Aplicação do Método de Rayleigh-Ritz - Fundamentos de Vibrações
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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
CENTRO TECNOLÓGICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
EMC 6705 – Fundamentos de Vibrações
2º Exercício de Avaliação:(Aplicação do Método de Rayleigh-Ritz) Aluno: Giovanni Bratti Data:24/05/2009
Proposta:
Seja a barra da figura abaixo (tronco de cone), sujeita a movimentos torcionais θ(x,t),
com as duas extremidade engastadas.
A barra possui comprimento L = 1m, com diâmetros inicial 0,40m e final de 0,20m,
densidade ρ = 7,8.10³ kg/m³ e módulo de elasticidade transversal G = 85 GPa.
Aplicar o método de Rayleigh-Ritz para calcular 2 freqüências naturais não
amortecidas e correspondentes formas modais com qualidade. Utilizar funções tentativas
que sejam polinômios em x.
Comparar as freqüências naturais com resultados obtidos por desenvolvimento
analítico (Cap. 2 da disciplina), considerando uma viga de seção constante, cujo diâmetro
adote o valor do diâmetro médio da viga acima, ou seja, de 0,30 m.
Apresentar as matrizes de massa e de rigidez reduzidas.
x θ(x,t)
1,00 m
Ø 0
,40m
Ø 0
,20m
0
1 – Aplicação do Método dos Sistemas Contínuos (Solução Analítica)
Esta primeira abordagem é feita com a aplicação do Método dos Sistemas Contínuos
(ou Analítico) em uma viga com vibração torcional, cujo objetivo é encontrar as
freqüências naturais e as respectivas formas modais dos dois primeiros modos. Este método
considera os corpos (sistema) com massa e elasticidade distribuída continuamente, que são
considerados homogêneos e isotrópicos, comportando-se de acordo com a lei de Hooke,
quando dentro dos limites de elasticidade.
Vibração Torcional da Viga com Seção Constante:
O sistema a ser analisado pelo método dos sistemas contínuos é uma viga (Fig.1) com
seção transversal constante (diâmetro médio de Diam=0,30m), módulo de elasticidade
transversal G=85GPa, momento polar de inércia da seção transversal dado por J(x) e
momento polar de inércia de massa por comprimento dado por im(x).
Figura 1: Viga bi-engastada, com seção transversal constante.
Admitindo que G, J(x) e im(x) são constantes ao longo da viga, a equação diferencial
parcial que descreve o movimento da viga (equação da onda) é dada por:
onde a2 =GJ/im e tx, é o movimento de rotação da seção transversal em torno de x.
Aplicando o método da separação de variáveis com tx, =X(x)·T(t), a equação da
onda resulta em:
2
2
22
2 ,1,t
txax
tx
(1)
G,J,im
x θ(x,t)
1,00 m
0
Ø 0
,30m
ou unindo os termos como:
As condições de contorno especiais são:
ou seja, nos extremos da viga o deslocamento angular é zero. Usando a mesma separação
de variáveis, as condições de contorno acima nos fornecem:
Analisando o problema em X(x), tem-se que a equação diferencial ordinária é:
e as condições de contorno dadas pela equação (5).
Este problema só admite soluções triviais quando λ ≥ 0. Portanto para λ < 0, tem-se a
proposta de solução:
aplicando as condições de contorno dada pela equação (5), tem-se que:
assim, a condição é obtida quando:
condição que é obtida quando:
ou
Retornando à equação (7), as autofunções (forma modal, ou espacial) são obtidas:
TXa
TX 2
1 (2)
TT
aXX
2
1 (3)
0,0 t
0, tL (4)
0)0(0)().0(),0( XtTXt
0)(0)().(),( LXtTLXtL (5)
0)(.)( xXxX (6)
).cos(.).(.)( 21 xCxsenCxX (7)
LsenCLX
CX
.00)(
00)0(
1
2
(8)
0sen (9)
,...3,2,1.. nnLn (10)
,...3,2,12
22
nL
nn
(11)
Obs.: A constante 1C foi retirada com o intuito de mostrar como são as autofunções. Outro motivo é que na próxima etapa aparecerão
outras constantes que se misturariam com esta.
Para encontrar a solução de T(t), monta-se da parte direita da equação (3) junto com o
valor λ obtido pela equação (11) a seguinte equação:
cuja solução fornece (admitindo também que λ < 0):
Os termos J(x) (momento polar de inércia da seção transversal), im(x) (momento
polar de inércia de massa por comprimento) e a constante a, são dados respectivamente por:
32
)(4xDxJ iam
(15)
que para este modelo Diam(x)=cte=0,30m. Assim, a autofunção de x e de t levada à equação
da separação de variáveis nos fornece:
e a resposta do sistema é dada por:
e as respectivas freqüências de ressonância [rad/s] de cada modo são dadas por:
,...3,2,1.
.
nxL
nsenxX
xsenxX
n
n
(12)
0)(...)( 2
222
tTL
antT (13)
t
LansenDt
LanDtT nnn .......cos.)( 21
(14)
322
)(42 xD
LMR
LIxi iamm
m
(16)
G
iGJa
m
(17)
t
LGn
senDtLGn
DxL
nsentx nnn ./..
../..
cos..),( 21 (18)
1
),(),(n
n txtx (19)
...3,2,1,/..
nLGn
n
(20)
A solução final do problema já com os valores de G, ρ e L substituídos é dada
através da seguinte série:
e as freqüências naturais por:
A amplitude de vibração torcional ao longo da viga é uma onda seno. Através das
autofunções “equação (12)” é possível plotar as formas modais da viga para qualquer
modo, e também com a equação (21) acima se determinam as freqüências de ressonância de
qualquer modo. Para os quatro primeiros modos, têm-se os resultados:
TABELA 1: FREQÜÊNCIAS NATURAIS CALCULADAS PELO MÉTODO ANALÍTICO.
Modo wn [rad/s]
1 10370,79
2 20741,59
3 31112,38
4 41483,18
1
42
41 ..1,0371.10...1,0371.10cos...),(
nnn tnsenDtnDxnsentx (21)
1,2,3,.. =n.1,0371.104 nn (22)
Figura 2: Quatro primeiras formas modais da viga obtidos pelo método analítico.
Após a segunda parte do exercício são comparadas as formas modais adquiridas por
este método com as formas modais do segundo método junto com as suas respectivas
freqüências de naturais.
2 – Aplicação do Método de Rayleigh-Ritz (Solução Aproximada)
Esta segunda abordagem utiliza o Método energético de Rayleigh-Ritz (que é um
método aproximado) para estimar as formas modais e as freqüências naturais torcionais de
uma viga com seção transversal variável. De modo geral, o método transforma um
problema contínuo, de dimensão infinita, em um problema de autovalores de dimensão n.
Este método utiliza a energia cinética que está relacionada com a rigidez do sistema e
a energia potencial que está associada com a inércia do sistema no quociente de Rayleigh.
Este tratamento é feito para encontrar as matrizes reduzidas de massa [M] e de rigidez [K]
da viga, para que então seja resolvido o problema de autovalores que é montado com essas
matrizes [K] e [M]. Neste caso, os autovalores são com certa aproximação iguais as
freqüências naturais ao quadrado e os elementos dos autovetores são usados em conjunto
com funções tentativas para estimar as formas modais.
Vibração Torcional da Viga com Seção Variável:
Considere a viga da figura abaixo (Figura 3) como sistema:
Figura 3: Viga bi-engastada, com seção transversal variável.
Para encontrar as formas modais e as respectivas freqüências naturais utilizando o método
de Rayleigh-Ritz, admitem-se funções tentativas ϕi(x) que busque representar, através de
combinações lineares, as formas modais da estrutura.
O método de Rayleigh-Ritz admite que a solução aproximada do problema de
autovalores relacionada ao sistema contínuo possa ser dada através combinação linear da
seguinte equação:
n
ii xiax
1)()( (23)
x θ(x,t)
1,00 m
Ø 0
,40m
Ø 0
,20m
0
onde os ai são coeficientes a determinar. Normalmente neste método o número de funções
tentativas necessárias é igual ou maior que o dobro do número de modos de interesse, por
isso, será escolhidas quatro funções tentativas já que o interesse são os dois primeiros
modos.
Uma observação aqui feita é que o segundo modelo (fig.3) possui as mesmas
condições de contorno que o primeiro modelo (fig.1). Com isso, como critério de escolha
das funções tentativas, foram utilizadas as seguintes regras:
1) Todas as funções iniciam e terminam com valor nulo, concordando com a condição
de contorno que indica deslocamento angular (θ) nulo em x=0 e x=L.
2) As funções ϕ2(x), ϕ3(x) e ϕ4(x) dividem respectivamente o vão em dois, três e quatro
segmentos de comprimentos iguais.
3) Todas as funções possuem valor unitário na distância x=L/(2.i), ou seja: 1=2.iL
i
onde i é o número do modo. Por exemplo, a função ϕ1(x) tenta representar o modo i=1,
e o valor de 1=2.1L
1
.
Assim, as funções escolhidas foram as seguintes:
As quatro funções tentativas são mostradas na figura 4 a seguir:
21 44 xxx (24)
322 23
332 xxxx (25)
4323 918112
548 xxxxx (26)
54324 32870253
1051024 xxxxxx (27)
Figura 4: As quatro funções tentativas.
Para a viga da figura 3 sujeita a movimentos torcionais, que possui módulo de eleasticidade
transversal G, momento polar de inércia J(x) e momento de inércia de massa por unidade de
comprimento im(x), o quociente de Rayleigh é dado por:
onde conforme proposto pela equação (23), tem-se que:
Para resolver o numerador “N(θ)” da equação (28), aplica-se a integral por partes, que
fornece:
L
om
L
dxxxi
dxdx
xdxGJdxdx
R2
0
(28)
xaxaxaxax 44332211
(29)
LLL
dxdx
xdxGJdx
xdxxGJdxdx
xdxGJdxdxN
0
2
00
(30)
no qual aplicando as condições de contorno θ(0)=θ(x)=0, restará somente:
A viga com seção transversal variável possui o diâmetro variável dado por:
onde x é a posição na viga conforme representado na fig. 3. Substituindo a equação (32) na
equação (15) tem-se que o momento polar de inércia da seção transversal é dado por:
Substituindo a equação (33) na equação (31), tem-se:
Calculando a derivada com relação à x na equação (29) e substituindo no termo entre
colchetes da equação (34) tem-se:
no qual calculando a derivada da equação acima com relação a ar e simplificando em termo
de somatório, tem-se:
Segundo a teoria de Rayleigh-Ritz, ra
N é dado por:
e comparando a equação (37) com a (36), tem-se que:
onde os valores kij são os elementos da matriz rigidez [K]4x4 e i,j=1,2,3 e 4.
L
odx
dxxdxJGN
2 (31)
4,02,0)( xxDiam m (32)
32
4,02,0)(4
xxJ (33)
Ldx
dxxdxGN
0
244,02,0
32 (34)
L
dxxaxaxaxaxGN0
244332211
44,02,032
(35)
L
irii
r
dxxxaxGaN
0
4
1
4 24,02,032
(36)
n
irii
r
kaaN
1
2 (37)
L
riij dxxxxGk0
44,02,032
(38)
Substituindo a equação (29) no denominador “D” da equação (28) e derivando com
relação a ar, tem-se:
em que comparando a equação acima com a equação de ra
D , que segundo a teoria de
Rayleigh-Ritz é dado por:
resulta em:
onde os valores mij são os elementos da matriz massa [M]4x4 e i,j=1,2,3 e 4. Substituindo a
equação (32) na equação (16) e levando na equação (41), tem-se que os elementos mij são
dados por:
As matrizes massa [M] e rigidez [K] equivalente do modelo são obtidas levando as
funções Øi(x) e Øj(x) nas equações (42) e (38), o que com o auxílio do programa Matlab
(7.0 R14) foram calculadas e são dadas por:
Através da equação de Galerkin (desenvolvida no método de Rayleigh-Ritz) em
forma matricial dada por:
L
iriim
r
dxxxaxiaD
0
4
12 (39)
n
irii
r
maaD
1
2 (40)
L
rimij dxxxxim0
(41)
L
riij dxxxxm0
44,02,032
(42)
2,9368 2,0885 1,5895 0,55862,0885 3,5558 2,1318 0,94881,5895 2,1318 4,1137 1,74250,5586 0,9488 1,7425 3,6251
M [kg] (43)
6,4416 3,5883 1,7765 0,38943,5883 4,1709 1,8165 0,42481,7765 1,8165 2,0834 0,56150,3894 0,4248 0,5615 0,5066
109K [N/m] (44)
aMaK ][][ (45)
monta-se o problema de autovalores com as matrizes [K] e [M], em que as freqüências
naturais são as raízes quadradas dos autovalores. As freqüências naturais obtidas foram:
TABELA 2: FREQÜÊNCIAS NATURAIS CALCULADAS PELO MÉTODO DE RAYLEIGH-RITZ.
Modo wn [rad/s]
1 10847,54
2 21042,68
3 32196,87
4 49160,11
e os autovetores do problema reduzido fornecem, cada um deles, os quatro multiplicadores
ai que, com o auxilio da equação (29), permitem gerar as estimativas das formas modais.
Os autovetores, dos quatro primeiros modos (ordenadamente) são:
ou com os valores já substituídos:
Segundo a equação (29), tem-se que cada forma modal aproximada de cada modo é obtida
multiplicando-se cada elemento de cada autovetor φi pelas funções tentativas, ou seja:
onde θi é a forma modal do modo i e os coeficiente ai são os elementos do respectivo
autovetor i.
Uma observação aqui feita é que quando substituído valores de x[0,1] nas equações
θi, percebe-se que alguns valores possuem amplitude maior do que um. Para efeitos de
comparações, foram normalizados essas amplitudes, ou seja, cada forma modal foi
multiplicadas respectivamente pelas constantes 0,9232; 0,7379; 0,6324 e 0,8607 que torna
então suas amplitudes máximas com valores entre ±1. Assim, as formas modais obtidas
comparadas com as funções tentativas são mostradas a seguir:
4321 (46)
1.0000 0.1947-0.1844-0.0092
0.4180-1.0000 0.1547-0.0882-
0.0623 0.2717 1.0000-0.2004
0.0006 0.0156 0.2388-
1.0000
(47)
xaxaxaxaxi 44332211
(48)
Figura 5: Comparação das funções tentativas com as formas modais estimadas para
os quatro primeiros modos.
Percebe-se nas comparações acima que as formas modais diferenciaram das funções
tentativas em alguns aspectos tais como: alguns valores de amplitude e a inclinações das
curvas sofreram forte alterações, as posições em que as curvas cortam o eixo x algumas
foram deslocadas, mas mantiveram o número de cruzamentos no eixo x. Estas similaridades
se refletem nos coeficientes multiplicadores dado pelos autovetores. Nota-se que as maiores
parcelas i dos autovetores (elementos da diagonal principal) são aqueles que multiplicam as
funções tentativas i, ou seja, tem maior influência no modo i a função tentativa i.
A seguir são feitas comparações entre as formas modais e freqüências naturais
estimadas por este método e com o analítico.
3 – Comparações entre os Métodos:
As comparações dos valores das freqüências naturais calculadas pelo método
analítico e o de Rayleigh-Ritz (Tab. 3) tiveram boas concordâncias. As freqüências naturais
tiveram valores muito próximos, principalmente as três primeiras em que as diferenças não
ultrapassaram a 5%.
TABELA 3: COMPARAÇÕES DAS FREQÜÊNCIAS NATURAIS CALCULADAS [rad/s].
Modo Wn Analítico Wn Rayleigh-Ritz (Wn Ray.)-(Wn Ana.) Erro [%]
1 10370,79 10847,54 476,75 4,60
2 20741,59 21042,68 301,09 1,45
3 31112,38 32196,87 1084,48 3,49
4 41483,18 49160,11 7676,93 18,51
A teoria de Rayleigh-Ritz indica que somente a metade do número de modos
apresenta valores com precisão razoável, que neste caso são os modos um e dois. O modelo
com seção constante e diâmetro igual à média do diâmetro com seção variável foi um bom
exemplo para efeitos de comparação com o modelo de seção variável, pois os resultados
ficaram muito próximos.
As formas modais obtidas pelos métodos tiveram maiores diferenças quanto em
amplitudes, como também em deslocamento no eixo x o que se podia esperar, já que os
modelos comparados são diferentes. As comparações das formas modais dos dois modelos
obtidas pelos dois métodos são mostradas a seguir (fig.6):
Figura 6: Comparação das formas modais da viga com seção variável estimadas pelo Método de
Rayleigh-Ritz com as formas modais da viga com seção constante calculadas pelo Método Analítico.
Assim, pode-se dizer que os dois primeiros modos possuem precisão razoável, tanto em
valores de freqüência natural quanto em forma modal.
Analisando as duas primeiras formas modais acima comparadas, percebe-se que o
modelo com seção variável ficou um pouco deslocado para a direita. A seção transversal da
viga (fig.3) varia de uma área maior para uma área maior, ou seja, o diâmetro varia em
função de x. Tendo em vista que a massa da viga não é constante e que um elemento de
massa pode ser aproximado por:
dxxDxdVxdm iam2
4.)(. (49)
em que dV(x) é um elemento de volume, e a rigidez torcional Kt de uma barra circular (que
é análoga ao tronco de cone) é dada por:
percebe-se que a rigidez cresce com o diâmetro na quarta e a massa com o diâmetro ao
quadrado. Assim, em o modelo (fig.3) com seção transversal circular variável, o efeito de
massa é maior para valores de diâmetros menores e o de rigidez para valores de diâmetro
maiores.
Como complemento desta análise, foi realizado uma comparação do primeiro modo
(pelo método de Rayleigh-Ritz) em quatro vigas (tronco de cone) que possuem diâmetro
final igual a 0,2m ou seja, Diam(x=1,0)=0,2m, e da viga 1 até a 4 possuem respectivamente
diâmetros iniciais iguais a: Diam(x=0)=0,2m, Diam(x=0)=0,4m, Diam(x=0)=0,6m e
Diam(x=0)=0,8m na posição x=0,0m. Considerando G=85GPa, ρ=7,8kg/m3 e as mesmas
funções tentativas aqui sugeridas, as comparações da forma modal do primeiro modo estão
ilustradas a seguir:
Figura 7: Comparação da primeira forma modal de quatro troncos de cone com diâmetro
inicial diferentes e final iguais.
,32
4xDLG
LxGJK t
(50)
Observa-se então que modelos deste tipo sofrem deslocamento da forma modal para a
direção da menor rigidez e menor massa, ou seja, para onde o diâmetro diminui.
O modelo analítico é um modelo ideal que pode facilmente ser aplicado em sistemas
com propriedades constantes tais como: im, J, G, E, A..., o que facilita a resolução da
equação diferencial do movimento. Porém quando se trata de sistemas com propriedades
variáveis tal como o segundo modelo aqui analisado (fig.3) torna-se difícil a resolução da
equação diferencial, já que J(x) e im(x) não são constantes. Com isso, problemas deste tipo
são facilmente resolvidos com auxilio de um computador por métodos aproximados.
Uma análise extra para efeito de aprendizado e verificação da eficácia do método de
Rayleigh-Ritz foi feita aplicando o método no modelo da fig.1 e comparado com o analítico
já calculado mesmo modelo.
Considerando as mesmas funções tentativas, tem-se que as equações de massa e
rigidez são:
em que Diam=0,30m. Realizando o mesmo procedimento que foi feito para a viga com
seção variável, chega-se que as freqüências naturais e as formas modais assumem os
seguintes resultados:
TABELA 4: COMPARAÇÕES DAS FREQÜÊNCIAS NATURAIS [rad/s] CALCULADAS PARA A
VIGA COM SEÇÃO CONSTANTE
Modo Wn Analítico Wn Rayleigh-Ritz (Wn Ray.)-(Wn Ana.) Erro [%]
1 10370,79 10370,87 0,08 0,00
2 20741,59 20747,67 6,08 0,03
3 31112,38 33361,02 2248,64 7,23
4 41483,18 46743,12 5259,94 12,68
L
riij dxxxDiamm0
4
32 (51)
L
riij dxxxDiamGk0
4
32 (52)
Figura 8: Comparação dos quatro primeiros modos (ordenadamente) de vibração do
modelo de seção constante, utilizando o método Analítico e o de Rayleigh-Ritz.
o que percebe-se que a diferença é nula na primeira freqüência e 0,03% na segunda,
mostrando assim que realmente a metade dos resultados apresentam ótima precisão. Assim,
conclui-se que o método de Rayleigh-Ritz é uma ótima ferramenta que pode ser aplicado a
problemas de vibrações, que resulta em resultados muito confiáveis.