CONTACT - Edição de Abril de 2011

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ÍNDICE Palavra do Provincial Conferência da América Latina e Caribe......................................................................03 Mensagem final da 1 α Assembléia da Conferência Redentorista.................................04 Notícias Encontro dos Coordenadores de Comunidades...........................................................07 Redentoristas Solidários com os desabrigados............................................................08 Santuário de Campo Grande em plena Expansão........................................................09 Solidariedade................................................................................................................ 12 Integração entre os Santuários....................................................................................13 Solidariedade na Missão...............................................................................................15 Reflexão Animação Vocacional...................................................................................................16 Espiritualidade A Centralidade de nossa Fé é a Pessoa de Jesus Cristo................................................18 Vinde e Vereis...............................................................................................................19 Mensagem O que nos é essencial: A ORAÇÃO................................................................................22 Aniversariantes............................................................................................................24

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ÍNDICE

Palavra do Provincial Conferência da América Latina e Caribe......................................................................03 Mensagem final da 1

α Assembléia da Conferência Redentorista.................................04

Notícias Encontro dos Coordenadores de Comunidades...........................................................07 Redentoristas Solidários com os desabrigados............................................................08 Santuário de Campo Grande em plena Expansão........................................................09 Solidariedade................................................................................................................12 Integração entre os Santuários....................................................................................13 Solidariedade na Missão...............................................................................................15 Reflexão Animação Vocacional...................................................................................................16 Espiritualidade A Centralidade de nossa Fé é a Pessoa de Jesus Cristo................................................18 Vinde e Vereis...............................................................................................................19 Mensagem O que nos é essencial: A ORAÇÃO................................................................................22 Aniversariantes............................................................................................................24

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Palavra do Provincial

CONFERÊNCIA DA AMÉRICA LATINA E CARIBE Esperança neste chão

Os Redentoristas da América Latina e Caribe, representados pelos delegados e (Vice) Provinciais, realizaram a Primeira Assembleia da Conferência nos dias 7 a 12 de março em Aparecida. Também participaram o Superior Geral, Michael Brehl e o Vigário Geral, Enrique López. Esta assembleia deu diretrizes para o trabalho da Conferência neste continente.

Embora a região da América Latina e

Caribe está sendo, além das injustiças sociais, também marcada pelo secularismo, os Redentoristas têm uma presença muito forte. Hoje são 1.539 Redentoristas espalhados na região da América Latina e Caribe. Depois da Conferência da Ásia-Oceania, é a conferência que mais tem estudantes professos (229 junioristas).

A presença apostólica dos Redentoristas também é um destaque neste

continente. Além das Missões Populares e Santuários, que estão presentes em quase todas as unidades, o trabalho nos Meios de Comunicações também é empreendido em muitos lugares pelos Redentoristas, tendo sempre uma preferência em acolher os mais pobres e abandonados.

Que a organização da Conferência dos Redentoristas na América Latina e

Caribe impulsione cada vez mais para que todos ‘anunciem o Evangelho de modo sempre novo, como fazia S. Clemente!’

Fraternalmente,

Pe. Joaquim Parron, C.Ss.R. Provincial

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e MENSAGEM FINAL DA 1ª. ASSEMBLEIA

da Conferência Redentorista da América Latina e Caribe

Aparecida, 12 de março de 2011

“Quanto mais radical for a nossa conversão, tanto mais radical e profética será nossa Vida Apostólica.”

A todos os Redentoristas, aos leigos associados, às Irmãs Redentoristas e aos membros dos Institutos ligados à Conferência da América Latina e Caribe. 1. Nós, Superiores (Vice) Provinciais e alguns delegados, reunidos na Primeira Assembleia da Conferência da América Latina e Caribe, escrevemos à sombra do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, Brasil. Acompanham-nos o Superior Geral, Michael Brehl, C.Ss.R. e o Vigário Geral, Enrique López, C.Ss.R. 2. Neste período de Assembleia, que coincidiu com o início da Quaresma, refletimos sobre a relação deste tempo litúrgico com os nossos processos de renovação. No espírito do tema do sexênio: “Anunciar o Evangelho de modo sempre novo (S. Clemente), renovada esperança, corações renovados, estruturas renovadas para missão”, temos visto que o coração da reestruturação está na renovação e na conversão. Recordamos as palavras da Mensagem do XXIV Capítulo Geral e repetidas por nosso Superior Geral, Michael Brehl, C.Ss.R., no

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prefácio dos Documentos Finais do último Capítulo Geral: “Quanto mais radical for a nossa conversão, tanto mais radical e profética será nossa Vida Apostólica.”1 3. Sem dúvida, a Congregação na América Latina e Caribe vibra com entusiasmo e é um sinal de esperança para o Reino de Deus. O Espírito nos move para apreciar o dom da conversão, não somente individualmente, mas também nas comunidades e na Congregação2. A conversão nos conduz a uma nova vitalidade solidária em Cristo e a uma nova disponibilidade para responder generosamente ao chamado missionário de Deus3. Esta nova disponibilidade não se limita ao território de nossas unidades, mas a toda Congregação, para a formação de comunidades internacionais e interprovinciais, tanto dentro como fora da própria Conferência. 4. O tema da conversão tem sido constante nesses dias: conversão à unidade e à comunhão, conversão à solidariedade, conversão que renove corações e estruturas para poder anunciar o Evangelho de modo sempre novo (S. Clemente). Como ‘apóstolos da conversão’4 somos os primeiros a serem chamados a uma incessante renovação de nossos critérios5 fazendo nossa conversão mais radical e plena6. 5. Nosso Superior Geral, Pe. Michael Brehl, apresentou de maneira precisa, concreta e profunda, várias iluminações sobre o processo de reestruturação. 6. Duas são as tarefas de muita importância para caminhar para a nossa Conferência e que temos conseguido alcançar nestes dias: A aprovação de nossos Estatutos que regulam a Conferência e o discernimento dos congregados que propomos ao Conselho Geral para coordenar a nossa Conferência. 7. Tivemos maravilhosas celebrações eucarísticas no Santuário de Nossa Senhora Aparecida que acolhe milhares de devotos marianos. Neste Santuário os devotos encontram em Maria, maternal proteção e intercessão. 8. Na sexta-feira desta semana, dia 11 de março, chegou a triste notícia do terremoto na Ásia e a quantidade de irmãos e irmãs que faleceram e foram afetados por este desastre da natureza. Rezamos por eles e pelas suas famílias e nos comprometemos sermos solidários com esta gente.

1 Documentos Finais, XXIV Capítulo Geral, Mensagem, Prefácio, p. 5.

2 Cf. Const. 12.

3 Cf. Documentos Finais, XXIV Capítulo Geral, Parte III, Decisões, Princípio 2.

4 Cf. Const. 11

5 Cf. Const. 41.

6 Cf. Const. 11.

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e 9. Não podemos terminar esta mensagem sem uma palavra de agradecimento à Província de São Paulo por sua acolhida, generosidade e testemunho de fraternidade solidária com toda a família Redentorista deste continente. 10. Ademais, entregamos todos estes processos nas mãos de Maria, Nossa Senhora Aparecida, Mãe do Perpétuo Socorro, pedindo sua intercessão para que possamos responder com fidelidade o chamado de discípulos missionários de Jesus, anunciando a Boa Nova aos pobres e abandonados7.

Seus irmãos em Afonso e Maria.

7 Cf. Const. 5.

CATEQUESE DO PAPA

Santo Afonso Maria de Ligório Intervenção na audiência geral de 30 de março de 2011

Queridos irmãos e irmãs:

Hoje eu gostaria de vos apresentar a figura de um santo Doutor da Igreja, a quem devemos muito, pois foi um eminente teólogo e mestre de vida espiritual para todos, especialmente para as pessoas simples. Ele é o autor da letra e da melodia de uma das canções natalinas mais famosas da Itália, 'Tu scendi dalle stelle', além de muitas outras coisas.

Pertencente a uma família napolitana rica e nobre, Afonso Maria de Ligório nasceu em 1696. Dotado de grandes qualidades intelectuais, com apenas 16 anos se graduou em direito civil e canônico. Era o advogado mais brilhante do fórum de Nápoles: durante oito anos, ganhou todas as causas que defendeu. No entanto, sua alma estava sedenta de Deus e desejosa da perfeição; assim, o Senhor fez-lhe compreender que era outra a vocação à qual o chamava. De fato, em 1723, indignado pela corrupção e injustiça que assolou o ambiente à sua volta, ele abandonou a sua profissão - com ela, a riqueza e sucesso - e decidiu se tornar sacerdote, apesar da oposição paterna. Teve excelentes professores, que o introduziram no estudo da Sagrada Escritura, da História da Igreja e da mística. Adquiriu uma vasta cultura teológica, que começou a dar frutos quando, alguns anos mais tarde, ele começou seu trabalho de escritor.

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Noticias

ENCONTRO DOS COORDENADORES DE COMUNIDADE

Como aprender com Jesus a servir e a sonhar? Nos dias 14 e 15 de Março, em Curitiba, aconteceu o encontro provincial dos coordenadores de comunidades, párocos, reitores e formadores. A primeira e mais importante atitude foi sentar-se, dispensar um tempo para aprender com o Mestre, como SERVIR nos dias de hoje, com a mesma alegria e disponibilidade dele.

Rezamos, estudamos, partilhamos. Houve momentos especiais para cada coisa. O resultado, com certeza, foi bom. Saímos mais fortalecidos para, em comunidade, desenvolver com zelo nossa missão que interliga duas realidades inseparáveis: vida comunitária e apostolado. Existem muitas coisas positivas em nossas comunidades: uma abertura ao outro e ao novo; desejo de evangelizar de modo novo, criativo e inserido na realidade do povo; uma espiritualidade fortemente marcada pela comunidade e pelo carisma redentorista; uma preocupação oracional e prática com as vocações e com o futuro de nossa missão.Muito positivo perceber o empenho de todos na busca de novos jovens para entrar em nosso processo de formação. E quantos sinais vocacionais e de esperança têm sido vistos nas várias comunidades da província. Realmente a abertura ao novo, é chance certa à ação poderosa do espírito de Deus em nossas vidas. Que Santo Afonso, de junto de Deus, continue olhando-nos com carinho de pai, e intercedendo por nossos bons propósitos. Boa missão a todos!

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e REDENTORISTAS SOLIDÁRIOS COM OS

DESABRIGADOS Tanto no PR como no MS os confrades ajudaram as vítimas

Os Redentoristas da Província de Campo Grande foram solidários com as vítimas das enchentes de março, tanto no Paraná quanto no Mato Grosso do Sul. As chuvas desabrigaram milhares de pessoas no litoral do Paraná e centenas na região de Aquidauana no Mato Grosso do Sul.

Os confrades do Santuário do Perpétuo Socorro de Curitiba e do Santuário do Rocio de Paranaguá foram uma forte presença na arrecadação de alimentos e no apoio às vítimas no Paraná. Os confrades de Guaratuba também se mobilizaram para ajudar as vítimas de Cubatão e região. Já no Mato Grosso do Sul, onde muitos em Aquidauana foram desabrigados, os Redentoristas de Campo Grande, Aquidauana e Ponta Porá, foram uma presença muito importante no socorro aos desabrigados. A solidariedade faz a diferença!

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SANTUÁRIO DE CAMPO GRANDE EM PLENA EXPANSÃO

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ainda mais conhecida

Os missionários Redentoristas que atualmente estão no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Campo Grande, estão ampliando a dimensão pastoral, estrutural e missionária do Santuário. Várias ações foram motivadas nos últimos meses e a partir de abril outras mais estão sendo iniciadas.

MAIS MISSAS Foram acrescentadas mais missas durante a semana para melhor atender aos devotos de Nossa Senhora que procuram aquela igreja. Na quinta-feira, dedicada à Eucaristia, tem duas missas com a bênção do Santíssimo: às 15h e às 19h. A participação tem aumentado significativamente. Também no sábado foi acrescentado um horário, às 17h30. MAIS NOVENAS A partir do dia 06 de abril o santuário ganha mais dois horários de novena: às 13h e às 21h, passando, assim, para 15 horários de novenas em todas as quartas-feiras, das 7h às 21h sem interrupção. PEREGRINAÇÃO COM O ÍCONE No mês de maio os missionários farão a peregrinação com o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em algumas paróquias de Campo Grande e também em algumas cidades do interior: Bodoquena, Bonito, Terenos, Sete Quedas, Aquidauana, Ponta Porã e Anhanduí. É a primeira vez que o santuário faz esta experiência, mas os frutos já são notados só pela empolgação das pessoas envolvidas nesses eventos. Os ícones serão levados em maio e as paróquias visitadas trazem os ícones de volta durante a festa da padroeira, em Junho. COMUNICAÇÃO Está sendo uma bênção a publicação do “Jornal Santuário”. São dez mil exemplares mensalmente. Faz apenas três meses que começaram as publicações,

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mas as pessoas ficam aguardando a publicação cada mês, para saber das novidades do santuário. Também já está no ar o site do santuário (www.perpetuosocorrocampogrande.com.br). É mais uma forma de atualizar as formações e informações do santuário e, ainda, cumprir a missão confiada pelo Papa Pio IX, de fazer Nossa Senhora conhecida no mundo inteiro. CENTRO DE APOIO AO DEVOTO Mas a maior novidade é a construção do Centro de Apoio ao Devoto: uma grande obra, contendo: espaço de convivência, lanchonete, loja de artigos religiosos, auditório, salas, toda a parte social e administrativa do santuário. O projeto foi lançado na festa da Anunciação, dia 25 de março, e foi muito bem aceito e apoiado pelos devotos. Juntamente com os andamentos da obra, foi lançada também uma campanha (“Preparando o Natal com Maria”) em vista de arrecadar fundos para a execução da obra.

RENOVAÇÃO Tudo isso é graças à unidade da comunidade redentorista e a abertura à participação dos leigos. Hoje existem todos os conselhos formados e respeitados. São feitas reuniões mensais e sempre orientados por profissionais e técnicos em todas as áreas mais complexas da administração do santuário. Que Deus nosso Pai continue derramando abundantes graças sobre as atividades do santuário e sobra a comunidade redentorista.

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Pe. Dirson Gonçalves, CSsR Campo Grande/MS

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SOLIDARIEDADE O Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Campo Grande, enviou um caminhão lotado de doações para a Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, de Aquidauana, em solidariedade com os desabrigados em virtude das chuvas dos últimos meses.

Entre as doações estão alimentos, roupas, água potável e até alguns móveis. Aproveitando as palavras da catequista Ariel: “Faz bem para a alma saber que podemos ajudar as pessoas que mais precisam. Nesse momento os nossos

irmãos de Aquidauana estão precisando de nossa solidariedade e esse gesto é uma forma de oração.” Os confrades redentoristas de Aquidauana têm sido presença forte e marcante diante das catástrofes dos ultimos meses naquela região. A solidariedade enviada de Campo Grande é uma tentativa de somar forças e marcar ainda mais a presença redentorista junto aos mais necessitados. Agradecemos a todas as pessoas que colaboraram nessa missão.

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INTEGRAÇÃO ENTRE OS SANTUÁRIOS Este foi o grande apelo que marcou a primeira etapa de estudos interprovinciais redentoristas de 2011. O encontro de formação aconteceu entre os dias 21e 25 de fevereiro deste ano, no CERESP – Centro Redentorista de Espiritualidade. No Seminário Santo Afonso, em Aparecida –SP.

O estudo foi promovido pelos SIER - Secretariado Interprovincial de Espiritualidade Redentorista. Teve como tema à “Missão Evangelizadora Redentorista nos Santuários”. A razão deste tema deve-se ao fato de os Santuários ser uma das frentes missionárias mais importantes de atuação dos missionários redentoristas. Tanto no Brasil, quanto nos países onde atuam pastoralmente.

A partir do Documento de Aparecida, os assessores Pe. Vítor Hugo

Lapenta, C.Ss.R, Pe. José Ulisses da Silva, C.Ss.R (ambos da Província de São Paulo) e Pe. Dirson Ferreira Gonçalves, C.Ss.R (Província de Campo Grande) apresentaram aos participantes as seguintes abordagens: “Uma visão panorâmica da Igreja atual a partir do DA; a participação dos Santuários na Vida e na Missão da Igreja; os Santuários e a Religiosidade (Piedade) Popular e a Evangelização”. E, por fim, “a Ação Evangelizadora nos Santuários”.

Como expressão e manifestação da Religiosidade (Piedade) Popular, o DA

apresenta os Santuários como o lugar onde “o peregrino vive a experiência de um mistério que o supera, não só da transcendência de Deus, mas também da Igreja, que transcende sua família e seu bairro”. Continua afirmando o Documento: “Nos Santuários, muitos peregrinos tomam decisões que marcam suas vidas. As paredes dos Santuários contêm muitas histórias de conversão, de perdão e dos dons recebidos que milhões poderiam contar”.

Após a apresentação de painéis, ficou constatado que os peregrinos vão

aos Santuários em busca da acolhida, dos sacramentos, da misericórdia e do perdão. Da reconciliação com Deus, consigo mesmo, com os irmãos e com o mundo que os rodeiam. Ficou claro ainda, para todos os participantes que, as dimensões de amor e fé é o principal elemento sacramental oferecido pelas Pastorais dos Santuários. Na ocasião, discutiu-se também a missão do Leigo na Igreja e sua atuação nas Pastorais dos Santuários. Sua contribuição e importância na construção e propagação do Reino de Deus.

O missionário redentorista, Pe. Vinicius Ponciano, C.Ss.R, que responde

pela direção do SIER disse ter ficado contente com os resultados alcançados. Para ele, “as unidades abraçaram com bastante expressividade o tema proposto pelo SIER. Exatamente porque de fato, todos nós estamos em busca de uma maneira mais acessível de tratar essa pastoral tão importante. Sobretudo, no contexto de metropolização que é a pastoral dos santuários”.

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Na avaliação final do encontro, o acento principal girou em torno da necessidade de uma integração maior entre os Santuários do Brasil. Segundo Pe. Sérgio Campos, C.Ss.R., este encontro é valioso pelas partilhas de experiências e também pelas conferências que sempre trazem fundamentos consistente na linha Redentorista. O Pe. Jesus Flores, C.Ss.R participou da primeira etapa de estudos como membro da equipe que trabalha no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, Trindade - Go. Para ele “a grande mensagem é a necessidade de integração de todos aqueles que trabalham nos santuários procurando um projeto comum para que a gente possa, cada vez mais e melhor, responder aos apelos de Deus e aos apelos do mundo no momento presente”. Disse ainda, que “os santuários exercem um papel muito importante. E daí, a necessidade de integração, de aprofundamento e de busca de novos caminhos do que estamos realizando”.

A razão destes estudos está em consonância com a proposta do Governo Geral para a Reestruturação da Congregação do Santíssimo Redentor. Para não ficar apenas em estudos, Pe. Vinicius Ponciano, C.Ss.R disse que, “após a segunda etapa, que irá acontecer entre os dias 21 e 25 de março do corrente ano, o SIER irá elaborar um documento interno com o objetivo de dinamizar as pastorais dos Santuários”. Vale a pena ressaltar que, os estudos interprovinciais redentoristas, é aberto a todos os confrades. Independente de estes estarem ou não, atuando diretamente nas pastorais dos Santuários.

Fr. Edinisio Pereira, C.Ss.R (Província de Goiás)

Foi ordenado sacerdote em 1726 e entrou, para o exercício do seu ministério, na Congregação diocesana das Missões Apostólicas. Afonso iniciou a evangelização e catequese entre os estratos inferiores da sociedade napolitana, a quem gostava de pregar e instruía nas verdades fundamentais da fé. Muitas dessas pessoas, pobres e modestas, às quais se dirigiu, frequentemente se dedicavam aos vícios e a operações criminosas. Pacientemente, ensinava-as a orar, incentivando-as a melhorar a sua maneira de viver. Afonso obteve excelentes resultados: no bairro mais miserável da cidade, multiplicavam-se grupos de pessoas que, no final da tarde, se reuniam em casas particulares e nas oficinas, para rezar e meditar sobre a Palavra de Deus, sob a orientação de um catequista formado por Afonso e por outros sacerdotes, que visitavam regularmente esses grupos de fiéis. Quando, a pedido do arcebispo de Nápoles, estas reuniões começaram a ser realizadas nas capelas da cidade, receberam o nome de "capelas noturnas". Isso foi uma verdadeira e apropriada fonte de educação moral, de reparação social, de ajuda mútua entre os pobres: ele pôs termo aos roubos, duelos, prostituição, até quase desaparecerem.

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SOLIDARIEDADE NA MISSÃO Afonso Tremba em Manaus

O nosso confrade José Afonso Tremba, C.Ss.R. partiu neste final de março para missão na Vice-Província de Manaus. Padre Afonso que tem uma atuação muito grande nos vários serviços da URB (União dos Redentoristas do Brasil) pregando retiros em várias unidades e assessorando encontros, agora estará servindo a missão Redentorista em Manaus. No espírito da solidariedade que diz: “Reestruturação para missão requer uma associação entre as Unidades, sempre buscando um caminho comum a percorrer”[1], Padre Afonso soma-se ao Padre Edson Ulanowicz, que há três anos atua na Vice-Província de Manaus. Agora a Província de Campo Grande conta com dois confrades nesta unidade da Amazônia.

Embora a Província de Campo Grande seja pequena e tem muitas urgências, busca ‘dar de nossa pobreza’ (Puebla 368), entrando no espírito da reestruturação e solidariedade tão pedida no XXIV Capítulo Geral. Hoje estão atuando, no espírito da solidariedade os seguintes confrades da Província de Campo Grande: Edson Ulanowicz e Afonso Tremba em Manaus, Charles Coury no Líbano, Alfeo Prandel na Academia Afonsiana, e uma comunidade em Newark atendendo os brasileiros imigrantes (Clemente Krug, Celso Júnior, Geraldo Oberle e Karl Esker). Lembramos ainda que Man Y Lee atuou por 20 anos na missão da Coréia que está retornando para o Brasil. E também Jorge Tarachuque está se preparando para missão no Suriname. Obrigado Afonso pela tua disponibilidade em servir!

Pe. Joaquim Parron, C.Ss.R.

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Secretariado Vocacional

2º. Artigo sobre

ANIMAÇÃO VOCACIONAL Para tempos difíceis e exigentes

Juan Carlos Martos, CMF Ave-Maria Editora

SP-2010 ANIMAÇÃO VOCACIONAL

(Para tempos difíceis e exigentes- Juan Carlos Martos, cmf – Ave Maria Editora – resumo – continuação) Antes de dar continuidade ao resumo da obra, gostaria destacar alguns pontos da mensagem do Papa Bento XVI para a 48ª Jornada Mundial de Oração pelas Vocações a ser celebrada no dia 15 de maio, na qual afirma que todo católico está chamado a promover as vocações na Igreja. “Especialmente em nosso tempo, no qual a voz do Senhor parece ser abafada por outras vozes e a proposta de segui-lo, entregando a própria vida, pode parecer demasiado difícil, toda comunidade cristã, todo fiel deveria assumir conscientemente o compromisso de promover as vocações”, afirma o Papa. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada, prossegue, “são primordialmente fruto de um constante contato com o Deus vivo e de uma insistente oração que se eleva ao Senhor da messe tanto nas comunidades paroquiais, como nas famílias cristãs e nos cenáculos vocacionais”. A proposta que Jesus faz a quem disse: ‘Segue-me’ é árdua e exultante: convida a entrar em sua amizade, a escutar sua Palavra e a viver com Ele, ensina a entrega total a Deus e à difusão de seu Reino segundo a lei do Evangelho”. Juan Carlos Martos, no que se refere à mensagem vocacional (final do capítulo 2), lembra que não podemos transmitir qualquer coisa, correndo o perigo de falsificar ou de mutilar a Palavra. O que devemos comunicar é a Palavra, sem querer modificá-la, pois toda a Pastoral Vocacional deve se sustentar sobre a Palavra de Deus. Quem são os destinatários? Os que já são crentes e os que ainda não escutaram a Palavra ou não responderam a ela. O autor insiste na importância da linguagem, que deve ser simples e compreendida. No que tange à mística, quer nos lembrar que “vocação” significa “chamado”. Ele afirma que um dos problemas de nossa cultura antivocacional e

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crises vocacionais situa-se em torno das falsas imagens de Deus, por isso a Pastoral Vocacional deve esclarecer e depurar sua pedagogia sobre a imagem de Deus, para que o jovem não corra o risco de substituí-lo por ídolos, mas que escute a Deus procure cumprir sua vontade, carregando a cruz que é inerente ao chamado. “A vocação não consiste em que a pessoa descubra, alcance e se aposse de Deus; ao contrário, é Ele que baixa e se rebaixa, aproximando-se até poder alcançá-la, lá onde ela se encontra.

O acompanhamento vocacional que a pastoral faz procura derrubar todas essas muralhas e torres construídas por mãos humanas para possibilitar a condescendência de Deus”. Deus chama. A pessoa escuta e responde ao chamado. A resposta está contida no ato de fé. A autêntica opção vocacional, segundo o autor, é, antes de tudo, expressão da abertura e da adesão crente. “Sem o chamado de Deus, não se pode dar uma pastoral vocacional. Sem Deus não se pode ser fiel a Deus”. Ele deve ser o centro da PV, a qual deve favorecer a criação de silêncio para a escuta, para que a pessoa possa dizer: “Eis-me aqui”. “Fazer PV significa silenciar tudo e calar-se para que Deus fale”.

Pe. Antonio Carlos de Mello, CSsR

Londrina-PR

Ainda que o contexto social e religioso da época de Santo Afonso tenha sido muito diferente do nosso, as "capelas noturnas" são um modelo de atividade missionária e também podem inspirar-nos hoje para uma "nova evangelização", em especial dos mais pobres, e para construir uma convivência humana mais justa e fraterna. Aos sacerdotes foi confiado o dever de ministério espiritual, enquanto os leigos bem formados podem ser eficazes animadores cristãos, verdadeiro fermento evangélico dentro da sociedade. Depois de ter pensando em ir evangelizar os povos pagãos, Afonso, aos 35 anos, entrou em contato com agricultores e pastores das regiões interiores do Reino de Nápoles e, estupefato pelo seu desconhecimento da religião e o estado de abandono em que se encontravam, decidiu deixar a capital e dedicar-se a essas pessoas, que eram pobres espiritual e materialmente. Em 1732, fundou a Congregação Religiosa do Santíssimo Redentor, que ficou sob a tutela de Dom Tommaso Falcoia e da qual se tornou superior. Estes religiosos, dirigidos por Afonso, foram autênticos missionários itinerantes, chegaram até as aldeias mais remotas, exortando à conversão e à perseverança na vida cristã, sobretudo através da oração. Ainda hoje, os Redentoristas, espalhados por muitos países do mundo, com novas formas de apostolado, continuam esta missão de evangelização. Penso neles com o reconhecimento, exortando-os a ser sempre fiéis ao exemplo de seu Santo Fundador.

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Espiritualidade

A CENTRALIDADE DE NOSSA FÉ É A PESSOA DE

JESUS CRISTO

A centralidade de nossa fé é a pessoa de Jesus Cristo. Essa afirmativa nos coloca o tempo todo na dinâmica do seguimento do Redentor. Uma vez que abraçamos a fé, não nos convém agir de outro modo que não seja o modo de viver e agir de Cristo. Jesus na sua vida terrena ensinou muitas coisas e o que Ele ensinou Ele viveu com maestria no seu cotidiano. Ao fazer a vontade de Deus Ele nos interpela a também fazer a mesma coisa. Em tudo Cristo assumiu até as últimas conseqüência ensinando-nos com isso a também viver a radicalidade de nossa vocação.

Hoje somos convidados a ouvir a voz do mestre que nos diz “aprendei de mim” (Mt 11,29). Precisamos cotidianamente aprender de Jesus, aprender a amar, a doar-se, a envolver-se com o plano de redenção. A forma mais eficaz de aprendizado é ter intimidade com Ele, na oração, na contemplação e no exercício de leituras que movimente em nós o conhecimento de Deus. A chamada formação inicial consiste em “colocar os fundamentos da caminhada, os marcos orientadores dos passos a serem dados”. Neste sentido a formação deve suscitar no jovem a busca do conhecimento através dos estudos científicos, fornecer elementos básicos da fé, fortalecer o primeiro amor através da vida de oração e da vivencia saudável em comunidade. O ambiente formativo deve ser um espaço harmônico onde os dons se manifestam e encontram abrigo para gerar frutos.

A formação permanente “é o esforço continuado de quem não cruza os braços e se dá por satisfeito com os passos consolidados”. Por isso todo religioso deve estar em constante formação, pois a busca pelo conhecimento não pode parar. Em nosso processo formativo deve imperar o aprender de Jesus, pois ao aprender D’ele estamos caminhando na fidelidade do segmento. O aprender de Jesus deve ser processo que abarca a vida inteira do religioso. Jesus é Mestre é o “modelo de referência do processo formativo, no âmbito da fé crista”. Qualquer outro modelo que não seja a pessoa de Jesus Cristo não faz sentido para quem busca a vida religiosa. Colocar a confiança nas coisas do mundo, nas forças puramente humanas são atitudes contrárias a vontade de Deus. Agindo assim o religioso assumirá uma atitude de anti-testemunho do reino.

O ser humano é chamado a amar! O religioso de forma ainda mais estreita tem a responsabilidade de expandir o amor ao seu redor. Quem ama consegue diminuir a dor e o mal no mundo. Vamos então dedicar então um tempo para nossa formação pessoal, para que não se perca o brilho do “primeiro amor”.

Pe. Celso Cruz Curitiba-Pr

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“VINDE E VEREIS” (Jo 1,39) A vocação vivida com entusiasmo é sempre uma boa notícia e se torna um convite a muitos: “Vinde e vereis” (Jo 1, 39). Não se trata só de informar e iluminar. Trata-se, sobre tudo, de “testemunhar e manifestar “a beleza da entrega total de si mesmo à causa do Evangelho” (VC 64), de uma vida toda para o Senhor. “Vinde e vereis” é a regra de ouro do cuidado pastoral das vocações (VC 64). É a melhor propaganda vocacional. O exemplo da própria vida - disse o Concílio - é a melhor recomendação do próprio Instituto e um convite a abraçar a Vida Religiosa (PC 24). Olhando para os consagrados e suas vidas, os jovens poderão compreender bem o chamado que Jesus não cessará de fazer ressoar mo meio deles. O animador das vocações é, em muitos casos, o primeiro mediador entre Jesus que chama e o chamado. Esta delicada vocação/missão que recebeu exige, em primeiro lugar, que tenha consciência de ter optado ele mesmo por Jesus, ou melhor, a consciência de que Jesus optou por ele: “Não fostes vós que me escolhestes, mas sim eu que vos escolhi” (Jo 15,16). Exige do animador uma clara consciência do chamado/eleição por parte de Jesus para compartilhar a mesma vida e missão e que agora o envia, por mediação, para que outros participem também dessa missão. Neste sentido, não podemos esquecer que nossa missão de animadores das vocações passa necessariamente por ser testemunhas da obra que Deus realizou e segue realizando em nós. O animador é também mediador privilegiado entre a Congregação que acolhe e o candidato que pede para ser acolhido. Geralmente, o animador e, no caso de comunidades redentoristas, o confrade é o primeiro redentorista que o candidato encontra. Esta missão com que foi agraciado exige um claro sentido de pertença à Congregação e um compromisso sério para viver os elementos essenciais da forma de vida redentorista. “Sua tarefa consiste em caminhar com outros, sendo testemunha ativa de seu crescimento como pessoas e como crentes”8. O autor afirma o animador deve ter a consciência da mediação. Sua característica essencial é ser ponte para que o acompanhado chegue a Cristo. O equipamento do Acompanhante, segundo Juan Carlos Martos, CMF:

Maturidade humana para a relação pessoal com os outros, respeitando o protagonismo do acompanhado. Destacam-se certas qualidades:

* A escuta em profundidade para compreender. * O não julgamento e a benevolência. * A fé na outra pessoa. * A empatia na diferença.

8 Martos, Juan Carlos, CMF. Animação Vocacional, Ave Maria, SP,2010.

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* O respeito a sua liberdade. * A autenticidade * A simpatia e inclusive o afeto Tudo isso requer diversas atitudes:

Ser crente adulto a caminho: A sabedoria do acompanhante não é um depósito estanque, mas sim uma vida lúcida e em transformação. Só quando ele mesmo vive uma verdadeira experiência de Deus lhe é possível sintonizar com os movimentos do Espírito no acompanhado. Os conhecimentos teológicos são importantes, mas são insuficientes se a pessoa que acompanha a outra não mantém viva aquela sensibilidade espiritual que é sintoma de maturidade cristã. Não significa que o acompanhante alcance níveis elevados de vida espiritual, mas que encontre meios e tempo para se dedicar à oração.

Ter clara consciência vocacional de tal ministério vocacional. Não se trata só de ser perito em técnicas. Trata-se de sentir-se “investido” e possuído por essa vocação de serviço com a consciência de ser chamado por Jesus para esse ministério. É importante que seja um homem de oração.

É importante que o acompanhante seja também acompanhado. Deve reconhecer suas limitações e estar consciente de que presta um

serviço “em vasos de barro” (2Cor 4,7). Percebendo seus limites, entende que necessita de ajuda, capacitação e adestramento permanente para exercer bem o seu ministério.

Deve “saber desaparecer”. “Importa que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30). O objetivo é que Cristo vá crescendo.

O acompanhamento não é terapia e nem o acompanhante é um terapeuta, mas deve ser feito tudo profissionalmente na medida em conhece em profundidade um método e vive com alegria. Não se deve esquecer: “Manter a tensão entre aproximação e respeito”. Possuir intuição espiritual. Algo que pressupõe experiência,

aprendizagem paciente, sabedoria adquirida na prática. Aprofundada fé e certo nível teológico.

“Contar com determinadas destrezas e habilidades práticas”. Uma delas é saber concentrar-se na pessoa acompanhada desde as “atitudes” já indicadas que possibilitam um crescimento e amadurecimento...

“Gozar de certa autoridade espiritual”, como carisma consolidado.

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“Ser entendido no discernimento espiritual”. Saber o que acontece no outro, ser capaz de ver os significados espirituais sob a sua melhor ou pior formulação.

Resumo: MARTOS, Juan Carlos Martos, CMF. Animação Vocacional para tempos difíceis e exigentes. Ed. Ave Maria. SP. 2010 (cap. 4)

Pe. Antonio Carlos de Mello, CSsR Londrina-PR

Apreciado pela sua bondade e seu zelo pastoral, em 1762 Afonso foi nomeado bispo de 'Sant'Agata dei Goti', ministério que deixou em 1775 por causa das doenças que sofria, por concessão do Papa Pio VI. O próprio Pontífice, em 1787, ao receber a notícia de sua morte, que ocorreu com muito sofrimento, exclamou: "Era um santo!". E ele estava certo: Afonso foi canonizado em 1839 e, em 1871, foi declarado Doutor da Igreja. Este título lhe foi concedido por muitas razões. Primeiro, ele propôs um rico ensinamento de teologia moral, que expressa adequadamente a doutrina católica, a ponto de ser proclamado pelo Papa Pio XII como "padroeiro de todos os confessores e moralistas". Em sua época, difundiu-se uma interpretação muito rígida da vida moral, talvez por causa da mentalidade jansenista, que, ao invés de alimentar a confiança e a esperança na misericórdia de Deus, fomentava o medo e apresentava um rosto de Deus severo e rígido, muito longe do revelado por Jesus. Santo Afonso, especialmente em sua principal obra, intitulada "Teologia Moral", propõe uma síntese equilibrada e convincente entre as exigências da lei de Deus, gravada em nossos corações, revelada plenamente por Cristo e interpretada com autoridade pela Igreja, e os dinamismos da consciência e da liberdade do homem, que, na adesão à verdade e ao bem, permitem a maturação e realização pessoal. Aos pastores de almas e confessores, Afonso recomendava que fossem fiéis à doutrina moral católica, assumindo, ao mesmo tempo, uma atitude caritativa, compreensiva, doce, para que os penitentes se sentissem acompanhados, apoiados e incentivados em sua jornada de fé e de vida cristã. Santo Afonso não se cansava de dizer que os padres são um sinal visível da infinita misericórdia de Deus, que perdoa e ilumina a mente e o coração do pecador, para que se converta e mude de vida. Na nossa época, na qual são claros os sinais de perda da consciência moral e - deve ser admitido - certa falta de apreço pelo Sacramento da Confissão, o ensinamento de Santo Afonso é ainda muito atual.

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Mensagem aos amigos de formação

O QUE NOS É ESSENCIAL: A ORAÇÃO.

Como é de praxe o noviço escrever para os postulantes, cá estou escrevendo a vocês... Pensei em muitas maneiras de escrever esta carta como motivação, falando o quão bom e instrutivo é estar no noviciado; ou ainda, exortando à perseverança. Porém, decidi escrever sobre um assunto que nos é essencial: a oração. Nunca esqueçam a Espiritualidade; como um dia eu fiz (infelizmente). No Período da filosofia somos levados a um deserto interior. Em que cercados enxergamos apenas o nada que existe em nós mesmos. Isso é a aridez que desola e seca por dentro.

Tira-nos a vitalidade e o ânimo e, até a alegria. Sei disso, pois passei por

um longo período de aridez (e ainda não sei dizer se o superei). Contudo, meus amigos; os convido a lembrar a passagem em que os apóstolos e Jesus estão no barco, e o Mestre está dormindo (Mt 8, 23-27). O mar está revolto e o vento corta a pele. Assim como eles, estamos em alto-mar, e a tempestade da vida é violenta. Pensamos estar sozinhos e perdidos, mas não. Deus está ali dormindo. Na realidade ele espera ser acordado por nós, espera o nosso pedido. E quando estivermos na tribulação, na solidão, na tristeza, quando acreditamos que a tempestade nos derrubará acordemos este Jesus!!! Pois acordado, Ele se levantará, e fará o mar se acalmar e o vento cessar, e só existirá uma leve brisa, que conduzirá o nosso barco. E nessa calmaria, meus caros, Jesus se sentará ao nosso lado, e falará, dará risada e conversará conosco.

Deus está presente na brisa!!! Talvez vocês não passem por essa aridez.

Entretanto, a tribulação, as crises, e as tristezas poderão abater; No entanto, é a oração o meio de acordar a esse Jesus que dorme e tudo pode resolver e acalmar. Ah! A vida não é só tristeza! Mas, somos cristãos e assumimos este Jesus nos dispomos então a sermos provados no fogo. Aos pré-noviços: dou-lhes um conselho: tenham confiança no Senhor. Se Ele está com vocês tudo está bem! Por que ninguém pode nos separar do seu amor. Nem mesmo o TCC, as dúvidas e as crises. Nada!

E por fim uma confissão: Deus sabe quanto eu queria estar com todos vocês. Abraçar a cada um e desejar do fundo do meu coração: toda a sorte do mundo; dizer que sinto Deus em vocês; e que o sol não se põe, antes da minha prece a vocês. E nos dias de aflição e solidão, pedir para que se lembrem: que há um Deus que nos olha com um eterno amor, que nossa Mãe Maria nos carrega no colo e que há este amigo que mesmo longe estará sempre unido a vocês por meio da oração.

Abraços com minhas orações... Saudosamente,

Fernando Noviço 2011/2012

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Junto às obras de teologia, Santo Afonso compôs muitos outros escritos, destinados à formação religiosa do povo. Seu estilo é simples e agradável. Lidas e traduzidas em várias línguas, as obras de Santo Afonso contribuíram para moldar a espiritualidade popular nos últimos dois séculos. Alguns desses textos oferecem grandes benefícios, ainda hoje, tais como "Máximas eternas", "As glórias de Maria", "A prática do amor a Jesus Cristo", obra - esta última - que representa a síntese do seu pensamento e sua obra-prima. Insiste muito na necessidade da oração, que permite abrir-se à graça divina para cumprir cotidianamente a vontade de Deus e obter a própria santificação. Com relação à oração, escreve: "Deus não nega a ninguém a graça da oração, com a qual se obtém a ajuda para vencer toda concupiscência e toda tentação. E digo, replico e replicarei sempre, durante toda a minha vida, que toda a nossa salvação está em rezar". Daí seu famoso axioma: "Quem reza se salva", de "Do Grande Meio da Oração e opúsculos afins" (Obras Ascéticas II, Roma, 1962, p. 171). Vem à minha mente, a propósito disso, a exortação do meu predecessor, o Venerável Servo de Deus João Paulo II: "As nossas comunidades cristãs devem tornar-se autênticas 'escolas de oração' (...). É preciso, portanto, que a educação na oração de alguma forma se torne um ponto determinante de toda a programação pastoral" (Carta Apostólica 'Novo Millennio Ineunte', 33 e 34).

Entre as formas de oração fortemente recomendadas por Santo Afonso, destaca-se a visita ao Santíssimo Sacramento ou, como dizemos hoje, a adoração, curta ou longa, pessoal ou comunitária, diante da Eucaristia. "Certamente - escreve Afonso -, entre todas as devoções, esta de adorar Jesus sacramentado é precisamente, depois dos sacramentos, a mais querida por Deus e a mais útil para nós. (...) Oh! Que belo é estar na frente de um altar com fé (...), apresentando nossas necessidades, como faz um amigo a outro, em quem confia totalmente!" ("Visitas ao Santíssimo Sacramento, a Nossa Senhora e a São José para cada dia do mês". Introdução). A espiritualidade de Afonso é, de fato, eminentemente cristológica, centrada em Cristo e em seu Evangelho. A meditação sobre o mistério da Encarnação e da Paixão do Senhor muitas vezes é o tema de sua pregação. Nestes eventos, a Redenção é oferecida a todos os homens "copiosamente". E justamente porque é cristológica, a piedade afonsiana é também eminentemente mariana. Muito devoto a Maria, Afonso ilustra o seu papel na história da salvação: sócia da Redenção e mediadora da graça, mãe, advogada e rainha. Além disso, Santo Afonso diz que a devoção a Maria nos confortará no momento da nossa morte. Ele acreditava que meditar sobre o nosso destino eterno, sobre o nosso chamado a participar para sempre da bem-aventurança de Deus, assim como a possibilidade trágica da condenação, ajuda a viver com serenidade e compromisso, e a enfrentar a realidade da morte mantendo sempre a confiança na bondade de Deus.

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Fonte: http://scalanews.com/scala/pope/scalaPortuguese.html

ANIVERSARIANTES DO MÊS

07 - Miguel Lundy 09 - Wilson Marques Dias 11 – Alexandre 19 - Clemente / Francisco Santos Lima / Roberto / Vicente 20 - Reginaldo 27 - Wilson Moraes

Parabéns a todos!!!

Santo Afonso Maria de Ligório é um exemplo de pastor zeloso, que conquistou as almas pregando o Evangelho e administrando os sacramentos, combinados com uma maneira de fazer baseada em uma bondade humilde e suave, que nascia de uma relação intensa com Deus, que é a Bondade infinita. Ele teve uma visão realista e otimista dos recursos do bem que o Senhor dá a cada homem e deu importância aos afetos e aos sentimentos do coração, além a mente, para poder amar a Deus e ao próximo.

Em conclusão, eu gostaria de recordar que o nosso santo, à semelhança de São Francisco de Sales, de que falei há algumas semanas, insiste em que a santidade é acessível a todos os cristãos: "O religioso por religioso, o leigo por leigo, o sacerdote por sacerdote, o casado por casado, o comerciante por comerciante, o soldado por soldado, e assim falando em todos os estados" ("A prática do amor a Jesus Cristo". Obras Ascéticas I, Roma, 1933, p. 79). Agradeçamos ao Senhor que, na sua providência, suscita santos e doutores em diferentes épocas e lugares, que falam a mesma linguagem para nos convidar-nos a crescer na fé e a viver com amor e alegria o nosso ser cristãos nas ações simples de todos os dias, para caminhar na via da santidade, no caminho rumo a Deus e à verdadeira alegria.

Obrigado.