ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

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ENFERMEIRO

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ENFERMEIRO

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TEORIAS DE ENFERMAGEM

DEFINIÇÃO: Teoria, do grego θεωρία , é o

conhecimento descritivo que permite

especulações, contudo puramente racional. O

substantivo theoría significa ação de contemplar,

olhar, examinar, especular. Pode ser entendida,

também como forma de pensar e entender algum

fenômeno a partir da observação.

Ao falarmos em ciência, a definição de teoria

científica, pode ser bastante diferente da acepção

de teoria em senso comum, o de simples

especulação; o conceito moderno de teoria

científica estabelece-se, entre outros, como uma

tentativa de resposta ao problema da demarcação

entre o que é efetivamente científico e o que não o

é. Uma teoria com pretensão científica deve, em

primeiro lugar, satisfazer uma condição de

testabilidade. Será considerada ‘testável’ a partir

do momento em que se possam inferir de forma

dedutiva um ou vários predicados que, em virtude

de algumas condições chamadas iniciais, os fatos

deverão ser comprovados.(Wilkpedia).

1-Teoria Humanística:

Resgata a dimensão humanística do cuidado,

fenômeno que vem se processando na profissão.

Este referencial permite lançar um olhar ao

homem como ser que vivencia e experiência

situações existenciais únicas de saúde e de doença

e, em contraponto ao modelo biomédico que ainda

é muito usado na área da saúde.

2- Teoria Cultural:

A Teoria do Cuidado Cultural de Leininger vem

sendo empregada pela Enfermagem brasileira por

permitir a compreensão de que os fenômenos de

saúde e doença que permeiam o vivido de

indivíduos e/ou grupos populacionais apresenta

relação com os hábitos cotidianos, as crenças, os

costumes e demais aspectos que configuram suas

culturas, pois o cuidado é culturalmente definido.

Destacar o fato de que este referencial usa uma

proposta metodológica própria, o que favorece o

desenvolvimento de pesquisas.

3- Teoria do Autocuidado de Orem:

A Teoria do Autocuidado de Orem esta teoria se

deve a dois embasamentos principais:

proporcionar ação educativa por parte da

Enfermagem, e pelo desenvolvimento de atitudes

que facultem aos indivíduos e/ou grupos

populacionais o autocuidado, isso se deve ao

avanço das condições crônicas de doença que têm

exigido dos indivíduos um prazo maior de

tratamento, o uso de tecnologias no domicílio do

doente e a reestruturação de estilos de vida, como

maneiras de cuidado de si.

4-Teoria do alcance de metas de King :

A teoria de King foi publicada em 1981, mostra a

atuação do enfermeiro mediante a compreensão de

que o ser humano englobado em três sistemas

interatuantes (o pessoal, o interpessoal e o social),

dado a interação enfermeiro-pessoa é fundamental

para subdisiar estabelecimento e alcance de metas

de saúde, propiciando o desenvolvimento de

potencialidades no cliente, pessoa e comunidade.

King fez uma revisão de fontes bibliográficas para

desenvolver sua estrutura conceitual e sua teoria

foi muito influenciada pela Teoria dos Sistemas e

do interacionismo simbólico, dando ênfase à visão

da pessoa como ser social; mostrando a sua

fundamentação em paradigmas que vêm

influenciando a enfermagem, tais como, de

desenvolvimento, de sistemas, o psicanalítico, o

de adaptação e de estresse.

5- Teoria de cuidado Transpessoal de Watson:

Jean Watson, professora de enfermagem

da Universidade do Colorado, USA, e fundadora

do “Center for Human Caring” escreveu o seu

primeiro livro em 1979 e desde então passou a ser

considerada precursora no estudo da enfermagem

como uma disciplina científica que une a

racionalidade e a sensibilidade. Essa teoria mostra

o Cuidado Transpessoal e fez de Jean Watson

apresentador de um novo paradigma em cuidados

de saúde, de acordo com Watson:

“A relação de cuidado em enfermagem é uma

relação humana, o que conseqüentemente implica

a conjugação de dois seres humanos totalmente

diferentes, uma vez que cada pessoa representa

um universo inimaginável e irrepetível, que se

regem por sentimentos, percepções, pensamentos,

emoções e necessidades”.

“Em vez de um enfermeiro ministrar

analiticamente um tratamento a um doente, quer-

se que o técnico de saúde saiba comunicar,

interagir, conhecer para então depois proporcionar

o cuidado necessário. O objetivo é a cura global do

paciente e a satisfação do prestador de ajuda.

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Nessa teoria o cuidado é vital, para a essência

Enfermagem, estabelecem-se as prioridades no

cuidado. É um modelo holístico de enfermagem

que sugere que uma intervenção consciente em

direção aos cuidados potencializa a cura e a

integridade (Hoover, 2002). Jean Watson postulou

os fatores relevantes no processo de cuidar, que

são:

• Praticar o amor

• A amabilidade

• A coerência dentro de um contexto de cuidado

consciente

• Ser autêntico

• Estar presente

• Ser capaz de praticar e manter um sistema

profundo de crenças e um mundo subjetivo de sua

vida e do ser cuidado

• Cultivar suas próprias práticas espirituais e

transpessoais de ser, mas além de seu próprio ego,

aberto a outros com sensibilidade e compaixão

• Desenvolver e manter uma autêntica relação de

cuidado, de ajuda e confiança

• Estar presente e dar apoio na expressão de

sentimentos positivos e negativos, como uma

conexão profunda com o espírito do ser e do ser

que cuida do outro.

• Uso criativo do ser, de todas as formas de

conhecimento, como parte do processo de cuidado

para comprometer-se artisticamente com as

práticas de cuidado e proteção

• Comprometer- se de maneira genuína em uma

experiência de prática de ensino e aprendizagem

• Criar um ambiente protetor em todos os níveis,

onde se está consciente do todo, da beleza, do

conforto, da dignidade e da paz

• Assistir as necessidades humanas

conscientemente, administrando um cuidado

humano essenciais, o qual potencializa a aliança

mente corpo, espírito

• Estar aberto e atento à espiritualidade e à

dimensão existencial de sua própria vida.

Watson (1985) relaciona intimamente o processo

do cuidar humano (human care) com um processo

de interação entre estes seres humanos, sendo o

cuidar humano a dimensão da prática profissional.

A relação interpessoal que a autora fala quer dizer

a essência dos cuidados de enfermagem.

As ferramentas dos cuidados de enfermagem são o

conjunto das técnicas, dos protocolos, das formas

de organização utilizadas pelas enfermeiras, ou

seja aquilo que serve de suporte à sua atividade.

6-Teoria das Necessidades Humanas Básicas de

Wanda Horta:

Baseia-se na teoria de N.H.B, de Maslow .

Essa teoria é considerada o ponto alto de seu

trabalho e a síntese da todas as suas pesquisas.

Duas questões fundamentais permeiam o

trabalho de Wanda Horta.

A primeira, a quem serve a enfermagem?

Respondida finalmente em sua teoria como uma

afirmação: "a enfermagem é um serviço prestado

ao ser humano", e a segunda, com que se ocupa a

enfermagem? Respondida então que "a

enfermagem é parte integrante da equipe de saúde

e como tal se ocupa em manter o equilíbrio

dinâmico, prevenir desequilíbrios e reverter

desequilíbrios em equilíbrio do ser humano".

Wanda Horta em seu conceito de Enfermagem :

"Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser

humano no atendimento de suas necessidades

básicas, de torná-lo independente desta assistência

através da educação; de recuperar, manter e

promover sua saúde, contando para isso com a

colaboração de outros grupos profissionais".

NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS

Oxigenação

Hidratação

Nutrição

Eliminação

Sono e repouso

Exercícios e atividades físicas

Sexualidade

Abrigo

Mecânica corporal

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Integridade cutâneo-mucosa

Integridade física

Regulação: térmica, hormonal, neurológica,

hidrossalina, eletrolítica, imunológica,

crescimento celular, vascular

Locomoção

Percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil,

gustativa, dolorosa

Ambiente

Terapêutica

NECESSIDADES PSICOSSOCIAS

Segurança

Amor

Liberdade

Comunicação

Criatividade

Aprendizagem (educação à saúde)

Gregária

Recreação

Lazer

Espaço

Orientação no tempo e espaço

Aceitação

Auto-realização

Auto-estima

Participação

Auto-imagem

Atenção

Necessidades psicoespirituais:

Religiosa ou teológica, ética ou de filosofia de

vida. Baseando-se no processo de Enfermagem:

Histórico, Diagnóstico de Enfermagem, Plano de

Assistência, Prescrição, evolução, Prognóstico.

7-Teoria de Adaptação de Roy:

O termo holismo vem sendo empregado

na enfermagem como abordagem que espelha as

realidades complexas dos seres humanos no

cosmo.

Essa teoria de Roy está embasada no contexto

transcendental, nesta categoria a abordagem

holística surge como técnica holográfica–modelo

de interação dos elementos que compõem o todo e

as partes em que se reflete uma realidade

tridimensionalizada. Teoria da Adaptação

– Sister Callista Roy;

enfermagem;

-doença;

-

doença e a enfermagem

Ao envolvermos a Ciência da Enfermagem nessa

constituição interativa do ser, essa teoria nos

mostra o sentido do viver humano em um plano

biopsicossocial-espiritual e da completa harmonia

e equilíbrio desse ser com o ambiente que o

circunda, exemplifica o Modelo de Adaptação de

Roy.

8-Teoria de Relação Interpessoal de Travelbee e

Peplau :

As relações interpessoais constituem-se em

instrumentos do cuidado em saúde que vem sendo

utilizados pela enfermagem por meio das

contribuições de Joyce Travelbee e Hildegard

Peplau, nas décadas de 50 e 60 do século passado.

A relação de ajuda , segundo essa Teoria somente

seria possível quando o enfermeiro tornar-se um

elo entre os pacientes a quem presta cuidado e sua

realidade. Sendo desta forma, cada pessoa teria

maior iniciativa no desenvolvimento de

habilidades pessoais e uma co-participação de

forma ativa nos cuidados prestados pelos

profissionais.

Em geral muito usado em Enfermagem

Psiquiátrica. No entanto, mesmo sendo um

conhecimento produzido por uma área específica,

esse fator possibilitou a socialização de novas

experiências terapêuticas, trazendo esse

conhecimento em contribuições ao ensino e à

prática assistencial do enfermeiro.

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O processo de relação interpessoal de Travelbee é

sustentado em quatro fases fundamentais:

Fase de Pré-interação: É a fase em que o

enfermeiro começa a construir sua vinculação,

compreendendo a real situação de pacientes e

familiares.

Fase Inicial: É a fase do primeiro encontro,

mostrando o grau do comprometimento do

profissional em ajudar e seus objetivos com o

relacionamento interpessoal.

Fase de Identidades: Nesta fase em que o paciente

e sua família podem-se apresentar pouco mais

hostis, fazendo um aparato com a competência do

profissional e podendo até tentarem a

manipulação do Profissional. É nesta fase em que

os envolvidos entendem-se como seres humanos,

detectando dificuldades, impotências e

incompatibilidades.

Fase de Término: É a finalização do processo de

relacionamento interpessoal, seja por alta

hospitalar, desinteresse da família ou paciente,

agravamento do quadro do paciente ou outras

razões. É comum nesta etapa surgirem

sentimentos como os de gratificação, indiferença.

9- Teoria de Ambientalista de Florence

Nightingale:

Esta direcionada ao cuidado de enfermagem ao ser

humano em sua inter-relação fundamental com o

meio ambiente.

O controle do ambiente é o sustentáculo desta

teoria nos postulados de Nightingale, avaliando

as condições e influências externas que irão

afetar a vida e o desenvolvimento do organismo,

capazes de anteceder, eliminar ou contribuir para

a saúde, doença e morte.

Percebe-se que esta teoria mostra que os

ensinamentos de Florence Nightingale

influenciaram o ambiente hospitalar e a

Enfermagem ao utilizar os preceitos da teoria

Ambientalista no dia-a-dia da assistência em

unidades de saúde , principalmente em hospitais

e UTIs seu processo de recuperação e cura tornar-

se o mais rápido , quando proporcionamos o

ambiente mais acolhedor para o internado.

10-Teoria de tornar-se humano de Parse:

De acordo com a Teoria de Rosemarie Rizzo Parse,

“Tornar-se Humano”, a Enfermagem é centrada na

ciência humana cujo foco central é o ser humano.

Parse afirma que a essência da enfermagem é o

relacionamento enfermeiro - pessoa e, seu intuito

principal é a qualidade de vida sob a perspectiva

da pessoa. Quando o Enfermeiro aplicar a Teoria

de Parse, respeita a própria visão de qualidade de

vida de cada um, que, lógico, difere de uma pessoa

para outra, e não tenta mudar essa visão para ser

consistente com sua própria perspectiva.

A enfermagem é aplicada nas situações de crise

e/ou mudanças vivenciadas pelo

indivíduos/família e comunidade.

A prática de enfermagem, na teoria de Parse, é

direcionada em guiar as pessoas e famílias para

participarem do cuidar de sua saúde (HICKMAN,

2000).

Essa teoria é importante na formação profissional,

pois, permite ao Enfermeiro contemplar o ser

humano holisticamente. – o enfermeiro direciona

o indivíduo ou a família a planejar sua mudança

nos padrões de saúde a serem vividos, ou seja, a

possibilidade de planejar mudanças para alcançar

a saúde.

10- teoria do Modelo conceitual de Rogers:

O modelo procura promover uma interação

harmoniosa entre o homem e o seu ambiente.

O modelo reforçar a sensibilização dos seres

humanos, e direcionar ou redirecionar o padrão de

interação entre homem e seu ambiente para o

máximo de saúde potencial.

Considera nesta teoria que o homem é um todo

unificado que tem a sua própria integridade e que

manifesta características que são mais do que a

soma das suas partes e várias delas para ser

integrado em um meio ambiente. Martha Rogers

no que diz respeito à saúde, define como um valor

definido pela cultura do indivíduo e, desta

maneira, um estado de "harmonia" ou bem-estar.

A teoria reitera que o estado da saúde não pode

ser ideal, mas é a melhor condição para uma

pessoa, pó quanto quando usamos essa teoria, o

potencial para o máximo de saúde é bastante

variável.

É fundamentada na concepção de homem. O

modelo teórico foi baseado em um postulado de

pressupostos que descrevem os processos vitais do

homem, caracterizando como:

O Homem ser

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Unitário, Aberto, Unidirecional, Seus padrões e

organização, Sentimentos, Pensar.

Martha Rogers fundamentou sua teoria em quatro

blocos:

a) Campo energia é caracterizado como a unidade

fundamental para a vida como para os inertes.

b)Universo de sistemas abertos: ela diz que a

energia campos são abertos e intermináveis, mas

interligados.

c) Padrões: são as particularidades de cada campo.

d) Tetradimensionalidade: é um não-linear, sem

domínio espacial ou temporal atributos.

A finalidade da teoria é ajudar as pessoas a atingir

seu máximo potencial de saúde. Para a teoria ter

seu efeito faz-se necessário que o enfermeiro

promova interação harmoniosa entre o homem e o

seu ambiente.

A Assistência de enfermagem é feita por meio de

um processo planejado, que compreende a busca

de dados, o diagnóstico de enfermagem,

estabelecimento de metas, a curto e longo prazo e

de melhores cuidados de enfermagem planejados

em busca do atendimento aos resultados.

Este método de Rogers é essencialmente dedutivo,

lógico, em que a enfermagem vai comprovar uma

nova perspectiva do sistema mundial nova forma

de pensar a respeito do fenômeno de enfermagem.

O homem é o foco dessa teoria que fundamenta o

sistema teórico de enfermagem, para efetivação de

uma enfermagem segura. Enfatiza o SAE.

12- Teoria do Cuidado ético de Benner:

Benner (1982) Esta autora trouxe contribuições de

grande valor no que respeita ao conhecimento,

quando diferenciar o conhecimento teórico –

"saber o quê", do conhecimento prático – "saber

como".

A experiência do Enfermeiro trará a "proficiência"

que para a autora da teoria seria intelectual e

científica que pode ser entendida como a

associação entre conhecimento teórico e da prática

(Lopes e Lourenço, 1998).

Benner (1982; 1984) diz que nenhum profissional

começa como perito e que o ser humano passa por

cinco níveis de experiência: principiante,

principiante avançado, competente, proficiente e

perito. Os enfermeiros segundo esta teoria serão

considerados tanto melhores profissionais quanto

mais próximos dos padrões de excelência

definidos estiver o seu desempenho e a excelência

no exercício da prática de enfermagem, o qual só

conseguimos quando a praticamos.

Conhecimento Ético na enfermagem, este

componente é considerado o conhecimento moral

da enfermagem. Envolve julgamentos éticos

constantes e, frequentemente, implica confrontar

valores, normas, interesses ou princípios. O

conhecimento ético não descreve ou prescreve a

decisão a ser tomada, ao contrário, ele mostra o

insight das possíveis escolhas a serem realizadas,

e os seus porquês.

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MEDIDAS DE HIGIENE E SEGURANÇA NO

SERVIÇO DE ENFERMAGEM

O setor de saúde, uma categoria de trabalhadores

ocupa singular função. Para cumprir um dos mais

importantes papéis sociais e de grande relevância

econômica, o trabalhador de enfermagem muito

avançou cientificamente para atender às atuais e

crescentes exigências, nesse campo.Diagnósticos

mais precisos, cirurgias mais seguras com pós-

operatório melhor monitorado; maior cobertura

vacinal das popula-ções infantil e idosa... Nas

muitas e diferentes etapas de todos

essesprocessos, o trabalhador de enfermagem tem

necessária presença.Com mais de 40

especialidades no Brasil, o domínio de sua

práticainclui:

• Prestação de cuidados diretos e a avaliação de

seu impacto;• Defesa dos interesses dos pacientes

e da saúde em geral;• Supervisão e delegação de

tarefas;• Direção e gestão;• Ensino e pesquisa

Da chapa de Raios X ao Arco em C

Tridimensional, muita coisa mudou para os

trabalhadores da saúde. Para a enfermagem, uma

da sgrandes mudanças consistiu no despertar de

sua consciência como categoria trabalhadora, ao se

tornar crescentemente participante daluta pela

conquista de seus direitos. Direito a melhores

condições devida, direito à saúde e à segurança do

trabalho.Nos últimos 20 anos, para tanto

contribuíram: as conquistas, nessesquesitos,

obtidas por outras categorias de trabalhadores; a

epidemiade AIDS e o recrudescimento da

tuberculose; o aumento das patolo-gias

psicossociais na sua própria pele; enfim, o

reconhecimento desua própria vulnerabilidade

aos riscos ocupacionais, tendo em vistaalgumas

das características já apontadas em

Riscos do trabalho de Enfermagem

. E, isso, pelo fato de a enfermagem ser:• O maior

grupo individualizado de trabalhadores de

saúde;• Prestadora de assistência ininterrupta, 24

horas por dia;• Executora de cerca de 60% das

ações de saúde;• A categoria que mais entra em

contato físico com os doentes;• Por excelência,

uma profissão feminina;

• Bastante diversificada em sua formação.

Parte 2- A Norma Regulamentadora 32 (NR 32)

considera

Risco biológico

A probabilidade da exposição ocupacional a

agentes biológicos: microrganismos

geneticamente modificados ou não, culturas de

células,parasitas, toxinas e príons.No setor de

saúde, esse risco é representado sobretudo pelas

infecções causadas por bactérias, vírus, rickettsias,

clamídias e fungos e,em menor grau, pelas

parasitoses produzidas por protozoários,

helmintos e artrópodes.

A exposição do pessoal de enfermagem ao risco

biológico torna-se maior devido seu contato

íntimo e frequente com os pacientes infectados.

Muitas vezes, o próprio rosto (conjuntiva ocular,

mucosas da boca e do nariz) ao alcance do ar por

eles expirado, ao alcance de respingos de sangue e

de outros fluidos corporais, durante

procedimentos invasivos, tosses, espirros.

Excreções, produtos de vômito, bile, saliva,

escarro, sangue e pus são observados e

controlados antes do rejeito; seus recipientes são

lavados e desinfectados, ou esterilizados; pijamas,

camisas e roupa de cama são trocados. E tudo isso

é feito pelo trabalhador de enfermagem.

Infecções apontadas como risco biológico para o

trabalhador de saúde

1. Principais:

Tuberculose pulmonar

Ccytomegalovirus (CMV)

Hepatite virais (B, C, G)

Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana

(HIV)

Síndrome da imunodeficiência adquirida

(SIDA/AIDS)

2. Outras infecções às quais o pessoal de

enfermagem encontra-se potencialmente exposto:

Difteria

Febre tifóide

Gastroenterite infecciosa

Herpes simplex

Meningites

Infecções respiratórias por vírus

Parotidite

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Rubéola

Queraratoconjuntivite epidêmica

Varicella zoster

3. Doenças causadas por bactérias envolvidas nas

infecções hospitalares:

Staphilococcus aureus

Escherichia coli

Para cuidar de pessoas com doenças infecciosas,

além de normas bem claras sobre isolamento e

barreiras. Basta a correta observação das normas

básicas de higiene hospitalar para a prevenção e

controle

A adoção de comportamento de segurança abrange

formação, educação continuada, supervisão

qualificada, organização do trabalho, recursos

materiais (incluindo-se os EPIs), profissionais

preparados das infecções. Educação, controle

serológico e imunização integram o programa

destinado ao grupo de risco, representado por

trabalhadores expostos a contato com sangue, seus

derivados e outros fluidos corporais.

Salmonellae

Streptococcus

Pseudomonas

Proteus

4. Infecções diversas sem consequências

patológicas graves ou duráveis. Até agora, o único

setor de atividade com ocorrência de transmissão

ocupacional do HIV foi o setor de saúde e, neste, o

pessoal de enfermagem tornou-se o principal

grupo de risco. A hepatite B é a doença de origem

profissional mais frequente entre o pessoal

hospitalar.

Em relação à população geral, o risco de hepatite B

é 11 vezes mais elevado entre o pessoal de saúde:

trabalhadores de laboratório e de enfermagem. A

tuberculose constitui, hoje, séria ameaça à saúde.

Prevenção e controle de riscos biológicos

baseiam-se em conhecimentos de higiene,

biossegurança, educação, administração,

engenharia e até de legislação.

As regras de segurança são porém insuficientes, se

os materiais não são corretamente utilizados e se a

(des)organização do trabalho impede sua

aplicação. Picadas de agulhas são favorecidas por

obscuridade, insuficiência de espaço, falta de

recipientes adequados para transporte e coleta de

seringas após o uso, por exemplo.

Vacine-se!

Conheça seu nível imunitário relativo às infecções

que fazem parte do seu cotidiano. Mais exposto

que a população em geral ao risco de adquirir

algumas infecções imunologicamente preveníveis,

o trabalhador de enfermagem deve proteger-se,

por meio de vacinas ou imunoglobulinas, contra

as seguintes doenças:

Proteção altamente recomendada

Caxumba

Difteria

Gripe

Hepatite B

Rubéola

Sarampo

Tétano

Tuberculose

Varicella Zoster

Proteção eventualmente indicada

Coqueluche

Febre tifóide

Hepatite A

Doença meningocócica

Doença pneumocócica

Doença invasiva por H. influenzae

Segundo a NR 32, todo trabalhador dos serviços

de saúde deve receber, gratuitamente, programa

de imunização ativa contra tétano, difteria,

hepatite B e os estabelecidos no PCMSO. Sempre

que houver vacinas eficazes contra outros agentes

biológicos a que os trabalhadores estão, ou poderá

estar exposto, o empregador deve fornecê-las

gratuitamente. Redobre sua atenção com os

perfurocortantes:

Page 9: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

• Agulhas, tesouras, bisturis, pinças e escalpes

fazem parte do nosso trabalho diário. Picadas e

cortes acidentais produzidos por esses materiais,

também! Por isso, só manipule agulhas e material

cortante, ou qualquer outro material sujo de

sangue, como barbeadores e escovas de dente, com

as devidas precauções.

• Dentre os casos de AIDS envolvendo

profissionais de saúde, a maioria ocorreu como

resultado de manipulação inadequada de agulhas

e instrumentos cortantes: mais de 70% dos casos

comprovados e 43% dos prováveis, envolveram a

categoria de enfermagem e de profissionais da

área de laboratório. Agora é lei: Em toda

ocorrência de acidente envolvendo riscos

Programa de Infecções Hospitalares (PCIH) e

criem uma Comissão de Controle de Infecções

Hospitalares (CCIH). As diretrizes e normas que

viabilizaram o planejamento do programa foram

definidas pela Portaria GM 2616, de 12 de maio de

1998.

São agentes de risco físico:

• Radiações ionizantes: raios-X, raios gama, raios

beta, partículas gama, prótons e nêutrons.

• Radiações não ionizantes: ultravioleta, raios

visíveis (luz solar ou artificial), infravermelho,

microondas, frequência de rádio, raios laser.

• Variações atmosféricas: calor, frio e pressão

atmosférica. • Vibrações oscilatórias: ruído e

vibrações.

A OIT considera as radiações ionizantes, o ruído, a

temperatura e a eletricidade como os principais

fatores de risco físico para os trabalhadores

de saúde. Na NR-32, apenas as radiações

ionizantes são detalhadas: radioterapia,

radiodiagnóstico médico-odontológico,

braquiterapia e resíduos. De fato, trata-se de risco

considerado ainda mais perigoso porque

impossível de ser detectado pelos sentidos: não

tem cheiro, não emite qualquer som, não pode ser

visto, nem tocado.

São efeitos biológicos das radiações ionizantes:

• Somáticos - as alterações celulares manifestam-

se na pessoa irradiada, não passam aos

descendentes.

• Genéticos - as alterações ocorridas nos gametas

do indivíduo irradiado são transmissíveis aos

descendentes.

Estima-se ser ainda desconhecida a maioria dos

efeitos genéticos resultantes das exposições

profissionais às radiações.

As exposições radioativas do trabalhador podem

ser agudas e crônicas:

• Exposição aguda – sobre exposição a uma fonte

interna ou externa de radiação. Produz a síndrome

de irradiação aguda, podendo levar à morte.

Corresponde a uma emergência médica e

caracteriza-se como acidente de trabalho

• Exposição crônica – exposição a doses baixas em

um tempo de exposição longo, com a manifestação

dos danos a ocorrer muitos anos após a exposição

original. Seus efeitos a longo prazo são: aumento

da incidência de carcinomas; efeitos embriotóxicos

em trabalhadoras gestantes; efeitos

cataratogênicos observados em radiologistas e

físicos nucleares.

A legislação é clara: toda trabalhadora com

gravidez confirmada deve ser afastada das

atividades com radiações ionizantes, devendo ser

remanejada para atividade compatível com seu

nível de formação. (NR-32)

São medidas de proteção:

• Blindagens

• Capacitação do pessoal

• Confinamento de fontes radioativas

• Controle médico (PCMSO e PPRA)

• Distância da fonte

• Identificação do risco

• Instalações adequadas

• Limitação do tempo de exposição

• Manutenção dos aparelhos em perfeito estado

• Monitoração do trabalhador

• Observação rigorosa das regras de segurança •

Otimização das atividades nas áreas de risco.

Além do atendimento às exigências da NR-32,

devem ser cumpridos vários dispositivos relativos

à radioproteção, tais como:

ABNT: NBR 9191/2000 Acondicionamento dos

resíduos de saúde.

Page 10: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

CNEN 1988:

Radioproteção: • NN -3.01 Diretrizes básicas de

proteção radiológica •

• NE - 3.02 Serviços de radioproteção

• NN - 3.05 Requisitos de radioproteção e

segurança para serviços de medicina nuclear

• NE - 3.06 Requisitos de Radioproteção e

Segurança para Serviços de Radioterapia.

Transporte: NE - 5.01 Transporte de Materiais

Radiativos.

Instalações Radioativas:

• NN - 6.01 Registro de pessoas físicas para o

preparo, uso e manuseio fontes radioativas • NE -

6.02 Licenciamento de instalações radioativas

• NE - 6.05 Gerência de rejeitos radioativos em

instalações radioativas • NE - 6.06 Seleção e

escolha de locais para depósitos de rejeitos

radioativos • NN - 6.09 Critérios de aceitação para

deposição de rejeitos radioativos de baixo e médio

níveis de radiação.

COFEN: Resolução COFEN-211/1998 - Dispõe

sobre a atuação dos profissionais de Enfermagem

que trabalham com radiação ionizante.

MS: Portaria/MS/SVS nº 453/1998 - Diretrizes

básicas de proteção radiológica em

radiodiagnóstico médico e odontológico.

MTE: • NR 07 Programa de Controle Médico de

Saúde Ocupacional - PCMSO • NR 09 Programa

de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

• NR 16 Atividades e Operações Perigosas.

No mundo, milhões de substâncias químicas

encontram-se registradas. Dentre essas, centenas

são de uso hospitalar, todas podendo constituir-se

em risco tóxico. Os trabalhadores de saúde estão

expostos à enorme variedade desses tóxicos.

Anestésicos, esterilizantes, desinfetantes,

solventes, agentes de limpeza, antissépticos,

detergentes, medicamentos e drogas de risco são

alguns dos produtos diariamente manipulados

pelo trabalhador de enfermagem. Nos serviços de

saúde, não são poucas as substâncias capazes de

causar genotoxicidade, carcinogenicidade,

teratogenicidade e toxicidade sobre órgãos e

sistemas.

Os agentes químicos são capazes de produzir

todos os tipos de lesão celular e os efeitos da

exposição aos mesmos podem manifestar-se

imediata ou tardiamente. Fadiga, perda do apetite,

irritabilidade, problemas da memória, do

equilíbrio e do sono, alterações do humor e dor de

cabeça podem estar associados à exposição ao risco

químico.

Possíveis efeitos crônicos causados pela maioria

das substâncias químicas sobre o nosso

organismo:

• Cancerígenos: atingindo principalmente medula

óssea, pulmão, laringe, pele, bexiga, fígado.

• Comportamentais: instabilidade emocional,

irritabilidade, distúrbios psicomotores e da

memória.

• Cutâneos: ressecamento, fissuras, dermatites,

inclusive foliculite e acne.

• Neurológicos: degeneração dos neurônios.

• Pulmonares: bronquite crônica, enfisema

pulmonar.

• Relacionados com a reprodução: aborto,

natimortalidade, baixo peso ao nascer,

mortalidade perinatal, anomalia congênita,

malformações cardiovasculares, alterações na

estrutura dos cromossomos.

O gás óxido de etileno, por exemplo, é altamente

tóxico, facilmente inflamável e explosivo, além de

ser carcinogênico, mutagênico, teratogênico e

neurotóxico.

Acrescente-se que as exposições ocupacionais

envolvem várias substâncias, simultâneas ou

sucessivamente. E a interação entre os tóxicos

absorvidos simultaneamente pode ser antagônica

ou sinérgica.

Os seguintes fatores podem interagir e modificar,

para pior, a reposta do organismo ao tóxico:

• Ambientais - temperatura ambiente, pressão

atmosférica, ruído, vibrações e radiações.

• Genéticos - reações de hiper e

hipossensibilidade.

• Fisiológica - idade, sexo (suscetibilidade da

mulher a hormônios sexuais, gravidez).

Page 11: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

• Profissionais ou relacionados com o estilo de

vida - estresse, fadiga, sobrecarga de trabalho,

dieta alimentar, tabagismo.

Medicamentos - os efeitos tóxicos dos

medicamentos utilizados no meio hospitalar são

frequentemente compartilhados pelo pessoal de

enfermagem e da farmácia. Suspeita-se que

muitos dos efeitos nocivos da maioria dos

medicamentos continuam ignorados. O

trabalhador de enfermagem expõe-se, todos os

dias, ao risco de absorção de vários medicamentos

através das vias cutâneo-mucosa, respiratória e

digestiva.

Com um agravante: se a exposição profissional

sensibilizar um trabalhador a um determinado

medicamento, há o perigo de reação mais grave

(choque anafilático, por exemplo), quando esse

receber a substância diretamente, mais tarde.

Um pouco sobre as dermatoses - dermatose

profissional é qualquer anormalidade da pele

produzida ou agravada pelo trabalho, abrangendo

desde eritemas ou descamações, até sérias lesões

eczematosas, acneiformes, neoplásicas,

granulomatosas ou ulcerativas. As dermatoses

profissionais podem ser causadas por agentes

químicos, físicos e biológicos. Os trabalhos

úmidos apresentam risco de dermatoses

profissionais.

Fatores domésticos, como cuidar de crianças e

ausência de máquina de lavar roupa, uma vez

combinados com os trabalhos úmidos no hospital,

quadruplicam os riscos de dermatose. As

diferentes tarefas de homens e mulheres explicam

o maior número de casos de eczema entre estas.

NR32 aborda as medidas de proteção contra os

efeitos tóxicos de gases medicinais, medicamentos

e drogas de risco, quimioterápicos

antineoplásicos, gases e vapores anestésicos.

Segundo essa norma, por exemplo, com relação

aos quimioterápicos antineoplásicos:

1. É vedado: • iniciar qualquer atividade na falta

de EPI • dar continuidade às atividades de

manipulação quando ocorrer qualquer interrupção

do funcionamento da cabine de segurança

biológica.

2. Compete ao empregador: • proibir fumar, comer

ou beber, bem como portar adornos ou maquiar-se

• afastar das atividades as trabalhadoras

gestantes e nutrizes • proibir que os trabalhadores

expostos realizem atividades com possibilidade de

exposição aos agentes ionizantes • fornecer aos

trabalhadores os EPIs e recursos necessários à

execução das tarefas.

Para a prevenção e controle dos riscos químicos, a

própria NR32 lembra a necessidade de se cumprir

o estabelecido nos seguintes dispositivos:

NR 07 - Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional

NR 09 - Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais

NR 15 - Atividades e Operações Insalubres

NR 26 - Sinalização de Segurança

Portaria Interministerial MS/MTE n.º 482 de

16/04/1999.

Sabemos que as implicações do trabalho sobre a

saúde são bem mais amplas e difusas do que

apenas aquelas determinadas pelos riscos

ocupacionais.

No mundo, o movimento sindical foi um dos

primeiros - e o único, durante muito tempo - a

denunciar o aviltamento das condições de

trabalho. As (más) condições de trabalho do

pessoal de enfermagem têm sido crescentemente

denunciadas no mundo inteiro. Não há substância

química segura, há apenas maneira segura de

utilizá-la. Emil Mrak (1901-87) .Diante das

consideráveis conquistas de outras categorias de

trabalhadores, como explicar o atraso em que se

encontra a enfermagem na luta por melhores

condições de higiene, saúde e segurança em seu

ambiente de trabalho?

No Brasil , a força-de-trabalho da enfermagem é

constituída de mais de um milhão de pessoas. São

enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem,

atendentes e auxiliares operacionais de serviços

diversos assemelhados... à mercê de condições de

trabalho capazes de ameaçar a própria

sobrevivência da profissão.

Dois grandes problemas mundiais dos sistemas de

saúde - escassez e evasão do pessoal de saúde -

estão reconhecidamente ligados às condições de

trabalho existentes nos estabelecimentos de saúde.

Condições de trabalho representa o conjunto de

fatores - exigências, organização, execução,

remuneração e ambiente do trabalho – capaz de

Page 12: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

determinar a conduta do trabalhador. A isso, o

indivíduo responde com a execução de uma

atividade ou conduta passível de ser analisada sob

diferentes aspectos: perceptivos, motores e

cognitivos. Satisfação, conforto, carga de trabalho,

fadiga, estresse, doenças e acidentes são as

consequências dessa resposta individual sobre o

estado físico, mental e psicológico do trabalhador.

As condições de trabalho marcam o corpo do

trabalhador. Para o pessoal de enfermagem, o

envelhecimento precoce e a incapacidade

resultante de acidentes e de doenças profissionais

são algumas marcas em seu corpo físico. O

aumento da dependência alcoólica e o uso

indiscriminado de psico-fármacos refletem as

marcas em seu corpo psíquico. O corpo social não

sai ileso, pois as condições, a organização do

trabalho e o tipo de tecnologia modelam os

trabalhadores, impondo uma representação

diferente de um grupo a outro.

REPRODUÇÃO - DANOS RELACIONADOS

COM O TRABALHO:

Pré-concepção: ▪ desequilíbrio hormonal ▪

diminuição

da libido ▪ dismenorréia ▪ esterilidade ▪

impotência ▪ menopausa precoce ▪ subfertilidade

masculina e feminina.

Gestação : ▪ aborto espontâneo ▪ alterações sexuais

▪ danos ao cromossoma ▪ deficiência do

desenvolvimento físico e mental do feto ▪

malformações congênitas ▪ morte fetal ▪ doenças

da gravidez (toxemia, hemorragia).

Parto e pós parto: ▪ alteração do comportamento ▪

anomalias congênitas ▪ baixo peso ao nascer ▪

câncer e morbidade infantil ▪ deficiência mental ▪

mortinatalidade prematuridade.

Riscos do trabalho de enfermagem.

Direito garantido desde a vigência da Constituição

Federal de 88, o adicional de penosidade não é

concedido aos trabalhadores que atuam em

condições penosas. Ao contrário das atividades

insalubre e perigosa, a atividade penosa não tem

regulamentação federal.

Algumas das dificuldades para tal regulamentação

podem ser percebidas, por exemplo, na seguinte

argumentação de dois auditores fiscais do MTE

(2000):

• O pagamento desse adicional... uma medida

paliativa, pressupõe a manutenção de situações

que podem gerar acidentes e doenças do

trabalho...e isso está em desacordo com os

princípios do MTE;

• Percebendo esse adicional, o trabalhador

passaria a acreditar que seus direitos estariam

sendo assegurados; pagando o adicional, a

empresa consideraria cumpridas suas

responsabilidades, deixando de melhorar as

condições de trabalho;

• Dificuldades em se definir o que é penoso, pois

as situações penosas seriam referidas ao desgaste...

sabidamente um parâmetro de difícil avaliação/

conceituação, pelo seu caráter subjetivo. Enquanto

persistem as dificuldades do governo federal para

conceituar/ definir o que é penosidade, e

reconhecer que o trabalho penoso constitui um

risco à saúde do trabalhador, alguns grupos têm

conseguido minimizar um pouco a situação, nas

esferas municipal e estadual.

Indicadores e determinantes da penosidade no

trabalho de enfermagem

Carga física • Quilometragem/Deslocamentos :

distâncias dos corredores e entre os postos de

trabalho, quartos, enfermarias, etc. • Posturas:

dimensões dos mobiliários/ausência de cadeiras •

Manutenção (levantamento, sustentação,

transporte de cargas): inexistência, insuficiência

ou inadaptação do material de manutenção; falta

de equipes especificamente treinadas para a

manutenção e transporte de pacientes • Elevação

da temperatura corporal: temperatura ambiente

elevada.

Carga mental • Interrupções: dúvida sobre rotinas,

técnicas, aparelhos • Tratamento de informações:

memorização complexa • Erros: ilegibililidade,

insuficiência de informação • Tamanho dos

caracteres para leitura: inadequação de softwares,

bulas, écrans • Nível de iluminamento/Contraste:

iluminação insuficiente ou inadequada.

Carga psíquica

• Na comunicação: Respostas evasivas, hesitações,

brevidade nas comunicações com doentes e

colegas: confrontação com sofrimento,

incapacidade, morte; falta de apoio (inexistência

de grupos de conversa, grupos de discussão); falta

de reconhecimento por parte de colegas e chefes.

Page 13: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

• No relacionamento: Falta de lugar para reuniões,

ausência de meios de comunicação, inexistência de

programa de trabalho: diálogo social insuficiente;

insuficiência de informação; inexistência de

regimento interno do serviço de saúde.

• Quanto ao horário: Desrespeito aos ritmos

biológicos • Irritabilidade • Hipoglicemia •

Temperatura oral baixa: trabalho noturno fixo ou

por longo período; horários fracionados; início da

jornada demasiado cedo;

Desrespeito aos horários de alimentação;

insuficiência de tempo para passagem do serviço;

dobra de serviço ou permanência no trabalho após

término da carga horária; duplo emprego.

Sobrecarga física

A sobrecarga física decorre de operações

frequentes de alto custo energético: andar

quilômetros, levantar, sustentar e transportar

doentes; empurrar, puxar, levantar cargas diversas

em posturas nocivas, quase sempre de pé ou, o

que é pior, inclinada ou agachada; prevenir

escaras, refazer leitos, verificar sinais vitais...

Maior o grau de dependência dos doentes, maior

também a carga de trabalho pelos cuidados a

prestar e pela duração das posturas penosas. Tudo

isso e as muitas atividades do tipo doméstico

geram dispêndios energéticos que, acumulados ao

longo do dia, intensificam a fadiga e favorecem as

lombalgias e outras doenças ósteo-articulares.

Fadiga e lombalgias representam os principais

danos à saúde produzidos pela sobrecarga física.

A penosidade do trabalho agrava o risco de

prematuridade, sendo esta a mais importante

causa de mortalidade e morbidade neonatais.

Maior a carga física, mais elevada é a taxa de

prematuridade, fenômeno bastante observado

entre atendentes.

A fadiga é causada por uma solicitação excessiva

do organismo humano.

Inicialmente considerada normal, constitui-se

num sinal de alarme que permite ao organismo

reconhecer seus limites. Neste caso, as

perturbações por ela introduzidas são

perfeitamente reversíveis, desaparecendo com o

repouso e o sono reparador. A cronificação da

fadiga ocorre quando o repouso e o sono são

insuficientes.

A fadiga crônica leva ao esgotamento, um

fenômeno patológico grave, com manifestações

orgânicas e psíquicas. As lombalgias encontram-se

entre as principais causas de absenteísmo do

pessoal de enfermagem em todo o mundo.

Nas Disposições Gerais da NR 32 encontram-se

referidos alguns recursos capazes de aliviar a

sobrecarga física do trabalhador de saúde.

São eles:

• Condições de conforto por ocasião das refeições.

• Níveis de ruído previstas na NB 95 da ABNT.

• Níveis de iluminação conforme NB 57 da ABNT.

• Conforto térmico previstas na RDC 50/02 da

ANVISA.

• Condições de limpeza e conservação do

ambiente de trabalho.

• Organização dos postos de trabalho de forma a

evitar deslocamentos e esforços adicionais.

• Previsão de dispositivos seguros e com

estabilidade, que permitam acessar locais altos,

sem esforço adicional dos trabalhadores.

• Auxílio de meios mecânicos ou eletromecânicos

nos procedimentos de movimentação e transporte

de pacientes e no transporte de materiais.

• Capacitação dos trabalhadores para adotar

mecânica corporal correta, na movimentação de

pacientes ou de materiais.

• Orientação sobre medidas a serem tomadas

diante de pacientes com distúrbios de

comportamento biológicos, com ou sem

afastamento do trabalhador, deve ser emitida a

Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.

Para a prevenção e controle do risco biológico, a

NR 32 salienta a necessidade do cumprimento das

seguintes Normas Regulamentadoras:

NR 07 Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional

NR 09 Programas de Prevenção de Riscos

Ambientais e NR 15 Atividades e Operações

Insalubres.

O Controle de Infecção Hospitalar também dispõe

de legislação específica: a Lei 9431, de 06/01/1997

Acidente do trabalho - legalmente, o acidente de

trabalho é o que ocorre no exercício do trabalho a

Page 14: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

serviço da empresa, provocando lesão corporal ou

perturbação funcional que cause morte, perda ou

redução permanente ou temporária da capacidade

para o trabalho. Equiparam-se aos acidentes de

trabalho:

• acidente ocorrido na prestação de serviços à

empresa, fora do local de trabalho;

• o acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o

trabalho;

• doença profissional - aquela produzida ou

desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a

determinada atividade e constante da relação de

que trata a lei;

• doença do trabalho - aquela adquirida ou

desencadeada em função de condições especiais

em que o trabalho é realizado e com ele se

relaciona diretamente, desde que constante da

relação da legislação. (Decreto n. 611/92; Decreto

nº 3.048, de 06/03/99).

O registro do acidente de trabalho faz-se por meio

da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT),

emitida pela empresa até o primeiro dia útil

seguinte ao do acidente. Caso a empresa negue a

emissão da CAT, esta poderá ser emitida pelo

acidentado, dependentes, médico, sindicato ou

qualquer autoridade pública. O acidente deve ser

registrado independente de vínculo empregatício,

da gravidade de acidente e do local de

atendimento hospitalar.

1. Proteção à mulher e à maternidade

Direitos constitucionais (Constituição Brasileira

de 1988)

Art.6º - São direitos sociais a educação, a saúde, o

trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social,

a proteção à maternidade e à infância, a assistência

aos desamparados, na forma desta Constituição.

Art.7º - Licença à gestante, sem prejuízo do

emprego e do salário; redução dos riscos inerentes

ao trabalho, por meio de normas de saúde,

Indicador não definido. Higiene e segurança;

adicional de remuneração para as atividades

penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.

Art.196 - A saúde é direito de todos e dever do

Estado, garantido mediante políticas sociais e

econômicas que visem à redução do risco de

doença e de outros agravos e ao acesso universal e

igualitário às ações e serviços para sua promoção,

proteção e recuperação.

Art. 201 - Os planos de previdência social,

mediante contribuição, atenderão nos termos da

lei, a proteção à maternidade, especialmente à

gestante.

Direitos trabalhistas da mulher brasileira O

trabalho da mulher é protegido pela CLT -

Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Título

III, Capítulo III. Seu texto abrange os temas: •

Duração e condições de trabalho • Trabalho

noturno • Dos períodos de descanso • Métodos e

locais de trabalho • Proteção à maternidade •

Penalidades.

2. Saúde e Segurança do Trabalho

Normas Regulamentadoras (NRs) - síntese das

Normas de maior interesse para o trabalhador de

enfermagem.

Observações: 1. O texto integral de todas as (37)

Normas Regulamentadoras

edita-das no país, bem assim o texto das portarias

de alteração das mesmas encontram- se no site do

MTE: www.mte.gov.br; 2. A Portaria MTB nº

3.214, de 08 de junho de 1978 aprovou as NRs de

nº 04, 05, 06, 07, 09, 15, 16, 17, 24 e 26. A Portaria

MTE n.º 485, de 11 de novembro de 2005, aprovou

a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde

no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde – NR

32

NR 04 - Serviços Especializados em Engenharia de

Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT:

estabelece a obrigatoriedade de Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho para as empresas privadas e

públicas.

NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes – CIPA: dispõe sobre a criação da

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,

constituída por representantes do empregador e

dos empregados, com vistas à prevenção de

acidentes e doenças do trabalho nas empresas.

NR 06 - Equipamento de Proteção individual –

EPI: estabelece os critérios para a utilização de

Equipamentos de Proteção Individual adequados

ao risco e fornecidos gratuitamente pelo

empregador ao empregado.

NR 07 - Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional – PCMSO: estabelece a

obrigatoriedade de elaboração e implementação,

Page 15: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

por parte de todos os empregadores, do Programa

de Controle Médico de Saúde Ocupacional.

– PCMSO dos empregados.

NR 09 - Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais – PPRA: estabelece a obrigatoriedade

da elaboração e implementação, por parte de todos

os empregadores, do Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais – PPRA. Para efeito dessas NR,

consideram-se riscos ambientais os agentes físicos,

químicos e biológicos existentes nos ambientes de

trabalho que, em função de sua natureza,

concentração ou intensidade e tempo de

exposição, são capazes de causar danos à saúde do

trabalhador.

NR 15 - Atividades e Operações Insalubres:

caracteriza as atividades ou operações insalubres.

NR 16 - Atividades e Operações Perigosas:

caracteriza as atividades e operações perigosas.

NR 17 – Ergonomia: estabelece parâmetros de

adaptação das condições de trabalho às

características psicofisiológicas dos trabalhadores.

NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos

Locais de Trabalho: disciplina os preceitos de

higiene e de conforto a serem observados nos

locais de trabalho.

NR 26 - Sinalização de Segurança: fixa as cores

que devem ser usadas nos locais de trabalho para

prevenção de acidentes.

NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em

Serviços de Saúde: • Estabelece as diretrizes

básicas para a implementação de medidas de

proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores

dos serviços de saúde • Classifica e lista os

agentes biológicos em seus Anexos I e II. • Cria a

Comissão Tripartite Permanente Nacional da NR-

32, formada pelo governo, empregadores e

trabalhadores para controle periódico do

cumprimento da NR-32 e esclarecimento de

dúvidas sobre a mesma. • Concede prazos de 5 a

17 meses para cumprimento de todos os itens da

Portaria (de 16/04/2006 a 16/04/2007).

Algumas observações sobre a NR 32

• Conteúdo: 1. Objetivo e campo de aplicação;

2. Riscos Biológicos; 3. Riscos Químicos;

4. Radiações ionizantes (risco físico);

5. Resíduos; 6. Condições de conforto por ocasião

das refeições; 7. Lavanderias; 8. Limpeza e

conservação; 9. Manutenção de máquinas e

equipamentos; 10. Disposições gerais;

11. Disposições finais.

• Louve-se o esforço do Grupo de Trabalho

Tripartite que elaborou a norma, sobretudo pela

vantagem que representa o fato de atribuir ao

empregador a responsabilidade da capacitação

inicial e contínua dos trabalhadores, em questões

de saúde e segurança no trabalho. O cumprimento

desse item representará, por si só, um enorme

benefício para a saúde do Sistema de Saúde.

• Extensa (40 páginas) e minuciosa, a NR-32

proíbe, acertadamente, o uso de brincos e

pulseiras, pelos profissionais que têm contato

direto com pacientes, mas cala ou trata

ligeiramente sobre temas importantes, tais como

os riscos psicossociais e aqueles produzidos pela

sobrecarga física.

Page 16: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO: tomada

de decisão não é somente resolução de problemas,

podendo também ser o aproveitamento de uma

oportunidade e inesperada. Nesse sentido, buscou-

se a diferença entre problema e oportunidade.

Tipos de Decisões

Lacombe e Heilborn (2003) mencionam que Herbert

Simon criou as definições: decisões programadas e

não -programadas. Megginson, Mosley e Pietri

(1998) expõem as programadas como as decisões

rotineiras, repetitivas, freqüentes, para as quais já

estão estabelecidas diretrizes sistemáticas para

chegar à solução. Montana (1999) refere que essas

são caracterizadas por problemas de fácil

compreensão, estruturados, rotineiros, repetitivos e

resol vidos por regras previamente sistematizadas.

Stoner e Freeman (1999) reportam-se a elas como

decisões tomadas de acordo com po líticas,

procedimentos ou regras, escritas ou não, que

simplifi cam a tomada de decisão.

As Decisões Não-Programadas são as que não

ocorrem com freqüência, exigindo uma resolução

única, segundo Megginson, Mosley e Pietri (1998).

Mon tana (1999) relata que essas envolvem aqueles

problemas que não são bem compreendidos,

tendendo a serem singulares e não se enquadrarem

em procedimentos r otineiros ou sistêmicos. Stoner

e Freeman (1999) expressam as não-programadas

como problemas incomuns ou e xcepcionais. Já

Bateman e Snell (1998) apontam que são decisões

nov as, singulares, complexas, para as quais não

existe uma estrutura pré-determinada.

ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM-

MÓDULO: GESTÃO DE MATERIAIS-

1-PLANEJAMENTOS DE MATERIAS De acordo

Faria (1985) a importância de planejamento de

estoques seria:

“O estabelecimento da distribuição racional no

tempo e no espaço dos recursos disponíveis, como o

objetivo de atender um menor desperdício possível

a hierarquia de prioridades necessárias para a

realização, com êxito, de um propósito previamente

definido”.

Viana (2002, p. 41) em seus postulados refere-se que

materiais são “todas as coisas contabilizáveis que

entram como elementos constituídos ou

constituintes na linha de atividades de uma

empresa” e que a administração dos mesmos tem

como meta primordial atingir o equilíbrio entre

estoque e consumo. Para o estudioso, essa

administração abrange e tem como objetivo

planejamento, coordenação, direção e controle de

todas as atividades ligadas à aquisição de materiais

para a formação de estoques, desde o momento de

sua concepção até seu consumo final.

1.1- ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAS:

Para Krause, um ciclo contínuo de operações

correlatas e interdependentes, válidas para

qualquer instituição independentemente do seu

tamanho, são elas: previsão, aquisição, transporte,

recebimento, armazenamento, conservação,

distribuição, controle. O gerenciamento de estoques

está baseado em dois fatores:

1. - O primeiro consiste em manter estoques a níveis

aceitáveis de acordo com o mercado, evitando a sua

falta e o risco de obsolescência; 2. - O segundo trata

dos custos que esses proporcionam em relação aos

níveis e ao dimensionamento do espaço físico.

2-DEPARTAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

DE MATERIAIS:

2.1- Departamento de compras: é a favor de grande

quantidade, pois obtém grandes descontos,

encurtando assim, os custos e consequentemente

aumentando os lucros.

2.2-Departamento de produção: o maior medo deste

departamento é que falte MP, pois sem ela a

Page 17: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

produção fica parada, causando retrocessos

podendo até mesmo perder o cliente, portanto de

grande quantidade para produzir grandes lotes de

fabricação e diminuir o risco de não ter satisfeita a

demanda de consumidores.

2.3-Departamentos de vendas e marketing: é a favor

de grande quantidade de matéria-prima, pois

significa grandes lotes de fabricação e

consequentemente, grande quantidade de material

no estoque para que as entregas possam ser

realizadas rapidamente, o que resultará em uma

boa imagem da empresa, aumentará as vendas e

consequentemente os lucros.

2.4-Departamentos financeiro: é a favor de pequena

quantidade de material no estoque, pois a medida

que aumenta a quantidade significa:

• alto investimento de capital - caso não venda, este

capital fica inativo;

• alto risco - as perdas podem ser maiores,

obsolescência,

• altos custos de armazenagem Segundo Vecina

Neto e Reinhardt Filho (1998, p. 2),

[...] o processo de produção do setor da saúde é

muito complexo e o hospital, constitui um centro de

interação de várias disciplinas e profissões,

incorporando tecnologias, gerando um modelo

assistencial com uma variedade enorme de itens e

graus de diversidade.

3- O ENFERMEIRO E A ADMINISTRAÇÃO DE

MATERIAIS:

Segundo Anselmi e Nakao (1999), a partir da

institucionalização da profissão dentro das

estruturas de saúde, a enfermagem, na figura do

enfermeiro, vem incorporando em seu trabalho

ações características do processo de gerenciamento.

Os Enfermeiros devem estar envolvidos na Gestão

de materiais em enfermagem

(GRM), pois estão também responsáveis pelo

atendimento de qualidade aos clientes, essas

pessoas hospitalizadas, por sua vez, necessitam

acreditar que estão recebendo o que há de melhor

para a recuperação de sua saúde, porquanto se

encontram em uma ocasião de fragilidade e

carecem receber uma assistência integral as suas

necessidades e, para tanto, têm como aliados os

trabalhadores da área da saúde, assim como os

trabalhadores que ampliam atividades de apoio.

A qualidade desses instrumentos irá influenciar

diretamente a qualidade da assistência oferecida e a

segurança do trabalhador de enfermagem ao

objetivar essa assistência.

4-GESTÃO DE MATERIAIS: Segundo Messias:

1:13- A gestão de materiais :

(...) um ramo especializado da ciência da

administração, pois trata especificamente de um

conjunto de normas relacionadas com a gerência de

artigos essenciais à produção de um determinado

bem ou serviço.

Para Kurcgant: “para compreender os objetivos e a

importância da administração dos recursos

materiais nas organizações de saúde, deve-se

destacar alguns aspectos, tais como, a proporção

que a despesa com recursos materiais representa

para a instituição; a grande variedade de materiais;

a complexidade de tratamentos e,

conseqüentemente, o ônus nos custos.

O conhecimento dos enfermeiros no processo de

compras de materiais nas instituições hospitalares,

nos dias cada vez mais requisitados.

Informalmente, o enfermeiro sempre compartilhou

com esse processo, tendo em sua competência

básica, fundamentos que garantem qualidades para

opinar quanto ao tipo, à quantidade e à qualidade

dos materiais a serem obtidos para o emprego nas

enfermarias. Nos dias atuais, o enfermeiro tem

agido em comissões de licitação, como componente

de grupos de assessoria de compra e emitindo

pareceres técnicos nos processos de aquisição de

material; e determinados serviços de enfermagem

em organizações de saúde de amplo porte, possui

em sua estrutura, assessorias, setores ou seções de

enfermagem para o bom desempenho de funções,

direcionadas ao controle de qualidade, seleção e

compra de materiais usados na assistência ao

cliente.

Em instituições privadas, geralmente a compra é

direta, ou seja, o serviço de compras agencia

livremente com os fornecedores, apenas seguindo

as diretrizes financeiras da instituição de saúde. A

instituição privada configura-se como um s i s t ema

desburocratizado, e devido a este fato é mais ligeiro

na compra de material. As instituições públicas

obedecem rigidamente, as normas referentes aos

Page 18: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

procedimentos legais que regulamentam as

1licitações desse campo.

As modalidades de licitação empregadas para a

compra de materiais nas instituições públicas de

saúde são a concorrência, a tomada de preços e o

convite.

A alternativa de qual modalidade de licitação usar

vai incidir em função do valor acatado para a

compra e dos casos de emergência, em que a falta

de material pode ocasionar prejuízos na assistência

ao paciente.

As atividades do enfermeiro em relação à seleção e

à compra de materiais podem modificar de uma

instituição para outra, porém fundamentalmente

vão envolver: auxílio na cotação do tipo de recurso

a ser obtido para as unidades, padronização,

especificação técnica, controle de qualidade e

emissão do parecer técnico.

1 Licitação é o procedimento administrativo

mediante o qual a organização pública seleciona a

proposta mais vantajosa para o contrato de seu

interesse, visando proporcionar oportunidades

iguais aos fornecedores.

5-FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS NA GESTÃO

DE MATERIAIS:

1. PREVISÃO: É a atividade de conhecer as reais

necessidades materiais do local de trabalho. A

determinação da cota de cada item tem a seguinte

fórmula: 2. Cota mensal (CM) = consumo médio

mensal (CMM)l+ Estoque de segurança

(ES) Estoque de segurança = 20% CMM+ consumo

durante o tempo de reposição de material. 3.

PROVISÃO: Atividade de abastecimento de

material reconhecido na previsão como sendo

necessários para a realização do trabalho. 4.

ORGANIZAÇÃO: atividade que está envolvida ao

estoque, que deve ser feito da melhor forma

possível os materiais da organização. 5.

CONTROLE: Envolve a atividade de controlar a

quantidade de saída, a conservação e proteção do

material.

6-CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL: QUANTO

A DURAÇÃO:

1. PERMANENTE: material com duração superior a

dois anos; 2. CONSUMO: material com duração

prevista para dois anos, no máximo.

1. PEQUENO: Inaladores, pacote de curativo, e

outros. 2. MÉDIO: ventiladores respiratórios,

aspiradores e outros; 3. GRANDE: autoclaves, etc.

7-AQUISIÇÃO DE MATERIAL:

O tipo de licitação não deve ser confundido com

modalidade de licitação. Tipo é o critério de

julgamento utilizado pela Administração para

seleção da proposta mais vantajosa. Modalidade é

procedimento.

Os tipos de licitação mais utilizados para o

julgamento das propostas são os seguintes:

1. Menor Preço: Critério de seleção em que a

proposta mais vantajosa para a Administração é a

de menor preço. (Melhor Preço é terminologia

usada para definir Menor Preço conjugado com

qualidade, durabilidade,funcionalidade,

desempenho etc.) É utilizado para compras e

serviços de modo geral. Aplicas-se também na

aquisição de bens e serviços de informática quando

objetivada na modalidade convite. 2. Melhor

Técnica: Critério de seleção em que a proposta mais

vantajosa para a Administração é escolhida com

base em fatores. É usada excepcionalmente para

serviços de natureza predominantemente

intelectual, em especial na elaboração de projetos,

cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e

de engenharia consultiva em geral, e em particular,

para elaboração de estudos técnicos preliminares e

projetos básicos e executivos. 3. Técnica e Preço:

Critério de seleção em que a proposta mais

vantajosa para a Administração é escolhida com

base na maior média ponderada, considerando-se

as notas obtidas nas propostas de preço e de

técnica. É obrigatório na contratação de bens e

serviços de informática, nas modalidades tomada

de preços e concorrência.

Modalidades de Licitação

Modalidade de licitação é a forma particular de

conduzir o procedimento licitatório, a partir de

critérios definidos em lei. O valor estimado para

contratação é o principal fator para escolha da

modalidade de licitação, exceto quando se trata de

pregão, que não está limitado a valores.

Page 19: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

Além do leilão e do concurso, as demais

modalidades de licitação admitidas são

exclusivamente as seguintes:

1. CONCORRÊNCIA: Modalidade da qual podem

participar quaisquer interessados que na fase de

habilitação preliminar, desde que comprovem ter

requisitos mínimos de qualificação exigidos no

edital para execução do objeto da licitação. Obras e

serviços de engenharia acima de R$ 1.50.0,0.

Compras e outros serviços acima de R$ 650.0,0.

2. TOMADA DE PREÇOS: Modalidade conseguida

entre interessados devidamente cadastrados ou que

atenderem a todas as condições ordenadas para

cadastramento até o terceiro dia anterior à data do

recebimento das propostas, observada a necessária

qualificação. Obras e serviços de engenharia acima

de R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00.

3. CONVITE: Modalidade conseguida entre

interessados do ramo de que trata o objeto da

licitação, escolhidos e convidados em número

mínimo de três pela Administração. No convite é

possível a participação de interessados que não

tenham sido formalmente convidados, mas que

sejam do ramo do objeto licitado, desde que

cadastrados no órgão ou entidade licitadora ou no

Sistema de Cadastramento Unificado de

Fornecedores – SICAF. Esses interessados devem

solicitar o convite com antecedência de até 24 horas

da apresentação das propostas. O convite é a

modalidade de licitação mais simples. A

Administração escolhe quem quer convidar, entre

os possíveis interessados, cadastrados ou não. A

divulgação deve ser feita mediante afixação de

cópia do convite em quadro de avisos do órgão ou

entidade, localizado em lugar de ampla divulgação.

Obras e serviços de engenharia acima de R$ 15.0,0

até R$ 150.0,0. Compras e outros serviços acima de

R$ 8.0,0 até R$ 80.0,0.

4. PREGÃO: É a modalidade licitação em que ocorre

disputa pelo fornecimento de bens e serviços

comuns é realizada em sessão pública, é

modalidade alternativa ao convite, tomada de

preços e concorrência para contratação de bens e

serviços comuns. Não é obrigatória, mas deve ser

prioritária e é aplicável a qualquer valor estimado

de contratação. Os licitantes apresentam suas

propostas de preço por escrito e por lances verbais,

involuntariamente do valor estimado da

contratação. Diferente de outras modalidades, no

Pregão a opção da proposta é feita antes da análise

da documentação, razão maior de sua 2celeridade.

A modalidade pregão foi instituída pela Medida

Provisória 2.026, de 4 de maio de 2000, convertida

na Lei nº 10.520, de 2002, regulamentada pelo

Decreto 3.5, de 2000.

OBS: Administração pode utilizar a tomada de

preços e, em qualquer caso, a concorrência. Quando

se tratar de bens e serviços que não sejam de

engenharia, a Administração pode optar pelo

pregão.

Normas, rotinas e procedimentos em Atenção

Básica

1- CONCEITOS EM ATENÇÃO BÁSICA:

É um conjunto de ações, de caráter individual ou

coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos

sistemas de saúde, voltadas para a promoção da

saúde, prevenção de agravos, tratamento e

reabilitação.

2- As normas técnicas são um processo de

simplificação.

3- Normas - conjunto de regras ou instruções

para fixar procedimentos, métodos, organizações,

que são utilizados no desenvolvimento das

atividades. São leis, guias que definem as ações do

profissional em determinado programa do governo

, quanto o que e como fazê-las. São princípios de

ação.

4- Protocolo - Embasado no conceito de

protocolo adotado por BORGES et al (2001). "...

plano exato e detalhado para o estudo de um

problema de saúde humana, para a implementação

de esquema terapêutico resultando na

sistematização da assistência, maximizando o

potencial humano e reduzindo os custos".

5- Rotina - conforme definições do Ministério

da Saúde é o conjunto de elementos que especifica a

maneira exata pela qual uma ou mais atividades

devem ser realizadas. É uma descrição

sistematizada dos passos a serem dados para a

realização das ações componentes de uma

atividade, as sequências de execução.

6- Procedimento - descrição detalhada e

seqüencial de como uma atividade deve ser

Page 20: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

realizada. É sinônimo de técnica. O procedimento,

ao contrário da rotina, geralmente é uniforme para

toda a organização, pois está baseada em princípios

científicos e assim não se modifica

independentemente de quem o realiza.

2-FUNDAMENTAÇÃO:

A organização da Atenção Básica, com base na Lei

nº 8080, tem como fundamento os princípios do

SUS, a seguir referidos:

- Saúde como direito - a saúde é um direito

fundamental do ser humano, devendo o Estado

prover as condições indispensáveis ao seu pleno

exercício, por meio de políticas econômicas e sociais

que visem a redução de riscos de doenças e de

outros agravos e no estabelecimento de condições

que assegurem acesso universal e igualitário às

ações e serviços para a promoção, proteção e

recuperação da saúde individual e coletiva.

- Integralidade da assistência - entendida como um

conjunto articulado e contínuo de ações e serviços

preventivos e curativos, individuais e coletivos,

exigido para cada caso, em todos os níveis de

complexidade do sistema.

- Universalidade - acesso garantido aos serviços de

saúde para toda população, em todos os níveis de

assistência, sem preconceitos ou privilégios de

qualquer espécie.

- Equidade - igualdade na assistência à saúde, com

ações e serviços priorizados em função de situações

de risco e condições de vida e saúde de

determinados indivíduos e grupos de população.

- Resolutividade - eficiência na capacidade de

resolução das ações e serviços de saúde, através da

assistência integral resolutiva, contínua e de boa

qualidade à população adstrita, no domicílio e na

unidade de saúde, buscando identificar e intervir

sobre as causas e fatores de risco aos quais essa

população está exposta:

- Intersetorialidade - desenvolvimento de ações

integradas entre os serviços de saúde e outros

órgãos públicos, com a finalidade de articular

políticas e programas de interesse para a saúde, cuja

execução envolva áreas não compreendidas no

âmbito do Sistema Único de Saúde,

potencializando, assim, os recursos financeiros,

tecnológicos, materiais e humanos disponíveis e

evitando duplicidade de meios para fins idênticos.

- Humanização do atendimento - responsabilização

mútua entre os serviços de saúde e a comunidade e

estreitamento do vínculo entre as equipes de

profissionais e a população.

- Participação - democratização do conhecimento do

processo saúde/doença e dos serviços, estimulando

a organização da comunidade para o efetivo

exercício do controle social, na gestão do sistema.

3-LEGISLAÇÃO:

A partir da Constituição de 1988, que designou o

Sistema Único de Saúde, várias iniciativas

institucionais, legais e comunitárias vêm sendo

adotadas para viabilização do novo sistema. Do

âmbito jurídico-institucional, destacam-se as

chamadas Leis Orgânicas da Saúde (nº. 8.080/90 e

8142/90), o Decreto n° 99.438/90 e as Normas

Operacionais Básicas editadas em 1991, 1993 e 1996.

4- COMPOSIÇÃO DO PISO DA ATENÇÃO

BÁSICA

O Piso da Atenção Básica - PAB é um valor per

capita, que somado às transferências estaduais e aos

recursos próprios dos municípios deverá financiar a

atenção básica à saúde.

A parte variável do PAB implantada em 1998 , está

direcionada a incentivos às Ações Básicas de

Vigilância Sanitária, aos Programas de Agentes

Comunitários de Saúde, de Saúde da Família e de

Combate às Carências Nutricionais.

O incentivo às Ações Básicas de Vigilância Sanitária

direciona-se ao montante de recursos financeiros

destinado ao incremento de ações básicas de

fiscalização e controle sanitário em produtos,

serviços e ambientes sujeitos à vigilância sanitária,

bem como às atividades de educação em vigilância

sanitária.

O incentivo ao Programa de Agentes Comunitários

de Saúde e Programa de Saúde da Família consiste

no montante de recursos financeiros direcionados

ao estímulo a implantação de equipes de saúde da

família e de agentes comunitários de saúde, no

âmbito municipal, com o propósito de contribuir

para a reorientação do modelo de atenção à saúde.

O incentivo ao Programa de Combate às Carências

Nutricionais consiste no montante de recursos

financeiros destinado ao desenvolvimento de ações

de nutrição e alimentação voltadas a grupos

populacionais determinados, com prioridade ao

Page 21: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

grupo materno infantil, visando combater a

desnutrição e proteger o estado nutricional

mediante:

I - orientação alimentar e nutricional;

I - aquisição de alimentos, complementos

vitamínicos e minerais;

III - monitoramento das condições nutricionais.

5-FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA:

O financiamento da Atenção Básica se dará em

composição tripartite.

O Piso da Atenção Básica (PAB) constitui-se no

componente federal para o

financiamento da Atenção Básica, sendo composto

de uma fração fixa e outra variável. O somatório

das partes fixa e variável do Piso da Atenção Básica

(PAB) comporá o Teto Financeiro do Bloco Atenção

Básica conforme estabelecido nas diretrizes dos

Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.

7- UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO

TETO FINANCEIRO:

Será para financiamento das ações de Atenção

Básica descritas nos Planos de Saúde do município

e do Distrito Federal.

8- SUSPENSÃO DO PAB VARIÁVEL:

Da suspensão do repasse de recursos do PAB

variável

O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de

recursos dos incentivos a equipes de Saúde da

Família ou de Saúde Bucal ao município e/ou ao

Distrito Federal, nos casos em que forem

constatadas, por meio do monitoramento e/ou da

supervisão direta do Ministério da Saúde ou da

Secretaria Estadual de saúde ou por auditoria do

DENASUS, alguma das seguintes situações:

I - inexistência de unidade de saúde cadastrada

para o trabalho das equipes e/ou;

II - ausência de qualquer um dos profissionais da

equipe por período superior a 90

(noventa) dias, com exceção dos períodos em que a

contratação de profissionais esteja impedida por

legislação específica e/ou;

III - o descumprimento da carga horária para os

profissionais das Equipes de Saúde da Família ou

de Saúde Bucal estabelecida nesta Política.

O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de

recursos dos incentivos, relativos aos

Agentes Comunitários de Saúde, ao município e/ou

ao Distrito Federal, nos casos em

que forem constatadas, por meio do monitoramento

e/ou da supervisão direta do

Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de

Saúde, ou por auditoria do DENASUS,

alguma das seguintes situações:

I - inexistência de unidade de saúde cadastrada

como referência para a população

cadastrada pelos ACS e/ou;

II - ausência de enfermeiro supervisor por período

superior a 90 (noventa) dias, com

exceção dos períodos em que a legislação eleitoral

impede a contratação de profissionais, nos quais

será considerada irregular a ausência de

profissional por e/ou;

III - ausência de ACS, por período superior a 90

(noventa) dias consecutivos, e/ou;

IV - descumprimento da carga horária estabelecida

nesta Política, para os profissionais.

PROGRAMAS DA ATENÇÃO BÁSICA –

NORMAS E ROTINAS

Normas do Ministério da Saúde para atuação:

programa nacional de imunizações, programa de

saúde da mulher, programa de saúde da criança,

programa de saúde do adolescente, política de

saúde do idoso, política de saúde do homem,

programa DST, AIDS e hepatites virais, programa

de hanseníase, programa de controle da

tuberculose, programa de hipertensão, programa de

diabético.

A) Acompanhamento do Crescimento e do

Desenvolvimento – ACD; programa de saúde da

criança

NORMAS:

o Abrir ficha de ACD para todas as crianças

menores de 5 anos;

Page 22: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

Acompanhar o crescimento e

desenvolvimento das crianças menores de 5 anos:

1) Pesar mensalmente as crianças;

2) Registrar o peso no gráfico da ficha ACD;

Avaliar a tendência da curva: • Linha crescente -

BOM ; • Linha reta - PERIGO •; Linha

decrescente - GRANDE PERIGO.

3) Captar precocemente e cadastrar todas as

crianças menores de 5 anos com algum grau de

desnutrição e com retardo do crescimento e do

desenvolvimento;

4) Classificar as crianças desnutridas que

necessitam de acompanhamento alimentar:

Sempre abaixo de P 0,3, iniciar o suplemento

alimentar; Na linha crescente, continuar a pesagem

mensalmente; Nas linhas retas e decrescentes,

investigar: - Se nos dois atendimentos

subsequentes a curva decresce; verificar se houve

intercorrências no período (diarréia, IRA, malária)

ou má alimentação. No segundo caso, considerar a

admissão da criança para receber suplemento

alimentar. Se nos dois atendimentos subseqüentes a

curva decresce até P 0,3, considerar a admissão da

criança para receber suplemento alimentar (utilizar

dieta hipercalórica e hiperproteica do alimento

existente do pólo, conforme prescrição médica ou

orientações do enfermeiro responsável).

5) Iniciar acompanhamento das crianças

cadastradas na atividade de suplemento alimentar e

utilizar o formulário de acompanhamento e

evolução diária do desnutrido.

6) Solicitar exames complementares (Ht, Hb,

Glicemia) das crianças recebendo suplemento

alimentar;

7) Realizar suplemento com micro nutriente

(ferro e vitamina A) nas crianças desnutridas.

8) Imunizar com esquema básico de vacina

todas as crianças menores de 5 anos;

ROTINAS:

• Pesar mensalmente as crianças menores de 5 anos

e registrar na ficha de ACD da criança;

• Acompanhar o desenvolvimento da criança pela

ficha ACD e informar ao enfermeiro responsável

qualquer anormalidade sugestiva de retardo do

desenvolvimento;

• Informar ao enfermeiro responsável quando a

curva do peso representar situações de perigo

(Linha horizontal) e de grande perigo (linha

descendente);

• Cadastrar as crianças menores de 5 anos que

estejam desnutridas;

• Admitir as crianças com desnutrição grave para

receber suplemento alimentar;

• Oferecer a dieta de suplemento alimentar

seguindo a prescrição médica ou orientações do

enfermeiro responsável, conforme normas do

Programa;

• Acompanhar, pesar e evoluir diariamente,

seguindo roteiro da ficha de evolução do

desnutrido, todas as crianças recebendo suplemento

alimentar;

B) Manejo da Infecção Respiratória Aguda – IRA

As infecções respiratórias agudas (IRA) são

atualmente um dos principais problemas de saúde

que afetam as crianças menores de 5 anos.

NORMAS:

• Capacitar os profissionais de saúde para o

diagnóstico precoce e terapêutica adequada das

IRAS;

Referenciar para unidades hospitalares os casos de

doenças muito graves e pneumonia grave em

crianças menores de 5 anos;

• Proporcionar tratamento padrão dos casos de

IRA;

• Incentivar a atenção correta das crianças com IRA,

incluindo a identificação precoce dos sinais de

pneumonia, para o efetivo encaminhamento à

unidade de saúde mais próxima(se for o caso), ou

orientação de tratamento pelo manual AIDIP.

• Proporcionar apoio técnico aos profissionais da

ponta, nos casos de IRA que não responderem ao

tratamento padronizado;

• Realizar provisão de medicamentos e outras

provisões necessárias para o manejo adequado das

IRAS;

Page 23: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

• Realizar supervisão médica e de enfermagem

para garantir a efetiva aplicação padronizada;

• Realizar mapeamento da área geográfica e

vigilância das atividades e resultados;

• Realizar monitoramento semanal das IRAS em

crianças menores de 5 anos.

ROTINAS:

• Realizar treinamento sobre o controle das

infecções respiratórias agudas em serviço aos

profissionais de saúde;

• Cadastrar em todas as unidades de saúde (pólos e

sub-pólos) todas as crianças menores de 5 anos,

conforme a seguinte distribuição:

o N° de crianças menores de 2 meses;

o N° de crianças de 2 a 11 meses;

o N° de crianças de l a 4 anos.

• Avaliar mensalmente a situação epidemiológica

das IRA (n° de casos leves, pneumonias leves e

graves, otite média, faringite, amigdalite,, remoções

e óbitos por malocas);

• Realizar tratamento padronizado das IRAS e

suas complicações, conforme manual terapêutico;

(AIDIP)

• Seguir fluxograma de diagnóstico e tratamento

básico de casos de IRA nas crianças:

o Com tosse ou dificuldade de respirar;

o Lactente menor de 2 meses de idade;

o Com problema de ouvido ou dor de garganta.

• Realizar supervisão mensal de enfermagem e,

pontualmente, supervisão médica às unidades de

saúde;

• Avaliar mensalmente e redefinir, conforme

situação epidemiológica, as estratégias das

atividades realizadas para controle das IRAS.

C) Manejo das Doenças Diarréicas- DDA

A doença diarréica aguda é uma das principais

causas de morbidade e mortalidade infantil e um

dos principais fatores que mais contribuem para o

agravamento do estado nutricional das crianças.

tratamento das verminoses e utilização da terapia

de Reidratação Oral - TRO, por tratar-se de uma

intervenção apropriada e simples no combate à

mortalidade das crianças por diarréia e

desidratação.

NORMAS:

• Capacitar os profissionais de saúde para o manejo

adequado das doenças diarréicas e controle das

epidemias

• Promover o bom estado nutricional das crianças

menores de 5 anos;

• Realizar atividades de educação em saúde

(cartazes, demonstrações práticas, etc.) no posto e

nas comunidades sempre que possível;

• Manter na unidade de saúde as crianças com

sinais de desidratação ou desidratadas, até a

reidratação completa (a fase de reidratação termina

quando desaparecem os sinais de desidratação);

• Administrar a TRO com sonda nasogástrica

(velocidade de 20 a 30 ml/kg/hora até a

reidratação) nas seguintes situações:

o Perda de peso após as primeiras duas horas de

tratamento adequado com Soro de Reidratação

Oral;

o Vômitos persistentes (4 ou mais vezes, no

mínimo, num período de uma hora) depois de

iniciada a TRO;

o Distensão abdominal acentuada com ruídos

hidroaéreos presentes que não desaparecem mesmo

após um intervalo maior entre as tomadas;

Observação: as crianças com SNG, podem

apresentar náuseas ou vômitos durante o uso da

sonda . Reduzir a velocidade para 15 ml/kg/hora,

retornando a velocidade de 20 a 30 ml/kg/hora

logo que desapareçam estes sintomas.

• Utilizar a hidratação venosa (seguindo as fases de

expansão e de manutenção ou reposição) nas

seguintes situações:

o Quando a criança não ganha ou perde peso após

as primeiras duas horas de hidratação por sonda

nasogástrica;

Page 24: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

o Quando a criança tem vômitos persistentes

(quatro ou mais vezes, no mínimo, em uma hora)

após a instalação da sonda nasogástrica;

o No caso de desidratação grave.

• Seguir a conduta terapêutica para prevenir a

desidratação, preconizada pelo Ministério da saúde:

o Plano A: crianças com diarréia sem sinais de

desidratação.

o Plano B: crianças com diarréia e sinais de

desidratação.

o Plano C: Crianças com diarréia e desidratação.

• Realizar monitoramento semanal das diarréias no

fluxograma.

ROTINAS:

• Realizar treinamento em serviço, durante as

supervisões, dos profissionais de nível médio;

• Utilizar a ficha de ACD para avaliar o estado

nutricional, durante o atendimento das crianças

com diarréia;

• Realizar palestra educativas para os agentes de

saúde, comunidade

• Realizar exame físico completo das crianças com

diarréia buscando os sinais de desidratação;

• Manejar adequadamente as crianças com diarréia

aguda para:

o prevenir a desidratação;

o tratar a desidratação

o manter a alimentação durante e após os episódios

diarréicos;

o usar de maneira racional os medicamentos;

• Manter estoque mínimo de SRO, soro fisiológico a

0,9% e soro glicosado a 5% na farmácia, sempre em

dia;

• Seguir as seguintes medidas para controle de

surtos ou epidemias:

o Registro e monitoramento dos casos para

conhecimento da demanda;

o Visita domiciliar para identificação da fonte de

contaminação;

o Coleta de material para exame laboratorial,

visando identificar o agente etiológico;

o Disponibilizar recursos materiais e humanos para

tratamento adequado e oportuno dos casos;

a Notificação imediata às unidades de vigilância

epidemiológica, necessárias;

d) Programa da Saúde da Mulher

Reduzir a morbimortalidade das mulheres em

idade fértil (12 a 49 anos)

NORMAS GERAIS:

• Prestar assistência pré-natal, ao parto e puerpério;

• Obter registros seguros sobre nascimentos,

natimortos, abortos, infanticídios e morte materna;

• Avaliar o estado nutricional e classificar o grau de

desnutrição materna;

• Promover a suplementação alimentar nos casos

de desnutrição materna grave, utilizando alimentos

existentes no local;

• Manter atualizado a situação vacinal das

mulheres em idade fértil com relação à vacina Anti-

Tetânica e Rubéola;(dT)

NORMAS DO PRÉ-NATAL:

• Identificar situações de risco à gravidez das

mulheres

• Administrar suplemento vitamínico com ácido

fólico e ferro durante a gravidez;

• Realizar bacterioscopia da secreção vaginal em

todas as gestantes e nas mulheres sintomáticas;

• Solicitar na primeira consulta de pré-natal os

exames laboratoriais de rotina preconizada pelo

Programa de atenção e humanização do Pré-natal;

• Definir laboratório de referência para fluxo dos

exames do pré-natal;

• Captar precocemente e cadastrar todas as

gestantes e iniciar o pré-natal;

Page 25: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

• Realizar no mínimo seis acompanhamentos ou

visitas de pré-natal durante a gravidez;

• Realizar no mínimo uma consulta médica e duas

de enfermagem no pré-natal;

• Capacitar e reciclar os profissionais para

assistência à saúde da mulher;

• Identificar e notificar como situação de risco para

a gravidez as seguintes antecedências ou

manifestações atuais:

a) Rejeição da criança,

b) Abortamentos anteriores;

c) Desnutrição grave;

d) Prática anterior de infanticídio;

e) Teve mais de 4 filhos;

f) Tem filhos menores de 2 anos;

g) Solteira;

h) Infecções anteriores (malária, Tb, etc.)

i) Imunização incompleta ou não imunizada;

ROTINAS GERAIS:

• Abrir um livro para registro das atividades do

Programa de Saúde da mulher;

• Pesar mensalmente as mulheres em idade fértil,

com registro no livro do programa de saúde da

mulher.

ROTINAS DO PRÉ-NATAL:

• Realizar visita mensal a todas as gestantes;

• Realizar consulta pré-natal e preencher

completamente a ficha de acompanhamento da

gestante;

• Administrar ácido fólico (5 mg/dia) durante o

primeiro trimestre e sulfato ferroso (300mg/dia

dividido nas refeições) a partir da 20a semana (5°

mês) da gravidez;

• Solicitar na primeira consulta à gestante os

exames laboratoriais de rotina do pré-natal (VDRL,

Ht, Hb,

Sumário de Urina, Glicemia de jejum) e enviar à

unidade de referência;

• Solicitar no 7° mês de gestação os seguintes

exames: VDRL e Sumário de urina;

• Informar mensalmente à sede as gestantes

cadastradas nas unidades de saúde;

• Realizar durante a consulta pré-natal os seguintes

procedimentos:

a) Mensurar: peso, pressão arterial e altura uterina;

b) Avaliar a vitalidade fetal (movimentos) e

auscultar os batimentos cardio-fetal (BCF) com

estetoscópio de Pinard após a 22 a semana (2°

trimestre) ou com sonar doppler após a 12a semana

de gestação (2° trimestre);

c) Atualizar o calendário vacinal com dT e hep.B

e)Programa de Controle da Tuberculose

Incrementa o diagnóstico precoce e tratamento

imediato e reduzir a incidência conforme as novas

normatizações do Programa Nacional de Controle

da Tuberculose.

NORMAS:

• Diagnosticar e tratar todos os casos positivos,

reduzindo a ocorrência de formas graves e óbitos;

• Examinar, clínica e laboratorialmente, os

comunicantes dos pacientes com tb pulmonar (co-

habitantes da residência onde ocorreu o caso

índice), utilizando para registro a ficha de controle

da tuberculose;

• Identificar e realizar baciloscopia imediata dos

sintomáticos respiratórios (pacientes apresentando

tosse com expectoração igual ou superior a 3

semanas);

• Realizar a quimioterapia e quimioprofilaxia na

área indígena sempre que possível;

• Seguir as normas do Programa Nacional de

Controle da Tuberculose.

ROTINAS:

• Realizar capacitação e reciclagem dos

profissionais de saúde em diagnóstico clínico e

laboratorial da tuberculose;

• Fazer busca ativa mensal de casos em todas as

comunidades da tuberculose,

Page 26: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

c) Coleta de escarro para baciloscopia direta

(mensalmente dos sintomáticos respiratórios)

d) Raios X de tórax (uma vez ao ano nos

comunicantes, sintomáticos respiratório e com PPD

"forte reator")

e) Cultura no escarro (nos sintomáticos

respiratórios com baciloscopia negativa).

Observação: Escarro no coletor universal com

tampa rosca, transportado em caixa térmica com

gelo.

• Encaminhar para tratamento todos os pacientes

com baciloscopia positiva;

• Enviar mensalmente à sede as seguintes fichas:

Controle do tratamento e quimioprofilaxia, controle

e estoque de medicamentos, controle dos

comunicantes e altas;

• Fazer e enviar à sede a previsão de medicamentos

e insumos específicos do Programa;

• Realizar coleta de material utilizando os

Equipamentos de Proteção Individual - EPI;

f) Programa Imunização

Atingir as coberturas vacinais de todos os

imunobiológicos conforme metas preconizadas pelo

Programa Nacional de Imunização - PNI.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi

criado em 1973, por determinação do Ministério da

Saúde, como parte de um conjunto de medidas que

se destinavam a redirecionar a atuação

governamental do setor.

VACINAS METAS PRECONIZADA PELO PNI

BCG 90%

Hepatite B 95%

Pólio 95%

Tríplice Bacteriana (DPT) 90%

Febre amarela 100%

Haemófilus Influenza B (HIB) 95%

Dupla viral 95%

NORMAS:

• Capacitar e reciclar os profissionais de campo nas

atividades de sala de vacina; » Realizar supervisão e

avaliação das técnicas de administração da vacina e

do acondicionamento dos imunobiológicos;

• Administrar vacina de rotina em todas as

unidades de saúde

• Realizar todas as campanhas de vacinação do

Ministério da Saúde - MS;

• acompanha vacinação de rotina

• Fazer bloqueio vacinal diante de casos suspeitos

de doenças imunopreveníveis conforme

recomendações do PNI;

• Observar e seguir normas de acondicionamento e

transporte dos imunobiológicos propostos pelo

PNI.

ROTINAS:

• Realizar as atividades de supervisão, com

intervalos mínimos de 45 dias entre as mesmas, em

todas as unidades de saúde;

• Utilizar os formulários específicos para

imunização: formulários de rotina, e formulários de

campanha e planilha de inutilização dos

imunobiológicos.

• Centralizar o armazenamento e distribuição de

vacina e gelo nos pólos base;

• Informar o estoque de vacina do pólo base no

relatório de atividade mensal; » Solicitar vacinas

com antecedência;

• Transportar as vacinas em caixas térmicas

adequadas sempre utilizando termômetro de cabo

extensor para registro e controle da temperatura

duas vezes ao dia;

• Proceder com o registro de temperatura da

geladeira e da caixa térmica, no mapa de

temperatura, duas vezes ao dia;

• Iniciar a vacinação de rotina na comunidade

Notificar, em ficha específica, todas as reações

adversas dos imunobiológicos;

Avaliar mensalmente, por pólo base, a cobertura

vacinal das crianças menores de 5 anos.

Page 27: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

g)PROGRAMA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE:

PROSAD

A atenção integral da saúde do adolescente

incorpora ações de promoção de saúde, prevenção

de agravos e assistência primária, secundária e

terciária, que devem ser realizadas em parceria

entre organizações governamentais e não-

governamentais, resgatando-se assim as diversas

competências e responsabilidades, inclusive

familiares, frente aos adolescentes, para se garantir

a atenção integral.

Normas:

Capacitar e reciclar os profissionais de campo nas

atividades no acolhimento dos adolescentes;

fazendo o melhor acolhimento possível em espaços

humanizados, de responsabilização e de formação

de vínculos como um recurso terapêutico, aliados a

projetos terapêuticos formulados, implementados e

avaliados pelos profissionais comprometidos no

atendimento;

• Melhorar o acesso aos serviços de saúde para

alcançar os melhores resultados possíveis;

• Ter sensibilidade para com as demandas e

necessidades desse segmento populacional em

acordo com as diversidades individuais, sociais,

étnicas e territoriais. Com a finalidade de

estabelecer vínculo;

• Enxergar a pessoa jovem na integralidade de seu

ser e de sua vida, buscando identificar outras

necessidades para seu bem-estar, e envidar esforços

para engajá-la em outras ações e outros serviços

locais, além dos serviços de saúde,

independentemente da demanda inicial que a levou

à unidade de saúde;

Rotinas:

Acolhimento;

uma sexualidade segura e sobre

saúde sexual e reprodutiva;

-natal e, se necessário,

encaminhamento para serviços especializados ou

de referências

Em visitas domiciliares:

• Desenvolver ações de educação em saúde;

• Realizar imunizações de acordo com o calendário

vacinal (em anexo);

• Desenvolver vínculos que favoreçam um diálogo

aberto sobre questões de saúde e de outros

interesses;

• Identificar precocemente fatores de risco que

impliquem em vulnerabilidade;

• incentivar a participação em atividades

esportivas, culturais, de lazer, bem como em grupos

organizados na comunidade;

• incentivar o diálogo nas famílias e orientá-las

sobre as etapas normais do desenvolvimento de

seus filhos.

Atividades em grupo:

As atividades em grupo devem permitir:

• desenvolver a capacidade de ouvir, de falar e de

comunicar-se;

• estabelecer um processo coletivo de discussão e

reflexão;

• construir uma experiência de reflexão educativa

comum.

h) PROGRAMA DE SAÚDE DO IDOSO-

POLÍTICAS DE SAÚDE DO IDOSO:

PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE

2006-Aprova a Política Nacional de Saúde da

Pessoa Idosa.

Diretrizes:

a) promoção do envelhecimento ativo e saudável;

b) atenção integral, integrada à saúde da pessoa

idosa;

Page 28: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

c) estímulo às ações intersetoriais, visando à

integralidade da atenção;

d) provimento de recursos capazes de assegurar

qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa;

e) estímulo à participação e fortalecimento do

controle social;

f) formação e educação permanente dos

profissionais de saúde do SUS na área de saúde da

pessoa idosa;

g) divulgação e informação sobre a Política

Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para

profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;

h) promoção de cooperação nacional e internacional

das experiências na atenção à saúde da pessoa

idosa; e

i) apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.

Rotinas:

a) desenvolver e valorizar o atendimento acolhedor

e resolutivo à pessoa idosa, baseado em critérios de

risco;

b) informar sobre seus direitos, como ser

acompanhado por pessoas de sua rede social (livre

escolha) e quem são os profissionais que cuidam de

sua saúde;

c) valorizar e respeitar a velhice;

d) estimular a solidariedade para com esse grupo

etário;

e) realizar ações de prevenção de acidentes no

domicílio e nas vias públicas, como quedas e

atropelamentos;

f) realizar ações integradas de combate à violência

doméstica e institucional contra idosos e

g) facilitar a participação das pessoas idosas em

equipamentos sociais, grupos de terceira idade,

atividade física, conselhos de saúde locais e

conselhos comunitários onde o idoso possa ser

ouvido e apresentar suas demandas e prioridades;

h) articular ações e ampliar a integração entre as

secretarias municipais e as estaduais de saúde, e os

programas locais desenvolvidos para a difusão da

atividade física e o combate ao sedentarismo;

i) promover a participação nos grupos operativos e

nos grupos de convivência, com ações de

promoção, valorização de experiências positivas e

difusão dessas na rede, nortear e captar

experiências;

j) informar e estimular a prática de nutrição

balanceada, sexo seguro, imunização e hábitos de

vida saudáveis;

k) realizar ações motivadoras ao abandono do uso

de álcool, tabagismo e sedentarismo, em todos os

níveis de atenção;

l) promover ações grupais integradoras com

inserção de avaliação, diagnóstico e tratamento da

saúde mental da pessoa idosa;

m) reconhecer e incorporar as crenças e modelos

culturais dos usuários em seus planos de cuidado,

como forma de favorecer a adesão e a eficiência dos

recursos e tratamentos disponíveis;

n) promover a saúde por meio de serviços

preventivos primários, tais como a vacinação da

população idosa, em conformidade com a Política

Nacional de Imunização;

o) estimular programas de prevenção de agravos de

doenças crônicas não-transmissíveis em indivíduos

idosos;

p) implementar ações que contraponham atitudes

preconceituosas e sejam esclarecedoras de que

envelhecimento não é sinônimo de doença;

q) disseminar informação adequada sobre o

envelhecimento para os profissionais de saúde e

para toda a população, em especial para a

população idosa;

r) implementar ações para reduzir hospitalizações e

aumentar habilidades para o auto-cuidado dos

usuários do SUS;

s) incluir ações de reabilitação para a pessoa idosa

na atenção primária de modo a intervir no processo

que origina a dependência funcional;

t) investir na promoção da saúde em todas as

idades; e

u) articular as ações do Sistema Único de Saúde

com o Sistema Único de Assistência Social – SUAS.

j)Programa DST, AIDS e hepatites virais:

Page 29: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

Considerando a Portaria nº 2313/GM, de 19 de

dezembro de 2002, que institui o Incentivo para

estados, Distrito Federal e municípios no âmbito do

Programa Nacional de HIV/Aids e outras DST e

versa sobre a responsabilidade das três esferas do

governo em implementar o acompanhamento e o

monitoramento das ações programadas no Plano de

Ações e Metas;

As ações da Atenção Básica devem incluir:

a) Atividades educativas para promoção à saúde e

prevenção.

b) Aconselhamento para os testes diagnósticos e

para adesão à terapia instituída e às recomendações

da assistência.

c) Diagnóstico precoce das DST, infecção pelo HIV,

hepatites e HTLV.

d) Tratamento adequado da grande maioria das

DST.

e) Encaminhamento dos casos que não competem a

esse nível de atenção, realizando acompanhamento

conjunto.

f) Prevenção da sífilis congênita e da transmissão

vertical do HIV.

g) Manejo adequado dos indivíduos em uso

indevido de drogas.

ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ATENÇÃO

BÁSICA

As atribuições da equipe de Atenção Básica no

atendimento aos portadores de

HIV/aids e outras DST se apóiam nas seguintes

diretrizes:

1. Contribuir para a superação do preconceito e

discriminação que envolvem as questões

relacionadas à sexualidade, ao uso de drogas etc.

2. Promover a inserção social das pessoas vivendo

com HIV/aids.

3. Aumentar a conscientização da população com

relação à promoção, prevenção, diagnóstico e

assistência a esses agravos.

4. Garantir acesso e atendimento às populações

mais vulneráveis para essas infecções.

5. Atuar de forma integrada com os profissionais

dos serviços especializados no tratamento de

pessoas com esses agravos.

6. Identificar e desenvolver ações em parceria com

os serviços existentes na

comunidade (Casas de Apoio, Casas de Passagem

etc.)

Estabelecer uma relação de confiança, com o

portador de DST, HIV/aids, hepatites e HTLV, que

busque a UBS.

2. Desenvolver atividades informativo-educativas

de prevenção e controle desses agravos.

3. Garantir acolhimento a todas as pessoas que

busquem as UBS.

4. Organizar o processo de trabalho da unidade

para atendimento da demanda

identificada na comunidade.

5. Realizar aconselhamento e oferecer o teste anti-

HIV aos portadores de DST, às pessoas vulneráveis

e aos que buscam o serviço com clínica sugestiva de

DST,

HIV/aids ou história de risco para esses agravos.

6. Promover a adesão das gestantes ao pré-natal e

oferecer o teste para sífilis, para Hepatite B e para o

HIV, a todas as gestantes da área de abrangência da

unidade, realizando aconselhamento pré e pós-

teste.

7. Inserir a abordagem de risco para as DST e

infecção pelo HIV nas diferentes atividades

realizadas (acolhimento, atividades em grupo,

planejamento familiar, pré-natal etc.).

8. Utilizar a abordagem sindrômica na assistência

ao portador de DST, levando em conta o contexto

pessoal, familiar e social em que a doença se

desenvolve.

9. Desencadear ações de aconselhamento/testagem

e tratamento voltadas aos parceiros sexuais dos

portadores desses agravos.

10. Realizar a coleta de sangue para

encaminhamento ao laboratório de referência na

medida em que a unidade esteja organizada para

essa atividade.

Page 30: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

11. Garantir a observância das normas de precaução

universal, a fim de evitar exposição ocupacional a

material biológico.

12. Realizar as ações, de vigilância epidemiológica,

pertinentes a cada caso.

13. Encaminhar as pessoas vivendo com HIV/aids

e/ou hepatites virais aos s

NORMAS GERAIS

• Estabelecimento de políticas de prevenção

em nível nacional, contemplando a população em

geral e grupos de maior vulnerabilidade para as

DST/HIV/aids;

• Articulação com outras esferas dos

poderes público, privado e da sociedade civil,

buscando promover maior integração das ações de

promoção à saúde e prevenção das DST/aids;

• Fortalecimento das ações de intervenção

comportamental, por meio de apoio a programas e

projetos oferta gratuita, distribuição e

gerenciamento logístico do preservativo masculino;

• Oferta gratuita, disponibilidade e

gerenciamento logístico do preservativo feminino

para segmentos específicos da população;

marketing social e campanhas de promoção ao uso

do preservativo;

desenvolvimento de redes de distribuição apoiadas

em base comunitárias;

realização de testes, controle de qualidade e

avaliação do preservativo;

realização de estudos de aceitabilidade, demanda e

consumo de preservativos;

assessoria e treinamento de equipes técnicas dos

projetos e das Coordenações Estaduais e

Municipais de DST/Aids engajadas no

gerenciamento logístico, na avaliação e na

armazenagem dos preservativos;

Os CTA têm como objetivos:

promover o acesso ao diagnóstico da infecção pelo

HIV, de forma confidencial e gratuita,

acompanhado de ações de aconselhamento;

capacitar e atualizar, de forma continuada, os

profissionais que atuam na rede de CTA

implantada - e em implantação - no país;

promover uma maior integração dos CTA com os

outros programas da rede pública de saúde.

A implantação desse tipo de serviço pressupõe as

seguintes linhas estratégicas para sua viabilização:

apoio a projetos de implantação e implementação

de CTA nas regiões de maior incidência e/ou

maior vulnerabilidade, priorizando-se municípios

de pequeno e médio porte abaixo de 500 mil

habitantes e incentivando-se consórcios entre

municípios;

veiculação de campanhas regionais de informação e

divulgação dos serviços de testagem e

aconselhamento;

capacitação de equipe técnica para supervisão,

avaliação da qualidade do serviço prestado à

população e capacitação dos profissionais que

atuam com testagem e aconselhamento;

criação de comitê-assessor, nos níveis

estadual/regional/federal, para subsidiar os

programas no monitoramento e normalização dos

serviços de testagem e das ações de

aconselhamento;

apoio técnico à realização de estudos e pesquisas

desenvolvidas por equipes dos CTA e apoio à

participação de equipes em fóruns técnico-

científicos, de âmbito nacional ou internacional.

l)PROGRAMA HIPERDIA- HIPERTENSÃO E

DIABETES:

Portaria GM 371 de 04 de Março de 2002 --Institui

o Programa Nacional de Assistência Farmacêutica

para Hipertensão e Diabetes Mellitus

B Portaria GM 16 de 03 de Janeiro de 2002 -

Aprova o Plano de Reorganização da Atenção à

Hipertensão Arterial e a Diabetes Mellitus

NORMAS:

Acolher o usuário respeitando seus direitos è

necessidades;

• Garantir agilidade no atendimento e eficácia nas

ações;

• Manter os arquivos atualizados e organizados.

Page 31: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

• O agendamento das ações (consultas, exames, etc)

será feito na recepção, onde serão mantidas as

agendas de todos os profissionais (médicos,

enfermeiros, dentistas e outros).

Capacitação dos profissionais de saúde através de

convênios com as Secretarias Estaduais e

Municipais;

Promover campanhas sistemáticas de identificação

e prevenção de HAS e DM, estimulando hábitos

saudáveis de vida;

Garantia de dispensação da medicação padronizada

para o tratamento.

Garantir o atendimento das consultas;

Referir e garantir consultas especializadas quando

necessário.

Serviços ofertados nas Unidades Básicas de Saúde.

Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Postos de

Saúde onde pode-se pode receber atendimentos

básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia,

Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia.

Os principais serviços oferecidos pelas UBS são :

1- consultas médicas,consultas de

enfermagem,consultas odontológicas; tratamento

odontológico

2- inalações,

3- injeções,

4- curativos,

5- vacinas,

6- coleta de exames laboratoriais,

7- encaminhamentos para especialidades e

fornecimento de medicação básica

8- Atendimento nos programas de atenção

básica.

1-CONSULTA DE ENFERMAGEM: A consulta de

enfermagem é uma atividade privativa da (o)

enfermeira, na qual esta (e) assume absoluta

responsabilidade de suas ações. Por este fato,

constitui-se num espaço ideal para o exercício da

autonomia profissional.

É uma atividade privativa do enfermeiro que utiliza

componentes do método científico para identificar

situação saúde/ doença, prescrever e implementar

medidas de enfermagem que contribuam para a

promoção, prevenção, proteção da saúde,

recuperação e reabilitação do indivíduo, família e

comunidade.” Resolução COFEN – 159/96.

Segundo a lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986, essa

lei dá o respaldo legal para o desenvolvimento da

consulta de enfermagem. Sendo esta atividade

enfermagem. Privativa do enfermeiro.

A obrigatoriedade da Sistematização da Assistência

de enfermagem em unidades de saúde públicas e

privada segue o 2° artigo do COFEN do resolução

272/ 2002 resolução 272/ 2002.

2-DESENVOLVIMENTO DA CONSULTA DE

ENFERMAGEM:

Segundo Santos (1999) O enfermeiro (a), necessita

para a realização da consulta de enfermagem,

determinado conhecimentos tais como:

1. Conhecimento em semiologia: exame físico para o

levantamento e o estudo dos sinais e sintomas do

ponto de vista da Enfermagem, 2. Conhecimento

em semiotécnica: aborda as técnicas de enfermagem

que compreendem as ações indicadas para atender

aos problemas relacionados levantados no exame

físico, 3. Ter habilidade para comunicar-se

(fundamental para que haja interação entre

enfermeira (o) e cliente a fim de que ambos estejam

envolvidos na solução dos problemas

identificados), 4. Aplicar a metodologia de

assistência de enfermagem fundamentada num

marco teórico, num processo de coleta, análise e

interpretação das informações obtidas, visando à

tomada de decisão sobre a avaliação da situação de

saúde do cliente em termos de normalidade e

anormalidade, além de conhecimentos na área da

antropologia, sociologia e epidemiologia.

De acordo com Silva (1996), “Na consulta de

enfermagem é fundamental que a (o) enfermeira (o)

tenha habilidade para comunicar-se tanto de forma

verbal como não-verbal, pois conforme o processo

comunicativo está inserido nas relações sociais do

ser humano e a fala, a escrita, as expressões faciais,

a audição e o tato são formas de comunicação

Page 32: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

amplamente utilizadas”. Faria (1998) “ressalta que a

comunicação sempre tem um aspecto de conteúdo

(comunicação verbal) e um aspecto de relação

(comunicação não - verbal)”. “Com o propósito de

assistir ao cliente e sua família de forma holística, e

contribuir para maior independência dos serviços

de saúde, a consulta de enfermagem deve ser uma

atividade integrada às ações de outros profissionais

da área da saúde” (PADILHA, 1993; SANTOS,

1999). Sendo desta maneira, cada profissional de

saúde tem o seu papel de suporte para a melhoria

da saúde do cliente. A (o) enfermeira (o) tem seu

papel no acompanhamento e análise da evolução da

condição/situação de saúde do cliente, em termos

de resolver ou não dos problemas identificados, em

função das ações implementadas. Cumpre os

procedimentos de enfermagem que se fizerem

necessários, realiza orientações no momento da

consulta e conduz a outros profissionais quando a

competência de resolução do problema não estiver

em seu campo de ação. A qualidade da consulta de

enfermagem é um fator que irá depender do

diálogo que é estabelecido na relação

cliente/enfermeira (o). Por isso há necessidade em

se considerar as crenças, valores e saberes do cliente

a fim de promover a identificação das suas

limitações e possibilidades, e ir atrás de alternativas

mutuamente. Isso só irá ocorrer quando estiver

estabelecida uma relação de diálogo mútuo de

confiança, a autonomia e a liberdade de alternativa

do cliente mantida.

3-RELAÇÃO INTERPESSOAL NA CONSULTA

DE ENFERMAGEM:

A relação interpessoal insere-se na consulta de

enfermagem, pois antevê a "interdependência

comunicativa", relacionamento, proximidade física,

troca e compreensão de mensagens verbais e/ou

não-verbais, informalidade e flexibilidade do

diálogo entre duas ou mais pessoas. Devido a isso,

o enfermeiro deve ser comunicativo na realização

da consulta de enfermagem.

A formação do enfermeiro beneficia que este

profissional exerça a consulta de enfermagem com a

clientela assistida usando o conhecimento técnico-

científico e empatia. culturas, biologia humana e

sexualidades, ambiente, gênero

A consulta de enfermagem abriga os vários

métodos de vulnerabilidade, necessidades e

agravos do cliente, ao considerar a sua

complexidade. Na prática, o seu significado é não

perder de vista a diversidade humana e, de forma

consequente, a vivência do cliente, estabelecida em

meio a processo sócio-histórico, esboçar a atenção à

sua saúde a partir do cuidado holístico e

humanizado, ponderar a dinâmica das relações

sociais, gerações, raças.

4-ETAPAS DA SISTEMATIZAÇÃO DA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Histórico de enfermagem consiste em "um roteiro

sistematizado para o levantamento de dados que

sejam significativos para a enfermagem sobre o

paciente, família ou comunidade, a fim de tornar

possível a identificação dos seus problemas de

modo que, ao analisá-lo adequadamente, possa

chegar ao diagnóstico de enfermagem"

(Cianciarullo, 1976).

Exame físico; Segundo Daniel (1979), o exame físico

consiste no estudo bio-psico-sócioespiritual do

indivíduo, por intermédio da observação, de

interrogatório, de inspeção manual, de testes

psicológicos, testes de laboratório e do uso de

instrumentos.

Diagnóstico de enfermagem; O enfermeiro após ter

analisado os dados selecionados no histórico e

exame físico, coligará os problemas de

Enfermagem, as necessidades básicas afetadas, grau

de dependência e fará um apreciação clínica sobre

as respostas do indivíduo, da família e comunidade

aos problemas/processos de vida vigentes ou

potenciais.

Prescrição de enfermagem; Paim (1988) relata que a

prescrição de enfermagem significa medidas de

solução para os problemas do paciente, indicados e

registrados previamente pelo enfermeiro, com

finalidade de atender as necessidades humanas

desse mesmo paciente sob sua responsabilidade.

Evolução de enfermagem; Para Horta (1979), a

evolução de enfermagem é o relato diário ou

periódico das mudanças sucessivas que ocorrem no

ser humano enquanto estiver sob assistência

profissional, ou seja, uma avaliação global do plano

de cuidados.

Anotação de enfermagem; Para Fernandes et al.

(1981), a anotação é um instrumento valorativo de

grande significado na assistência de enfermagem e

na sua continuidade, tornando-se, pois,

indispensável na aplicação do processo de

enfermagem, pois está presente em todas as fases

do processo.

Page 33: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

1-FERRAMENTAS GERENCIAIS DO SERVIÇO

DE ENFERMAGEM:

a) MANUAIS DE ENFERMAGEM: É a ferramenta

que reúne de forma sistematizada normas, rotinas,

procedimentos e outros imprescindíveis para

execução das atividades de Enfermagem, ou seja,

instrumento orientador dos profissionais de

enfermagem no desempenho de suas funções.

b) NORMAS DE ENFERMAGEM: São normas

técnicas fundamentadas num processo de

simplificação, pois abreviam a crescente variedade

de procedimentos e produtos, desta forma

eliminam o desperdício, o retrabalho e promovem a

troca de informações entre fornecedor e consumidor

ou entre clientes internos. A finalidade importante

de uma norma técnica é a proteção ao consumidor,

especificando critérios e requisitos que medem o

desempenho do produto/serviço, resguardando

assim a vida e a saúde. c) NORMAS: Conjunto de

regras e instruções para definir procedimentos,

métodos e organização. São leis que deliberam as

ações de enfermagem quanto a o QUÊ E COMO

FAZÊ-LAS.

d) CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE

NORMAS: Deve ser colocada por autoridade

reconhecida. Fundamenta- se nos princípios: Ético,

disciplinar, assepsia. A elaboração deve ser feita de

maneira ampla e expressa, clara e concisa, flexível,

consentindo o raciocínio e a iniciativa. e) EXEMPLO

DE NORMAS: Os colaboradores de enfermagem

deverão estar no local de trabalho, devidamente

uniformizados até as 7 h. Os materiais para exames

laboratoriais de rotina deverão ser direcionados ao

laboratório até as 9 h. A passagem de plantão

deverá ser feita na cabeceira do leito dando

informações sobre: Estado do paciente,

procedimentos realizados ou a realizar, aceitação da

dieta e intercorrências importantes.

f) ROTINAS DE ENFERMAGEM: São conjuntos

de instruções técnicas concatenadas que servem

para execução uma tarefa específica de assistência

em enfermagem.

g) TAREFAS DE ENFERMAGEM: São ações que

um profissional de enfermagem executa. h)

REGULAMENTO: É o ato normativo de caráter

constante determinado pela administração superior

e contém as diretrizes básicas da organização de

saúde. Regula e amplia o estatuto, caracterizando a

Organização.

i) REGIMENTO: É o ato normativo acatado pela

administração superior, de caráter flexível que

contém as diretrizes básicas para o funcionamento

do Serviço de Enfermagem. Componentes: filosofia,

organograma, atividades a serem desenvolvida,

competência de cada membro, quadro de pessoal. O

Regimento do Serviço de Enfermagem expressa à

missão institucional, as características dos clientes a

serem assistidos, bem como a disponibilidade e

organização dos recursos humanos e materiais para

desenvolver e praticar essa assistência.

j) PROCEDIMENTOS (PROTOCOLO): É a

descrição detalhada e sequencial de como a

atividade deve ser feita. É a definição de técnica, é

uniforme para toda a organização, fundamentada

em princípios científicos e não pode ser mudado.

2- ELABORAÇÃO DOS MANUAIS DE

ENFERMAGEM:

Os manuais de enfermagem habitualmente ensinam

como realizar um trabalho, a necessidade de

manualizar o serviço independe da realização de

estudos específicos, basta para isso o gestor em

enfermagem usar instrumentos que a análise

dispõe, tais como; questionários, entrevistas e

observação pessoal.

3-ESTRATÉGIAS PARA A MANUALIZAÇÃO:

a) Itemizar os modelos manualizados: antes da

aplicação de modelos, é fundamental para que

sejam identificados os vários tipos de manuais que

a organização demanda.

d) Distribuir o manual: o manual deve ser

distribuído pelo gestor.

b) Qualificar a manualização: serão selecionados os

modelos de acordo com a demanda. c) Elaborar o

manual: é a colocação em prática dos estudos

realizados anteriormente.

5-TIPOS E TÉCNICAS DE MANUALIZAÇÃO:

a) MANUAL DA ORGANIZAÇÃO, MANUAL DE

ESTRUTURA: Tem como finalidade a própria

organização; b) MANUAL DE INSTRUÇÕES DE

NORMAS E PROCEDIMENTOS, MANUAL DE

PROCESSOS, MANUAL DE PROCEDIMENTOS,

MANUAL DE SERVIÇOS: Definem normas,

diretrizes e o detalhamento de como realizar o

trabalho; c) MANUAL DE FORMULÁRIOS: define

a finalidade, o preenchimento, distribuição e

utilização dos formulários em uso pela organização.

Page 34: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

d) MANUAL DE SEQUÊNCIA

ADMINISTRATIVA: (Ou de métodos operacionais):

descreve as fases e operações de todo o processo.

e) MANUAL DE NORMAS: Semelhante a qualquer

regulamento interno ou regimento, manual é

constituído de informações cuja origem é qualquer

documento .

6- CARACTERÍSTICA DOS MANUAIS: • Deve ser

instrumento de consulta frequente e de fácil acesso.

• Deve ser analisado com frequência;

•Deve refletir diretrizes do serviço.

7-INDICADORES PARA O USO DE MANUAIS:

Os indicadores para o uso de manuais estão ligados

a:

a) divulgação: isso quer dizer que os serviços

internos, mantêm relação com o público; b)

coordenação: indicador de pós-estudo técnico de

análise de processos; c) análise: indicador típico do

pós-estudo técnico de racionalização de trabalho d)

treinamento: talvez este seja o indicador dos

indicadores do uso de manuais pelas organizações.

Objetivo: aceitar a reunião de conhecimentos de

forma organizada e criteriosa.

8-ETAPAS PARA ELABORAÇÃO • Diagnóstico da

situação;

• Determinação dos assuntos;

• Estruturação e confecção dos instrumentos;

• Implantação;

• Avaliação;

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO • É

imprescindível admitir a estrutura organizacional

do SE, a filosofia norteadora das ações, os objetivos

a serem alcançados de acordo com a necessidade da

clientela, as ações de enfermagem que devem ser

realizadas, os recursos humanos e materiais

disponíveis.

Para o diagnóstico da situação deve-se contar com a

participação de todos por meio de questionário ou

discussão em grupo.

DETERMINAÇÃO DOS ASSUNTOS: Devem

aparecer as informações arrecadadas no

diagnóstico. Além da decisão sobre a melhor

maneira de escrever, se trata de norma ou rotina de

acordo com o caso, aprovadas por todos da

organização do manual

ESTRUTURAÇÃO E CONFECÇÃO: A maneira que

o manual vai ser organizado (livro, brochura etc.).

Quem irá confeccionar o manual, cuidar da

elaboração, escolher pessoa com conhecimento e

relação com o assunto. A estrutura e a confecção

devem ser IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO: Na

implantação todos devem ser comunicados. O

manual deve ser colocado em local de fácil acesso.

O manual deve estar em constante atualização.

ETAPAS PARA ELABORAÇÃO • Diagnóstico da

situação; • Determinação dos assuntos; •

Estruturação e confecção dos instrumentos; •

Implantação; • Avaliação;

9-CONTEÚDO DO MANUAL: em geral contém:

serviço de enfermagem;

Composição administrativa e organizacional do

SE;

com a clientela assistida.

pessoal a assistência e ao material. Orientação sobre

direitos e deveres da equipe de enfermagem.

10- DOCUMENTOS DE CONTROLE PARA O

FUNCIONAMENTO DA GERÊNCIA EM

ENFERMAGEM:

modificações constantes nas dinâmicas dos serviços.

A avaliação deve ser constante, e ter como

finalidade a qualidade da assistência, deve ter

sempre revisão de maneira planejada e ajustada as

necessidades da clientela.

consiste basicamente em motivar, orientar e instruir

os supervisionados na execução de suas atividades

embasada em normas estabelecidas. Tem por

objetivos: o alcance de níveis e excelência nos

serviços prestados tem caráter administrativo, é

desta maneira não deve considerara somente o

serviço, mas também aqueles que o executam.

Page 35: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

capacitador, orientador e reciclador do

conhecimento técnico dos profissionais de uma

instituição, deve-se levar em consideração as

necessidades de cada unidade de serviço e deve-se

também fazê-lo de maneira periódica. Os

profissionais devem ser estimulados a participarem

da educação permanente e não obrigados.

DEFINIÇÃO: È a apreciação de diversos processos

averiguando com exatidão e a fidelidade dos

procedimentos e relatórios , de acordo com o

principio das leis institucionais. A auditoria é

realizada pela verificação dos registros em

prontuários ou as condições do cliente.

externa ou interna á instituição.

Podendo ser contínua ou periódica, e pode ser feita

ainda em apenas um procedimento ou em toda a

unidade de saúde.

Tipos de Auditoria:

e é utilizado o prontuário para a avaliação.

- (concorrencial): Feita durante a

hospitalização ou em atendimento ambulatorial.

Classificação da Auditoria: Quanto à forma:

Instituição.

Quanto ao tempo:

Periódica: realizada em períodos, não contínua.

Quanto á natureza:

necessidade específica.

Quanto ao limite:

Parcial: limitada a determinados serviços ou setores

da instituição.

1. ABAIXO ASSINADO: refere-se a uma solicitação

coletiva redigida com o alvo de requerer direitos ou

deveres previstos por lei e que estão sendo

desrespeitados; ou, ainda, de solicitar que

determinados direitos ou deveres sejam

reconhecidos na forma da lei. 2. APOSTILA:

constitui-se num documento, cujo objetivo é a

conformidade marginal ou interlinear de um

documento qualquer que foi antes redigido.

3. ATESTADO: Um atestado constitui-se de uma

declaração feita por uma pessoa a favor de outra,

procurando atestar uma verdade em que se

acredita.

4. ATOS ADMINISTRATIVOS:

5. AVISO: constitui-se em um tipo de comunicação,

direta ou indireta, afixada em local público ou

privado, com características amplas e variadas.

6. CIRCULAR: forma multidirecional que

possibilita uma instituição dirigir-se, ao mesmo

tempo, a várias repartições ou pessoas.

7. DECLARAÇÃO: constitui-se num documento

semelhante ao atestado, porém não é expedido por

instituições públicas.

8. EDITAL: meio de notificação direcionado ao

público, que se afixa em local de acesso dos

interessados ou se publica na imprensa.

9. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS: 10. MEMORANDO:

constitui-se em um meio de comunicação

eminentemente interno empregado entre unidades

administrativas de um mesmo órgão,

independentemente de nível hierárquico.

1. OFÍCIO: um documento utilizado por órgãos do

governo ou autarquias para correspondência

externa e que tem por finalidade tratar de assuntos

oficiais.

12. ORDEM DE SERVIÇO: é um documento oficial

e interdepartamental, com numeração própria e, às

vezes, apresenta características de circular. Refere-

se ao ato de expedir determinações que serão

executadas por instituições de caráter social e por

servidores desses órgãos.

13. PARECER: é um texto formado a partir da

implicação de análises relativas a determinado

projeto, ato ou relatório técnico, pertencente a um

processo para o qual aponte uma solução favorável

ou contrária, justificada através de dispositivos

Page 36: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

legais e informações. 14. PROCURAÇÃO:

procuração é o meio utilizado por uma pessoa física

ou por uma jurídica para conceder poderes a outro.

15. RELATÓRIO: configura-se como a apresentação

objetiva, informativa e apresentável de resultados

referentes atividades variadas. 16.

REQUERIMENTO: é um documento específico para

solicitação de algo a que uma pessoa física ou

jurídica tem direito concedido por lei. 17. ATA:

Uma ata refere-se ao resumo dos fatos de uma

reunião de pessoas ou assembléia para um

determinado fim já exposto. 18. CARTA OFICIAL:

consiste num meio de comunicação de caráter

oficial decorrente do cargo ou da função públicos.

19. COMUNICADO: Um comunicado, também

chamado de comunicação, constitui-se num aviso

que pode ter caráter externo ou interno. 20.

INFORMAÇÃO: informação refere-se ao

esclarecimento prestado por um determinado

servidor, no pleno exercício de sua função, a

respeito de situações reais ou mecanismos legais,

contidos em um processo. 21. PORTARIA: é um

tipo de texto oficial empregado por autoridades

superiores, para diversas finalidades, tais como:

nomear, exonerar, aprovar, promover.

Assistência de Enfermagem em situações especiais

de ressuscitação: hipotermia, afogamento, parada

cardíaca associada ao trauma, choque elétrico ou

eletrocussão, emergências cardiotoxicológicas

1-Situações especiais de ressuscitação:

Hipotermia

1.1- DEFINIÇÃO: A Hipotermia aparece quando a

temperatura do corpo baixa a valores inferiores a

35ºC. Esta situação sobrevém quando a temperatura

ambiente é muito baixa, principalmente se o frio é

seguido por chuva, umidade ou neve, ou por

imersão em mares, lagos ou rios. A falta de

preparação física, a fadiga, a fome e a desidratação

somam o risco de hipotermia. A temperatura

central do corpo humano deve manter-se entre

36,5ºC e 37,5ºC. Inferior a esse limite, começam a

aparecer esses sintomas, desde o frio intenso,

levando ao óbito.

1.2- SINAIS E SINTOMAS:

– 35ºC ou menos; as terminações nervosas detectam

a baixa temperatura, prontamente o organismo

começa a realizar a vaso constrição (diminuição do

calibre) dos vasos sanguíneos, principalmente da

pele, com o objetivo de diminuir a perda do calor e

estabilizar a temperatura interna. Devido a este

fator a pele fica fria a ventilação estão abaixo do

normal;Os sintomas dos três tipos de Hipotermia:

• Leve (35 a 33ºC); sensação de frio, tremores,

letargia motora, espasmos musculares. A pele fica

fria, as extremidades do corpo dão tonalidade

cinzenta ou discretamente arroxeada (cianótica). A

pessoa tem confusão mental. • Moderada (3 a 30ºC);

Os tremores desaparecem, a pessoa fica muito

sonolenta, prostrada, quase inconsciente, rigidez

muscular, alterações na memória e na fala, entre

outros. • Grave (menos de 30ºC); A pessoa fica

imóvel e inconsciente, as pupilas se dilatam e a

freqüência cardíaca reduz, quase imperceptível. Se

o paciente não for tratado, a morte é fatal.

A hipotermia pode ser considerada em três tipos: a

aguda, subaguda e crônica.brusca queda da

temperatura corporal (em segundos ou minutos),

por exemplo, quando a pessoa cai em um lago

gelado. Longos períodos de tempo. A crônica é

comumente causada por uma patologia. Primeiro

Socorro: virilhas para manutenção da temperatura

central. A sua colocação nas extremidades é contra-

indicada, pois o aumento da circulação periférica

ajuda a diminuir ainda mais a temperatura central;

2-Situações especiais de ressuscitação:

Afogamento:

2.1- Definição: é a asfixia por aspiração de líquido

de qualquer natureza que chega a inundar o

sistema respiratório. Prejudicando a troca de

oxigênio e gás carbônico.

2.2-Sinais e Sintomas: Pode ocorrer hipotermia,

náuseas, vômitos, distensão abdominal, tremores e

cefaléia, dores musculares cansaço e mal estar

podendo ocorrer parada cardiorrespiratória.

(Brunner e Suddart,1980).

Enquanto aguarda a chegada do socorro: dobre e

nem vire a cabeça doa vítima; -a-boca; serve se há

pulso, colocando as pontas do indicador no pescoço

ou na região inguinal da vítima. proceder à

massagem cardíaca; ração e batimentos, deixe-a

deitada de lado com um braço a vítima e se

possível, leve-a a um local quente; -a com

Page 37: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

cobertores, toalhas, o que tiver na mão; -la com

banho de água quente, a fim de evitar o choque

térmico; o. 3-Situações especiais de ressuscitação:

Parada cardíaca associada ao trauma.

DEFINIÇÃO: A parada cardíaca - PC - pode ser

definida como uma circunstância em que o débito

cardíaco (DC) é inadequado para manter a vida, ou

então, em que não se consegue palpar o pulso,

verificar a pressão arterial (PA) e, quando associada

a parada respiratória, não se observa atividade

motora respiratória voluntária.

Para melhorar a sobrevida destes pacientes é

necessária uma rápida avaliação e início simultâneo

de procedimentos preconizados pelo A.C.L.S. e

A.T.L.S.. Lembrando que a RCP é sempre

aconselhada pois trabalhos provam que pacientes

Politraumatizads que dão entrada em P.S. pós RCP

têm melhor sobrevida que outros que não

receberam RCP. A PCR pós trauma é qualificada

em mortal, fatal e agônica. A utilização dessa

classificação é útil para dar o prognóstico e auxilia

na tomada da decisão para início da ressuscitação.

Sinais vitais Sinais de vida Sobrevida Mortal (grau

1) Ausentes Ausentes 0,3% Fatal (grau 2) Ausentes

Presentes 14,6% Agônica (grau 3) Pulso filiforme,

sem PA Presentes 40,3% Sintomatologia: Sintomas

de uma vítima em PCR: • Falta ou debilidade de

pulsação; • Dilatação das pupilas (midríase);

• Ausência de batimentos cardíacos (que podem ser

checados encostando o ouvido do socorrista abaixo

das papilas mamárias da vítima);

• Insuficiência respiratória;

• Palidez excessiva;

• Inconsciência

A PCR pós traumática é associada às alterações

geradas por grande perda sanguínea (principal

causa), hipóxia exacerbada ou tamponamento

cardíaco ou outra constrição mecânica que impeça a

entrada e saída de sangue do coração. A perda

acelerada e profusa de sangue tem a ver com lesões

de grandes vasos ou de vísceras parenquimatosas, e

seu efeito é a PC causado pela hipóxia tecidual, pois

não há quem transporte o oxigênio. Os principais

sintomas que direcionam este diagnóstico são: 1.

palidez cutânea, 2. sudorese, 3. perfusão deficitária

e 4. veias colabadas. A hipóxia acentuada ocorre

também em casos de obstrução de vias aéreas

(trauma bucomaxilofacial, laringe ou traquéia),

pneumotórax hipertensivo, contusões pulmonares

extensas, lesão medular alta, tórax flácido ou

hemotórax maciço. A sintomatologia nestes casos é

a cianose, respiração paradoxal e assimetria da

expansibilidade torácica.

A PC pode ser originária de causa primária, em

pacientes que sofram o traumatismo

subsequentemente, embora isto dificilmente

aconteça.

Tratamento O tratamento de pacientes em PCR pós

trauma, consiste em avaliara o atendimento em

duas situações distintas:

A 1 ª em ambiente pré-hospitalar, em que leigos

treinados tem a capacidade realizar e que consiste

em medidas de suporte básico de vida; e outra fase,

já em ambiente hospitalar, efetivado pelo médico,

que incide no suporte avançado em uso de drogas e

procedimentos invasivos. Nas duas situações o

socorrista deve abordar seu paciente tendo em

pensamento as prioridades do “ABCDE” do

trauma, sendo que sempre que possível deve pedir

a ajuda de mais uma pessoa, ainda que seja para

esta pessoa agir sob sua direção de comando. Estas

manobras serão analisadas para melhor

compreensão, porém, na prática são realizadas

concomitantemente Crianças de oito anos e no

adulto. A contagem deve ser realizada contando-se

alto: 1 e 2 e 3

COM UM SOCORRISTA: Alternam-se duas

insuflações torácicas com 15 compressões, na

criança maior Depois de quatro ciclos, avalia-se o

pulso.

Na criança menor de oito anos e no bebê, alterna-se

uma insuflação com cinco compressões e reavalia-se

o pulso a cada dez ciclos.

COM DOIS SOCORRISTAS: Os Socorristas

alternam as manobras. O que estiver fazendo

esforço físico será substituído ao se cansar. Alterna-

se 1 insuflação com 5 compressões. E troca e 4

assim, o socorrista que estiver insuflando realiza

mais uma vez e se desloca para junto do Ao desejar

realizar a troca, o socorrista que estiver fazendo a

massagem, conta em voz alta e diz, 1 e 2 tórax da

vítima.

Restauração da oxigenação central: A primeira

manobra é a liberação das vias aéreas, que no

Page 38: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

paciente Politraumatizado merece atenção peculiar

devido ao cuidado em controlar e estabilizar a

coluna cervical do paciente já que todo paciente

neste estado possui trauma desta região até que se

prove o contrário. Vias aéreas pérvias são

conseguidas por manobras simples, como retirar de

corpo estranho, afastar a base da língua,

hiperextender a cabeça (não em suspeita de lesão de

coluna cervical) e elevação da mandíbula, que

podem ser realizadas no suporte básico.

O exame deverá ser feito rigorosamente nessa

sequências: O “ABCDE” da vida

Vias aéreas e coluna cervical; Respiração;

Circulação, hemorragia e controle do choque; Nível

de consciência; Exposição e proteção da vítima.

Realize a massagem cardíaca:

Coloque a vítima em decúbito dorsal (barriga para

cima), sobre uma superfície dura e plana. O ponto

certo para a realização da massagem é encontrado

da seguinte forma: Localize o final do osso entre as

costelas (esterno) e, dois dedos acima deste, coloque

a palma de sua mão e no dorso dela a sua mão de

dominância. Os dedos devem ficar entrelaçados.

Deve-se realizar a massagem com os braços

esticados e com o peso do corpo voltado contra a

vítima. Os cotovelos do socorrista devem ficar

estendidos durante a realização da manobra de

reanimação. Faça a compressão com certo vigor a

fim de abaixar o esterno numa depressão de

aproximadamente 5 cm.

O profissional capacitado pode realizar outras

manobras, caso estas não terem sucesso, como a

utilização da cânula de Guedel, a intubação

orotraqueal (IOT) ou naso-traqueal (contra-indicada

em suspeita de fratura de base de crânio) e até

procedimento mais invasivos como a

cricotireoidostomia por punção ou cirúrgica. É

preconizada a sondagem gástrica a fim de prevenir

a aspiração pulmonar de seu conteúdo.

Depois de estabelecida a via aérea pérvea é

imprescindível averiguar se o paciente esta

ventilado, o que pode ser verificado pela

visualização de movimentos respiratórios torácicos

ou escutando-se a entrada e saída de ar pelo nariz,

aproximando seu ouvido do nariz ou boca do

paciente. Caso o paciente não esteja ventilando, dar

início a manobras de ventilação que na etapa pré-

hospitalar consiste na respiração boca a boca ou,

quando disponível, a utilização do A.M.B.U..

A respiração boca a boca deve ser iniciada com

duas insuflações amplas de 1,5 a 2 seg. cada

(paciente adulto), sendo que após isto se deve

instaurar uma freqüência média de 12 insuflações

por minuto. O sucesso do procedimento é

determinado por meio da visualização da expansão

da caixa torácica. Se o paciente estiver sendo

socorrido por médicos e intubado poderão ser

usados respiradores artificiais, exemplificando o

B.I.R.D.,

4-Situações especiais de ressuscitação : Choque

elétrico Choques elétricos- Eletrocussão

A morte ocasionada por eletricidade é também

conhecida como eletrocussão e consiste na

passagem de uma corrente elétrica pelo corpo.

A eletrocussão pode provocar a morte instantânea,

perda dos sentidos mais ou menos prolongada,

convulsões e queimaduras no ponto de contacto. É

necessário tomar cuidado com quem está sujeito ao

choque, tocá-lo pode ser perigoso.

Atendimento: O procedimento correto a fazer é :

pegar um objeto formado por plástico, pois

conduzem pouca eletricidade; afastá-lo do objeto

que lhe dá o choque, e verificar os sinais vitais da

vitima. Caso esta se encontre em parada

cardiorrespiratória devem-se retirar os objetos

próximos a esta como, por exemplo; dentaduras,

óculos, e outros, afrouxar a roupa e descobrir o

tórax, e proceder então à reanimação botando sobre

o tórax as duas mãos sobrepostas e realizar 30

compressões seguidas de duas insuflações.

Se a vitima estiver inconsciente, porém com pulso e

a ventilar devemos colocá-la em PSL- posição

lateral de segurança.

5-Situações especiais de ressuscitação:

Emergências cardiotoxicológicas

Toxicologia pode ser entendida pelo estudo dos

efeitos nocivos de agentes químicos e físicos em

seres vivos.

Rotas de entrada Um produto químico pode

penetrar no corpo através da inalação, ingestão e

absorção pela pele. Essas são as chamadas vias ou

rotas de entrada do agente químico.

Movimentação do agente químico: Na maioria das

vezes, o agente químico é absorvido pelo sangue e,

posteriormente, pode ter vários destinos como a

eliminação pela urina, fezes e transpiração,

Page 39: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

acumulação no organismo ou reação com alguns

compostos do corpo humano.

Destino do agente químico: O destino derradeiro do

agente químico está sujeito de diversos fatores,

entre eles, suas propriedades químicas,

características do indivíduo e tempo de exposição.

A enfermagem tem uma participação muito

importante no tratamento das intoxicações, por suas

intervenções. Pacientes com over dose de drogas ou

intoxicação necessitam de cuidados específicos a

fim de evitar complicações. Se a ingestão foi de

drogas não corrosivas podemos fazer lavagem

gástrica; Manobras de tratamento devem ser

instituídas para proteger as vias aéreas; Pode

ocorrer arritmias, coma, hipotensão e hipertensão,

hipotermia, e convulsões, assim como parada

cardiorrespiratória podem ocorrer; Antídotos

podem ser usados quando conhecemos qual a

droga usada; Se afeta os olhos deve ser utilizada a

água para aqueles casos de lesão ocular- lavar em

água abundante, caso for na pele também deverá

ser lavada com água abundante; Nos olhos se

possível usar anestésico ocular;

Ainda na desintoxicação pode ser usado diurético

para a diurese forçada; assim como alcalinização da

urina e acidificação da urina( contra-indicada na

rabdomiólise e mioglubiminúria. A

descontaminação do trato gastrointestinal poderá

ser feita por meio de: - - indicada quando a emêse

não for efetiva, mas contraindicada em agentes

corrosivos;

- manobra para diminuir os efeitos deletérios da

intoxicação, e acelerar a saída da droga, eliminado-a

do organismo;

– usada quando a droga é conhecida ou suspeita de

poder ser dialisada – usada ainda em coma

profundo, apneia, hipotensão ou choque , e outras

alterações graves do balanço metabólico, e em

portadores de patologias graves de base.

Opióides : intoxicação grave sinais e sintomas: -

Stokes.

Intoxicação Crônica- dependência física e

patológica, a falta da droga é chamada índrome da

Abstinência, e se caracteriza por: nervosismo,

ansiedade e sonolência,dores acentuadaas nas

costas e pernas, vômitos, diarréia;hipertensão,

aumento da temperatura, sofrimento psicológico.

POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO

POLITRAUMATIZADO A, B, C, D,E-

ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E

EMERGÊNCIAS NOS DISTÚRBIOS

1- CONCEITOS: O trauma (do grego trauma,atos:

"ferida") físico é uma lesão ou ferida mais ou menos

extensa, produzida por ação violenta, de natureza

física ou química, externa ao organismo. O termo

"traumatismo" refere-se às consequências locais e

gerais do trauma para a estrutura e o

funcionamento do organismo. Em geral usa-se o

termo, "traumatismo" como sinônimo de trauma

físico. Politraumatizado é o paciente que tem

inúmeros traumas.

O ATLS (Advanced Trauma Life Support, ou

Suporte Avançado de Vida no Trauma – SAVT) e o

Committee on Trauma sugerem que o trauma deve

ser pensado como uma PATOLOGIA, não como um

acidente,pois a maioria das lesões por trauma

poderiam ser evitadas.

EMERGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa,

de aparecimento súbito e imprevisto, necessitando

de imediata solução. - NÃO PODE ESPERAR.

URGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa, de

aparecimento rápido, mas não necessariamente

imprevisto e súbito, necessitando de solução em

curto prazo.

2-CINÉTICA DO TRAUMA:

A avaliação do traumatizado começa na cena do

acontecimento, antes mesmo da visualização da

vítima, observa-se as circunstâncias do

acontecimento.

Avalia-se: tipo de trauma, o que causou grau de

deformidade do veículo, se caso for arma: calibre,

tipo e outros, danos no veículo para ter uma idéia

da lesão ocasionada.

3-TRABALHO EM EQUIPE:

A equipe que atende o Politraumatizado deve ter

dois tipos de lesão em mente: Facilmente

identificáveis ao exame físico: Lesões Potenciais :

não obtidas em exame físico, podem passar

desapercebidas, mas dependendo dos mecanismos

do trauma sofrido pelo paciente, incluindo lesões

graves, devemos fazer avaliações do todo. A

história do acidente , deve ser levada em conta ,

assim como a indicações e suspeitas de traumas

graves.

Page 40: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

4-MECANISMO DO TRAUMA:

1- TRAUMATISMO CONFUSO: Não deixa marcas

visíveis, o tamanho da cavitação se dá pelo

tamanho da energia aplicada durante o trauma.

Pode passar desapercebida.

2- CAVIDADE PERMANENTE: São causadas pelo

impacto e compressão dos tecidos pode ser vista no

trauma. Ex: Afundamento do crânio

A diferença deste tipo de lesão vai depender do

grau do tamanho da energia transferida. 5- TIPOS

DE TRAUMA;

1- CONTUSÕES;

2- LESÕES PERMANENTES;

3- POR EXPLOSÃO.

LEIS DA FÍSICA QUE SE DEVE CONSIDERAR:

DESTRUÍDA, PODE PORÉM MUDAR DE

FFORMA;

UAL A MASSA

MULTIPLICADA PELO QUADRADO DA

VELOCIDADE DIVIDIDA POR DOIS;

MULTIPLICADA PELA DESACELERAÇÃO ( OU

ACELERAÇÃO);

6-O atendimento ao paciente com múltiplos

ferimentos (politraumatizado) conserva a regra

mnemônica do ABCDE:

A - Airway –Via aérea e controle da coluna

cervical : Proteção da via aérea contra obstrução

(vômito, corpo estranho, desabamento da língua

etc.) e controle da coluna cervical (imobilização

temporária, que pode ser realizado simplesmente

segurando a cabeça do paciente).

B - Breathing –Respiração e Ventilação :

Avaliação da expansibilidade pulmonar, que pode

estar prejudicada por hemotórax ou pneumotórax

fraturas múltiplas de costelas (tórax instável) etc..

C - Circulation – Circulação Sanguínea e controle

da Hemorragia: Avaliação e (se possível) controle

de perda sangüínea por hemorragias, lesões

cardíacas e outras causas de baixo débito cardíaco.

- Disability - Déficit Neurológico- Exame

neurológico sumário: Avaliar lesões de tecido

nervoso (intracraniano prioritariamente). Nessa fase

usa-se a 1Escala de Coma de Glasgow.

- Environment - Ambiente e exposição com

controle de hipotermia: Avaliar outras lesões que

ainda não foram avaliadas e proteger o paciente

contra hipotermia (retirando roupas molhadas,

aquecendo,...).

A – VIA AÉREAS COM CONTROLE DA

COLUNA CERVICAL A avaliação das vias aéreas

e as condutas que irão garantir a sua

permeabilização são prioritárias no trauma. Causas

de obstrução de vias aéreas: Queda da língua em

pacientes inconscientes; - Presença de corpos

estranhos, sangue e restos alimentares; - Fraturas de

face; - Traumas cervicais – ruptura da laringe e

traquéia. A maneira mais fácil de diagnosticar

problema com a perfusão das vias aéreas é por meio

da resposta verbal da vítima, pois se a mesma

respondendo evidencia-se a permeabilidade das

vias. Sinais como agitação, cianose ou respiração

ruidosa podem significar obstrução das vias aéreas.

Outra questão importante neste item refere-se à

colocação do colar cervical na vítima, pois o

Politraumatizado até esclareça o contrário é

portador de lesões de coluna cervical. B –

RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO A primeira etapa

do atendimento inicial, em geral vai garantir ao

paciente a permeabilidade de suas vias aéreas, mas

isto não significa que este esteja com ventilação

adequada. Sendo assim torna-se fundamental a

avaliação das condições ventilatórias do paciente. A

ventilação pode estar prejudicada tanto por

obstrução das vias aéreas, como por alterações da

mecânica ventilatória ou por depressão do sistema

nervoso central.

1 A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala

neurológica com é método confiável e cujo objetivo

de registrar o nível de consciência de uma pessoa,

para avaliação inicial e contínua após um

traumatismo craniano. Seu valor indica eventuais

sequelas.

Formas de diagnosticar problemas de ventilação:

- Observe as incursões torácicas procurando

movimentos simétricos de inspiração e expiração. A

assimetria irá sugerir fraturas ou tórax flácido;

Page 41: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

- Ausculte ambos os hemitórax. Murmúrio vesicular

diminuído ou ausente deve alertar para a

possibilidade de existir lesão torácica;

- Frequência respiratória elevada pode indicar

dispneia;

- Oxímetro de pulso pode ser um bom aliado apesar

de não garantir que a ventilação seja adequada.

Após o diagnóstico de problemas ventilatórios no

paciente medidas corretivas devem ser

imediatamente tomadas.

C – CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE

HEMORRAGIA

A hipovolemia com consequente choque

hemorrágico é a pagina causa de morte nas

primeiras horas após o trauma. Hipotensão arterial

em vítimas de trauma deve ser sempre considerada

como consequência de hipovolemia.

Determinados pontos chaves são de fundamental

importância na avaliação inicial e na determinação

da hipovolemia:

- Nível de consciência;

- Coloração da pele;,

- Frequência e amplitude de pulso;

- Perfusão periférica – enchimento capilar menor

que 2 segundos é sinal de hipovolêmica;

- Pressão arterial;

- Pressão de pulso;

- Sudorese.

Outro fator importante no diagnóstico do choque

hipovolêmico é a determinação do ponto de

sangramento. Após a localização da hemorragia

medidas de contenção devem ser imediatamente

tomadas, para evitar lesões irreversíveis no paciente

é até causar seu óbito.

D – EXAME NEUROLÓGICO

Uma rápida avaliação do estado neurológico deve

servir para verificar o nível de consciência e a

reatividade pupilar do traumatizado. O

rebaixamento do nível de consciência é indicativo

de níveis baixos de oxigenação por parte da

vítima,além da lesão direta do encéfalo ou uso de

drogas e/ou álcool.

Avaliação inicial usa-se o método AVDI:

A – Alerta;

V – Resposta ao estímulo verbal;

D – Responde ao estímulo doloroso;

I – Irresponsivo aos estímulos.

Inconsciência, resposta motora lateralizada,

alteração da função pupilar, estão, relacionadas ao

aumento da pressão intracraniana e implicam na

necessidade de canulação da via aérea e

hiperventilação.

O exame neurológico mais detalhado do paciente

deve ser realizado posteriormente e o mesmo deve

ser classificado de acordo com a Escala de Coma de

Glasgow que irá melhor definir qual o estado

neurológico do paciente.

E – EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM

CONTROLE DA HIPOTERMIA

O paciente traumatizado deve ser completamente

despido a fim de facilitar o exame

completo e a determinar lesões que irão

comprometer a sua vida.

Com o intuito de se evitar movimentos e eventual

mobilização de fraturas ou luxações,

as vestes devem ser cortadas antes da remoção.

A proteção do paciente contra hipotermia é de

suma importância, pois cerca de 43%

dos pacientes terão este tipo de alteração na fase de

atendimento inicial. A hipotermia exerce

efeitos prejudiciais sobre o organismo do

traumatizado, portanto, este deve ser protegido

contra o frio com cobertores aquecidos e infusão de

líquidos também na mesma temperatura.

DISTÚRBIOS

Escala de Glasgow: A escala é composta de três

testes: respostas de abertura ocular, fala e

capacidade motora. Os três valores separadamente,

assim como sua soma, são considerados. 1 2 3 4 5 6

Ocular Não abre os olhos Abre os olhos em resposta

a estímulo de dor Abre os olhos em resposta a um

chamado Abre os olhos espontaneamente N/A

N/A Verbal

Page 42: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

Emudecido

Emite sons incompreensíveis

Pronuncia palavras desconexas

Confuso, desorientado

Orientado, conversa normalmente

N/A Motor Não se movimenta Extensão a

estímulos dolorosos (descerebração) Flexão anormal

a estímulos dolorosos (decorticação) Flexão

inespecífica/ Reflexo de retirada a estímulos

dolorosos Localiza estímulos dolorosos Obedece a

comandos

Interpretação

Pontuação total: de 3 a 15

3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de

morte; estado vegetativo)

4 = Coma profundo;

7 = Coma intermediário;

11 = Coma superficial;

15 = Normalidade.

Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS,

2005)

3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata)

9-12 = Moderado;

13-15 = Leve.

Escala pediátrica

Melhor resposta motora:

Nenhuma resposta.

Extensão(descerebração).

Flexão(decorticação).

Se afasta da dor.

Localiza a dor.

Obedece aos comandos.

Melhor resposta verbal:

Nenhuma resposta.

Inquieto, inconsolável.

Gemente.

Choro consolável, interação adequada.

Sorri, orientado pelo som acompanhando objetos,

ocorre interação.

Ocular:

Nenhuma.

Com a dor. (ex. leve beliscão)

Com a fala.

Espontâneo.

7- Sistema de Classificação de Risco direcionado

ao Adulto

Usa-se para classificar os usuários com 12 anos

completos ou mais.

A Classificação de Risco é categorizada em quatro

níveis e identificada com uma respectiva cor. Cada

nível / cor engloba um determinado grupo de

sinais e/ou sintomas.

Nível 1 – Vermelho

A cor vermelha é representada pelos usuários que

necessitam de atendimento de

Emergência.

Estes serão encaminhados rapidamente à sala de

emergência ou observação para atendimento

médico IMEDIATO.

Sinais e Sintomas dos pacientes de risco

categorizados com a cor vermelha:

1. - Parada cardíaca e/ou parada respiratória;

2. - Traumas graves (fratura exposta, Traumatismo

Crânio Encefálico (TCE) grave, atropelamentos, etc);

3. - Queimaduras extensas e profundas;

4. - Inconsciência;

5. - Lesão por frio intenso (hipotermia);

6. - Insuficiência respiratória (incapacidade de falar,

cianose ou confusão);

7. - Sinais vitais ausentes ou instáveis;

Page 43: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

8. - Hemorragia ativa e intensa;

9. - Ferimento com hemorragia intensa e ativa

(mordeduras, FCC, etc);

10. - Crise convulsiva.

Nível 2 – Amarelo

Os usuários classificados na cor amarela deverão

receber atendimento médico no máximo em 15

minutos, pois apresentam riscos de agravo à saúde ,

caso não recebam um atendimento rápido.

Sinais e Sintomas categorizados com a cor amarela

1. TCE moderado com dor intensa

2. Ferimento corto contuso (FCC) que necessite de

sutura;

3. Mordedura profunda com hemorragia ativa;

4. - Cólica renal (dor em região dos flancos,

abdominal e/ou inguinal) associado com náusea,

sudorese;

5. - Alteração do estado mental há menos de 12

horas;

6. - Abstinência de drogas grave: delirium,

alucinações, agitações;

7. - Trauma moderado (fraturas, luxações, entorses);

8. - Dor ocular por exposição química ou corpos

estranhos (soldas, ácidos, etc);

9. - Dor torácica aguda associada com alteração de

sinais vitais, irradiações, sudorese e/ou náusea;

10. - Dor aguda não severa, com história de IAM

(Infarto Agudo do Miocárdio),angina ou embolia

pulmonar, não importando a característica da dor, e

associada com náusea e/ou sudorese;

11. - Enterorragias, melena ou hematêmese em

grande quantidade;

12. - Overdose;

13. - Dor visceral, ou dor súbita associada com

outros sintomas (náuseas, irradiação, sudorese,

hipertensão, etc.);

14. - Insuficiência respiratória / dispnéia com início

recente, apresentando uso de musculatura

acessória;

15. - Hemoptise ativa;

16. - Intoxicação exógena;

17. - Gestantes com dor em baixo ventre;

18. - Psicose aguda / agitação, suicidas;

19. - Dor de cabeça repentina associada com

alteração do estado mental, náusea e/ou vômito;

20. - Diarréia/vômito com mais de 10 episódios por

dia ou com sinais de desidratação;

21. Temperatura axilar igual ou maior que 40º C

sintomática;

22. - Pressão Arterial (PA) maior 170 x 100 mmhg,

independente da queixa do usuário

23. Usuário sintomático com PA 150x100 mmhg ou

maior;

24. - Hipotensão com PA 80mmhg x 40mmhg ou

menor;

25. - Glicemia capilar maior que 280mg/dl ou

menor que 60mg/dl;

26. - Agressão física / violência doméstica

27. - Distúrbio pós-convulsivo- Pacientes

transplantados ou em diálise independente da

queixa;

28. - Pacientes em quimioterapia independente da

queixa;

Nível 3 – Verde

O nível 3 ou classificação verde são usuários com

queixas recentes / agudas – que não ultrapassam há

um mês – não apresentam alterações significantes

de sinais vitais e sem risco de agravo a saúde. Estes

devem ser atendidos em até 2 horas.

Sinais e Sintomas categorizados com a cor verde

1. - Pequenas lesões;

2. - Traumas leves (entorse e contusões leves);

3. - Dor abdominal;

12

4. - Dor de cabeça / vertigem sem alteração de

sinais;

Page 44: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

5. - Dor de ouvido;

6. - Hiperemia / irritação ocular;

7. - Dor torácica sem história de problemas

cardíacos e sem sintomas, dor que piora na

inspiração profunda, na tosse e no movimento;

8. - Dor em região dorsal;

9. - Queixas relacionadas ao sistema urinário (dor,

anúria, disúria, etc);

10. - Sintomas das vias aéreas superiores: congestão

de vias aéreas, tosse, febre, garganta inflamada,

gripe, etc;

11. - Cólica menstrual;

12. - Vômito e/ou diarréia sem sinais de

desidratação com menos de 10 episódios por dia;

13. - Prurido e hiperemia cutânea;

14. - Dores crônicas com piora recente;

15. - Constipação;

16. - Mordedura profunda, sem hemorragia;

Nível 4 – Azul

São os casos não urgentes, as queixas crônicas ou

pertinentes à resolução em UBS ou ESF, que

aguardariam a marcação de consulta médica ou

consulta de enfermagem. Estes usuários devem

receber maior atenção e orientação, considerando

problemas sócio-culturais. Quando necessário, o

enfermeiro deverá: realizar por escrito algumas

orientações sobre como o usuário deve proceder e

qual serviço procurar. Todos os usuários

classificados no nível 4 / azul deverão receber

orientações e esclarecimentos para fortalecer a este

usuário não será excluído do atendimento médico

na unidade, o mesmo poderá aguardar e será

atendido em no máximo 3 horas, sendo que o

tempo de espera pode variar de acordo com a

demanda do dia.

Casos categorizados na cor azul: -

1. Problemas / queixas crônicas há mais de 30 dias;

2. - Encaminhamentos / contra-referência para UBS

/ ESF;

3. - Intervenções de enfermagem (limpeza,

imunização, curativo, orientações, etc);

4. - Suspeita de gravidez;

5. - Solicitação de exames;

6. - Troca de receitas;

7. - Mordedura leve ou arranhadura.

8-Avaliação de classificação de risco Pediátrico:

Nível – Vermelho

- Parada cardíaca e/ou parada respiratória;

- Traumas graves (fratura exposta, TCE,

atropelamentos, etc);

- Queimaduras extensas e profundas;

- Inconsciência /desmaios;

- Lesão por frio intenso (hipotermia);

- Sinais vitais ausentes ou instáveis;

- Insuficiência respiratória (incapacidade de falar,

cianose, confusão);

- Hemorragia intensa e ativa;

- Crise convulsiva;

- Intoxicação exógena (ingestão de produtos

químicos, drogas, etc);

- Ferimentos com hemorragia ativa e intensa (FCC,

mordeduras, etc).

Nível 2 – Amarelo

- Temperatura axilar igual ou maior que 37,8oC;

- Diarréia e vômito associado com desidratação;

- Ingestão de corpo estranho;

- Corpo estranho nariz e/ou ouvido;

- Varicela;

- Traumas moderados (Queda, TCE, mordeduras,

etc);

- Queimaduras moderadas;

- Dispnéia / taquipnéia, com uso de musculatura

acessória;

- Broncoaspiração;

Page 45: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

- Glicemia capilar maior que 200mg/dl ou menor

que 60mg/dl;

- Sinais Vitais instáveis;

- FCC sem hemorragia intensa;

- Episódio de desmaio nas últimas 6 horas;

- Agressão física / violência doméstica

- Crianças com até 6 meses de idade;

Nível 3 – Verde

- Irritação ou hiperemia ocular;

- Prurido ou hiperemia cutânea;

- Dor de ouvido;

- Sintomas das vias aéreas superiores: congestão de

vias aéreas, tosse, febre, garganta inflamada, gripe,

etc;

- Escabiose;

- Constipação;

- Torção;

- Queixas relacionadas ao sistema urinário;

- Dor de cabeça;

- Hipoatividade sem alterações de sinais vitais;

- Retornos de exames laboratoriais

Nível 4 – Azul

- Assadura;

- Problemas / queixas crônicas há mais de 30 dias;

- Encaminhamentos / referência para UBS;

- Intervenções de enfermagem (limpeza,

imunização, curativo, orientações, etc);

- Solicitação de exames;

- Troca de receitas;

- Mordedura leve e arranhaduras;

- Pediculose;

- Inapetência;

9- EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA:

Baseado na frequência e distribuição do Trauma em

uma Comunidade.

A palavra TRAUMA vem do grego TRAUMA-

TRAUMATOS=FERIDA.

A palavra Trauma em medicina possui muitas

significações, todas elas ligadas a acontecimentos

não previstos e indesejáveis, que de forma muito ou

pouco violenta,

atingem indivíduos neles envolvidos produzindo-

lhes alguma forma de lesão, dano, ferida e/ou

alteração.

A palavra Traumatismo quer dizer lesão provocada

por um contato violento, seja ele acidental ou

infligido, com um objeto físico.

Traumatologia é o ramo da medicina que trata dos

traumatismos.

Traumatopatia é qualquer condição patológica que

resulta de violência ou de ferimento.

Traumatofilia é a ânsia inconsciente ou tendência a

sofrer (masoquismo).

Traumatopira é a febre de origem traumática.

10-RESGATE VEICULAR:

10.1- Considerações Iniciais:

O trinômio que influencia diretamente o

desenvolver das operações de Salvamento:

Vítima – Socorrista – Público

Resgate Veicular – atividade usada com fins de

localizar, acessar, estabilizar e

para transportar vítimas com segurança, que

encontram-se presa nas ferragens de um veículo

onde sofreu acidente.

Extração – é a retirada da vítima desencarcerada do

interior do veículo. Depois de retirada a vítima das

ferragens, procede-se as técnicas de Resgate (APH),

utilizando-se todas as imobilizações adequadas.

Esse procedimento é realizado de acordo com a

gravidade da vítima ou situação de risco do local,

podendo ser usada uma Extração Rápida.

Desencarceramento - é retirar as ferragens da

vítima.

Page 46: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

Transportar – Encaminhar ao hospital ou

atendimento de Urgência.

Transporte de Acidentados

O transporte de acidentados é de fundamental

importância para uma prestação de primeiros

socorros de qualidade. Um transporte mal feito,

sem técnica adequada, sem conhecimentos pode

gerar danos muitas vezes irreversíveis à integridade

física do acidentado.

Existem várias formas de transporte um acidentado.

Cada uma deverá ser feita dentro de técnicas que

devem ser compatíveis com o tipo de situação em

que o acidentado se encontra e as circunstâncias

comuns do acidente. Cada técnica de transporte

requer habilidade e maneira correta de sua

execução.

Em geral é necessário a assistência de outras

pessoas, orientadas por quem estiver prestando os

primeiros socorros.

De uma maneira abrangente, o transporte bem

efetivado deve adotar princípios de segurança

visando: a proteção da integridade do acidentado;

conhecimento das técnicas para o transporte do

acidentado consciente, do que não pode deambular;

transporte do acidentado inconsciente; cuidados

com o tipo de lesão que o acidentado apresenta e

técnicas e materiais para cada tipo de transporte.

Em muitos tipos de transporte incluiremos o auxílio

de um, dois ou mais voluntários. Para estes casos a

técnica apropriada também modifica de acordo com

o número de pessoas que realizam o transporte. O

transporte de vítimas é contexto que suscita

polêmicas. Devemos sempre obter troca de

informações entre pessoas que tenham experiências,

com a finalidade de transformá-las em exemplos

úteis. Pois é um assunto de proficiência que

depende quase que exclusivamente de prática e

habilidade física.

Regras e observações genéricas e teóricas devem ser

estudadas, para que todos tenham noção

independentemente de suas habilidades físicas para

realizar o transporte de um acidentado.

Resgate: A existência da atividade de primeiros

socorros coloca de maneira implícita o atendimento

do acidentado no próprio local da ocorrência de

uma emergência, acidente ou problema clínico.

Muitas vezes, dadas às proporções e circunstâncias

em que acontecem outros eventos, há perigo para

quem está socorrendo e para as vítimas. Se um

acidentado, por exemplo, está se afogando, ou

exposto a descargas elétricas, gases e outras

substâncias tóxicas, inflamáveis ou explosivas e

corrosivas, o primeiro cuidado a ser tomado é o

resgate da vítima. O socorrista ou quem socorre

deverá ser capaz de identificar a quantidade e a

qualidade dos riscos que se oferece em cada

situação e saber como resolver o problema,

impedindo de expor-se inutilmente. Nos casos de

resgate de vítimas de acidentes, após efetuado o

resgate é que podemos adotar a iniciativa de prestar

os primeiros socorros. O uso de uma, duas, três ou

mais pessoas para o transporte de um acidentado

depende totalmente das circunstâncias de local, tipo

de acidente, voluntários disponíveis e gravidade da

lesão. Na remoção de um acidentado, os seguintes

procedimentos devem ter sido observados:

·Restauração ou manutenção das funções

respiratória e circulatória

·Verificação de existência e gravidade de lesões

·Controle de hemorragia

·Prevenção e controle de estado de choque

·Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou

entorse Transporte de Acidentados: As técnicas e

orientações contidas aqui são as mesmas

desenvolvidas, acatadas e recomendadas

internacionalmente pela Liga de Sociedade da Cruz

Vermelha e do Crescente Vermelho, segundo

17

estabelecido no Curso de Formação de Monitores

de Primeiros Socorros, na Cruz Vermelha Brasileira,

Caderno nº 2, capítulo 10, 1973. . Os métodos que

empregam um a duas pessoas socorrendo são ideais

para transportar um acidentado que esteja

inconsciente devido a afogamento, asfixia e

envenenamento.

Este método, porém, não é recomendável para o

transporte de um ferido com suspeita de fratura ou

outras lesões mais graves. Para estes casos, sempre

que possível, deve-se usar três ou mais pessoas.

Com o objetivo de não lhes complicar o estado de

saúde com o agravamento das lesões existentes.

Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e

transporte de acidentados, devemos:

Page 47: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

1. Assegurar-se da manutenção da respiração e dos

batimentos cardíacos; hemorragias deverão ser

controladas e todas as lesões traumatoortopédicas

deverão ser imobilizadas.

2. O estado de choque deve ser prevenido. O

acidentado de fratura da coluna cervical só pode ser

transportado, sem orientação médica ou de pessoal

especializado, nos casos de extrema urgência ou

iminência de perigo para o acidentado e para quem

estiver socorrendo-o.

3. Enquanto se prepara o transporte de um

acidentado, acalmá-lo, principalmente

demonstrando tranqüilidade, com o controle da

situação.

4. É necessário estar sereno para que o acidentado

possa controlar suas próprias sensações de temor

ou pânico.

5. É recomendável o transporte de pessoas nos

seguintes casos:

sciente.

bacia ou coluna vertebral.

articulações dos membros inferiores.

Transporte de acidentados em veículos:

Para o transporte de acidentados em veículos,

certos cuidados devem ser observados:

seguros, firmes, em lugar acolchoado ou forrado.

para impedir freadas bruscas e manobras que

provoquem balanços exagerados.

evitado, especialmente por causa do nervosismo ou

pressa em salvar o acidentado. O excesso de

velocidade, ao contrário, poderá fazer novas

vítimas. Se for possível, deve ser usual o cinto de

segurança.

Para o transporte, cuidar para que se use veículo

grande e espaçoso, a ser dirigido por motorista

habilitado. Além disto:

transporte, examinando e mantendo as funções

respiratórias e circulatórias, monitorizando o estado

de consciência e pulso, sempre que for necessário e

solicitado , ou na ausência de pessoal de saúde

especializado para desempenhar estas ações.

manobras que provoquem balanços.

dentro do veículo transportador.

preferência em papel, todos os sinais e sintomas

ressaltados e a assistência que foi prestada. Estas

informações devem acompanhar o acidentado,

mesmo na ausência de quem o socorreu, e podem

vir a ser de ampla utilidade no atendimento futuro.

11- Atendimentos de urgência e emergência frente

aos distúrbios cardiovasculares:

o SISTEMA CARDIOVASCULAR:

o PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

o ESTRATÉGIA DIAGNÓSTICA E

TERAPÊUTICA DO PACIENTE COM:

o ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO

o ASSISTOLIA

o BRADIARRITMIA

o TAQUICARDIA VENTRICULAR

o DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO

INFARTO AGUDO

o EDEMA AGUDO DE PULMÃO

o CRISE HIPERTENSIVA

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO

INFARTO AGUDO - IAM

Page 48: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

O Infarto do Miocárdio faz parte de um grupo de

doenças denominado de Doenças Isquêmicas do

Coração. O infarto é a destruição da musculatura

miocárdica, devido á deficiência de fluxo sanguíneo

para uma região do músculo cardíaco, com isso as

células sofrem necrose por falta de nutrição

sanguínea. Em geral a interrupção do fluxo

coronário quase sempre é devido ao estreitamento

repentino de uma artéria coronária pelo ateroma

(aterosclerose), ou pela obstrução total de uma

coronária por êmbolo ou trombo (coágulo

sanguíneo). O sintoma mais comum é a dor torácica

persistente, de início súbito, de intensidade

variável, locada sobre a região inferior do esterno e

abdome superior. A dor pode agravar

continuamente, até se tornar quase intolerável,

podendo aparecer mesmo quando a pessoa está

acordando ou fazendo pouco esforço. Pode irradiar-

se para o ombro e braços, de regra sempre para o

lado esquerdo. Determinadas situações irradia-se

para a mandíbula e pescoço.

É uma dor violenta, constritiva, de duração

prolongada (mais de 30 minutos a algumas horas de

duração), não é aliviada pelo repouso, ou pela

nitroglicerina. Pode ocorrer um aumento da

frequência respiratória, palidez, sudorese profusa,

fria e pegajosa, tonteira e confusão mental. Pode

haver, por um reflexo vagal, náuseas e vômitos.

ATENDIMENTO NO IAM: Determinadas vezes, a

dor que provém a um ataque cardíaco pode ser

confundida, por exemplo, com a dor epigástrica (de

uma indigestão). É necessário estar atento para este

tipo de situação.

A vítima não deve ser muito movimentada. O

movimento ativa as emoções e faz com que o

coração seja mais solicitado.

· Observar com precisão os sinais vitais.

· Manter a pessoa deitada, em repouso absoluto na

posição mais confortável, em ambiente calmo e

ventilado.

· Obter um breve relato da vítima ou de

testemunhas sobre detalhes dos acontecimentos.

· Tranquilizar a vítima, procurando inspirar-lhe

confiança e segurança.

· Afrouxar as roupas.

· Evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.

· No caso de parada cardíaca proceder às técnicas

de ressuscitação cardiorrespiratória.

· Observar se a vítima traz nos bolsos remédios de

urgência. Aplicar os

medicamentos segundo as bulas, desde que a

vítima esteja consciente.

A confirmação da suspeita de quadro clínico de um

infarto agudo do miocárdio só ocorre com a

utilização de exames complementares, tipo

eletrocardiograma (ECG) e exames sangüíneos

(transaminase, etc), que deverão ser realizados no

local do atendimento especializado.

o EDEMA AGUDO DE PULMÃO:

D e f i n i ç ã o

É o acúmulo atípico de líquido nos tecidos dos

pulmões. É uma das emergências clínicas de maior

importância e seriedade.

S i n t o m a s

· Alteração nos movimentos respiratórios - os

movimentos são bastante exagerados

· Encurtamento da respiração (dispneia), que

normalmente agrava com as atividades ou quando

a pessoa deita-se com a cabeceira baixa. O doente

assume a posição sentada.

· Dificuldade em respirar - aumento na intensidade

da respiração (taquipnéia)

· Respiração estertorosa; pode-se escutar o

borbulhar do ar no pulmão

· Eventualmente - batimento das asas do nariz

· A pele e mucosas se tornam frias, acinzentadas, às

vezes, pálidas e cianóticas (azuladas), com sudorese

fria

· Ansiedade e agitação

· Aumento dos batimentos cardíacos (taquicardia)

· Aumento da temperatura corporal (hipertermia)

nos casos de anafilaxia aguda

· Mucosa nasal vermelho-brilhante

Page 49: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

· Tosse no começo, não é produtiva, ou seja, não

ocorre expectoração, passa a ser acompanhada

depois de expectoração espessa e espumosa,

eventualmente sanguinolenta

· Outros sintomas específicos da causa do edema

pulmonar podem ocorrer.

ASSISTÊNCIA:

Transferência para um serviço de urgência ou

emergência de um hospital.

O movimento não deve ser demasiado e intenso,

pois ativa as emoções e faz com que o coração seja

mais solicitado.

· Observar com precisão os sinais vitais.

· Manter a pessoa na posição mais confortável, em

ambiente calmo e ventilado.

· Obter um breve relato da vítima ou de

testemunhas sobre detalhes dos acontecimentos.

· Aplicação de torniquetes alternados, a cada 15

minutos, de pernas e braços pode ser feita enquanto

se aguarda o atendimento especializado.

· Tranquilizar a vítima, procurando inspirar-lhe

confiança e segurança.

· Afrouxar as roupas.

· Evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.

· Se possível, dar oxigênio por máscara à vítima.

· No caso de parada cardíaca aplicar as técnicas de

ressuscitação cardiorrespiratória. CRISE

HIPERTENSIVA: Mesmo com os conhecimentos

atuais sobre a fisiopatologia e o tratamento da

doença hipertensiva, sua evolução é eventualmente

assinalada por episódio de elevação súbita e

acentuada da pressão arterial (hipertensão),

concebendo uma séria e grave ameaça à vida. A

elevação rápida e excessiva da pressão arterial pode

evidenciar- se pela seguinte patologia:

· 2Encefalopatia. · Cefaléia intensa, geralmente

posterior e na nuca. · Falta de ar.(dispneia) ·

Sensação dos batimentos cardíacos (palpitação). ·

Ansiedade, nervosismo. · Perturbações

neurológicas, tontura e instabilidade. Zumbido. ·

Escotomas cintilantes (visão de pequenos objetos

brilhantes). · Náusea e vômito podem estar

presentes. Pessoas previamente hipertensas

apresentam, na crise, níveis de pressão diastólica

(ou mínima) de 140 ou 150 mm Hg ou mais.

Determinados casos, o aumento repentino tem mais

importância do que a elevação da pressão

diastólica, aparecendo alguns sintomas com cifras

mais baixas, em torno de 100 ou 110 mm Hg.

2 A encefalopatia é uma síndrome clínica de

etiologia desconhecida. Ela é causada pela resposta

anormal da auto-regulação circulatória cerebral, em

decorrência de elevação súbita ou acentuada da

pressão arterial.

12- Assistência de enfermagem em emergência e

urgência a pacientes adultos e pediátricos com

problemas respiratórios:

o SISTEMA RESPIRATÓRIO

o ANAFILAXIA

o URTICÁRIA E ANGIOEDEMA

o ASMA

o ANGINA

o OTALGIAS

o SINUSITE

o SURDEZ SÚBITA

o TRAUMA EM OTORRINOLARINGOLOGIA

o CORPO ESTRANHO

o ROLHA CERUMINOSA

o EPISTAXE

o LABIRINTITE AGUDA

o PNEUMONIAS

o PNEUMONIAS I E II

o PNEUMONIA COMUNITÁRIA EM

CRIANÇAS MAIORES DE 2 MESES

PNEUMONIA HOSPITALAR

o EMBOLIA PULMONAR

ANAFILAXIA

Refere-se a uma reação sistêmica potencialmente

fatal, relacionada a reações de hipersensibilidade

imediata mediadas por imunoglobulinas da classe

Page 50: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

IgE que ocorrem após exposição a um antígeno ao

qual o indivíduo foi previamente sensibilizado.

A Anafilaxia deve ser encarada como uma

emergência médica quer demanda detecção e

tratamento imediatos. O atendimento ao paciente

deve corresponder aos protocolos de ressuscitação

cardiopulmonar (ABCDE), avaliando-se a

permeabilidade das vias aéreas, os parâmetros

cardiovasculares e o nível de consciência.

ATENDIMENTO:

o Pode-se aplicar um torniquete na extremidade-

fonte do antígeno, adiando sua distribuição

sistêmica. O torniquete deve ser aliviado a cada 5

minutos e não deve ser mantido por um período

total superior a 30 minutos;

o Os Anti-histamínicos são considerados uma

terapia adjuvante à Epinefrina, estudos revelam que

o atraso na Epinefrina pode ocasionar a morte do

paciente;

o Os corticóides não tem um efeito imediato, porém

devem ser administrados precocemente para evitar

reações anafiláticas tardias;

o Broncodilatadores e oxigenação s/n.

o Superada a crise anafilática, o paciente deve ser

autorizado a alta com prescrição de

antihistamínicos e corticóides por mais 2-3 dias, e

fazer referência a uma avaliação imunológica

especializada, com a finalidade de realizar um

tratamento de dessensibilização.

URTICÁRIA E ANGIOEDEMA: Vergões

vermelhos e elevados, de tamanhos variados, na

superfície da pele, acompanhados frequentemente

por prurido e associados a uma reação alérgica e

liberação de histamina ou outras anormalidades no

sistema do imunológico. A urticária e o angioedema

geralmente coexistem, não apresentando diferença

quanto a etiologia, patogenia e tratamento.

ASMA: Asma é uma doença inflamatória crônica

das vias aéreas que se manifesta clinicamente por

episódios recorrentes de dispnéia, sibilância,

constrição torácica e tosse. É distinguida por hiper-

responsividade brônquica e obstrução variável do

fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com o

tratamento.

ATENDIMENTO:

o O diagnóstico da crise de asma aguda na sala de

emergência se constitui em um processo clínico

rápido e fácil. O paciente apresenta-se com algum

grau de dispnéia, desconforto torácico e sibilância,

às vezes acompanhados de tosse e expectoração.

o A avaliação da gravidade da crise asmática visa

coligar o paciente de maior risco que requer

monitorização e terapêutica mais agressiva a fim de

evitar a insuficiência respiratória e morte.

A história pregressa que aproximam o paciente com

uma doença com grau de maior risco incluem: •

intubação e ventilação mecânica prévias, • acidose

respiratória sem precisão de intubação, • duas ou

mais hospitalizações por asma no último ano, •

hospitalização no derradeiro mês, terapêutica com

corticóide no último ano, • cessação da

corticoterapia, • tratamento médico inadequado, •

má aderência ao tratamento e problemas

psicológicos ou psicossociais.

Recomendações Importantes:

Utilizar O2 a 3 l/min sob cateter nasal, quando

Sat.= 95%

inalatória. O efeito por nebulização a jato é o

mesmo que obtido por aerossol dosimetrado com

espaçador, mesmo em casos de crise muito grave e

pode resultar em reversãomais rápida da obstrução.

Brometo de Ipratrópio associar na nebulização ao

Corticóide oral ou parenteral tem efeito

equivalente, portanto dar preferência à via oral.

Prescrever a via parenteral a pacientes incapazes de

deglutir. Os corticóides sistêmicos devem ser

utilizados precocemente na emergência.

Não sedar.

Aminofilina: Não tem indicação como tratamento

inicial. Em pacientes muito graves, hospitalizados,

poderá ser considerada como tratamento adjuvante.

Uso de corticóide em casa, por 5 a 10 dias, em

pacientes com história de:

- Asma corticóide-dependente.

- Duração da crise > 6 horas.

- Crises severas anteriores.

Page 51: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

- Insuficiência respiratória durante crise anterior ou

nesta crise. Internações anteriores.

- Ausência de resposta à Adrenalina ou a

nebulizações.

Erros mais comuns em emergências; Uso de

mucolíticos ou fluidificantes VO ou inalados. Uso

de dexametasona via inalatória. Nebulização com

álcool ou vodka ou água destilada. Tapotagem.

Percepção inadequada da gravidade da crise por

parte do paciente e/ou médico. História e exames

físicos inadequados Hiperhidratação. Falta de

reposição de potássio. Uso de aminofilina como

tratamento central. Demora ou não indicação de

corticosteróides. Antibióticos de rotina. Uso de

sedativos. Falta de suplementação de oxigênio. Alta

precoce do pronto-socorro ou hospital. Falta de

intensificação no tratamento após a alta. Não

informar ao paciente ou responsável sobre o

diagnóstico adequado da Crise de Asma usando

termos como Bronquite ou Chiado no peito; Falta

de medidas funcionais para avaliação da gravidade

e da resposta ao tratamento; Uso incorreto de

medicações Entregar a receita sem o total

entendimento do uso da medicação; Não fazer a

Classificação da Gravidade da Asma e

encaminhamento inadequado aos Centros de

Referência do Programa de Asma.

Anginas: Os sintomas das anginas dão início por ser

dores de garganta fortes, dificuldade em engolir,

febre, muitas vezes ultrapassando os 38,5°C.

No caso da angina vermelha, as amígdalas estão

vermelho-escuras e há um síndrome gripal. No caso

da angina branca, aparecem pontos brancos sobre

as amígdalas, sem tosse nem rinite, mas em geral

com gânglios dolorosos.

OTALGIA; Otalgia: é uma dor no ouvido, sendo

que a dor é originada na orelha (externa, média ou

interna) ou secundária, quando a etiologia não está

na orelha.

-se utilizar

analgésicos por via oral (acetaminofeno, dipirona) e

compressas aquecidas (pelo ferro de passar roupa

ou água úmida aquecida) ou bolsa térmica envolta

num pano.

altitude podem ser aliviadas deglutindo-se saliva,

mascando-se chicletes e/ou outros alimentos.

articulação temporomandibular devem evitar uso

de chicletes ou alimentos de consistência

endurecida nos momentos de dor.

(sulfacetamina sódica, lidocaína, tetracaína,

clorfenesina, tirotricina) deve ser restrito a casos de

dor intensa, pois podem futuramente atrapalhar o

exame otológico e provocar lesões auriculares.

-histamínicos e descongestionantes podem

ser utilizados nos casos de obstrução da tuba

auditiva associada a quadros alérgicos ou

infecciosos.

o da causa de base da otalgia.

Sinusite é uma inflamação dos seios paranasais

geralmente associadas a um processo infeccioso.

Epistaxe : ou epistaxis ou hemorragia nasal é o

nome dado a qualquer perda de sangue pelo nariz,

geralmente pelas narinas.

Surdez súbita: é uma perda auditiva grave que

geralmente afeta um dos ouvidos e ocorre em

poucas horas embora a maioria dos pacientes

recuperem totalmente ou parcialmente a audição

dentro de 10 a 14 dias.

48

o EMBOLIA PULMONAR : A embolia pulmon o é

uma condição grave, que pode causar:

o * Dano constante ao pulmão devido à carência de

fluxo sangüíneo no tecido pulmonar.

o * Baixos níveis de oxigênio no sangue.

o * Danos a outros órgãos do corpo por anóxia;.

o * Se o coágulo for muito grande, ou se houver

múltiplos coágulos, embolia pulmonar pode causar

o óbito.

o A terapia pode incluir medicamentos para afinar

o sangue e reduzir sua propensão a coagular. Se os

sintomas ameaçaram a vida, o médico pode dar ao

paciente drogas a fim de o coágulo mais

rapidamente.

o Determinadas ocasiões, porém raras, o médico

pode usar cirurgia ou algum outro procedimento

para remover o coágulo.

Page 52: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

o Os objetivos principais da terapêutica de embolia

pulmonar são:

o * Impedir que o coágulo sanguíneo cresça.

o * Impedir a formação de novos coágulos.

13- Assistência de enfermagem em emergência e

urgência a pacientes adultos e pediátricos com

problemas Neurológicos:

o DOENÇAS CEREBROVASCULARES NA

EMERGÊNCIA

o ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA

o ESTADO DE MAL EPILÉPTICO (EME)

o ATENDIMENTO AO PACIENTE COM CRISE

EPILÉPTICA NA EMERGÊNCIA

o ATENDIMENTO DE EMERGÊNICA AO

PACIENTE COM ESTADO CONFUSIONAL

AGUDO DROGAS

o ATENDIMENTO AO PACIENTE COM

HISTÓRIA DE SÍNCOPE

o ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA

o ATENDIMENTO A PACIENTES COM

CEFALÉIA NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA

o DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA

o DOENÇAS CEREBROVASCULARES NA

EMERGÊNCIA

Doenças Cerebrovasculares (DCV) ou Acidentes

Vasculares Cerebrais (AVC), são

enfermidades frequentemente atendidas nas

Unidades de Emergência. O atendimento inicial é

essencial para o prognóstico. O ideal seria que fosse

por neurologista experiente, logo nas

primeiras horas.

Existem dois tipos de AVC,

1- Hemorrágico – geralmente causado por

hipertensão arterial, ruptura de aneurismas,

malformações arteriovenosas, vasculites,

vasculopatias e discrasias sanguíneas;

2- Isquêmico – causado por tromboembolismo

arterial por embolias cardiogênicas ou de

grandes vasos (ex.aorta, carótidas, vertebrais),

oclusão de pequenos vasos intracranianos,

distúrbios hemodinâmicos (hipotensão arterial

grave) e coagulopatias.

Diagnóstico de DCV- Doenças cerebrovasculares:

ESTADO DE MAL EPILÉPTICO

Status Epilepticus ou Estado de Mal Epiléptico

(E.M.E.): acontecimento clínico

assinalado por crises epilépticas espaçadas (30

minutos ou mais) ou repetitivas sem

recuperação do nível de consciência entre as crises,

originando uma condição epiléptica fixa e

duradoura. Sendo uma intercorrência clínica,

adjunta à agressão ao SNC, aguda e grave, de

alta mortalidade (10 a 15%).A recepção e

atendimento deste paciente deve ser rápida e

eficiente.

Principais fatores precipitantes:

- Álcool

- Suspensão de drogas antiepilépticas (DAE)

- Drogas ilegais (cocaína)

- Trauma

- Epilepsia refratária

- Metabólicos/Parada cardiorrespiratória

- Tumores,

- Infecções do SNC, incluindo as bacterianas, virais

e parasitárias.

-Doenças cerebrovasculares.

Opções terapêuticas

Pentobarbital (Nembutal): Ataque 6 - 25mg/Kg

(15mg/Kg), Manutenção

1,5mg/Kg/hora a cada 10 - 15 minutos até controle

das crises ou depressão acentuada no EEG

Page 53: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

Tiopental Sódico (Thionembutal):

Ataque 3 - 4mg/Kg em 2 minutos e infusão

contínua de 0,2mg/Kg/min em solução salina.

Aumentar 0,1mg/Kg/min a cada 3 - 5 minutos até

controle ou depressão do EEG

Ácido Valpróico (VA): para EME Ausência até 1 -

2g

Lidocaína: 1 - 2mg/Kg em bolo seguido de 1,5 -

3mg/Kg/h (adultos) ou 6mg/Kg/h (crianças)

Halotano e Isoflurano Propofol: dose de ataque -

2mg/kg – Dose de manutenção até o

controle 5 a 10mg/kg/h. Após o controle reduzir

para 1 a 3mg/Kg/h

Midazolam: ataque 0,15 - 0,2mg/Kg e manutenção

de 0,08mg/Kg/h

Obs: o desaparecimento das crises clínicas nem

sempre significa o fim das crises

eletrográficas com persistência de EME não

convulsivo.

Pacientes que não respondem a estímulos externos

15 minutos depois de cessadas as

crises devem ser submetidos à monitorização por

EEG.

Tratamento profilático para evitar recidiva do EME:

Ausência: VA ou Etossuximida

CTCG ou Focal: FNT, FB, Carbamazepina,

Oxicarbazepina, VA.

Mioclônica generalizada: Clonazepam ou VA.

Complicações do EME:

- Rabdomiólise (hidratação vigorosa, diurético de

alça, alcalinizar urina, bloqueio

euromuscular)

- Hipertermia (resfriamento externo,

acetaminofen)

- Acidose (Hiperventilação)

- Leucocitose

- L.C.R. com pleocitose

- Hipertensão arterial (não tratar até o controle

das crises)

- Edema pulmonar

- Hipoxemia cerebral, edema e lesão cerebral

irreversível

Obs.: CTCG= Crise tônico-clônica generalizada.

ATENDIMENTO AO PACIENTE COM

HISTÓRIA DE SÍNCOPE NA UNIDADE

DE EMERGÊNCIA:

A síncope é um estado de breve perda da

consciência, que ocorre por redução súbita e

temporária do fluxo sangüíneo cerebral e do tônus

muscular.

É em geral comum em crianças e idosos. Sua

etiológia é ambragente varia desde as

psicogênicas até graves como hemorragia

subaracnóidea, choque cardiogênico (ex. no IAM) e

insuficiência do sistema vertebrobasilar. Seu

diagnóstico diferencial com crises epilépticas, AIT,

disautonomia primária ou adquirida e síncope

neurocardiogênica requer em uma avaliação

neurológica detalhada na unidade de emergência.

Anamnese

História clínica – questionar: tonturas, antecedentes

de síncope, diplopia,

hemianopsia, cefaléia, jejum prolongado,

palpitações, periodicidade das crises, pródromos,

fatores desencadeantes (ambiente fechado, impacto

com a visão de sangue, stress, mudança de

decúbito, hemorragia, ansiedade, dor,micção, tosse,

vômitos), fenômenos motores e neurovegetativos

(sudorese, palidez, taquicardia)

Tempo de recuperação e estado geral após a

sincope; doenças prévias: cardiopatia, diabetes,

hipertensão arterial e sua terapêutica, uso de drogas

(neurofármacos).

Exame físico

Avaliação de dados vitais (medir a pressão arterial

em ambos os membros superiores em

Page 54: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

decúbito e ortostase); sinais de trauma; disfunções

neurovegetativas; exame neurológico.

Exames de rotina: Hemograma; glicemia; eletrólitos;

CK; CKMB; LDH; ECG; EEG, RX do Tórax.

CONSIDERANDO que ainda não há consenso

sobre a aplicabilidade desses critérios em crianças

menores de 7 dias e prematuros, resolve: Lei n.º

3.268, de 30 de setembro de 1957:Art. 1º. A morte

encefálica será caracterizada através da realização

de exames clínicos e complementares durante

intervalos de tempo variáveis, próprios para

determinadas faixas etárias.Art. 2º Os dados clínicos

e complementares observados quando da

caracterização da morte encefálica deverão ser

registrados no termo de declaração de morte

encefálica.

Em pacientes com dois anos ou mais – 1 exame

complementar entre os abaixo mencionados:

Atividade circulatória cerebral: angiografia,

cintilografia radioisotópica, Doppler transcraniano,

monitorização da pressão intracraniana, tomografia

computadorizada com xenônio, SPECT.

Atividade elétrica: eletroencefalograma.

Atividade metabólica: PET, extração cerebral de

oxigênio.

Para pacientes abaixo de 2 anos:

De 1 ano a 2 anos incompletos: dois

eletroencefalogramas com intervalo de 12 horas.

De 2 meses de idade a 1 ano incompleto: dois

eletroencefalogramas com intervalo de 24 horas.

De 7 dias a 2 meses de idade (incompletos): dois

eletroencefalogramas com intervalo de 48h. Uma

vez constatada a morte encefálica, cópia deste termo

de declaração deve obrigatoriamenteser enviada ao

órgão controlador estadual (Lei 9.434/97, art. 13).

ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA:

Condição extremamente grave que determina uma

abordagem clínica inicial com

medidas gerais.

Abordagem clínica inicial:

A- Avaliação da ventilação, se necessário, intubar

imediatamente.

B- Correção de distúrbios hemodinâmicos.

C- Venóclise e coleta de sangue para exames

laboratoriais rotineiros e especiais.

D- Administrar tiamina e glicose, conforme

algoritmo.

E- História clínica detalhada – com ênfase em

questões sobre: trauma, intoxicações, alcoolismo,

uso de drogas; doenças prévias como: diabetes,

epilepsia, hipertensão, cardiopatias, cirrose,

insuficiência renal.

F- Exame clínico – sinais de trauma, infecções,

lesões cutâneas por administração de drogas

intravenosas, coloração da pele e das mucosas,

sinais clínicos de doenças sistêmicas.

G- Proteja os olhos, controle a agitação, instale

sonda vesical e nasoenteral, evite complicações

relacionadas com a imobilidade (profilaxia de

trombose venosa profunda), inicie a profilaxia da

úlcera de stress.

Importantes informações para o diagnóstico e

conduta do paciente em coma

1- A avaliação neurológica do paciente em coma,

proceder a uma sistemática que permita

um diagnóstico rápido e um terapêutica adequada.

2- Para que ocorra alteração do nível de consciência,

é necessário que exista uma das

seguintes alternativas:

a) Lesão anatômica ou funcional da formação

reticular mesencefálica.

b) Disfunção bilateral dos hemisférios cerebrais.

c) Lesões associadas dessas duas estruturas.

As condições que produzem as alternativas acima

são as seguintes:

a) Lesões supratentorias que confrangem ou

deslocam o diencéfalo ou o tronco encefálico

(tumor cerebral, AVC, hematoma subdural e

outras).

b) Encefalopatias metabólicas, tóxicas ou

infecciosas, as quais comprometem difusamente

Page 55: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

ambos os hemisférios cerebrais

(hipo/hiperglicemia, uremia e outras).

c) Lesões expansivas ou destrutivas infratentoriais,

que promovam dano ou compressão à

formação reticular mesencefálica (hemorragia e

infarto cerebelar, neoplasias e outras).

É de fundamental importância o diagnóstico

diferencial com os distúrbios psiquiátricos que

cursam com ausência de resposta.

A peça fundamental para o diagnóstico incide em:

a) Interpretação adequada dos sinais que refletem o

comprometimento dos diversos níveis do encéfalo.

b) Determinar qual das condições citadas no item

acima que pode ser a responsável pelo

quadro clínico atual do paciente. A tabela 1 indica

os correspondentes sinais e sintomas característicos.

Tabela 1- Características clínicas das condições que

determinam o estado de coma

O Exame neurológico do paciente em coma

a) Avaliação do nível de consciência (com e sem

estímulo) – descrever com detalhes:

- Resposta verbal

- Abertura ocular

- Resposta motora

b) Ritmo respiratório

c) Fundoscopia

d) Nervos cranianos

- Exame das pupilas

- Motricidade ocular extrínseca: oftalmoplegias

supranucleares, nucleares e internucleares;

observação de movimentos espontâneos como

nistagmo, opsoclonus, bobbing ocular.

- Reflexo óculo-cefálico (olho de boneca) e óculo-

vestibular (prova calórica).

- Reflexo córneo-palpebral.

- Reflexo de tosse- Resposta motora

e) Motricidade

- Movimentos involuntários

- Força muscular

- Tônus e posturas anormais (decorticação,

descerebração)

- Reflexos profundos e superficiais

f) Sinais de irritação meningo-radicular

g) Avaliação autonômica (midríase, taquicardia e

hipertensão à estimulação álgica)

Obs.: referir o escore da escala de Glasgow.

14- Assistência de enfermagem em emergência e

urgência a pacientes adultos e pediátricos com

problemas gastroentelógicos:

o DOR ABDOMINAL AGUDA

o OBSTRUÇÃO INTESTINAL

o ABDOME AGUDO

o DIARRÉIA AGUDA

o PANCREATITE AGUDA

o HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA

o MELENA

o INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO

o INGESTÃO DE CÁUSTICOS

o ASCITE NO PRONTO-SOCORRO

o HEMORRÓIDAS

o FECALOMA

o ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA

DOR ABDOMINAL AGUDA:

o (*) Rotina de Exames: Homem: Hemograma;

sumário de urina; amilase; RX. de tórax PA de pé;

RX. de abdome PA de pé e deitado; Ultrasonografia,

(US) de abdome total (após ver RX.)

o Mulher em idade fértil (Até 45 anos ou com ciclos

presentes mesmo com laqueadura tubária.)

Hemograma; sumário de urina; amilase; US de

abdome total e pelve (antes ou depois da

radiografia a depender do quadro clínico); Beta

Page 56: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

HCG, se Beta HCG neg.; RX. de tórax PA de pé; RX.

de abdome AP de pé.e deitado. o Mulher fora da

idade fértil: Rotina de exames p/ homem com US

total e pelve

o HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA

HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA:

(HDA), avaliada como uma emergência clínica

frequente, com gravidade que varia de episódios

discretos até sangramentos que ameaçam a vida do

paciente. Na maioria das vezes exterioriza-se como

hematêmese e/ou melena.

HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA: Variando

desde episódios crônicos e pouco expressivos de

3hematoquezia, podendo evolui para hemorragias

maciças e choque hemodinâmico.

Na maioria das vezes, o sangramento é

autolimitado.

A abordagem inicial dos casos graves é direcionada

para garantir a estabilidade hemodinâmica, dentro

dos mesmos princípios da terapêutica da HDA.

Podem também ser causas de HDB as neoplasias, as

colites isquêmicas e infecciosas, além das doenças

inflamatórias intestinais. AINE podem produzir

lesões de delgado e cólon, com consequente HDB,

Fístulas aorto-entéricas, vasculites, enteropatias

associadas à hipertensão porta podem também

ocasionar a HDB.

A etiologia da HDB é modificável de acordo com a

faixa etária. Na criança, o 4divertículo de Meckel é a

causa mais corriqueira de sangramento, ao passo

que, no adulto, a doença diverticular dos cólons, as

5angiodisplasias e as doenças proctológicas,

sobretudo hemorroidárias, são mais relevantes.

3 O sangramento vivo intestinal baixo recebe o

nome de hematoquezia.

4 Anormalidade congênita comum que é formada

por uma pequena bolsa, chamada de divertículo

Meckel, esta bolsa fica localizada para fora da

parede do intestino delgado.

5 São lesões vasculares ectasiadas, de etiologia

degenerativa.

15- Assistência de enfermagem em emergência e

urgência a pacientes adultos e pediátricos com

problemas metabólicos:

HIPERCALCEMIA ..

CRISE TIREOTÓXICA

COMA MIXEDEMATOSO – ABORDAGEM E

TRATAMENTO

HIPOGLICEMIA

CETOACIDOSE DIABÉTICA

HIPERCALEMIA: é um nível elevado de cálcio na

corrente sanguínea (Concentrações

normais: 9 - 10.5 mg/dL ou 2.2 - 2.6 mmol/L). A

hipercalemia é um problema clínico

relativamente comum. Ocorre quando a entrada de

cálcio no sangue excede a excreção de

cálcio na urina ou deposição nos ossos.

80

CRISE TIREOTÓXICA :

Coma mixedematoso: Coma mixedematoso (CM) é

uma espécie clínica, rara, que se revela em pacientes

com hipotireoidismo primário ou secundário, de

extensa duração, e não terapeuticamente tratados.

Prioridade Iniciais

1. Ventilação mecânica, caso haja

hipercapnia/hipóxia significantes.

2. Reposição hormonal imediata, aguardando

resultados confirmatórios.

3. Aquecimento com cobertores comuns e uma sala

quente (aquecimento rápido, ativo, é contra-

indicado, pois pode gerar vasodilatação periférica e

induzir o choque circulatório).

4. Administração de corticóides, após a coleta de

sangue para cortisol plasmático.

5. Tratar de infecção associada.

6. Correção de hiponatremia grave (Na < 120

mEq/L).

Outras intervenções incluem:

Page 57: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

- correção de hipoglicemia com glicose, endovenosa

(EV);

- tratamento de hipotensão grave, com

administração acautelada de solução glicosada a 5-

10%, e solução fisiológica a 0,9% ou salina

hipertônica, se existir hiponatremia <120 mEq/L);

- reajuste de dose de qualquer medicação para

contrabalançar a diminuição da perfusão renal,

ou o acréscimo da meia vida da droga, e outros;

- diuréticos deverão ser administrados com cautela

para os pacientes com ICC.

A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E

EMERGÊNCIAS NOS

DISTÚRBIOS

16- Assistência de enfermagem em emergência e

urgência a pacientes adultos e pediátricos com

problemas ginecológicos:

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO BAIXO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ALTO

CÓLICA URETERAL

HEMATÚRIA MACIÇA

ANÚRIA OBSTRUTIVA

RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA

PRIAPISMO

PARAFIMOSE

ESCROTO AGUDO

TRAUMA RENAL

TRAUMA URETRAL

TRAUMA VESICAL

FRATURA PENIANA

TRAUMA GENITAL

FERIMENTOS PENETRANTES DE PÊNIS

TRAUMA DE TESTÍCULO

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

CÓLICA URETRAL: Sintoma urológico muito

frequente e expresso uma obstrução ureteral aguda

de etiologia diferente . Tem sintomatologia típica e

dificilmente é confundida com sintomatologia de

outros órgãos.

O tratamento inicial é o controle da dor que pode

ser iniciado da seguinte forma:

- Dipirona 03 mL

EV - Hioscina 02 mL

- Água destilada 10 mL

IM - Diclofenaco sódico 75 mg

A metoclopramida pode ser adicionada a este

esquema.

Quando não for conseguida resposta adequada

deve ser associado opióide. Nos episódios de

cálculos < 6 mm sem infecção ou dilatação, tentar o

tratamento conservador, pode ser prescrito hioscina

associada à dipirona e um anti-inflamatório não

esteróide por via oral.

HEMATÚRIA

A hematúria pode representar a única revelação de

diversas doenças do TGU. Logo é um sinal clínico

de grande significado.

Sendo o objetivo da investigação é fazer a distinção

do diagnóstico de afecções graves e potencialmente

curáveis mediante intervenção precoce.

Perto de 5 a 20% das hematúrias microscópicas e

assintomáticas advêm de doenças urológicas

significantes e 13% são representados por

neoplasias.

ANÚRIA OBSTRUTIVA: é o estado de

Insuficiência Renal Aguda com estada total ou

quase total da diurese gerada por obstrução da via

excretora. Podendo estar ligada à litíase

renoureteral e vesical ou a obstrução infra-vesical,

sendo a sua complicação mais grave.

RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA

É definida como a incapacidade miccional associada

à sintomatologia dolorosa suprapúbica irradiada,

ou não, para a região periuretral. Os pacientes se

apresentam ansiosos com o quadro de dor intensa

Page 58: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

podendo ser notado o abaulamento suprapúbico

(“bexigoma”). O tratamento consiste em drenagem

da urina retida, por cateterismo uretral ou por

cistostomia. Conceitos importantes não podem ser

esquecidos: O cateterismo vesical necessitará ser

feito após a iniciação cuidadosa com 15 a 20ml de

xilocaina 2% geléia na uretra do paciente. O acesso

do cateter deverá ser feito sem resistência. A

insuflação do balão só deverá ser feita após a saída

de urina por meio do cateter, confirmando a sua

posição intravesical, a fim de evitar lesões uretrais

iatrogênicas. A drenagem da urina deverá ser lenta,

a fim de evitar o sangramento agudo da mucosa

cervical (hemorragia ex vácuo). Solicitar

hemograma, uréia, creatinina, EAS, urocultura, US

de vias urinárias. (Caso seja homem maior de 45

anos, solicitar US prostática e PSA).

Os pacientes com sonda, devem ser trocadas a cada

15-20 dias em postos de saúde

até definição de procedimento ambulatorial por

especialista em urologista.

PRIAPISMO É determinado por uma ereção

peniana demorada e persistente, frequentemente

dolorosa, desencadeada ou não por estímulo sexual.

Podendo ser classificada como de:

o Priapismo de baixo fluxo:

É o tipo mais corriqueiro

Assinalado pela redução do retorno venoso, estase

vascular, determinando a hipóxia tecidual e

acidose. Comumente é doloroso em motivo da

isquemia tecidual. As causas mais comuns são:

fármacos e

idiopáticos.

o Priapismo de alto fluxo:

Caracteriza-se pela elevação de fluxo arterial com

retorno venoso normal. De regra é indolor. Na

maioria dos casos sua trauma perineal ou peniano.

O estudo metabólico é conseguido por meio de

gasometria cavernosa pertinente a pressão parcial

de O2, que abaixo de 40mmHg é indicativo de

priapismo de baixo fluxo, enquanto valores acima

de 80mmHg sugerem priapismo de alto fluxo. A

finalidade da terapêutica do priapismo é conseguir

a detumescência com o máximo de agilidade para

prevenir lesões teciduais permanentes , assim sendo

o alívio eficaz da dor. Observação: Todo paciente

tratado por priapismo deve ser conduzido a

orientação sobre os riscos de evoluir para disfunção

erétil. Tratamento:

ro procedimento :

gasometria sanguínea.

Caso não se tenha gasometria, não deve injetar

agonistas á-adrenérgicos.

clínica deverá ser confirmado por doppler peniano

ou arteriografia seletiva, pois de regra ocorre

resolução espontânea, caso contrário, o paciente

precisará ser submetido a 6embolização arterial.

PARAFIMOSE: É diferenciada por dor, edema e

congestão vascular da glande, que resulta da

retração do prepúcio com anel estenótico para trás

da glande. Pode ser :

vesical, pelo fato de não voltar o prepúcio para sua

posição habitual );

adolescentes ou

l.

6 Procedimento minimamente invasivo. Tem por

objetivo é interromper a circulação sangüínea.

PARAFIMOSE : É uma urgência quando ocorre,

pois a constrição acarretada pelo anel na base da

glande bloqueia o retorno venoso e causa um

edema enorme que evita que a glande seja

devolvida para o interior do prepúcio pela presença

do anel da fimose. Tudo isto resulta também num

grande desconforto local . Quando diagnosticada a

parafimose, o urologista poderá a seu critério tentar

sob narcose, a dor, redução manual. Em geral é

imprescindível fazer uma corte no prepúcio para

liberar a glande e só depois, num segundo tempo,

pelo edema local, corrigir a fimose.

Page 59: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

ESCROTO AGUDO: O aumento súbito, ou em

curto espaço de tempo, do volume escrotal,

acompanhado de dor, é em potencial uma urgência

urológica.

Causas do escroto Agudo:

o Torção do cordão espermático, torção dos

apêndices testiculares,

o orquiepididimites,

o hérnia inguinoescrotal,

o hidroceles,

o Edema idiopático do escroto,

o púrpura de Henoch-Schöenlein e

o trauma escrotal são as principais causas do

escroto agudo

Tratamento: Manobras manuais no observação e

atendimento precoce podem reposicionar o

testículo, desfazendo a torção com conforto

imediato da dor.Caso haja persistência

encaminhamento para cirurgia.

TRAUMA RENAL: Na avaliação do

politraumatizado (ATLS), deve-se suspeitar de

lesão renal na apresentação de hematúria,

escoriações ou hematoma em região lombar ou

flanco, fratura dos últimos arcos costais ou das

primeiras vértebras lombares. Sua etiologia abrange

traumas contusos e penetrantes, e traumas que

envolvem constituição de desaceleração brusca. O

exame padrão ouro para analisar e classificar o

trauma renal é a tomografia computadorizada de

abdome (sem e com contraste iodado: 1ml/kg),

podendo-se realizar também a urografia excretora

(UGE) ou ultrassonografia, na impossibilidade de

realização da TC ou a depender do estado

hemodinâmico do paciente.

TRAUMA URETRAL

Representado por sangramento no meato uretral

geralmente após trauma pélvico, queda a cavaleiro

ou por lesão iatrogênica durante tentativa de

sondagem vesical. Nunca tentar sondagem uretral

em caso de suspeita de lesão uretral.

TRAUMA VESICAL: Ruptura Traumática da

Bexiga. Pode ser devido a trauma abdominal

contuso ou penetrante, assim como pode ser por

lesão iatrogênica.

FRATURA PENIANA: Representado por dor e

estalo no pênis, na maioria das vezes durante

intercurso sexual, acompanhado de detumescência

peniana e hematoma peniano. Todos os casos

deverão ser encaminhados para serviço terciário

para avaliação urológica de emergência

TRAUMA GENITAL : O trauma genital é

qualificado como traumas contuso e penetrantes.

Podendo estar isolados ou associados ao

politrauma. Os paciente politraumatizado deve

receber terapêutica segundo o protocolo do ATLS,

sendo que as lesões genitais são identificados na

fase C, do ABCDE do trauma com o controle de

sangramento e posterior tratamento determinante.

17- Assistência de enfermagem em emergência e

urgência a pacientes adultos e pediátricos com

problemas cirúrgicos:

PACIENTES DIABÉTICOS

a) Hipoglicemiante oral de longa duração

suspender com antecedência se possível.

b) Hipoglicemiante oral de curta duração

interromper no dia

c) Avaliação da glicemia deve ser feita no dia da

cirurgia

d) Glicemia entre 150 e 200 mg % evitar insulina

pelo risco de hipoglicemia

e) Glicemia até 250 mg/dL não contra indica

cirurgia

f) Insulina deve ser utilizada no controle pré-

operatório (ver esquema a seguir)

g) Evitar estresse e situações que desencadeiam

reações catabólicas e hiperglicemia, sempre

que possível prescrever medicação pré-anestésica,

planejar analgesia pós-operatória.

Obs.: Paciente diabético pode ter uma maior

dificuldade para intubação traqueal

Cuidados Específicos

Em caso de pacientes compensados com dieta:

Realizar glicemia capilar de 6/6 horas até o retorno

da alimentação

Page 60: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

Evitar infusões de grandes volumes de soluções

com glicose

Em caso de pacientes compensados com

hipoglicemiante oral: Suspender hipoglicemimiante

Manter dextro de 6/6 horas na véspera, no intra o

pós-operatório até a suspensão do jejum e o retorno

do hipoglicemiante oral

Em caso de paciente compensado com insulina: Em

uso de insulina ultralenta a mesma deverá ser

suspensa 3 dias antes da cirurgia e substituí-la por

insulina NPH e regular, se possível.

Manter dextro de 6/6 horas e insulina se necessário,

além da infusão de solução glicosada a 5%, durante

o período de jejum.

Nos pacientes com insulina NPH, administrar 1/3

da dose habitual na manhã da cirurgia e manter

com solução glicosada a 5%.

19- Assistência de enfermagem em emergência e

urgência a pacientes adultos e pediátricos com

problemas reumatológicos:

o ATENDIMENTO EM CASOS DE URGÊNCIA

EM REUMATOLOGIA

o MONOARTRITE AGUDA. A monoartrite

aguda (MA) é uma das principais emergências

reumatológicas, considerada uma apresentação

frequente nos serviços de emergência, colocando

o emergencista frente a um quadro

potencialmente grave com consequências

desastrosas para o paciente, quando não tratado

de maneira adequada

o POLIARTRALGIAS OU POLIARTRITES

AGUDAS LOMBALGIA

o LOMBALGIA POSTURAL - REAÇÕES

ADVERSAS AOS MEDICAMENTOS

REUMATOLÓGICOS

Page 61: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

20- Assistência de enfermagem em emergência e

urgência a pacientes adultos e pediátricos com

problemas infecciosos:

o DOENÇA MENINGOCÓCICA

o LEISHMANIOSE VISCERAL

o DENGUE – DIAGNÓSTICO E CONDUTA

o HANTAVIROSE - SÍNDROME CÁRDIO-

PULMONAR