Colégio Militar 2013 (Gabarito Comentado)

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COLÉGIO MILITAR = 2012 / 2013 (GABARITO COMENTADO) PORTUGUÊS Oλιμπιαδα O povo grego considerava os grandes Jogos Pan-Helênicos como os acontecimentos religiosos centrais da vida nacional. Os nomes dos vencedores eram inseridos em documentos oficiais e nestes se fundamentava a cronologia grega. Assim, cada Olimpíada se realizava (porque eram quatro os jogos nacionais) de quatro em quatro anos. Diga-se, de passagem, que as estátuas dos vencedores ornamentavam não apenas os locais da competição, mas ainda as praças públicas de suas respectivas cidades. BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia grega. Vol. III. Petrópolis: Vozes, 1987. p. 45-46 (adaptado) Esportes espontâneos Não sei muita coisa a respeito de judô. Sempre me pareceu que uma luta de judô consiste em um tentando desarrumar o pijama do outro. Mas uma coisa me surpreendeu, vendo o judô das olimpíadas na TV: como judoca é emotivo. Têm-se visto manifestações de sensibilidade em outras modalidades, claro. Todo mundo se emociona na vitória ou na derrota, na hora das medalhas e na hora dos hinos. Mas você imaginaria que judocas fossem pessoas duronas, que soubessem conter suas emoções. O simples fato de o puxa-puxa das suas lutas não desandar em brigas de rua, com pontapés e ofensas à mãe (pelo contrário, nada mais civilizado do que as formalidades entre os lutadores antes e depois das lutas), seria uma prova de controle absoluto. Mas não, judocas choram quando ganham e choram quando perdem. O que não deixa de ser muito simpático. Sempre achei que as olimpíadas se tornariam mais simpáticas se incluíssem o que se poderia chamar de esportes espontâneos. Por exemplo: queda de braço e bolinha de gude. A incorporação destas modalidades populares favoreceria países sem tradição olímpica, que nunca competem nos esportes nobres, mas poderiam muito bem mandar uma delegação vencedora de jogadores de pauzinho (também conhecido como, desculpe, porrinha). Qualquer freqüentador de bar brasileiro conhece o jogo de pega-bolacha, que consiste em empilhar bolachas de chope na borda da mesa, mandá-las para o alto com um golpe e tentar agarrá-las no ar. Duvido que o Brasil encontrasse adversário à sua altura numa competição de pega-bolacha. Há esportes espontâneos com uma longa história que quem praticou em criança nunca esquece, como bater figurinha. Com alguns meses de treinamento, qualquer adulto pode recuperar sua habilidade em bater figurinha e ir para os Jogos. Outras modalidades: embaixada com laranja ou qualquer outra coisa esférica; tiro ao alvo com bodoque; arremesso de invólucro de canudo soprando o canudo; par ou ímpar. Etc., etc. E não vamos nem falar nos vários jogos de cartas, como truco, nos quais nossas chances de ganhar o ouro seriam grandes. Talvez houvesse alguma dificuldade em acordar a delegação do pôquer para o desfile inaugural, e imbuir todo mundo do espírito olímpico, mas fora isso... VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo, Rio de Janeiro, 05/08/2012. 1º Caderno. p. 19 (adaptado) 01) De acordo com o texto, o sentido de “esportes espontâneos” define-se por A) competições informais e sem rivalidades.

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  • COLGIO MILITAR = 2012 / 2013 (GABARITO COMENTADO)

    PORTUGUS Opipipipi

    O povo grego considerava os grandes Jogos Pan-Helnicos como os acontecimentos religiosos centrais da vida nacional. Os nomes dos vencedores eram inseridos em documentos oficiais e nestes se fundamentava a cronologia grega. Assim, cada Olimpada se realizava (porque eram quatro os jogos nacionais) de quatro em quatro anos. Diga-se, de passagem, que as esttuas dos vencedores ornamentavam no apenas os locais da competio, mas ainda as praas pblicas de suas respectivas cidades.

    BRANDO, Junito de Souza. Mitologia grega. Vol. III. Petrpolis: Vozes, 1987. p. 45-46 (adaptado)

    Esportes espontneos

    No sei muita coisa a respeito de jud. Sempre me pareceu que uma luta de jud consiste em um tentando desarrumar o pijama do outro. Mas uma coisa me surpreendeu, vendo o jud das olimpadas na TV: como judoca emotivo. Tm-se visto manifestaes de sensibilidade em outras modalidades, claro. Todo mundo se emociona na vitria ou na derrota, na hora das medalhas e na hora dos hinos. Mas voc imaginaria que judocas fossem pessoas duronas, que soubessem conter suas emoes. O simples fato de o puxa-puxa das suas lutas no desandar em brigas de rua, com pontaps e ofensas me (pelo contrrio, nada mais civilizado do que as formalidades entre os lutadores antes e depois das lutas), seria uma prova de controle absoluto. Mas no, judocas choram quando ganham e choram quando perdem. O que no deixa de ser muito simptico.

    Sempre achei que as olimpadas se tornariam mais simpticas se inclussem o que se poderia chamar de esportes espontneos. Por exemplo: queda de brao e bolinha de gude. A incorporao destas modalidades populares favoreceria pases sem tradio olmpica, que nunca competem nos esportes nobres, mas poderiam muito bem mandar uma delegao vencedora de jogadores de pauzinho (tambm conhecido como, desculpe, porrinha).

    Qualquer freqentador de bar brasileiro conhece o jogo de pega-bolacha, que consiste em empilhar bolachas de chope na borda da mesa, mand-las para o alto com um golpe e tentar agarr-las no ar. Duvido que o Brasil encontrasse adversrio sua altura numa competio de pega-bolacha.

    H esportes espontneos com uma longa histria que quem praticou em criana nunca esquece, como bater figurinha. Com alguns meses de treinamento, qualquer adulto pode recuperar sua habilidade em bater figurinha e ir para os Jogos.

    Outras modalidades: embaixada com laranja ou qualquer outra coisa esfrica; tiro ao alvo com bodoque; arremesso de invlucro de canudo soprando o canudo; par ou mpar. Etc., etc.

    E no vamos nem falar nos vrios jogos de cartas, como truco, nos quais nossas chances de ganhar o ouro seriam grandes. Talvez houvesse alguma dificuldade em acordar a delegao do pquer para o desfile inaugural, e imbuir todo mundo do esprito olmpico, mas fora isso...

    VERSSIMO, Luis Fernando. O Globo, Rio de Janeiro, 05/08/2012. 1 Caderno. p. 19 (adaptado)

    01) De acordo com o texto, o sentido de esportes espontneos define-se por A) competies informais e sem rivalidades.

  • B) disputas coletivas de adversidade acirrada. C) jogos sem regulamento e premiao barata. D) atividades ldicas e de aspecto gratuito. E) prticas sem regras e de tradio infantil. RESOLUO O autor nomeia de esportes espontneos brincos como pega-bolacha, bater figurinha, tiro ao alvo com bodoque e queda de brao atividades ligadas ideia de simples jogos ou brinquedos(ldicos) e que no necessitam de verbas para a realizao. GABARITO: D

    02) O conceito segundo o qual judoca emotivo justifica-se porque, na concepo do autor, A) os atletas no transformaram as lutas em disputas pessoais. B) o resultado da competio conduz a reaes de sensibilidade. C) os lutadores obedecem a um cerimonial ao entrar no tatame. D) as disputas so acompanhadas da reao emocionada das mes. E) medalhas e hinos condicionam a euforia dos judocas olmpicos. RESOLUO Questo cuja resposta fica clara quando lermos o que o escritor escreve ainda no 1 pargrafo:Mas no, judocas choram quando ganham e choram quando perdem. O choro, naturalmente, a expresso ou manifestao de sensibilidade. GABARITO: B

    03) No perodo Com alguns meses de treinamento, qualquer adulto pode recuperar sua habilidade em bater figurinha (linhas 20-21), a passagem destacada corresponde noo adverbial de A) comparao. B) conformidade. C) condio. D) conseqncia. E) finalidade. RESOLUO Observemos que alguns meses de treinamento uma exigncia imposta para que algo acontea o adulto recuperar a habilidade de bater figurinha, ou seja, uma expresso circunstancial de condio. GABARITO: C

    04) Sempre achei que as olimpadas se tornariam mais simpticas se inclussem o que se poderia chamar de esportes espontneos. (linhas 10-11) Nesse perodo, o termo destacado constitui-se em um elemento de coeso morfologicamente equivalente ao que ocorre em A) Mas voc imaginaria que judocas fossem pessoas duronas. (linha 5) B) nada mais civilizado do que as formalidades entre os lutadores antes e depois das lutas. (linhas 7-8) C) judocas choram quando ganham e choram quando perdem. O que no deixa de ser muito simptico. (linhas 8-9) D) A incorporao destas modalidades populares favoreceria pases sem tradio olmpica, que nunca competem nos esportes nobres. (linhas 11-13) E) H esportes espontneos com uma longa histria que quem praticou em criana nunca esquece. (linhas 19-20) RESOLUO Em Sempre achei que as Olimpadas se tornariam mais simpticas se inclussem o que se poderia chamar de esportes espontneos, a palavra que introduz uma orao subordinada substantiva objetiva direta completa o sentido do verbo achar; trata-se, portanto, de uma conjuno integrante, mesma estrutura presente na assertiva a Mas voc imaginaria que judocas fossem pessoas duronas, em que podemos observar o que introduzir um objeto oracional, completando o sentido do verbo transitivo direto imaginar. GABARITO: A

    Luis Fernando Verssimo comenta com humor os jogos olmpicos modernos. Raul Pompeia, escritor brasileiro do final do sculo XIX, tambm registrou a impresso produzida pela prtica do esporte, introduzida nas escolas brasileiras a partir de 1851. No romance O Ateneu, de 1888, ele assim descreve uma apresentao de ginastas:

  • Captulo 1

    Diante das fileiras, Bataillard, o professor de ginstica, exultava, envergando a altivez do seu sucesso na extremada elegncia do talhe, multiplicando por milagroso desdobramento o compndio inteiro da capacidade profissional, exibida em galeria por uma srie infinita de atitudes. Ao peito tilintavam-lhe as agulhetas do comando, apensas de cordes vermelhos em trana. Ele dava as ordens fortemente, com uma vibrao penetrante de corneta que dominava distncia, e sorria docilidade mecnica dos rapazes. Acabadas as evolues, apresentaram-se os exerccios. Msculos do brao, msculos do tronco, tendes dos jarretes, a teoria toda do corpore sano foi praticada valentemente ali, precisamente, com a simultaneidade exata das extensas mquinas. Houve aps o assalto aos aparelhos. Os aparelhos alinhavam se a uma banda do campo, a comear do palanque da regente. No posso dar idia do deslumbramento que me ficou dessa parte. Uma desordem de contores, deslocadas e atrevidas; uma vertigem de volteios barra fixa, temeridades acrobticas ao trapzio, s perchas, s cordas, s escadas; pirmides humanas sobre as paralelas, deformando-se para os lados em curvas de braos e ostentaes vigorosas do trax; formas de estaturia viva, trmulas de esforo, deixando adivinhar de longe o estalido dos ossos desarticulados; posturas de transfigurao sobre invisvel apoio; aqui e ali uma cabecinha loura, cabelos em desordem cacheados testa, um rosto injetado pela inverso do corpo, lbios entreabertos ofegando, olhos semicerrados para escapar areia dos sapatos, costas de suor, colando a blusa em pasta, gorros sem dono que caam do alto e juncavam a terra; movimento, entusiasmo por toda a parte e a soalheira, branca nos uniformes, queimando os ltimos fogos da glria diurna sobre aquele triunfo espetaculoso da sade, da fora, da mocidade. O professor Bataillard, enrubescido de agitao, rouco de comandar, chorava de prazer. Abraava os rapazes indistintamente. Duas bandas militares revezavam-se ativamente, comunicando a animao massa dos espectadores. O corao pulava-me no peito com um alvoroo novo, que me arrastava para o meio dos alunos, numa leva ardente de fraternidade. Eu batia palmas; gritos escapavam-me, de que me arrependia quando algum me olhava.

    POMPEIA, Raul. O Ateneu. 4 ed. So Paulo: Moderna, 2004. p. 23-24 (adaptado)

    Glossrio: corpore sano: do latim, significa corpo so, isto , saudvel (da expresso mens sana in corpore sano: mente s, corpo so).

    05) Docilidade mecnica dos rapazes (linha 6) e simultaneidade exata das extensas mquinas (linha 9) so duas expresses que refletem uma concepo da atividade esportiva marcada por A) intolerncia ao cansao dos msculos. B) valorizao da repetio dos gestos. C) estudo atento da anatomia do corpo. D) cuidado com a manuteno da sade. E) eficincia condicionada disciplina. RESOLUO Em docilidade mecnica, podemos entender que os rapazes reproduzem nos detalhes o que o professor ordena, em atitude programada e sem reclamaes a est a disciplina, que se soma ideia de eficincia em simultaneidade exata o vocbulo em destaque ressalta a ausncia de equvocos, de falhas.

  • GABARITO: E

    06) A percepo do narrador diante da apresentao dos atletas indica que ele A) frgil e se distancia do desempenho dos demais jovens. B) reage com desconfiana e descrena s manobras esportivas. C) sente-se estimulado a repetir os feitos esportivos dos alunos. D) est maravilhado com movimento e a sincronia dos corpos. E) v no desempenho dos ginastas uma prtica anacrnica. RESOLUO No 3 pargrafo do texto, observemos a passagem: No posso dar ideia do deslumbramento que me fica dessa parte a parte comentada na fala do narrador equivale aos movimentos e sincronia dos corpos, elementos descritos por todo o pargrafo. GABARITO: D

    07) Na orao a teoria toda do corpore sano foi praticada valentemente ali (linha 8), a voz verbal equivale, na forma sinttica, que est expressa na seguinte passagem: A) Ao peito tilintavam-lhe as agulhetas do comando. (linha 4) B) Acabadas as evolues, apresentaram-se os exerccios. (linha 7) C) Duas bandas militares revezavam-se ativamente. (linha 23) D) O corao pulava-me no peito. (linha 24) E) gritos escapavam-me. (linha 26) RESOLUO Na orao A teoria toda do corpore sano foi praticada valentemente ali, observemos a locuo verbal foi praticada, construo tpica de voz passiva(o sujeito teoria sofre a ao verbal); a mesma anlise se repete na assertiva c, em que a voz passiva montada com o uso da partcula se(pronome apassivador do sujeito), configurando a voz passiva sinttica(na orao do enunciado, a voz passiva analtica). Cabe lembrar que a forma apresentaram-se os exerccios-passiva sinttica equivale os exerccios foram apresentados-passiva analtica. GABARITO: B

    08) O corao pulava-me no peito com um alvoroo novo uma passagem do ltimo pargrafo do fragmento lido. Nela, o pronome pessoal corresponde, semntica e sintaticamente, ao pronome que est em: A) Bataillard, o professor de ginstica, exultava, envergando a altivez de seu sucesso na extremada elegncia do talhe. (linhas 1-2) B) Ele dava as ordens fortemente, com uma vibrao penetrante de corneta. (linha 5) C) A teoria toda do corpore sano foi praticada valentemente ali. (linha 8) D) pirmides humanas sobre as paralelas, deformando-se para os lados em curvas de braos e ostentaes vigorosas do trax. (linhas 13-14) E) Duas bandas militares revezavam-se ativamente, comunicando a animao massa dos espectadores. (linhas 23-24) RESOLUO Em O corao pulava-me no peito com um alvoroo novo, o pronome oblquo me inserido a fim de destacar uma ideia de posse, ou seja, desenvolve o valor de um pronome possessivo(o corao pulava no meu peito com um alvoroo novo); por isso, ao relacionar-se com o substantivo peito, sintaticamente, deve ser classificado como adjunto adnominal. Tal configurao est presente na alternativa a Bataillard, o professor de ginstica, exultava, envergando a altivez de seu sucesso na extremada elegncia do talhe, em que o pronome seu(possessivo) caracteriza o substantivo sucesso. GABARITO: A

    No livro canes, de 1956, Ceclia Meireles transformou em versos seu encanto pelas Olimpadas. Um dos poemas de Jogos Olmpicos este:

    Equilibrista

    Alto, plido, vidente, caminhante do vazio, cujo solo suficiente um frgil, areo fio!

    Sem transigncia nenhuma,

  • experimentas teu passo, com levitaes de pluma e rigores de compasso.

    No mundo, jogam sorte, detrs de formosos muros, espera de tua morte e dos despojos futuros.

    E tu, cintilante louco, vais, entre a nuvem e o solo, s com teu ritmo to pouco! estrela no alto do plo.

    MEIRELES, Ceclia. Obra potica. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987. p. 586.

    09) O processo de descrio potica do equilibrista apresenta, na terceira estrofe, uma concepo que evidencia A) o jogo de interesses dos que exploram a sorte e o acaso no placar esportivo. B) o contraste entre a confiana do equilibrista e a malcia dos espectadores. C) a impacincia dos apostadores em relao ao resultado das competies. D) a existncia de platias violentas e intolerantes com os erros de um atleta. E) a primazia da sorte na apresentao do equilibrista, sujeito insegurana. RESOLUO Ao lermos a 3 estrofe, observamos uma crtica da autora queles que apostam que, em algum momento, o equilibrista ir falhar em sua apresentao( espera de tua morte / e dos despojos futuros), o que confronta a confiana que o equilibrista precisa ter para realizar suas aes. GABARITO: B

    10) No poema, a interlocuo um recurso expressivo que demonstra um ponto de vista do eu lrico caracterizado por A) dvida quanto concentrao do equilibrista. B) cumplicidade com a tcnica da levitao. C) provocao e estmulo arte do equilbrio. D) aproximao do objeto de seu encanto e admirao. E) transferncia da palavra para o equilibrista distante. RESOLUO A interlocuo (conversa entre duas ou mais pessoas), evidente na ltima estrofe (o eu lrico se dirige ao equilibrista, levando-o a participar do ato discursivo), apoiada no uso dos sintagmas cintilante louco e estrela, revela a exaltao do objeto de admirao do observador. GABARITO: D

    11) Em espera de tua morte (verso 11), a expresso sublinhada exerce a funo sinttica de A) complemento nominal. B) objeto indireto. C) objeto direto. D) objeto direto preposicionado. E) adjunto adnominal. RESOLUO Observemos que o sintagma de tua morte liga-se, sintaticamente, ao substantivo abstrato espera, completando a transitividade desse nome; logo, trata-se de um complemento nominal. GABARITO: A

    O livro Signo estrelado, de Joaquim Cardozo, publicado em 1960, apresenta tambm uma referncia s Olimpadas. O poeta pernambucano presta uma homenagem a um atleta olmpico: o saltador Ademar Ferreira.

    O salto tripartido

    Havia um arco projetado no solo

  • Para ser recomposto em trs curvas areas, Havia um vo abandonado no cho espera das asas de um pssaro;

    Havia trs pontos incertos na pista Que seriam contatos de ps instantneos. Trs jatos de fonte, contudo, ainda secos, Trs impulsos plantados querendo nascer.

    Era tudo assim expectativo e plano Tudo alm somente perspectivo e inerte; Quando Ademar Ferreira, com perfeio olmpica, Executou, em relevo, o mais alto, Em notas de arpejo Em ritmo imbico O tripartido salto.

    CARDOZO, Joaquim. Poesias completas. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1971. p. 108.

    12) O salto triplo que motiva a criao do poema adquire um significado expressivo porque, nele, o atleta A) corresponde s expectativas e rende homenagem ao autor. B) executa em ritmo de verso seu salto e causa inovao. C) reproduz as marcas histricas e d novo sentido perfeio. D) transforma em realidade um ato potencial e d ao salto arte e graa. E) desenha um arco imaginrio ao pular e desafia a inrcia do poeta. RESOLUO Ao dizer que Era tudo assim expectativo(que guarda expectativa) e plano/ tudo alm somente perspectivo e inerte(parado), o autor nos leva a um momento anterior ao salto o campo das possibilidades, o que se concretiza a seguir, com perfeio olmpica, com graa- observemos a ltima estrofe, em que os termos notas e ritmo estabelecem uma comparao entre o salto e o enlevo provocado pela msica. GABARITO: D

    13) O poema estrutura-se com imagens que aproximam elementos de sentidos contrastantes e complementares. A expresso jatos de fonte ainda secos (verso 7) encontra correspondncia semntica em A) trs curvas areas (verso 2) B) Um vo abandonado no cho (verso 3) C) contatos de ps instantneos (verso 6) D) com perfeio olmpica (verso 11) E) em notas de arpejo (verso 13) RESOLUO Ao mencionar a aproximao de elementos d sentidos contrastantes e complementares, o enunciado nos remete ao paradoxo figura de linguagem centrada em aparente incoerncia, que est tambm presente na assertiva a como pode o vo (algo em movimento areo) estar ainda abandonado no cho? GABARITO: B

    14) O termo destacado em Era tudo assim expectativo e plano / Tudo alm somente perspectivo e inerte (versos 9 e 10) apresenta um sentido potico produzido pela A) passagem do adjetivo para substantivo. B) substantivao das formas verbais. C) apropriao indevida na flexo nominal. D) utilizao do particpio como adjetivo. E) transformao do substantivo em adjetivo. RESOLUO O termo expectativo o resultado de um processo derivacional: o autor se volta ao substantivo expectativa e relaciona-o ao pronome tudo, a fim de caracteriz-lo, atuando sobre o gnero da palavra criando uma possibilidade masculina. GABARITO: E

  • Nas recentes Olimpadas de Londres, o Brasil terminou em 22 lugar no quadro de medalhas. Os atletas brasileiros conquistaram um total de 17 medalhas: 3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze. O resultado supera o de Pequim, em 2008. A tabela a seguir traz outros dados comparativos dos jogos de 2012.

    Folha de So Paulo, 13/08/2012. Caderno Esporte Londres 2012. p. D2 (adaptado)

    15) Comparando as informaes de atletas por equipe, populao e PIB (Produto Interno Bruto), no quadro acima, conclui-se que A) a boa colocao de pases pobres ou em desenvolvimento representa uma distoro da realidade. B) a 70 colocao do Brasil, tomando-se como critrio o Produto Interno Bruto, confirma o bom resultado do pas em Londres. C) a China confirma o nvel de aproveitamento de seus atletas, pois obteve o 4 lugar no aspecto atletas por medalha. D) por ter ficado em 68 lugar, quando o critrio milhes de habitantes por medalha, o Brasil demonstra ser um pas superpopuloso. E) a 2 posio da Jamaica, no ranking baseado em equipe, populao e PIB, nivela esse pas ao desempenho da China, 2 colocada no quadro de medalhas. RESOLUO Analisemos as assertivas: a) Falso: ao observarmos a classificao segundo o PIB, percebemos o quo pouco est direcionado aos pases pobres ou em desenvolvimento; b) Falso: ao observarmos o aspecto atletas por medalha, verificamos que o desempenho do Brasil ficou aqum do esperado; c) Correto: observemos que 1 em cada 4,4 atletas ganhou uma medalha. d) Falso: dados geogrficos comprovam que a populao brasileira est concentrada em algumas regies, existindo faixas territoriais pouco ocupadas; e) Falso: o candidato deve saber separar os aspectos contidos no quadro se os dois primeiros revelam o desempenho das equipes nos Jogos, os restantes apontam as condies scio-econmicas dos pases, o que desqualifica a comparao pretendida. GABARITO: C

    O basquete masculino do Brasil terminou os jogos olmpicos em 5 lugar. No confronto com a seleo russa, num jogo emocionante, perdeu na ltima cesta, de trs pontos, pelo placar de 75 a 74. Foi um duelo de gigantes, como se pode imaginar. O texto a seguir, que d prova disso, combina informaes tcnicas e representaes visuais, como desenho e edio de fotografia.

  • 16) O texto rene diferentes elementos de composio: linguagem verbal, nmeros, recursos visuais como setas e linhas pontilhadas e fotografia. Esse conjunto tem o objetivo de produzir, no leitor, a sensao de A) admirao, reforada pelo cruzamento dessas informaes. B) injustia diante das condies desfavorveis dos brasileiros. C) humor, gerado pela montagem fotogrfica visualizada. D) desconfiana quanto ao nvel tcnico da seleo russa. E) compreenso exata da altura do jogador russo. RESOLUO Ao mencionar a altura do jogador russo, assim como as aes de ataque e defesa, e estabelecer uma srie de comparaes como em um grfico o produtor do texto causa no leitor uma sensao de espanto, j que tais informaes nos apresentam um padro afastado do senso comum. GABARITO: A

    J o boxe brasileiro trouxe novidades e boas surpresas. Ausentes do pdio olmpico desde 1968, os pugilistas garantiram medalhas uma delas, de prata para a delegao brasileira. Os irmos Falco foram o destaque, junto com a boxeadora Adriana Arajo, que conquistou o indito bronze feminino na categoria at 60kg.

    Meu pai conhecido como Touro Moreno. Ele lutou jud em Vitria, no Esprito Santo, por uns dez anos. J era faixa preta antes de eu nascer. Foi para o vale-tudo, ficou conhecido e depois entrou no boxe. Foi dele a idia de me dar o nome de Esquiva, porque naquela poca o tcnico no podia gritar Direita, esquerda, equiva! para o lutador. Ento ele pensou que, se me chamasse pelo nome, eu j saberia que era para me esquivar. No tinha como fugir do destino. Quando eu era mais novo, no ligava para o boxe, mas com 11 anos comecei a me envolver, dar uma corridinha e praticar um pouco, por influncia do

  • meu pai. Ele no me obrigava, mas dizia que eu tinha talento, ento comecei a treinar no quintal de casa com ele. Com 13 anos fiz minha primeira luta: ganhei, fiquei feliz. Era o incentivo de que eu precisava. Depois, vim para So Paulo com meu irmo mais velho para treinar. Aos 18 anos, disputei o Campeonato Brasileiro e peguei prata. Algum da seleo me viu e me chamou para fazer parte da equipe. Ento, comecei a viajar. Eu era louco para ir Rssia por causa do frio, da neve, que nunca tinha visto. Cuba tambm era um lugar que eu queria muito conhecer pela sua histria no boxe. Em 2011 o tcnico me avisou do Mundial, que j era classificatrio para a Olimpada. Deu tudo certo, ganhei o bronze e a vaga. A meu pai ficou feliz. Foi o meu momento de fama, e o dele tambm deu um monte de entrevistas e at hoje fala: Esse aqui meu filho, o terceiro melhor do mundo! Fico envergonhado, mas uma felicidade. Eu cheguei mais longe do que meu pai, mas o meu sucesso o dele, e o dele o meu.

    TAM nas nuvens. Ano 05, n 54, junho/2012. p. 98.

    17) Esse texto apresenta caractersticas de depoimento ou relato de memrias. De acordo com suas declaraes, ao afirmar que no tinha como fugir do destino (linha 5), o autor A) atribiu ao acaso o fato de se ter tornado boxeador. B) identifica no nome que recebeu uma misso de vida. C) admite que o boxe era sua nica opo profissional. D) sugere que teve uma infncia difcil e precisava lutar. E) responsabiliza seu pai por no ter seguido outra carreira. RESOLUO Observamos que aquele que fala no texto se chama Esquiva nome dado pelo pai, antecipando a provvel vocao de pugilista do filho o que acabou se confirmando. GABARITO: B

    18) J era faixa preta antes de eu nascer. (linha 2) Nessa orao, a expresso destacada tem a mesma funo sinttica do termo sublinhado no perodo: A) Ele no me obrigava, mas dizia que eu tinha talento. (linhas 7-8) B) Foi dele a idia de me dar o nome de Esquiva. (linha 3) C) Era o incentivo de que eu precisava. (linha 9) D) Deu tudo certo, ganhei o bronze e a vaga. (linha 15) E) Fico envergonhado, mas uma felicidade. (linha 17) RESOLUO Em J era faixa preta antes de eu nascer, a estrutura faixa preta adjetiva o sujeito oculto ele, sendo ligado a este por um verbo de ligao(era); a mesma estrutura pode ser verificada na assertiva e-Fico envergonhado, mas uma felicidade, em que o adjetivo envergonhado ligado ao sujeito oculto eu por um verbo de ligao fico. GABARITO: E

    TAM nas nuvens. Ano 05, n 54, junho/2012. p. 98.

  • Tira

    19) O humor da tira fundamenta-se numa forma de ironia a uma concepo do senso comum com relao s Olimpadas. De acordo com esse pensamento, os jogos olmpicos A) evidenciam as diferenas culturais e lingsticas dos povos. B) expem aspectos tnicos que geram comentrios preconceituosos. C) amenizam conflitos polticos, como o que marca as duas Corias. D) acirram as disputas blicas, de que exemplo o atentado de Munique em 1972. E) geram um esprito de congraamento multinacional em nome da disputa esportiva. RESOLUO A questo pede que o candidato relacione os Jogos Olmpicos ao senso comum, ou seja, ao pensamento arquetpico do evento disputas esportivas que criam a sensao de unio entre os povos, as etnias, as culturas o que fica evidente no ltimo quadro da tira. GABARITO: E

    20) A flexo de grau do substantivo permite a expresso de sentidos que ultrapassam a idia de proporo ou tamanho. Na tirinha, essa flexo produz o efeito de A) incoerncia, enfatizada pelos recursos da linguagem no verbal. B) reflexo crtica, coerente com a intencionalidade discursiva desse tipo de texto. C) ironia, marcada pela disparidade entre o termo e seu real significado. D) afetividade, confirmada pelo contexto de fraternidade das Olimpadas. E) abrandamento das diferenas sociais e tnicas, comuns no mundo do esporte. RESOLUO Observemos o texto em que ocorre a flexo do substantivo:Agora um comentariozinho racista no twitter. Hihi. Na passagem, o sufixo (z)inho, geralmente usado para marcar o diminutivo denotativamente, seria um comentrio curto, reala o aspecto contraditrio entre o uso e a inteno: a fala chama a ateno para algo sem grande importncia, mas que, certamente, vai ganhar propores mundiais por estar ligado a um a aspecto racista. GABARITO: C

  • REDAO

    Para elaborar um texto dissertativo-argumentativo em prosa, no qual voc se posicione coerentemente com relao ao desempenho dos atletas brasileiros nas Olimpadas de Londres, tome por base os textos a seguir.

    Tudo ou nada

    Sou um apaixonado pelas Olimpadas. De quatro em quatro anos, toro para que na poca da grande competio mundial eu esteja com pouco trabalho e consiga assistir ao mximo de provas. Sou ao mesmo tempo torcedor, patriota e observador fascinado pelos aspectos tcnicos, morais psicolgicos, etc. dos mais diversos esportes. Na coluna de hoje vou tratar da minha paixo especial pelo jud, mostrando o que vejo nele de inigualvel. Depois vou comentar o que considero uma brutal injustia: o julgamento de muitos brasileiros sobre seus atletas, marcado pelo tudo ou nada. Medalhistas, se no corresponderam expectativa do ouro, decepcionaram; os cotados medalha, tendo terminado em quarto, quinto ou oitavo lugares, so tratados como um fiasco. Voc o quinto melhor atleta do mundo, mas para o Brasil voc um fracasso. Jogos olmpicos so cruis: os esforos, os sacrifcios pessoais de quatro anos so postos prova em um nico momento, em que qualquer erro pode ser fatal. Alm disso, psicologicamente mais difcil ser um atleta brasileiro bem cotado do que ser um atleta americano, alemo ou francs.

    BOSCO, Francisco. O Globo, 08/08/2012. Segundo Caderno. p. 2 (adaptado)

    O Brasil nas paraolimpadas

  • Desculpe, no deu

    Sim, verdade que me preparei para este dia nos ltimos quatro anos. Quis muito, fiz de tudo mesmo para estar aqui em Londres, com o mundo inteiro, os melhores, nesta Olimpada. S que a vida to cheia de imprevistos, repleta de acidentes, traioeira, que, quando voc menos percebe, pronto, ela aparece zombeteira e te passa uma rasteira. Alm do mais, quando as coisas no querem dar certo, no do mesmo. O lugar em que eu estava era longe, muito longe, e o jogo durou muito mais tempo do que eu previa, at com prorrogao e pnaltis. Tinha, tambm, o problema da lngua ou voc quer que alm da minha eu fale a dos outros? Ventava, alm do mais. Ventava demais, entrou areia nos meus olhos, me deu uma alergia danada, tive uma crise de espirros que vou te contar. Culpado, eu? Mas sou brasileiro, no desisto nunca, com muito orgulho, com muito amor. Tentei novamente. S que me bateu um cansao que vou te contar... Sabe quando d aquela leseira, as pernas pesam, o corpo todo di, a cabea no pensa, um sono danado?

  • E pensei, acho que pensei bem, alis, responsavelmente: Numa dessas, se insisto, sou capaz de me machucar. E vai ser pior para todos, vou dar um trabalho para o mdico, enfim, por mais que eu saiba que no vim de to longe para refugar bem na horinha, fazer o qu? Sou gente, no sou mquina, ou voc acha que algum queria mais do que eu? Alm do que, convenhamos, estar aqui, simplesmente estar aqui j uma vitria, n no? No se dar bem faz parte, no se pode ganhar sempre, e o que me interessa que minha chefia, que do ramo, ao contrrio de voc, me entende, me compreende, me respalda e me paga. Com o seu dinheiro, inclusive. See you in Rio!

    Folha de So Paulo, 06/08/2012. Disponvel em (adaptado).

    Tira

    Ateno:

    Seu texto deve ter entre 15 e 25 linhas e estar escrito na norma padro da lngua. Qualquer marca de identificao do texto (assinatura, desenhos, sinais) implicar a

    anulao da redao. D um ttulo e evite rasuras.

  • MATEMTICA 01) Aline gosta de aplicar seu dinheiro na bolsa de valores. No ano passado, ela aplicou a quantia de R$ 6.000,00 nas aes de uma empresa A, cuja cotao era de R$ 12,00. Com a crise da bolsa, o valor de cada ao dessa empresa A sofreu 20% de desvalorizao. Aline, ento, comprou mais R$ 3.840,00 em aes da mesma empresa. Determine o valor mnimo pelo qual deve ser vendida cada uma delas para que, ao vender todas as aes adquiridas, no tenha qualquer prejuzo. A) 1,09 B) 10,00 C) 10,94 D) 11,04 E) 19,40 RESOLUO Desvalorizao:

    60,940,21212.0100212 ==//

    Aes comparadas:

    900 Total

    4009,6

    38409,60 R$A

    50012600

    12,00 R$A

    =

    ==

    ==

    Total Gasto: 600 + 3840 = 9840

    Venda:

    ...9333,10900

    9840=

    GABARITO: C

    02) Um laboratrio produz 100 litros de determinado componente. Em seguida, para produzir vacinas, dilui esse concentrado em 1340 dm3 de gua destilada. O produto final ento armazenado em ampolas de 20 cm3 cada, ficando cada ampola completamente cheia. O nmero de ampolas que pode ser produzido igual a A) 3600 B) 7200 C) 14400 D) 36000 E) 72000 RESOLUO

    720000,021440 ampolas de N

    14401340100001,01cm1dm 1 33

    ==

    =+

    ==

    GABARITO: E

    03) A figura representa o piso de uma sala de estar que tem a forma de um quadrado. Esse piso formado por tacos de madeira retangulares, todos congruentes entre si. A rea da sala igual a 36 metros quadrados. O permetro, em metros, de cada taco igual a A) 4 B) 3 C) 2 D) 1 E) 0,5

  • RESOLUO

    m

    mymx

    x

    yxyx

    yxyx

    yxyx

    310,50,51Permetro1

    5,0 36628322

    628644

    28 :Largura44 :oComprimentLADO 6mK36K

    )2(

    2

    =+++=

    =

    =

    =

    =/+=/+

    =+

    =+

    +

    +

    ==

    GABARITO: B

    04) Um farol ilumina o trecho AC do oceano, por onde passava uma embarcao que navegava pela trajetria retilnea que liga os pontos A, B e C.

    O ngulo formado, no ponto A, entre as retas AP e AC, era igual a 30. No ponto B, o ngulo formado entre a reta BP e a reta que define a trajetria da embarcao era igual a 60. A distncia entre os pontos B e P de 2 quilmetros. Os segmentos de reta AC e PC so perpendiculares. Durante toda a trajetria, o barco manteve um gasto de combustvel constante de 1 litro a cada 16 metros percorridos. Assim, de A a C, o barco consumiu A) 0,1875 litros

  • B) 18,75 litros C) 187,5 litros D) 1875 litros E) 18750 litros RESOLUO

    mxx

    x

    Km

    Km

    5,18716300

    3000m16m1

    /16m1Consumo2BPAB

    :Issceles ABP

    1BC2

    BC21

    PBBC60 cos

    :BPC

    ==

    =

    ==

    ===

    GABARITO: C

    05) Patrcia necessita telefonar para Arthur, mas lembra apenas dos 4 primeiros algarismos do nmero do telefone dele. Faz contato com Guilherme, que lhe d as seguintes informaes sobre os 4 algarismos restantes: - formam um nmero divisvel por 12; - o algarismo das dezenas 7; - o algarismo das unidades de milhar 5. A quantidade mxima de possibilidades que Patrcia dever verificar para identificar o nmero correto A) 4 B) 5 C) 6 D) 7 E) 8 RESOLUO A, B, C e D divisvel por 12.

    O n deve ser divisvel por 4 e por 3 simultaneamente. Diviso por 4: O n formado pelos dois ltimos algarismos deve ser mltiplo de 4.

    { }2,6D Logo = Diviso por 3: Soma dos algarismos deve ser mltipla de 3.

  • { }{ }

    734 0,3,6,9B6D Se1,4,7B2D Se

    =+

    ==

    ==

    GABARITO: D

    06) A equao do segundo grau ax2 + bx 3 = 0 tem 1 como uma de suas razes. Sabendo que os coeficientes a e b so nmeros primos positivos e que a > b, podemos afirmar que a2 b2 igual a A) 15 B) 18 C) 21 D) 34 E) 53 RESOLUO

    21425252b 5,a

    primos. ba,ba Como3b-a

    03-b.(-1)a.(-1)raiz 103

    2222

    2

    2

    ===

    ==

    >

    =

    =+

    =+

    ba

    bxax

    GABARITO: C

    07) O nmero de divisores inteiros e positivos de N = 214 212 + 6.210 igual a A) 13 B) 22 C) 36 D) 45 E) 66 RESOLUO

    ( )3612.31)1).(2(11 :Total

    3.29.232222.322

    2.3.2222.622

    21111

    311

    111214

    101214

    101214

    ==++

    ==

    +=

    +=

    +=

    +=

    NNNNNN

    GABARITO: C

    08) O Colgio Militar do Rio de Janeiro um lugar muito agradvel, possuindo muitas rvores em sua rea externa. H algumas ruas retilneas em seu interior, como mostra a figura abaixo

    Sabendo que - a rua XY, com 60 metros de extenso, e a ZP so perpendiculares; - o ponto Z dista 32 metros de X e 24 de P;

  • - o ngulo YQX

    , formado pelas ruas XQ q YQ, reto. Calcule a distncia, em metros, entre os pontos Y e Q. A) 50 B) 45 C) 36 D) 32 E) 28 RESOLUO

    53

    4024

    ==sen

    :XYQ

    mYQ

    YQXYYQ

    sen

    36

    06.53 12

    =

    ///

    ==

    GABARITO: C

    09) Seja A = 231+

    e B = 231

    ento, A B igual a

    A) 22 B) 22 C) 32

  • D) 32 E) 23 RESOLUO

    ( )( )22

    12323

    123.2323

    123

    1

    =

    //=

    =+=

    +=

    BA

    MMC

    BA

    GABARITO: A

    10) A diferena entre os quadrados de dois nmeros positivos 3, e o quadrado do produto desses dois nmeros 10. O menor desses dois nmero pertence ao conjunto A) {x R 0 < x < 1} B) {x R 1 < x < 2} C) {x R 2 < x < 3} D) {x R 3 < x < 4} E) {x R 4 < x < 5} RESOLUO

    2b1 421

    4215510210

    22b 2Kconvm) (no 5b-5K

    2Kou -5K -10Produto;3

    0103

    010310)3(

    1033

    2222

    2

    2

    2

    2

    24

    22

    22

    2222

  • ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]( )( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( )( )[ ]

    [ ] 29959997995993991994995004995003994003994002993002993001992001992009910099100

    49950039940029930019920099100 2222222222

    =++++

    +++++++++

    ++++

    GABARITO: E

    12) No incio de 2012, cada aluno da 3 srie do Ensino Meio do CMRJ teve a opo de escolher sua respectiva rea de estudo: ou a Biomdica, ou a Tecnolgica. Em uma pesquisa, feita durante o ano, observou-se que - 60 rapazes optaram pela rea Tecnolgica; - 91 moas optaram pela rea Biomdica; - 60% dos pesquisadores so rapazes; - 70% dos pesquisados querem a rea Biomdica. Calcule quantos alunos participaram da pesquisa. A) 310 B) 320 C) 330 D) 340 E) 350 RESOLUO

    Total rapazes: 60 + X Total moas: 91 + Y 60% So rapazes:

    )(6

    10600151

    10600)151(660)9160(

    01006

    Jxyx

    xyx

    xyx

    +=++

    +=++

    +=+++//

    70% Querem rea Biomdica:

    310331266091:33126

    126010605460704200

    710910

    610600

    )()()(

    710910151

    10910)151(791)9160(

    01007

    =+++

    ==

    =

    +=+

    +=

    +

    =

    +=++

    +=++

    +=+++//

    Totalyx

    x

    xx

    xx

    III

    IIxyx

    xyx

    xyx

    GABARITO: A

  • 13) O valor da expresso ( ) ( )

    22

    33

    ab3baba

    +

    + para b = 3 3,0 e a = 2,0

    A) 0,12 B) 0,18 C) 0,24 D) 1,2 E) 1,8 RESOLUO

    ( )

    ( )( ) ( )

    12,03,0.2,0.23,0.2,0.22

    3.32

    3)3(3

    326

    33333

    13)33()33(

    3)(

    33)(33)(

    33

    232

    22

    2222

    22

    22

    22

    22

    22

    32

    22

    22

    32233223

    22

    32233223

    22

    33

    32233

    32233

    =

    /+///+//

    +

    +

    +

    +

    +

    +///+/+///++/

    +

    ++++

    +

    +

    +=

    +++=+

    /

    ////

    //

    ba

    bababab

    bababab

    baba

    bbaba

    babbabaabbabaa

    ab

    babbaababbaaab

    babababbaabababbaaba

    GABARITO: A

    14) Um aluno do CMRJ leu, em um jornal de grande circulao, que a cidade do Rio de Janeiro, durante o inverno, havia experimentado o dia mais quente do ano. A temperatura chegou a 41,2 C no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste da capital. Preocupado com o calor excessivo, esse aluno passou, ento, a registrar as temperaturas mximas diariamente, pela manh e ao final da tarde, anotando os valores correspondentes. Para isso, ele criou a tabela abaixo

    De acordo com o que foi registrado, podemos afirmar que A) a diferena entre a moda dos valores numricos das temperaturas do Rio ao final da tarde e a dos valores numricos das temperaturas pela manh foi igual a 3 C. B) a temperatura diria do Rio de Janeiro, ao cair da tarde, foi sempre maior do que a registrada no perodo da manh.

  • C) a diferena entre a temperatura mdia registrada no Rio de Janeiro ao final da tarde e a registrada no perodo da manh foi de, aproximadamente, 2,4 C . D) a diferena entre a mediana dos valores numricos das temperaturas do Rio ao final da tarde e a dos valores numricos das temperaturas pela manh foi de 4 C. E) as medianas dos valores das temperaturas registradas pelo aluno, no perodo da manh e ao final da tarde, foram iguais. RESOLUO a) Falso Moda fim da tarde: 38 Moda pela manh: 36 Diferena: 38 36 = 2

    b) Falso Dia 5: manh = 26 Tarde = 25

    c) Falso

    43,157,3234:

    57,327

    36322630323636 :manh Mdia

    347

    38322530363938: tardeMdia

    =

    =

    ++++++

    =

    ++++++

    Diferena

    d) Verdadeira

    e) Falso Mediana manh: 32 Mediana: tarde GABARITO: D

    15) Ana Luiza aplicou seu capital a juros simples de taxa mensal 6%, durante 5 meses. Aps 45 dias, Ana Paula aplicou um capital 50% superior ao capital inicial aplicado por Ana Luiza, taxa mensal de 4%. Ao final dos 5 meses, a soma dos juros produzidos pelos capitais de Ana Luiza e Ana Paula atingiu R$ 5.100,00. O capital aplicado por Ana Luiza foi, em reais, igual a A) 10.000,00 B) 12.000,00 C) 15.000,00 D) 18.000,00 E) 20.000,00 RESOLUO

  • GABARITO: A

    16) Roberto, aluno da 1 srie do Ensino Mdio do CMRJ, recebeu certa quantidade de problemas dos quais resolveu 70, ficando mais da metade sem resolver. Hoje, recebendo 6 novos problemas e resolvendo 36, ficaram sem resolver, ao todo, menos de 42 problemas. Podemos concluir que o nmero inicial de problemas recebido por Roberto foi igual a A) 153 B) 150 C) 148 D) 145 E) 141 RESOLUO

    142 421003664

    366470

    706