Efeitos neuroprotetores das sirtuinas – Potencial ... · coativador 1α do PPARγ (PGC-1α),...

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Efeitos neuroproteto tera 2011/2012 Ana Catarina Ramos Sequeira ores das sirtuinas – Potencial intervenção apêutica em doenças neurodegenerativas março, 2012

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Efeitos neuroprotetores

terapêutica

2011/2012

Ana Catarina Ramos Sequeira

neuroprotetores das sirtuinas – Potencial intervenção

terapêutica em doenças neurodegenerativas

março, 2012

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Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

Efeitos neuroprotetores

terapêutica

Mestrado Integrado em Medicina

Área: Bioquímica

Trabalho efetuado sob a Orientação de:

Prof. Doutor António Pedro Barros Gomes

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

ARQUIVOS DE MEDICINA

Ana Catarina Ramos Sequeira

neuroprotetores das sirtuinas – Potencial intervenção

terapêutica em doenças neurodegenerativas

março, 2012

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Efeitos neuroprotetores das sirtuinas - potencial intervenção terapêutica em doenças

neurodegenerativas

Sirtuinas e neurodegeneração

Ana Sequeira

Departamento de Bioquímica, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,

Al. Prof. Hernâni Monteiro, 4200 – 319, Porto, Portugal

Ana Sequeira: [email protected]

Contagem de palavras:

Resumo -200; Abstract -200; Texto integral – 4616 palavras

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Resumo

As sirtuinas são uma família de desacetilases dependentes do NAD+ presentes nos

mamíferos e foram implicadas em diversos processos biológicos, incluindo metabolismo,

diferenciação e sobrevivência celulares. O gene Sir2, que comprovadamente prolongou a

sobrevida em leveduras, tem como homóloga mais aproximada nos humanos a sirtuina 1

(SIRT1), pelo que esta proteína tem sido amplamente estudada devido ao seu potencial para

aumentar a longevidade humana. Esta potencialidade reflete-se na capacidade das sirtuinas,

especificamente a SIRT1, intervirem e atenuarem os processos inerentes às doenças associadas

ao envelhecimento como patologias inflamatórias crónicas, metabólicas, cardiovasculares,

neoplásicas e neurodegenerativas. Em vários estudos, a indução da SIRT1, por compostos

naturais como o resveratrol, por potentes ativadores sintéticos bem como por condicionamento

metabólico ligado à restrição calórica, revelou-se uma estratégia promissora para retardar ou

mesmo parar o processo neurodegenerativo. Dada a elevada prevalência deste grupo de

patologias na população ocidental, incluindo a portuguesa, torna-se essencial o conhecimento

profundo das implicações destas enzimas e seus moduladores, nomeadamente no campo da sua

possível aplicação terapêutica. Com o presente trabalho pretende-se rever os efeitos

neuroprotetores das sirtuinas descritos até ao momento e seu potencial uso no tratamento das

doenças de Alzheimer, de Parkinson, de Huntington, esclerose lateral amiotrófica e priónicas.

Palavras-chave:

Sir2; sirtuina; envelhecimento; doenças neurodegenerativas; ativadores sirtuínicos;

neuroproteção

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Abstract

Sirtuins are a family of NAD+-dependent deacetylases present in mammals, which were

implicated on a variety of biological processes, including cell metabolism, differentiation and

survival. Sir2 gene, which has proven the capacity to prolong yeast’s life span, has close

homology with the human sirtuin 1 (SIRT1), whereby this sirtuin has been intensively studied

due to its potential to prolong human longevity. This fact potentially reflects the capacity of

sirtuins, specifically of SIRT1, to interfere and attenuate the processes linked to aging-related

diseases, such as chronic inflammatory, metabolic, cardiovascular, neoplastic and

neurodegenerative pathologies. In various studies, SIRT1 induction, by either natural

compounds like resveratrol or potent synthetic activators or even by metabolic conditioning

linked to caloric restriction, has revealed a promising strategy to retard or even stop

neurodegenerative process. In view of the high prevalence of this group of diseases in the

western population, including the Portuguese, it becomes crucial to recognize the implications

of these enzymes and to clarify sirtuin’s modulation, specifically on the field of their clinical

application. The present work aims to review the neuroprotective effects of sirtuins, described

until this moment, and their potential use in treatment of Alzheimer, Parkinson, Huntington,

amyotrophic lateral sclerosis and prion diseases.

Keywords:

Sir2; sirtuin; aging; neurodegenerative diseases; sirtuin activators; neuroprotection

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Introdução

Em 1979 reportou-se uma mutação no gene MAR1 (mating-type regulator 1) geradora

de esterilidade na levedura Saccharomyces cerevisiae (1). Posteriormente, designou-se esse

gene como Sir2 (silent information regulator 2) que pertence a um grupo de quatro que

codificam proteínas reguladoras do silenciamento transcripcional (2). Um aumento na dosagem

de Sir2 providenciou a extensão da sobrevida em leveduras (3), nemátodos (4), e moscas (5).

Assim, a procura de homologia no Homem tornou-se imperiosa e é ainda em 1999 que esta se

confirma (6). Frye e seus colaboradores assinalaram a conservação destes genes ao longo da

escala filogenética, inclusive nos mamíferos (7). Nestes, foram identificadas sete proteínas

correspondentes ao Sir2 na levedura. É neste contexto que surge a família das sirtuinas (SIRT1-

7) e se reconhece a sirtuina 1 (SIRT1) como a análoga mais próxima do Sir2.

As sirtuinas são proteínas da classe III do grupo das desacetilases de histonas (HDACs)

dependentes do dinucleótido de nicotinamida e adenina (NAD+.) (8, 9), com exceção da SIRT4

que funciona apenas como ribosiltransferase de ADP (10). A mediação do cofator NAD+ pode

traduzir a necessidade de intervenção das sirtuinas em condições energéticas alteradas e/ou

funcionar como sensor da atividade destas desacetilases. Para além das histonas, outras

proteínas são também alvos das sirtuinas (tabela 1) (11). Por exemplo, a SIRT1 regula os fatores

de transcrição forkhead box class O (FOXO) e o fator nuclear B (NF-B), o supressor tumoral

p53, os recetores α e γ dos proliferadores dos peroxissomas ativados (PPARα) e (PPARγ), o

coativador 1α do PPARγ (PGC-1α), entre outos (12). Afetando estes alvos, a SIRT1 é capaz de

interferir nos processos biológicos de transcrição, apoptose, inflamação, metabolismo e

processo de envelhecimento (13). O caráter multifacetado e ubiquitário das sirtuinas, em

particular da SIRT1, faz com regulem a patogenicidade de neoplasias, doenças crónicas

inflamatórias, metabólicas como a diabetes mellitus tipoII (DM II), cardiovasculares, renais e

neurodegenerativas, que são patologias associadas ao envelhecimento.

O envelhecimento é um processo natural que está associado ao dano celular repetido.

Tem sido dada atenção à contribuição das espécies reativas de oxigénio (ROS), resultantes da

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produção de energia a nível mitocondrial, no prejuízo celular (14, 15). Vários estudos apontam

para a prevenção desse dano pela atuação das sirtuinas, nomeadamente da SIRT1 (16). Para

além dessa via, tem-lhes sido atribuída uma responsabilidade pelos efeitos antienvelhecimento,

fomentados pela restrição calórica, como a extensão da sobrevida em diferentes organismos (4,

5). No entanto, um estudo recente que revisitou esse tema, não reproduziu o prolongamento da

sobrevida em Caenorhabditis elegans ou em Drosophila Melanogaster, como resultado da

sobrexpressão da Sir2 (17). Este grupo de investigadores reforça o efeito benéfico da restrição

calórica na sobrevida, independentemente da Sir2 (17). No entanto, não refutam uma

contribuição importante das sirtuinas nas doenças ligadas ao envelhecimento. Num modelo

recente de neurónios dopaminérgicos de Caenorhabditis elegans, efeitos neuroprotetores pela

restrição calórica foram proporcionados pela presença de Sir-2.1, revitalizando a importância

das sirtuinas, neste caso, na doença de Parkinson (18).

As doenças neurodegenerativas fazem parte das patologias que incluem a idade como

um dos fatores de risco principais. Na maioria destas doenças, ocorre a alteração de

conformação de proteínas que predispõe à sua agregação, conduzindo a uma cascata de eventos

que culmina em perda de conetividade e plasticidade neuronais (19). A sequência exata de

eventos desencadeadores de tais fenómenos ainda não está totalmente esclarecida, em cada uma

das patologias. No entanto, muitos autores têm-se dedicado ao estudo dessas vias. A regulação

das sirtuinas em eventos como a neuroinflamação (20), o balanço energético e sistema

melanocortinérgico (21) e sistema proteossómico (22); a presença de todas no sistema nervoso

central (23-29), como é exemplo a SIRT1 no Homem (30), são fatores que fazem destas

enzimas candidatas à intervenção na neurodegeneração. A tabela 2 resume os efeitos das

sirtuinas encontrados em diferentes modelos de doenças neurodegenerativas (31).

Também têm sido pesquisados os potenciais efeitos regeneradores de polifenóis

naturais, como o resveratrol, a quercetina e a catiepina. Em relação aos benefícios do

resveratrol, um componente presente em pequenas doses no vinho tinto, têm sido associados à

sua capacidade de indução da Sir2/SIRT1 (32-34). Contraditoriamente, Tang advoga que a

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neuroproteção mediada pelo resveratrol ocorre não por haver ativação, pelo menos direta, da

SIRT1, durante a fase aguda do dano (35), favorecendo os estudos em que inibidores da enzima,

como a nicotinamida e o sirtinol, acautelam a homeostasia neuronal (36-39). Segundo alguns

autores, o resveratrol ativa a SIRT1 indiretamente, via proteína cínase ativada por AMP

(AMPK) (40, 41). A baixa especificidade (por atuação em diversos alvos celulares) e a diminuta

biodisponibilidade, e portanto, necessidade de doses elevadas de resveratrol para ativar a SIRT1

(42), suportam a hipótese de ativação por mecanismo indireto e revelam as limitações deste

composto natural. Por isso, a indústria farmacêutica tem desenvolvido moléculas ativadoras da

SIRT1com maior potência, como o SRT1720, SRT2104, SRT2379, SRT3025. Já foram

demonstrados efeitos benéficos pelo SRT1720 dependentes da SIRT1, in vivo, (43) no

tratamento de doenças metabólicas (44). A administração intravítrea de SRT501 e SRT647

preveniu a neurite ótica em ratinhos (45). Vários ensaios clínicos de fase I em humanos vêm

demonstrar a segurança e a tolerabilidade destes compostos, como o SRT150, em doentes com

metástases hepáticas (46). Com o intuito de testar os efeitos contra neoplasias, doenças

metabólicas e doença de Alzheimer, outros ensaios promissores estão atualmente em curso (31).

Dado que as doenças neurodegenerativas são doenças devastadoras e causadoras de

enorme sofrimento, para os doentes e seus familiares, é intenção contribuir para o

esclarecimento dos mecanismos através dos quais as sirtuinas poderão interferir nestas

patologias. Com este trabalho pretende-se rever o potencial terapêutico das sirtuinas nas

doenças de Alzheimer, Parkinson, Huntington, esclerose lateral amiotrófica e nas doenças

priónicas.

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Doença de Alzheimer

A prevalência de demência para 2010 estimou-se em 35.6 milhões de pessoas,

duplicando em 2020 e atingindo 115.4 milhões em 2050 (47). Este estudo, bem como a revisão

de Fratiglioni e seus colegas (48), refletem a proporção que o problema tem vindo a assumir,

acompanhando o crescimento exponencial da população idosa. Por exemplo, em pessoas com

idade superior a 85 anos a doença de Alzheimer (DA) é catorze vezes mais incidente do que

naqueles que pertencem ao grupo etário entre os 65 e os 69 anos (49). A DA é a demência mais

frequente, constituindo cerca de 50.8% dos casos na Europa e chegando a atingir 70% nos

Estados Unidos da América (48).

A doença de Alzheimer caracteriza-se pela deposição de proteína β amiloide (Aβ) sob a

forma de placas, extracelulares, e tranças neurofibrilares, intracelulares, sendo estas duas

vertentes reconhecidas como marcas neuropatológicas da doença. Uma vez que a cascata se

inicia com o Aβ, muitos investigadores têm centrado as suas pesquisas na formação e prevenção

da agregação deste componente.

A investigação tem-se centrado no estudo da via não-amiloidogénica de processamento

da proteína precursora de amiloide (APP), mediada pela metaloprotease α-secretase (50). Qin e

restantes investigadores defendem uma contribuição por parte da SIRT1 na via não-

amiloidogénica, através da α-secretase. Estudos realizados em diversos modelos (in vitro, em

cérebro de ratinhos transgénicos, e ainda em primatas não humanos) associaram o efeito

benéfico da restrição calórica à ativação da SIRT1, coincidente com a promoção da α-secretase

(51, 52). Esta ativação específica e, por isso, não tóxica, foi responsável pela repressão da

proteína cínase associada à Rho (ROCK1) (51, 52), que está envolvida na dessensibilização

sinática (53).

A regulação da α-secretase a nível da transcrição é aprofundada num estudo no qual é

sugerido que a SIRT1 estimula, diretamente e indiretamente através da desacetilação do recetor

β do ácido retinóico (RARβ), a expressão do gene da desintegrina e metaloprotease 10

(ADAM10), o codificador da α-secretase.(54) Para além da função neuroprotetora, a SIRT1

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manifesta um papel neurogénico através da ativação da via Notch, secundária à estimulação do

ADAM10 já referida (54). É sabido que a via Notch contribui para a embriogénese (55) e que

detém uma função reparadora em cérebros com dano neuronal, estando também implicada

noutras patologias como neoplasias (56).

Outra via através da qual a SIRT1 impede a toxicidade neuronal induzida pelos

peptídeos Aβ é a que conta com a participação do NF-B. Através de um estudo de cultura

mista, constatou-se a existência de uma ansa glial, na qual está implicada a SIRT1, com

potencial intervenção no contexto da DA. Na sequência da sobrexpressão da SIRT1, verificou-

se a inibição do NF-B microglial (e de alvos deste agente como a catepsina B) e por

conseguinte a neurotoxicidade proveniente da ativação do mesmo (57). O mesmo padrão foi

demonstrado após a adição de resveratrol (57).

Em culturas hipocampais, foi associada a desregulação dos microRNAs (miRNAs)

miR-9 e 181c à marca Aβ (58). Num estudo complementar, os mesmos investigadores

identificaram os vários alvos moleculares bloqueados por esses miRNAs, nomeadamente a

SIRT1. Os autores interpretaram a sobrexpressão da SIRT1, quando em doentes com DA ocorre

diminuição dos miRNAs, como uma tentativa de repor a homeostasia neuronal, perante a

neurotoxicidade induzida pelos peptídeos Aβ (59).

Acredita-se que concentrações elevadas de Aβ conduzem a alterações da solubilidade da

tau, a proteína associada aos microtúbulos, sua agregação e consequente formação de tranças

neurofibrilares, segundo a hipótese da cascata amiloide (60). Estas marcas histopatológicas, nas

quais a tau assume uma forma hiperfosforilada, contribuem para a desestruturação e disfunção

neuronais, num conjunto de patologias designadas tauopatias neurodegenerativas.

Foi reconhecida uma relação inversa entre os níveis cerebrais de SIRT1 e de proteína

tau acumulada, em dois estudos de coorte. Num desses estudos, o padrão de desregulação da

enzima em relação à patologia tornou-se evidente num estadio mais avançado da doença (61).

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Em resultados anteriores de Greco e seus colaboradores, a leptina, associada a diferentes

vias do metabolismo, promoveu a diminuição da fosforilação da tau e redução da produção de

Aβ em modelos de ratos com DA (62, 63). Concluíram que essas ações se devem à ativação dos

sensores energéticos, AMPK e sirtuinas (64). Inversamente, noutro estudo foi evidenciado o

papel patogénico da acetilação da tau, tendo em conta os critérios de Braak que enfatizam o

valor histopatológico das tranças neurofibrilares. O estado de acetilação da tau relacionou-se

com a diminuição da sua degradação e, por isso, acumulação da forma hiperfosforilada da tau.

Os autores demonstraram que em doentes com estadios de Braak precoces e moderados esta

variante acetilada está amplificada (65). Assim, a desacetilação pelas sirtuinas parece contrariar

este estado patogénico.

Em modelos de DA e outras tauopatias, quer a sobrexpressão da SIRT1 quer a adição de

resveratrol determinaram a diminuição da acetilação do PGC-1α, um conhecido intermediário

entre a transcrição e a regulação mitocondrial cerebrais, e do supressor tumoral p53, abrandando

a morte celular in vitro e neuronal no hipocampo de ratinhos transgénicos, com o fator p25

induzido (66). O p25 resulta da ação proteolítica da calpaina sobre a subunidade p35 da cínase

dependente de ciclinas tipo 5 (cdk5) que contribui para a plasticidade sinática hipocampal,

memória e aprendizagem (67). Tem-se sugerido que quando esta plasticidade está

comprometida, a formação da p25 ocorre como mecanismo compensatório, num estadio precoce

da DA. No entanto, estudos como o de Engmann e seus colaboradores sustentam o papel

benéfico da p25, ao demonstrar a geração deste coativador aquando da atividade de

memorização espacial (68).

Num modelo de ratinhos com DA, aqueles que foram tratados com nicotinamida

mantiveram a integridade cognitiva, adequando os comportamentos comandados pelo

hipocampo e amígdala (69). Green e seus colaboradores demonstraram que esta substância não

interfere na patologia Aβ mas tem efeito no processamento da tau, diminuindo a forma da tau

fosforilada na treonina 231 (Th231)(69). Concomitantemente, os níveis de p25 no cérebro

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dispararam (69). A diminuição seletiva da fosforilação a esse nível diminuiu a sua estabilidade e

aumentou a sua degradação, prevenindo os seus efeitos deletérios (69). Na presença de

nicotinamida criaram-se condições para a estabilização e crescimento dos microtúbulos, através

do incremento da MAP2 (proteína associada a microtúbulos-2) e para a exocitose traduzida na

elevação de sinaptofisina (69). Os níveis de α-tubulina acetilada também aumentaram,

denunciando um bloqueio da sirtuina processado pela nicotinamida. A ausência de ação da

SIRT1 reproduziu os resultados obtidos na adição de nicotinamida, exceto no que diz respeito

aos valores de α-tubulina acetilada e do p25. De ressalvar que os benefícios da nicotinamida,

restringiram-se ao estadio precoce ou ligeiro da doença (69). Outros autores corroboram a

hipótese da nicotinamida ser encarada como potencial terapêutica em doenças

neurodegenerativas, visão que será abordada na próxima secção. (70).

A neurodegeneração é um processo indissociável do fator stresse, nomeadamente de

tipo oxidativo. Por este motivo, tem-se apostado na modulação do ambiente oxidativo, na

tentativa de frenar a progressão de doenças neurodegenerativas. Num modelo de ratinhos com

DA, obtiveram-se reduções marcadas de placas amiloides nas regiões do córtex, estriado e

hipotálamo, naqueles cuja dieta foi suplementada com resveratrol (71). Este estudo aponta para

o seu efeito preventivo, por impedir a formação destas marcas mas também por mitigar o dano

por stresse oxidativo, uma vez demonstrada a diminuição de glutationa no cérebro e aumento de

cisteína (possível percursor da glutationa) concomitantes(71). Porém, a ingestão de resveratrol

não foi acompanhada por incremento significativo de SIRT1, comparando com os controlos

(71).

O que se conhece em termos genéticos na DA é insuficiente. Silva e restantes

colaboradores acentuam a importância da regulação epigenética do gene humano da

transcriptase reversa da telomerase (hTERT) no processo biológico da DA, cuja metilação foi

positiva em células periféricas de doentes com essa patologia. Contrariamente foram estudados

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outros genes, nomeadamente o da SIRT3 que não foi epigeneticamente alterado, não se

encontrando uma relação entre esse gene e a DA ou a longevidade humana (72).

Num estudo caso controlo, não foram estabelecidas diferenças significativas entre

diferentes polimorfismos correspondentes aos genes SIRT1, do recetor dos proliferadores dos

peroxissomas ativados (PPAR) e PGC-1α (genes associados com a DM) e um risco para a DA,

numa população finlandesa. Serão necessários mais estudos e noutras etnias para reforçar ou

refutar estes resultados (73).

Uma outra via que detém uma função importante na DA é a autofagia, na medida em

que dirige a libertação de proteínas alteradas e organelos celulares disfuncionais. Requer o

envolvimento de várias proteínas e pode contar com a regulação da atividade da SIRT1. No

entanto, é uma área carenciada e controversa como revela uma revisão recente(74).

Thimmappa e seus colegas demonstraram em modelos celulares e de animais que o

ácido fítico contraria a neurotoxicidade mediada pelos oligómeros Aβ intraneuronais, através da

indução da SIRT1 e da proteína beclina-1 associada à autofagia, fundamentando a elaboração de

estudos em doentes com DA com esse componente que, segundo esses investigadores, apresenta

boa tolerabilidade (75). Atualmente estão em curso vários ensaios clínicos, de fases III (76, 77)

e IV (78), que visam testar as alterações decorridas da introdução de componentes como o

resveratrol na dieta de pacientes com alterações cognitivas. Comos estes, outros estudos são

necessários no sentido de se alcançar uma terapêutica eficaz no tratamento ou, pelo menos,

estagnação desta doença.

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Doença de Parkinson

A doença de Parkinson (DP) é a doença que mais frequentemente afeta o movimento,

pronunciando-se através de bradicinésia, rigidez, tremor em repouso e instabilidade postural.

Pode estar presente, simultaneamente, uma deterioração cognitiva em graus variáveis, como a

demência. Em termos neuropatológicos, ocorre dano dos neurónios dopaminérgicos,

nomeadamente na substância negra. Paralelamente às tranças neurofibrilares da DA, a DP

apresenta uma marca patológica denominada corpos de Lewy. Este estigma, compartilhado na

demência de corpos de Lewy e na atrofia multissistémica (AMS), é composto

predominantemente pela proteína α-sinucleína (79). Quando esta proteína aglomera, forma

fibrilas insolúveis que adquirem uma configuração que predispõe à neurodegeneração. Em

condições fisiológicas, num estudo in vitro, a proteína tubulina (que também está contida nos

corpos de Lewy) desencadeou e promoveu a produção de fibrilas de α-sinucleína (80). Num

modelo celular e em Drosophila transgénica, foi demonstrada neurotoxicidade nuclear

resultante da ligação da α-sinucleína à histona H3 e consequente mitigação da acetilação da

histona (81). Acrescentando inibidores das desacetilases de histonas, a toxicidade referida era

refreada (81). Este trabalho estimulou outros investigadores, como Outeiro e colegas (70), que

apoiam e avançam a hipótese do tratamento da DP incluir inibidores das desacetilases de

histonas. Em modelos de DP, houve atenuação da citoxicidade induzida pela α-sinucleína, in

vitro, através do silenciamento da sirutina 2 (SIRT2) com a técnica de RNA de interferência

(siRNA), e reposição da homeostasia de neurónios dorsomediais em moscas tratadas com

inibidores da SIRT2 (AK-1 e AGK2) (70). Resultados a favor dos inibidores da SIRT2 foram

também encontrados, num modelo celular de MSA cuja patogénese envolve a α-sinucleína,

como foi supramencionado (82). Ainda está por esclarecer o mecanismo que conduz a esta

interação; no entanto, é sugerido que a inibição da SIRT2 acarreta um aumento de acetilação da

proteína α-tubulina, afetando a agregação da α-sinucleína por modificação da estabilidade aos

microtúbulos (70).

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Num estudo em ratinhos a diferenciação oligodendodrial, promovida pela α-tubulina

acetilada, bem como a arborização celular, foram reprimidas na presença de sobrexpressão da

SIRT2 (28). É sugerido então que uma disponibilidade seletiva de SIRT2 para a oligodendroglia

será compatível com as funções de mialogénese, interligação axono-mielínica e envelhecimento

cerebral (28).

Maxwell e seus colaboradores descreveram um paralelismo entre a diminuição da α-

tubulina acetilada em neurónios corticais de ratinhos e a expressão focal de SIRT2 (83).

Detetaram uma acumulação das isoformas 2 e 3 desta desacetilase microtubular no cérebro e

espinha dorsal de ratinhos envelhecidos, reforçando a associação entre os padrões de acetilação

dos microtúbulos e o envelhecimento neuronal (83).

Segundo uma corrente de conhecimento, a disfunção mitocondrial desempenha um

papel fulcral na patogénese da DP. Num modelo que mimetiza o fenótipo Parkinsoniano através

do uso da toxina 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina (MPTP), as alterações neuronais e

comportamentais tradutoras da capacidade de memorização pioraram nos ratinhos transgénicos,

com expressão aumentada da SIRT1, comparando com os ratinhos selvagens (84). A disfunção

mitocondrial foi induzida noutros estudos pela aplicação de 1-metil-4-fenil piridínio (MPP+)

(85, 86), um agente tóxico cuja ação é bloquear o complexo I da cadeia respiratória

mitocondrial. Em culturas de neurónios dopaminérgicos do mesencéfalo, a adição de resveratrol

ou de quercetina atenuou a citotoxicidade despoletada pelo MPP+ (85). Esta proteção não foi

anulada pelos inibidores de sirtuinas, a nicotinamida e o sirtinol, pelo que os autores

consideraram o efeito neuroprotetor dos componentes naturais secundário à ativação destas

enzimas negligenciável (85). Inferiram que a via responsável pela salvaguarda neuronal foi a de

inibição da produção de ROS, ao prevenirem o gasto de glutationa, um conhecido antioxidante

(85). Porém, perante dano do DNA (ácido desoxirribonucleotídeo), o resveratrol exerceu

também um efeito benéfico nos neurónios dopaminérgicos, devido à sua capacidade de indução

sirtuínica, comprovada pela evicção do aumento do supressor tumoral (p53) acetilado (85). Em

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dois modelos celulares de neuroblastoma, o resveratrol mitigou o dano por stresse oxidativo,

através da ação da SIRT1, reforçando os resultados anteriores. Num deles, o aumento dos níveis

basais de SIRT1 foi acompanhado pela atenuação do stresse oxidativo com o tratamento de

oxiresveratrol (87). No outro, a indução de SIRT1 mediada pelo resveratrol impediu a

toxicidade secundária à agregação da α-sinucleína (88). Noutro estudo, a SIRT1 compensou a

perda mitocondrial face ao mesmo estímulo nocivo (89). A sobrexpressão de SIRT1 aumentou a

capacidade transcripcional do PGC-1α e, consequentemente, a densidade mitocondrial (89),

revelando-se assim a faceta neuroprotetora desta sirtuina.

Outros autores debruçaram-se sobre o comportamento da SIRT1 em paradigmas de

neurodegeneração, secundária à disfunção mitocondrial, apontando esta proteína como um bom

marcador de neurotoxicidade. Em células dopaminérgicas de ratinho, com capacidade de

proliferação, e em ratinhos não senescentes expostos a tóxicos que induzem apoptose e afetam o

estado de proliferação secundária a disfunção mitocondrial, observou-se sobrexpressão de

SIRT1, podendo esta estar associada à proliferação (86). O mesmo padrão de expressão foi

observado in vivo em ratinhos não senescentes. Em condições semelhantes, demonstrou-se o

contrário nos modelos de quiescência in vitro e em ratinhos senescentes (86). Em amostras

cerebrais humanas, não houve no entanto diferenças significativas na expressão da SIRT1 entre

indivíduos controlo ou com DP (86).

A neurotoxicidade pela disfunção mitocondrial foi reforçada em linhas celulares

híbridas de DP, nas quais houve alteração do balanço aeróbico-anaeróbico e desequilíbrio das

vias que dele dependem (90). Verificou-se que nas células híbridas da DP a atividade da SIRT1

diminuiu (90). Consequentemente, houve diminuição da atividade do PGC1-α e aumento da

ação do NF-B (90). Este estudo permitiu aprofundar o conhecimento sobre a fisiologia

molecular da DP esporádica.

Num estudo recente em que o papel da genética é valorizado, sugere-se que um

polimorfismo da SIRT5 (SIRT5Prom2) seja fator de risco para o processo de envelhecimento

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molecular inerente às doenças neurodegenerativas cuja patogénese envolve disfunção

mitocondrial (91).

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Doença de Huntington

A doença de Huntington (DH) trata-se de uma doença neurodegenerativa autossómica

dominante, que pode cursar com alterações psiquiátricas, movimentos involuntários (coreia) e

demência. É uma doença complexa em termos patogénicos que envolve a acumulação proteica e

alterações da transcrição e do metabolismo, processos biológicos nos quais participam as

sirtuinas. Alguns autores defendem que estas assinalam regiões com dano neuronal (86). Em

amostras cerebrais humanas de DH notou-se um aumento significativo da expressão de SIRT1,

comparativamente às amostras controlo (86).

Uma das principais características desta doença é a presença de agregados da proteína

huntingtina, em tecidos do sistema nervoso central, nomeadamente estriado e córtex, e em

tecidos periféricos. Esta proteína apresenta uma sequência poliglutamínica (poliQ) alargada,

transcrita a partir de repetições expandidas do trinucleotídeo CAG, no exão 1 do gene IT15. São

estas expansões que representam a base molecular desta patologia (92). Num modelo recente em

leveduras, a expressão da poliQ mutada potenciou a geração de stresse oxidativo, numa fase de

respiração intensificada, induzindo a transcrição de Sir2 (93). O tratamento das leveduras com

isonicotinamida, um ativador da Sir2 (94), diminuiu a agregação proteica e o stresse resultante

da expansão poliglutamínica (93). Este estudo veio apoiar estudos anteriores como o de Parker e

outros investigadores que apontavam para o papel protetor da Sir2 e da sua indução através do

resveratrol, na presença da sequência de poliglutamina mutada, em nematodos e neurónios de

ratinhos (95). Estes resultados positivos adquiridos com o uso de resveratrol foram

sobreponíveis àqueles encontrados em tecido periférico num modelo de ratinhos transgénicos

com DH (96). Naqueles tratados com SRT501-M, houve diminuição de vacuolização associada

ao tecido adiposo castanho e atenuação da glicemia (96). A suplementação com resveratrol

potenciou a expressão de PGC-1α e dos alvos por ele ativados, contribuindo para a reposição da

homeostasia energética que está perturbada na DH (96). No entanto, o resveratrol revelou-se

ineficaz na prevenção da atrofia ao nível do estriado (96).

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A neuroproteção mediada pela SIRT1 foi, igualmente, demonstrada noutro estudo

celular, no qual a sobrexpressão dessa enzima impediu a perda mitocondrial induzida pela forma

mutada da huntingtina (89).

Por outro lado, alguns autores defendem os inibidores destas enzimas como terapêutica

dirigida a essa doença. Está em curso um ensaio clínico em humanos cujo intuito é validar a

aplicação de um inibidor da SIRT1 (SEN0014196 ou EX-527) na DH, testando a sua segurança,

tolerabilidade e farmacocinética.

A terapêutica direcionada a esta doença acentaria na restituição do equilíbrio

transcripcional e de um adequado processamento proteico por acetilação (97). O bloqueio da

Sir2 reprimiu a patogénese associada à huntingtina em Drosophila (97). Além disso,

documentaram-se efeitos benéficos aditivos com a redução concertada das ações de Sir2 e de

outra desacetilase de histonas, a Rpd3 (97). Em modelos celulares e de invertebrados, fez-se a

ponte entre a inibição da SIRT2 e a regulação do metabolismo neuronal. A SIRT2 opôs-se à

desregulação da homestasia dos esteroides mediada pela huntingtina mutada. A diminuição dos

níveis de esteroides, por redução quer da sua produção quer da translocação nuclear do SREBP-

2, contribui para essa atividade neuroprotetora veiculada pelos inibidores da SIRT2 (98). Assim,

os inibidores da SIRT2 intervêm em vários mecanismos que evitam a neurotoxicidade

implicada na DH.

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Outras doenças neurodegenerativas

Estudos revelam o envolvimento das sirtuinas noutras doenças neurodegenerativas

como a esclerose lateral amiotrófica (ELA). Esta patologia afeta o córtex motor e os neurónios

motores do tronco cerebral e medula espinhal, traduzindo-se em espasticidade, disfagia,

disartria, fasciculações, atrofia e paralisia. Manifesta-se na idade adulta e na maioria dos casos a

sobrevida não ultrapassa os 3-5 anos. A forma esporádica é responsável por cerca de 90% dos

casos, mas a sua patogénese é complexa e requer investigação. Atribui-se a causalidade de 20 %

dos casos familiares à mutação do gene da dismútase do superóxido dependente de Cu⁄Zn

(SOD1) (99). Esta mutação potenciou o aumento de stresse no retículo endoplasmático, em

neurónios motores humanos com expressão abundante desta mutação patogénica (100). A

toxicidade proveniente desta mutação foi reduzida após tratamento com resveratrol, cuja

intervenção através da indução da SIRT1 foi demonstrada pelo aumento de dasacetilação dos

seus alvos (66). O resultado alcançado foi sobreponível àquele observado na presença de níveis

aumentados de SIRT1 (66). A proteção pela SIRT1, através da modulação da acetilação do p53,

foi também testada em ratinhos (101). Os resultados anteriormente obtidos foram corroborados

por um modelo cultural de ELA, no qual efeitos protetores dependentes da dose de resveratrol

foram registados secundariamente à indução de SIRT1 (102).

Num estudo que salienta a aplicabilidade das células embrionárias humanas nas doenças

do neurónio motor, a inibição da SIRT1 despoletou a diferenciação neste tipo de neurónios

(103). Por conseguinte, a modulação repressiva seria um método terapêutico neste grupo de

doenças do qual faz parte a ELA (103).

As doenças priónicas integram o conjunto de patologias neurodegenerativas. Nestas, a

conversão da proteína priónica (PrP) numa isoforma de conformação anormal conduz à sua

agregação e a uma cascata de eventos que culminam na perda de neurónios do sistema nervoso

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central. À semelhança das anteriores, tem sido incentivada a pesquisa da função das sirtuinas,

nomeadamente da SIRT1, nesta enfermidade. Num estudo realizado em ratinhos, verificou-se

um atraso na apresentação da doença naqueles expostos a restrição calórica e naqueles com

deleção da SIRT1 (104). No entanto, os dois fatores em conjunto não tiveram efeitos benéficos

aditivos, sendo sugerido que é pela via da SIRT1 que a restrição calórica atua (104). Bizat e

seus colaboradores observaram que a sobrexpressão de SIRT1, tal como a adição de resveratrol,

evitou a toxicidade pela PrP, num modelo em Caenorhabditis elegans, suportando a hipótese

desta sirtuina desempenhar um papel benéfico nas doenças priónicas (105).

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Conclusão

O crescimento exponencial da população idosa a nível mundial, e em particular na

Europa, acarreta transformações a vários níveis. O incremento da prevalência de doenças

associadas ao envelhecimento é um exemplo dessas mudanças. Especial atenção merecem as

doenças neurodegenerativas, para as quais ainda não há uma resposta efetiva. No entanto, foram

conseguidos resultados animadores em estudos de neurodegeneração, realizados in vitro e in

vivo, envolvendo sirtuinas. A SIRT1, dado que intervém em inúmeros processos biológicos e

por isso constitui um alvo terapêutico atraente, demonstrou ter efeitos neuroprotetores nas

doenças de Alzheimer (57), Parkinson (85), Huntington (93, 95), esclerose lateral amiotrófica

(66, 102) e doenças priónicas (105). Assim, o potencial terapêutico das sirtuinas, pelo menos da

SIRT1, no caso das doenças neurodegenerativas, é uma hipótese real, não sendo rejeitada pelos

autores dos estudos cujos resultados vieram questionar o efeito da homóloga Sir2 na

longevidade de organismos (17).

Os benefícios adquiridos com a modulação da SIRT1 têm sido reproduzidos em

modelos utilizando ativadores, naturais e sintéticos, desta sirtuina, reforçando a potencialidade

terapêutica desta enzima. Inúmeros ensaios clínicos, empregando maioritariamente ativadores

sirtuínicos, estão atualmente em curso e os primeiros resultados divulgados apontam para

ótimas características farmacocinéticas e farmacodinâmicas de algumas destas moléculas de

síntese laboratorial (46), avizinhando-se assim uma terapêutica promissora, dirigida a estas e

outras doenças do envelhecimento.

Pelo anteriormente exposto e pela disparidade, reflexo da controvérsia ainda existente,

dos resultados encontrados em diferentes estudos, esta área merece mais investigação. Mais

estudos, conduzidos em diferentes laboratórios e recorrendo a diferentes modelos animais, serão

necessários para identificar o papel das diferentes sirtuinas nas doenças neurodegenerativas e

reforçar os seus potenciais efeitos neuroprotetores.

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Apêndices

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Tabelas

Tabela 1 Características bioquímicas e funcionais das sirtuinas humanas

Sirtuina Localização Celular Atividade Alvos

SIRT1 Núcleo Desacetilase p53, FOXO3, RARβ, PGC-1α, PPARγ,

NF-B, IGF-1, histonas H1, H3, H4

SIRT2 Citoplasma Desacetilase Histona H4, α-tubulina

SIRT3 Mitocôndria Desacetilase Ku70, síntase da aCoA, desidrogénase

e ART do glutamato, desidrogénase do

isocitrato

SIRT4 Mitocôndria ART desidrogénase do glutamato

SIRT 5 Mitocôndria Desacetilase Citocromo c

SIRT 6 Núcleo Desacetilase Histona H3

e ART

SIRT7 Núcleo Possivelmente Possivelmente o complexo de

desacetilase captação do ARN

Adaptada a partir de (11), com a permissão de Elsevier. Abreviaturas usadas na tabela: SIRT1,

sirtuina 1; FOXO3, forkhead box class O 3; RARβ, recetor β do ácido retinóico; PGC-1α,

coativador 1α do PPARγ; PPARγ, recetor γ dos proliferadores dos peroxissomas ativados; NF-

B, fator nuclear B; IGF-1, fator de crescimento do tipo insulina 1, (NF-B), SIRT2, sirtuina

2; SIRT3, sirtuina 3; ART, ribosiltransferase do ADP; aCoA, acetilCoenzimaA; SIRT4, sirtuina

4; SIRT5, sirtuina 5; SIRT6, sirtuina 6; SIRT7, siruina 7; ARN, ácido ribonucleotídeo.

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Tabela 2 Sirtuinas e doenças neurodegenerativas

Doença Modelos experimentais Resultado Mecanismo Referências

DA A RC induz a ativação da + SIRT1 inibe o ROCK1 e (51)

SIRT1 e diminui a neuropatia ativa a α-secretase

por Aβ, em ratinhos

A RC induz a ativação da + SIRT1 inibe o ROCK1 e (52)

SIRT1 e diminui a neuropatia ativa a α-secretase

por Aβ, em primatas

A sobrexpressão de SIRT1 + SIRT1 estimulou o RAR e (54)

Inibiu a produção de Aβ, induziu a transcrição de

em ratinhos α-secretase

A sobrexpressão da SIRT1/ Res + SIRT1 inibiu a via NF-B (57)

diminui a toxicidade Aβ, na

dependência da microglia,

em culturas mistas

SIRT1 KO promoveu a acetilação +? SIRT1 desacetila e promove (65)

da tau e taupatia a degradação da tau

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Aumento da desacetilação da tau, + Sirtuinas promoveram a (64)

em modelos neuronais degradação da tau, potenciada

pela leptina

Ratinhos KO/Nicotinamida -? A diminuição da (69)

diminuiu seletivamente tau fosforilada (Th231)

a tau fosforilada (Th231) diminui a estabilidade e

aumentou a sua degradação

Res diminui a neuropatia Aβ +/- Diminui o stress oxidativo (71)

DP Inibição da SIRT2 num modelo - Diminui a toxicidade (70)

de DP em Drosophila associada a α-sinucleína

Modelo de PD induzido por +/- (84)

MPTP, em ratinhos transgénicos

com expressão de SIRT1

Res em neurónios do mesencéfalo + SIRT1 desacetilou o p53 (85)

Em células de neuroblastoma + Res estimulou a SIRT1 (87, 88)

Sobrexpressão de SIRT1 em + SIRT1 ativou o PGC-1 e (89)

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neurónios com α-sinucleína mutada aumentou a densidade mitocondrial

Modelo de neurónios + Foi necessária a presença (18)

dopaminérgicos de C. elegans de Sir-2.1 para diminuir

tratados com 6-OHDA a toxicidade

DH Res/ Sobrexpressão de SIRT1 + SIRT1 ativou o PGC-1 e (89, 95)

em neurónios com hunyingtina mutada aumentou a densidade mitocondrial

Isonicotinamida em leveduras + Sir2 ativada diminuiu a (93)

com DH agregação de huntingtina

Res em ratinhos com DH +/- (96)

Inibição de Sir2 em modelos de - A inibição de Sir2 diminuiu (97, 98)

DH de Drosophila ou de a biossíntese de esteroides

neurónios do estriado

ELA Res/sobrexpressão de SIRT1 + SIRT1 desacetilou o p53 (66, 101)

em modelo de ratinhos com ELA

Res em modelo neuronal de ELA + A ativação da SIRT1 diminui (102)

com a mutação hSOD1-G93A a neurotoxicidade

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Priónicas Res/sobrexpressão de SIRT1 + (105)

em neurónios infetados com

proteína priónica mutada

Adaptada a partir de (31), com a permissão de Elsevier. Símbolos e abreviaturas usadas na

tabela: +, protetor; -, prejudicial; +/-, nem protetor nem prejudicial; DA, doença de Alzheimer;

RC, restrição calórica; SIRT1, sirtuina 1; Aβ, beta amiloide; ROCK1, proteína cínase associada

à Rho; RAR, recetor do ácido retinóico; Res, resveratrol; NF-B, fator nuclear B; KO,

knockout; Th231, treonina 231; DP, doença de Parkinson; SIRT2, sirtuina 2; MPTP, 1-metil-4-

phenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina; PGC-1, coativador 1 do PPARγ; C. elegans, Caenorhabditis

elegans; 6-HODA, 6-hidroxidopamina; DH, doença de Huntington; Sir2, silent information

regulator 2; ELA, esclerose lateral amiotrófica; hSOD1, dismútase do superóxido dependente

de Cu⁄Zn humana.

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Anexos

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normas de publicação

ARQ MED 2010; 4(5):167-70

167

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Todos os artigos solicitados serão submetidos a avaliação externa e seguirão o mesmo processo editorial dos artigos de investigação original.

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Todos os artigos de investigação original devem apresentar resu-mos estruturados em português e em inglês, com um máximo de 250 palavras cada.

Publicações brevesResultados preliminares ou achados novos podem ser objecto de

publicações breves.O texto deve ser limitado a 1000 palavras, excluindo referências e

tabelas, e organizado em introdução, métodos, resultados e discussão, com um máximo de 2 tabelas e/ou figuras (total) e até 10 referências.

As publicações breves devem apresentar resumos estruturados em português e em inglês, com um máximo de 250 palavras cada.Artigos de revisão

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Os ARQUIVOS DE MEDICINA publicam essencialmente artigos de revisão solicitados pelos editores. Contudo, também serão avaliados artigos de revisão submetidos sem solicitação prévia, preferencialmente revisões quantitativas (Meta-análise).

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estatístico como de reflexão sobre uma experiência particular de diag-nóstico, tratamento ou prognóstico.

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ARQ MED 2010; 24(5):167-70

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aleatório, normal, significativo, correlação e amostra.Apenas será efectuada a reprodução de citações, tabelas ou ilustra-

ções de fontes sujeitas a direitos de autor com citação completa da fonte e com autorizações do detentor dos direitos de autor.

Unidades de medidaDevem ser utilizadas as unidades de medida do Sistema Interna-

cional (SI), mas os editores podem solicitar a apresentação de outras unidades não pertencentes ao SI.

AbreviaturasDevem ser evitados acrónimos e abreviaturas, especialmente no

título e nos resumos. Quando for necessária a sua utilização devem ser definidos na primeira vez que são mencionados no texto e também nos resumos e em cada tabela e figura, excepto no caso das unidades de medida.

Nomes de medicamentosDeve ser utilizada a Designação Comum Internacional (DCI) de

fármacos em vez de nomes comerciais de medicamentos. Quando forem utilizadas marcas registadas na investigação, pode ser mencionado o nome do medicamento e o nome do laboratório entre parêntesis.

Página do títuloNa primeira página do manuscrito deve constar:1) o título (conciso e descritivo);2) um título abreviado (com um máximo de 40 caracteres, incluindo

espaços);3) os nomes dos autores, incluindo o primeiro nome (não incluir

graus académicos ou títulos honoríficos);4) a filiação institucional de cada autor no momento em que o tra-

balho foi realizado;5) o nome e contactos do autor que deverá receber a correspondên-

cia, incluindo endereço, telefone, fax e e-mail;6) os agradecimentos, incluindo fontes de financiamento, bolsas de

estudo e colaboradores que não cumpram critérios para autoria;7) contagens de palavras separadamente para cada um dos resumos

e para o texto principal (não incluindo referências, tabelas ou figuras).

AutoriaComo referido nos “Uniform Requirements for Manuscripts Sub-

mitted to Biomedical Journals”, a autoria requer uma contribuição substancial para:

1) concepção e desenho do estudo, ou obtenção dos dados, ou análise e interpretação dos dados;

2) redacção do manuscrito ou revisão crítica do seu conteúdo intelectual;

3) aprovação final da versão submetida para publicação.

A obtenção de financiamento, a recolha de dados ou a supervisão geral do grupo de trabalho, por si só, não justificam autoria.

É necessário especificar na carta de apresentação o contributo de cada autor para o trabalho. Esta informação será publicada.

Exemplo: José Silva concebeu o estudo e supervisionou todos os aspectos da sua implementação. António Silva colaborou na concepção do estudo e efectuou a análise dos dados. Manuel Silva efectuou a recolha de dados e colaborou na sua análise. Todos os autores contribuiram para a interpretação dos resultados e revisão dos rascunhos do manuscrito.

Nos manuscritos assinados por mais de 6 autores (3 autores no caso das cartas ao editor), tem que ser explicitada a razão de uma autoria tão alargada.

É necessária a aprovação de todos os autores, por escrito, de quais-quer modificações da autoria do artigo após a sua submissão.

AgradecimentosDevem ser mencionados na secção de agradecimentos os colabora-

dores que contribuiram substancialmente para o trabalho mas que não cumpram os critérios para autoria, especificando o seu contributo, bem como as fontes de financiamento, incluindo bolsas de estudo.

ResumosOs resumos de artigos de investigação original, publicações bre-

ves, revisões quantitativas e séries de casos devem ser estruturados (introdução, métodos, resultados e conclusões) e apresentar conteúdo semelhante ao do manuscrito.

Os resumos de manuscritos não estruturados (revisões não quanti-tativas e casos clínicos) também não devem ser estruturados.

Nos resumos não devem ser utilizadas referências e as abreviaturas devem ser limitadas ao mínimo.

Palavras-chaveDevem ser indicadas até seis palavras-chave, em portugês e em

inglês, nas páginas dos resumos, preferencialmente em concordância com o Medical Subject Headings (MeSH) utilizado no Index Medicus. Nos manuscritos que não apresentam resumos as palavras-chave devem ser apresentadas no final do manuscrito.

IntroduçãoDeve mencionar os objectivos do trabalho e a justificação para a

sua realização.Nesta secção apenas devem ser efectuadas as referências indispen-

sáveis para justificar os objectivos do estudo.

MétodosNesta secção devem descrever-se:1) a amostra em estudo;2) a localização do estudo no tempo e no espaço;3) os métodos de recolha de dados;4) análise dos dados.

As considerações éticas devem ser efectuadas no final desta secção.

Análise dos dadosOs métodos estatísticos devem ser descritos com o detalhe suficiente

para que possa ser possível reproduzir os resultados apresentados.Sempre que possível deve ser quantificada a imprecisão das es-

timativas apresentadas, designadamente através da apresentação de intervalos de confiança. Deve evitar-se uma utilização excessiva de testes de hipóteses, com o uso de valores de p, que não fornecem informação quantitativa importante.

Deve ser mencionado o software utilizado na análise dos dados.

Considerações éticas e consentimento informadoOs autores devem assegurar que todas as investigações envolvendo

seres humanos foram aprovadas por comissões de ética das instituições em que a investigação tenha sido desenvolvida, de acordo com a Decla-ração de Helsínquia da Associação Médica Mundial (www.wma.net).

Na secção de métodos do manuscrito deve ser mencionada esta aprovação e a obtenção de consentimento informado, quando aplicável.

ResultadosOs resultados devem ser apresentados, no texto, tabelas e figuras,

seguindo uma sequência lógica.Não deve ser fornecida informação em duplicado no texto e nas ta-

belas ou figuras, bastando descrever as principais observações referidas nas tabelas ou figuras.

Independentemente da limitação do número de figuras propostos para cada tipo de artigo, só devem ser apresentados gráficos quando da sua utilização resultarem claros benefícios para a compreensão dos resultados.

Apresentação de dados númericosA precisão numérica utilizada na apresentação dos resultados não

deve ser superior à permitida pelos instrumentos de avaliação.Para variáveis quantitativas as medidas apresentadas não deverão

ter mais do que uma casa decimal do que os dados brutos.As proporções devem ser apresentadas com apenas uma casa

decimal e no caso de amostras pequenas não devem ser apresentadas casas decimais.

Os valores de estatísticas teste, como t ou χ2, e os coeficientes de cor-relação devem ser apresentados com um máximo de duas casas decimais.

Os valores de p devem ser apresentados com um ou dois algarismos significativos e nunca na forma de p=NS, p<0,05 ou p>0,05, na medida em a informação contida no valor de P pode ser importante. Nos casos em

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normas de publicação

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169

que o valor de p é muito pequeno (inferior a 0,0001), pode apresentar-

-se como p<0,0001.Tabelas e figuras

As tabelas devem surgir após as referências. As figuras devem surgir após as tabelas.

Devem ser mencionadas no texto todas as tabelas e figuras, numera-das (numeração árabe separadamente para tabelas e figuras) de acordo com a ordem em que são discutidas no texto.

Cada tabela ou figura deve ser acompanhada de um título e notas explicativas (ex. definições de abreviaturas) de modo a serem compre-endidas e interpretadas sem recurso ao texto do manuscrito.

Para as notas explicativas das tabelas ou figuras devem ser utilizados os seguintes símbolos, nesta mesma sequência:

*, †, ‡, §, ||, ¶, **, ††, ‡‡.Cada tabela ou figura deve ser apresentada em páginas separadas,

juntamente com o título e as notas explicativas.Nas tabelas devem ser utilizadas apenas linhas horizontais.As figuras, incluindo gráficos, mapas, ilustrações, fotografias ou

outros materiais devem ser criadas em computador ou produzidas profissionalmente.

As figuras devem incluir legendas.Os símbolos, setas ou letras devem contrastar com o fundo de foto-

grafias ou ilustrações.A dimensão das figuras é habitualmente reduzida à largura de uma

coluna, pelo que as figuras e o texto que as acompanha devem ser facil-mente legíveis após redução.

Na primeira submissão do manuscrito não devem ser enviados originais de fotografias, ilustrações ou outros materiais como películas de raios-X. As figuras, criadas em computador ou convertidas em for-mato electrónico após digitalização devem ser inseridas no ficheiro do manuscrito.

Uma vez que a impressão final será a preto e branco ou em tons de cinzento, os gráficos não deverão ter cores. Gráficos a três dimensões apenas serão aceites em situações excepcionais.

A resolução de imagens a preto e branco deve ser de pelo menos 1200 dpi e a de imagens com tons de cinzento ou a cores deve ser de pelo menos 300 dpi.

As legendas, símbolos, setas ou letras devem ser inseridas no ficheiro da imagem das fotografias ou ilustrações.

Os custos da publicação das figuras a cores serão suportados pelos autores.

Em caso de aceitação do manuscrito, serão solicitadas as figuras nos formatos mais adequados para a produção da revista.

DiscussãoNa discussão não deve ser repetida detalhadamente a informação

fornecida na secção dos resultados, mas devem ser discutidas as limi-tações do estudo, a relação dos resultados obtidos com o observado noutras investigações e devem ser evidenciados os aspectos inovadores do estudo e as conclusões que deles resultam.

É importante que as conclusões estejam de acordo com os objectivos do estudo, mas devem ser evitadas afirmações e conclusões que não se-jam completamente apoiadas pelos resultados da investigação em causa.

ReferênciasAs referências devem ser listadas após o texto principal, numeradas

consecutivamente de acordo com a ordem da sua citação. Os números das referências devem ser apresentados entre parentesis. Não deve ser utilizado software para numeração automática das referências.

Pode ser encontrada nos “Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals” uma descrição pormenorizada do formato dos diferentes tipos de referências, de que se acrescentam alguns exemplos:

1. Artigo• Vega KJ, Pina I, Krevsky B. Heart transplantation is associated with an increase risk for pancreatobiliary disease. Ann Intern Med 1996;124:980-3.

2. Artigo com Organização como Autor• The Cardiac Society of Australia and New Zealand. Clinical exercise stress testing.safety and performance guidelines. Med J Aust 1996; 64:282-4.

3. Artigo publicado em Volume com Suplemento• Shen HM, Zhang QF. Risk assessment of nickel carcinogenicity and occupational lung cancer. Environ Health Perspect 1994; 102 Suppl 1:275-82.

4. Artigo publicado em Número com Suplementopayne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Women's psychological reactions to breast cancer. Semin Oncol 1996;23 (1 Suppl 2):89-97.

5. LivroRingsven MK, Bond D. Gerontology and leadership skills for nurses. 2nd ed. Albany (NY): Delmar Publishers;1996.

6. Livro (Editor(s) como Autor(es))Norman IJ, Redfern SJ, editores. Mental health care for elderly people. New York: Churchill Livingstone;1996.

7. Livro (Organização como Autor e Editor)Institute of Medicine (US). Looking at the future of the Medicaid program. Washington: The Institute;1992.

8. Capítulo de Livro Phillips SJ, Whisnant JP. Hypertension and stroke. In: Laragh JH, Brenner BM, editors. Hypertension: pathophysiology, diagnosis, and management. 2nd ed. New York: Raven Press;1995. p. 465-78.

9. Artigo em Formato ElectrónicoMorse SS. Factors in the emergence of infectious diseases. Emerg Infect Dis [serial online] 1995 Jan-Mar [cited 1996 Jun 5]; 1 (1): [24 screens]. Disponível em: URL: http://www.cdc.gov/ncidod/EID/eid.htm

Devem ser utilizados os nomes abreviados das publicações, de acor-do com o adoptado pelo Index Medicus. Uma lista de publicações pode ser obtida em http://www.nlm.nih.gov.

Deve ser evitada a citação de resumos e comunicações pessoais.Os autores devem verificar se todas as referências estão de acordo

com os documentos originais.

AnexosMaterial muito extenso para a publicação com o manuscrito, desig-

nadamente tabelas muito extensas ou instrumentos de recolha de dados, poderá ser solicitado aos autores para que seja fornecido a pedido dos interessados.

Conflitos de interesseOs autores de qualquer manuscrito submetido devem revelar no

momento da submissão a existência de conflitos de interesse ou declarar a sua inexistência.

Essa informação será mantida confidencial durante a revisão do ma-nuscrito pelos avaliadores externos e não influenciará a decisão editorial mas será publicada se o artigo for aceite.

AutorizaçõesAntes de submeter um manuscrito aos ARQUIVOS DE MEDICINA os

autores devem ter em sua posse os seguintes documentos que poderão ser solicitados pelo corpo editorial:

- consentimento informado de cada participante;- consentimento informado de cada indivíduo presente em foto-grafias, mesmo quando forem efectuadas tentativas de ocultar a respectiva identidade;- transferência de direitos de autor de imagens ou ilustrações;- autorizações para utilização de material previamente publicado;- autorizações dos colaboradores mencionados na secção de agra-decimentos.

SUBMISSÃO DE MANUSCRITOS

Os manuscritos submetidos aos ARQUIVOS DE MEDICINA devem ser preparados de acordo com as recomendações acima indicadas e devem ser acompanhados de uma carta de apresentação.

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normas de publicação170

Carta de apresentaçãoDeve incluir a seguinte informação:1) Título completo do manuscrito;2) Nomes dos autores com especificação do contributo de cada um para o manuscrito;3) Justificação de um número elevado de autores, quando aplicável;4) Tipo de artigo, de acordo com a classificação dos ARQUIVOS DE MEDICINA;5) Fontes de financiamento, incluindo bolsas;6) Revelação de conflitos de interesse ou declaração da sua ausência;7) Declaração de que o manuscrito não foi ainda publicado, na ín-tegra ou em parte, e que nenhuma versão do manuscrito está a ser avaliada por outra revista;8) Declaração de que todos os autores aprovaram a versão do ma-nuscrito que está a ser submetida;9) Assinatura de todos os autores.

É dada preferência à submissão dos manuscritos por e-mail ([email protected]).

O manuscrito e a carta de apresentação devem, neste caso, ser enviados em ficheiros separados em formato word. Deve ser enviada por fax (225074374) uma cópia da carta de apresentação assinada por todos os autores.

Se não for possível efectuar a submissão por e-mail esta pode ser efectuada por correio para o seguinte endereço:

ARQUIVOS DE MEDICINAFaculdade de Medicina do PortoAlameda Prof. Hernâni Monteiro4200 – 319 Porto, Portugal

Os manuscritos devem, então, ser submetidos em triplicado (1 original impresso apenas numa das páginas e 2 cópias com impressão frente e verso), acompanhados da carta de apresentação.

Os manuscritos rejeitados ou o material que os acompanha não serão devolvidos, excepto quando expressamente solicitado no momento da submissão.

CORRECÇÃO DOS MANUSCRITOS

A aceitação dos manuscritos relativamente aos quais forem solicita-das alterações fica condicionada à sua realização.

A versão corrigida do manuscrito deve ser enviada com as alterações sublinhadas para facilitar a sua verificação e deve ser acompanhada duma carta respondendo a cada um dos comentários efectuados.

Os manuscritos só poderão ser considerados aceites após confirma-ção das alterações solicitadas.

MANUSCRITOS ACEITES

Uma vez comunicada a aceitação dos manuscritos, deve ser enviada a sua versão final em ficheirto de Word©, formatada de acordo com as instruções acima indicadas.

No momento da aceitação os autores serão informados acerca do formato em que devem ser enviadas as figuras.

A revisão das provas deve ser efectuada e aprovada por todos os au-tores dentro de três dias úteis. Nesta fase apenas se aceitam modificações que decorram da correcção de gralhas.

Deve ser enviada uma declaração de transferência de direitos de autor para os ARQUIVOS DE MEDICINA, assinada por todos os autores, juntamente com as provas corrigidas.

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License date Apr 01, 2012

Licensed content publisher Elsevier

Licensed content publication The Lancet Neurology

Licensed content title The sirtuin pathway in ageing and Alzheimer disease: mechanistic and therapeutic considerations

Licensed content author David J Bonda,Hyoung-gon Lee,Antoni Camins,Mercè Pallàs,Gemma Casadesus,Mark A Smith,Xiongwei Zhu

Licensed content date March 2011

Licensed content volume number

10

Licensed content issue number

3

Number of pages 5

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Efeitos neuroprotetores das sirtuinas - potencial intervenção terapêutica em doenças neurodegenerativas

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