AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Ε ALIMENTAR DE PRÉ … · avaliaÇÃo nutricional Ε alimentar de...

11
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Ε ALIMENTAR DE PRÉ-ESCOLARES D E UMA CRECHE DE MANAUS Ε A INFLUÊN- CIA DA ENTIDADE NO ESTADO NUTRICIONAL DE SUA POPULAÇÃO. Dionísia Nagahama (*) Helyde A. Marinho (*) Yolanda Rocha (*) Maria José R. Ferraroni (*) Nelson B. Silva (*) Janete S. Castro (*) José Augusto Onety (**) Resumo foram estudadas 250 crianças na faixa etcuvía de 4 a 6 anos de uma CA&çhe. destina- do, α filhos do. trabalhadores do Vlàtrlto industrial de Manaus, AM. Os pais dessas cri- anças foram consideradas de baixa nznda. 0 estado nutrlclonal foi avaliado segundo os vaterlos de Gomez (/956) e Waterlow et at. (7977); ραΛα o Inquérito alimentar foi uti- lizado o mito do recordatÓrlo do. 24 hs e pesagem direta, dos alimentos. Os resultados In- ditaram quo. a maioria das crianças, 62,8%, estavam em estado nutrido not normalpela clas_ úhicação de Gomez (1956) e 61,6%, pela classificação de itícuterlow vt al. (1977). Os re- cuados demonstraram que o consumo proteZco foi de 92,,98% do Zndlce Ideal, sendo 50,01% dute total de origem animal e o consumo energético foi de apenas 68,17% do recomendado pe£a FAO/OMS [1974). 0 cálcio, a rlboflavlna e a vitamina C apresentaram Índices deade çuação de 85,89%, 82,71% e 89,9% respectivamente, ferro, tlamlna e nlaclna apresentaram aáltes Inferiores a 80% do recomendado ΨAO/OMS [1974). INTRODUÇÃO Já foi demonstrado que as influências genéticas nos padrões de crescimento são pe quenas em comparação com as influências ambientais (Habicht, 197**; Matorel \, 1975; Grai ter, 1981) . Isto significa que os fatores sóclo-econômico-eulturais exercem uma influência mu i to grande sobre o desenvolvimento somático e intelectual das crianças. (*) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Manaus - AM. (**) Médico Pediatra do SESI, Manaus - AM. ACTA AMAZÔNICA, 20(ünico): 119-129. 1990. 119

Transcript of AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Ε ALIMENTAR DE PRÉ … · avaliaÇÃo nutricional Ε alimentar de...

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Ε AL IMENTAR DE P R É - E S C O L A R E S DE UMA CRECHE DE MANAUS Ε A I N F L U Ê N ­

CIA DA ENTIDADE NO ESTADO NUTRICIONAL DE SUA POPULAÇÃO.

D i o n í s i a Nagahama ( * )

H e l y d e A . M a r i n h o ( * )

Y o l a n d a Rocha ( * )

M a r i a J o s é R . F e r r a r o n i ( * )

N e l s o n B . S i l v a ( * )

J a n e t e S . C a s t r o ( * )

J o s é A u g u s t o Onety ( * * )

Resumo foram estudadas 250 crianças na faixa etcuvía de 4 a 6 anos de uma CA&çhe. destina­

do, α filhos do. trabalhadores do Vlàtrlto industrial de Manaus, AM. Os pais dessas cri­anças foram consideradas de baixa nznda. 0 estado nutrlclonal foi avaliado segundo os vaterlos de Gomez ( / 9 5 6 ) e Waterlow et at. ( 7 9 7 7 ) ; ραΛα o Inquérito alimentar foi uti­lizado o mito do recordatÓrlo do. 24 hs e pesagem direta, dos alimentos. Os resultados In-ditaram quo. a maioria das crianças, 62,8%, estavam em estado nutrido not normalpela clas_ úhicação de Gomez ( 1 9 5 6 ) e 61,6%, pela classificação de itícuterlow vt al. (1977). Os re­cuados demonstraram que o consumo proteZco foi de 92,,98% do Zndlce Ideal, sendo 50,01% dute total de origem animal e o consumo energético foi de apenas 68,17% do recomendado pe£a FAO/OMS [1974). 0 cálcio, a rlboflavlna e a vitamina C apresentaram Índices deade çuação de 85,89%, 82,71% e 89,9% respectivamente, ferro, tlamlna e nlaclna apresentaram aáltes Inferiores a 80% do recomendado ΨAO/OMS [1974).

INTRODUÇÃO

Já f o i d e m o n s t r a d o que a s i n f l u ê n c i a s g e n é t i c a s n o s p a d r õ e s de c r e s c i m e n t o s ã o pe

quenas em c o m p a r a ç ã o com a s i n f l u ê n c i a s a m b i e n t a i s ( H a b i c h t , 197* * ; M a t o r e l \ , 1 9 7 5 ; G r a i

ter, 1981 ) .

I s t o s i g n i f i c a que o s f a t o r e s s ó c l o - e c o n ô m i c o - e u l t u r a i s e x e r c e m uma i n f l u ê n c i a mu i

to grande s o b r e o d e s e n v o l v i m e n t o s o m á t i c o e i n t e l e c t u a l d a s c r i a n ç a s .

(*) I n s t i t u t o N a c i o n a l de P e s q u i s a s da Amazôn ia - I N P A , Manaus - AM. (**) Médico P e d i a t r a do S E S I , Manaus - AM.

ACTA AMAZÔNICA, 2 0 ( ü n i c o ) : 1 1 9 - 1 2 9 . 1 9 9 0 . 119

Os p r i m e i r o s a n o s de v i d a s ã o e s s e n c i a i s p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o do s e r humano, a

b a s e da p e r s o n a l i d a d e s e forma n e s t e p e r í o d o e a s s u a s v i v ê n c i a s s e r ã o d e t e r m i n a n t e s na

fo rmação de s u a a u t o - i m a g e m e i r ã o c o n s e q ü e n t e m e n t e , p a u t a r t o d o o s e u d e s e n v o l v i m e n t o

f u t u r o ( D i d o n e t , 1 9 7 9 ) · P o r t a n t o , o s p r e j u í z o s s o f r i d o s p e l a s c r i a n ç a s , t a n t o de ordem

n u t r i c i o n a l , e m o c i o n a l ou na s a ú d e s e i n s t a l a m d e s d e c e d o .

A s c r i a n ç a s p r o v e n i e n t e s de a m b i e n t e s de b a i x a renda s ã o f r e q ü e n t e m e n t e m a i s sus­

c e p t í v e i s a e s s e s p r e j u í z o s , m o s t r a n d o - s e a t r a s a d a s p e l o menos em d o i s a n o s de desenvol

v i m e n t o c o g n i t i v o ao c h e g a r e m ao 1? ano p r i m á r i o , c o m p a r a d a s à q u e l a s p r o v e n i e n t e s de cias

s e média ( P o p p o v i c , 1 9 7 5 ) ·

E s t a s i t u a ç ã o c a r e n t e é g r a v í s s i m a e u l t r a p a s s a o s l i m i t e s das p r ó p r i a s f a m í l i a s

e d a s a u t o r i d a d e s a d m i n i s t r a t i v a s . E n q u a n t o a s mães t r a b a l h a m , m u i t o p r é - e s c o 1 a r e s são

p r a t i c a m e n t e a b a n d o n a d o s e uns p o u c o s tem a f e l i c i d a d e de d i s p o r de c r e c h e s , sematenção

adequada dos g o v e r n a n t e s e l í d e r e s p o l í t i c o s a g r a v a n d o - s e a s i t u a ç ã o , d e n t r o de uma ele

v a d í s s i m a d i m e n s ã o ( C h a v e s , 1 9 8 2 ) . E n t r e t a n t o , d e v i d o ã r e i v i n d i c a ç ã o s o c i a l e ã cons­

c i e n t i z a ç ã o de a l g u n s e m p r e s á r i o s , e s t a f a l h a e s t á s e n d o c o n t o r n a d a c o m a s i n s t a l a ç õ e s è

c r e c h e s p a r a f i l h o s de s e u s f u n c i o n á r i o s d e s t i n a n d o p a r t e do o r ç a m e n t o p a r a o custe io

d e s t e s e r v i ç o amp lamente s o c i a l .

0 o b j e t i v o d e s t e t r a b a l h o é de a v a l i a r o e s t a d o n u t r i c i o n a l d a s c r i a n ç a s f reqüen­

t a d o r a s de uma c h e c h e d e s t i n a d a a f i l h o s de o p e r á r i a s do D i s t r i t o I n d u s t r i a l de Manaus

e v e r i f i c a r a s u a c o n t r i b u i ç ã o na m e l h o r i a d o s s e u s b e n e f i c i á r i o s .

0 e s t a d o n u t r i c i o n a l de uma p o p u l a ç ã o s õ pode s e r d i r e t a m e n t e med ido po r parâme?!

t r o s b i o q u í m i c o s e m e d i d a s a n t r o p o m é t r i c a s , e n t r e t a n t o o s i n q u é r i t o s a l i m e n t a r e s podem

s u g e r i r q u a l o n u t r i e n t e e s p e c í f i c o que p o s s i v e l m e n t e e s t a r á d e f i c i e n t e na d i e t a da po­

p u l a ç ã o e s t u d a d a e d e s t a f e i t a p o s s i b i l i t a n d o um m e l h o r d i r e c i o n a m e n t o do e s t u d o ( S a b r y ,

1 9 7 7 ) ·

MATERIAL Ε MÉTODOS

Foram e s t u d a d a s 250 c r i a n ç a s , 7 8 , 3 7 ¾ do t o t a l d a s c r i a n ç a s m a t r i c u l a d a s , na faixa

de * 4 a 6 a n o s de i d a d e , de ambos o s s e x o s , p e r t e n c e n t e s a f a m í l i a s de b a i x a r e n d a , fre­

q ü e n t a d o r a s da c h e c h e do S E S I de M a n a u s , no p e r í o d o de j u n h o a j u l h o de 1 9 8 7 . Todas as

c r i a n ç a s p a s s a r a m po r uma v e r i f i c a ç ã o p r é v i a , onde a s mães f o r a m e n t r e v i s t a d a s pe la as­

s i s t e n t e sócia) de s u a empresa e p o s t e r i o r m e n t e e s t a s c r i a n ç a s f o r a m a d m i t i d a s em regi­

me de s e m i - i n t e r n a t o , p o s s i b i l i t a n d o a o s p a i s t r a b a l h a r e m com m a i s t r a n q u i l i d a d e fora de

c a s a .

0 e s t a d o n u t r i c i o n a l f o i a v a l i a d o a t r a v é s de d a d o s a n t r o p o m é t r i c o s de p e s o e altu.

r a , u t i l i z a n d o a s no rmas de J e l l i f f e ( 1 9 6 8 ) .

Os dados f o r a m a v a l i a d o s s e g u n d o o s c r i t é r i o s de Gomez ( 1 9 5 6 ) , que p e l a aval iação

p o n d e r a i s ã o i d e n t i f i c a d a s f o r m a s l e v e s de d e s n u t r i ç ã o ( 1 ? g r a u ) q u a n d o o p e s o da crian

ça r e p r e s e n t a r 76 a 90¾ do p e s o med iano e s p e r a d o p a r a a i dade e s e x o ; f o r m a s modera­

d a s ( 2 ? g r a u ) q u a n d o o p e s o r e p r e s e n t a r 60 a 75¾ e f o r m a s s e v e r a s ( 3 ? g r a u ) p a r a menos

1 2 0 Na qa ha ma. et ali

de 60¾ do peso esperado, e c r i t é r i o s de Waterlow (1977) , que ind ica a s c r o n i c i d a d e da des

nutrição pela ava l i ação de p e s o / a l t u r a e a 1 tu ra / i dade, baseado nos padrões de Ν CHS (1983).

0 inquér i to a l imentar de 2 4 horas fo i rea l i zado a t ravés da pesagem d i ré ía dos a l i ­

mentos o fe rec idos pela en t idade : desjejum, almoço e lanche, con t ro lando-se a ingestão e

as sobras, comparando-se também com a pesagem d i re ta dos al imentos crus u t i l i z a d o s nas

refeições e d i s t r i b u í d o s equi tat ivãmente entre os comensa is , e recorda tór io pe las in for

mações ob t idas das mães a t ravés de b i l h e t e s , onde forneciam as quant idades emmedidas ca_

seiras e em un idades .

Pelos dados do inquér i to a l imentar é p o s s í v e l i d e n t i f i c a r grupos de r i s c o de def i

ciências n u t r i c i o n a i s ( O l i v e i r a , 1985) , além de re fo rçar achados c l í n i c o s dessas defic_[_

éncias. ( D i s s e l d u f f ) .

Para determinação de peso e a l t u r a fo i u t i l i z a d a uma balança do t i po plano com pe

so até 50 kg e uma f i t a métr ica c i e n t í f i c a com n ive lador acop lado .

A pesagem de a l imentos fo i f e i t a com a u x í l i o de uma balança de 2 kg com s e n s i b i l i

dade de 1 grama.

Para os cá l cu los de c a l o r i a s e demais nu t r ien tes fo i u t i l i z a d o a tabela de compo­

sição química dos a l imentos do IBGE ( 1 9 7 7 ) e as necess idades dé energ ia e n u t r i e n t e s fo ­

ram seguidas as recomendações da FAO/OMS ( 1 9 7 * 0 ·

RESULTADOS Ε D I S C U S S Ã O

Das 250 c r i anças es tudadas , I38 (55¾) eram do sexo mascul ino e 112 (45¾) eram do

J sexo feminino (Tabela 1 ) .

A to ta l idade das c r i anças da creche não fo i a lcançada po is algumas est iveram au ­

sentes em v i r tude das f é r i a s das maês nas empresas onde trabalhavam.

0 estado nu t r i c i ona l ava l i ado a t ravés do c r i t é r i o de Gomez (1956), o qual mede o

grau de d é f i c i t pondera i , apresentou 9 3 ( 3 7 , 2 ¾ ) c r ianças abaixo do peso i dea l , sendo que

88 ( 3 5 , 2 ¾ ) foram c l a s s i f i c a d a s como desnut r idas de 1? g r a u , o que se ca rac te r i za como

desnutrição leve ou ins ta lada a pouco tempo, e apenas 5 (2¾) c r ianças foram c l a s s i f i c a ­

das como desnut r idas de 2? g r a u , uma desnut r ição moderada, cujo quadro c l í n i c o émais gra

ve, tornando-se necessár ia a a s s i s t ê n c i a médica. A maior ia das c r ianças apresentou e s ­

tado normal de nu t r i ção .

Já Monteiro ( 1 9 8 6 ) est imou em apenas 2 5 , 9 ¾ a preva lênc ia de desnut r ição no municí

pio de São Pau lo , sendo 2,9¾ a p reva lênc ia da forma moderada (2? grau) e O l i v e i r a ( 1 9 8 5 )

detectou que 45,65¾ das c r i anças de um Centro de proteção soc ia l em João Pessoa,apresen

taram de f i c iênc ia n u t r i c i o n a l , sendo 4,34¾ a p reva lênc ia de desnu t r i ção de 2? g r a u .

0 mesmo resu l tado não fo i apresentado por ou t ros t r aba lhos , onde a desnut r ição

atingiu 70¾ das c r i a n ç a s , sendo entre 10 e 20¾ a preva lênc ia da desnu t r i ção de 2? grau

(Giugliano et al . , 1977, 1978, 1981 e 1984).

Usando os c r i t é r i o s de Waterlow (1977) , o qual permite a d i fe renc iação entre des ­

nutrição aguda e c r ô n i c a , apenas 75 (30¾) c r i anças apresentaram nanismo n u t r i c i o n a l , ín

d i ca t i vo de desnut r ição c r ô n i c a , ou s e j a , a sua al imentação era mínima ou insa t is fa tó

r i a em quantidade ou qual idade por muito tempo; 14 (5,6¾) apresentaram a t r o f i a nutr ic io

nal , i nd ica t i vo de desnut r ição aguda, no qual a c r iança era recentemente nut r ida de modo

s a t i s f a t ó r i o , mas no momento es tava recebendo al imentação i n s u f i c i e n t e . Neste c r i t é r i o ,

apenas 7 (2,8¾) c r i anças apresentaram nanismo e a t r o f i a nu t r i c i ona l ca rac te r i zado por

desnut r ição c r ô n i c a , provavelmente complicada por infecção recente. Neste c a s o , é reco

mendado sua recuperação em h o s p i t a i s e s p e c i a l i z a d o s . A ma io r ia , 154 (61,66¾), apresen­

tou estado normal de nu t r i ção .

Destas 250 c r i a n ç a s , apenas 1 2 5 , 39,18¾ do tota l de c r i anças ma t r i cu ladas , par t i ­

ciparam do inquér i to a l imentar , po is muitas informações ob t idas das mães eram duvidosas

ou incompletas.

A Tabela 4 e o g r á f i c o 1 indicam os n í v e i s energé t i cos e n í v e i s em nu t r ien tes da

al imentação oferec ida pela ent idade e o s n í v e i s da al imentação consumida em um d i a .

A Tabela 6 mostra a al imentação o fe rec ida pela en t idade.

A média do va lo r energét ico da al imentação o fe rec ida pela creche correspondeu a

668,39 Cal e a média da al imentação total inger ida fo i de 1247,59 C a l .

Apesar da ent idade ter o fe rec ido 3 r e f e i ç õ e s , e la con t r i bu iu com 36.52¾ do valor

c a l ó r i c o total recomendado pela FAO/OMS (1974) e com n í v e i s super io res a 50¾ de fósfo

ro , v i tamina A e p r o t e í n a s .

0 índice de adequação das quant idades de c a l o r i a s inger idas nas 24 horas corres­

pondeu a 68,17¾ de acordo com as recomendações (Tabela 4 ) .

Os índ ices de adequação dos nu t r ien tes g l i c í d i o s , p ro te ínas e l i p í deos apresenta­

ram 60,2¾ e 17¾ e 22,8¾ respectivamente (Tabela 5 ) .

A al imentação inger ida mostrou que é quant i tat ivamente i n s u f i c i e n t e , principalmen

te em l i p í deos e de f i c i en tes em n í v e i s e n e r g é t i c o s , os qua is apresentaram va lo res infe­

r i o res a 70¾ de adequação, porém no que se refere a vi tamina A e ao f ó s f o r o , es tes nu­

t r i en tes mostraram n í v e i s adequados (Tabela 4 , g r á f i c o 1 ) . 0 va lo r da v i tamina A prova

velmente se deve ao freqüente consumo de l e i t e , margarina e v í s c e r a s , es tando , presente

em 68,23¾ nos a l imentos de or igem animal e 31,77¾ nos a l imentos de or igem vegetal consu

mi dos .

Como mostra a Tabela 6, a entidade ofereceu f rango ou carne bovina alternadamente

v í s c e r a s de f rango no almoço e le i te d iar iamente, 2 vezes ao d i a . Este foi consumido

por 78,4¾ das c r i anças antes de irem a c reche, sendo o fe rec ido em casa ou pela empresa

na qual a mãe era f unc ioná r i a .

C á l c i o , r i b o f l a v i n a e v i tamina C apresentaram índ ice de adequação de 85,89¾ , 82,73¾

e 89,9¾ respect ivamente, sa l i en tado que geralmente o s a l imentos passavam por cocção per­

dendo com i s s o grande parte de suas v i t am inas .

F e r r o , t iamina e n iac ina apresentaram índ ices i n f e r i o r e s a 80¾ do recomendado (Ta

bela 6) . A carência de t iamina e f e r r o , pela a n á l i s e da i nges tão , concorda com vários

levantamentos c l í n i c o s rea l i zados na reg ião ( G i u g l i a n o e t a l . , 1977, 1981 , 1984; Conten

te , 1963) .

No Amazonas v á r i o s es tudos vêm re latando sobre p o s s í v e i s oco r rênc ias de eerênctas

122 Nagahama e t a l .

tn u t r i c i o n a i s na p o p u l a ç ã o , e s p e c i a l m e n t e em c r i a n ç a s , s e n d o d e t e c t a d o s com f r e q ü ê n c i a a

ca rênc ia de f e r r o , v i t a m i n a A e r i b o f l a v i n a . S e g u n d o e s s e s a u t o r e s , a p r i n c i p a l c a u s a

se r i a a c a r ê n c i a e n e r g é t i c a , r e s u l t a d o de uma a l i m e n t a ç ã o q u a n t i t a t i v a m e n t e i n s u f i c i e n ­

te ( G i u g l i a n o et a l . , 1978, 1981 ; C o n t e n t e , 1963)·

0 p e r c e n t u a l e n e r g é t i c o de o r i g e m p r o t é i c a da a l i m e n t a ç ã o , p r i n c i p a l m e n t e o f e r e c i

do p e l a e n t i d a d e , é s u f i c i e n t e e s a t i s f a t ó r i o p e l o f a t o de s e r de boa q u a l i d a d e b i o l ó g i

ca , sendo 5 0 , 0 1 ¾ de o r i g e m a n i m a l ; p o r é m , há um d é f i c i t e n e r g é t i c o , i n d u z i n d o a u t i l i z a _

ção de p r o t e í n a s p a r a f o r m a ç ã o de e n e r g i a a o i n v é s de s í n t e s e de t e c i d o s e o u t r o s f i n s

mais n o b r e s .

Os d a d o s e n c o n t r a d o s c o n c o r d a m com a l i t e r a t u r a s o b r e e s t u d o s r e g i o n a i s a r e p e i t o

r do e s t a d o n u t r i c i o n a l d a s c r i a n ç a s ( C o n t e n t e , 1 9 6 3 ; G i u g l i a n o e t a l . , 1 9 7 8 , 1 9 8 1 , 1984)

e de o u t r o s E s t a d o s ( W i l s o n , 1980 £ L u c e n a , 1985) onde d e t e c t a r a m uma b a i x a a d e q u a ç ã o

energé t i ca e a d e q u a ç ã o p r o t é i c a n o r m a l .

CONCLUSÃO

Embora a m a i o r i a t e r a p r e s e n t a d o e s t a d o norma l de n u t r i ç ã o , n ã o f o i d e s p r e z í v e l α

número de c r i a n ç a s que a p r e s e n t o u d e s n u t r i ç ã o . A i n c i d ê n c i a m a i o r f o i a d e s n u t r i ç ã o l e

ve (19 g r a u ) , p r o v a v e l m e n t e em c o n s e q ü ê n c i a da a l i m e n t a ç ã o q u a n t i t a t i v a m e n t e i n a d e q u a J

da.

Na a n á l i s e da a d e q u a ç ã o e n e r g é t i c a - p r o t é i c a d a ' a l i m e n t a ç ã o i n g e r i d a , f o i c o n s t a t a

do um b a i x o consumo e n e r g é t i c o a l i a d o a um e l e v a d o consumo p r o t é i c o .

A a l i m e n t a ç ã o o f e r e c i d a p e l a e n t i d a d e c o r r e s p o n d e u a 3&,52% do v a l o r c a l o r i c o t o -

1 tal recomendado no e n t a n t o , o e s t a d o n u t r i c i o n a l d a s c r i a n c a s bene f i c i a d a s a p r e s e n t o u - s e

aquém d a s e x p e c t a t i v a s , p o i s s a b e - s e p e l a l i t e r a t u r a que o p e r c e n t u a l de d e s n u t r i ç ã o i n ­

fan t i l é e l e v a d o e p r e v a l e c e m a i s na p o p u l a ç ã o de b a i x a r e n d a .

É i m p o r t a n t e r e s s a l t a r que a é p o c a do e s t u d o t a l v e z t enha i n f l u e n c i a d o o s r e s u l t a

dos o b t i d o s do p a d r ã o a l i m e n t a r da c r e c h e , p o i s a n t e c e d i a a s f é r i a s e s c o l a r e s e a e n t i ­

dade j á não e s t a v a s e n d o a b a s t e c i d a de a l i m e n t o s , p r i n c i p a l m e n t e o s p e r e c í v e i s , como v e r

d u r a s , f r u t a s e l e g u m e s .

F i c a p a t e n t e que a i n s t i t u i ç ã o c r e c h e , em c o n d i ç õ e s o p e r a c i o n a i s i d e a i s , t endo o

atendimento e m p r e s a r i a l com a p o i o g o v e r n a m e n t a l e p r o p o r c i o n a n d o uma s u p l e m e n t a ç ã o a l i ­

mentar adequada i n f l u i p o s i t i v a m e n t e no d e s e n v o l v i m e n t o d a s c r i a n ç a s .

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a C l a u d i a da S i l v a M o t a , A i u b D a n t a s A t e n , M a r i a He lena A l v e s C o r t e z »

e Lucima S i q u e i r a , p e l o a p o i o t é c n i c o e a A d e l i n o A l v e s V i e i r a , p e l a p r o g r a m a ç ã o d o s da

d o s .

I

SUMMARY

Two hundred and fifty children be tween the ages of 4 and 6 years were studied from a creche tfo* the use o<$ workers in the Industrial District of Manaus (Amazowu), Brazil. The parents of these children were considered to be. from the, low income, bracket. The nu­tritional status was determined according to the, Gomez ( / 9 5 6 ) and Waterlow et al.H 97 7) classifications. The nutrient intake, WOÁ determined by means of the 24 - hour recall and weighed method*. According to the Gomez and Waterlow classifications, 6 2 , S I and 61,6% of the children, respectively, were in a normal nutritional state. The result* showed that the protein consumption was 92,98% of the ideal intake, of which SO,01% was of ani mal origin. The energy intake was only 6S,17% of the level recomendedby VAO/MO{1974). The calcium, riboflavin and vitamin C intakes were 85,89%, 82,73% and 89,9% of the reca mended intakes respectively. The iron, thiamin and niacin intakes were lower than 80% o{, the FAO/WO [1974) recomended intakes.

Ia 3 . A v a l i a ç ã o do e s t a d o n u t r i c i o n a l em um q r u p o de p r é - e s c o l a r e s de uma c r e c h e de

M a n a u s , 1987

C L A S S I F I C A Ç Ã O DE V/ATERLOW

Grau Peso por Al t u r a

Grau 0 1 2 3

A l t u r a

por

idade

Norma 1

I

I I

I I I

154

67

7

13

5

1

0

sla 4. P e r f i l n u t r i c i o n a l da a l i m e n t a ç ã o de p r é - e s c o l a r e s de uma c r e c h e de M a n a u s .

NUTR1 ENTES RECOMENDAÇÕES* A L I M E N T A Ç Ã O DA CRECHE

V a l o r Adequação %

ALIMENTAÇÃO TOTAL INGERIDA

V a l o r j % A d e q u a ç ã o * *

lor i a s ( K c a l ) 1830 6 6 8 , 3 9 3 6 , 5 2 1 2 4 7 , 5 9 68,17

ro te 'nas ( g ) 57 ,1 3 1 , 3 2 5 4 , 8 5 53 , 09 92,98

ip íd ios ( g ) 66,0 1 5 , 0 2 2 , 7 3 3 1 , 6 5 47 ,95

i c í d i o s ( g ) 2 5 1 , 0 1 1 2 , 5 8 44,85 188,03 74 ,91

le io ( g ) 500 182,33 3 6 , 4 7 4 2 9 , 4 5 85 ,89

s foro (mg) 500 3 6 4 , 4 7 72,89 7 6 9 , 9 4 153,99

rro (mg) 10 4,65 4 6 , 5 7,52 7 5 , 2

etinol ( u g ) 300 250 , 62 83,54 3 7 8 , 3 3 1 2 8 , 1 1

t. BI (ug ) 700 279,37 3 9 , 9 1 500 7 1 , 4 3

it. B2 ( u g ) 1 . 1 0 0 4 3 8 , 3 3 9 , 8 5 910 8 2 , 7 3

Niacina (mg) 1 2 , 1 5 , 9 4 49 , 09 9 , 0 2 7 4 , 5 5

l/it. C (mg) 20 5 , 9 1 2 9 , 5 5 17 ,98 8 9 , 9

(*) FA0/OMS.

(**) V a l o r e s o b t i d o s , u t i l i z a n d o a t a b e l a de C o m p o s i ç ã o do E N D E F .

GRAFICO I . P e r f i l n u t r i c i o n a l da a l i m e n t a ç ã o de p r é - e s c o l a r e s de uma

c r e c h e de M a n a u s , comparadas com a s recomendações (FAO-OMS)

( V a l o r e s o b t i d o s u t i l i z a n d o a T a b e l a de C o m p o s i ç ã o dos a l i ­

mentos do ENDEF)

(*) M a r g a r i n a e v e r d u r a s c o n s t a r a m n a s r e f e i ç õ e s a té a 3 a semana do mês de j u n h o .

(**) Formulados do PEAE c o n s t a r a m n a s r e f e i ç õ e s somente na 1? semana do mês de j u n h o .

Referências b i b l i o g r á f i c a s

Chaves, N . - 1982. - Fome, C r i a n ç a e V i d a . R e c i f e , E d i t o r a M a s s a g a n a . p . 9 9 - 1 1 2 .

Contente, J . J . S . - 1963 . E s t u d o c l í n i c o n u t r i c i o n a l em menores da c i d a d e de M a n a u s . Rev. A s s o c . M é d . B r a s i l , 9 ( 5 ) : 1 6 9 - 1 8 0 .

I Didonet, V . e t a l . - 1979 . A t e n d i m e n t o a o p r é - e s c o l a r . B r a s í l i a , D F , M i n i s t é r i o da Edu cação e C u l t u r a , v . 1 .

D isse lduf f , Μ. M. - . The r o l e o f d i e t a r y a s s e s s m e n t a s a n i n d i c a t i o n o f n u t r i t i o ­nal s t a t u s . L o n d o n , Depar tment o f h e a l t h and S o c i a l S e c u t i r y .

FAO/OMS - 1974. M a n u a l s o b r e l a s n e c e s s i d a d e s d e l hombre . C o l e t i o n F A O , Roma ( A ) .

FUNDAÇÃO IBGE - 1977. T a b e l a s de c o m p o s i ç ã o d o s a l i m e n t o s . R i o de J a n e i r o . 202p . t a b . (Estudo N a c i o n a l da d e s p e s a f a m i l i a r , v . 3: p u b l i c a ç õ e s e s p e c i a i s , t . 1 ) .

Giualiano, R . & S h r i m p t o n , R . - 1977. E s t u d o a n t r o p o m é t r i c o e c l í n i c o do e s t a d o n u t r i -

Avaliação a l i m e n t a r e n u t r i c i o n a l . . . 127

c i o n a l em um grupo de c r i a n ç a s p r è - e s c o l a r e s de M a n a u s , 1976. Â c t a A m a z ô n i c a , 7 ( 2 ) : 389-394 .

G i u g l i a n o , R . ; A l b u q u e r q u e , H . G . R . ; S h r i m p t o n , R . - 1978 . E s t u d o a n t r o p o m é t r i c ô , c l í n i c o e de p a d r õ e s a l i m e n t a r e s em um g r u p o de e s c o l a r e s de M a n a u s , 1976. A c t a Amazô­n i c a , 8 ( 1 ) : 7 5 - 8 2 .

G i u g l i a n o , R . ; G i u g l i a n o , L . G . ; S h r i m p t o n , R . - 1 9 8 1 . E s t u d o s n u t r i c i o n a i s d a s popula ç o e s r u r a i s da A m a z ô n i a . I . V á r z e a do r i o S o l i m õ e s . A c t a A m a z ô n i c a , 1 1 ( 4 ) : 7 7 3 - 8 8 .

G i u g l i a n o , R . ; S h r i m p t o n , R . ; M a r i n h o , Η . Α . ; G i u g l i a n o , L . - 1984. E s t u d o s n u t r i c i o ­n a i s d a s p o p u l a ç õ e s r u r a i s da A m a z o n i a . I I . R i o N e g r o . A c t a A m a z ô n i c a , 1 4 ( 3 - 4 ) : 427-4 9 .

Gomez, F . - 1946. C l a s s i f i c a ç ã o do e s t a d o de n u t r i ç ã o s e g u n d o Gomes. B o i . M e d . Hosp. I n f . , M é x i c o , 3 : 1 - 5 4 3 .

G r a i t e r , P . & G e n t r y , Ε . Μ. - 1 9 8 1 . M e a s u r i n g C h i l d r e n : One r e f e r e n c e f o r a l l . Lance t , 1 1 : 2 9 7 - 9 9 .

H a b i c h t , J . P . - 1975. H e i g h t and w e i g h t s t a n d a r d s f o r p r e s c h o o l c h i l d r e n How re levant a re e t h n n i c d i f e r e n c e s i n g r o u t h p o t e n t i a l ? L a n c e t , 1 : 6 1 1 - 5 .

H o r n e r , M. R . ; D o r e a , J . G . ; P e r e i r a , Μ. G . ; B e z e r r a , V . L . ; S a l o m o n , J . B . - 1 9 8 1 . I n ­q u é r i t o d i e t é t i c o com b a s e no consumo f a m i l i a r : o c a s o de I l h é u s , B a h i a , B r a s i l , em 1979. A r c h L a t i n o a m e r N u t r , 3 1 ( 4 ) : 7 2 6 - 3 9 .

J e l l i f f e , D. - 1968 . E v o l u a c i o n d e i e s t a d o de n u t r i c i o n de l a c o m u n i d a d : c o n espec ia l r e f e r e n c i a a l a s e n c u e s t a s en l a s r e g i o n e s en d e s a r r o l l o . G e n e b r a , O r g a n i z a c i o n Mun­d i a l de l a S a l u d . ( S e r i e de M o n o g r a f i a s , 5 3 ) .

L u c e n a , M. A . F . - 1985 . Consumo a l i m e n t a r de f a m í l i a s de p r é - e s c o l a r e s , r e s i d e n t e s no b a i r r o de M u s t a r d i n h a - R e c i f e 1985. U n i v e r s i d a d e F e d e r a l de P e r n a m b u c o , C e n t r o de C i ê n c i a s da S a ú d e , Depar tamento de N u t r i ç ã o .

M a t o r e l l , R. ; H a b i c h t , J . P . ; Y a r b r o u g h , C; Gumer, G . ; K l e i n , R . - 1975 . The i d e n t i f i ­c a t i o n and e v a l u a t i o n o f measurement v a r i a b i l i t y i n the an th ropomet ry o f preschool c h i l d r e n . Am. J . P h y s . A n t r o , 4 3 : 3 4 7 - 5 2 .

M o n t e i r o , C . Α . ; B e n í c i o , Μ. Η . Α . ; Z u n i g a , Η . P . P . ; S z a r f a r c , S . C . - 1986. Estudo d a s c o n d i ç õ e s de saúde d a s c r i a n ç a s do m u n i c í p i o de S ã o P a u l o , SP ( B r a s i l ) , 1984 -1985 . I I . A n t r o p o m e t r i a N u t r i c i o n a l . R e v . Saúde P u b l . , 2 0 ( 6 ) : 4 4 6 - 5 3 .

O l i v e i r a , Μ. E . R . ; S i l v a , M. G . ; R i v e r a , Μ. Α . Α . ; R i v e r a , F . Α . - 1985. D i a g n ó s t i c o n u t r i c i o n a l e a l i m e n t a r de p r é - e s c o l a r e s em c r e c h e s na c i d a d e de J o ã o P e s s o a . CCS, 7 ( 4 ) : O u t - N o v - D e z .

OMS - O r g a n i z a ç ã o M u n d i a l de l a S a l u d . 1980. M e d i c i o n d e i cambio d e i e s t a d o n u t r i c i o ­n a l : d i r e c t r i c e s p a r a e v a l u a r e l e f e i t o n u t r i c i o n a l de p r o g r a m a s de a l i m e n t a c i o n su p l e m e n t a r i a d e s t i n a d o s a g r u p o s v u l n e r a b l e s . G i n e b r a .

P o p p o v i c , A . M . ; E s p o s i t o , Y . L . ; Campos , Μ. Μ. M. - 1975 . M a r g i n a l i z a ç ã o , c u l t u r a l : s u b s í d i o s para o c u r r í c u l o p r é - e s c o l a r . C a d e r n o s de P e s q u i s a da Fundação C a r l o s Cha g a s , Sao P a u l o , 1 4 : 7 - 2 3 .

S a b r y , Ζ . I . - 1977. E v a l u a c i o n d e i e s t a d o n u t r i c i o n a l de l a p r o b l a c i o n . A l i m e n t . n u t r . ( F A O ) , Roma, 3 ( 4 ) : 2 - 6 .

W a t e r l o w , J . C . ; B u z i n a , R . ; K e l l e r , W . ; L a n e , J . M . ; M i c h a m a n , Μ. Z . - 1977. The pre­s e n t a t i o n and u s e o f h e i g t h and w e i g h t d a t a f o r c o m p a r i n g the n u t r i t i o n a l s t a t u s of g r o u p s o f c h i l d r e n under the age o f 10 y e a r s . B u l l . WHO, 5 5 : 1 8 9 - 9 8 .

. J

128 Nagahama et a I,

Wilson, D . ; R o n c a d a , Μ. J . ; M a z z i l i , R . N . ; C a v a l c a n t e , Μ. L . F . ; P a t t o l í , D . B . G . - 1 9 8 0 . N u t r i t i o n a l s t a t u s o f c h i l d r e n , i n m a t e s o f a s m a l l i n s t i t u t i o n f o r h o m e l e s s c h i l d r e n in the c a p i t a l o f the s t a t e o f São P a u l o , B r a z i l . R e v . Saúde P u b l . , São P a u l o , 14: 300-9.

( A c e i t o p a r a p u b l i c a ç ã o em 2 1 . 0 5 . 1 9 9 0 )