Capítulo 10 Excitação Senoidal e Fasores
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Capítulo 10
Excitação Senoidal e Fasores
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10.1 Propriedades das Senóides:
Onda senoidal:
Amplitude = Vm
Frequência angular = ω [rad/s]
Senóide é uma função periódica:
Período: T = 2π/ω
Frequência: f = 1/T = ω/2π
Expressão geral:
onde φ é o ângulo de fase.
v t( ) =Vm sen ωt( )
v t +T( ) = v t( )
v t( ) =Vm sen ωt +φ( )
Vm
-Vm
π/ω 2π/ω t
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Curva de uma senóide defasada de φ radianos:
Note que:
π/ω 2π/ω t
v t( ) =Vm sen ωt +φ( )v t( ) =Vm sen ωt( )
φ/ω
cos ωt − π2
!
"#
$
%&= sen ωt( )
sen ωt + π2
!
"#
$
%&= cos ωt( )
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Exemplo: Determinação de quanto uma senóide antecede ou segue outra de
mesma frequência.
Portanto, v1 antecede v2 de 30º - 108º = -78º, ou v1 está defasada em relação a v2
de 78º.
v1 = 4cos ωt +30°( )
v2 = −2sen ωt +18°( ) v2 = 2sen ωt +18°+180°( )
v2 = 2cos ωt +18°+180°−90°( )
v2 = 2cos ωt +108°( )
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Soma de uma senóide com uma cossenóide de mesma frequência:
Acos ωt( )+ Bsen ωt( ) = A2 + B2 A
A2 + B2cos ωt( )+ B
A2 + B2sen ωt( )
!
"##
$
%&&
A
B
A2 + B2
θ
Acos ωt( )+ Bsen ωt( ) = A2 + B2 cos ωt( )cos θ( )+ sen ωt( )sen θ( )!"
#$
cos θ( ) sen θ( )
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Acos ωt( )+ Bsen ωt( ) = A2 + B2 cos ωt( )cos θ( )+ sen ωt( )sen θ( )!"
#$
Acos ωt( )+ Bsen ωt( ) = A2 + B2 cos ωt −θ( )"#
$%
θ = tan−1 BA
"
#$
%
&'
Então,
Obs.: cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b) = cos(a - b)
cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) = cos(a + b)
cos ωt −θ( )
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Exemplo:
−5cos 3t( )+12sen 3t( ) = −5( )2+122 cos 3t −θ( )"
#$%
θ = tan−1 12−5"
#$
%
&'=112,6°
−5cos 3t( )+12sen 3t( ) =13cos 3t −112,6°( )
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10.2 Exemplo de um Circuito RL
Encontrar if .
Por tentativa, temos:
Então:
L vg = Vm cos(ωt)
R
+ - i L di
dt+ Ri =Vm cos ωt( )
i f = Acos ωt( )+ Bsen ωt( )
L ddtAcos ωt( )+ Bsen ωt( )!"
#$+ R Acos ωt( )+ Bsen ωt( )!
"#$=Vm cos ωt( )
−LωAsen ωt( )+ LωBcos ωt( )+ RAcos ωt( )+ RBsen ωt( ) =Vm cos ωt( )
−LωA+ RB = 0
LωB+ RA =Vm
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Assim,
Portanto,
mas
Portanto,
A =RVm
R2 +ω2L2
B =ωLVmR2 +ω2L2
i f =RVm
R2 +ω2L2cos ωt( )+ ωLVm
R2 +ω2L2sen ωt( )
Acos ωt( )+ Bsen ωt( ) = A2 + B2 cos ωt −θ( )"#
$%
θ = tan−1 BA
"
#$
%
&'
i f =Vm
R2 +ω2L2cos ωt − tan−1 ωL
R"
#$
%
&'
(
)*
+
,-
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Então, podemos escrever a corrente forçada como:
onde
Resposta natural:
A corrente se estabiliza em seu valor de regime permanente c.a. dado pela
corrente forçada.
Método muito trabalhoso para a obtenção das equações de corrente!
φ = − tan−1 ωLR
"
#$
%
&'
i f = Im cos ωt +φ!" #$
Im =Vm
R2 +ω2L2
in = A1exp −RLt
"
#$
%
&'
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10.3 Método Alternativo utilizando Números Complexos
Para a análise de circuitos com excitação senoidal.
Propriedades dos números complexos:
Representação na forma retangular de um número complexo:
onde , a = parte real de A e b = parte imaginária de A.
Representação na forma polar:
onde
j = −1
A = A e jα = A∠α
A = a2 +b2
α = tan−1 ba"
#$%
&'
A = a+ jb
A = a+ jb
Re
Im
a
b A
α
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Exemplo: A = 4 + j 3
Exemplo: A = -5 -j 12
A = 42 +32 = 5
α = tan−1 34( ) = 36,9°
A = 5∠36,9°
A = −5( )2+ −12( )
2=13
α =180º+ tan−1 −12−5( ) = 247,4°
A =13∠247,4°
A = −5− j12
Re
Im
-12
-5
A
α
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Outras relações úteis:
Fórmula de Euler:
j =1∠90°
j2 = −1=1∠180°
Vm cos ωt( )+ jVm sen ωt( ) =Vme jωt
Re Vmejωt{ }=Vm cos ωt( )
Im Vmejωt{ }=Vm sen ωt( )
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Retomando o exemplo do circuito RL:
Seja v1 = Vmejωt a excitação complexa do circuito, então
Componente forçada da corrente i1 na forma complexa deve resolver a equação:
L vg = Vm cos(ωt)
R
+ - i
vg = Vm cos(ωt) = Re{v1}
Ldi1dt+ Ri1 = v1 onde v1 =Vme
jωt
L v1 = Vm ejωt
R
+ - i1
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Para resolver a equação vamos tentar:
Então,
Logo,
Ldi1dt+ Ri1 =Vme
jωt
i1 = Aejωt
jωLAe jωt + RAe jωt =Vmejωt
jωL+ R( )Ae jωt =Vme jωt
A =Vm
R+ jωL
=Vm
R2 +ω2L2e− j tan−1 ωL
R"
#$
%
&'
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Então:
mas if = Re{i1}, assim
Portanto, se i1 é a resposta complexa para a função excitação complexa v1,
então if = Re{i1} é a resposta para a excitação vg = Re{v1}.
i1 = Aejωt =
VmR2 +ω2L2
e− j tan−1 ωL
R"
#$
%
&'
(
)
***
+
,
---e jωt
i1 =Vm
R2 +ω2L2ej ωt−tan−1 ωL
R"
#$
%
&'
(
)*
+
,-
i f = ReVm
R2 +ω2L2ej ωt−tan−1 ωL
R"
#$
%
&'
(
)*
+
,-
.
/0
10
2
30
40=
VmR2 +ω2L2
cos ωt − tan−1 ωLR
"
#$
%
&'
(
)*
+
,-
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Note que:
pode ser escrita como:
e, portanto, de
temos:
Portanto, é mais fácil usar a função excitação complexa v1 para encontrar a
resposta complexa i1.
A função excitação real é Re{v1} ⇒ a resposta real é Re{i1}.
Re Ldi1dt+ Ri1
!"#
$%&= Re Vme
jωt{ }
L ddtRe i1{ }( )+ R Re i1{ }( ) =Vm cos ωt( )
L didt+ Ri =Vm cos ωt( )
i = i f = Re i1{ }
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10.4 Excitações Complexas
Sem perda da generalidade, vamos considerar a entrada como sendo uma fonte
de tensão e a saída como sendo uma corrente através de um elemento.
Em geral, a excitação é da forma:
Enquanto que a resposta forçada é da forma:
Portanto, sabendo-se os valores de ω, θ e Vm, podemos calcular Im e φ.
vg =Vm cos ωt +θ( )
i = i f = Im cos ωt +φ( )
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Circuito + -
vg =Vm cos ωt +θ( )i = Im cos ωt +φ( )
Para resolver i no circuito, vamos considerar a excitação complexa:
Pois sabemos que
v1 =Vmej ωt+θ( )
Circuito + -
i1v1 =Vmej ωt+θ( )
i = Re i1{ }
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A equação representativa do circuito pode ser resolvida para a resposta forçada,
visto que
a solução tentativa é:
Comparando com , temos
Assim,
e
v1 =Vmejθe jωt
i1 = Aejωt
i = Im cos ωt +φ( ) i = Re i1{ }
Im cos ωt +φ( ) = Re Ae jωt{ }
A = Imejφ
i1 = Imejφe jωt
Re{ } i = Im cos ωt +φ( )
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Exemplo: Cálculo da resposta forçada if de
Troca para a excitação complexa:
Resposta complexa i1 deve satisfazer:
Então, i1 pode ter a seguinte forma:
Substituindo, obtemos
d 2idt2
+ 2 didt+8i =12 2 cos 2t +15°( )
v1 =12 2e j 2t+15°( )
d 2i1dt2
+ 2di1dt+8i1 =12 2e j 2t+15°( )
i1 = Aej2t
d 2
dt2Ae j2t( )+ 2 ddt Ae
j2t( )+8 Ae j2t( ) =12 2e j 2t+15°( )
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Assim,
Logo,
Portanto,
E a resposta real é:
−4+ j4+8( )Ae j2t =12 2e j15°e j2t
A = 12 2e j15°
4+ j4=12 2∠15°4 2∠45°
= 3∠−30°
i1 = Aej2t = 3∠−30°( )e j2t = 3e j 2t−30°( )
i = Re i1{ }= Re 3e j 2t−30°( ){ } = 3cos 2t −30°( )
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Exercício: Calcular a resposta forçada v:
a) 10 Ω
+ -
[ ]V 10 8tjg ev =
1/20 F 5 Ω
+ v -
i
5i = vv − vg10
+ i + 120dvdt= 0
v − vg10
+v5+120dvdt= 0
dvdt+6v = 20e j8tdv
dt+6v = 2vg
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Resposta forçada:
v = Ae j8t
dvdt+6v = 20e j8t j8Ae j8t +6Ae j8t = 20e j8t
6+ j8( )Ae j8t = 20e j8t
A = 206+ j8
=20∠0°10∠53,1°
= 2∠−53,1°
v = 2e− j53,1°e j8t = 2e j 8t−53,1°( )
b) Se vg = 10 cos(8t) [V], então:
v = Re 2e j 8t−53,1°( ){ } = 2cos 8t −53,1°( )
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10.5 Fasores
Fasores permitem colocar os resultados obtidos anteriormente em uma forma
mais compacta.
Tensão senoidal:
Forma fasorial
Razão para a definição de fasor (fórmula de Euler):
Assim,
V =Vmejθ =Vm∠θ
Vm cos ωt +θ( ) = Re Vme jθe jω t{ }
v =Vm cos ω t +θ( )
v = Re Ve jω t{ }
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Exemplo: Dado
Representação fasorial:
Visto que ω = 4 rad/s, v é prontamente obtida de V.
Representação fasorial para corrente:
Exemplo: Dado ω = 6 rad/s, e I = 2∠15º, então temos:
v =10cos 4t +30°( ) V!" #$
V =10∠30° V"# $%
I = Imejφ = Im∠φ
i = Im cos ω t +φ( )
i = 2cos 6t +15°( )
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Representação fasorial para tensão e corrente é feita a partir da representação
temporal na forma de cosseno.
Exemplo: Dada a função:
Podemos mudá-la para:
Assim, a representação fasorial é:
v = 8sen 3t +30°( ) V!" #$
v = 8cos 3t +30°−90°( )= 8cos 3t −60°( )
V = 8∠−60° V#$ %&
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Exemplo:
pois θ = 0 e portanto, V = Vm ∠0º. Substituindo este valor e fazendo i = i1 na
equação representativa, temos:
onde i = Re{i1}
L vg = Vm cos(ωt)
R
+ - i
L didt+ Ri =Vm cos ω t( )
v1 =Vmejω t =Ve jω t
Ldi1dt+ Ri1 =Ve
jω t
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Tentando a solução:
obtemos:
Assim,
Substituindo na expressão de i1, obtemos
Tomando a parte real desta expressão temos:
i1 = Iejω t
jωLIe jω t + RIe jω t =Ve jω t
jωLI+ RI =V
I = VR+ jω L
=Vm∠0º
R2 +ω2L2∠ tan−1 ω LR
#
$%
&
'(
=Vm
R2 +ω2L2∠− tan−1 ω L
R#
$%
&
'(
i1 =Vm
R2 +ω2L2exp j ω t − tan−1 ω L
R"
#$
%
&'
(
)*
+
,-
./0
10
230
40
i =Vm
R2 +ω2L2cos ω t − tan−1 ω L
R"
#$
%
&'
(
)*
+
,-
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Note que podemos ir da equação característica do circuito:
direto para a equação fasorial:
L didt+ Ri =Vm cos ω t( )
jω LI+ RI =V
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10.6 Relações Tensão-Corrente para Fasores
Tensão-Corrente para resistores:
onde
Tensão e corrente complexas:
Substituindo na lei de Ohm e eliminando o fator e jωt:
v = Ri
i = Im cos ωt +φ( )
v =Vm cos ωt +θ( )
( )θω += tjmeVv1 ( )φω += tj
meIi1
Vmej ω t+θ( ) = RIme
j ω t+φ( ) Vmejθ = RIme
jφ V = RI
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Da equação:
podemos verificar que
Portanto, a tensão e a corrente senoidais para um resistor possuem o mesmo
ângulo de fase, isto é, estão em fase.
Vmejθ = RIme
jφ
Vm = RIm
θ = φ
v,i
t
v
i
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Exemplo: R = 5 Ω, v = 10 cos(100t + 30º) [V]
No domínio do tempo:
i = 2cos 100t +30°( ) A!" #$
v
+
-
i
R = 5 Ω V = RI
+
-
I
R = 5 Ω
V =10∠30° V"# $%
I = VR=
10∠30°5
= 2∠30° A"# $%
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Tensão-Corrente para indutores:
Tensão e corrente complexas:
v = Ldi/dt
+
-
i
L V = jωLI
+
-
I
jωL
v = L didt
Vmej ωt+θ( ) = L d
dtIme
j ωt+φ( )!"#
$%&= jωLIme
j ωt+φ( )
v1 =Vmej ωt+θ( ) i1 = Ime
j ωt+φ( )
Vmejθ = jωLIme
jφ V = jωLI
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Se a corrente no indutor é dada pela a equação
Então, como j = 1∠90º, temos:
Portanto, no domínio do tempo temos:
Comparando com , verificamos que a corrente pelo indutor está
atrasada da tensão de 90º.
i = Im cos ωt +φ( )
V = jωLI = jωL Im∠φ( )=ωL Im∠φ +90°( )
v =ωLIm cos ωt +φ +90°( )
( )φω += tIi m cos
v,i
t
v
i
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Tensão-Corrente para capacitores:
Tensão e corrente complexas:
dtdvCi =
v
+
-
i = Cdv/dt
C V
+
-
I= jωCV
1/jωC
Imej ωt+φ( ) =C d
dtVme
j ωt+θ( )!"#
$%&= jωCVme
j ωt+θ( )
v1 =Vmej ωt+θ( ) i1 = Ime
j ωt+φ( )
Imejφ = jωCVme
jθ I = jωCV
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Se a tensão no capacitor é dada pela a equação
Então, como j = 1∠90º, temos:
Portanto, no domínio do tempo temos:
Comparando com , verificamos que a corrente pelo capacitor
está adiantada da tensão de 90º.
v =Vm cos ω t +θ( )
I = jωCV = jωC Vm∠θ( )=ωCVm∠ θ +90°( )
i =ωCVm cos ω t +θ +90°( )v =Vm cos ωt +θ( )
v,i
t
v i
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Exemplo: Capacitor C = 1 µF e tensão igual a
Corrente no domínio do tempo:
i = cos 100t +120°( ) mA!" #$
v
+
-
i = Cdv/dt
C = 1 µF
I = jωCV = j100( ) ⋅ 10−6( ) ⋅ 10∠30°( ) A$% &'
=1∠120° mA$% &'
v =10cos 100t +30°( ) V!" #$
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10.7 Impedância e Admitância
Circuito geral com grandezas fasoriais:
Impedância Z do circuito:
Circuito Fasorial
I
+
V_
V =Vm∠θ
I = Im∠φ
Z = VI
Z = Z∠θz =VmIm∠ θ −φ( )
Z =VmIm
θz =θ −φ
[Ω]
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Impedância Z segue as mesmas regras dos resistores em circuitos.
A impedância é um número complexo mas não é um fasor.
Impedância na forma retangular:
onde R = Re{Z} = componente resistiva (resistência)
X = Im{Z} = componente reativa (reatância)
Em geral, Z = Z(jω) é uma função complexa de jω mas R = R(ω) e X = X(ω) são
funções reais de ω.
Note que
Z = R+ jX
Z = R2 + X 2
θz = tan−1 XR
"
#$
%
&'
|Z| X
θz
R
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Exemplo: V = 10∠56,9º e I = 2∠20º
Forma retangular:
Circuito Fasorial
I
+
V_
Z = VI=
10∠56,9°2∠20°
= 5∠36,9° Ω#$ %&
Z = 5 cos 36,9°( )+ j sen 36,9°( )!"
#$
= 4+ j3 Ω!" #$
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Impedância Z de resistores, indutores e capacitores:
No caso do resistor, a impedância é puramente resistiva, sendo a reatância
zero.
No caso do indutor e do capacitor, a impedância é reatância pura, sem
componente resistiva.
Reatância indutiva:
Reatância capacitiva:
ZR = R
X L =ωL
ZC =1jωC
= − j 1ωC
=1ωC
∠−90°
XC = −1ωC
ZL = jωL
ZL = jX L
ZC = jXC
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A reatância indutiva é positiva e a reatância capacitiva é negativa.
No caso geral, podemos ter as seguintes situações:
• X = 0 ⇒ circuito resistivo.
• X > 0 ⇒ circuito indutivo.
• X < 0 ⇒ circuito capacitivo.
A recíproca da impedância é chamada de admitância:
onde G = Re{Y} é a condutância e B = Im{Y} é a susceptância.
Z = R+ jX
Y = 1Z
Y =G + jB
Y =G + jB = 1Z=
1R+ jX
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Relação entre as componentes de Y e Z:
Assim,
Importante: R e G (X e B) não são recíprocos!!!
G + jB = 1R+ jX
×R− jXR− jX
#
$%
&
'(
G + jB = R− jXR2 + X 2
=R
R2 + X 2− j XR2 + X 2
G =1R
B = − XR2 + X 2
B = 1X
G =R
R2 + X 2
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Exemplo: Z = 4 + j 3
Então,
Portanto,
Y = 14+ j3
=4− j342 +32
=425− j 325
G =425
B = − 325
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10.8 Leis de Kirchhoff e Associações de Impedâncias
As leis de Kirchhoff são válidas para fasores, assim como para as tensões e
correntes correspondentes no domínio do tempo.
A lei de Kirchhoff de tensões aplicada em um laço típico resulta na equação:
Dividindo por e jω t, temos:
ou seja,
onde
V1ej ωt+θ1( ) +V2e
j ωt+θ2( ) +!+VNej ωt+θN( ) = 0
V1+V2 +!+VN = 0
Vn =Vn∠θn , n =1, 2,!, N
V1ejθ1 +V2e
jθ2 +!+VNejθN = 0
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A lei de Kirchhoff de correntes aplicada em um nó típico resulta na equação:
Dividindo por e jω t, temos , ou seja,
onde
Se as excitações são senoidais com frequência comum em um circuito,
podemos encontrar as tensões e correntes fasoriais para todos os elementos e
utilizar as leis de Kirchhoff para a análise.
A análise em regime permanente c.a. é idêntica à análise para circuitos
resistivos, com a impedância no lugar da resistência.
I1ej ωt+φ1( ) + I2e
j ωt+φ2( ) +!+ INej ωt+φN( ) = 0
I1+ I2 +!+ IN = 0
In = In∠φn , n =1, 2,!, N
I1ejφ1 + I2e
jφ2 +!+ INejφN = 0
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Exemplo:
Lei de Kirchhoff de tensões:
V =V1+V2 +!+VN
Z1
+ V1 -
Z2
+ V2 -
ZN
+ VN -
I
+
V
-
Zeq V1 = Z1I V2 = Z2I VN = ZNI
V = Z1+Z2 +!+ZN( )IV = Zeq I
Zeq = Z1+Z2 +!+ZN
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De maneira análoga, temos para N admitâncias em paralelo:
Lei de Kirchhoff de correntes:
Yeq =Y1+Y2 +!+YN
I
+
V
-
Yeq I1 =VY1
YN Y1 Y2
I1 I2 IN
I2 =VY2 IN =VYN
I = I1+ I2 +!+ IN
I = Y1+Y2 +!+YN( )VI =YeqV
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No caso particular de apenas dois elementos em paralelo, temos:
Obs.: Regras de divisão de tensão e de corrente também são válidas para
circuitos fasoriais, com a impedância e as quantidades no domínio da
frequência.
Zeq =1Yeq
=1
Y1+Y2=Z1Z2Z1+Z2
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Exemplo: Circuito RL.
Lei de Kirchhoff de tensões no circuito fasorial:
L vg = Vm cos(ωt)
R
+ - i jωL Vm ∠0º
R
+ - I
RI+ZLI =Vm∠0°
R+ jωL( )I =Vm∠0°
I =Vm∠0°R+ jωL
=Vm
R2 +ω2L2∠− tan−1 ωL
R#
$%
&
'(
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No domínio do tempo:
Método alternativo de solução:
Impedância vista pelos terminais da fonte é:
e a corrente:
como obtida anteriormente.
I =Vm
R2 +ω2L2∠− tan−1 ωL
R#
$%
&
'(
i =Vm
R2 +ω2L2cos ωt − tan−1 ωL
R"
#$
%
&'
(
)*
+
,-
Z = R+ jωL
I = VZ=Vm∠0°R+ jωL
jωL V
R
+ -
I
Z
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10.9 Circuitos Fasoriais
Equação representativa de um circuito fasorial é uma equação fasorial.
Resolvendo esta equação obtemos uma resposta na forma de fasor, que é
convertida para uma resposta no domínio do tempo.
Exemplo: Cálculo de i no circuito.
vg = 5 cos(3t)
3 Ω + -
1 Ω
1H
1/9 F
i i1
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5∠0º
3 Ω + -
1 Ω
j3 Ω
-j3 Ω
I I1
Impedância vista dos terminais da fonte:
Portanto, temos:
Por divisão de corrente, temos:
Corrente no domínio do tempo:
Z =1+3+ j3( ) − j3( )3+ j3− j3
= 4− j3
I1 =5∠0°4− j3
=5∠0°
5∠−36,9°=1∠36,9°
I = 3+ j33+ j3− j3
I1 = 1+ j( ) ⋅ 1∠36,9°( ) = 2∠45°( ) ⋅ 1∠36,9°( ) = 2∠81,9°
i = 2 cos 3t +81,9°( ) A!" #$
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Exemplo: Cálculo de i no circuito com fonte de tensão dependente.
Lei de Kirchhoff de correntes em a:
V1
I
+
- 4 Ω
-j2 Ω
3∠0º [A] (1/2)V1 + -
a
v1
i
+
- 4 Ω
1/8 F
3cos(4t) [A] (1/2)v1 + -
a
I+
12V1
− j2= 3∠0°I+
V1 −12V1
− j2= 3∠0°
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Pela lei de Ohm, temos V1 = 4I, logo
Portanto, temos:
Obs.: O método fasorial de obter i, calculando primeiramente I = V/Z e
trocando I por i, não funciona se Z(jω) = 0. Pois, neste caso, o circuito é
excitado na frequência natural jω.
I+
124I
− j2= 3∠0°
− j2I+ 2I = − j6
I = − j62− j2
=6∠−90°2 2∠− 45°
=32∠− 45°
i = 3
2cos 4t − 45°( ) A"# $%