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Fatores abióticos

1.Atividade da água – Aw

2.Potencial hídrico – Ψ

3.Pressão osmótica

4.pH

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• Indica o nível de água em sua forma livre nos materiais.• Os microrganismos aproveitam somente a água livre, que difere

dependendo do material.

É definida pela diminuição da pressão parcial do vapor de água:

Aw = P/P0

P = pressão de vapor da água no material P0 = pressão de vapor da água pura

• A diminuição da atividade é devido à imobilização da água pelos constituintes

químicos presentes no material, que diminuem sua capacidade de vaporizar-se.

1. Atividade de água (Aw) (indústria de alimentos, farmacêutica)

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Aw (Activity of water)

Expressa a quantidade de água disponível para atividade microbiana.

Esta água livre está disponível para participar das reações químicas que

influenciam:

-Nas características e qualidade dos produtos (durabilidade, estabilidade)

produtos farmacêuticos, alimentos e de higiene pessoal.

Sem água não existe atividade

microbiana

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Aw e o conteúdo de água do material

Conteúdo de água de um substrato mede água total,

por outro lado,

Aw prevê melhor a capacidade de crescimento microbiano porque mede água disponível.

Em concentrações semelhantes o sal baixa mais

a Aw do que o açúcar

Íons baixam Aw mais do que polímeros

A disponibilidade depende do tipo

de soluto.

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Exemplos:

Aw depende dos solutos presentes

Margarina contém principalmente lipídios hidrofóbicos frutas contém açúcares hidrofílicos

Umidade (peso fresco) 20%20%

Aw 0,90,6

MargarinaFrutas secas

Solução de açúcarPE > 100˚CAw < 1

Lipídio/água(2 fases)PE = 100˚CAw = 1

Pontos de ebulição

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A água disponível varia consideravelmente dependendo do soluto:

AwPolímeros

Gorduras

Açúcares

Sal

Íons.

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Química da redução de Aw Ligações da água com:

grupos de hidroxilas dos açúcares;grupo amina e carbonila das proteínas;pontes de hidrogênio;forças dipolo-dipolo;forças de Van der Waals;ligações iônicas.

- álcoois- açúcares (sorbitol, frutose de milho)- sais de cálcio e sódio- glicerina- emulsificantes (goma xantana)- proteínas

Solutos para reduzir Aw

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Como se calcula Aw?

SaisUR (%)

25 C 35 C

Hidróxido de potássio (KOH) 8 6

Acetato de potássio (KCH3CO2) 23 23

Carbonato de potássio (K2CO3.2H2O) 43 41

Nitrito de sódio (NaNO2) 65 62

Cloreto de sódio (NaCl) 75 75

Sulfato de amônio ((NH4)2SO4) 79 79

Cloreto de potássio (KCl) 86 84

Sulfato de potássio (K2SO4) 97 96

Colocar amostras de 2 g do material em frascos fechados com atmosferas de diferentes umidades relativas constantes, obtidas através de soluções saturadas de sais em frascos colocados em estufa a 25 C. Depois de 4 horas pesar as amostras para obter a variação de umidade.

Com os dados construir um gráfico com os ganhos e perdas de umidade contra a umidade relativa correspondente a cada solução salina. Através de regressão linear, determinar a atividade de água, correspondendo ao ponto onde a amostra não ganha nem perde peso (Landrock e Proctor, 1951).

Relação de sais e suas respectivas umidades relativas

No equilíbrio existe igualdade entre a atividade de água e a pressão parcial relativa do vapor de água do material, ou seja, Aw = UR/100 = Xw.

UR = umidade relativa do arXw = teor de umidade

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Atividade de água

Ex.: Resultado do ensaio onde se obteve um valor de Aw=0,985 para um composto a base de

cascas de pínus utilizada para plantio de mudas.

Comentário:A atividade de água é considerada alta, pois no caso de contaminação do composto pode haver o desenvolvimento de bactérias, já que é possível seu crescimento a partir de 0,85. O composto para esta aplicação é bioestabilizado, entretanto a adição do fungo introduz nutrientes a partir das células mortas, que podem favorecer o crescimento de microrganismos saprófitos, e inviabilizar o inoculante.

y = 0,0945x - 0,0932R2 = 0,9806

-0,11

-0,09

-0,08

-0,06

-0,05

-0,03

-0,02

0,00

0,02

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

aw

Perd

as e

gan

hos

de p

eso

das

amos

tras

, g

Variação da umidade em função da umidade relativa (UR = Aw)

para o composto agrícola Mecplant Floresta 1.

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Aqualab para medir Aw

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Relação complexa – as isotermas de adsorção (ou dessorção)

Aumento de Aw quase sempre implica em aumento de conteúdo de água mas não de forma linear e dependente da temperatura. Curvas de relação são geralmente sigmoidais.

Relação entre Aw e conteúdo de água

Uma isoterma é uma curva que indica, no equilíbrio e para uma certa temperatura, a quantidade de água retida por um material em função da umidade relativa da sua atmosfera.

As isotermas podem ser obtidas colocando-se amostras do material (seco ou úmido) em uma série de recipientes fechados, nos quais se mantém diferentes umidades relativas constantes e medindo-se, depois do estabelecimento do equilíbrio, os conteúdos de água por pesagem.

Isoterma de adsorção e dessorção mostrando a histerese

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Crescimento microbiano e Aw

A maioria dos microrganismos vivem em Aw de 1,00 a 0,70

A Aw é muito importante na área de alimentos, pois: • define a quantidade • e os tipos de microrganismos presentes.

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Aw Produtos Afetados Grupo Microbiano Exemplo

1,0 água pura

Bactérias Comuns

Spirillum

0,995 sangue Streptococcus, Escherichia

0,980 água do mar Psudomonas, vibrio

0,950 pão Bacilos Gram +

0,900 presunto Leveduras comuns Cocos Gram +

0,850 salame

Fungos Comuns

Saccharomyces rouxii

0,800 bolos, geléias Saccharomyces bailli, Penicillium

0,750 peixe salgado, mel Halofílicas Halobacterium, Halococcus

0,700 cereais, balas Xerofílicas Fungos xerofílicos

0,600 frutas secas Leveduras osmofílicas Saccharomyces bisporus

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Maioria dos microrganismos Aw > 0,90

Aw para crescimento:

Bactérias patogênicas 0,85 < Aw < 0,60

Xerofílicos, Osmofílicos, Halofílicos 0,70 < Aw < 0,75

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Aw e deterioração dos alimentos

Quando aw , deterioração

Produtos reativos mais móveis Água mais disponível como reagente (ex: hidrólise)Água mais disponível para crescimento microbiano

Em Aw elevada reações podem diminuir • Reativos estão diluídos

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Deterioração alimentos em função de Aw

0,01

0,1

1

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

aw

Velo

cid

ad

e (r

ela

tiva

a a

w

= 1

)

Maillard

microrganismos

Lipólise

Reações enzimáticasHidrólisede lipídeos

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Preservação dos alimentos

Aumentar solutos hidrofílicos

Diminuir o conteúdo de umidade (desidratação)

Congelamento • Água sob a forma de gelo, portanto indisponível para reações de degradação

geléiaspresunto

AW

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2. Ψ (potencial hídrico)(solos)

A energia potencial da água, nos vegetais, e no solo, é denominada POTENCIAL HÍDRICO.

É a soma de várias forças.

Entende-se, portanto, que o potencial de água nesses sistemas vem a ser a diferença existente entre o potencial químico da água no sistema e o potencial químico da água pura, sob as mesmas

condições padrões.

Água pura livre Ψ=0 então potencial água é um número negativo.

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Ψ expressa-se da seguinte forma:

(unidades em MPa)

= a - oa  = R.T. ln (PV/PVo), onde:

a = potencial químico da água em um sistema; o

a = potencial químico da água pura; R = constante universal dos gases ideais; T = temperatura absoluta (Kelvin); PV = pressão de vapor da água no sistema (à temperatura T); PVo = pressão de vapor da água pura (à temperatura T).

Diversas forças compõem o potencial hídrico, sendo as principais:

Potencial osmótico atração dos íons do soluto para a água

Potencial matricial adsorção da água as superfícies do solo e forças de capilaridade da água nos poros finos.

Potencial gravitacional força da gravidade forçando a água para o centro da Terra.

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Tolerância microbiana ao estresse do potencial hídrico matricial Ψm

Potencial hídrico (MPa)

Atividade da água (Aw)

Espessura do filme de água

Atividade microbiana limitada a:

-0,03 0,999 4,0 μm Movimentação de protozoários, zoósporos e bactérias

-0,10 0,999 1,5 μm idem

-0,50 0,996 0,5 μm idem

-1,5 0,990 3,0 μm Nitrificação;oxidação enxofre

-4,0 0,970 <3,0 nm Crescimento bacteriano (Bacillus)

-10,0 0,930 <1,5 nm Crescimento fúngico (Fusarium)

-40,0 0,750 <0,9 nm Crescimento fúngico (Penicillium)

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3. Pressão osmótica (ou potencial)

• Mudanças na concentração de solutos altera:

1. Disponibilidade da água

2. Pressão osmótica - força resultante de diferenças na concentração de solutos em pontos opostos da membrana

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Solução hipertônica Solução hipotônica

+++++++

H2O

Plasmólise - Redução citoplasma resultante da osmose

+++++++

Lise

H2O

Osmose: Tendência da água se difundir de regiões de baixa concentração de soluto para elevadas concentrações.

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Classes osmóticas

• Não Halofílico (até 0,2 M)

Pouca tolerância a salinidade (E. coli)

• Halotolerante

Tolerância moderada a sal (S. aureus)

• Halofílico ( 3,5 M)

Crescimento ótimo (3,5% NaCl) (Vibrio fischeri)

• Halofílico extremo

Crescimento ótimo em elevada salinidade (15-30 % NaCl) Halobacterium salinarum

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Halofílicas extremasModeradamente halofilica Halofílica

Halotolerante

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Ambientes Halofílicos (superação de radiação e seca)

Carotenóides presentes nas células bacterianas

Fotoproteção via carotenóides

Superando a radiação extrema

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Até 9x a salinidade do mar

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Mecanismos para superar estresses associados

fotoproteção-antioxidantes

1. Radiação intensa

alvo da radiação

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2. Elevada pressão osmótica = baixo Aw(alimentos secos, lagos salgados, alimentos em salmoura, conservas)

Aumentando a concentração interna de sais

Bombeando íons do ambiente (estratégia “salt in”)

Archaea

Sintetizando ou concentrando solutos orgânicos, SOLUTOS

COMPATÍVEIS

HalobacteriaProteínas com cargas negativas (pI ~4,9) enquanto as proteínas dos não-halofílicos perto da normalidade)

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Adaptações Archaea Halofílicas

Bombeiam íons Na+ para fora da célula enquanto concentram íons de K+ para dentro da célula para balancear a pressão

UV importante para ativar BR

(bacteriorodopsina)Cromoproteína relacionada com asíntese de ATP e bomba de prótons

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Bactérias halotolerantes e algas

Ex: Glicerol Dunaliella sp.

Solutos compatíveis

solutos absorvidos para manter um estado ligeiramente hipertônico. NÃO DANIFICAM HOSPEDEIRO.

(1) Bactérias - colina, potássio, alguns aminoácidos

(2) Alga/fungos - sacarose e polióis

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Solutos compatíveis

Particularmente trealose e sacarose .

Em condições de estresse osmótico: primeiro acúmulo de K, seguido de glutamato e depois de trealose. A trealose pode atingir ca de 20 % do peso seco da célula.

Solutos compatíveis:

se ligam a água presente na célula impedindo-a de sair da célula.

formam camadas em torno das proteínas que protegem a água de sair do entorno destas.

em baixos níveis de água os solutos substituem a água ligada as proteínas e membranas.

Halobacterium spp. chegam a acumular até 5 M KCl dentro das células

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Halobacterium salinarium1.5 M NaCl é

requerido para seu crescimento

Podem crescer em soluções saturadas de NaCl (6.8 M)

Lagoas de evaporação

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Importância dos Halofílicos extremosDasSarma, Microbes 1: 120-126, 2006

Halobacterium sp.

MODELO PARA ESTUDOS DE ASTROBIOLOGIA

RESISTE A DIVERSOS ESTRESSES

Radiação extrema

Extremos de temperatura

Baixos níveis de oxigênio

Exposição a metais pesados

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4. pH

Efeito no crescimento: em nível celular e molecular

Os microrganismos e o pH: classes.

Extremos e adaptações

Aplicações dos extremófilos

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pH

Acidez do meio é expressa sob a forma de pH

Mede o logarítmo da concentração do H+

Microrganismos que são comuns no laboratório crescem a pH 7,0

Streptococcus lactis é típico fermentador do leite

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Classes de microrganismospH

Acidófilos

Neutrófilos

Alcalinófilos

Extremófilos

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1. Acidófilos: organismos que vivem em pH < 5

Sulfolobus acidocaldarius

Cresce a pH 1,0 Extremófilo

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2. Alcalinófilos: crescem a pH >10.

Natronobacterium gregory

pH ótimo = 9,5

Encontrados em lagos e solos alcalinos

Extremófilo

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Alimentos

Maioria dos alimentos dispõe de pH entre 5-7

Bactérias tipicamente não crescem a pH<4,6

pH cresc. nos alimentos

Bactérias 5-6

Leveduras 4-4,5

Fungos < 4

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Efeito do pH em nível molecular

pH extremos afetam o crescimento porque:

• Desnaturam enzimas

• Influenciam atividade das proteínas

• Hidrolizam as proteínas

• Influenciam na disponibilização dos nutrientes (Ex: CO2)

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pH e disponibilização de elementos CO2

CO2 apresenta diferentes formas de acordo com pH:

pH Formas

pH 4-8 CO2

pH 7-10 Bicarbonato (HCO3- + H)

pH >10 Carbonato (Na2 CO3 )

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Influencia reações energéticas através de efeito no:

Citoplasma

Mitocôndria

Cloroplasto

Membranas

Efeito do pH em nível celular

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pH e membranas

pH influencia nas membranas porque:

Excesso prótons

Déficit prótons

Influencia a Permeabilidade

Influencia a ancoragem das proteínas

+++++++++++++++++++

++++++++++++++++

Conservação energia

sítio de geração energia e bomba de prótons

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Adaptações

1. Maioria dos acidófilos e alcalinófilos mantêm pH interno próximo da neutralidade (usam sistemas de troca de prótons e íons).

2. Sintetizam proteínas que fornecem proteção (proteínas de choque acídico).

3. Produzem ácidos ou bases para neutralizar seu habitat.

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Adaptações de Helicobacter pylori

Morfologia e outras características

H. pylori é uma bactéria em forma de bacilo, espiraralada que tem múltiplos flagelos polares que dão motilidade extraordinária .

H. pylori coloniza a mucosa gástrica e é sensível ao suco gástrico (pH ótimo é neutro), mas reside entre o epitélio gástrico e camada mucosa do estômago (ligeiramente alcalino)

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H. pylori tem capacidade única de manter pH neutro no espaço periplásmico pela síntese interna de urease.

A urease hidroliza uréia que libera amônia e bicarbonato (este excretado pelos pulmões na forma de CO2)

Uréia

A amônia neutraliza o ácido gástrico que alcaliniza o microhabitat onde a bactéria vive e se multiplica.

Amônia + BicarbonatoUrease

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Aplicações

Acidófilos

Biomineração processo de obtenção de minerais por ação de microrganismos.

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Biomineração

Biolixiviação - Conversão de metais que se encontram na forma sólida para a versão solúvel em água por microrganismos.

Ex.: Cobre

Bio-oxidação - oxidação microbiológica de minerais que dispõem de um composto de interesse.

Sulfato de cobre

cobre na forma aquosa

Minerais ficam nos resíduos sólidos

Mineração de ouro retirada da pirita-BIOBENEFICIAMENTO

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