comandos LATEX e o texto do documento.

.cls Contém as definições do layout de uma classe de documento do LATEX.

.sty Arquivo associado a um pacote de macros do LATEX.

.dvi Resultado da compilação do arquivo-fonte com o LATEX.

.aux Arquivo que mantém um registro das informações associadas aos resultados das compi-lações e às referências cruzadas.

.log Contém um relatório detalhado sobre o que ocorreu na última compilação, como erros eavisos sobre o texto produzido.

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.toc, .lof, .lot Arquivos auxiliares usados na produção do sumário, da lista de figuras e dalista de tabelas, respectivamente.

.pdf Arquivo final, produzido quando o texto está completo e pronto para ser impresso.

Com exceção dos arquivos .tex, .cls, .sty e .pdf, todos os outros podem ser removidosquando o texto estiver finalizado ou quando uma etapa de edição/compilação for concluída.

5 Layout do Texto na Página

Com o comando \pagestyleestilo podemos escolher o estilo da página, conforme indi-cado na tabela 3.

Tabela 3: Estilos de páginas pré-definidos do LATEX.

plain números das páginas no rodapé, centralizados (padrão).empty cabeçalho e rodapé sem numeração.headings rodapé vazio; título do capítulo e números das páginas no cabeçalho.

As margens podem ser ajustadas utilizando o pacote geometry. No preâmbulo adicione\usepackage[opções]geometry. No campo <opções> escolhemos quais margens iremos

alterar, por exemplo. As medidas são passados através de <argumento>=<valor>, sendoque cada argumento é separado por vírgula.

Cada margem pode ser referida no argumento pela sua palavra chave (key), que varia deacordo com o estilo do documento. Para documento de página única as palavras chave para asmargens podem ser encontradas na tabela 4. Pode-se utilizar mais de um argumento, desdeque sejam separados por vírgulas. Os argumentos que não forem especificadas recebem osvalores padrões automaticamente.

Tabela 4: Palavras chave para margens de documento de página única.

left Margem esquerda.right Margem direita.top Margem superior.

bottom Margem inferior.

Margens iguais às utilizadas neste documento podem ser obtidas com o seguinte comando:

\usepackage[nohead,left=2.5cm,right=2.5cm, top=3cm, bottom=2.5cm]geometry

Para secionamento de um documento da classe article, os seguintes comandos estãodisponíveis:

\sectiontexto, \subsectiontexto, \subsubsectiontexto.Para a classe report pode ser usado também \chaptertexto e, quando usamos a classe

book, temos ainda \parttexto.A versão com asterisco (*) desses comandos, como \chapter*texto, gera o título nor-

malmente, mas sem a numeração e sem incluí-lo no sumário.O comando \tableofcontents produz um sumário no local onde ele estiver inserido,

usando os títulos dos capítulos (e das seções) e os números das páginas do documento.Para criar um parágrafo não-indentado use \noindent como o primeiro comando do pa-

rágrafo. O comando \indent no início do parágrafo força a indentação do mesmo.Para interromper a linha atual utilize \\ ou \newline. O comando \linebreak interrompe

a linha atual e ajusta as palavras à largura do texto, inserindo espaços.

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Uma nova página pode ser iniciada com \newpage. O comando \pagebreak também fazisso, só que ajustando os espaços entre as linhas para preencher a página.

O espaçamento entre as linhas de um documento pode ser modificado colocando, no preâm-bulo do arquivo-fonte, o comando \linespread1.3 para obter um espaçamento de “umalinha e meia” e \linespread1.6 para espaçamento “duplo” entre linhas.

Para adicionar espaços horizontais entre elementos do texto use \hspacetamanho e parainserir espaços verticais entre linhas ou elementos, podemos usar \vspacetamanho.

Espaço adicional entre duas linhas do mesmo parágrafo ou dentro de uma tabela é espe-cificado com o comando \\[tamanho].

O tamanho é composto por um número e uma unidade de medida. Na tabela 5 estão asunidades aceitas pelo LATEX.

Adicionar 10mm aqui:\hspace*10mmfim. Adicionar 10mm aqui: fim.

Tabela 5: Unidades do LATEX.

mm milímetro ≈ 1/25 polegadascm centímetro = 10 mmin polegada = 25,4 mmpt ponto ≈ 1

3 mmem a largura de um ‘M’ na fonte atualex a altura de um ‘x’ na fonte atual

Com os comandos \smallskip e \bigskip será introduzida uma quantidade pré-definidade espaço vertical entre os elementos.

6 Editando o texto

Utilizaremos o seguinte procedimento para apresentar os comandos do LATEX: o conteúdomostrado na coluna da esquerda corresponde ao texto digitado no arquivo-fonte e, na colunada direita, o resultado da compilação com o LATEX.

Comentários são feitos usandoo símbolo %.% Isto não aparece no texto!O \LaTeX ignora tudo depois deleaté o início da próxima linha.

Comentários são feitos usando o símbolo %. OLATEX ignora tudo depois dele até o início dapróxima linha.

Muitos espaços ouapenas um espaço equivalea um espaço entre palavras.

Uma linha em branco iniciaum novo parágrafo.

Muitos espaços ou apenas um espaço equivalea um espaço entre palavras.Uma linha em branco inicia um novo parágrafo.

Se dois elementos do texto devem permanecer juntos usamos o til (˜) entre eles. Se foremmais de dois os elementos, então deve ser usado o comando \mbox.

Isto deve permanecer na mesmalinha: 36~km/h.

Agora vamos manter\mboxna mesma linha: 36 km/h.

Letras acentuadas:m\~ao, at\’e, p\’o, di\^ametro,cabe\cca, freq\"u\^encia

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‘‘Aspas’’ duplas,‘aspas’ simples,retic\^encias\ldots1 \^Angstron: 1~\AA

H\’ifen: para-raios;Tra\cco: p\’aginas 12--15;Travess\~ao: sim---ou n\~ao?

Isto deve permanecer na mesma linha:36 km/h.Agora vamos manterna mesma linha: 36 km/h.

Letras acentuadas:mão, até, pó, diâmetro,cabeça, freqüência

“Aspas” duplas,‘aspas’ simples,reticências. . .1 Ângstron: 1 Å

Hífen: para-raios;Traço: páginas 12–15;Travessão: sim—ou não?

Alguns caracteres são símbolos reservados e possuem um significado especial no LATEX.Para obtê-los utilize a barra invertida antes do símbolo.

\# \$ \% \& \_\ \ \~ \^ $\backslash$ # $ % & _ ˜ ˆ \

Alguns comandos que podem ser úteis em um texto:

C:\textbackslash Documentos/home/\textasciitilde perseu10\textasciicircum2Hoje \’e \today.Volume 1,$6^\underline\mathrma$Edi\cc\~ao.

C:\Documentos/home/~perseu10^2Hoje é 24 de setembro de 2013.Volume 1, 6a Edição.

Os estilos de fontes mais comuns são:

\textttmáquina de escrever,\textslinclinado,\textnormalnormal,\textsfsem serifa,\textititálico,\textbfnegrito,\textsccaixa alta,\underlinesublinhado.

máquina de escrever,inclinado,normal,sem serifa,itálico,negrito,caixa altasublinhado.

As fontes podem ter os seguintes tamanhos:

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\tiny minúsculo,\scriptsize muito pequena,\footnotesize rodapé,\small pequena,\normalsize normal,\large grande, \Large maior,\LARGE muito maior,\huge enorme,\Huge gigante!

minúsculo, muito pequena, rodapé, pequena,

normal, grande, maior, muito maior,

enorme, gigante!

\’E \textitposs\’ivel \textbfcombinar \textitletrase \Largetamanhos em uma \textsf\textslmesma frase.

É possível combinar letras e tamanhos em uma mesma frase.

Uma nota de rodapé é inserida com \footnotetexto, como aqui1.Uma anotação na margem é produzida com \marginpartexto, de maneira bem simples

(olhe na margem agora. . . ). Volte já!

Quando for necessário que um elemento de texto apareça na versão compilada no formatoem que ele é digitado, utilize o comando \verb+texto+. Você pode usar qualquer outrocaractere no lugar do sinal de mais (+), exceto letras ou *.

O comando \raiseboxelevaçãotexto pode ser usado para elevar ou abaixar umtexto, em relação à base da linha atual.

Um texto \raisebox2mmelevado ou \raisebox-2mmabaixado na mesma linha.

Um texto elevado ou abaixado na mesma linha.

Uma caixa em torno de um elemento é obtida usando o comando \fboxtexto.Com \framebox[largura][pos]texto temos mais controle: largura define a largura da

caixa resultante. O parâmetro pos posiciona o texto em relação ao tamanho da caixa. Elepode ser uma das seguintes letras: center (centro), left (esquerda), right (direita) ou spreadque estica o texto dentro da caixa.

O comando \rule[elevação]larguraaltura desenha uma caixa com elevação em rela-ção à base da linha do texto, com largura e altura especificadas com unidades LATEX.

\rule1cm.1pt\rule[-2mm]5mm.7cm\rule1cm.1pt

Existem também os comandos\dotfill . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .\hrulefill

7 Ambientes LATEX

Em LATEX usamos os ambientes (environments) para organizar ou aplicar uma determi-nada formatação em partes do texto. Todos os ambientes têm a seguinte estrutura básica:\beginambiente texto \endambiente.

Um ambiente pode ser chamado dentro de outro ambiente, desde que a ordem de encer-ramento do \begin... com seu respectivo \end... seja respeitado.

1Apenas para explicar rapidamente algum termo.

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7.1 Itemizar, enumerar e descrever\beginenumerate\item Mistura de ambientes:\beginitemize\item Um elemento interno.\item[*] Mudando o s\’imbolo.\enditemize\item Agora a descri\cc\~ao:\begindescription\item[Primeiro] o texto.\item[Depois] a forma.\enddescription\endenumerate

1. Mistura de ambientes:

• Um elemento interno.

* Mudando o símbolo.

2. Agora a descrição:

Primeiro o texto.

Depois a forma.

7.2 Alinhamento do texto\beginflushleftTexto alinhado \‘a esquerda.\endflushleft

Texto alinhado à esquerda.

\beginflushrightTexto alinhado \‘a direita.\endflushright

Texto alinhado à direita.

\begincenterTexto centralizado.\endcenter

Texto centralizado.

Para centralizar apenas uma frase, utilize \centerlinetexto.O ambiente quote é usado para citações, frases importantes e exemplos.

No in\’icio tudo era escuro.Pouco havia para se fazernaquele lugar.\beginquoteEnt\~ao, surgiu a luz.\endquoteE muitas coisas se tornaramvis\’iveis.

No início tudo era escuro. Pouco havia para sefazer naquele lugar.

Então, surgiu a luz.

E muitas coisas se tornaram visíveis.

O ambiente quotation serve para citações longas, pois ele indenta os parágrafos.Você pode usar o ambiente verbatim para imprimir partes do texto sem formatá-lo, como

foi feito em muitas ocasiões neste trabalho.

\beginverbatim10 PRINT "Bom dia!"20 GOTO 10\endverbatim

10 PRINT "Bom dia!"20 GOTO 10

7.3 Criando tabelas

O ambiente \begintabularespecs permite criar tabelas com linhas horizontais(\hline) e verticais (|), com elementos alinhados à esquerda (l), à direita (r) e centrali-zados (c). Com plargura escolhemos uma largura fixa da coluna. Usando \clinei-j

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inserimos linhas parciais da coluna i até a coluna j. Dentro de um ambiente tabular, osímbolo & passa para a próxima coluna e \\ inicia uma nova linha.

\begintabular|r|l|\hline1966 & in\’icio\\1996 & recome\cco\\ \cline2-22004 & vida nova\ldots\\\hline \hline2013 & ano corrente\\\hline\endtabular

1966 início1996 recomeço2004 vida nova. . .2009 ano corrente

\begintabular|p2in|l|\hlineAqui tem muito texto parauma \’unica linha dacoluna. & Segunda coluna\\\hline\endtabular

Aqui tem muito texto parauma única linha da coluna.

Segunda coluna

O comando \multicolumnnum-colespecstexto serve para posicionar texto atravésde várias colunas (num-col), com formatação dada por especs.

\centering\begintabularl|cc|c

& \multicolumn2|c|N\’umero do teste \\\multicolumn1c|Estudante & 1 & 2 & M\’edia \\ \hline

Bill & 6,7 & 7,2 & 7,0 \\John & 7,2 & 6,7 & 7,0 \\ \hline

& \multicolumn2c|Na sala \\ \cline2-3\endtabular

Número do testeEstudante 1 2 MédiaBill 6,7 7,2 7,0John 7,2 6,7 7,0

Na sala

7.4 Usando referências bibliográficas

O ambiente \beginthebibliographynum-itens é usado para produzir uma bibliogra-fia com, no máximo, num-itens de entradas.

Cada entrada na bibliografia começa com \bibitemchave.Uma chave é usada para fazer as citações no texto do documento com \citechave.Cada chave deve ser única, isto é, não podem existir duas chaves com o mesmo nome.A numeração das entradas é produzida automaticamente, mas a ordem dessa numeração

obedece à sequência em que as entradas aparecem no ambiente \beginthebibliography...

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Para mais informa\cc\~oessobre o \LaTeXe, consultea refer\^encia\citeTobias.

\beginthebibliography10\bibitemTobias Tobias Oetiker,\LaTeXe\textit em 141 minutos.Alemanha, 2008.\endthebibliography

Para mais informações sobre o LATEX2ε, con-sulte a referência[1].

Referências

[1] Tobias Oetiker, LATEX2ε em 141 minutos.Alemanha, 2008.

Podemos também utilizar marcas para fazer referência à página na qual aparece um de-terminado elemento do texto. Se você inserir o comando \labelmarca logo após o título deum capítulo ou de uma tabela no seu documento, \pagerefmarca irá imprimir o númeroda página em que o título do capítulo ou tabela aparece na versão final do documento.

Na p\’agina \pagereftab:unitsexiste uma tabela com asunidades reconhecidas no \LaTeX.

Na página 7 existe uma tabela com as unidadesreconhecidas no LATEX.

Veremos que o uso do comando \labelmarca é muito útil e prático quando desejamosfazer referências a figuras e equações no documento.

8 Inserindo Figuras

O LATEX possibilita a inclusão de elementos gráficos (denominados genericamente de figu-ras, como fotografias, desenhos, gráficos e diagramas) em um documento por meio do ambiente\beginfigure (veja final da página 13).

Qualquer que seja a figura, o arquivo que a contém deve estar no formato EPS (EncapsulatedPostScript) para que o LATEX seja capaz de manipular este elemento e modificar as suas pro-priedades, como tamanho e orientação vertical e horizontal, por exemplo. É possível incluirfiguras no formato JPG (Joint Photographic Experts Group), mas o EPS é mais fácil de usare fornece resultados melhores.

Para a inclusão de figuras, é necessário colocar \usepackage[dvips]graphicx nopreâmbulo do arquivo-fonte LATEX.

O comando \includegraphics[opções]arquivo insere a figura de nome arquivo.epscom as opções de formatação desejadas (veja a tabela 6).

Tabela 6: Principais opções do comando \includegraphics.

width ajusta a figura para a largura especificada.height ajusta a figura para a altura especificada.angle rotaciona a figura no sentido horário.scale ajusta o tamanho para um percentual do original.

Alguns exemplos de inserção.

\includegraphics[height=2cm, width=!]fig_harddisk\includegraphics[height=2cm, width=0.8cm]fig_harddisk\includegraphics[height=0.1\textheight, width=!, angle=45]fig_harddisk\includegraphics[height=!, width=0.15\linewidth]fig_harddisk\includegraphics[scale=0.7, origin=c, angle=-30]fig_harddisk

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High

Disk

Speed

High

Disk

Speed

Hig

h

DiskSpee

dHigh

Disk

Speed High

Disk

Speed

O uso do sinal ! faz o LATEX manter a proporção da figura em relação às dimensõesoriginais. A forma mais comum para controlar o tamanho é usar a opção scale.

Dica: Se o resultado não for exatamente o que você deseja, experimente trocar a ordemdas opções para tentar resolver o problema.

Usando a opção draft, como em \usepackage[draft]graphicx , será inserido ape-nas uma moldura com o nome do arquivo dentro, tornando a visualização mais rápida dodocumento.

9 Elementos Flutuantes

Um parágrafo pode ser interrompido no final de uma página e recomeçar na seguinte.Entretanto, uma figura ou tabela precisam de um tratamento especial de posicionamentodentro da página, porque não podem ser “divididas” em mais de uma página.

A solução para este problema é ‘flutuar’ qualquer figura ou tabela, que não caiba na páginaatual, para uma outra página, e preencher a atual com texto.

O LATEX possui dois ambientes para elementos flutuantes:

\beginfigure[pos] \begintable[pos]...

...\captionlegenda \captionlegenda\labelmarca \labelmarca\endfigure \endtable

O especificador de posição (pos) permite ao LATEX colocar o elemento flutuante no local(here) onde ocorreu o comando, no início (top) da página ou no final (botton) dela. Eleainda pode colocar o elemento em uma página especial (page) para elementos flutuantes e,também, desconsiderar (!) alguns parâmetros internos de layout para inserir o elemento nolugar desejado pelo autor do documento.

A legenda é o texto que acompanha a tabela ou figura e a marca é usada para as referênciasao elemento flutuante.

Incluir \usepackagefloat no preâmbulo do documento acrescenta a opção de posiçãoH, que reforça ao LATEX a vontade do autor do texto para que a figura ou tabela seja inseridaexatamente onde ele indicar.

\begintable[!hbt]\centering\captionValores do Pi.\labeltab:pii\vspace*0.2cm\begintabularrl\hline$\pi$ & 3,1416\\$\pi^\pi$ & 36,46\\\hline\endtabular\endtable

Tabela 101: Valores do Pi.π 3,1416ππ 36,46

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Page 15: Latex2e - guia rápido e básico

Fazemos referência à tabela acima, por exemplo, com Veja tabela~(\reftab:pii),que irá produzir o seguinte: ‘Veja tabela (101)’.

Observe que você não precisa se preocupar com a numeração dos elementos flutuantes: elaé automaticamente controlada pelo LATEX. Existe um contador para as tabelas e outro paraas figuras, embora os ambientes table e figure possuam as mesmas características comoelementos flutuantes e possam conter, praticamente, qualquer construção válida do LATEX.

Em algumas circunstâncias, pode ser necessário usar o comando \clearpage para forçaro LATEX a inserir imediatamente todos os elementos flutuantes que estão na ‘fila de espera’ einiciar uma nova página.

Os comandos \listoftables e \listoffigures funcionam de modo análogo ao comando\tableofcontents, gerando uma lista de tabelas e de figuras, respectivamente, onde sãoinseridos.

Dica: para o LATEX criar corretamente as referências aos elementos flutuantes (figurase tabelas) e, também, às equações, páginas, bibliografia e outros elementos rotulados comum \labelmarca, é necessário compilar duas vezes, pelo menos, o arquivo-fonte. Se apa-recerem avisos ou erros sobre as referências, remova os arquivos temporários (.aux e .log,principalmente) e compile novamente (2 vezes) para tentar corrigir os problemas.

Uma forma mais interessante de usar o \includegraphics é colocá-lo dentro de umambiente figure. Com isso, a figura pode ser referenciada mais facilmente, receber umalegenda ou até mesmo ‘flutuar’ para um local mais conveniente da página.

\beginfigure[!h]\centering\framebox[.85\linewidth][c]

\includegraphics[scale=.2]ctanlion\includegraphics[scale=.3]ctanlion

% fim do \framebox\captionDois tamanhos.\labelfig:lion\endfigure

Figura 201: Dois tamanhos.

Na figura (201) podemos ver o desenho de um leão, feito por Duane Bibby, para ilustraro livro TEXbook, de Donald Knuth.

Para que figuras colocadas lado a lado tenham uma numeração individual usamos o ambi-ente \beginminipage[alinhar]largura dentro do ambiente figure. Podemos alinharverticalmente duas minipages, relativamente à linha base do texto, pelo início (top), pelocentro (center) ou pelo final (botton).

\beginfigure[!hb]\beginminipage[b].45\linewidth\centering\includegraphics[scale=.5]fig_harddisk\captionPrimeira figura.\labelfig:esquerda\endminipage%\beginminipage[b].45\linewidth\centering\includegraphics[scale=.6]fig_harddisk\captionSegunda figura.\labelfig:direita\endminipage

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Page 16: Latex2e - guia rápido e básico

\endfigure

High

Disk

Speed

Figura 2: Primeira figura.

High

Disk

Speed

Figura 3: Segunda figura.

Se a soma das larguras de cada minipage exceder a largura da linha de texto (\linewidth)as figuras poderão ficar deslocadas dentro da página, com alinhamento errado em relação àsmargens do texto.

É possível ainda alinhar duas figuras lado a lado compartilhando um número de chamada,mas atribuindo a cada uma um argumento de sub-chamada. Para isso utiliza-se o pacote(\usepackagesubfigure). Dentro do ambiente figure você pode adicionar as figuras atravésdo comando \subfloat[legenda da lista de legendas][legenda]figura.

\beginfigure\centering\subfloat[ ]\labelfig:alion \includegraphics[scale=0.3]./ctanlion \hspace1 cm\subfloat[ ]\labelfig:blion \includegraphics[scale=0.3]./ctanlion\captionVemos os leões \reffig:alion e \reffig:blion.\endfigure

(a) (b)

Figura 4: Vemos os leões 4a e 4b.

9.1 Ambiente picture

Existe o ambiente \beginpicture(largura)(altura), que é usado para desenhar figurascompostas de texto, linhas, setas, círculos e curvas simples. Este ambiente e seus comandosassociados são parte integrante do LATEX padrão e não requer nenhum suporte especial paraser usado.

Para construir essas figuras, a sintaxe é a seguinte:

\setlength\unitlengthunidade de comprimento\beginpicture(tam_x,tam_y). . .\endpicture

Por exemplo, os comandos

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Page 17: Latex2e - guia rápido e básico

\setlength\unitlength1.5 cm\beginpicture(3,4). . .\endpicture

cria uma figura de 4,5 cm = (3 × 1,5 cm) de largura por 6 cm = (4 × 1,5 cm) de altura. Oselementos da figura são posicionados usando-se o comando \put(x_coord,y_coord)elemento.Os elementos podem ser

1. \circlediâmetro para uma circunferência e \circle*diâmetro para um círculopreenchido.

2. \line(∆x,∆y)comprimento da projeção para um segmento de reta, onde ∆x e ∆ysão números inteiros entre -6 e 6, primos entre si (isto é, não possuem divisores comuns)e comprimento da projeção é o comprimento da projeção do segmento no eixo x, seeste for diferente de zero, ou o comprimento da projeção do segmento no eixo y, casocontrário.

3. \vector(∆x,∆y)comprimento da projeção para um vetor, onde ∆x, ∆y e compri-mento da projeção são como no 2.

4. Texto.

Exemplo de desenho utilizando o ambiente picture:

Cq -q

B

qA

*

XqQQQQQQQQQ

Que foi produzido com

\begincenter\setlength\unitlength1mm\beginpicture(55,25)\put(-1,0)\scriptsize$C$\put(2,2)\circle*0.7\put(2,2)\vector(1,0)50 %segmento CB\put(52,2)\circle*0.7\put(52.5,0)\scriptsize$B$\put(2,2)\vector(1,1)20 %segmento CA\put(22,22)\circle*0.7\put(22,23)\scriptsize$A$\put(2,2)\vector(2,1)28.5 %segmento CX\put(31.5,16.5)\scriptsize$X$\put(30.5,16.25)\circle*0.7\put(22,22)\line(3,-2)30 %segmento AB\endpicture\endcenter

A espessura das linhas pode ser especificada com o comando \linethicknessespessura.Por exemplo, o comando \linethickness1.5mm faz com que todas as linhas desenhadas

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Page 18: Latex2e - guia rápido e básico

depois dele tenham a espessura de 1,5 mm. Também existem os comandos com espessuraspré-definidas: \thicklines para linhas grossas e \thinlines para voltar às linhas finas.

Para fazer o desenho, você pode contar com a ajuda de um papel milimetrado colocado nofundo da figura durante o processo de construção e que depois pode ser retirado. Para isso,basta colocar no preâmbulo do documento \usepackagegraphpap e, dentro do ambientepicture, o comando \graphpaper[tamanho](x0,y0)(tam_x,tam_y). Por exemplo:

\begincenter\setlength\unitlength1mm\beginpicture(55,25)\graphpaper[2](0,0)(55,25)... %o mesmo código da figura anterior\endpicture\endcenter

0 10 20 30 40 500

10

20

Cq -q

B

qA

*XqQ

QQQQQQQQ

10 Expressões Matemáticas

Agora estamos prontos para o principal recurso do LATEX: a edição de textos matemáticos,com fórmulas, teoremas, matrizes, letras gregas, símbolos especiais, etc. Esta seção exploraapenas o essencial sobre esse tema e você está convidado a procurar, na documentação exis-tente, as respostas para as suas necessidades particulares.

Uma expressão matemática dentro de um parágrafo deve ser digitada entre $ e $ ou entre\beginmath e \endmath.

Teorema de Pit\’agoras:\beginmathc^2=a^2+b^2\,,\endmathou, tamb\’em:$c^2=a^2+b^2$.

Teorema de Pitágoras: c2 = a2 + b2 ,ou, também: c2 = a2 + b2.

Se o elemento for colocado entre \[ e \] ou entre \begindisplaymath e \enddisplaymath,ele aparecerá centralizado em uma linha separada.

Teorema de Pit\’agoras:\[c^2=a^2+b^2,\]em uma linha isolada.

Teorema de Pitágoras:

c2 = a2 + b2,

em uma linha isolada.

Observe a diferença entre os modos na linha e em uma linha separada.Sabemos que $\lim_n \to \infty\sum_k=1^n \frac1k^2= \frac\pi^26$.Assim,\[ \lim_n \to \infty\sum_k=1^n \frac1k^2= \frac\pi^26, \]a formata\cc\~ao \’e outra.

Sabemos que limn→∞∑n

k=11k2

= π2

6 .Assim,

limn→∞

n∑

k=1

1

k2=π2

6,

a formatação é outra.

Existem diferenças entre o modo texto e o modo matemático. Em modo matemático:

1. Os espaços e quebras de linha são criados logicamente pelo LATEX, a partir da estruturadas expressões matemáticas ou de comandos especiais como \,, \quad e outros.

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Page 19: Latex2e - guia rápido e básico

2. Não são permitidas linhas em branco (vazias).

3. Cada letra é considerada o nome de uma variável e será processada como tal.

As tabelas a seguir apresentam alguns dos símbolos e construções disponíveis no modomatemático do LATEX (para uma lista mais ampla, veja http://web.ift.uib.no/Teori/KURS/WRK/TeX/symALL.html).

Tabela 7: Símbolos diversos.

< < > > ≤ \leq ≥ \geq ≡ \equiv \ll \gg ∼ \sim ' \simeq ≈ \approx± \pm ∓ \mp · \cdot × \times ÷ \div∑

\sum∫

\int∏

\prod∮

\oint 6= \neq← \gets → \to ⇐ \Leftarrow ⇒ \Rightarrow ⇔ \Leftrightarrow〈 \langle 〉 \rangle ⊥ \perp ‖ \parallel ∞ \infty∇ \nabla ∂ \partial ~ \hbar † \dag ‡ \ddag

Tabela 8: Letras gregas.

α \alpha β \beta γ \gamma δ \delta ε \epsilonζ \zeta η \eta θ \theta ι \iota κ \kappaλ \lambda µ \mu ν \nu ξ \xi π \piρ \rho σ \sigma τ \tau φ \phi ϕ \varphiχ \chi ψ \psi ω \omega ∆ \Delta Ω \Omega

Assim como no modo texto, podemos escolher o tipo das letras (negrito ou itálico, porexemplo) no modo matemático (veja a tabela 9).

Tabela 9: Tipos de letras matemáticas.

normal ABcd12 ABcd12roman ABcd12 \mathrmABcd12itálico ABcd12 \mathitABcd12negrito ABcd12 \mathbfABcd12sem serifa ABcd12 \mathsfABcd12caligráfica ABCD \mathcalABCDquadro negro RCZQ \mathbbRCZQ

Observe que os caracteres em negrito ficam em fonte roman. Para produzir caracteres emitálico e negrito no modo matemático, podemos usar o comando \boldmath sobre o elementoou então usar \boldsymbol, que é fornecido pelo pacote amsmath.

$M,\mu \quad \mathbfM,\mu$\quad \boldmath$M,\mu$$\quad \boldsymbolM,\mu$

M,µ M, µ M,µ M,µ

Embora o LATEX possua regras bem definidas para inserir espaços no modo matemático,você também pode fazê-lo se achar necessário. A tabela 11 mostra os comando usados paraalterar o espaçamento entre os elementos.

No modo matemático, o ambiente \beginequation desempenha um papel análogo aoambiente \beginfigure do modo texto.

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Page 20: Latex2e - guia rápido e básico

Tabela 10: Acentos no modo matemático.

a \acutea a \gravea a \tildea A \widetildeAk \hatk A \widehatA c \barc ~C \vecCp \dotp p \ddotp ı \imath \jmath

Tabela 11: Espaços no modo matemático.

[] normal [ ] \,[] [\!] [ ] \:[ ] \quad [ ] \;[ ] \qquad

Tabela 12: Exemplos de expressões matemáticas.

x0, f1(x) x_0, f_1(x) xn+1, F(1)x x^n+1, F_x^(1)

2× 10−6 2\times 10^-6 α÷ β = Γ \alpha\div\beta=\Gammacos2(δ) = Π \cos^2(\delta)=\Pi 3

√27 = 3 \sqrt[3]27=3

sen(ϕ) \textrmsen(\varphi) KE = 12kT K__E=\frac12kT

f ′(x) = 3x2 f’(x)=3x^2 T = 25 C $T=25\,^\circ$Cm+ n \overlinem+n a+ b+ c︸ ︷︷ ︸

m

\underbracea+b+c_m

\beginequation\labeleq:int\int_x_1^x_2f(x)\,\mathrmdx\endequation

∫ x2

x1

f(x) dx (1)

Note que o LATEX atribui a numeração à equação automaticamente. Se você quiser umaequação sem número, use \beginequation*. Isso permite, por exemplo, fazer referência àpágina onde está a equação, mesmo ela não estando numerada.

Para controlar o tamanho dos delimitadores em volta em uma expressão matemática pode-mos usar os comandos \left e \right antes do delimitador (parênteses, chaves ou colchetes,por exemplo).

\beginequation*\labeleq:non1+\left( \frac11-x^2\right)\endequation*

1 +

(1

1− x2)

O comando \array funciona de modo similar ao ambiente tabular.\[ \left[ \beginarraycccx_11 & x_12 & \ldots\\x_21 & x_22 & \ldots\\\vdots & \vdots & \ddots\endarray \right] \]

x11 x12 . . .x21 x22 . . ....

.... . .

Observe o uso do comando \right. para fechar o \left\.\[ y = \left\ \beginarraylla & \textrmse $d>c$\\b & \textrmde tarde\\c & \textrmquando $y<1$\endarray \right. \]

y =

a se d > cb de tardec quando y < 1

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Page 21: Latex2e - guia rápido e básico

Para estruturas com apenas três colunas, existe o ambiente \begineqnarray e sua versãocom asterisco para uma expressão sem numeração.

\begineqnarray\labeleq:arranjof(x) & = & \cos x\\f’(x) & = & -\textrmsen x\endeqnarray

f(x) = cosx (2)f ′(x) = −sen x (3)

Note que o LATEX insere um número para cada linha do arranjo e que o espaço em cadalado do sinal de igualdade é um pouco grande.

\begineqnarray\labeleq:array\exp x & = & 1 + x +\nonumber\\&& +\fracx^22!+\cdots\endeqnarray

expx = 1 + x+

+x2

2!+ · · · (4)

O pacote amsmath possui vários ambientes especialmente desenvolvidos para expressõesmatemáticas complexas, como o exemplo dado pela equação (4). Compare o resultado anteriorcom este obtido usando o ambiente \beginalign.

\beginalign\labeleq:newarray\exp x & = 1 + x + \nonumber\\& +\fracx^22!+ \cdots

\endalign

expx = 1 + x+

+x2

2!+ · · · (5)

Um outro exemplo de estrutura disponível com o pacote amsmath.\beginequation*P_r-j = \begincases0 & \textse $r-j$ \’e \’impar,\\1 & \textse $r-j$ \’e par.\endcases\endequation*

Pr−j =

0 se r − j é ímpar,1 se r − j é par.

Com o amsmath podemos fazer referência a uma equação usando \eqrefmarca, comoem ‘Veja eq.˜\eqrefeq:newarray’, que fornece o resultado ‘Veja eq. (5)’. Note que osparênteses são adicionados automaticamente.

Na equação (6) é mostrado o uso dos comandos \boxed, que desenha uma caixa em voltado elemento e \split, que permite ‘quebrar’ equações longas em mais de uma linha. Observea construção \,\textsen\, que produz a função seno em: r2 sen θ.

\beginequation\labeleq:splitted\boxed\beginsplit\nabla^2 V &= \frac1r^2\frac\partial\partial r\left(r^2\frac\partial V\partial r\right)+\frac1r^2\,\textsen\,\theta\frac\partial\partial\theta\left(\,\textsen\,\theta\frac\partial V\partial\theta\right)+\\&+ \frac1r^2\,\textsen^2\theta\frac\partial^2V\partial\phi^2\endsplit% end boxed\endequation

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Page 22: Latex2e - guia rápido e básico

∇2V =1

r2∂

∂r

(r2∂V

∂r

)+

1

r2 sen θ∂

∂θ

(sen θ

∂V

∂θ

)+

+1

r2 sen2θ∂2V

∂φ2

(6)

O ambiente \beginsubequations produz equações numeradas e com letras.‘Em \eqrefeq:subeq temos duas das equa\cc\~oes de Maxwell!.‘Em (7) temos duas das equações de Maxwell.’\beginsubequations\labeleq:subeq\beginalignQ &=\epsilon_0\oint_S\boldsymbolE\cdot\textd\boldsymbolA\\\mathcalE &= -\oint_C\boldsymbolE\cdot\textd\boldsymboll\endalign\endsubequations

Q = ε0

SE · dA (7a)

E = −∮

CE · dl (7b)

Vamos concluir esta parte com mais um exemplo.\[ \lim_x\to 0\frac\textsen\,xx=1 \quad\lim_x\to 0\tfrac\textsen\,xx=1 \]\[ \iint_Af(x,y)\textdx\textdy \quad\iiint_V f(x,y,z)\textdx\textdy\textdz \]

limx→0

senxx

= 1 limx→0

senxx = 1

∫∫

Af(x, y) dx dy

∫∫∫

Vf(x, y, z) dx dy dz

Gramática das equações

Toda sentença tem um sujeito e um predicado, as observações são separadas por vírgulas eas frases recebem pontuação de acordo com a necessidade. As expressões matemáticas devemser tratadas como uma expressão linguística, da mesma forma que uma frase normal. Algumasregras de gramática que você deve considerar para evitar os erros mais comuns:

1. Toda expressão, geralmente, precisa de uma vírgula ou ponto depois dela. Por exemplo,existem dois pontos no final do texto antes de uma expressão no modo displaymath euma vírgula imediatamente depois da expressão.

A segunda lei de Newton pode ser escrita na forma:\[ \sum_j\boldsymbolF_j=\fracd\boldsymbolpdt\,,\]na qual $\boldsymbolp$ \’e o momento linear da part\’icula.

A segunda lei de Newton pode ser escrita na forma:∑

j

F j =dp

dt,

na qual p é o momento linear da partícula.

2. Procure colocar os objetos depois de fazer referência a eles, isto é, no texto deve virprimeiro a referência e depois o objeto referenciado.

3. Utilize caracteres diferentes para grandezas diferentes, evitando que o mesmo símbolorepresente mais de uma grandeza.

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Page 23: Latex2e - guia rápido e básico

4. Assim como as digitais de uma pessoa são únicas, cada grandeza deve ter apenas umaúnica definição.

5. Defina os termos, preferencialmente, antes de usá-los. Assim, fica mais claro para o leitoro significado de cada termo de uma expressão, facilitando a compreensão da mesma.

11 Referências Bibliográficas com BibTEX

Para projetos maiores, como livros, teses ou dissertações, você pode usar o programaBibTEX. Ele permite manter um banco de dados bibliográficos e, então, extrair deste conjuntoas referências de interesse para o seu trabalho. Com o BibTEX, o ordenamento e formataçãodas entradas na bibliografia é automático.

As referências disponíveis para o BibTEX ficam localizadas em arquivo com a extensão.bib, por exemplo, "minhasref.bib". Qualquer nome nome permitido pelo sistema pode serutilizado para nomear seu banco de referências. Mais de um banco de referências pode serutilizado, caso você tenha muitas referências e considere conveniente organizá-las em váriasarquivos .bib.

Os bancos de referência são arquivos de texto contendo as informações de cada referência.Obs.: Arquivos .bib" não necessitam de preâmbulo como a LATEX, as entradas são adici-onadas direto no arquivo. Para entender como é adicionada uma entrada em um banco dereferência, vamos analisar um exemplo:

@bookJackson,author = Jackson, John D.,edition = Third,howpublished = Hardcover,isbn = 047130932X,keywords = general,month = aug,posted-at = 2009-06-17 19:29:28,priority = 2,publisher = Wiley,title = Classical Electrodynamics Third Edition,url = http://www.worldcat.org/isbn/047130932X,year = 1998Isso é um comentário e não será interpretado pelo bibtex.

Observe a estrutura da entrada: ela começa com @book. As entradas são inicializadas por@ e seguidas pelo tipo de referência. Há vários tipos de referências, as mais comuns são @booke @article.

Em seguida os campos são adicionados entre chaves e separados por vírgula. O primeiroargumento depois de @book é a palavra chave que será utilizada para fazer a "chamada"àreferência ao longo do texto; ela deve ser única em todos os bancos de referências que esti-verem sendo utilizados. Tudo o que estiver fora das chaves e não começar com "@"não seráinterpretado pelo BibTEX.

Os restante dos campos contêm as informações da referência e podem estar dispostos emqualquer ordem. A estrutura de um campo é palavra chave=valor, onde o valor pode sercolocado entre chaves ou entre aspas.

Para cada tipo de referência há campos que são obrigatórios, campos opcionais e camposdefinidas pelo usuário. As informações que irão constar na sua referência bibliográfica será

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Page 24: Latex2e - guia rápido e básico

selecionada pelo BibTEX dependendo da estilo de bibliografia escolhido. Mesmo sendo dispen-sável, é recomendado preencher algumas das informações opcionais: quando elas não foremnecessárias, elas serão ignoradas pelo BibTEX. A lista de entradas obrigatórias e algumasopcionais para tipos comuns de referência podem ser encontradas na tabela 13.

Tabela 13: Campos obrigatórios e alguns opcionais.

Tipo de referência Campos obrigatórios Campos opcionais@article author, title, year, journal volume, number, pages,month, note@book author, title, publisher, year volume or number, series, address, edition...@conference author, title, booktitle, year editor, volume or number, series, pages...@phdthesis author, title, school,year type, address, note, month@manual title author, organization, year, address ...

O campo author aceita vários autores, que devem estar separados pela palavra and. Comoo BibTEX organiza a bibliografia automaticamente, ele divide o nome em três partes: "nome","sobrenome" e "preposições" (como de/da). Para que o BibTEX interprete o nome do autoradequadamente é necessário que ele seja inserido conforme um dos padrões do software.

Neste curso abordaremos duas formas das três formas de se inserir nomes no campo autor.

de Sobrenome, Nome: nesta forma tudo o que vier depois da vírgula será interpretadocomo nome. Antes da vírgula, o último conjunto consecutivo de palavras com iniciaismaiúsculas são interpretados como "sobrenome" e o restante como preposição.

Nome de Sobrenome: Nessa forma a última palavra é identificada como sobrenome. Entãoa primeira letra de todas as outras palavras são observadas pelo programa. Tudo oque estiver entre a primeira e a última palavra com inicial minúscula será consideradopreposição (não se esqueça que a última palavra do texto não conta pois ela já foiassociada ao sobrenome). As palavras que vierem antes das palavras identificadas comopreposição são identificadas como nome e as que vierem depois são identificadas comosobrenome. Se não houver palavras com iniciais minúsculas então a última será indicadacomo sobrenome e o restante como nome.

Um grupo de exemplos pode ser encontrado na tabela 14.Para escolher o estilo da bibliografia utiliza-se o comando \bibliographystyleestilo,

que pode ser colocado em qualquer local do documento. O BibTEX disponibiliza quatro estilosde referências bibliográficas:

plain: a lista de referências é organizada em ordem alfabética pelo nome dos autores. Notexto as marcações aparecem como números dentro de colchetes.

abbrv: exatamente igual a plain, mas os nomes dos autores aparecem abreviados na lista dereferências.

Tabela 14: Exemplos de separação de nomes feito pelo BibTEXpara o estilo abbrv.

author= resultado gerado pelo BibTEXAlfa Beta de Gama A. B. de GamaAlfa beta de Gama A. beta de Gamaalfa beta de Gama alfa beta de GamaAlfa Beta De Gama A. B. D. Gamade Gama, Alfa Beta A. B. de GamaBeta de Gama, Alfa A. Beta de GamaAlfa Beta de Gama and Delta Epsilon A. B. de Gama and D. Epslon

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Page 25: Latex2e - guia rápido e básico

unsrt: as entradas são organizadas pela ordem em que elas são citadas no texto.

alpha: as marcações são apresentadas com as iniciais do nome dos autores e o ano da publi-cação dentro de colchetes. A lista de referências é organizada pelo nome das marcações.

Para criar a lista de referências usamos o comando \bibliographynome do arquivo. Onome do arquivo deve ser referido sem extensão bib. Se mais de um arquivo de referências forutilizado, eles devem ser inseridos no mesmo comando e separados por vírgula, por exemplo:\bibliographypapers,books,diversos. O LATEX irá criar a lista de entradas no pontoonde foi colocado o comando \thebibliography.

Para citar uma entrada de algum arquivo de referência é só utilizar o comando \citechave.O BibTEX irá adicionar uma referência de citação no local do texto onde você fez a chamadae adicionar a entrada na lista de referências do documento.

Para adicionar uma entrada na lista de referências que não tenha sido citada utiliza-se ocomando \nocitechave.

Da mesma forma que os editores (front ends) auxiliam na tarefa de editar um arquivo-fonte.tex, existem softwares que facilitam o gerenciamento de arquivos .bib, como por exemplo,o JabRef:

http://jabref.sourceforge.net.

12 Montando apresentações com o beamer

O beamer2 é uma classe de documento do LATEX usada para criar slides para apresentações.A compilação de um documento beamer pode gerar um arquivo .pdf ou .dvi. A classebeamer não é a primeira desenvolvida para criar apresentações (existem outras como prospere foils) e, como a maioria das anteriores, ela tem uma sintaxe especial para definir os “slides”(conhecidos no beamer como “frames”).

O arquivo-fonte para as apresentações em beamer pode ser criado em qualquer editor detexto utilizado na edição de arquivos LATEX.

O beamer permite também a impressão dos slides, isto é, uma versão do documento finalsem as características dinâmicas, com um slide completo por página, ou mais de um slideem uma página, adicionando-se a linha \usepackagepgfpages no preâmbulo. Uma versão‘artigo’ também pode ser obtida, apresentada em tamanho padrão (como A4 ou carta), comos títulos dos frames usados como títulos de parágrafos e sem o layout e cores escolhidas, masmantendo a divisão de seções. Essa versão é adequada para notas de aula ou para ter umúnico arquivo-fonte para um artigo e os slides sobre esse artigo.

12.1 Estrutura básica de um arquivo-fonte do beamer

\documentclassbeamer\uselanguageportuguese\languagepathportuguese\deftranslation[to=portuguese]TheoremTeorema\usethemedefault\begindocument%\beginframeUm \textitslide simplesUma f\’ormula:\[

\int_-\infty^\infty e^-x^2 \, dx = \sqrt\pi\]

2O nome da classe vem do alemão que, na verdade, foi derivado do inglês beam (feixe ou projeção), esignifica projetor de vídeo.

24

Page 26: Latex2e - guia rápido e básico

Uma lista de itens:

\beginitemize\item item 1\item item 2\item item 3

\enditemize

\beginTheoremEm um tri\^angulo ret\^angulo, a soma dos quadradosdos catetos \’e igual ao quadrado da hipotenusa.

\endTheorem

\endframe%\enddocument

A arquivo-fonte apresentado produz o seguinte slide:

Um slide simples

Uma formula: ∫ ∞

−∞e−x

2dx =

√π

Uma lista de itens:

I item 1

I item 2

I item 3

TeoremaEm um triangulo retangulo, a soma dos quadrados dos catetos eigual ao quadrado da hipotenusa.

Figura 5: Exemplo simples de um slide criado com o beamer.

Note o uso de comandos, adicionados logo após a primeira linha do arquivo-fonte, paramudar o idioma a ser mostrado nas seções do tipo \begintheorem ... \endtheorem.

O bloco \beginframe...\endframe pode ser repetido quantas vezes forem necessáriaspara produzir uma sequência de slides.

No exemplo acima dado, o comando \beginframe é seguido por Um \textitslidesimples, que produz o título do slide e seu uso é opcional.

O beamer aceita um método alternativo para especificar o título de um slide:

\beginframe\frametitleUm \textitslide simples

...\endframe

Os outros comandos de LATEX citados anteriormente, para adicionar figuras, tabelas, equa-ções e os tipos de formatação do texto, são utilizados executados da mesma forma no beamer.

25

Page 27: Latex2e - guia rápido e básico

12.2 O slide título

Com o beamer é bastante fácil fazer um slide título para a sua apresentação. O código aseguir apresenta um exemplo de como fazê-lo.

\documentclassbeamer\usethemeumbc4%% os ítens entre colchetes são opcionais; a explicação será dada a seguir\title[Uma breve prova]Uma breve prova do teorema de Fermat\subtitle[Erros]Estimativa de erros num\’ericos\author[R. Rostamian]Rouben Rostamian\institute[UMBC]

Departamento de Matem\’atica e Estat\’istica\\Universidade de Maryland, Condado de Baltimore\\Baltimore, Maryland 21250\\[1ex]\[email protected]

\date[Novembro 2004]26 de Novembro, 2004%\begindocument%%--- o slide título -------------------------%\beginframe[plain]

\titlepage\endframe%%--- a apresentação começa aqui ----------------%\beginframePanorama

Panorama do material.\endframe%\enddocument

O resultado é mostrado na figura 6.

Figura 6: Exemplo de um slide título criado com o beamer. Observe que algumas das in-formações escritas no slide título, tais como título da apresentação, autores, etc., tambémaparecem no rodapé do slide subsequente.

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Page 28: Latex2e - guia rápido e básico

Elementos do slide título

Os elementos do slide título são especificados por meio dos comandos \title, \subtitle,\author, \institute, \date.

Os conteúdos desses argumentos desses comandos aparecem não só no slide título, mastambém no rodapé dos slides subsequentes (veja figura 6).

Cada elemento do slide título pode ser especificado usando um único argumento, comoem:

\authorRouben Rostamian

ou usando dois argumentos:

\title[R. Rostamian]....

O argumento opcional, entre colchetes, é uma forma abreviada do nome do autor.As formas longas dos elementos do slide título são usados nele próprio e as formas abre-

viadas são usadas nos rodapés dos slides subsequentes.Note que, se uma forma abreviada não for indicada, então a forma longa será usada nos

rodapés, que podem ficar ilegíveis se as formas longas forem muito extensas.No arquivo-fonte mostrado anteriormente, a presença do qualificador [plain] na linha

\beginframe[plain]

do slide título suprime as decorações de cabeçalho e rodapé do slide título.Em geral, o qualificador [plain] pode ser usado em qualquer frame para suprimir as

decorações dele.

12.3 Dividindo um slide em colunas

O ambiente columns do beamer permite dividir um slide verticalmente em colunas. Essafunção é bastante interessante, pois facilita posicionar figuras ou criar listas itemizadas. Oseguinte exemplo mostra como fazer isso (figura 7):

\documentclassbeamer\usethemeSingapore\begindocument%\beginframeDividindo um \textitslide em colunas%A linha que voc\^e est\’a lendo tem a largura do \textitslide.Da margem esquerda \‘a direita. Agora, vamos dividiro \textitslide em duas colunas.\bigskip%\begincolumns

\begincolumn0.5\textwidthAqui est\’a a primeira coluna com uma lista itemizada.\beginitemize

\item Esse \’e um item\item Esse \’e outro item\item Mais outro item

\enditemize\endcolumn

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%\begincolumn0.4\textwidth

Aqui est\’a a segunda coluna com uma figura.\beginfigure[!h]\center\includegraphics[width=0.7\textwidth]arco-iris.jpg\endfigure

\endcolumn\endcolumns\bigskip

A linha que voc\^e est\’a lendo tem a largura do \textitslide.Da margem esquerda \‘a direita.%\endframe%\enddocument

Dividindo um slide em colunas

A linha que voce esta lendo tem a largura do slide. Da margemesquerda a direita. Agora, vamos dividir o slide em duas colunas.

Aqui esta a primeira coluna comuma lista itemizada.

• Esse e um item

• Esse e outro item

• Mais outro item

Aqui esta a segundacoluna com uma figura.

A linha que voce esta lendo tem a largura do slide. Da margemesquerda a direita.

Figura 7: Exemplo de um slide dividido em duas colunas.

Para dividir um slide em três ou mais colunas, adicione qualquer número de estruturas\begincolumn...\endcolumn conforme necessário, cuidando para não exceder a largurado slide.

Dentro de cada coluna, a variável \textwidth é redefinida para se referir àquela coluna.No exemplo mostrado acima, a largura da imagem é configurada para 0.7\textwidth, o quesignifica 70% da largura da coluna que contém a imagem.

Ao invés de usar frações do tamanho \textwidth, você pode especificar larguras absolutas,tal como: \begincolumn30mm. Para isso, lembre-se que o tamanho total de um slide dobeamer é 128mm × 96mm.

Observe que, no slide mostrado acima, os pontos médios das duas colunas estão horizon-talmente alinhados. Podemos dizer que as colunas estão ‘centralizadas’.

A opção [t] no ambiente columns, como em \begincolumns[t], faz com que as colunasfiquem alinhadas em relação à parte de cima do slide.

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Outras opções são [b] para alinhamento em relação à parte de baixo e [c] para alinha-mento em relação ao centro (que é a opção padrão).

Alinhamento vertical dentro dos slides

O conteúdo dos slides do beamer são centralizados verticalmente. Isso é particularmentenotável se existe muito pouco material no slide.

Use as opções t, c ou b, como em \beginframe[t]Alinhamento ao topo, para tero conteúdo do slide alinhado em relação ao topo, ao centro ou à parte de baixo do slide,respectivamente. A opção padrão é c.

Você pode configurar o alinhamento vertical para o documento todo atribuindo uma dasopções t ou b à linha \documentclass. Por exemplo, o comando

\documentclass[t]beamer

faz com que o conteúdo de todos os slides fiquem alinhados ao topo.

12.4 Configurando as fontes do tema

Sendo uma classe do LATEX, o beamer determina automaticamente os estilos dos elementosestruturais da apresentação, tais como os cabeçalho e rodapés e algumas entradas do slidetítulo.

A fonte padrão para a maioria dos temas é uma fonte sans-serif com aparência mostradana figura 8, obtida a partir dos comandos:

\documentclass[14pt]beamer% tema usado: umbc2\usethemeumbc2

Figura 8: Exemplo de um slide criado com o beamer mostrando a configuração padrão dasfontes.

A seguir, apresentamos mais alguns exemplos de como modificar as propriedades das fon-tes usadas pelo beamer.

Títulos com as fontes inclinadas (figura 9):

\documentclass[14pt]beamer\setbeamerfontstructureshape=\itshape\usethemeumbc2

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Figura 9: Exemplo de um slide mostrando as fontes dos títulos inclinadas.

Títulos com as fontes em negrito (figure 10):

\documentclass[14pt]beamer\setbeamerfontstructureseries=\bfseries\usethemeumbc2

Figura 10: Exemplo de um slide mostrando as fontes dos títulos em negrito.

Títulos com as fontes em negrito e itálico (figura 11):

\documentclass[14pt]beamer\setbeamerfontstructurefamily=\rmfamily,series=\bfseries,shape=\itshape\usethemeumbc2

Além disso, podemos ajustar as fontes do tema como um todo. O beamer oferece umconjunto pré-determinado de opções de fonte que afetam não somente os elementos estruturais,mas também o texto normal e a parte matemática. Adicionando \usefontthemeserif nopreâmbulo todas as fontes do documento mudam para serif (figura 12).

\documentclass[14pt]beamer\usefontthemeserif\usethemeumbc2

A opção \usefonttheme[stillsansseriftext]serif preserva o texto normal em fontesans-serif, e a opção \usefonttheme[stillsansserifmath]serif faz o mesmo com a

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Figura 11: Exemplo de um slide mostrando as fontes dos títulos em negrito e itálico.

Figura 12: Exemplo de um slide mostrando a fonte serif.

parte matemática.Se usarmos \usefontthemestructuresmallcapsserif, vários elementos do documento

ficam escritos em caixa alta (figura 13):

\documentclass[14pt]beamer\usefontthemestructuresmallcapsserif\usethemeumbc2

Aqui, apresentamos somente alguns exemplos. Para uma descrição completa das fontesdos temas, uma boa referência é a documentação do beamer.

12.5 Texto colorido, realces e caixas

O texto colorido no beamer é produzido usando o comando padrão do LATEX:

\textcolorblueEsse texto est\’a em azul Esse texto está em azul

O comando \structureEsse \’e o texto colorido pode ser usado para desenhar otexto especificado com a cor da estrutura de cores da apresentação (ver a seção 12.7).

A cor de fundo do texto é configurada usando o comando \colorbox:

\colorboxyellowEsse texto est\’a real\ccado em amarelo

Esse texto está realçado em amarelo

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Figura 13: Exemplo de um slide mostrando alguns elementos escritos em fonte caixa alta.

Você pode combinar várias cores e elementos de fonte para conseguir resultados interes-santes. Por exemplo:

\colorboxyellow\textcolorred\textbfTexto negrito em vermelho, real\ccado em amarelo

Texto negrito em vermelho, realçado em amarelo

Para colocar o texto em uma caixa com bordas:

\fcolorboxredyellowUma caixa amarela com bordas vermelhas

Uma caixa amarela com bordas vermelhas

A largura da borda é controlada pela variável \fboxrule do LATEX. Exemplo de largurada borda (4 pontos - 4pt):

\setlength\fboxrule4pt\fcolorboxredwhiteCaixa branca com borda vermelha de largura 4 pontos

Caixa branca com borda vermelha de largura 4 pontos

A separação entre a borda e o objeto contido na moldura é controlada pela variável\fboxsep do LATEX. Vamos escolher a separação igual a zero (0pt):

\setlength\fboxrule4pt\setlength\fboxsep0pt\fcolorboxredwhiteCaixa branca com borda vermelha e separa\cc\~ao de0 pontos

Caixa branca com borda vermelha e separação de 0 pontos

12.6 Overlays

Provavelmente o efeito mais interessante que o beamer permite é o overlay, que produzuma exposição incremental de um dado slide.

Para conseguir esse efeito, basta inserir um comando \pause no lugar que você desejaparar a exposição. Esse comando pode ser inserido em qualquer lugar do slide.

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Page 34: Latex2e - guia rápido e básico

Por exemplo, tente compilar o seguinte código e veja o resultado.

\documentclassbeamer\usethemeMalmoe\begindocument%\beginframeO \’ultimo teorema de Fermat%Nessa apresenta\cc\~ao, eu mostrarei um poucosobre o \’ultimo teorema de Fermat.\medskip

\pause%O teorema afirma que a equa\cc\~ao\[

x^n + y^n = z^n, \ \ \ \textcom \ \ \ n > 2,\]n\~ao tem solu\cc\~ao no conjunto dos n\’umeros naturais.\medskip

\pause%Em 1995, Andrew Wiles publicou a prova desse teorema(\urlhttp://en.wikipedia.org/wiki/Wiles\%27_proof_of_Fermat\%27s_Last_Theorem).

\pause%O interessante \’e que, para $n=2$, existem infinitas solu\cc\~oes,inclusive para grandes valores de $x$, $y$ e $z$:\[

5000^2 + 12000^2 = 13000^2\]%\endframe%\enddocument

12.7 Personalizando os temas

Existem várias formas de refinar a aparência geral de um tema do beamer. Aqui, nósiremos descrever algumas idéias que podem ser bastante úteis.

Como exemplo, usaremos o tema Rochester, mas você pode aplicar essas idéias a qualqueroutro tema do beamer. Uma lista com vários temas pode ser encontrada na página http://www.hartwork.org/beamer-theme-matrix/.

Vamos começar com o tema Rochester puro e, gradualmente, adicionaremos várias opçõespara mostrar seu efeito cumulativo.

A opção [height=7mm] nos exemplos a seguir especifica a largura da faixa horizontal quefica no topo de um slide com o tema Rochester. Essa opção é específica desse tema e não seaplica a outros temas.

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Estrutura de cores

A maioria das partes coloridas de um slide do beamer são desenhadas em uma cor abstrata.Você pode mudar a cor geral de uma apresentação beamer utilizando alguns comandos eopções.

A configuração padrão no tema Rochester corresponde a uma tonalidade de azul, comopode ser visto na figura 14:

\documentclassbeamer\usetheme[height=7mm]Rochester

Um exemplo de frame

Teorema (a inequacao de Poincare)

Suponha que Ω ∈ Rn seja um domınio ligado com um contornosuave. Entao, existe um λ > 0, dependendo somente de Ω, tal que,para qualquer funcao f no espaco de Sobolev H1

0 (Ω), nos temos:

Ω|∇u|2dx ≥ λ

Ω|u|2dx .

Aqui apresentamos como as listas itemizadas e numeradas ficam:

item itemizado 1

item itemizado 2

item itemizado 3

1 item numerado 1

2 item numerado 2

3 item numerado 3

Figura 14: Exemplo de um slide mostrando o tema Rochester com a disposição padrão dascores.

Vamos alterar a estrutura do Rochester para marrom (Brown):

\documentclass[xcolor=dvipsnames]beamer\usecolortheme[named=Brown]structure\usetheme[height=7mm]Rochester

O slide fica como o mostrado na figura 15.Note como a estrutura afeta vários ítens, incluindo os pontos itemizados e os ícones de

navegação.A cor ’marrom’ é uma de um grande número de nomes de cores definidas no arquivo

dvipsnam.def, que é parte de uma distribuição LATEX. Adicionando a opção xcolor=dvipsnamesna linha \documentclass faz com que aqueles nomes de cores fiquem disponíveis para obeamer. Veja a página da internet Tudo sobre cores para detalhes.

Uso direto da estrutura de cores

O comando \textcolorredum texto colorido produz um texto colorido. Aqui, acor do texto, vermelha, é colocada diretamente no código e aparece somente na frase escritaentre as últimas chaves.

Um efeito dinâmico mais interessante pode ser conseguido usando o comando \structureum texto colorido. O texto terá a mesma cor da estrutura de cores da apresentação.

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Um exemplo de frame

Teorema (a inequacao de Poincare)

Suponha que Ω ∈ Rn seja um domınio ligado com um contornosuave. Entao, existe um λ > 0, dependendo somente de Ω, tal que,para qualquer funcao f no espaco de Sobolev H1

0 (Ω), nos temos:

Ω|∇u|2dx ≥ λ

Ω|u|2dx .

Aqui apresentamos como as listas itemizadas e numeradas ficam:

item itemizado 1

item itemizado 2

item itemizado 3

1 item numerado 1

2 item numerado 2

3 item numerado 3

Figura 15: Exemplo de um slide mostrando o tema Rochester com as cores alteradas paramarrom.

Quando você muda a estrutura de cores, por exemplo de azul para marrom, a cor do textoirá mudar da mesma forma.

Alterando os marcadores de itemização

O tema Rochester usa marcadores em forma de quadrados para as listas itemizadase numeradas. O comando \setbeamertemplateitems[ball] muda os marcadores paraesferas, como mostrado no seguinte código e na figura 16:

\documentclass[xcolor=dvipsnames]beamer\usecolortheme[named=Plum]structure\usetheme[height=7mm]Rochester\setbeamertemplateitems[ball]

As possíveis opções para \setbeamertemplateitems são: ball (esferas), circle (círcu-los), rectangle (retângulos), e default (triângulos).

Caixas arredondadas e sombras

Para adicionar cantos arredondados e uma sombra à caixa que contorna o teorema nos sli-des, basta colocar a linha \setbeamertemplateblocks[rounded][shadow=true] no código(figura 17):

\documentclass[xcolor=dvipsnames]beamer\usecolortheme[named=OliveGreen]structure\usetheme[height=7mm]Rochester\setbeamertemplateitems[ball]\setbeamertemplateblocks[rounded][shadow=true]

Para conseguir caixas arredondadas mas sem sombras, substitua [shadow=true] por[shadow=false].

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Um exemplo de frame

Teorema (a inequacao de Poincare)

Suponha que Ω ∈ Rn seja um domınio ligado com um contornosuave. Entao, existe um λ > 0, dependendo somente de Ω, tal que,para qualquer funcao f no espaco de Sobolev H1

0 (Ω), nos temos:

Ω|∇u|2dx ≥ λ

Ω|u|2dx .

Aqui apresentamos como as listas itemizadas e numeradas ficam:

item itemizado 1

item itemizado 2

item itemizado 3

1 item numerado 1

2 item numerado 2

3 item numerado 3

Figura 16: Exemplo de um slide mostrando o tema Rochester com os marcadores das listasitemizadas e numeradas alterados de quadrados para esferas.

Um exemplo de frame

Teorema (a inequacao de Poincare)

Suponha que Ω ∈ Rn seja um domınio ligado com um contornosuave. Entao, existe um λ > 0, dependendo somente de Ω, tal que,para qualquer funcao f no espaco de Sobolev H1

0 (Ω), nos temos:

Ω|∇u|2dx ≥ λ

Ω|u|2dx .

Aqui apresentamos como as listas itemizadas e numeradas ficam:

item itemizado 1

item itemizado 2

item itemizado 3

1 item numerado 1

2 item numerado 2

3 item numerado 3

Figura 17: Exemplo de um slide mostrando o tema Rochester com as caixas arredondadas esombreadas.

Adicionando um rodapé informativo

Um rodapé é uma faixa estreita na parte de baixo de um slide, mostrando o nome doautor, o título da apresentação, o número do slide e outras informações úteis, como visto naseção 12.2.

Os temas Boadilla e Madrid já fornecem um rodapé automaticamente, mas outros te-mas não. Entretanto, é possível adicionar um rodapé a qualquer tema usando o comando\useouterthemeinfolines (figura 18):

\documentclass[xcolor=dvipsnames]beamer\usecolortheme[named=Apricot]structure\useouterthemeinfolines

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\usetheme[height=7mm]Rochester\setbeamertemplateitems[ball]\setbeamertemplateblocks[rounded][shadow=true]\setbeamertemplatenavigation symbols\authorRouben Rostamian\titleBeamer tutorial\instituteUMBC

Um exemplo de frame

Teorema (a inequacao de Poincare)

Suponha que Ω ∈ Rn seja um domınio ligado com um contorno suave.Entao, existe um λ > 0, dependendo somente de Ω, tal que, para qualquerfuncao f no espaco de Sobolev H1

0 (Ω), nos temos:

Ω|∇u|2dx ≥ λ

Ω|u|2dx .

Aqui apresentamos como as listas itemizadas e numeradas ficam:

item itemizado 1

item itemizado 2

item itemizado 3

1 item numerado 1

2 item numerado 2

3 item numerado 3

Rouben Rostamian (UMBC) Beamer tutorial September 24, 2013 1 / 1

Figura 18: Exemplo de um slide mostrando o tema Rochester com a adição de um rodapé.

A maioria da informação inserida no rodapé é retirada dos dados fornecidos no preâmbulo,tais como \author, \title, etc.

É uma idiossincrasia do beamer (um modo gentil de dizer bug) que a linha \useouter-themeinfolines deve vir antes da linha \usetheme[height=7mm]Rochester. Se for naordem reversa, o título do slide será eliminado.

12.8 Transições dos slides

A transição de um slide é composta de um único comando que especifica quais transi-ções devem ser usadas no frame a ser mostrado. Podemos incluir o comando \transboxin,por exemplo, em qualquer lugar do frame onde ocorrerá a transição correspondente. Tentecompilar o seguinte exemplo para ver o resultado.

\beginframe\frametitleExemplo da transi\cc\~ao \textttTransboxin\transboxintexto do corpo do \textitslide

\endframe

Existem duas opções para cada transição: duration=<seconds> especifica o tempo, emsegundos, que a transição demorará; direction=<degree> especifica a direção para o efeitodesejado. Essas opções devem ser inseridas na seguinte forma:

\transboxin[duration=<seconds>,direction=<degree>]

Algumas das transições disponíveis:

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\transblindshorizontal Como uma janela persiana horizontal\transboxin Dos lados para o centro

\transdissolve Dissolve vagarosamente o slide atual\transslipverticalout Duas linhas verticais se movendo para as bordas

\transwipe Uma única linha se movendo na direção especificada\transduration2 Mostra o slide durante o tempo especificado

13 Indo além com o LATEX

Aprender todos os recursos do LATEX é uma tarefa praticamente impossível, devido àenorme quantidade de pacotes existentes, cada um desenvolvido para uma determinada tarefa.Os mais comuns foram citados nas páginas anteriores, mas existem outros que podem ser úteisem algum momento, tais como:

sciposter: usado para produzir banners em papel tamanho ISO A3, muito comum em con-gressos e encontros científicos.

mathptmx: fornecido pelo conjunto de pacotes conhecido como psnfss, permite mudar afonte padrão de texto do LATEX (Computer Modern) para Times.

pifont: fornecido pelo conjunto de pacotes conhecido como psnfss. Com ele você terá muitossímbolos à sua disposição. Exemplo: + (44) é o DDD para & em Maringá.

xcolor: para aqueles que pensam que o LATEX só produz material de uma única cor, estepacote pode mudar seu modo de ver as coisas .

14 Informações adicionais

Existem diversos livros e manuais que ensinam como utilizar o LATEX2ε. Os livros [1, 2, 3]são referências clássicas sobre o TEX e LATEX. Mais informações sobre o beamer podem serencontradas na página https://bitbucket.org/rivanvx/beamer/wiki/Home.

Além disso, cada pacote possui uma documentação própria, que pode ser encontrada nosdiretórios de instalação da distribuição LATEX que você usa.

Em um desses diretórios existe a pasta \doc\guides, onde estão localizados alguns manu-ais, entre eles \epslatex\epslatex.pdf, \lshort-english\lshort.pdf e \gentle\gentle.pdf.

O diretório \doc\latex contém a documentação dos pacotes instalados. Para os pacotesmencionados neste texto você deverá procurar por \subfigure\subfigure.dvi , \geometry\manual.pdf , \beamer\doc\beameruserguide.pdf \sciposter\scipostermanu al.pdf , \psnfss\psnfss2e.pdf , \xcolor\xcolor.pdf e \amsmath\amsldoc.dvi.

Referências

[1] Donald E. Knuth, The TEXbook, Vol. A of Computers and Typesetting, Addison Wesley,Reading, Massachusetts, 2nd Edition, 1994.

[2] Leslie Lamport, LATEX: A Document Preparation System. Addison Wesley, Reading,Massachusetts, 2nd Edition, 1994.

[3] Micheal Goossens, Frank Mittelbach and Alexander Samarim, The LATEX Companion.Addison Wesley, Reading, Massachusetts, 1994.

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